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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS DE SINOP INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS CURSO DE AGRONOMIA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

CAMPUS DE SINOP

INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS

CURSO DE AGRONOMIA

DOSES DE EXTRATO ETANÓLICO DE PRÓPOLIS NO

CONTROLE DE DOENÇAS DA CULTURA DA SOJA

DJOVANE MIKAEL REMPEL

SINOP – MT

MAIO – 2016

(2)

CAMPUS DE SINOP

INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS

CURSO DE AGRONOMIA

DOSES DE EXTRATO ETANÓLICO DE PRÓPOLIS NO

CONTROLE DE DOENÇAS DA CULTURA DA SOJA

DJOVANE MIKAEL REMPEL

PROF

a

. Dr. CASSIANO SPAZIANI PEREIRA

Trabalho de Conclusão de Curso

(TCC) apresentado ao Curso de

Agronomia

do

ICAA/CUS/UFMT,

como parte das exigências para a

obtenção do Grau de Bacharel em

Agronomia.

SINOP – MT

MAIO – 2016

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DEDICATÓRIA

Dedico esta monografia ao meu pai Luciano Aloísio Rempel e minha

mãe Marília Casarotto Rempel pelo apoio, carinho e atenção ao longo desses

anos. Agradeço pelos incentivos a fim de não desanimar nos momentos

difíceis.

Aos meus irmãos Djonathas Michel Rempel e Eveline Gracielle Rempel,

estiveram sempre ao meu lado, contribuindo para mais uma importante etapa

de minha vida.

(6)

Ao meu orientador, Prof

a

. Dr

a

Cassiano Spaziani Pereira, pelos

ensinamentos, paciência, dedicação, comprometimento com o trabalho e por

ser prestativo em todas as dificuldades, o meu muito obrigado!

Ao meu amor Naiany Matos Barbosa pelo carinho, companheirismo e

conselhos nos momentos difíceis, sempre presente ao longo desse caminho.

Aos meus amigos Tairiny Oliveria, José Lourenço, Felipe Mesh, Valter

Jhon, Roni Boeno pelo auxílio no projeto, sem vocês seria muito difícil eu

conseguir realizar o trabalho a campo e no laboratório, vocês foram muito

importantes, obrigado!

Aos meus amigos Ilde Zanato, Bruno Mendes, Pattrick Wisniewski,

estiveram juntos nas dificuldades do dia-a-dia, nos imprevistos, nas alegrias.

Vocês foram imprescindíveis para o sucesso no decorrer dessa jornada.

Aos colegas de curso Henrique Dallava Nunes,Maykon Tetsuo,Jean

Pierre,Pedro Henrique,Luiz Antonio,Cacio Winter, que pude contar com a

parceria e o companheirismo, foram fundamentais no decorrer da graduação.

Aos meu grandes amigos , João Carlos Galli,Fernando Gava, Murilo

Boscolli

Dias,

Thommas

Julio

Cagliari,

Alexandre

Schmidt,Eduardo

Bortoluzzi,Francisco Falchetti, Edson Sassaki, desde a infância estiveram

comigo e espero levar essa amizade pela vida toda.

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Sumário

RESUMO ... 8 ABSTRACT ... 9 1. INTRODUÇÃO ... 10 2. REFERENCIAL TEÓRICO ... 12 2.1 A cultura da soja ... 12 2.2 Agrotóxicos no Ambiente ... 13

2.3 Doenças Fúngicas na cultura da soja ... 14

2.4 Própolis ... 16 3.0 MATERIAL E MÉTODOS ... 17 3.1 Local do experimento ... 17 3.2 Delineamento experimental... 17 3.3 Produtos utilizados ... 17 3.4 Condução do experimento ... 18 4.0 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 22 4.1 Avaliações ... 23 4.1.1 Avaliação de mancha-alvo ... 23 4.1.2 Avaliação de ferrugem ... 24 5. CONCLUSÕES ... 28 6. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO ... 29

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Objetivou-se neste trabalho avaliar o efeito do extrato etanólico de própolis (EEP) sobre o desenvolvimento e produção de plantas de soja Glycine max (L.) cv. TMG 133 RR. O delineamento utilizado foi em blocos casualizados com quatro repetições, foram aplicadas quatro concentrações de EEP (0, 1,5%; 3%; 4,5% de concentração de própolis.) confeccionado com 10% de própolis bruta.Foi comparado com a aplicação de quatro concentrações de fungicida comercial FOX. Verificou-se que não houve diferença estatística para as variáveis: altura das plantas, número de folhas/planta, a área foliar. Entretanto, observou-se pequenos aumentos nos valores destas variáveis com a aplicação de EEP. Houve redução na severidade de ferrugem-asiática nas folhas com a aplicação do EEP. A concentração de 3% mostrou-se mais eficaz na cultura da soja, reduzindo a severidade da doença ferrugem asiática da soja e na doença mancha-alvo houve diferenças entre os tratamentos, sendo o tratamento com maior quantidade de fungicida t8 (4,5ml) o de maior controle. Houve um aumento na produção nas parcelas com tratamento de 3% e 1,5% de EEP respectivamente sobre as testemunhas, produção essa atribuída a diminuição da severidade das doenças mancha-alvo e ferrugem na cultura da soja. No tratamento com concentração de 4,5% de EEP , ocorreu entupimento do bico da bomba de aplicação, ocorrendo de forma desuniforme e ineficaz para o controle das 2 doenças. Nas concentrações de 3% do EEP na aplicação obteve-se resultados semelhantes a aplicação de fungicida comercial, entretanto o fungicida se sobressaia nas maiores concentrações. Aumentos na produção foram atribuídos basicamente à redução na severidade da ferrugem e mancha-alvo verificada com a aplicação do extrato e ao potencial nutricional presente na composição da própolis, que possui além de algumas características benéficas à defesa das plantas, contém ainda alguns nutrientes.

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ABSTRACT

The aim of this study was to evaluate the effect of ethanolic propolis extract (EPE) on the development and production of soybean Glycine max (L.) cv. TMG 133 RR. It was used randomized blocks design with four replications each treatment, were applied four concentrations of EEP (0, 1.5%, 3%;. 4.5% concentration of propolis) made with 10% pure propolis . There was compared to application of four commercial fungicide FOX concentrations. It was found that there was no statistical difference for the variables plant height, number of leaves / plant, leaf area. However, we observed small increases in the values of these variables with the application of EPE. There was a reduction in the severity of Asian soybean rust in the leaves with the implementation of the EPE. The concentration of 3% was more effective in soybean, reducing the severity of rust disease, and in target spot disease were no differences between treatments, and the treatment with higher concentration of t8 fungicide (4.5 ml) the greater disease control. There was an increase in production in the plots with treatment of 3% and 1.5% respectively on EPE over control treatments, this production attributed to decrease the severity of the target spot diseases and soybean rust. In the treatment concentration of 4.5% EPE, obstruction of the pump sprays beak occurred, giving uneven and inefficient way to control the two diseases. At concentrations of 3% of EEP, application showed results similar to commercial fungicide application, however, the fungicidal gain at the highest concentrations. Increases in production were mainly attributed to the reduction in the severity of asian rust and target spot verified with the application of the extract and nutritional potential present in the composition of propolis, which has plus some characteristics beneficial to the protection of plants, also contains some nutrients.

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1. INTRODUÇÃO

A soja(Glycine max) é uma leguminosa, de hábito anual, cujos grãos possuem alto teor protéico. A planta é cultivada em diversas regiões do mundo, tem alta adaptabilidade, apresenta grande número de variedades e importância econômica mundial.

Hoje, a oleaginosa está presente em uma infinidade de produtos, desde os chamados funcionais – como leite de soja, bebidas com sucos de frutas, farinhas e complementos alimentares - até sopas industrializadas, bombons, sorvetes, iogurtes, hambúrgueres, pratos congelados, pães, massas, biscoitos carne de soja , bem como, o tradicional óleo de soja.

As condições de cultivo da soja, as melhorias em produtividade em detrimento ao melhoramento genético, apoio com créditos agrícolas, fomentos governamentais, auxiliam para a expansão da soja no cerrado brasileiro, principalmente nos estados da Bahia, Goiás Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Piauí, concentrando 60% da área de cultivo e 59% da produção nacional segundo Conab (2013) (FRANSCISCO; CÂMARA,2013).

A primeira constatação de ferrugem asiática na américa latina ocorreu no na safra 2000/2001 em março de 2001 no Paraguai e se disseminou rapidamente para outros estados e países vizinhos, principalmente pelo vento , sendo de difícil controle imediato pelo grande número de plantas infectadas e alta esporulação. Levantamentos feitos no final do mês de maio do mesmo ano constataram alta infestação da doença, que estavam causando altos prejuízos nas lavouras.

Já na safra 2001/2002 a doença se espalhou sobre os estados de RS , PR, SC, MS e MT, GO, SP e MG, ocupando cerca de 60% das áreas plantadas de soja no país. Foram registrados perdas de 569,2 mil toneladas ou o equivalente a US$125,5 milhões, devido os produtores estarem despreparados com a severidade da doença e fizeram a aplicação tardia de fungicidas.( YORINORI; LAZAROTTO, 2004).

O grupo dos Triazóis são fungicidas de ação sistêmica , são inibidores de formação dos ergosteróis, não permitem a esporulação, formação de tubo germinativo e apressório. Possuem qualidades como: absorção e translocação acelerado na planta , causando destruição nas estruturas do fungo (JULIATTI,2004.).

O grupo de fungicidas que fornecem o principio ativo da Piraclostrobina, atuam como inibidor de transporte de elétrons nas células dos fungos, impedindo a formação de ATP, indispensável na sobrevivência dos fungos. O grupo dos triazóis não permite

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a formação do ergosterol, este é fundamental para manutenção da membrana celular dos fungos. (JULIATTI,2004.)

A principal utilização do grupo de fungicidas que misturam Trizóis e Piraclostrobina em sua formulação é para o controle da ferrugem asiática da soja, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, principal doença que provoca maiores danos aos produtores da cultura. (SILVA, 2007).

Apesar da vantagem do uso de fungicidas, os mesmos podem contaminar os lençóis freáticos, ocasionando a degradação do meio ambiente de forma irreversível. Menos de 10% dos agrotóxicos aplicados na pulverização atingem seu alvo desejado, podendo desviar sua rota por lixiviação, contaminando assim o lençol freático e sistemas hídricos, deixar resíduos em alimentos e causar resistência das plantas à molécula aplicada.(BOHNER, et al, 2013)

A própolis é uma resina coletada por abelhas melíferas de exudados vegetais, possui propriedades diferentes dependendo do material coletado pelas abelhas para sua confecção, alguns compostos estão presentes em todos as amostras, outros apenas de plantas determinadas. Possui uma gama de compostos, sendo utilizado desde a antiguidade na medicina tradicional e auxiliando em tratamentos antifúngicos, antibacterianos, anticancerígenos.(VARGAS, et al, 2004)

O uso gradativo de antimicrobianos sintéticos , auxilia no crescimento de microrganismos mutantes e resistentes a esses produtos, como o própolis é naturalmente produzido , torna-se uma alternativa de controle de diversas doenças, tanto na medicina tradicional quanto em plantas e animais, sendo uma forma economicamente favorável e de controle semelhante a sintética.(VARGAS, et al. 2004).

O objetivo foi verificar os efeitos de doses do Extrato etanólico de própolis, com e sem a presença de fungicida comercial sobre o crescimento vegetativo, bem como, a severidade de doenças em diferente estágios na cultura da soja.

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2.1 A cultura da soja

A soja (Glycine Max) é oriunda do leste asiático, inicialmente era uma planta bem distinta da cultivada nos dias atuais, entretanto, a - partir de cruzamentos realizados entre as duas espécies selvagens da soja, obteve-se uma planta com melhores rendimentos e maior adaptabilidade, com maior potencial produtivo e maior teor de proteína.

Introduzida no Brasil por volta de 1980 a cultura teve as sementes distribuídas aos produtores, seu cultivo era para fins de forragicultura. Por volta de 1940, sua utilização mudou gradativamente para o cultivo afim da coleta de grãos.

Uma das principais oleaginosas comercializadas no mundo,a soja possui altos teores de proteínas em sua constituição, sendo principalmente comercializada para fins de óleo e farelo. A cultura necessita cerca de 450 a 800mm de água em seu ciclo, para expressar seu máximo potencial produtivo, dependendo das condições de manejo e clima. Com a introdução da soja no cerrado, o Brasil tornou-se um dos principais produtores mundiais da soja, com possibilidades em tornar-se, brevemente, o maior produtor. – (FREITAS, 2011).

O atual avanço no manejo das lavouras de soja , proporcionou uma progressão do uso de terras para fins agrícolas, culminando na formação de novas cidades, melhorias em infra-estrutura, com regras específicas de utilização do solo e fortalecimento econômico no uso da terra.

A soja tornou-se uma cultura dominante no estado de Mato Grosso devido às condições favoráveis no plantio de lavouras . No Brasil , a colonização do estado foi dirigida para produção agrícola e utilização dos recursos naturais, sendo terras amplas e planas, propícia para a potencialização da utilização agrícola nos solos. O fluxo de imigrantes foi principalmente da região sul, buscavam solos produtivos em larga escala, obtendo por programas públicos ou compra de terras por terceiros.(HENING, 2009.)

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2.2 Agrotóxicos no Ambiente

Os defensivos agrícolas agem de modo biológico na planta e tendem a proteger a plantar de pragas e doenças. Alguns produtos visam combater tais agentes nocivos e culminam na maior periculosidade para a saúde do aplicador. As classes do risco de toxicidade são evidenciadas por cores e símbolos, tendo característica de informar o grau de periculosidade para o ser humano, mostrando os riscos da aplicação e o principal meio de contato com o produto.

A aplicação feita hoje é semelhante a aplicada há 100 anos, mostrando o não aproveitamento do recurso, tendo desperdício na aplicação. O alto custo dos produtos químicos forçou as empresas agrícolas a ter um planejamento maior na tecnologia de aplicação, saúde do trabalhador, equipamentos e treinamentos necessário para menor desperdício quando aplicado. (GARRIDO e SÔNEGO, 2003).

A utilização do solo para fins agrícolas deve ser feita pensando na sustentabilidade, o manejo de uso de defensivos e interação com o solo cultivado, criando um ambiente sadio para exploração de plantas. O uso de defensivos, pode desencadear desintegrações entre o sistema de plantas e o solo, ou a deficiência de nutrientes como potássio, dessa forma, aumenta a incidência de doenças. A aplicação errada de defensivos , pode causar derivas, aumentando a concentração dos produtos na superfície do solo, podendo causar poluição de rios por lixiviação.(TAKESHI,1997.)

A composição química dos defensivos, a intensidade do uso e o seu método de aplicação podem levar o produto a outro destino, interagindo de outra maneira no ambiente, pelo transporte e retenção pelo solo. Alguns produtos no mercado oferecem grande persistência no solo, tais como fungicidas inorgânicos, podendo manter-se no solo por décadas.

Na saúde humana o produto pode se manifestar de forma rápida, com o contato de uma ou mais substâncias em uma dose alta, ou uma exposição prolongada, com doses relativamente baixas. Os seres humanos estão expostos à contaminação, tendo contaminação na água ou no solo, até mesmo mudando a biodiversidade , afetando indiretamente a saúde humana.(RIBAS e MATSUMURA, 2009.)

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As doenças são um dos principais fatores limitantes, podem proporcionar grandes perdas para o produtor de soja. Se não manejadas corretamente, impedem a cultura de expressar todo o seu potencial produtivo. O custo de controle se dá com as doenças fúngicas, são facilmente disseminadas por vento, sementes e maquinários, as principais doenças fúngicas, (Embrapa, 2004) são:

Antracnose: causada pelo fungo Colletotrichum dematium var.Truncata, é uma das doenças mais importantes da cultura. O fungo é favorecido por temperaturas e umidade elevada e semeadura adensada, podendo causar escurecimento do caule, apodrecimento das vagens, perdas consideráveis na cultura. Dentre os métodos de manejo utiliza-se tratamento de sementes, compra de sementes puras e certificadas, livres do patógeno, semeadura menos adensada e manejo do solo. (Embrapa Soja, 2011.)

A doença se desenvolve em todas as fases do desenvolvimento da cultura, podendo vir a lesionar desde a semente, até a maturação fisiológica, no cerrado se manifesta mais em longos períodos chuvosos, podendo causar alta redução no número de vagens. O uso de sementes infectadas é um agravante para a disseminação do fungo, geralmente lavouras que atrasaram a colheita das sementes apresentam maiores incidências do patógeno.(NOETZOLD et al ,2014.)

Ferrugem asiática da soja: A ferrugem é a doença fúngica mais importante da cultura da soja, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi. O fungo possui alta capacidade de disseminação e esporulação. Quando chegou ao Brasil no início dos anos 2000 se espalhou em poucos dias.

Dentre os danos a cultura, provoca redução de área foliar, significativas redução na produtividade de grãos, podendo chegar a atingir perdas de 100% na semeadura. O mais adotado pelos produtores é o uso de fungicidas, combinados com técnicas de manejo da doença e favorecimento da cultura, a população do patógeno pode-se tornar menos sensível ao fungicida, tendo que mudar os métodos de controle.

(FORCELINI e FIALLOS, 2013)

Os sintomas iniciais são facilmente confundidos com outras doenças, como por bactérias e mancha parda. Os sintomas são chamados de ``lesões´´, pois ocorre a necrose do tecido, podendo apresentar várias pústulas.

A doença produz áreas com clorose nas folhas, geralmente ocorridas em folhas de baixeiro, próximo do florescimento ou após. Posteriormente, as urédias se tornam castanho-escuro, progredindo para a cor hialina, que são os esporos que se acumulam na superfície foliar para se disseminar pelo vento.( FIALLOS, 2011).

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Mancha alvo: Causado pelo fungo Corynespora cassiicola, foi registrada primeira vez no estado do paraná no ano de 1976.No ano de 1989 avançou sobre os estados de Mato Grosso e Mato grosso do sul, em decorrência do aumento de plantio e de variedades susceptíveis à doença. A característica da lesão são pontuações pardas, com halo amarelado, evoluindo para grandes manchas circulares, em cultivares susceptíveis ocorre severa desfolha, podendo causar danos graves a produção.(GODOY, et al., 2012).

Condições de alta umidade e temperatura são agravantes para a severidade da doença em soja. Os fungicidas benzimidazóis tem sido utilizados nos últimos anos para o controle da doença, porém percebe-se uma queda de eficiência , sendo indispensáveis outros métodos de controle para reduzir os danos dessa importante doença (CARLIN, et. al, 2013).

Mancha olho de rã: causada pela Cercospora sojina, uma doença que já causou grandes perdas no Brasil mas devido ao melhoramento genético de plantas tornou-se menos agressivo, o tratamento e sementes e o uso de cultivares resistentes é a melhor forma de controle. (FUZINATTO, et al , 2011.) .

A doença reduz a produtividade da soja, pois influencia na área fotossintética, o desfolhamento prematuro e produção de sementes com danos e de qualidade inferior ,podendo reduzir a produção de grãos em até 32% em variedades susceptíveis .O controle fúngico não é muito eficiente, sendo geralmente utilizado variedades resistentes(FREITAS,2011).

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A própolis é utilizada desde a antiguidade para o combate de doenças, esta apresenta uma boa atividade microbiana. A mistura com compostos antimicrobianos, pode diminuir a dosagem, minimizando os problemas com efeitos colaterais, fator que contribuiu para o aumento do uso em medicina familiar e em produtos alimentícios e de acordo com Freitas (2011), ela é uma substância resinosa, originaria das abelhas possuindo uma composição com: 50% de resinas vegetais, 30% de cera de abelha, 10% de óleos essenciais, 5% de pólen e 5% de detritos de madeira (MENEZES, 2005.).

Os compostos químicos presente na própolis são extremamente importantes, porém, suas atividades farmacológicas dependem do sinergismo entre os compostos químicos. Dentre as substâncias presentes na própolis citar-se: açúcares , ácidos graxos, aldeídos, aminoácidos, terpenóides e vitaminas. O grupo que mais chama atenção dos pesquisadores são os flavonóides, que são compostos fenólicos com um grande grupo de substâncias naturais sintetizadas pelos animais. A ingestão dos flavonóides propicia uma melhor absorção das vitaminas, são antioxidantes e apresentam atividade antimicrobiana e melhora o sistema imunológico.(COSTA et al. 2013)

A própolis possui grande capacidade de inibir o crescimento de microorganismos, podendo ser inibidor de várias bactérias gram-positivas e algumas gram-negativas, tendo também um bom resultado contra a proliferação de fungos e outras espécies de microorganismos (AMARANTE,2011).

O EEP(extrato etanólico de própolis) forma uma película protetora sobre as folhas dificultando a penetração e criando um ambiente mais favorável para o desenvolvimento das plantas, evitando um déficit hídrico e infecção dos patógenos. O própolis forma uma camada protetora que impede o acumulo de água, fator necessário para o estabelecimento do fungo na planta. (PEREIRA, et al , 2008)

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3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Local do experimento

O experimento foi conduzido, no campus experimental da UFMT, em SINOP -MT, de Dezembro de 2013 a Abril de 2014, (11º51’S, 55º30’W, altitude 372 m). O clima da região, segundo Köppen é do tipo AW (tropical com estação seca), caracterizado pela presença de duas estações bem definida a das “chuvas” (outubro a abril) e da “seca” (maio a setembro).

3.2 Delineamento experimental

O delineamento experimental foi em blocos casualizados (DBC) com repetições em esquema fatorial duplo , com 4 doses e 2 produtos, sendo 8 tratamentos. Totalizando 32 parcelas

3.3 Produtos utilizados

A própolis utilizada era originária do litoral paranaense, sendo considerada como pertencente ao grupo 3, apresentando em sua composição concentrações predominantes dos flavonóides crisina e galangina (MARCUCCI et al., 2008). A própolis apresentava coloração marrom clara e textura semimoldável.

Antes do preparo do extrato, realizou-se a limpeza da amostra de própolis, retirando-se impurezas como pedaços de madeira e restos de insetos mortos. Inicialmente preparou-se uma solução estoque de EEP(Extrato Etanólico de Própolis), para futuras diluições e aplicação dos tratamentos. A solução estoque de EEP foi preparada com álcool a 92% (álcool.água-1) e própolis bruta. A proporção dos componentes foi realizada em massa.massa-1, com 10% própolis bruta ou 100 g de própolis bruta e 90% de álcool hidratado (900 g de álcool), seguindo metodologia (ALENCAR at al., 2005). Após a preparação da mistura em um recipiente fechado, a mesma foi agitada uma vez ao dia, em agitador tipo vortex, por 30 minutos, durante 27 dias. A partir do 28º dia a solução ficou em “repouso” por 3 dias, com o intuito de promover a decantação e separação do excesso de cera, ou “borra”, do sobrenadante, ou EEP. (Marcucci et al., 2008). Desta forma, ao final do processo, mediu-se a massa de “borra” descartada em gramas de toda a massa de própolis bruta adicionada no inicio da confecção do extrato, obtendo-se a quantidade de própolis bruta em gramas que foi solubilizada no EEP.

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foi utilizado o fungicida, FOX que é um fungicida mesostêmico e sistêmico dos grupos estrobilurina e triazolintiona aplicado na cultura da soja, dentre outras, utilizado tanto para o controle da mancha-alvo quanto para ferrugem asiática da soja.

A Calda do fungicida foi preparada em uma bomba costal, sendo uma calda de 1L de água para 1,5ml, 3,0ml e 4,5ml de fungicida para T6, T7 e T8 respectivamente.

3.4 Condução do experimento

O Plantio foi realizado nos dias 2 a 7 de Dezembro de 2014, de forma manual. Sendo dividido em quatro níveis, realizou-se 5 aplicações de EEP ,com quatro doses de EEP e aplicadas a cada 15 dias, a partir dos 30 dias após a emergência (0, 1,5%: 3% e 4,5% de volume de calda de EEP). O segundo fator com dois níveis foi a ausência e presença da aplicação de fungicida químico Piraclostrobina com quatro doses(0 1,5ml 3 ml, 4,5ml), aplicados simultaneamente com a 2 e a 4 aplicação de EEP. A parcela experimental foi constituída por cinco linhas de cultivo de cinco metros de comprimento, totalizando 12,5 m² de área por parcela, totalizando 50m2 por avaliação. Considerou-se como parcela útil apenas as três fileiras centrais da parcela e eliminou-se meio metro de bordadura em cada extremidade das parcelas. Portanto a área útil das parcelas foi de 7,5 m². Na semeadura utilizou-se 10 sementes/m a 3 cm de profundidade, com espaçamento entre fileiras foi de 0,50 m, seguindo recomendações (Embrapa Soja, 2004).

Seguindo recomendações de Pereira et al. (2013), para o preparo das caldas de aplicação dos tratamentos à campo, diluiu-se a solução estoque de EEP em água (kg do EEP.kg-1 de água), obtendo-se quatro caldas. Antes da aplicação também foi adicionado 15 mL.ha-1 de espalhante adesivo siliconado. Foram realizadas cinco aplicações do EEP quinzenalmente, sendo a primeira na fase vegetativa, estádio (V5) e a última aplicação em (R5) . As aplicações do EEP foram realizadas com o auxilio de um pulverizador manual costal, com capacidade de tanque de 20 L, com ponta do tipo cone vazio, aplicando-se um volume de calda de 200 L.ha-1. No caso fungicida foram feitas duas aplicações, sendo em R1 e R4.

A adubação foi realizada na base e em cobertura. No fundo do sulco de semeadura foi aplicado 50 kg/.ha-1 de P2O5 e imediatamente após a semeadura

aplicou-se 50 kg/.ha de K2O, não foi utilizada nenhuma adubação foliar.

A cultivar utilizada foi a ``TMG 133 RR``.Uma variedade de ciclo semi-tardio, de 120 dias. O método de manejo de plantas daninhas foi mecânico, através de capinas manuais, realizadas a partir de 7 DAE até 30 DAE, ou final do período total da prevenção da interferência (BORCHARTT et al., 2011). Para o controle das pragas da

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soja, constatou-se a presença da Lagarta falsa medideira (Chrysodeixis includens) foi feita apenas uma aplicação de inseticida no inicio do florescimento, estádio R1, : Inseticida de ação sistêmica, contato e ingestão (Acefato)( O,S – dimethyl acetylphosphoramidothioate) 700g .ha-1

Inicialmente, antes da realização do experimento à campo, foram realizadas análises químicas da própolis, quantificado os teores de nutrientes e flavonoides. Na quantificação dos nutrientes constituintes da própolis utilizou-se do mesmo método de determinação de nutrientes em folhas determinando-se os teores foliares de macro e micro nutrientes (MALAVOLTA et al., 1989).

Determinou-se também os teores de cera da própolis. Coletou-se 20 g do EEP, realizando-se uma filtragem em funil de Buchner forrado com papel filtro apropriado. Logo após, o precipitado da filtragem foi lavado com etanol gelado, obtendo um resíduo branco no papel filtro. O resíduo que ficou no papel de filtro foi seco em estufa a 40°C por aproximadamente 24 horas. Por diferença da massa do EEP da massa filtrada e seca, encontrou-se o teor de cera da amostra.

As avaliações relativas ao desenvolvimento vegetativo foram feitas apenas uma vez, em R2 (pleno florescimento), tendo sido avaliado: a altura das plantas, o diâmetro de caule, área foliar. Planta-1 e a massa seca da parte aérea da soja. Para a obtenção destas características foram retiradas cinco plantas. Parcela-1 da primeira linha do lado direito da parcela útil.

A altura das plantas foi obtida com o auxílio de uma trena, coletando-se as medidas do colo junto ao solo até o meristema apical das plantas. O diâmetro do caule foi obtido com o auxílio de um paquímetro digital, coletando-se os dados a 5 cm de altura do solo. Após a coleta das variáveis a campo as plantas foram cortadas próximas ao solo, acondicionadas em sacos de papel e levadas ao laboratório de Nutrição e Alimentação Animal da UFMT, Campus de Sinop, para a avaliação das outras variáveis vegetativas.

No laboratório as amostras as folhas foram destacadas e contadas, obtendo-se o número de folhas/plantas-1 e a área foliar em cm2, obtendo-se esta variável com o auxílio de um integrador de área foliar LICOR modelo LI -3010. Por fim as amostras foliares foram condicionadas em sacos de papel e colocadas em estufa de circulação forçada a 60ºC, até atingirem o peso constante, para obtenção da massa seca da parte aérea.

Durante o experimento, também foram avaliados, em R4, o índice de clorofila das folhas, obtido com o auxílio do clorofilômetro digital, marca: Falker e modelo CFL1030. Para obtenção dos dados, foram medidos de forma aleatória, dez trifólios do terceiro nó abaixo do meristema apical, de 10 plantas.parcela1.

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quando os grãos estavam com aproximadamente 18% de umidade e as vagens apresentavam coloração amarelada . Após a colheita os grãos tiveram sua umidade corrigida para 14% em estufa de circulação forçada de ar a 60ºC em laboratório. Com isso, pode-se obter a produtividade gramas/parcela, que para melhor compreensão dos resultados foram convertidos em Kg/há

Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância ao nível de 5% de probabilidade com o auxílio do software SISVAR® (Ferreira, 2004). Para as variáveis quantitativas, os modelos foram escolhidos baseando na significância dos coeficientes de regressão e utilizando o teste “tukey” e adotando-se o nível de 5% de probabilidade de determinação.

Já para a obtenção de dados foi realizada a partir de escalas diagramáticas tanto para a doença mancha-alvo quanto para a ferrugem asiática da soja.

Foram utilizadas as escalas diagramática para a obtenção dos resultados de severidade da doença no experimento quanto a porcentagem de área foliar infectada. Dados obtidos apartir de trifólios totalmente expandidos coletados 2 plantas de cada parcela

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Figura 2. Escala diagramática utilizada na avaliação da severidade da mancha alvo da soja. Soares et al., (2009).

Figura 3. Área do experimento, Universidade Federal de Mato Grosso - Campus Sinop, safra 2013/2014.

Nos dias 2 a 7 de Dezembro de 2014, foi realizado o plantio da soja ´´TMG 133 RR`` de forma manual distribuídos em 32 parcelas totalizando uma área de 600 m2. De imediato foram separadas as parcelas das que seriam feito as avaliações, iniciando as aplicações em 30 dias após o plantio no caso da própolis e 45 dias após o plantio no caso do fungicida.

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Fungicida.

Os tratamentos foram distribuídos em Blocos casualizados e distribuídos 4 parcelas para cada tratamento, totalizando 32 do experimento.

Figura 4. Estágios fenológicos da soja, contendo os estágios vegetativos reprodutivos.

Figura 4 - Esquema do ciclo vegetativo contendo fases mais importantes das plantas de soja. Adaptado de Iowa State University, Special Report, nº 53, 1988.

Tratamentos Concentração de

E.E.P.(%)

Dose Fungicida(ml) Concentração em g

ou ml /há T1 0 0 T2 1,5 300 T3 3 600 T4 4,5 900 T5 0 0 T6 1,5 300 T7 3 600 T8 4,5 900

(23)

4.0 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 AVALIAÇÕES

Foram verificadas diferenças estatísticas significativas entre os tratamentos, sendo t1 e t5(nenhuma dose de qualquer produto) os com maior incidência de mancha alvo, ressaltando que a não aplicação de qualquer produto resultado em maiores prejuízos na lavoura. Os melhores resultados foram obtidos nas maiores doses de fungicida (t8 e t7), 3 e 4,5 ml respectivamente e para o extrato de própolis sendo que a dose mais adequada (t3), com 3% de concentração e uma subdose de 2,43 obtendo o melhor resultado.

Os resultados das avaliações do desenvolvimento das partes vegetativas, não tiveram diferenças entre si, tanto na área foliar, quanto para altura das plantas e quantidade de clorofila nas folhas.

4.1.1 AVALIAÇÃO DE MANCHA-ALVO

Figura 5. Regressão linear de incidência da doença Mancha-alvo em % de área foliar com lesão da doença em função de doses de extrato de própolis

A maior incidência de mancha alvo ocorreu em T1 (0 de própolis) e t4(maior dose de própolis),fato que sugere que nenhuma quantidade de própolis ou quantidades muito elevadas de própolis não possuem controle efetivo na doença. Porém o extrato de própolis em T3 demonstrou porcentagem mais reduzida na

y =3,08-1,55x+0,32x^2 R² = 0,99 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 0 1 2 3 4 5 (% ) d e m an ch a al vo

Doses de extrato de propolis

(%) de área foliar ocupada por sinal da doença

mancha alvo em função de doses de extrato de própolis

(24)

fungicida, produto que têm eficiência demonstrada porém diversas desvantagens, econômicas e ecológicas, quando comparado ao própolis.

Provavelmente maiores doses de própolis não tiveram um efeito significativo devido a dificuldade de aplicação do mesmo devido aos emtupimentos. Em doses maiores de própolis o leque do bico do pulverizador reduz seu tamanho e aumento o tamanho de gotas, perdendo assim a eficiência na aplicação.

4.1.2 AVALIAÇÃO DE FERRUGEM

O EEP teve efeito significativo sobre a incidência da ferrugem asiática.

(%) Área foliar com ferrugem asiática em função de doses de fungicida

Figura 6. Regressão linear de incidência da doença ferrugem asiática em % de área foliar com lesão da doença em função de doses de fungicida.

Verifica-se que houve eficácia no controle de ferrugem por meio do uso de fungicida, com máxima eficiência a partir da dose 4ml, fixada próximo ao tratamento em 4,5 ml. Isso explica-se ao efeito de ação direta do produto fungicida (triazol e estrobirulina) sobre as estruturas (hifas e esporos) do agente causador da ferrugem asiática. O tratamento T5 (0 %) foi o que demonstrou menor eficácia (maior porcentagem de área foliar lesionada) haja vista que esse era ausente de dosagem do produto. y = -0,25x + 2,77 R² = 0,8476 1 1,5 2 2,5 3 3,5 0 1 2 3 4 5 (% ) D e ár e a fol iar le si o n ad a p o r fer ru gem

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Figura 7. Regressão quadrática de incidência de ferrugem asiática em % de área foliar com lesão da doença em função de doses de EEP. Sinop, MT, 2016.

O tratamento T1 (0 %) de extrato foi o que demonstrou maior porcentagem de incidência da doença haja vista a ausência total do produto. Nas análises de Doenças, atingiu-se a maior eficiência no controle de ferrugem asiática com a calda de 1L e dose de 2,43% de EEP , entretanto em Pereira et al.,(2013). determinou-se a maior taxa de controle com 1,57% de EEP para a doença Cercosporiose em mudas de Cafeeiro.

A partir da dose de 3 % a porcentagem doença voltou a progredir na folha, fato atribuído ao produto em quantidade elevada T4 (4,5%) ter sua eficiência na aplicação prejudicada devido a seguidos entupimentos no bico de aplicação do pulverizador costal.

Observou-se que para ferrugem asiática, nas duas avalições, o EEP teve a mesma eficácia (de maneira estatística) que o fungicida no controle de porcentagem de área foliar lesionada. Tal fato demonstra a qualidade proposta no controle de determinadas doenças através extrato de própolis, que é um produto menos agressivo ao meio ambiente que o fungicida, além de ser mais econômico. Na inibição da proliferação de fungos que causam doenças em plantas , Pereira et al.,(2008;2013), também concederam o fato do EEP sobre outras doenças, contendo nutrientes na própolis e formando uma camada inibidora impedindo o estabelecimento desses fungos.

Porém essa igualdade na eficácia não foi verificada na doença mancha alvo, nas duas avaliações. No parâmetro produtividade constatou-se ligeira inferioridade do EEP em relação ao fungicida (devido à maior progressão de doenças como a mancha), mas essa ligeira inferioridade ( a produtividade dos tratamentos de própolis

y = 3,22 -0,98x +0,20x^2 R² = 0,99 1,75 1,95 2,15 2,35 2,55 2,75 2,95 3,15 3,35 0 1 2 3 4 5 (% ) d e Ár e a fo liar le si o n ad a p o r fer ru gem

Dose de propolis (% de produto diluído em 1 L de calda) (%) Área foliar com ferrugem asiática em função de

(26)

uso de EEP pode propiciar em relação ao uso de fungicida, como: menor agressão ao meio ambiente e à saúde do aplicador, agregação de valor ao sistema produtivo ( selo de produto orgânico).

Tabela 2. Dados de porcentagens de área foliar de soja ocupada por sinal de mancha alvo e ferrugem asiática em duas avaliações e produtividade comparando-se os dois produtos testados.

Produto Mancha (%) Ferrugem (%) Mancha (%) Ferrugem (%) Prod.(kg/há) Fungicida 0,49 a 0,96 a 1,16 a 2,21a 1661 a Própolis 0,67 b 0,98 a 2,17 b 2,60 a 1409 b CV(%) 26,47 26,61 40,35 23,94 19,57

Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si na coluna pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Na figura 8 o gráfico de regressão referentes às produtividades estimadas em função das doses dos dois produtos estudados (EEP e fungicida) e não resultam em diferenças estatísticas significativas, embora apresenta tendência de variação importantes no rendimento da cultura em função das doses aplicadas.

Figura 8. Variação na produtividade de soja em função de doses de fungicida

A ausência de produtos em T5 (0 ) demonstrou rendimento próximo a 1400 quilos por hectare, cerca de 400 quilogramas a menos que o tratamento com dose máxima de fungicida T8 (4,5ml), ainda que não significativo estatisticamente, mas com

y = 157,43x + 1432-15,85x^2 R² = 0,9092 1200 1300 1400 1500 1600 1700 1800 1900 0 1 2 3 4 5 Pr o d u tiv id ad e ( kg/h a)

ml de produto fungicida diluído em 1 L de calda

Produtividade em função de doses de fungicida

(27)

diferença numérica expressiva que reforça o conceito de se utilizar algum produto para controlar doenças que possam comprometer a produtividade.

Figura 9. Variação na produtividade de soja em função de doses de própolis

Verificou-se que a melhor produtividade em função de doses de EEP foi de 2,40 % de produto diluído em 1 L de calda. Tal valor se aproxima mais do tratamento T3 ( 3,0 %). Acima de tal tratamento a produtividade caiu de maneira não significativa mas acima de 130 kg/ha , comprovando a necessidade de se intervir com o controle de doenças e tomar cuidado com excesso do produto ( que acima de 3 % já causa entupimento significativo na aplicação).

O própolis atingiu um pico de 1500 kg/há de produtividade em sua melhor dosagem, enquanto que para fungicida o pico foi próximo a 1800. A produção atingiu um pico em 2,43% na concentração de EEP, já em Pereira et al,.(2014) a máxima produção foi atingida com 4% de EEP.

Embora tal superioridade do fungicida, se for levada em proporções de maiores áreas pode não ser compensatório devido às desvantagens encontradas em se usar somente esse produto como impactos ambientais e econômicos por exemplo. E a produtividade atingida no pico do uso do própolis é razoável em vista das vantagens conferidas por tal produto.

y = 1271,43+222,44x-46,06x^2 R² = 0,9904 1250 1300 1350 1400 1450 1500 1550 0 1 2 3 4 5 Pr o d u tiv id ad e ( kg/h a)

(%) de extrato de própólis dilúida em 1 L de calda

(28)

O controle com EEP foi estatisticamente igual ao controle de ferrugem asiática na avaliação 2 quando se comparou os 2 produtos, no caso da doença mancha-alvo o produto não alcançou o observado no uso do fungicida, entretanto houve melhorias significativas entre as testemunhas e sua melhor dose de EEP(3%).

Já nos tratamentos com 4,5% do volume da calda com EEP a aplicação foi ineficiente, já que observou-se um entupimento no bico de aplicação, tendo número semelhantes ao da testemunha onde não foi aplicado nenhum tipo de produto para controle, o tratamento de maior controle e de produção foi o tratamento T3, com 3% de EEP, sendo que a melhor dose analisada é a de 2,43%.

No tratamento com 4,5ml de fungicida FOX observou-se diminuição da quantidade de doença nas folhas das plantas coletadas, sendo um tratamento eficiente, porém maléfico ao meio ambiente e oneroso ao produtor.

Esse trabalho mostrou que com as aplicações nas dosagens corretas e aplicações nos estágios certos o EEP teve eficiência no controle da doença ferrugem asiática da soja, tendo números semelhantes ao do fungicida comercial, porém conseguem ser mais eficientes na prevenção de possíveis intoxicações para o aplicador e podendo buscar mercados alternativos como o de agricultura orgânica e consequentemente agregar valor ao produto na hora de comercializar.

(29)

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