• Nenhum resultado encontrado

Projeto do SMF do ONS Especificação dos Requisitos do Sistema de Comunicações

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Projeto do SMF do ONS Especificação dos Requisitos do Sistema de Comunicações"

Copied!
19
0
0

Texto

(1)

Projeto do SMF do ONS

Especificação dos Requisitos do Sistema de

Comunicações

Preparado por: Yi Hu e Celso Araújo

30 de Novembro de 2006

(2)

Conteúdo

! " # $ % ! & $'"( ' )'"(* + , ! & $' )' * + ! & $' )' * + ! $ -- . / ) /*012+ . 0 3 /*012 1 *012412)0 31+ $ 1! )1 *012+ 0 31 *012 52 *012)0 36+ 7 8 9

NOTA: Este documento contém segredos de negócio e/ou informações comerciais ou financeiras que de um modo

geral não estão disponíveis publicamente. São consideradas informações privilegiadas e proprietárias e são submetidas pela KEMA Brasil com o entendimento que seu conteúdo está especificamente proibido de ser duplicado, utilizado ou distribuído a terceiros em seu todo ou parte, sem o expresso consentimento por escrito da KEMA Brasil, sendo utilizado apenas no contexto dos serviços ora contratados.

(3)

Definições

Esta seção prove definições pertinentes aos dispositivos sincronizados por GPS, aos protocolos de comunicação e aos meios de comunicação.

ACC – Agent Control Center (ou Centro de Controle de Agente).

ACDC – Agent Central Data Concentrator (ou Concentrador Central de Dados de Agente)

Anti-aliasing – Processo de filtragem de um sinal quando da conversão em um formato de amostra

(“sampled”) para remover os componentes desse sinal cuja freqüência seja igual ou maior do que ½ da taxa de Nyquist (taxa de amostra). Se não removidos, esses componentes do sinal podem aparecer como um componente de menor freqüência (um “alias”).

CDC – Central Data Concentrator ou Concentrador de Dados Central.

IEEE C37.118 – O novo protocolo IEEE para dados fasoriais que substituiu os protocolos IEEE 1344 e o

BPA/PDCStream. Dados típicos são enviados nesse formato sobre uma rede (TCP/IP ou UDP/IP) ou através de um link série.

IRIG-B – Formatos de transmissão de tempo desenvolvidos pelo Inter-Range Instrumentation Group

(IRIG). A versão mais comum é a IRIG-B, que transmite dia do ano, hora, minuto e segundo uma vez por segundo, sobre um sinal portador de 1 kHz.

GPS – Global Positioning System (ou Sistema de Posicionamento Global). Um sistema baseado em

satélite que prove posição e tempo. A exatidão de relógios com base no GPS pode ser melhor que 1 microssegundo.

MPLS – Multiple Protocols Label Switching.

Multicast – Transmissão de dados de um dispositivo para vários. Os dados são transmitidos ao endereço

IP de um grupo. Qualquer membro do grupo pode acessar o endereço para receber os dados. Qualquer um pode então se juntar a este grupo multicast, e quando um servidor envia ao grupo, qualquer um no grupo receberá os dados. A vantagem é que este protocolo é roteável e não sobrecarrega todos os computadores na sub-rede local.

Taxa Nyquist – Uma taxa que é duas vezes o mais alto componente de freqüência em um sinal analógico

de entrada. O sinal analógico deve ser amostrado (“sampled”) a uma taxa maior do que a taxa de Nyquist para ser exatamente representada em forma digital.

(4)

COSR – Centros de Controle Regionais do ONS. O ONS tem quatro centros de controle regionais:

COSR-N (Brasília-DF), COSR-NE (Recife-PE), COSR-S (Florianópolis-SC) and COSR-SE (Rio de Janeiro-RJ).

PDC – Phasor Data Concentrator (ou Concentrador de Dados Fasoriais). Uma unidade lógica que coleta

os dados fasoriais, e os dados de eventos discretos das PMU e possivelmente de outros PDC, e transmite os dados para outras aplicações. Os PDC podem guardar os dados por um curto período mas não podem armazenar os dados.

Fasor – Um equivalente complexo de uma quantidade de onda co-seno simples tal que o módulo

complexo é a amplitude da onda co-seno e o ângulo complexo (na forma polar) é o ângulo de fase da onda co-seno.

PPS – Pulso por Segundo. Um sinal consistindo de um trem de pulsos retangulares ocorrendo a uma

freqüência de 1 Hz, com a borda crescente sincronizada com segundos UTC (coordenada universal de tempo). Este sinal é tipicamente gerado por receptores GPS.

PMU – Phasor Measurement Unit (ou Unidade de Medição Fasorial). Um dispositivo que coleta os dados

de tensão e corrente analógica em sincronismo com um relógio GPS. As amostras são usadas para calcular os correspondentes fasores. Os fasores são calculados com base em uma referência absoluta de tempo (UTC), tipicamente derivada de um receptor GPS.

RS 232 (Recommended Standard 232) – É uma norma de telecomunicação para interconexão de dados

binários seriais entre um DTE (Data terminal equipment – Equipamento terminal de dados) e um DCE (Data communication equipment – Equipamento de comunicação de dados).

RS 485 (Recommended Standard 485) – (Agora EIA-485) é uma especificação elétrica para uma conexão

a dois fios serial multiponto, semi-duplex (OSI Model).

Taxa de amostragem – O número de amostras (medições) por segundo feita por um conversor

analógico/digital.

SPDC – Substation PDC: Concentrador de Dados de Subestações.

SOC – Second of Century (ou Segundo do Século), número definido de acordo com o protocolo de tempo

da rede (Network Time Protocol - NTP). O número SOC é o tempo UTC em segundos calculado a partir da meia-noite de 1º de janeiro de 1900.

Sincronismo – O estado em que sistemas conectados de corrente alternada, máquinas ou suas

combinações operam a mesma freqüência e onde o defasamento de ângulos de fase entre tensões é constante, ou varia com valor médio constante e estável.

(5)

Fasor sincronizado (Sincrofasor) – Um fasor calculado a partir de amostras de dados usando um sinal

de tempo padronizado como referência para a medida. Neste caso, os fasores de lugares remotos têm uma relação definida como de mesma fase. Estas fases são chamadas ângulos de fase absolutos.

TCP/IP – TCP/IP é um protocolo de nível baixo para uso principalmente em Ethernet ou redes

relacionadas. A maioria dos protocolos de alto nível usa TCP/IP para transportar os dados. TCP/IP provê uma conexão altamente confiável em redes não confiáveis, usando somas de verificação, controle de congestão e reenvio automático de dados ruins ou perdidos. TCP/IP requer tempo para proceder a um reconhecimento (“handshake”) de novas conexões e bloqueará se dados perdidos estiverem sendo reenviados.

TVE – Total Vector Error (ou Erro Total do Vetor) – Medida de erro entre o valor teórico do fasor do

sinal sendo medido e o fasor estimado.

UDP/IP – UDP/IP é um protocolo de IP de nível baixo que provê comunicação de baixa latência através

da Ethernet ou redes relacionadas. UDP/IP não provê qualquer controle de erro ou reenvio de dados ruins ou perdidos. O dispositivo ou software de aplicação precisará verificar a correção dos dados. Todavia, o UDP/IP não requer tempo de reconhecimento (“handshaking”) e não bloqueará, tornando-se ideal para comunicações de dados em tempo real.

UTC – Coordinated Universal Time (ou Tempo Universal Coordenado). O UTC representa a hora do dia

(6)

1. Introdução

Esta especificação estabelece os requisitos técnicos gerais para os sistemas de comunicação que serão fornecidos pelos Agentes para dar suporte ao Sistema de Medição Fasorial (SMF) do ONS. Os requisitos descritos nesta especificação são baseados no projeto da arquitetura geral do SMF do ONS [2]. O projeto do sistema tem as seguintes características:

1. Uso de concentrador de dados fasoriais de subestação (SPDC). Os SPDC são usados para (a) agregar os fluxos de dados de tempo real das PMU e gerar um ou mais fluxos de dados de tempo real agregados, com taxas de dados e elementos de dados diferentes, e (b) fornecer armazenamento local dos dados recebidos das PMU por um período predefinido (14 dias) para enviar dados de tempo-real que tenham sido perdidos devido a falhas de comunicação ao CDC do ONS e aos Concentradores de Dados Centrais dos Agentes (ACDC), caso os dados sejam solicitados pelos mesmos, ou para enviar dados completos de registro de evento dos dados agregados do SPDC para o CDC do ONS e para os APDC , para subestações que não forem capazes de enviar dados em tempo real quando um evento do sistema for detectado.

2. Uso opcional do concentrador de dados fasoriais de agente (ACDC). A instalação de ACDC nos centros de controle dos agentes para suportar as aplicações de PMU do agente é opcional. Quando um ACDC é usado, ele pode compartilhar os mesmos fluxos de dados multicast das PMU que estão passando pela rede do centro de controle do agente para os CDC do ONS, ou ele pode requerer seus próprios fluxos de dados de PMU com taxa de dados e elementos de dados diferentes daqueles do SPDC.

O sistema de comunicação para dar suporte ao SMF do ONS terá as características de uma Rede de Longo Alcance (Wide Area Network - WAN) conectando as Redes Locais (Local Area Networks - LAN) das subestações dos Agentes, dos Centros de Controle dos Agentes e dos Centros de Controle nacional (CNOS) e regionais (COSR) do ONS. O projeto do SMF do ONS requer os seguintes requisitos gerais para o sistema de comunicação de suporte:

1. Rede privada: A rede será uma rede "confiável" que assegure a segurança do sistema e que garanta os requisitos de largura de banda e de desempenho do SMF do ONS.

2. Rede baseada em IP: Os fluxos de dados de tempo real IEEE C37.118 oriundos das PMU e dos SPDC são transportados como fluxo de dados UDP/IP. Dados solicitados pelo CDC (inclui dados do fluxo de dados agregados de tempo real do SPDC perdidos devido a interrupções/falhas de comunicação e dados de registro de evento completo dos dados agregados do SPDC para substações que não forem capazes de enviar fluxos de dados em tempo real) e outros tráfegos de controle (comando, configuração, etc.) são transportados em pacotes de TCP/IP.

(7)

3. Adequação à Tecnologia IP multicast: os fluxos de dados de PMU de tempo real IEEE C37.118, agregados pelo SPDC, são enviados aos endereços de IP multicast para recebimento pelos CDC do ONS e pelos APDC opcionais dos Agentes.

A Figura 1 ilustra as conexões da rede WAN para dar suporte ao SMF do ONS.

A

B

SPDC

PMU PMU

Substation PMU Network (Sub-LAN) Router/Switch

Router/Switch

Agents' CC PMU Network (ACC-LAN) ONS Central/Regional CC PMU Network (ONS-LAN) Router/Switch APDC (optional) Router/Switch

(8)

Note que são possíveis conexões alternativas à mostrada em Figura 1, que atendam aos requisitos necessários para o SMF do ONS. Por exemplo, um Agente pode enviar diretamente os dados de tempo real das redes das subestações para as redes dos Centros de Controle Regionais (COSR) ou Nacional (CNOS) do ONS. Estes devem ser determinados individualmente pelo ONS e pelos agentes envolvidos, analisando-se cada caso individualmente. Os requisitos gerais desta especificação aplicar-se-ão a estas situações.

Os Agentes são responsáveis por fornecer as redes locais de suporte das subestações (Sub-LAN), as redes locais dos centros de controle dos agentes (ACC-LAN), as conexões de comunicação das Sub-LAN para as ACC-LAN (link A na Figura 1), e as conexões de comunicação das ACC-LANs às redes dos COSR e do CNOS do ONS - COSR-LAN (link B na Figura 1).

(9)

2. Requisitos Técnicos

Esta seção descreve os requisitos técnicos gerais das redes de comunicação dos Agentes para dar suporte ao SMF do ONS.

2.1 Requisitos Gerais do Sistema de Comunicações

Os requisitos gerais do SMF do ONS são:

1. O tempo total para transmitir fluxos de dados em tempo real das PMU, desde as PMU até os dados se tornarem disponíveis nos CDC do ONS, não deverá exceder 2 segundos, como requerido pelo ONS. Este tempo total inclui o tempo de processamento da PMU, o tempo de processamento do SPDC, o tempo de processamento do CDC e os tempos de transmissão dos dados através da rede de comunicação de apoio.

A alocação de tempo máxima (tráfego em apenas um sentido) proposta é a seguinte: ESTÁGIO DE PROCESSAMENTO/COMUNICAÇÃO TEMPO MÁX. (ms)

Processamento na PMU 30 Tráfego na LAN da Subestação 30 Processamento no SPDC 650 Tráfego no canal da Subestação para o ACC 200 Tráfego na LAN do ACC 30 Tráfego no canal do ACC para o COSR do ONS 100

Tráfego na LAN do COSR do ONS 30 Tráfego na WAN do COSR para o CNOS 100

Tráfego na LAN do CNOS 30 Processamento no CDC 800

TEMPO TOTAL 2.000

2. Os dados de tempo não real solicitados pelos CDC serão transmitidos dos SPDC aos CDC do ONS e dos Agentes com 100% de confiabilidade.

(10)

2.2 Tráfego do Sistema de Medição Fasorial na Rede

O sistema de comunicação que dá apoio ao SMF do ONS suportará seguintes tipos de tráfego na rede: O sistema de comunicação que dá apoio ao SMF do ONS suportará seguintes tipos de tráfego na rede

1. “PMU SPDC” fluxo de dados em tempo real – PMU-RT (UDP/IP). 2. “PMU SPDC” tráfego de controle – PMU-CTRL1 (TCP/IP). 3. “PMU ACDC” tráfego de controle – PMU-CTRL3 (TCP/IP)

4. “SPDC CDC do ONS” fluxo de dados em tempo real – SPDC-RT1 (UDP/IP).

5. “SPDC CDC do ONS” dados armazenados de tempo não real – SPDC-SD1 (TCP/IP) 6. “SPDC ONS CDC” tráfego de controle – SPDC-CTRL1 (TCP/IP)

Note que os tráfegos reais de cada subestação para os centros de controle do ONS também dependerão de se existe um ACDC instalado e de se fluxos de dados de tempo real adicionais são solicitados pelos ACDC. Se um ACDC estiver instalado, tráfegos adicionais podem existir. Como os Agentes são responsáveis por projetar e especificar os ACDC, os requisitos adicionais para os canais de comunicações para suportar a funcionalidade do ACDC deverão ser definidos pelos Agentes, e não serão incluidos nesta especificação.

Adicionalmente, para uma subestação que não seja capaz de enviar dados de tempo real para os CDC do ONS, não haverá tráfegos SPDC-RT1.

As principais características de tráfego do SMF do ONS são:

1. Os primeiros dois tráfegos (PMU-RT e PMU-CTRL1) são tráfegos locais das redes da subestação. Os outros tráfegos são entre os SPDC e os CDC do ONS, que, em geral, passarão através dos Centros de Controle dos Agentes.

2. Tráfegos de tempo real (PMU-RT e SPDC-RT) são tráfegos unidirecionais. Todos usam protocolos UDP/IP com endereços de IP multicast e requerem uma largura de banda garantida para carregar os tráfegos.

3. Outros tráfegos são tráfegos TCP/IP bidirecionais. Entre eles, o SPDC-SD1 é um tráfego assimétrico, que envia principalmente dados armazenados de um SPDC para o CDC do ONS, quando solicitado pelo mesmo.

(11)

As taxas de dados para o SPDC-RT1 e para o SPDC-SD1 são as mesmas, 10 estruturas/segundo, conforme especificado pelo ONS. A taxa de dados para o PMU-RT será selecionada pelo ONS e pelos Agentes, e será igual ou maior à maior taxa de dados do SPDC-RT1 e do SPDC-SD1, assim como para dados adicionais requisitados pelo ACDC. O ONS e os Agentes também determinarão os dados a serem transmitidos das PMU para o SPDC, com base nos requisitos de dados do ONS e dos Agentes.

As larguras de banda estimadas destes tráfegos estão sumarizadas abaixo.

2.2.1

Tráfego em Tempo Real PMU SPDC (PMU-RT)

O requisito da largura de banda do tráfego de fluxos de dados PMU SPDC de tempo real em UDP/IP para uma PMU é afetado pelo número total de fasores, de valores analógicos e de palavras de status digital a serem transmitidos, pela taxa de dados selecionada e pelo formato dos dados (ponto fixo ou ponto flutuante). Pode ser calculado com o uso das seguintes fórmulas, de acordo com a definição do overhead de pacote UDP/IP e com a definição de Estrutura de Dados da norma IEEE C37.118 ( PMU-RTFixed para dados no formato ponto-fixo, e PMU-RTFloat para dados no formato ponto-flutuante):

[

FT FT FT

]

S ) s / bits ( 8* 46 PHNMR*P 2*F ANNMR*A 2*DGNMR *F RT PMU− = + + + + onde:

PHNMR: é o número de fasores contido em fluxos de dados em tempo real das PMU transmitidos para o SPDC

PFT: é o formato de dados do fasor. Os valores são: 4 para o formato inteiro de 16 bits e 8 para o

formato ponto flutuante IEEE de 32 bis.

FFT: é o formato de dados da freqüência e da taxa de freqüência. Os valores são: 2 para o formato

inteiro de 16 bits e 4 para o formato ponto flutuante IEEE de 32 bits.

ANNMR: é o número de dados analógicos contidos nos fluxos de dados de PMU emtempo real.

AFT: é o formato de dados analógicos. Os valores são: 2 para o formato inteiro de 16 bits e 4 para

o formato ponto flutuante IEEE de 32 bits.

DGNMR: is the number of digital status words.

DGNMR: é o número de palavras de status digital.

(12)

FS: é o dado de relatório de fasor da PMU, em estruturas por segundo.

Note que essas fórmulas consideram o seguinte para as estruturas de dados IEEE C37.118, de cada PMU: a) Formato ponto flutuante de 32 bits IEEE para dados de fasores, de frequência e de taxa de

mudança de frequência

b) Apenas uma palavra de status digital c) Nenhum dado analógico é incluído.

d) Uma taxa de dados de 10 estruturas por segundo.

Para uma PMU que esteja medindo 2 fasores (tensão e corrente de seqüência positiva), o PMU-RT calculado seria de 5.760 bits/s.

2.2.2

Tráfego em tempo real SPDC CDC (SPDC-RT1)

Os SPDC atuam como PMU virtuais para os CDC do ONS e dos Agentes. Cada SPDC envia um fluxo de dados de PMU tempo real agregado aos CDC do ONS (SPDC-RT1) e um fluxo de dados de tempo real opcional para o ACDC (SPDC-RT2), quando requisitado pelo agente.

O requisito de largura de banda para tráfegos de fluxos de dados UDP/IP de tempo real SPDC CDC do ONS, SPDC-RT1, pode ser calculado usando as seguintes fórmulas, segundo a definição da norma IEEE C37.118 para estruturas de dados e para o/segundo o overhead de pacotes UDP/IP:

SPDC-RT1:

(

+

)

+ = − = PMU _ NUM 1 i i ) s / bits ( 80* 44 12 8*PHNMR 1 RT SPDC onde:

NUM_PMU: é o número de PMU conectadas ao SPDC.

PHNMRi: é o número de fasores da PMU i.

Se todas as PMU apresentarem o mesmo número de fasores (PHNMR iguais), a largura de banda será: Note que as fórmulas acima mencionadas assumem o seguinte para as estruturas de dados IEEE C37.118 de cara PMU:

(13)

[

56 8*PHNMR

]

*

80 RT

PMU− (bits/s) = +

Observe que a formula acima considera o seguinte para cada PMU:

a) Formato ponto flutuante de 32 bits IEEE para dados de fasores, de frequência e de taxa de mudança de frequência

b) Apenas uma palavra de status digital c) Nenhum dado analógico é incluído.

d) Uma taxa de dados de 10 estruturas por segundo.

Para um SPDC com cinco PMU conectadas, cada uma com 2 fasores, o SPDC-RT1 calculado é de 14,720 bits/s.

2.2.3

Tráfego de tempo real SPDC CDC (SPDC-SD1)

Os SPDC atuam como dispositivos de armazenamento local de dados para o SMF Brasileiro. Eles armazenam tanto dados originais de PMU quanto fluxos de dados agregados. Se estiverem faltando dados dos fluxos de dados de tempo real devido a interrupções nas comunicações, os dados perdidos podem ser recuperados através de uma solicitação de dados realizada pelo CDC, ao SPDC. Para subestações que não são capazes de enviar fluxos de dados de tempo real, os CDC solicitarão aos SPDC que enviem os dados armazenados, uma vez que um evento seja detectado pelo CDC do ONS. Os dados armazenados dos SPDC serão enviados aos CDC utilizando protocolo TCP/IP. O SPDC-SD1 usará a definição de estrutura de dados IEEE C37.118 para transmitir os dados armazenados. O cálculo abaixo assume que o SPDC-SD1 é transmitido segundo a definição de estrutura de dados IEEE C37.118.

O montante de dados armazenados a ser transmitido não é fixo. Depende da quantidade de dados perdidos a serem recuperados, do número de eventos detectados em certo período e dos comprimentos desses eventos.

Para subestações que não tem condições de enviar fluxos de dados em tempo real, assumindo que o comprimento total de todos os eventos detectados durante um dia não excederá 10 % do tempo, em um período de 24 horas, o requisito de largura de banda do tráfego médio de dados armazenados, de tempo não real, TCP/IP SPDC CDC, para um SPDC, pode ser calculado usando as seguintes formulas, baseadas na definição de estrutura de dados da norma IEEE C37.118 e no overhead dos pacotes TCP/IP:

(14)

SPDC-SD1:

(

+

)

+ = − = PMU _ NUM 1 i i ) s / bits ( 8* 56 12 8*PHNMR 1 SD SPDC onde:

NUM_PMU: é o número de PMU conectadas ao SPDC.

PHNMRi: é o número de fasores da PMU i.

Se todas as PMU apresentarem o mesmo número de fasores (PHNMR iguais), a largura de banda será:

(

)

[

56 NUM_PMU* 12 8*PHNMR

]

* 8 1 SD SPDC− (bits/s) = + +

As fórmulas acima assumem o seguinte para as estruturas de dados IEEE C37.118 de cada PMU: a) Formato ponto flutuante de 32 bits IEEE para dados de fasores, de frequência e de taxa de

mudança de frequência

b) Apenas uma palavra de status digital c) Nenhum dado analógico é incluído.

d) Uma taxa de dados de 10 estruturas por segundo.

Para um SPDC com cinco PMU conectadas, cada uma operando com 2 fasores, o SPDC-SD1 calculado é de 1,472 bits/s.

Para subestações que enviam fluxos de dados SPDC CDC de tempo real ao ONS, a duração dos dados perdidos seria de bem menos que 10% do tempo total, para um período de 24 horas, devido ao requisito de disponibilidade do canal. A largura de banda calculada com o uso da fórmula acima será suficiente para enviar os dados perdidos que tenham sido requisitados pelos CDC do ONS.

2.2.4

Tráfego de Controle

Dez por cento (10%) da largura de banda total do canal de comunicação fornecido deverá ser reservado para suportar o tráfego de controle.

(15)

2.3 Requisitos do Sistema de Comunicações

Esta seção descreve os requisitos de comunicação da parte dos Agentes para a rede WAN que dará suporte ao SMF do ONS.

Na Figura 1, as redes locais em subestações e os centros de controle dos Agentes e as conexões A e B

não são limitadas a serem redes/conexões únicas. Os agentes devem decidir se eles implantarão o sistema de comunicação para transportar o tráfego de tempo real na mesma rede/canal com outros tráfegos de rede, ou usar rede/canal dedicados. Quando todos os tráfegos são transportados em rede/canais compartilhados, MPLS ou outras tecnologias serão utilizadas para assegurar que o tráfego em tempo real deverá ter garantida sua largura de banda, que não sofra interferência de outros tráfegos, e sua disponibilidade requerida.

2.3.1

Rede da Subestação (Sub-LAN)

A rede de PMU da Subestação (Sub-LAN) transporta PMU-RT, SPDC-RT, SPDC-ER e todos os tráfegos de controle. A Sub-LAN será uma rede "confiável", e atenderá as seguintes exigências:

1. O tráfego médio da LAN1 não deverá exceder 20% da velocidade da LAN. O mesmo requisito se

aplica ao tráfego combinado se as PMU e os SPDC compartilham a Sub-LAN com outros dispositivos IED na subestação.

2. A Sub-LAN terá uma disponibilidade de 99,999% ou melhor.

3. Qualquer sistema ou usuário conectado à Sub-LAN estará sujeito a ID de usuário e autorização por senha. A Sub-LAN pode conectar-se a redes confiáveis sem um firewall. Conexão a redes não-confiáveis deve ser feita via firewall.

4. Equipamento de rede Sub-LAN da subestação deverá atender os requisitos de condições adversas de operação em subestação. O uso do equipamento de rede ótica é preferido.

5. Equipamento Ethernet, como chaves e roteadores, deverá ser capaz de suportar chaveamento/roteamento de tráfego IP multicast.

1 O tráfego médio da LAN é definido como o total de dados transferidos em um período de medição dividido pelo

montante máximo de dados que podem ser transferidos na velocidade da LAN especificada (neste mesmo período de tempo).

(16)

2.3.2

Link Sub-LAN a ACC-LAN WAN (Link A)

As conexões WAN (link A, mostrado na Figura 1) deverão ser providas para conectar as Sub-LAN dos Agentes às LAN dos Centros de Controle dos Agentes (ACC-LAN). As conexões deverão atender aos seguintes requisitos:

1. Os links deverão prover largura de banda suficiente para carregar todos os tráfegos especificados para os links entre as PMU e os SPDC e a ACC-LAN. Os tráfegos a serem carregados são SPDC-RT, SPDC-ER, PMU-CTRL1 e SPDC-CTRL. A largura de banda requerida pelos tráfegos determinados deverá ser menor que 50% da largura de banda calculada para os tráfegos especificados para os links.

2. A latência de transmissão para o tráfego em tempo real deverá ser menor que 50 ms.

3. O link deverá exibir uma disponibilidade de 99,99% ou melhor, para o tráfego de tempo real.

2.3.3

Rede do Centro de Controle dos Agentes (ACC-LAN)

A ACC-LAN comunica-se com a Sub-LAN através do link A e com a Rede do Centro de Controle central/regional do ONS (ONS-LAN) através do link B. A ACC-LAN deverá ser uma rede “confiável” e deverá atender aos seguintes requisitos:

1. O tráfego médio da LAN não deverá exceder 20% da velocidade da LAN. A ACC-LAN carrega os tráfegos SPDC-RT, SPDC-ER, PMU-CTRL1 e SPDC-CTRL de todas as SPDC conectadas à rede. Se a ACC-LAN for compartilhada pelo SMF do ONS e outros sistemas de controle dos Agentes, o average tráfego médio da LAN de todos os sistemas não deverá exceder os requisitos de velocidade da LAN acima indicados.

2. A ACC-LAN deverá ter uma disponibilidade de 99,999% ou melhor.

3. Qualquer sistema ou usuário conectado à ACC-LAN deverá estar sujeito à autorização de identificação e senha. A ACC-LAN pode conectar-se a outras redes confiáveis sem firewall. Conexões a redes não confiáveis deverão ser feitas via firewall.

4. Equipamento Ethernet, como chaves e roteadores, deverá ser capaz de suportar chaveamento/roteamento de tráfego IP multicast.

(17)

2.3.4

Link ACC-LAN a ONS-LAN (Link B)

Comunicação entre ACC-LAN e ONS-LAN deverá atender aos seguintes requisitos:

1. O link deverá prover largura de banda suficiente para carregar todo o tráfego entre as ACC-LAN e a ONS-LAN. O tráfego a ser carregado será a soma do tráfego de SPDC-RT, SPDC-ER, PMU-CTRL1 e SPDC-CTRL de todas as Sub-LAN.

2. A largura de banda requerida pelo tráfego atual total deverá ser menor que 50% da largura de banda calculada para o tráfego definido para os links.

3. A latência de transmissão para o tráfego em tempo real deverá ser menor que 50 ms.

(18)

Referências

[1] Norma IEEE C37.118-2005 (Revisão da Norma IEEE 1344-1995) Norma IEEE de Sincrofasores para Sistemas de Potência, 2006 Páginas 1 a 57.

[2] Projeto de Arquitetura do Sistema de Medição Fasorial do ONS (Final), Yi Hu, Virgilio Centeno e Celso Araújo, KEMA Inc.- T&D Consulting / KEMA Brasil Ltda., 27 de Novembro de 2006.

(19)

KEMA Brasil Ltda.

Av. Rio Branco 115 – Grupo 2003 CEP 20040-004 – Rio de Janeiro – RJ Brasil

Tel.: +55 21 2232-4500

KEMA Inc. T&D Consulting

3801 Lake Boone Trail Suite 200

Raleigh, NC 27607 USA

Ph:- (919) 256-0839

Referências

Documentos relacionados

A seleção de professores é uma medida que não parece ter uma solução tão breve e foge aos limites legais das escolas e da 28ª CRE. Para além da seleção de professores,

Prevê responsabilização material e simbólica ( high stakes ) tanto para a rede de ensino, quanto para a escola. A responsabilização material pode ser configurada por meio de

[r]

Sendo assim, ao (re)pensar a prática do professor em uma sala de aceleração, dispõe-se sobre ações que envolvem o contexto gerencial e pedagógico do programa, bem como

O fortalecimento da escola pública requer a criação de uma cultura de participação para todos os seus segmentos, e a melhoria das condições efetivas para

Fonte: Elaborado pela autora com base no documento MEC, INEP: Programas e Políticas Federais que utilizam os dados do Censo Escolar Orientações de preenchimento. Não apenas como

Mestrado em Administração e Gestão Pública, começo por fazer uma breve apresentação histórica do surgimento de estruturas da Administração Central com competências em matéria

5 “A Teoria Pura do Direito é uma teoria do Direito positivo – do Direito positivo em geral, não de uma ordem jurídica especial” (KELSEN, Teoria pura do direito, p..