TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
Adriana Cardoso Bernardo
Daniel Moser
As infecções hospitalares na percepção dos profissionais do
serviço de higienização e limpeza hospitalar: uma revisão
bibliográfica
São Paulo
2020
As infecções hospitalares na percepção dos profissionais do serviço de higienização e limpeza hospitalar: uma revisão bibliográfica
Autores:
Adriana Cardoso Bernardo. Enfermeira formada pela pela Universidade de Caxias do Sul (RS). Atuando como enfermeira da CCIH no Hospital Regional Helmut Nass em Biguaçu (SC). Email: adri.cardoso1984@gmail.com
Daniel Moser. Enfermeiro formado pela UNIVATES - Lajeado (RS). Atuando como Enfermeiro
Supervisor e Enfermeiro do Controle de Infecção no Hospital de Nova Petrópolis (RS). Email: danielmmoser@gmail.com
Resumo
Objetivos: Evitar as infecções hospitalares é papel fundamental de toda a equipe multidisciplinar
que atua nas instituições de saúde, sem esquecer a uma das peças estratégicas para manter a limpeza e controlar a propagação das infecções. O serviço de higienização e limpeza é essencial em todo esse processo por isso o objetivo deste estudo é identificar como os profissionais da higienização e limpeza hospitalar se percebem na prevenção das infecções hospitalares dentro do contexto de sua prática diária e quais as implicações na saúde dos pacientes.Métodos: Para poder compreender a percepção dessa categoria foi utilizado uma revisão bibliográfica revisão sistemática integrativa de literatura, onde a metodologia utilizada consistiu no levantamento de artigos científicos publicados em plataformas digitais. Resultados: Após a revisão bibliográfica se verificou uma inúmera quantidade de artigos disponíveis nas bases de dados, mas a grande maioria se refere a informações sobre a higiene das mãos, uso de soluções antissépticas, programas e métodos de controle de infecção. Para poder encontrar a resposta do objetivo em questão restaram somente sete artigos para a discussão dos dados.Conclusão: Se pode concluir que o serviço de higienização e limpeza ainda é esquecido dentro das instituições de saúde, faltam capacitações e treinamentos específicos e auxílio do Serviço de Controle de Infecção, cuja função é realizar ações para o controle das infecções.
Palavras-chave: Higienização, Infecção Hospitalar, Serviço de Limpeza, Percepção Abstract
Objectives: Avoiding hospital infections is a fundamental role of the entire multidisciplinary team
that works in health institutions, without forgetting one of the strategic pieces to keep clean and control the spread of infections. The hygiene and cleaning service is essential in this entire process, so the objective of this study is to identify how hospital hygiene and cleaning professionals perceive themselves in the prevention of nosocomial infections within the context of their daily practice and what are the implications for patients' health.Methods: In order to understand the perception of this category, a bibliographic review was used to systematically review the literature, where the methodology used consisted of surveying scientific articles published on digital platforms.Results: After the bibliographic review, there was a large number of articles available in the databases, but the vast majority refer to information about hand hygiene, use of antiseptic solutions, programs and methods of infection control. In order to find the answer to the objective in question, only seven articles remained for the discussion of the data.Conclusion: It can be concluded that the hygiene and cleaning service is still overlooked within health institutions, there is a lack of specific training and training and assistance from the Health Service. Infection Control, whose function is to carry out actions to control infections.
Introdução
As infecções hospitalares são responsáveis por muitos problemas relacionados ao aumento no número de dias de internação nas instituições de saúde. Segundo estudos do Ministério da Saúde, a taxa de infecção hospitalar é responsável por 14% das internações nos serviços de saúde. (ANVISA, 2016).
Existem muitos fatores relacionados a contaminação dentro de um ambiente hospitalar, entre eles a baixa imunidade dos pacientes, a grande circulação de pessoas, a virulência e o perfil de sensibilidade de cada serviço de saúde; também as formas de limpeza e desinfecção de artigos, e a higienização dos ambientes e a aplicação de protocolos de prevenção infecções relacionadas a saúde.
O setor de higienização e limpeza é considerado com um parceiro necessário e imprescindível para a prevenção e controle de infecções relacionadas a assistência à saúde. As rotinas de limpeza e desinfecção são indispensáveis para a prevenção da disseminação de bactérias e microrganismos no ambiente hospitalar. (SÃO PAULO, 2019).
A limpeza significa ausência visível de poeira, detritos e/ou substâncias orgânicas. Consiste na remoção das sujidades depositadas nas superfícies inanimadas utilizando meios mecânicos físicos ou químicos por um determinado tempo. (ANVISA, 2010).
O ambiente é apontado como um importante reservatório de microrganismos nos serviços de saúde: bactérias, vírus, fungos, matéria orgânica, partículas inanimadas invisíveis a verificação sem o auxílio de instrumentos avançados, estão presentes em todas superfícies, sendo um dos agentes de transmissão responsável por muitas das complicações de uma internação hospitalar. (CAMPOS, 2015).
Cada integrante da equipe multidisciplinar que compõe a rede de atendimento do paciente tem um papel fundamental para minimizar a disseminação de bactérias. Outra equipe fundamental que muitas vezes é esquecida dentro das instituições de saúde, mas com um importante significado para o controle das infecções, é o Serviço de Higienização e Limpeza.
Diante disso, identificou-se a necessidade de entender qual a percepção do profissional de higiene e limpeza frente as infecções, sendo que eles desempenham um papel importante garantindo um ambiente limpo, reduzindo a carga microbiana através das técnicas de limpeza nos serviços de saúde.
O objetivo principal dos acadêmicos da pós-graduação em MBA Gestão em Saúde e Controle de Infecção, será identificar através da revisão bibliográfica como os profissionais da
higienização e limpeza hospitalar se percebem na prevenção das infecções hospitalares dentro do contexto de sua prática diária e quais as implicações na saúde dos pacientes.
Desde o século XVIII se falava sobre infecção hospitalar, o médico húngaro Ignaz Philip Semmelweis, em 1846 comprovou que a higienização apropriada das mãos podia prevenir infecções, foi citado como louco por preconizar na higienização das mãos dos profissionais que faziam o atendimento aos doentes. (ANVISA, 2009).
A teoria ambientalista de Florence Nightingale no ano de 1859, descreve que a limpeza, adequada, ventilação, iluminação, boa nutrição, repouso auxiliavam na melhoria da saúde de quem precisava de atendimento a saúde. Florence descrevia que o ambiente hospitalar deveria ser livre de influências externas que afetassem a vida e o desenvolvimento de um organismo, e que essas influências eram capazes de prevenir, suprimir ou contribuir para a doença e a morte e mesmo sem ela ter o conhecimento sobre o contato por microrganismos (NIGHTINGALE, 1989).
Atualmente se fala muito em limpeza de ambientes, lavagem de mãos, infecção hospitalar. Na comunidade cientifica é um tema amplamente discutido, mas que precisa ser devidamente aplicado nas rotinas de trabalho através de procedimentos operacionais padrões, manuais de segurança do paciente.
O Ministério da Saúde juntamente com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, criou no ano de 2013 o Programa Nacional de Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (PNPCIRAS), onde contemplou alguns critérios para auxiliar as instituições de saúde redução das infecções hospitalares.
Na nova versão do programa (2016-2020), as Infecções Relacionadas à Saúde (IRAS) tiveram maior abrangência pois se configuram um grave problema a saúde pública, devido ao aumento das taxas de mortalidade, incremento nos dias de internações e uso de tecnologias avançadas para alcançar a melhora do quadro clinico do paciente acometido por uma infecção hospitalar. (BRASIL, 2016-2020).
A higienização hospitalar tem um papel fundamental na prevenção as da IRAS, é um elemento primordial nas instituições de saúde, pois de nada convém o serviço de controle de infecções criar os melhores protocolos relacionado as IRAS se não houver a participação dos profissionais que aplicarão essas técnicas no seu ambiente de trabalho.
A limpeza nos proporciona qualidade de vida e conforto, gera maior credibilidade, fornece para um ambiente saudável, organizado e contribuindo na conservação do ambiente, móveis e equipamentos.
Nas instituições de saúde é necessário ter um olhar mais crítico e específico para o tipo de limpeza a ser realizada. Existem técnicas específicas para cada ambiente hospitalar e cada uma delas com suas particularidades, sendo necessário profissionais capacitados e devidamente treinados para desempenhar essa função adequadamente.
Cuidar da segurança dos profissionais que realizam essa ação constitui num essencial fator que garante na diminuição e proliferação das infecções hospitalares, visto que, são eles os responsáveis pela manutenção do local com foco primordial em mantê-lo limpo e em condições adequadas para uso.
A disseminação de doenças e infecções hospitalares podem ser causados devido a falhas na limpeza e higienização, mas também está associado pelas mãos dos profissionais que compõem a equipe de médica, de enfermagem e outros integrantes que atuam na assistência direta ao paciente.
Para manter um ambiente hospitalar saudável e sustentável é necessário a contribuição da equipe de higiene e limpeza, sendo considerada como peça fundamental nesse processo para evitar a disseminação das infecções, devendo promover e reforçar as práticas seguras de trabalho, favorecendo ambientes livres de riscos para a saúde.
O risco no ambiente hospitalar é uma variável com potencial necessário para causar danos à saúde, visto que é apontado como um importante reservatório de microrganismos, onde os pacientes internados têm uma maior probabilidade de adquirirem infecções devido à própria natureza hospitalar, pois vão se expor a microrganismos que no seu dia-a-dia não entrariam em contato.(SAMAPAIO et al, 2013).
A participação do ambiente neste contexto de disseminação de infecções é multifatorial, isso quer dizer que depende não somente do tipo de limpeza realizada, mas também de como são realizadas as técnicas e procedimentos, estrutura física, presença de matéria orgânica suscita a proliferação de patógenos e insetos que são veículos de propagação.(OLIVEIRA; DAMASCENO, 2010).
A prática diária de treinamentos e capacitações configura um ambiente mais seguro com delimitações e saberes que auxiliam na melhoria da qualidade do serviço prestado podendo assim cumprir com o objetivo principal da limpeza hospitalar de preparar o ambiente para suas atividades, mantendo a ordem e conservando equipamentos e instalações, evitando principalmente a disseminação de microrganismos responsáveis pelas infecções relacionadas à assistência à saúde. (ANVISA 2010).
Método
Este estudo ocorreu a partir da revisão sistemática integrativa da literatura, a metodologia utilizada consistiu no levantamento de artigos científicos publicados em plataformas digitais.
A revisão sistemática, segundo Martins (2018), é um método utilizado para responder a uma pergunta específica sobre um problema específico. Utiliza três etapas especificas. A etapa um se refere ao planejamento e formulação da pesquisa. Na etapa dois se realiza a execução da pesquisa. E a última etapa se faz a sumarização dos dados.
A revisão integrativa é descrita como um método cuja finalidade é sintetizar resultados obtidos em pesquisas de maneira sistemática, ordenada e abrangente. Fornece informações mais amplas sobre um assunto ou problema, constituindo-se num corpo de conhecimento. Assim, “pesquisador pode elaborar uma revisão integrativa com diferentes finalidades, podendo ser direcionada para a definição de conceitos, revisão de teorias ou análise metodológica dos estudos incluídos de um tópico particular”. (ERCOL; MELO; ALCOFORADO, 2014, p.9-12).
Conforme Souza, Silva e Carvalho (2010), definem a revisão integrativa como um método que proporciona a síntese de conhecimento e a incorporação da aplicabilidade de resultados de estudos significativos na prática.
Para auxiliar na construção da revisão integrativa é preciso adotar seis etapas distintas, sendo elas: a identificação do tema e seleção da hipótese ou questão de pesquisa; estabelecimento de critérios para inclusão e exclusão de estudos/amostragem ou busca na literatura; definição das informações a serem extraídas dos estudos selecionados/ categorização dos estudos; avaliação dos estudos incluídos; interpretação dos resultados; e apresentação da revisão/síntese do conhecimento. (BOTELHO; CUNHA; MACEDO, 2011, p.129).
Na coleta de informações foram utilizadas as bases de dados Google Academic, Scielo, Pumeb, Lilacs. Os descritores utilizados na busca foram infecção hospitalar, serviço de limpeza, higienização e percepção, aplicando os filtros delimitando o ano de publicação dos artigos entre 2010 e 2020, e o idioma português, conforme dos dados apresentados na tabela 1.
Tabela 1: Descritores utilizados na pesquisa. Porto Alegre (RS), 2020. Base de Dados Descritores Artigos disponíveis Filtros Tipo de Filtro
Lilacs Infecção hospitalar and higienização and serviço de limpeza
50 1 Ano e
idioma Infecção hospitalar and higienização or
serviço de limpeza
107 30 Ano e
idioma Percepção and higienização or serviço
de limpeza
48 21 Ano e
idioma
Scielo Infecção hospitalar and higienização and serviço de limpeza
0 0
Infecção hospitalar and higienização or serviço de limpeza
727 275 Ano e
idioma Infecção hospitalar or higienização or
serviço de limpeza
1068 325 Ano e
idioma Percepção and higienização or serviço
de limpeza
10.040 5.515 Ano e
idioma
Pumeb Percepção or higienização or infecção
hospitalar
499 295 Ano
Infecção hospitalar or higienização and serviço de limpeza
220 160 Ano
Infecção hospitalar and higienização and serviço de limpeza
0 0
A seleção dos artigos foi realizada, por meio da leitura de títulos e resumos, fazendo uma pré-seleção dos estudos, sendo excluídos os duplicados nas diferentes bases de dados e escrito em outro idioma.
A coleta de dados foi realizada por dois pesquisadores em diferentes estados do país, realizada no mês de abril e maio de 2020. Para auxiliar na tabulação dos dados foi criada uma tabela com o auxílio do programa Excel conforme tabela 2.
Tabela 2: Apresentação dos artigos encontrados. Porto Alegre (RS), 2020.
Artigo Autores Título Artigo Palavras Chaves Ano Base de
dados 1 Boeger, M A interface da hotelaria hospitalar e o controle de infecção hospitalar Hotelaria; Infecção Hospitalar; Limpeza 2013 Google Acadêmico 2 Petean, E; Costa, A. L. R. C da; Ribeiro, R. L. R Repercussões da ambiência hospitalar na perspectiva dos trabalhadores de limpeza Serviços de limpeza; serviços terceirizados; ambiente de instituições de saúde 2014 Lilacs Scielo 3 Seefeld, L, de O. Conhecimento da equipe de higienização hospitalar acerca do controle de infecção Higienização Hospitalar; Conhecimento; Controle de Infecção 2015 Estante Virtual CCIH Med
4 Paina, T de A. et al. Conhecimento de auxiliares de higienização sobre limpeza e desinfecção relacionados à infecção hospitalar Serviço hospitalar de limpeza; Infecção hospitalar; Capacitação profissional 2015 Google Acadêmico 5 Dos Santos, W. J Ribeiro, I. P Percepção da equipe de limpeza no controle e prevenção da Infecção hospitalar Infecção hospitalar; limpeza; contaminação 2016 Google 6 Leal, G de A. Ribeiro, J. B. Lima, E. P. S A higienização hospitalar: uma solução paliativa Higienização; Microrganismos; Infecção Hospitalar 2017 Google Acadêmico 7 Moura, L. C. D, et al Higiene e desinfecção hospitalar aliadas na segurança do paciente Cuidados de Enfermagem; Infecção Hospitalar; Limpeza e Desinfecção da Unidade 2017 Google Acadêmico
Resultados
Com relação aos descritores pesquisados existem na literatura científica milhares de artigos disponíveis para leitura, mas devido ao tema em questão, a cada filtragem se reduzia muito o número de artigos, principalmente com o tema relacionado.
Os artigos lidos e selecionados foram apresentados em forma de tabela, evidenciando o objetivo, método e resultado de cada artigo para saber qual a percepção de cada autor.
Após a exaustiva revisão bibliográfica se constatou a inúmera quantidade de artigos disponíveis nas bases de dados, mas a grande parte deles se refere a informações referente a higiene das mãos, uso de soluções antissépticas, programas e métodos de controle de infecção.
A análise dos artigos nos remete que ainda faltam estudos específicos para poder realmente identificar a questão norteadora apresentada pelos pesquisadores sobre a percepção o profissional da higienização sobre as infecções hospitalares.
Nas referências encontradas após análise verificamos as mais diversas citações e tipos de trabalhos publicados sobre o assunto.
A tabela 3, traz um resumo do tipo pesquisa encontrada que se enquadra com os preceitos buscados.
Tabela 3. Exposição dos artigos selecionados. Porto Alegre (RS), 2020.
Artigo Objetivo Método Resultado Ano
1 Verificação de manutenção corretiva dos itens do que em relação à forma com que o ambiente foi de fato higienizado.
Descritivo • No passado, os serviços de higiene em hospitais brasileiros tinham um escopo unicamente operacional; • Área de hotelaria hospitalar deve, portanto, abarcar todos os serviços não assistenciais que tenham contato direto com o cliente;
• Todos estes serviços têm uma relação direta com o controle de infecção e o gerenciamento de suas
interfaces é fator crítico de sucesso na prestação dos serviços.
2 Compreender o trabalho de limpeza hospitalar na perspectiva dos trabalhadores e descrever, na visão deles, as repercussões da ambiência
hospitalar sobre o seu cotidiano de vida e trabalho. Pesquisa, exploratóri a e descritiva, de abordage m qualitativa • Os trabalhadores do hospital estudado não dispunham de ambiente com essas características, alertando-se para a necessidade de uma mudança na postura da atenção e gestão;
• A terceirização do trabalho no setor da saúde é um dos fatores responsáveis pelas dificuldades encontradas pelos trabalhadores da limpeza Hospitalar;
• A necessidade dos hospitais de oferecerem um ambiente mais acolhedor a esses trabalhadores, mesmo que sejam de empresas terceirizadas. 2014 3 Identificar o conhecimento dos colaboradores da equipe de higienização hospitalar sobre o Controle de Infecção e sobre as medidas que devem ser adotadas para o controle e diminuição das IH em uma Instituição hospitalar de pequeno porte Estudo quantitativ o descritivo
• Podemos observar que os participantes possuem relativo conhecimento sobre o Controle de infecção;
• Pode-se concluir que a EC em serviço é considerada importante para que a assistência direta ou indireta seja realizada de maneira organizada, limpa e segura, prevenindo assim, a IH; • Todos devem estar conscientes e realizar a prática em saúde de forma correta e segura, livre de possíveis contaminações e transmissão de infecções;
• As práticas para prevenção de IH devem ser realizadas por todos, descartando a ideia de que o controle e
prevenção de infecção hospitalar devem ser realizados somente pelo SCIH da instituição;
• Se possuirmos o conhecimento adequado das práticas, realizaremos a assistência de maneira efetiva, não expondo o paciente a riscos, e também nos protegendo como profissionais dos riscos a que estamos expostos.
4 Identificar o conhecimento dos auxiliares de higienização sobre os procedimentos de limpeza e desinfecção, relacionados à prevenção de IH. Estudo descritivo, de abordage m qualitativa • As auxiliares de higienização apresentaram conhecimento insuficiente sobre IH e em relação aos procedimentos relacionados à limpeza e desinfecção;
• Destacaram a falta de capacitação no serviço;
• O serviço de limpeza é extremamente necessário e deve ser realizado de maneira adequada baseado em princípios e evidências científicas, onde o serviço de limpeza e desinfecção é feito de maneira inadequada propiciam a proliferação de microrganismos, o que aumenta a probabilidade de ocorrências de infecção hospitalar;
• O baixo conhecimento e percepção dos auxiliares de higienização sobre IH apontam para a necessidade do planejamento de intervenções educativas;
• Os enfermeiros devem estar envolvidos diretamente nessa problemática, pois, frequentemente
lideram e chefiam a equipe de limpeza hospitalar;
• Identificou-se a necessidade de educação continuada sistemática no serviço;
• Continuação de novos estudos de investigação com essa população, muitas vezes esquecida, para que possam respaldar iniciativas que visem à prevenção da infecção hospitalar.
5 Investigar os
conhecimentos
técnicos, científicos e o envolvimento desses profissionais ligados a qualidade dos serviços prestados em uma instituição hospitalar quando no exercício das suas atribuições.
Pesquisa exploratóri a, com abordage m qualitativa descritiva • Salientar a necessidade de programas de treinamento, capacitação e reciclagem;
• Servir de subsídios à reflexão acerca da temática em estudo e, quem sabe, referência para instituições públicas ou privadas, consultorias em limpeza e hotelaria hospitalar, na medida em que os depoentes expressam com detalhes as percepções, conceitos e o ato de realizar a limpeza no hospital.
2016 6 Identificar os procedimentos a serem seguidos para a higienização hospitalar; diferenciar desinfecção de esterilização e analisar a condição microbiológica das superfícies hospitalares e as consequências Revisão de literatura
• Se faz necessário uma correta classificação quanto ao risco de infecção das áreas hospitalares pela direção e funcionários;
• Regularidade na execução de procedimentos higienizastes de acordo com o tempo exigido pela categorização feita, gerando uma preservação de instrumentos utilizados nas atividades locais como também prevenção de acidentes neles;
provenientes da desinfecção hospitalar e/ou ausência da mesma.
• Apenas com a higienização não é possível extinguir o risco de infecções hospitalares. 7 Identificar a relevância da higiene e desinfecção do mobiliário e da unidade hospitalar na segurança do paciente Revisão bibliográfi ca
• Discutir sobre a incidência das infecções hospitalares como um problema crescente de saúde pública; • As infecções hospitalares constituem um dos principais fatores de prolongamento de internações e
excessivos gastos para
restabelecimento;
• Apesar de o enfermeiro desempenhar outras funções dentro do ambiente hospitalar e na maioria dos casos haver empresar terceirizadas responsáveis pela limpeza e organização do ambiente cabe ao Enfermeiro instruir e disseminar o conhecimento acerca da melhor forma de higienização bem como as técnicas adequadas para tal atividade.
2017
Fonte: próprio autor
Discussão
Após leitura mais profunda dos artigos, levando em consideração a inquietação dos pesquisadores se iniciou a discussão através dos conceitos citados pelos autores dos artigos selecionados.
Um dos artigos descreve o cotidiano de trabalho da limpeza e os reflexos na terceirização na vida do trabalhador da limpeza hospitalar.
Outro tema abordado está relacionado ao ambiente e as rotinas de higiene e a infecção hospitalar, com base na segurança do paciente e do próprio higienizador.
Os profissionais do serviço de limpeza conforme descrito detêm um conhecimento insuficiente sobre as infecções hospitalares, tanto no desempenho técnico, científico relacionado as necessidades do paciente, quanto para se preservar de uma possível contaminação, necessitando a partir daí programas de treinamento, capacitação e reciclagem.
As auxiliares de higienização segundo descrito apresentam conhecimento insuficiente sobre as infecções hospitalares e relacionado a limpeza e desinfecção, onde o trabalho é realizado de maneira inadequada se propicia a proliferação de infecção hospitalar.
Somente com a higienização hospitalar foi evidenciado que não é possível extinguir o risco de infecções hospitalares, no entanto deve-se levar em consideração a suscetibilidade do doente, mantendo os padrões de assepsia nos procedimentos invasivos, assim como a limpeza do ambiente destaca um dos textos.
Já em outro texto se evidenciou que baixa adesão dos profissionais na realização da pesquisa. Poucos profissionais têm o conhecimento do controle de infecção sobre o trabalho desenvolvido na instituição pesquisada. Relatam conhecer os conceitos de limpeza, mas quando aplicado o questionário as respostas foram divergentes no que diz respeito ao conhecimento sobre o tema. Descreve também a importância da enfermeira participar em atividades de educação continuada.
A limpeza e desinfecção dos ambientes é uma aliada na segurança do paciente reduzindo taxas de infecções e tempo de permanência na internação hospitalar. Existe um conflito entre a equipe de enfermagem e o profissional da limpeza quanto as atribuições de cada função referente a limpeza de ambientes, ocorrendo com isso a negligência do procedimento.
Percebe-se na leitura que os descritores apresentados coincidem em vários artigos, mas não apresentam relação com o assunto abordado, gerando uma dificuldade contextualização sobre o tema abordado.
Conclusão
A higienização hospitalar é um tema que merece muita relevância pois sem esse setor nas instituições de saúde não haveria como realizar um adequado controle das infecções, visto que para evitar a proliferação de bactérias os ambientes necessitam estar limpos adequadamente, seguindo normas e técnicas de limpeza que ao longo dos anos foram se aperfeiçoando notavelmente auxiliando na diminuição do número de infecções hospitalares.
Vale a pena lembrar que é necessário a capacitação de toda equipe promovendo com isso inquietações e mudanças nas formas de trabalho e criando pensamento crítico sobre suas funções e importância do papel desempenhado como profissional que atua no serviço de saúde, por isso a importância de um de controle de infecção hospitalar atuante que auxilie a coordenação deste serviço na conscientização e importância sobre o tema, além de orientar as técnicas, uso de equipamentos de proteção individual e produtos adequados para a redução de carga microbiana no ambiente hospitalar.
Esse trabalho ainda precisa ser ampliado pois como descrito anteriormente falta reconhecimento deste grupo de profissionais pelas instituições de saúde e sua importância para o controle das infecções já que são consideradas fundamentais nesse processo.
Referências
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