Walter Benjamin
A OBRA DE ARTE NA ERA DE SUA
REPRODUTIBILIDADE TÉCNICA
NOTA EXPLICATIVA:
O objetivo desse trabalho foi preparar uma
apresentação do texto “a obra de arte na era da sua reprodutibilidade técnica”.
Procurou-se conectar sempre que possível o
conteúdo do texto à atualidades conhecidas por todos, para facilitar o entendimento.
Esse ícone representa um link, que remeterá a
um vídeo ou site
Todo o trabalho é resultado da opinião de quem o
produziu e está completamente aberto à discussões.
CONTEXTUALIZAÇÃO
Walter Benedix Schönflies Benjamin (Berlim, 15 de julho de 1892 — Portbou, 27 de setembro de 1940) foi um ensaísta, crítico literário, tradutor,filósofo e sociólogo judeu alemão.
CONTEXTUALIZAÇÃO
Na adolescência Benjamin, perfilhando ideais
socialistas, participou no Movimento da Juventude Livre Alemã,
Nos últimos anos da década de 20 o filósofo judeu
interessa-se pelo marxismo, e juntamente com o seu companheiro de então, Theodor Adorno,
aproxima-se da filosofia de Georg Lukács.
A sua morte, desde sempre envolta em mistério,
teria ocorrido durante a tentativa de fuga através dos Pirenéus, quando, em Portbou, temendo ser entregue à Gestapo, comete suicídio.
CONTEXTUALIZAÇÃO
A Escola de Frankfurt énome dado a um grupo de filósofos e cientistas
sociais de tendências marxistas que se
encontram no final dos anos 1920. A Escola de Frankfurt se associa diretamente à chamada Teoria Crítica da Sociedade. Deve-se à Escola de Frankfurt a
criação de conceitos como "indústria cultural" e
"cultura de massa".
Max Horkheimer (esq.) (1895-1973) e Theodor
Adorno (dir.) (1903-1969). Ao fundo, com a mão na cabeça Jurgen Habermas (1929)
CONTEXTUALIZAÇÃO
A OBRA DE ARTE NA ERA DE SUA
REPRODUTIBILIDADE TÉCNICA
ensaio originalmente publicado em Francês na revista do Instituto de Investigação Social Zeitschrift für
Sozialforschung, em 1936, quando o
autor se encontrava refugiado em Paris devido à perseguição dos judeus
A OBRA DE ARTE NA ERA DE SUA
REPRODUTIBILIDADE TÉCNICA
INTRODUÇÃO
Como as mudanças que se observa no
âmbito da arte e da cultura hoje são conseqüências (retardadas, porque a
superestrutura se modifica mais devagar que a base econômica) do modo de
produção capitalista.
As conseqüências dessas mudanças é
colocar de lado conceitos tradicionais como criatividade e gênio, validade eterna e estilo, forma e conteúdo. O que se segue são
REPRODUTIBILIDADE TÉCNICA
A reprodução sempre existiu. Seja por
discípulos, por mestres ou por
terceiros.
Quem reproduzia tinha que ter o
mesmo talento do artista original. Era
uma reprodução manual”.
A reprodução técnica é um processo
novo que se desenvolveu ao longo da
história.
REPRODUTIBILIDADE TÉCNICA
XILOGRAVURA
SEC XVI – XILOGRAVURA REPRESENTANDO O PROCESSO DE FAZER XILOGRAVURA
REPRODUTIBILIDADE TÉCNICA
ESTAMPA NA CHAPA DE COBRE
REPRODUTIBILIDADE TÉCNICA
ÁGUA-FORTE
uma modalidade de
gravura que é feita em uma base de liga
metálica, habitualmente de ferro e zinco. A matriz é uma placa de cobre, utiliza para sulcar o burril. O papel é levemente
umidecido, o desenho é gravado em cor.
REPRODUTIBILIDADE TÉCNICA
LITOGRAFIA
Essa técnica de gravura envolve a
criação de marcas (ou desenhos) sobre uma matriz (pedra calcária) com um lápis gorduroso. A base dessa técnica é o princípio da repulsão entre água e óleo. Ao contrário das outras técnicas da gravura, a Litografia é
planográfica, ou seja, o desenho é feito através do acúmulo de
gordura sobre a superfície da
matriz, e não através de fendas e sulcos na matriz, como na
xilogravura e na gravura em metal (Fonte: Wikipédia)
REPRODUTIBILIDADE TÉCNICA
Litografia
A arte vai para o mercado
Arte começa a se situar no nível da imprensa
Fotografia: a mão é liberada da
responsabilidade artística
Arte se situa no mesmo nível da palavra oral,
devido ao seu tempo de reprodução.
AUTENTICIDADE
Mesmo a reprodução mais perfeita
não possui o “aqui e agora da obra de
arte”, sua existência única que contém
em si a história da obra. Isso é a
autenticidade que classifica o objeto
como aquele objeto. A autenticidade
AUTENTICIDADE
Mãos ao Alto
Onde estão os braços da Vênus de Milo?
Reportagem de Adriana Setti publicada na revista Superinteressante em maio de 2005, disponível no site www.super.abril.com.br
AUTENTICIDADE
“Ninguém sabe. As teorias são tão controversas que o jornalista americano Gregory Curtis
passou dois anos entre Paris e a ilha de Milo, na Grécia, em busca de todos os detalhes do
paradeiro dos braços da estátua, encontrada em 1820. "Um dos primeiros documentos que li
dizia que os braços teriam sido arrancados
durante uma batalha entre os moradores locais e marinheiros franceses", conta Curtis. "Não demorou muito para que descobrisse que as batalhas eram pura fantasia.“ (...)
AUTENTICIDADE
(...) Para ele – que é autor do livro Disarmed: the Story of the Venus de Milo (em português, a
tradução seria algo como "Sem Braços: a História da Vênus de Milo") – a Vênus já estava sem braços quando foi encontrada. A explicação mais provável diz que um grupo de marinheiros franceses, cujo navio estava atracado no porto de Milo, uniu-se a camponeses locais em busca de restos
arqueológicos nas ruínas de uma civilização antiga. Enquanto os camponeses buscavam pedaços de mármore para usar na construção civil, os franceses procuravam algo com algum valor histórico. (...)
AUTENTICIDADE
(...) “Foi então que um tal Yorgos, camponês local, desenterrou a estátua, separada em dois pedaços na altura da cintura, e já sem os braços. Um dos marinheiros, Olivier Voutier, percebeu que estava diante de algo excepcional e convenceu seu
superior, o marquês de Rivière, a comprá-la. Depois de algumas idas e vindas, uma das
esculturas mais famosas de todos os tempos foi negociada pelo valor de meia dúzia de cabras. A Vênus embarcou, aos pedaços, em direção a Paris e foi remontada pelos restauradores do Museu do Louvre, onde ela está até hoje.”
AUTENTICIDADE
Cabeça e braços da
Vitória de Samotrácia
Teoria mais maluca: Esculpida
para comemorar o triunfo dos gregos em batalhas náuticas, foi "linchada" e jogada ao mar
pelos romanos, quando eles conquistaram a Grécia
Teoria mais provável: Teria
sido destruída em um terremoto por volta do século 6. Foi
encontrada pelo arqueólogo francês Charles Champoiseau, partida em 118 cacos, em 1863
AUTENTICIDADE
Nariz da Esfinge
Teoria mais maluca:
Durante sua passagem pelo Egito, entre 1798 e
1801, Napoleão usou balas de canhão para praticar tiro ao alvo contra o nariz da esfinge
Teoria mais provável:
Exposta a ventos
carregados de areia do deserto e com problemas de infiltração, a esfinge teria perdido o nariz aos poucos
Reprodução técnica é diferente de
uma falsificação. Mas ainda assim
desvaloriza o aqui e agora.
(não é a
mesma coisa ver a foto de uma
pirâmide ou se por diante dela no
Egito)
Reprodução técnica
possui autonomia
Poder captar
AUTENTICIDADE
Fixar imagens que
fogem inteiramente à ótica natural Como os “Instantes Decisivos” de Cartier Bresson Cria situações impossíveis como aproximar mais o individuo da obra
AUTENTICIDADE
AURA: sua autoridade, seu peso tradicional Abalo da tradição relacionado diretamente
aos movimentos de massa: liquidação do valor tradicional de cultura (grandes
clássicos do cinema).
A existência serial X existência única da
obra
Atualização do objeto reproduzido.
DESTRUIÇÃO DA AURA
A percepção se modifica junto com seu
modo de existência. A percepção não é apenas condicionada naturlmente, mas também historicamente.
Conceito de aura:
“Em suma, o que é aura? É uma figura
singular, composta de elementos especiais e temporais: a aparição única de uma coisa distante, por mais perto que ele esteja.”
DESTRUIÇÃO DA AURA
Declinio da aura:
fazer as coisas ficarem mais próximas necessidade de possuir o objeto
Imagem: unidade e durabilidade
Reprodução: transitoriedade e
repetibilidade (oferecido pelas revistas
ilustradas –
coleções da Caras
– e
pelas atualidades cinematográficas)
RITUAL E POLÍTICA
Sociedades primitivas:
arte diretamente ligada ao culto (mágico e
religioso). A arte nunca se destacava da sua função ritual, mesmo que seja simplesmente o Culto ao Belo
RITUAL E POLÍTICA
Crise: fotografia.
Resposta: teologia negativa da arte: a
arte pura, rejeitando toda a função
social, assim como quealquer
RITUAL E POLÍTICA
Isso abre caminho para a reprodução
que pela primeira vez faz com que
arte descole-se completamente do
ritual. A obra de arte reproduzida é
cada vez mais uma obra criada para
ser reproduzida.
A função social da arte descola-se do
RITUAL E POLÍTICA
No cinema a reprodução não é uma
condição externa para uma
reprodução maciça. Ela é obrigatória
porque a produção de um filme é paga
pelo que se ganha com a sua
RITUAL E POLÍTICA
O consumidor pode pagar um quadro, mas não
pode pagar um filme. ( Homem-Aranha 3)
“A nova aventura do super-herói criado por Stan Lee nos 'comics' da Marvel é,
supostamente, a mais cara da história do cinema. A Sony não confirma os valores de
produção, mas a cifra de 258 milhões de dólares está a ser globalmente citada pela imprensa e ainda não foi desmentida. Relembre-se que "Homem-Aranha 2" custou 200 milhões,
sensivelmente o mesmo que "Titanic", de James Cameron.“ (http://port.pravda.ru/)
RITUAL E POLÍTICA
O cinema falado, inicialmente foi um
retrocesso por impor uma barreira
linguistica, mas logo foi superado pela
sincronização foi estimulado pela
industria por ser uma chave para
controlar a crise do cinema. O público
voltou a ir as salas e criou um vínculo
entre a industria elétrica e a
VALOR DE CULTO E
VALOR DE EXPOSIÇÃO
Dois pólos a partir dos
quais é possível reconstituir a história da arte: Valor de culto Valor de exposição Existir Ser vista Estátua divina Busto Afresco Quadro
VALOR DE CULTO E
VALOR DE EXPOSIÇÃO
Anteriormente importava que as obras
existissem e não que fossem vistas
(estátuas divinas, esculturas em catedrais da idade média)
A medida que ela se emancipa do ritual,
abrem se as possibilidades dela ser exposta.
Chegou-se ao limite do outro extremo em
que importa mais que ela seja vista do que ela exista como obra de arte (Cinema,
VALOR DE CULTO E
VALOR DE EXPOSIÇÃO
Técnica emancipada. A técnica é a
FOTOGRAFIA
A fotografia como uma das responsáveis pelo recuo
do valor de culto a favor do valos de exposição.
Foi gradual: inicialmente existia um certo culto, por
exemplo o culto da saudade, por isso tantas fotos de rosto. “A aura acena pela última vez na
expressão fugaz de um rosto”.
Uma reflexão: o cinema documentário não alcança
isso, por exemplo, em documentários como Vinicius
ou O Mistério do Samba , em que existe de certa forma esse culto à saudade?
FOTOGRAFIA
Atget: fotos de paisagem e ruas que precisam de legendas
VALOR DE ETERNIDADE
Moedas gregas como
únicas obras de arte fabricas em massa.
Tinham valor eterno (por ser moeda não podia se desfazer ou ficar
apagada no cofre de alguém). Ao mesmo
tempo não era exisgido perfeição.
VALOR DE ETERNIDADE
Cinema: reprodutibilidade com
perfectibilidade. Há muito o que se
fazer antes de finalizar um filme.
Renuncia aos valores eternos (pois
tem que ser sempre melhor, sempre
“mais perfeito”).
FOTOGRAFIA E CINEMA
COMO ARTE
Chama atenção para a necessidade
de se pensar o que é a arte
pós-reprodutibilidade antes de pensar se
fotografia e cinema são ou não arte.
Sem se fazer essa analise tenta se
conectar a fotografia e o cinema a
algum tipo de culto para que ele se
classifique como tal.
CINEMA E TESTE
Dois tipos de reprodução: Fotografia de um quadro (o objeto fotografado é uma obra de arte)CINEMA E TESTE
Fotografia de estúdio (nem a foto, nem o
momento fictício se constituem como arte.) - a obra de arte pode surgir na montagem.
E O Vento Levou
“Este arrebatador romance da era da Guerra Civil americana ganhou, uns impressionantes 10 Óscares da Academia (incluindo Melhor Filme, Realizador, Actriz, Actriz Secundária e Argumento), e os seus imortais personagens Scarlett (Vivien Leigh), Rhett (
Clark Gable), Ashley (Leslie Howard), Melanie (Olivia de Havilland), Mammy (Hattie McDaniel) e Prissy (
Butterfly McQueen) popularizaram uma história épica que marcou várias gerações.”
CINEMA E TESTE
Teste esportivo e teste
cinematográfico.
A “mostrabilidade” é um teste que as
máquinas impoem ao homem e se ele
tem sucesso á o triunfo do homem
sobre à máquina. Do contrário ela
vence, assim como o operário que não
se adapta é demitido.
O INTÉRPRETE
CINEMATOGRÁFICO
O interprete cinematográfico tem que
representar a si mesmo diante das
câmeras.
Seu corpo perde a substancia Ele é privado de sua realidade Exemplo do susto
O INTÉRPRETE
CINEMATOGRÁFICO
Estréia de ‘Batman’ levanta questão: o
Coringa levou Heath Ledger à morte?
“Batman - Cavaleiro das trevas” chega aos cinemas neste fim de semana. “A piração é interna”, diz psicanalista; atores
contam experiências parecidas.
Reportagem de Carla Meneghini, publicada no site G1 (www.g1.globo.com) em 19/7/2008
“
Quando o ator Heath Ledger foi
encontrado morto em seu
apartamento, em janeiro deste ano,
Jack Nicholson reagiu com uma
gargalhada à la Coringa e o
seguinte comentário: “Eu o avisei!”.
(...)
O INTÉRPRETE
(...) Agora, com a chegada de “Batman – O cavaleiro das trevas” (assista ao trailer) aos cinemas e a revelação da macabra atuação de Ledger como o Coringa, o comentário de Nicholson (que interpretou o vilão em 1989) se faz mais pertinente do que nunca. Para o público que confere o novo “Batman”, fica a inevitável pergunta: será que o Coringa
levou Heath Ledger à sua trágica morte? (...)
O INTÉRPRETE
(...) Poucas semanas antes de sua morte por overdose acidental de medicamentos, Ledger revelou à imprensa que, durante as filmagens de “O cavaleiro das trevas”, tinha dificuldades para dormir à noite. “Não conseguia parar de pensar; meu corpo ficava exausto, mas minha mente continuava”, disse o ator em entrevista ao “New York Times” em novembro.
(...)
O INTÉRPRETE
(...) O ator Aaron Eckhart, que atuou ao lado de Ledger no novo “Batman”, conta que o papel do Coringa teve um impacto negativo sobre o
ânimo do colega. “Eu via Heath como um ator brilhante e também como uma pessoa muito alegre quando ele não era o Coringa, antes ou depois do trabalho. Mas atuar é algo que te consome totalmente e tenho certeza de que Heath teve de pensar em coisas que não eram sempre agradáveis”, disse Eckhart em
entrevista ao G1 por telefone. (...)
O INTÉRPRETE
(...) “A piração é interna, não tem
nada a ver com o personagem”, diz
o psiquiatra e psicanalista Luiz
Alberto Py, que nega a teoria de que
o chamado “efeito Coringa” teria
levado Ledger ao suicídio. “As
pessoas têm problemas de dentro
para fora, não de fora para dentro”,
argumenta o especialista.”
O INTÉRPRETE
O INTÉRPRETE
CINEMATOGRÁFICO
A massa o controla-o, mesmo ela não
estando visível. O uso político terá que
esperar até que o cinema se libere de sua exploração capitalista. O capital estimula o culto ao estrelato.
Crise do teatro: a arte contemporânea será
tanto mais eficaz quanto mais se orientar em função da reprodutibilidade e, portanto, quanto menos colocar em seu centro a obra original.
EXPOSIÇÃO PERANTE A MASSA
A crise da democracia como uma crise
nas condições de exposição do
político profissional.
Festival de horrores no horário eleitoral (todos querem aparecer)
A EXIGÊNCIA DE
SER FILMADO
Os expectadores como
semi-especialistas.
Todo mundo quer ser filmado e filmar.
A diferença entre autor e público a
ponto de desaparecer: alô alterosa,
pergunta do telespectador, Youtube
Semelhança entre o fascismo e o
capital cinematográfico: secretamente
uma minoria de proprietários
explorando a aspiração de novas
condições sociais. Gugu, ìdolos, Big
Brother.
A EXIGÊNCIA DE
SER FILMADO
A arte amadurecida, todas em pelo
menos três estágios:
A técnica atuando sobre a forma de arte
Animação de desenho que se passa com o
polegar
Rudimentos do cinema
A EXIGÊNCIA DE
SER FILMADO
Formas de arte tradicionais tentando promover efeitos que mais tarde foram obtidos sem o menor esforço pelas
novas formas de arte
Dadaismo
Mudanças sociais interferindo na estrutura da recepção
Arte para muitos e arte para poucos
A EXIGÊNCIA DE
SER FILMADO
PINTOR E CINEGRAFISTA
Sobre a ausência do caráter de ilusão
num set de filmagem (
O Senhor dos Anéis
)
, diferente do
teatro. É o procedimento técnico que
faz parecer real. Hoje os efeitos
digitais.
RECEPÇÃO DOS QUADROS
Quanto menos a significação social, maior a
distância entre fruição e crítica.
Na pintura: Desfruta-se do que é tradicional sem
critica-lo, critica-se o que é novo, sem desfruta-lo.
No cinema: filme de sucesso é o que todo
mundo viu e que todo mundo gostou. A recepção coletiva está condicionada pelo caráter coletivo da reação.
CAMUNDONGO MICKEY
Função social do cinema: dar uma impressão de
liberdade aqueles que pareciam aprisionados em seus apartamentos, fábricas estações de trem.
O mundo que se apresenta a câmera não é o
mundo que os olhos vêem.
Inconsciente ótico
Outro modo de enxergar isso seria a afirmação de que o que funda a fotografia é a pose. Não como algo do alvo ou do operator, mas como um instante único em que uma coisa real ficou imóvel diante do olho. “... na Foto, alguma coisa se pos diante do pequeno orifício e ficou ali para sempre.” (Câmara Clara, p.117)
CAMUNDONGO MICKEY
Os efeitos que o cinema representa
são reais em psicóticos, alucinações e
loucos. A percepção audiovisual se
apropria da percepção da alucinação
e cria personagens de sonhos
CAMUNDONGO MICKEY
O cinema como imunização da massa
contra tais psicoses.
Viu no cinema, não precisa viver ou viu no cinema, parece normal?
O grotesco e os filmes da Disney como índice dos perigos pelos quais passa a humanidade: explosão terapêutica do incosciente. (Jogos Mortais)
DADAISMO
O movimento Dadá (Dada) ou
Dadaísmo foi uma vanguarda
moderna iniciada em Zurique, em
1916, no chamado Cabaret Voltaire,
por um grupo de escritores e artistas
plásticos, dois deles desertores do
serviço militar alemão e que era
liderado por Tristan Tzara, Hugo Ball e
Hans Arp.
DADAISMO
Embora a palavra dada em francês
signifique cavalo de brinquedo, sua
utilização marca o non-sense ou falta de
sentido que pode ter a linguagem (como na língua de um bebê). Para reforçar esta idéia foi criado o mito de que o nome foi
escolhido aleatoriamente, abrindo-se uma página de um dicionário e inserindo-se um estilete sobre a mesma. Isso foi feito para simbolizar o caráter anti-racional do
movimento, claramente contrário à Primeira Guerra Mundial.
DADAISMO
Nas ARTES PLÁSTICAS – Objetos do
cotidiano são retirados de contexto e
elevados à categoria de arte com pouca ou nenhuma mudança. Um exemplo dessa
forma de arte chamada de ready-made é o mictório que Duchamp intitula Fonte. O
ready-made questiona o valor do objeto
artístico como mercadoria preciosa e abala a noção de arte consagrada pela sociedade ocidental.
DADAISMO
O dadaísmo tentou
produzir nas
pinturas o que foi procurado mais tarde no cinema: distração e golpes de mudança de
tempo e lugar.
Sem aura, pura
RECEPÇÃO TÁTIL E
RECEPÇÃO ÓTICA
Quantidade se converteu em
qualidade.
A massa busca distração, enquanto o
especialista, retraimento.
Arquitetura
Recepção tátil: uso
Recepção através da distração: mudança na percepção. Importância da estética.
ESTÉTICA DA GUERRA
Impressão de mobilização, quando a massa
ESTÉTICA DA GUERRA
A humanidade transformou-se em espetáculo
para si mesma. Sua propria destruição como um prazer estético de primeira ordem.
FIM
Elaborado por Ana Gabriela Souza (anagcsouza@gmail.com), na disciplina Comunicação Educativa, ministrada pela professora Célia Abicalli – FaE/UFMG – 2008/2