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Consagrar a Pemba

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Academic year: 2021

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A Pemba

por Rubens Saraceni

A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos, e ela pode ser usada de várias formas, tais como:

-Para riscar pontos cabalísticos; -Para cruzar os filhos de fé; -Para pós purificadores; -Para limpa pessoas;

-Para cruzarem imagens ou outros objetos; -Para assentamentos;

Pemba significa e é um elemento mágico mineral.

A confecção das pembas acontece desta forma: um mineral, tipo calcário (um gesso - Gipsita) branco é moído e coado, depois é moldado em formas ovais que lhe proporcionam fácil manuseio e boa resistência, não sendo muito duro nem muito mole.

A pemba ideal é aquela que risca facilmente sem esfarelar-se.

Os guias espirituais gostam de riscar pontos cabalísticos quando vão

trabalhar. Cada um com seu próprio ponto, raramente repetido por outros guias, ainda que alguns símbolos, signos e ondas sejam comuns.

Porém, sempre vemos diferenças entre os pontos de guias pertencentes a uma mesma linha ou corrente de trabalho espiritual.

As pembas podem ser consagradas ou não, tudo depende da orientação dos guias espirituais.

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A) Uma consagração simples:

Pode ser feita por todos os médiuns e se processa desta forma:

1. Risca-se um círculo, firmam-se sete velas coloridas sobre ele e uma vela branca no centro.

2. Colocam-se as pembas brancas ou coloridas (menos a de cor preta) dentro dele.

3. Evoca-se Deus e os sagrados orixás, pedindo-lhes irradiação sobre aquele círculo e a imantação das suas vibrações divinas sob as pembas ali colocadas. Que as consagrem para serem usadas segundo as necessidades dos guias e dos médiuns (para riscarem pontos, cruzarem pessoas,

fazerem pós específicos, tornando-as condensadoras e anuladoras de energias negativas etc.).

Após a queima das velas, devem ser recolhidas as pembas já consagradas pelos sagrados orixás e guardadas em uma caixa ou envolvidas em tecidos com suas respectivas cores, só voltando a manuseá-las quando forem usadas.

Esta forma de consagração é a mais simples de ser feita. Sendo realizada dentro do congá ou na casa do médium, em um local adequado.

As Ervas e sua Utilização Por Alexandre Cumino

Defumação

A defumação consiste no ato de queimar ervas e resinas aromáticas no carvão em brasa, o que é feito dentro de um turíbulo (defumador), aonde as ervas e resinas exalam seu aroma e essência no ar. È uma prática

milenar usada em todas as culturas, alguns utilizavam a queima direta em piras e fogueiras.

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O uso ritualístico, ancestral, da defumação tem a finalidade de promover a limpeza astral de ambientes e pessoas. Aqui ressaltamos a importância de seus elementos para a queima de larvas e miasmas astrais, bem como a purificação das energias negativas. Podemos utilizar muitas ervas e resinas diferentes, dependendo dos objetivos propostos, pois é ato magístico-religioso, onde associamos as qualidades, “propriedades”, que a erva ou resina possui com as que desejamos adquirir. Para fazer sua defumação em casa, muna-se de um turíbulo (defumador) colocando carvão para queimar dentro do mesmo (tomar cuidado com o álcool e evitar o manuseio perto de crianças), quando já estiver em brasa despeje aos poucos as ervas e resinas aromáticas. Ofereça às divindades guardiãs dos reinos vegetais e peça para que através desta defumação as pessoas possam ser limpas e descarregadas, assim purificando todas as energias negativas que se encontram em seus corpos astrais. Manuseie seu defumador de forma que a “fumaça aromática” envolva as pessoas a serem limpas e purificadas na defumação.

Lembre-se que na defumação utilizamos ervas secas.

As resinas

A Mirra, o incenso e o beijoim são resinas aromáticas (seiva natural), milenarmente conhecidas e utilizadas ritualisticamente dentro de quase todas as tradições religiosas.

Dentre as suas diversas utilidades a mais tradicional e conhecida é defumação. Todas estas três resinas têm a capacidade de agir em nosso campo astral e mediúnico sutilizando-o e desagregando energias

negativas, por esta razão as mais antigas tradições religiosas se utilizavam e ainda utilizam delas, são usadas também para facilitar o contato

espiritual. Pela sua alta capacidade de volatilização e por sua qualidade potencializadora são muito utilizadas em conjunto com ervas secas já direcionadas para os campos aos quais estas atuam.

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A exemplo da defumação os banhos de ervas também são excelentes para limpeza de nosso corpo astral assim como nosso corpo material também é limpo das impurezas e estimulado pela essência vegetal, aqui nós

impregnamos com a força e propriedade das ervas.

Nós utilizamos ervas frescas ou secas para o banho, preparadas como um chá, apagando o fogo assim que começa a ferver e deixando, enquanto esfria um pouco, a água absorver o elemento vegetal. Após o banho normal de higiene, despejamos aos poucos o “banho de ervas”, do

pescoço para baixo, entoando nossos pedidos ao Criador e às Divindades. Após, deixe que a essência vegetal seja absorvida por um minuto,

enxugue-se normalmente e aproveite este contato com a natureza.

Banhos na Natureza

Os banhos feitos na natureza, de cachoeira ou mar, também são

excelentes para desagregar energias enfermiças localizadas nos órgãos do corpo etérico. Tem na natureza energia e magnetismo que limpa e sutiliza nosso corpo energético (nos sentimos mais “leves”) expandindo nosso aura, a energia salina do mar “queima” as larvas e miasmas astrais.

As ervas

A seguir daremos uma sequência de ervas com suas características e qualidades a serem trabalhadas ritualisticamente nos banhos e ou defumações.

Arruda (Ruta graveoleos)– Ótimo protetor astral, desagrega as larvas astrais e energias enfermiças. Quebra as formações energéticas negativas, resultantes das egrégoras de pensamentos negativos e atuações do baixo astral.

Alecrim (Rosmarinus officinalis) – Desagrega energias enfermiças, limpa e purifica ambiente criando uma “esfera” de proteção, boa contra obsessão e afasta a tristeza.

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Alfazema (Lavandula augustifolia ou Vera) – Ajuda a equilibrar nossas energias, limpa e purifica o ambiente trazendo a paz e harmonia.

Anis estrelado (Illicium verum)– Atua melhorando nosso humor, desperta a intuição, torna o ambiente agradável e desagrega energias negativas Absinto – Losna (Artemisia absinthium) – Em banhos, desagrega fluidos negativos. Na defumação afasta influencia negativa.

Alho (casca) (Allium sativum)– desagrega as energias negativas de ordem sexual , protege contra influencias negativas e purifica o ambiente

Artemísia (Artemísia Vulgaris) – Quebra as egrégoras de pensamentos negativos e traz proteção

Bambu (Oxytenanthera abyssinica) – contra influencias negativas Botões de flor de laranjeira – Para o amor

Camomila (Matricaria chamomilla) – Calmante, contra depressão e ansiedade

Cana de açúcar (palha e bagaço) – Dá força e vigor para enfrentar as situações do dia a dia

Canela (Cinnamomun zeylanicun Ness) – Condensador de fluidos benéficos, destrói miasmas astrais, afrodisíaco e atrai a prosperidade. Cebola (casca) – desagrega energias negativas de ordem sexual, afasta fluidos indesejados.

Capim limão / Capim Santo (Cymbopogon citratus) – Bom para acalmar e trazer bons fluidos

Cravo (Syzygium aromaticum)– Afrodisíaco, estimulante, aumenta o magnetismo pessoal e atrai a prosperidade.

Eucalipto (Eucalyptus globulus labill) – Desagrega as energias negativas e enfermiças, renova nossas energias, equilibra o emocional.

Erva Doce (Pimpinella anisum) – Acalma e harmoniza o ambiente, desagregando energias enfermiças e nocivas

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Girassol (folhas) – Excelente condensador de fluidos positivos e ajuda a aguçar a intuição

Guiné (Petiveria alliacea) – Quebra formas pensamento baixas e ajuda na comunicação com os bons espíritos. Bom contra obsessões de natureza sexual

Hortelã (Mentha piperita) – Bom para proteção e contra o desanimo Ipê amarelo – para harmonizar ambientes

Laranja (flor, folhas e casca) – Estimula o amor nos tornando mais atraentes, também torna o ambiente mais agradável e “leve”. Levante – Bom para proteção e abertura de caminhos

Limão (casca) – Queima os fluidos negativos e enfermiços arrancando Lírio – bom para nos tornar mais puros simples e humildes, estimula nosso lado compreensivo e amoroso.

Louro (Laurus nobilis) (a folha do sacerdote) – Excelente para aguçar a intuição e para a prosperidade

Maçã (folhas, flores e casca) – Desperta nossa sensibilidade ao amor e aumenta nosso poder magnético de atrair o que nos agrada. Malva (Malva parviflora) – Acalma e desperta a sensibilidade

Manjericão (Ocimun basilicum)– Ótimo para tirar as energias negativas, trazer vida ao ambiente e as pessoas, aumenta o magnetismo pessoal, atua contra a depressão e ansiedade.

Maracujá (Passiflora alata dryand) (flor) – Para fortalecer nossos laços de amizade

Melissa (Melissa oficinallis) – Acalma os ânimos nos tornando mais alegres, limpa e sutiliza o corpo astral

Morango (folhas e fruto) – Desperta o prazer em todos os sentidos Noz-Moscada – Aguça a intuição, ajuda na comunicação astral e é boa para a prosperidade.

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Poejo – Ótima para proteção e para acalmar os ânimos

Pitanga (Eugenia uniflora) (folhas) – Prosperidade e proteção

Patchuli (Pogostemon patchouly) – Bom para amor, prosperidade e intuição fortalecendo o magnetismo pessoal Salsa – Usada para a proteção afasta a negatividade

Salvia (Salvia officinalis) – considerada a erva da saúde serve para limpeza, proteção e intuição

Rosa Branca – Desperta o amor e espiritualidade

Rosa vermelha - Desperta a paixão Rosa cor de rosa – Desperta o amor maternal, filial e fraternal.

Romã (casca e flores) – Utilizada para a prosperidade e protege contra as emanações provindas de inveja e ódio

Orquídea – Desperta a libido

Obs: Ao trabalhar com as essências das ervas, banhos ou defumação, estamos entrando em um universo vegetal que vai além da matéria. Assim, como não somos apenas carne e as divindades não são apenas arquétipos, as plantas também possuem um “espírito vegetal” que as anima e tem seus respectivos gênios e divindades guardiãs responsáveis pela força vegetal. Portanto ao trabalhar com ervas entre em contato com estes espíritos, gênios e guardiões vegetais pedindo sua licença e sua força para realizarmos nossa tarefa. Dentro do conceito de divindades podemos recorrer a Oxossi como Guardião do reino vegetal e Ossain como gênio deste reino e da cura pelas ervas.

Receitas de Banhos e Defumação

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Salsinha, aniz estrelado e alecrim.

Acabar com os males e desagregar energias negativas: Banho de cerveja

Prosperidade financeira: Salsinha com noz moscada

Para ajudar no comércio:

Alecrim, abre-caminho, hortelã, levante, girassol, cana, açúcar mascavo. Fazer banho, defumação e passar no chão do escritório ou loja.

Banho para o amor:

Aniz estrelado, calêndula, rosa vermelha, pathuli, malva branca e jasmim.

Banho para atrair a sorte: Milho de galinha, abre-caminho, café e açúcar mascavo.

Defumação de prosperidade:

Noz moscada, cana, insenso, folha de louro, canela em pó,aroz com casca e alfazema.

Purifica o espírito e fortalece o mental: Levante, alecrim e hortelã.

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Bom para a saúde, ajuda a fortalecer pessoas debilitadas: Banho de leite com levante (feito as terças e quintas feiras)

Para Prosperidade:

Pó de café, açúcar, louro, manjericão, folha de pitanga, hortelã.

Para descarga forte:

Folhas de eucalipto, casca de alho, palha ou bagaço de cana (seco), folha de bambu, folha de pinhão roxo.

Para descarga de energias sexuais densas:

Cravo, canela, casca de alho roxo, erva-doce, casca de limão

Para cansaço ou depressão:

(Respirar bastante) sementes de girassol, semente de imburana, anis estrelado.

Contra a insônia:

Pétalas de rosa, Erva-sândalo, Hortelã e cravo da Índia

Descarrego de energias pesadas:

Manjericão, Alecrim, Mirra, Alfazema e Arruda.

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Alho, salsão, arruda, guiné, espada de São Jorge, folha de fumo, folha de mangueira, levante e cipó mil-homens.

Para abrir caminhos:

Açucena, agrião, angico, aroeira e espada de São Jorge.

Para ajudar no desenvolver da espiritualidade: Jasmim, anis estrelado e alfazema

DESCARGAS

Por Ruben Saraceni

As descargas ou "descarregos" significa afastar determinadas

perturbações espirituais ou obsessões que estão atuando sobre uma pessoa, uma residência, uma casa de comércio ou até mesmo contra os médiuns de um templo de Umbanda.

A pólvora é um dos elementos mais usados em um descarrego, quando é riscado um ponto mágico com ela e é ateado fogo. Com a queima da pólvora acontece uma explosão e um deslocamento de energia que penetra no campo magnético da pessoa, desagregando cascões astrais, queimando acúmulos de energias e possíveis espíritos perturbadores. A quantidade de pólvora deve ser pouca e têm que ser cuidadosos na hora de sua queima, senão pode acontecer de alguém se queimar. Uns fazem buchas de pólvora e ateiam fogo numa ponta do papel. Já outros riscam algum ponto cabalístico específico e colocam um pouco, uma colher de chá de pólvora em cima de algum dos riscos, queimando-a em seguida.

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Enfim, várias são as formas de se usar os “pontos de fogo”, sempre para descarregar uma pessoa, uma residência, etc.

Recomendação: só usem os pontos de fogo caso saibam como fazê-lo. E antes, firmem vosso Orixá, vosso Mentor e vosso Exu guardião, pois aí sim, estarão protegidos durante a descarga, e de possíveis reações ao choque que o outro “lado” receberá.

Mas há outros tipos de descargas ou descarregos, e alguns são feitos com pipoca; outros com folhas de ervas específicas, quando são feitos os sacudimentos; banhos de mar e de cachoeira, dentro de todo um ritual, também realizam descargas nas pessoas.

Enfim, há todo um universo a ser conhecido neste campo magístico, que recomendamos que estudem, colocando em prática aqueles recursos que mais os atrair.

As Cores de Colares, Braceletes, Pulseiras, Anéis, Tiaras, etc.

Texto extraido do Livro " Formulário de Consagrações Umbandistas" Editora Madras /Rubens Saraceni

Os Colares ou " Guias" Consagrar uma guia, como são chamados os colares dentro da Umbanda, é um procedimento correto, pois somente ele estando consagrado poderá ser usado como protetor ou instrumento mágico nas mãos dos guias espirituais. O procedimento regular tem sido o de lavá-los (purificação), de iluminá-los com velas (energização) e de entregá-los nas mãos dos guias espirituais para que sejam cruzados (consagração). Eventualmente são deixados nos altares por determinado número de dias para receber uma imantação divina que aumenta o poder energético deles. Os guias espirituais sabem como consagrá-los

espiritualmente, imantando-os de tal forma que, após cruzá-los, estão prontos para ser usados pelos médiuns como filtros protetores ou pelos seus guias como instrumentos mágicos, ainda que só uma minoria dos guias os utilize efetivamente com essa finalidade e a maioria os prefira

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como pára-raios protetores ou descarregadores das cargas energéticas negativas trazidas para dentro dos locais de trabalhos espirituais pelos seus consulentes.

Os procedimentos consagratórios dos colares usados pelos umbandistas têm sido estes e poucos têm mais alguns outros. Eles têm ajudado os médiuns durante seus trabalhos e auxiliado os consulentes a se proteger das pesadas projeções fluídicas que recebem de pessoas ou espíritos no dia-a-dia. Mas esses cruzamentos ou consagrações, com finalidades específicas e com imantação espiritual, são apenas o lado aberto ou

exotérico e, numa escala de 0 a 100, só obtêm 10% do poder dos mesmos objetos que, se forem consagrados internamente ou receberem uma consagração completa, terão 100% de poder.

Normalmente, consagram-se ou cruzam-se colares a pedido dos guias espirituais e cada linha tem suas cores específicas, iguais às dos seus orixás regentes. Como algumas cores mudam conforme a região, então eventuais alterações de cores impedem a uniformização da identificação dos orixás simbolizados nos colares usados pelos médiuns. Na confecção dos colares, algumas regras devem ser seguidas:

1ª — Os colares dos orixás costumam ser de uma só cor.

2ª — Há algumas exceções (Obaluaiê = branco), (Omolu = preto-branco-vermelho), (Nanã = branco-lilás-azul-claro), (Exu = preto-vermelho; preto; vermelho), (Pombagira = vermelho; preto e vermelho; dourado). Enfim, há certa flexibilidade no uso das cores dos colares consagrados aos orixás na Umbanda. E isso se deve ao fato de que eles, na verdade,

irradiam-se em padrões vibracionais diferentes e em cada um mudam as cores das energias irradiadas. Então, não podemos dizer que estão erradas as cores usadas na Umbanda. Apenas cremos que deveríamos padronizá-las e não recorrer ao uso individual depadronizá-las. Também não deveríamos adotar as cores usadas em outros cultos afros.

— O uso de "quelê" também não deve ser adotado pelos umbandistas pois é privativo do Candomblé.

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— "Quelê" é um colar curto, feito de pedras trabalhadas; é mais grosso que o normal e usado ao redor do pescoço, indicando que a pessoa é uma iniciada no seu orixá em ritual tradicional e só dele. Portanto, o seu uso não deve ser copiado, pois não é um colar umbandista.

Para a Umbanda, vamos dar as cores mais usadas ou aceitas pela maioria: • Oxalá = branca • Nanã = lilás • Iemanjá = azul-leitoso • Omolu = branco-preto-vermelho • Ogum = vermelho • Obaluaiê = branco-preto • Xangô = marrom

• Exu = preto e vermelho • Iansã = amarelo

• Pombagira = vermelho • Oxum = azul-vivo • Oxóssi = verde

• Obá, Oxumaré, Oiá-Tempo e Egunitá não são cultuados regularmente. Como na Umbanda não são cultuados regularmente, alguns orixás foram incorporados por nós, pois ocupam pólos energo-magnéticos nas Sete Linhas de Umbanda. Então vamos dar as suas cores:

• Egunitá = laranja • Oiá-Tempo = fumê

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• Obá = magenta

• Oxumaré = azul-turquesa

Só que há um problema porque não são fabricadas regulamente contas de cristais ou de porcelanas nessas cores. Por isso, recomendamos que os umbandistas passem a usar colares de pedras naturais sempre que possível, porque só eles (e todos os elementos naturais) conseguem absorver e segurar as imantações divinas condensadas nas suas

consagrações "internas". Contas e outros objetos artificiais ou sintéticos, produzidos industrialmente, não são capazes de reter as imantações poderosas dessas consagrações internas. Então, aqui há uma relação das pedras dos orixás:

• Oxalá = quartzo transparente • Oiá-Tempo = quartzo fumê • Oxum = ametista

• Oxumaré = quartzo azul • Oxóssi = quartzo verde • Obá = madeira petrificada • Xangô = jaspe marrom • Egunitá = ágata de fogo • Ogum = granada

• Iansã = citrino

• Obaluaiê = quartzo branco e turmalina negra • Nanã = ametrino

• Iemanjá = água-marinha

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• Exu = ônix preto — hematita — turmalina negra • Pombagira = ônix — ágata

Obs.: Outras pedras podem ser usadas, pois a variedade de espécies é grande, assim como é a de cores em cada espécie, certo? Agora, com as linhas de trabalhos formadas por guias espirituais, a coisa complica

porque tudo depende das energias manipuladas por eles e pelos mistérios nos quais foram "iniciados" e que ativam durante seus atendimentos aos consulentes.

— Para a linha dos Baianos, recomendamos o uso de colares feitos de coquinhos.

— Para a linha das Sereias, recomendamos os colares feitos de conchinhas recolhidas à beira-mar.

— Para a linha dos Boiadeiros, recomendamos colares feitos de "jaspe leopardo".

— Para a linha das Crianças, recomendamos colares de quartzo rosa, de ametista, de água-marinha e quartzo branco.

Quanto aos colares para descarga, recomendamos que tenham grande variedade de espécies de pedras naturais, de porcelana de cristais industriais, de sementes, etc. No capítulo seguinte, comentaremos com detalhes fundamentais os colares de descarga. Um colar é em si um círculo e é um espaço mágico poderoso, se for consagrado corretamente. Então, supondo que os seus colares tenham sido consagrados

corretamente, vamos aos comentários necessários para que você comece a usá-los com mais respeito e trate-os como objetos sacros de sua religião: a Umbanda.

Nós sabemos que não existem comentários sobre os muitos tipos de espaços-mágicos usados pelos praticantes de magia. Sabemos que usam o triângulo; o duplo triângulo entrelaçado, o pentagrama, etc, mas também

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que seus fundamentos ocultos ou esotéricos não foram revelados ou comentados por nenhum autor umbandista até a publicação do nosso livro A Magia Divina das Velas (Madras Editora), no qual comentamos superficialmente os espaços mágicos formados por velas. Bem, o fato é que o círculo é um espaço mágico, e um colar é um círculo, ainda que maleável, pois se movimenta ao redor do pescoço da pessoa que o está usando. Por isso, chamamos os colares de círculos maleáveis. E, por ser um espaço mágico fechado, se devidamente consagrado, é um espaço mágico permanente e que "trabalha" o tempo todo recolhendo e enviando para outras dimensões ou faixas vibratórias as cargas

energéticas projetadas contra o seu usuário. Como ele é um círculo, então o espaço mágico formado dentro dele é multidimensional e interage com todas as dimensões, planos e faixas vibratórias, enviando para eles as cargas energéticas projetadas contra o seu usuário.

• Ele interage com as dimensões elementais. • Ele interage com as dimensões puras.

• Ele interage com as dimensões bielementais. • Ele interage com as dimensões trielementais. • Ele interage com as dimensões tetraelementais. • Ele interage com as dimensões pentaelementais. • Ele interage com as dimensões hexaelementais. • Ele interage com as dimensões heptaelementais.

A ROUPA BRANCA

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E, quando o seu usuário o coloca no pescoço, ele começa a puxar para dentro do espaço mágico (que é em si) as irradiações projetadas desde outras faixas vibratórias negativas, dimensões ou planos da vida,

recolhendo-as e enviando-as de volta às suas origens. Os guias espirituais, quando consagram colares para os seus médiuns ou para os consulentes, para serem usados como protetores, imantam esses colares com uma vibração específica que os tornam repulsores ou anuladores de projeções energéticas negativas, mas não os tornam espaços mágicos em si porque, para fazerem isso, teriam de ir a locais específicos da natureza e, ali, abrir campos consagratórios também específicos e imantá-los com as vibrações divinas dos seus orixás correspondentes, dotando-os de poderes mágicos multidimensionais. Mas, como os fundamentos consagratórios internos estavam fechados ao plano material até agora, então eles faziam isso de forma velada quando seus médiuns iam oferendá-los, ou aos orixás, nos campos vibratórios na natureza. Os guias espirituais sempre respeitaram o silêncio sobre a consagração interna e sempre fizeram o que tinham de fazer de forma que os seus médiuns não percebiam que, ao tirarem os colares do pescoço, trabalhando-os na verdade estavam imantando-os com as vibrações elementais e divinas existentes nos pontos de forças da natureza.

Então, agora você já sabe que o seu colar de cristais, porcelana, sementes, dentes, etc. não é só um adereço de enfeite ou identificador dos seus orixás ou de seus guias espirituais, mas que, se corretamente consagrado, é um espaço mágico circular, certo? E também sabe que, se for

confeccionado com elementos colhidos na natureza, é mais poderoso que os feitos com elementos artificiais ou industrializados.

Dentre os principios da Umbanda,um dos elementos de grande

significancia e fundamento,é o uso da roupa branca.A cor branca é um dos maiores simbolos de unidade e fraternidade ja utilizados.A roupa branca transmite a sensação de assepsia,calma,paz espiritual,serenidade e outros valores de elevada estirpe.A cor branca contem dentro de si todas as demais cores existentes.Portanto,a cor branca tem sua azão de ser na Umbanda,pois temos que lembrar que a religião que abraçamos é

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capitaneada por Orixás,sendo que Oxalá,que tem a cor branca como representação,supervisiona os Orixás restantes.A roupa branca usada pelos médiuns,não dará oportunidade às pessoas que adentram um terreiro,etc...de saber qual o nível social,cultural,intelectual dos médiuns que fazem parte do mesmo,pois o branco significa IGUALDADE.Essa roupa branca,é a vestimenta para a qual devemos dispensar muito carinho e cuidado.Devem ser conservadas limpas,bem cuidadas,devem estar sempre longe do contato direto com as forças deletérias,devem estar dentro do vestiario do terreiro ou em casa sendo lavadas.Quando essas roupas ficam velhas,estragadas,jamais deve-se jogar fora ou dar,deverá ser despachada,pois trata-se de um instrumento de trabalho do

médium.Nunca se deve vir vestido de casa,e sim, vestir suas roupas brancas,pois se voce vai trabalhar sem o banho e com roupas que andou pelas ruas,tento o médium quanto as roupas estão impregnados de cargas fluidico-magnéticas negativas,que por conseguinte interferema no campo aurico e perispiritual do médium.Portanto,tomar o banho e vestir as roupas brancas é de grande importancia.Além disso,o branco é uma cor relaxante,que induz o psiquismo à calma e à tranquilidade.

Em 16 de novembro de 1908, data da anunciação da Umbanda no plano físico e também ocasião em que foi fundado o primeiro templo de

Umbanda, Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade, o espírito Caboclo das Sete Encruzilhadas, entidade anunciadora da nova religião, ao fixar as bases e diretrizes do segmento religioso, expôs, dentre outras coisas, que todos os sacerdotes (médiuns) utilizariam roupas brancas. Mas, por quê?.Teria sido uma orientação aleatória, ou o reflexo de um profundo conhecimento mítico, místico, científico e religioso da cor branca? No decorrer de toda a história da Humanidade, a cor branca aparece como um dos maiores símbolos de unidade e fraternidade já utilizados. Nas antigas ordens religiosas do continente asiático, encontramos a citada cor como representação de elevada sabedoria e alto grau de espiritualidade superior. As ordens iniciáticas utilizavam insígnias de cor branca; os brâmanes tinham como símbolo o Branco, que se exteriorizava em seus vestuário e estandartes. Os antigos druidas tinham na cor branca um de seus principais elos do material para o espiritual, do tangível para o intangível. Os Magos Brancos da antiga Índia eram assim chamados

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porque utilizavam a magia para fins positivos, e também porque suas vestes sacerdotais eram constituídas de túnicas e capuzes brancos. O próprio Cristo Jesus, ao tempo de sua missão terrena, utilizava túnicas de tecido branco nas peregrinações e pregações que fazia. Nas guerras, quando os adversários, oprimidos pelo cansaço e perdas humanas, se despojavam de comportamentos irracionais e manifestavam sincera intenção de encerrarem a contenda, o que faziam? Desfraldavam

bandeiras brancas! O que falar então do vestuário dos profissionais das diversas áreas de saúde. Médicos, enfermeiros, dentistas etc., todos se utilizando de roupas brancas para suas atividades. Por quê? Porque a roupa branca transmite a sensação de assepsia, calma, paz espiritual, serenidade e outros valores de elevada estirpe. Se não bastasse tudo o que foi dito até agora, vamos encontrar a razão científica do uso da cor branca na Umbanda através das pesquisas de Isaac Newton. Este grande cientista do século XVII provou que a cor branca contém dentro de si todas as demais cores existentes. Portanto, a cor branca tem sua razão de ser na Umbanda, pois temos que lembrar que a religião que abraçamos é capitaneada por Orixás, sendo que Oxalá, que tem a cor branca como representação, supervisiona os Orixás restantes. Assim como a cor branca contém dentro de si todas as demais cores, a Irradiação de Oxalá contém dentro de sua estrutura cósmico-astral todas as demais irradiações

(Oxossi, Ogum, Xangô, etc.).A implantação desta cor em nossa religião, não foi fruto de opção aleatória, mas sim pautada em seguro e inequívoco conhecimento de quem teve a missão de anunciar a Umbanda.

PONTOS CANTADOS Por Anna Chrystina

Desde os primórdios da humanidade que as diversas religiões encontravam nos cânticos uma forma de louvação e expressão da religiosidade.

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Louvai a Deus no seu santuário;louvai-o no firmamento, ...

... Louvai-o com címbalos sonoros; louvai-o com címbalos retumbantes. Todo ser que respira louve ao Senhor. Salmo 150 da Bíblia.

Os pontos cantados na Umbanda são como Mantas que ao serem entoados movimentam energias e promovem ligação com a espiritualidade, harmonização, limpeza, purificação, segurança,

desagregação de energias deletérias, desintegração de miasmas, além de servirem de chamada ou despedida das entidades para os trabalhos. São também louvores, uma maneira de se conectar com determinada energia e dela se beneficiar ou beneficiar a outrem.

Dessa forma, existem vários tipos de pontos cantados para serem utilizados em momentos específicos dentro da ritualística. Para citar alguns: Pontos de Descarrego, Pontos de Abertura dos Trabalhos, Pontos de Defumação, Pontos de Encerramento da Gira, Pontos de Louvação, Pontos de Firmeza e por aí vai.

A gira de Umbanda é toda cantada, desde sua abertura até o fim dos trabalhos, o que nós chamamos de Curimba, onde ecoam os atabaques (ressalto que algumas casas não se utilizam de atabaques) e o

Ogã(responsável, dentre outras coisas, pela Curimba) vai "puxando" os pontos pertinentes a aquele momento no qual a gira se encontra. O atabaque é considerado um instrumento sagrado na Umbanda e sua correta execução, dentre outras coisas, é responsável pelo bom

andamento da Gira, assim sendo, o cargo de Ogã dentro de uma Casa é de extrema responsabilidade, devido a imensa energia que faz movimentar, estabelecendo e mantendo o padrão vibratório nos momentos dos trabalhos.

O mais importante com relação aos pontos cantados é que eles sejam executados com concentração pela corrente de trabalho para que as energias evocadas encontrem ambiente ideal para a prática da caridade.

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Normalmente acompanhada de dança ritualística, os pontos cantados são também um elo que facilita a conexão dos médiuns com suas entidades de trabalho.

Os Pontos Riscados na Umbanda

Texto extraído do Livro “Umbanda Sagrada”, Rubens Saraceni, Ed. Madras.

Os pontos riscados são um mistério e um dos fundamentos divinos da religião umbandista, pois desde as primeiras manifestações espirituais os guias de lei de Umbanda já riscavam seus pontos de "firmeza" de

trabalhos, de identificação da sua "linha", de "descargas" etc. Isso é de conhecimento amplo, e muitos escritores umbandistas da primeira metade do século XX registraram em seus livros muitos pontos riscados dos "seus" guias ou de outros, coletados por eles em seus estudos sobre esse mistério da Umbanda.

Os pontos riscados sempre despertaram a curiosidade dos médiuns umbandistas e não foram poucos os que se dedicaram ao estudo deles, procurando entender o segredo de suas funcionalidades, assim como os significados dos signos e símbolos "cabalísticos" inscritos neles pelos guias espirituais.

Muitos livros com pontos riscados foram publicados, e eu tenho alguns impressos de cerca de 50 anos atrás, cujos autores visitavam os centros e copiavam os pontos que os guias riscavam, pois era comum o hábito de se riscar pontos para firmeza, descarga ou virada de magias negativas.

Mas se os guias deixavam que fossem copiados e publicados, no entanto eram reticentes quanto aos significados dos signos e símbolos que

inscreviam.

O máximo que revelavam era sobre a "falange" à qual pertenciam ou qual eram as linhas de orixás ali firmadas.

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Esse silêncio dos guias levou muitos umbandistas a buscar informações em autores estrangeiros e em antigos livros de magia importados da Europa, pois o assunto era instigante e muitos dos signos e símbolos riscados nos pontos eram iguais aos dos "selos", pantáculos e alfabetos mágicos coletados por iniciados e pesquisadores europeus que se dedicavam ao estudo da magia, da teurgia, da escrita mágica e da simbologia.

Mas como faltavam os reais fundamentos dos alfabetos mágicos, dos signos e dos símbolos, porque desconheciam o mistério das divindades que os regem, os umbandistas continuaram sem saber muita coisa sobre os pontos riscados pelos seus guias espirituais, que pouco revelavam sobre este mistério.

Eu mesmo me dediquei por vários anos ao assunto e pouco descobri nos livros à disposição. Quando eu inquiria algum guia sobre o mistério dos pontos riscados, só obtinha explicações parciais ou evasivas, e ouvia a recomendação de continuar minha busca porque um dia eu encontraria em mim mesmo a resposta sobre este mistério.

Depois de procurá-la por anos e anos, acabei desistindo e aquietando minha curiosidade. E quando recebi mensagens de alguns espíritos, que posteriormente resultaram na primeira edição deste livro, escrevi em sua apresentação que os médiuns de Umbanda deviam confiar nos seus guias, pois eles dominavam a ciência dos pontos riscados durante os trabalhos espirituais.

Em 1990, na sua apresentação, escrevi isto: “Para aqueles que se dedicam ao ritual (de Umbanda) de uma maneira iniciática, podemos argumentar com aquilo que os mestres da luz nos transmitiram em outras obras (de outros autores inspirados), e que nos inspiram profunda sabedoria, ou seja, que a Umbanda traz em si energia divina viva e atuante, à qual nos sintonizamos a partir de nossas vibrações mentais, racionais e emocionais. Energias estas que se amoldam segundo nosso entendimento do mundo.” Hoje, 11 anos depois, estou mais convencido ainda sobre o acerto dessa minha afirmação. Médiuns sem conhecimentos ocultistas, mas movidos pela fé e pelo amor, têm realizado um trabalho magnífico dentro da

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Umbanda, pois esta mesma fé e amor são as chaves-mestras que ativam os mistérios dos nossos amados Orixás durante seus trabalhos espirituais. Estes médiuns (a maioria dentro da Umbanda) entendem pouco de

ocultismo e esoterismo, e, no entanto, curam pessoas, abrem seus “caminhos”, cortam demandas, harmonizam lares etc., movidos unicamente pela

fé e amor que vibram e que os colocam em sintonia vibratória com a energia divina viva e atuante (os orixás) que a Umbanda traz em si. Esses médiuns, movidos pela fé e amor, são a prova viva de que, em religião, os sentimentos valem mais que os conhecimentos ocultistas, iniciáticos ou esotéricos. Já que, se não vibrarmos fé e amor, não ativamos os sagrados orixás (as energias vivas divinas e atuantes que a Umbanda traz em si).

Mas também escrevi isto:

“Àqueles que se interessam pelos aspectos iniciáticos, podemos dizer que tudo o que disserem ou fizerem, desde que esteja de acordo com a lei, e vier a ser fonte elucidativa dos mistérios contidos na Umbanda,

encontrará correspondência energética no astral, pois o princípio (o mistério) se amoldará ao conhecimento que transmitem.”

Mais uma vez o tempo me confirmou, pois nestes 11 anos posteriores encontrei médiuns dotados de conhecimentos ocultistas, que os

adquiriram em fontes não umbandistas, mas que os adaptaram aos seus trabalhos espirituais e têm sido luzes na vida das pessoas que atendem. Também escrevi isto:

“Se dizemos isto é porque os mestres nos ensinam que o „verbo. não está contido numa só língua ou grafia iniciática (alfabeto ou escrita mágica), mas que, quando verdadeira é a língua ou grafia, através dela o „verbo. (Deus) se manifesta.

Logo, se um irmão de fé num grau não iniciático, mas instruído pelo seu mentor, riscar um ponto análogo às forças do seu regente (orixá), ativará forças análogas àquelas ativadas pelo mais profundo dos conhecedores da

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lei de pemba, ainda que não tenha conhecimento desta, pois não se deu ao trabalho de conhecê-la ou de buscar níveis conscienciais

(conhecimentos) mais sutis (elevados).

Isto é assim porque todo médium de Umbanda, não importando seu grau, é o aparelho incorporado pelos guias, mentores e orixás. E esta

incorporação se processa tanto no médium que está se iniciando no ritual quanto no médium já iniciado nos seus mistérios mais profundos.”

O tempo mais uma vez confirmou quando, finalmente, encontrei as respostas sobre as escritas mágicas, e fui autorizado a ensiná-la de forma aberta nos meus cursos de magia. Vi pessoas que não são médiuns

riscarem pontos cabalísticos, e após ativa-los com as evocações que lhes ensinei realizarem ações magníficas, tais como: anular magias negras, curar pessoas, harmonizar famílias etc., sempre movidos pela fé, amor, confiança e determinação (as chaves da magia e de tudo o mais a que nos propomos realizar em nossa vida).

De fato, o “verbo”, que é Deus, não está contido numa só língua (um alfabeto mágico) ou numa só grafia (escrita mágica), pois todas as línguas e grafias já compiladas no campo da magia são partes de um código divino, no qual as línguas (mantras) e as grafias (os signos mágicos), até agora abertos para o plano material, são tão poucos e tão limitados que não devemos nos envaidecer ou nos assoberbar com o que recebemos. A abertura do mistério das ondas vibratórias geradas e irradiadas pelos sagrados orixás nos revelou algo inimaginável até então em toda a história da magia: todos os alfabetos (línguas) e todas as grafias (símbolos e

signos) são inscrições dessas ondas vivas divinas e atuantes, cujos “pedacinhos” formam letras ou signos com poderes mágicos.

Após abertura do mistério das escritas mágicas no ano de 1995, tudo o que eu sempre havia procurado me foi revelado e comecei a entender os alfabetos, os símbolos e os signos da magia riscada simbólica usada pelos guias de Umbanda. E isso só confirmou o que eu havia escrito na primeira apresentação deste livro, agora revisado e ampliado, pois junto com esta revelação vieram muitas outras sobre os sagrados orixás e os

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De fato, se um médium, incorporado ou instruído pelo seu guia, mentor ou orixá, risca um ponto “cabalístico”, este terá um poder de realizar toda uma ação magística, pois ele conhece profundamente este mistério da Umbanda.

O médium pode não conhecê-lo, mas seu guia de lei conhece e usa sempre que é preciso, pois ele (o guia) é um espírito “iniciado” nos mistérios dos orixás e uns se apresentam como de Ogum, outros se apresentam como de Oxóssi etc.

Com estas minhas explicações de agora, espero que as pessoas, que então me criticaram, entendam que eu havia escrito uma verdade. Elas é que não se deram ao trabalho de refletir sobre ela, porque, com certeza, não inventamos as grafias mágicas usadas, já que nas suas primeiras

manifestações os guias de lei já riscavam seus pontos de descarga ou de firmeza dos terreiros de Umbanda onde incorporavam.

Se riscavam, riscam e sempre riscarão flechas, espadas, luas, cruzes, sóis, triângulos etc. em seus pontos, hoje sabemos que todos esses signos e símbolos mágicos são parte de uma escrita mágica tão vasta,

que o livro A Escrita Mágica dos Orixás é só uma página do imenso Código da Magia Riscada, a ser publicado futuramente por nós.

Saibam que tudo o que já sabemos e que um dia ainda haveremos de aprender faz parte do “Código Divino da Magia Riscada”, que é onde os guias de lei da Umbanda estudam.

Este livro vivo e divino é formado pelas ondas vibratórias dos sagrados orixás. E quando um espírito-guia se assenta sob a irradiação de um deles só então recebe a outorga divina de inscrever com a pemba seus signos, seus símbolos e suas ondas vibratórias em seus pontos riscados.

Se um espírito não se assentar na irradiação de um ou vários orixás, ele não tem a permissão de riscar pontos de firmeza, de descarga ou de anulação de magias negativas, pois não ativará nada e só estará

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E o mesmo acontece com as pessoas que não se iniciaram, pois podem aprender tudo sobre a escrita mágica dos orixás, mas não receberam a outorga para ativá-los.

Os pontos riscados da Umbanda são um mistério da magia divina, e só quem for iniciado e se consagrar como instrumento mágico da Lei Maior e da Justiça Divina poderá trabalhar com ela sem estar incorporado, só sendo instruído pelo seu mentor espiritual ou “guia de lei da Umbanda”. Texto extraído do Curos de Teologia de Umbanda Sagrada, Ministrado por Alexandre Cumino www.ica.org.br

Pontos Riscados Por Rubens Saraceni.

1 – Os pontos riscados pelos guias espirituais são espaços mágicos cujas funções lhes são dadas por eles.

2- Os pontos riscados se servem da escrita mágica sagrada simbólica.

3- Dentro desta escrita mágica sagrada, os guias servem-se de signos, símbolos e ondas vibratórias que são realizadoras e, assim que são riscados, são ativados e começam a trabalhar.

4 – Existem milhares de ondas vibratórias que formam telas infinitas e das quais são retirados modelos de símbolos e signos mágicos, os quais assim que são riscados e ati-vados aqui no plano mate-rial, religam-se a elas que lhes da-rão sustentação nos trabalhos que serão realizados.

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5 – Destas telas vibratórias são retirados símbolos e signos, sendo alguns bastante conhecidos e de fácil identificação e interpretação, enquanto a maioria nos são desconhecidos e praticamente impossível de serem identificados e classificados.

6- Os guias espirituais preferem trabalhar com espaços mágicos fechados ou circulares porque assim, suas irradiações ficam contidas dentro do círculo e não interferem com outros espaços mágicos riscados por outros guias dentro do mesmo espaço físico coletivo.

7- A escrita mágica simbólica é tão antiga quanto a humanidade e, tem sido encontrados signos e símbolos em construções antiquíssimas dentro de túmulos e urnas funerárias com milhares de anos de idade, portanto, esta escrita mágica simbólica, usada pelos guias espirituais, não é

propriedade da Umbanda e sim, é um bem colocado a disposição da humanidade pelos seres espirituais superiores e que dela, muitos tem se servido no decorrer dos séculos.

8 – Algumas ordens antiquíssimas cria-ram, a partir de signos e símbolos, suas escritas mágicas sagradas e cada uma delas serviu-se ou ainda se serve da sua simbologia, que se não é exclusiva, no entanto, tem

significado especial e interpretação própria para cada grupo de usuários deste bem coletivo, colocado a nossa disposição por Deus.

9 – Os guias espirituais de Umbanda servem-se de uma certa quantidade de símbolos e signos mágicos que aparentemente é limitada a algumas centenas apenas, pois pode-se encon-trar pontos riscados de diferentes entidades, a reprodução de símbolos e signos idênticos.

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10 – Na Umbanda, manifestam-se através de nomes simbólicos muitos poderes divinos que são em si, mistérios cujas atuações estão voltadas para o crescimento religioso dos seres e dos símbolos riscados pelos guias, nos seus pontos, estão indicando mistérios firmados e ativados por eles.

11 – Até recentemente, todo o mistério da escrita mágica sagrada usada pelos guias espirituais era assunto fechado dentro da Umbanda e o que tínhamos à nossa disposição eram coletâneas de pontos riscados pelos guias, mas que não nos esclarecia muito porque, apesar de sabermos que eram poderosos e capazes de realizar trabalhos, tudo era muito vago e ficavam sempre pairando dúvidas sobre quando utilizá-los, uma vez que eram de uso exclusivo dos guias espirituais e, só raramente, eles

autorizavam seus médiuns a riscá-los para que, sem incorporarem, pudessem ajudá-los nas suas necessidades ou dificuldades.

12 – Faltava-nos muitas informações que pudessem permitir um

aprofundamento neste mistério e nos faltava mais informações, que aí sim, o tornaria compreensível por todos.

13 – O que andaram escrevendo sobre os pontos riscados pelos guias, incutia receio e medo nas pessoas, principalmente quanto aos pontos riscados das linhas da esquerda, e isso não ajudou em nada o

desenvolvimento desta ciência espiritual dentro da Umbanda.

14 – Pelo contrário, alguns autores umbandistas, tal como Emanuel Zespo, chegaram a escrever que só os profun-dos conhecedores e iniciados na famosí-ssima, mas desconhecida LEI DE PEMBA é que poderiam riscar pontos e trabalhar com eles. Outros como W. W. da Matta e Silva

chegaram ao absurdo de coletar uma ou duas dezenas de signos e dizer que eles sim, eram a genuína LEI DE PEMBA (sabe-se lá o que isso quer dizer) eram o ponto de raiz, e a partir daí, auto nomearam-se profundos

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conhecedores da desconhecida, mas muito famosa Lei de Pemba, e começaram a desclassificar os pontos riscados usados pelos guias espirituais desde as primeiras manifestações deles na Umbanda, e que vinham ajudando a dar sustentação aos trabalhos realizados dentro dos centros assim como davam proteção aos seus médiuns.

15 – Graças a estes, a magia do ponto riscado não desapareceu por

completo dos centros de Umbanda, fato este que privaria a religião deste importantíssimo instrumento de trabalho.

16 – Quanto aos supostos e pseudo iniciados e auto nomeados “Mão de Pemba”, por desconhecerem os verdadeiros fundamentos existentes por trás dos pontos riscados, seus escritos empacaram e não levaram a lugar algum, e muito menos à compreensão e ao desenvolvimento desta ciência divina. Na verdade, eles atrasaram em 50 anos a abertura deste mistério dentro da Umbanda, quase levando-o ao esquecimento.

17 – Leiam e releiam estes escritos destes pseudos “mãos de pemba” e verão que eles criaram uma ilusão que não tem fundamento e por 50 anos, ficaram repetindo e afirmando a mesma coisa: “A Lei de Pemba existe mas não pode ser revelada aos não iniciados”.

Publicado no Jornal de Umbanda Sagrada de Junho de 2008.

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