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TÍTULO: UTILIZAÇÃO DA ÁGUA DA CHUVA COMO MATÉRIA PRIMA PARA FABRICAÇÃO DE MEDICAMENTOS

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Academic year: 2021

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Realização: IES parceiras:

TÍTULO: UTILIZAÇÃO DA ÁGUA DA CHUVA COMO MATÉRIA PRIMA PARA FABRICAÇÃO DE

MEDICAMENTOS

CATEGORIA: EM ANDAMENTO

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: Farmácia

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO MAX PLANCK -AUTOR(ES): PEDRO ARAUJO DOS SANTOS

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RESUMO

Nesse trabalho é abordado a escassez de água potável, e a importância dessa para as Indústrias Farmacêuticas. Buscasse a possibilidade de utilizar a água de chuva como alternativa em sistemas de água para produção de medicamentos, partindo de uma comparação da qualidade entre a água da chuva e a água potável. Essa comparação será realizada mediante a coleta da água de chuva e amostragem de água potável, para posterior análise físico-química e microbiológica.

INTRODUÇÃO

A água é um bem imprescindível para os seres vivos, seus atributos estão diretamente relacionados à saúde daqueles que a consomem (FOLLMER et al., 2019). Na atualidade, a escassez qualitativa e quantitativa da água tornou-se um dos principais temas de discussão para a sociedade (MOURA et al., 2018).

Entender sobre a escassez da água é fundamental, tendo em vista que além do consumo humano, a mesma é importante para vários tipos de industrias. FREITAS, 2018, explica que a água é um componente indispensável para as Indústrias Farmacêuticas. OLIVEIRA e PELEGRINI, 2011, ratificam que a água é um dos principais elementos para a composição de um medicamento, além de ser utilizada em formulações e para processos de limpeza.

Uma Farmacêutica de médio porte, pode gastar até 5m³ de água purificada em um dia, sendo que para produção de 1 litro de água purificada gasta-se mais de 5 litros de água potável (Autoria própria). As Farmacêuticas utilizam água potável como água bruta, para produção de água com maior grau de pureza. (ANVISA, 2017).

Temos um grande desafio, de um lado a escassez quantitativa e qualitativa de água potável, de outro um alto nível de qualidade exigido e alto consumo nas Farmacêuticas. (GIACCHETTI, AGUIAR e CÔRTES, 2016).

Diante do cenário aqui apresentado, a utilização da água de chuva como água bruta para as Farmacêuticas se mostra como uma boa alternativa. CATULÉ et al., 2018, esclarece que temos uma baixa captação da água de chuva no país. Conforme MEDEIROS, 2018 a água de chuva pode ser utilizada para demandas potáveis, desde que, após a captação, esta seja devidamente tratada.

Conforme MOURA et al., 2018, o conhecimento da qualidade da água da chuva é importante para definição do uso e do tipo de tratamento a ser adotado para

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torná-la própria. A água da chuva deveria ser pura, porém além de possíveis contaminações oriundas das superfícies de captação, a atmosfera da região pode impactar em alterações químicas e físicas.

Todavia as indústrias farmacêuticas teriam grande capacidade num projeto de captação de água de chuva, essas além de possuírem uma boa área de captação (telhados), dispõem de grande capacidade de tratamento da água, tendo em vista que a água potável já passa por pré-tratamento para adentrar nos sistemas de água.

OBJETIVOS

Esse estudo tem como objetivo analisar a possibilidade da utilização da água de chuva como alternativa em sistemas de água para produção de medicamentos, numa comparação dos parâmetros de qualidade das águas de chuva e potável, obtida por rede pública. Essa comparação será realizada mediante a coleta da água de chuva e amostragem de água potável, para posterior análise e comparação dos resultados físico-químicos e microbiológicos dos dois tipos de água. Como resultados espera-se que seja indicada viabilidade da água de chuva, em termos qualitativos.

MÉTODOLOGIA

O presente projeto pode ser qualificadado como pesquisa de campo. Para JACOBSEN et al., 2017, uma pesquisa de campo é utilizada com o objetivo de desenvolver conhecimentos acerca de um problema. Consiste na observação de fatos e fenômenos através do registro de variáveis. Adotou-se a pesquisa exploratória, uma vez que existem poucos estudos que relacionam o uso da água da chuva para a produção de medicamentos.

DESENVOLVIMENTO

Na sequência temos um resumo do plano de amostragem:

✓ As amostras de água da rede pública serão retiradas sempre da mesma residência, na área urbana da Cidade de Indaiatuba/SP. As amostras serão retiradas na torneira da entrada de água, eliminando como variável, possíveis contaminações na caixa d’água da residência.

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✓ Para todas as coletas da água da chuva, será posicionado sobre o telhado da residência (mesma residência onde será coletada a água potável), um recipiente previamente limpo com água potável e detergente neutro.

O primeiro desafio para comparação da qualidade dos tipos de água, foi definir as análises a serem realizadas. Para tanto, foi realizada uma avaliação da importância e justificativa de escolha para cada análise, conforme tabela a seguir.

Tabela 1 – Definição e justificativa para a escolha das Análises. Fonte: Adaptado de ANVISA, 2017 e MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017.

Analise Justificativa da escolha, devido a importância da análise Especificação

pH A água da chuva pode conter diversos gases e afetar o pH. 6 – 9,5

Ferro Indicador importante de potabilidade. ≤ 0,3 ppm

Nitrato A presença de nitrogênio é indicativa de contaminação. ≤ 0.01 mg L

STD Sólidos Totais Dissolvidos são a soma dos constituintes químicos. 1.000 mg L

Dureza total A dureza pode ser prejudicial as membranas de osmose reversa. 500 ppm

Alumínio O Alumínio pode conferir dureza a água. ≤ 0,2 ppm

Condutividade Os gases da atmosfera podem afetar a condutividade da água. 100 – 200 µS/cm²

TOC Analisar o TOC (Total Organic Carbon) é fundamental pois

abrange um grande número de contaminantes inorgânicos. 1000 ppb

Bactérias

Heterotróficas São importante indicador de qualidade bacteriológica da água. 500 UFC/mL Coliformes e

Escherichia coli

Para ser classificada como potável, a água precisa apresentar-se

livre de coliformes totais, fecais e E. coli. Ausência em 100mL Na sequência serão apresentados os resultados preliminares desse estudo. É importante salientar que o presente projeto não apresenta resultados de análise de água até o momento, uma vez que, esperasse o início do período de chuva. Desta forma, os resultados preliminares aqui apresentados referem-se a uma revisão bibliográfica para justificativa do da água de chuva.

RESULTADOS PRELIMINARES

Tendo em vista a atual escassez de água potável de qualidade para as Farmacêuticas, é indispensável estudar fontes alternativas. Estudos demonstram que em alguns casos, até 100% das amostras de água coletadas em nascentes, rios, caixas d’águas ou torneiras, podem estar contaminadas com bactérias coliformes. As contaminações estariam relacionadas a fatores como a presença de esgoto, fossas, lixo e práticas pecuárias (SARAIVA et al., 2020).

Os impactos das atividades agroindustriais e da urbanização nos cursos d’água apresentam destaque relevante na contaminação de corpos hídricos. (LUNELLI et al., 2019).

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SILVA E.M., 2017, discorre que dentre todos os recursos naturais a água portável pode ser considerada a mais importante. Esta pode sofrer dois tipos de escassez, a quantitativa, que constitui fator limitante ao desenvolvimento de uma região, e a qualitativa que gera problemas sérios à saúde pública e ao ambiente.

Sistemas de captação de água de chuva para consumo humano são utilizados há décadas por famílias residentes em comunidades difusas localizadas na zona rural. A captação de água de chuva não pode ser tratada como uma solução de abastecimento de menor importância (SOUZA, OMENA e FÉLIX, 2018).

Com um sistema de captação de águas pluviais adequado, além dos benefícios gerados, como economia no volume consumido de água tratada, esse tipo de projeto apresenta uma relevância social, contribuindo com o desenvolvimento sustentável, por meio da preservação e otimização na utilização dos recursos naturais, e na minimização dos impactos ambientais (CATULÉ et al., 2018).

A utilização da água de chuva traz como benefícios a redução do consumo de água oriunda da concessionária, a redução da extração de água nos mananciais, o aproveitamento de uma fonte alternativa de água de boa qualidade, e a redução da emissão de água pluvial na rede pública. (MOURA et al., 2018).

Mediante essas argumentações discorridas, estudar a qualidade da água de chuva como alternativa para uso em indústrias tem grade relevância e contribuição para toda a sociedade.

FONTES CONSULTADAS

ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Ministério da Saúde. Consulta Pública nº 312, de 20 de fevereiro de 2017. Dispõe: Água para uso farmacêutico. CATULÉ, Pablo Fernandes; SALOMÃO, Pedro Emílio Amador; CANGUSSÚ, Luíza e CARVALHO, Paulo Henrique Viera de. Estudo de verificação da viabilidade de

captação e uso de água da chuva de Teófilo Otoni - MG. p. 01-25, 2018. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=6558662. Acesso em: 01 ago. 2020.

FOLLMER, Darles Luan Schneider; BISOGNIN, Ramiro Pereira; SOUZA, Eduardo Lorensi de; VASCONCELOS, Márlon de Castro; GUERRA, Divanilde e SILVA, Danni Maisa da. Construção e Eficiência de um Fotorreator de Radiação Ultravioleta de baixo custo. p. 165-181, 2019. Disponível em:

http://portaldeperiodicos.unisul.br/index.php/gestao_ambiental/article/view/7480. Acesso em: 6 jun. 2020.

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FREITAS, F. B. S. Aplicação do controle estatístico de processo nos dados. 10 dez. 2018. Disponível em: https://monografias.ufrn.br/jspui/handle/123456789/8378. Acesso em: 18 jul. 2020.

GIACCHETTI, Marcelo Cruz Martins; AGUIAR, Alexandre de Oliveira e CÔRTES, Pedro Luiz. Consumo de água em indústrias. p. 21, 2 dez. 2016. Disponível em: http://www.revistaespacios.com/a17v38n22/a17v38n21p21.pdf. Acesso em: 6 jun. 2020.

JACOBSEN, A. L., CONTO, S. F. de, SILVÉRIO, R. C., GUIMARÃES, V. da R., SILVA, W. C. da. Perfil Metodológico de Pesquisas. 2017. Disponível em:

https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/181164/101_00179.pdf?seque nce=1&isAllowed=y#:~:text=A%20pesquisa%20de%20campo%20caracteriza,)%20( FONSECA%2C%202002). Acesso em: 13 ago. 2020.

LUNELLI, K.; NARCISO, N. B.; PAULINO, Ê. A.; KOSLOWSKI, L. A. D. Qualidade da Água do Rio dos Índios e Influência de Atividades Agroindustriais. 2019. pg :1190-1202. Disponível em:

http://static.sites.sbq.org.br/rvq.sbq.org.br/pdf/KarinaNoPrelo.pdf. Acesso em: 6 jun. 2020.

MEDEIROS, Guilherme Adler Aciole. Estudo da eficiência de reservatórios de aproveitamento de água de chuva no município de Natal/RN. 12 abr. 2018.

Disponível em: https://monografias.ufrn.br/jspui/handle/123456789/6251. Acesso em: 6 jun. 2020.

MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil). 28 de setembro de 2017. Portaria de Consolidação nº 5: Consolidação das normas sobre o SUS. Disponível em:

https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/marco/29/PRC-5-Portaria-de-Consolida----o-n---5--de-28-de-setembro-de-2017.pdf. Acesso em: 11 jul. 2020. MOURA, Adriana Correia Calmon; LINHARES, Camila Chamusca; GRILLO, Caroline Gualberto; VIANA, Clarissa Meira e COSTA, Fransival Pereira. Implantação de

Sistema de Conservação e Reuso de Água. p. 34 -58, 1 mar. 2018. Disponível em: http://portaldeperiodicos.unisul.br/index.php/gestao_ambiental/article/view/5982. Acesso em: 6 jun. 2020.

OLIVEIRA, Fabiely Cristina e PELEGRINI, Denise Davanço. Controle de Qualidade do Sistema de Produção de Água Purificada. p. v. 6, n. 1, 1 abr. 2011. Disponível em: http://revista2.grupointegrado.br/revista/index.php/sabios2/article/view/672. Acesso em: 6 jun. 2020.

SARAIVA, M. D. C., SILVA, T. M. F. da; PAIXÃO, L. A. da; SILVA, M. A. da;

FERNANDES, M. B., LEANDRO, L. M. G., AQUINO, P. E. A. de e SILVA, R. O. M. da. Análise bacteriológica da água no Sítio Bela Vista, Barbalha – CE. p. 1-11, 1 abr. 2020. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/revistasaude/article/view/42354. Acesso em: 6 jun. 2020.

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http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/4992. Acesso em: 29 jun. 2020. SOUZA, Joselito Menezes de; OMENA, Sylvia Paes e FÉLIX, Wagner Pereira. Captação de Água de Chuva para Consumo Humano. p. 81-94, 1 fev. 2018. Disponível em:

https://www.unirios.edu.br/revistarios/media/revistas/2018/20/captacao_de_agua_de _chuva_para_consumo_humano.pdf. Acesso em: 6 jun. 2020.

Referências

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