Microeconomia
Microeconomia
T
Teo
eori
ria
a do
do P
Prod
rodut
utor
or
telciocarv@hotmail.com telciocarv@hotmail.com
A
A teoria
teoria do
do produtor/firma
produtor/firma trata das seguintes
trata das seguintes
questões:
questões:
1.
1. O m
O mod
odo p
o pel
elo qu
o qual u
al uma f
ma fir
irma
ma to
toma
ma de
deci
cisõ
sões d
es de
e
produção minimizadoras de custo
produção minimizadoras de custo
2.
2. O m
O modo
odo pe
pelo q
lo qua
ual os
l os cu
cust
stos d
os de p
e pro
rodu
duçã
ção va
o vari
riam
am
com o nível de produção
com o nível de produção
3.
3. Ca
Cara
ract
cter
eríst
ístic
icas
as da o
da ofe
fert
rta d
a de m
e mer
erca
cado
do
4.
4. Pro
Proble
blemas
mas das
das ativ
atividad
idades
es pro
produt
dutiva
ivas e
s em g
m gera
erall
O
A actividade económica do produtor
A actividade económica do produtor
con
consi
sist
ste
e em
em::
1.
1. ir a
ir ao me
o merc
rcad
ado a
o adq
dqui
uiri
rir fa
r fact
ctor
ores
es de p
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duçã
ção
o
((i.e.
i.e.
,,
os
os inputs
inputs))
,,
2.
2. tr
tran
ansf
sfor
orm
má-
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los e
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m bens e s
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viço
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prod
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os outputs
outputs) e
) e
3.
3. vo
volt
ltar
ar ao m
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erca
cado
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para a s
ra a sua v
ua ven
enda
da..
O
O
O
Produtor
Produtor
Tipos de inputs Insumos
Tipos de inputs Insumos
(fatores de produção tradicional)(fatores de produção tradicional)
TT
rabalhorabalho Matérias-primasMatérias-primas CapitalCapitalinsumos
insumos
(perspectiva mais abrangente)(perspectiva mais abrangente)
recursos naturaisrecursos naturais,, terraterra maquinariamaquinaria InstalaçõesInstalações
bens e serviços intermédiosbens e serviços intermédios trabalhotrabalho r r oyaltiesoyalties patentespatentes conhecimentoconhecimento
O
O
Produtor
Produtor
outputs
outputs
-
bens e serviços intermédios *
bens e serviços intermédios *
,,
bens de capital (maquinaria
bens de capital (maquinaria
,,
instalações
instalações
,,
etc. *
etc. *))
,,
bens e serviços finais (a serem consumidos).
bens e serviços finais (a serem consumidos).
* a usa
O
Produtor
O
produtor será, em simultâneo:
um comprador (de inputs),
um transformador e
um vendedor (de outputs)
que se localiza entre o mercado de
insumos/inputs
O
Produtor
Por exemplo
,
um agricultor vai ao mercado arrendar
terra e adquirir sementes
,
estrume
,
produtos
químicos
,
máquinas agrícolas
,
trabalho
,
vacas e
conhecimento
,
depois transforma-os em milho
,
feijão
,
batatas e leite
de vaca
,
e
volta ao mercado para vender os produtos
produzidos.
A actividade de transformação pode ser diminuta de forma que o produtor seja um intermediário.
Por exemplo
,
a Super Bock ST
P adquire um espaço de venda,
bens diversos e contrata trabalhadores e revende os bens adquiridos.
O
Produtor
O Processo Produtivo
Combinação e transformação de insumos ou fatores de produção em produtos
A actividade de transformação pode ser diminuta de forma que o produtor seja um intermediário.
Por exemplo
,
a Super Bock ST
P adquire um espaço de venda,
bens diversos e contrata trabalhadores e revende os bens adquiridos.
O
Produtor
Podemos ainda pensar a actividade de produção como mais um dos insumos: um agente económico que adquire ouro
,
pedras preciosas,
design de joalharia e contrata um joalheiro que lhe executar as jóias (a feitio) que depois vende.
A característica mais importante do comprador/ transformador/
vendedor é a sua capacidade de explorar as oportunidades que vão surgindo no mercado de forma mais eficiente que o próprio mercado,
Este ganho de eficiência surge porque a firma se organiza de forma centralizada (tendo informação menos imperfeita que o mercado).
O
Produtor
A discussão sobre a eficiência das economias centralizadas
(i.e.
,
planificadas - socialistas) e das descentralizadas (i.e.
,
de mercado - capitalistas) concluiu que a decisão
centralizada ser mais eficiente à escala pequena (i.e.
,
ao
nível da empresa) e a decisão descentralizada ser mais
eficiente à escala grande (i.e.
,
ao nível dos países).
Sendo que neste capítulo (adequado a under g r aduate students) é assumido
o pressuposto de que a informação é pública (i.e.,que todos sabem) e
perfeita,a actividade económica de transformação assume-se como a mais importante do produtor.
T
ecnologia de produção
F
unção de Produção
A transformação dos insumos em outputs é um intrincado
problema de engenharia que tem muitas variáveis de
controlo
,
E
m termos de ciência económica
,
pode ser simplificado na
Função de Produção.
Funçao de Produção:
Indica o maior nível de produção que uma firma pode atingir
para cada possível combinação de insumos
,
dado o estado da tecnologia. Mostr a o que é tecnicamente viável quando a fir ma oper a de
F
unção de Produção
A função de produção
f
,
traduz que quando o
produtor
,
consume as quantidades de insumos X = (x1
,
x2
,
,
xn)
,
ele produz as quantidades de outputs Y = (y1
,
y2
,
,
ym) segundo a desigualdade:
(y1, y2,
«
, y
m) f
(x1, x2,
«
, x
n)
A desigualdade inclui a possível de existência de
ineficiências.
Sendo o agente económico insaciável (maximização dolucro)
,
entãodiligenciará no sentido de produzir uma dada quantidade de output utilizando a mínima quantidade possível de insumos
,
V
ai afinar o processo produtivo de forma a atingir a igualdade,
F
unção de Produção
A função produção relaciona quantidades físicas
e.g.
,
relaciona horas de trabalho
,
quilogramas de fertilizante
e metros quadrados de terra com litros de leite
Sem perda de generalidade
,
vamos assumir que o nosso
produtor usa dois insumos para produzir um input
V
amos interpretar um dos insumos como:
L
= trabalho e o outro como K = capital
Q
= Ouput
L
ogoT
eremos:Q = F(K,L)
F
unção de Produção
trabalho - agrega todas as actividade laborais das pessoas dentro do
processo produtivo.
capital agrega todos os factores de produção que não se gastam
instantaneamente (e.g.
,
as máquinas,
os equipamentos e os imóveis)Observações:
1. Para qualquer nível de K, o produto aumenta quando L aumenta. 2. Para qualquer nível de L, o produto aumenta quando K aumenta.
3. Várias combinações de insumos podem produzir a mesma quantidade de produto.
F
unção de Produção
N
a produção de consultas médicas,
usam-se como inputs o tempo do médico e da sua assistente (que agregamos como factorT
rabalho) e o consultório e equipamento (que agregamos como factor Capital). Sendo o processo produtivo condensado na função de produção Y =
5L0.6.K0.3
,
qual será o nível de produção de utilizar 10 unidades detrabalho/dia e 50 unidades de capital?
E
xercício
Isoquantas
Isoquantas
São curvas que representam todas as possíveis
combinações de insumos que geram a mesma quantidade
de produto
Isoquantas
As isoquantas mostram de que forma diferentes
combinações de insumos podem ser usadas para
produzir a mesma quantidade de produto.
E
ssa informação permite ao produtor reagir
eficientemente às mudanças nos mercados de
insumos.
Isoquantas
Curto prazo:
Período de tempo no qual as quantidades de um ou mais
insumos não podem ser modificadas.
T
ais insumos são denominados insumos fixos.Curto Prazo
versus
Longo Prazo
Curto Prazo
versus
Longo Prazo
L
ongo prazo:
Período de tempo necessário para tornar variáveis todos os
Sendo que a função de produção já traduz os locais de eficiência
,
então
,
a isoquanta traduz as menores quantidades de inputs que permitem atingir o nível de produção considerado.Isoquantas - Propriedades
A inclinação vai diminuindo (têm curvatura virada para cima)
traduz que a proporção de troca vai diminuindo com a quantidade utilizada de um input
e.g.
,
se usamos o trabalho e a terra na produção de milho e pretendemos manter o mesmo nível de produção.Nunca se intersectam.
traduz que as isoquantas representam pontos de eficiência produtiva.
Isoquantas
Ex.3.2. A produção de batatas depende da quantidade de terra e de trabalho segundo a função de produção
,
y(L
,
K) = 25L0.4.K0.5 kg.E
xplicite a isoquanta q = 1000 kg.R: y(L
,
K) = q 25L0.4.K0.5 = 1000 L0.4.K0.5 = 40 K= 1600 / L0.8.
Se a quantidade de trabalho for 32h
, ,
serão necessários 100m2 de terra. Se se reduzir a quantidade de trabalho para 31h,
será necessário aumentar a quantidade de terra para 102.57m2.Isoquantas
Ex.3.2. A produção de batatas depende da quantidade de terra e de
trabalho segundo a função de produção
,
y(L
,
K) = 25L0.4.K0.5 kg.E
xplicite a isoquanta q = 1000 kg.E
xercício
R
: y(
L,
K) = q
25
L0.4.
K0.5= 1000
L0.4.
K0.5= 40
K= 1600 /
L0.8.
Se a quantidade de trabalho for 32h (32
0.8 =16), serão
necessários 100m2 de terra. Se se reduzir a quantidade de
trabalho para 31h (31
0.8 =15.598), será necessário aumentar a
T
axa Marginal de Su
b
stituição
T
écnica -
T
MS
T
E
stando o trabalho no eixo das abcissas,
aT
MST
traduz quantas unidades de capital temos que aumentar para podermos diminuir a quantidade de trabalho numa unidade e manter o mesmo nível de produção.
É
equivalente àT
MS daT
eoria do Consumidor A taxa marginal de substituição técnica é um conceito damicroeconomia
,
mais especificamente da teoria da firma,
que dizquantas unidades de um tipo de insumo se pode reduzir/aumentar com o aumento/redução de uma única unidade de outro tipo de insumo de modo que a produção da firma permaneça constante.
T
axa Marginal de Su
b
stituição
T
écnica -
T
MS
T
Taxa Marginal de SubstituiçãoTécnica:
A proporção de
substituição que permite manter o mesmo nível de produção.
Em termos geométricos a TMSTé dado pela
Suponha que a tecnologia da produção do bens genérico Y se condensa na
função de produção de longo prazo Y = 10K0.3L0.8 100 em queKsão unidades
de capital e L unidades de trabalho usadas como factores de produção.
Se actualmente uma empresa utiliza na produção 100 unidades de trabalho e 200 unidades de capital. Explicite a expressão da isoquanta K(L) que passa por esse ponto.
E
xercício
T
axa Marginal de Su
b
stituição
T
écnica -
T
MS
T
667 . 2 3 . 0 / 8 . 0 33 . 3 8 . 0 3 . 0 3 . 0 8 . 0 3 . 0 8 . 0 0 43088694 ) ( 123 . 195 123 . 195 23 . 1851 100 10 23 . 1851 100 200 100 10 L L K L K L K K L Y ! ! ! ! ! v v ! No exemplo anterior
,
em termos contínuos,
temos: K= 1600 / L0.8. Determine a TMST no ponto X = (32m2, 100h)
E
xercício -
T
PC
T
axa Marginal de Su
b
stituição
T
écnica -
T
MS
T
Produtividade marginal
A função produção quantifica quanto é
,
em termos físicos,
a produção total de usar determinadas quantidades dos factores. A produtividade marginal traduz o aumento de produção
induzido pela última unidade de um dos factores.
E
.g.,
Pedro em 60m de trabalho produz 600 parafusos e em 61m de trabalho produz 605 parafusos. A produtividade marginal do trabalho do Pedro (depois de
Produtividade marginal
Pressupõe-se que as quantidades de todos os outros inputs se mantêm inalteradas (i.e
,
ceter ispar ibus).
E
m termos matemáticos contínuos,
a produtividade marginalde um input consiste na derivada parcial relativamente a esse inputs.
R
etorno à escala
Q
uando mudamos da isoquanta q0 para a isoquanta q1,
em que q1 > q0,
haverá necessidade de aumentar as quantidades usadas de insumos. Ressalvando que a alteração das quantidades de insumos é um processo que demora tempo,
no longo prazo podemos pensar que existe a possibilidades de expandir a produção.Se
,
em termos relativos,
o aumento da produção (de longo prazo) necessitar de um aumento mais que proporcional dos insumos,
então estamos em presença de um processo com retornos decrescentes à escala.Se pelo contrário
,
em termos relativos,
o aumento da produção (de longo prazo) necessitar de um aumento menos que proporcional dos insumos,
então estamos em presença de um processo com retornos crescentes à escala.R
etorno à escala
A determinação dos retornos determina-se multiplicando os inputs por uma constante e verificando se o aumento da quantidade produzida é menor
,
igual ou maior que essa constante.35
36
Progresso tecnológico
N
otar que o deslocamento da isoquanta pressupõe que o
progresso tecnológico caiu do céu
,
i.e.
,
abstraímos que têm que ser dispendidos recursos
escassos em actividades de investigação e desenvolvimento
,
I
&
D
,
para que o progresso tecnológico aconteça
37
Progresso tecnológico
Como exemplo de inovação tecnológica
,
apresento
o pescado (Peixes marinhos + Crustáceos +
Moluscos) descarregado nas lotas santomenses
e os recursos utilizados (barcos e trabalhadores)
Ano pescado
Barcos
T
rabalhadores
2002 148 kt
10548
22025
38
Minimização do custo
Para produzir um bem ou serviço que vai ser vendido no
mercado
,
o produtor necessita utilizar/gastar factores de
produção que têm que ser adquiridos no mercado a um
determinado preço.
39
Minimização do custo
O produtor
,
como ser humano
,
pretende consumir bens e
serviços que adquire no mercado com o benefício que
obtém da sua actividade.
E
ntão
,
por um lado
,
dado um nível de rendimento (e os
preços de mercado)
,
o seu problema económico é idêntico
ao tratado na
T
eoria do Consumidor:
40
Minimização do custo
O produtor
,
para um nível de
output
fixo, vai escolher os
inputs que maximizam esta utilidade indirecta (sujeito à
função de produção e aos preços de mercado).
V
ai maximizar o seu rendimento
V
ai minimizar o custo de produção
41
Linha de Isocusto
Linha de Isocusto - de igual nível de custo
N
a produção agregam-se os
inputs
usando o preço de
mercado como ponderador
42
Linha de Isocusto
Sendo usadas as quantidades
Le
K, com preços
p
L
e
p
K,
respectivamente, o custo dos
inputs
em termos monetários
vem dado por
C
=
L.p
43
Linha de Isocusto
Linha de isocusto: representa as com
b
inações de inputs que
têm o mesmo custo
K
(
L)
=
C/
p
K
L
.p
L/
p
K,
44
Linha de Isocusto
Podemos representar a linha de isocusto no mesmo gráfico
45
Linha de Isocusto
Vamos fazer o
mesmo raciocínio
que no caso da
teoria do
consumidor mas
agora queremos
minimizar o custo
1ª condição de minimização
46
Linha de Isocusto
1ª condição de minimização
O custo mínimo será
onde a isocusto for tangente à
47
Linha de Isocusto
1ª condição de minimização
A tangente traduz a 1ª condição da minimização do custo de
produção:
K K L L K L K Lp
f
p
f
p
p
f
f
'
'
'
'
!
!
K L K Lp
p
TMST
C
)
,!
min(
48
Linha de Isocusto
1ª condição de minimização
E
m vez da recta orçamental, agora temos a função de
produção
±
°
±
¯
®
!
!
)
,
(
'
'
:
)
(
)
,
(
K
L
f
q
p
f
p
f
q
K
q
L
K K L L49
E
feito de uma alteração dos preços dos
inputs
.
Q
uando o preço de
um input aumenta
,
altera-se a
inclinação da linha
de isocusto
E
aproxima-se da
origem dos eixos
V
ejamos o caso de
50
E
feito de uma alteração dos preços dos
inputs
.
Para garantirmos o mesmo nível de output,
Diminui-se a quantidade doinsumo que aumenta o preço e aumenta-se a quantidade do
insumo que mantém o preço
O custo aumenta
(tem que se deslocar a isocusto para a
51
Progresso tecnológico
O progresso tecnológico permite atingir o mesmo nível de output
usando uma quantidade menor de inputs
T
ambém permite produzir novos outputs e de melhor qualidade masnão vamos considerar esta questão
T
ambém permite produzir maior quantidade com os mesmos inputs(que não consideramos porque estamos a assumir a quantidade fixa).
Como já referido
,
o progresso tecnológico traduz-se por umdeslocamento da isoquanta para a esquerda e para baixo
,
havendo redução de uso do factor trabalho e do factor capital52
Progresso tecnológico
Como já foi
referido
,
o
progresso
tecnológico
traduz-se por
um
deslocamento
da isoquanta
para a
esquerda e
para baixo
53
Progresso tecnológico
Progresso tecnológico (relativamente mais) poupador de
capital
E
m termos relativos
,
a redução do uso de capital é maior
que a redução de trabalho.
Progresso tecnológico (relativamente mais) poupador de
tra
b
alho
E
m termos relativos
,
a redução do uso de trabalho é maior
54
Progresso tecnológico
55