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Ações Preventivas e de Controle das Doenças Crônicas Não- Transmissíveis para os usuários da Unidade de Saúde da Família Vila Amélia, Pinhais - PR.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO MULTIPROFISSIONAL NA ATENÇÃO BÁSICA 2016

Diego de Souza Beraldo

Ações Preventivas e de Controle das Doenças Crônicas Não- Transmissíveis para os usuários da Unidade de

Saúde da Família Vila Amélia, Pinhais - PR.

Florianópolis, Março de 2018

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Diego de Souza Beraldo

Ações Preventivas e de Controle das Doenças Crônicas Não- Transmissíveis para os usuários da Unidade de Saúde da Família

Vila Amélia, Pinhais - PR.

Monografia apresentada ao Curso de Especi- alização Multiprofissional na Atenção Básica da Universidade Federal de Santa Catarina, como requisito para obtenção do título de Es- pecialista na Atenção Básica.

Orientador: Deise Warmling

Coordenadora do Curso: Profa. Dra. Fátima Büchele

Florianópolis, Março de 2018

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Diego de Souza Beraldo

Ações Preventivas e de Controle das Doenças Crônicas Não- Transmissíveis para os usuários da Unidade de Saúde da Família

Vila Amélia, Pinhais - PR.

Essa monografia foi julgada adequada para obtenção do título de “Especialista na aten- ção básica”, e aprovada em sua forma final pelo Departamento de Saúde Pública da Uni- versidade Federal de Santa Catarina.

Profa. Dra. Fátima Büchele Coordenadora do Curso

Deise Warmling Orientador do trabalho

Florianópolis, Março de 2018

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Resumo

Introdução: No Brasil, HAS atinge 36 milhões de adultos e mais de 60% dos idosos, contribuindo direta ou indiretamente para 50% das mortes por doença cardiovascular (DCV). A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus (DM) em conjunto, apresentam como complicações recorrentes, problemas cardíacos, renais e acidente vascu- lar encefálico. Estes por sua vez, apresentam impacto elevado na perda da produtividade do trabalho e da renda familiar. As DCV correspondem a principal causa de mortali- dade no país, bem como correspondem a alta proporção das taxas de internação, com custo socioeconômicos elevados . Portanto diante dessa problemática reconhece que é de grande importância desenvolver um trabalho de intervenção em saúde voltado para o controle e redução da incidência das doenças crônicas na comunidade de Vila Amélia em Pinhais-PA, assim esse tema é de grande importância para a comunidade da área de abrangência á USF. Objetivo: Promover ações preventivas e de redução das doenças crô- nicas não-transmissíveis (HAS, DM2) entre os usuários residentes na área adscrita a USF Vila Amélia em Pinhais-PR. Metodologia: Nas atividades serão abordados temas rela- cionado as complicações decorrentes das DCNT, a necessidade de desenvolver atividade física, conscientização para a adesão ao tratamento (para usuários que possuem DCNT), incentivo a participar das atividades do HIPERDIA da unidade. Identificar os usuários que possuem comportamento de risco para as DCNT e assim convidá-los para participar das ações do projeto de intervenção. Todos os profissionais da unidade participaram da implantação e execução do projeto inclusive os agentes comunitários de saúde que terão participação nas rodas de conversa e na divulgação do projeto nas visitas domiciliares con- vocando os usuários para as reuniões e participarem da intervenção. Os encontros com os usuários que compõem o público-alvo serão realizados duas vezes por semana durante 6 meses. Resultados Esperados: Reduzir o surgimento de novos casos de DCNT entre os usuários da área de abrangência á Unidade de Saúde da Família Vila Amélia em até 60%;Promover ações educativas orientando sobre os riscos para o surgimento das DCNT , conscientizando e orientando 100% dos participantes do projeto de intervenção; Adesão para mudança no estilo de vida e acompanhamento dos níveis séricos na unidade em até 75% dos participantes.

Palavras-chave: Diabetes Mellitus Tipo 2, Educação em Saúde, Hipertensão

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Sumário

1 INTRODUÇÃO . . . . 9

2 OBJETIVOS . . . 11

2.1 Objetivo Geral . . . 11

2.2 Objetivos Específicos . . . 11

3 REVISÃO DA LITERATURA . . . 13

4 METODOLOGIA . . . 17

4.1 Local da intervenção . . . 17

4.2 Desenvolvimento do projeto de intervenção . . . 17

5 RESULTADOS ESPERADOS . . . 19

REFERÊNCIAS . . . 21

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1 Introdução

AUnidade de Saúde da Família (USF) Vila Amélia esta localizada no bairro de mesmo nome em Pinhais é um município brasileiro do estado do Paraná, localiza-se na Região Metropolitana de Curitiba. Tornou-se oficialmente um município no ano de 1992, quando emancipou-se do município de Piraquara. Sua população foi estimada em 128.256 por possuir o 14° melhor IDHestaca-dse habitantes, conforme dados do disponíveis no site do Instituto Brasileiro de Geografia e estatística, para o ano de 2016. O município de Pinhais do Paraná, o município foi apontado como tendo o 3° IFDM do estado, índice elaborado pela FIRJAN - Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro que mede a qualidade de vida dos municípios brasileiros (IBGE, 2016) .

A USF vila Amélia conta com cerca de 2.750 usuários cadastrados na área de abran- gência o perfil socioeconômico compreende a maioria das famílias de baixa renda e outras com renda familiar até dois salários mínimos por família. No que refere-se a escolaridade a maioria são alfabetizados e possuem ensino fundamental I e II e uma minoria ensino superior, sendo os mais jovens e das famílias com até dois salários mínimos. A localidade dispõem de saneamento básico, coleta de lixo e abastecimento de água própria para o consumo, os domicílios são de alvenaria. De acordo com os dados coletados através dos indicadores de saúde e as fichas de atendimentos observa-se que a busca por atendimento de demanda espontânea e programada estão relacionados a exames preventivos e trata- mento e controle do diabetes mellitus tipo 2 e da pressão arterial sistêmica. Sendo assim caracterizado o perfil epidemiológico da comunidade por doenças crônicas não transmissí- veis. Os problemas de saúde mais comuns são os agravos decorrentes das Doenças Crônicas Não Transmissíveis como Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus 2, sendo fa- tores de risco para o surgimento de doenças cardiovasculares, cetoacidose diabética, pé diabético, entre outros agravos (SECRETARIA MUNICIPAL DE SAúDE DE PINHAIS, 2016).

A partir da avaliação dos dados apresentados pelos indicadores de saúde da unidade e fichas de atendimento é de fácil percepção que dentre as queixas pode-se definir a situação problema que possa contemplar uma intervenção, as queixas mais comuns dos usuários são: : HAS, DM2, sintomas depressivos, insônia e problemas psiquiátricos; artrose e artrite; problemas respiratórios. Dentre os problemas maisfrequentes, destacam-se as doenças crônicas HAS e DM2, com elevada prevalência. Dessa forma, esse será o problema eleito para a criação de um plano de intervenção. No Brasil, HAS atinge 36 milhões de adultos e mais de 60% dos idosos, contribuindo direta ou indiretamente para 50% das mortes por doença cardiovascular (DCV). A HAS e DM em conjunto, apresentam como complicações recorrentes, problemas cardíacos, renais e acidente vascular encefálico. Estes por sua vez, apresentam impacto elevado na perda da produtividade do trabalho e da

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10 Capítulo 1. Introdução

renda familiar. As DCV correspondem a principal causa de mortalidade no país, bem como correspondem a alta proporção das tscas de internação, com custo socioeconômicos elevados (SBC, 2016).

Portanto diante dessa problemática reconhece que é de grande importância desenvol- ver um trabalho de intervenção em saúde voltado para o controle e redução da incidência das doenças crônicas na comunidade de Vila Amélia em Pinhais-PA, assim esse tema é de grande importância para a comunidade da área de abrangência á USF. A criação de um projeto de intervenção com esse tema é relevante para mim enquanto profissional da saúde, pois através do estudo e implantação de ações apresentarei solução para um problema bastante comum e preocupante no ambiente laboral. A realização deste tra- balho de intervenção voltado para os usuários que possuem as DCNT e outros que têm pré-disposição para desenvolver devido aos comportamentos de riscos e comorbidades re- lacionados ao estilo de vida é algo possível de se desenvolver uma vez que a equipe da unidade esta engajada para a execução de atividades que possibilitem a melhoria da qua- lidade de vida e a promoção da saúde dos usuários cadastrados na unidade de saúde da família de Vila Amélia em Pinhais-PR. Portanto a criação e implantação deste trabalho de intervenção, justifica-se pela necessidade de reduzir a incidência das DCNT entre os usuários da comunidade.

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2 Objetivos

2.1 Objetivo Geral

Promover ações preventivas e de redução das doenças crônicas não-transmissíveis (HAS, DM2) entre os usuários residentes na área adscrita a USF Vila Amélia em Pinhais- PR.

2.2 Objetivos Específicos

· Identificar os usuários que possuem comportamento de risco associados ao surgi- mento de (DCNT) doenças crônicas não-transmissíveis.

· Promover ações educativas junto a equipe multidisciplinar da UFS, buscando a adesão dos usuários considerados de risco para DCNT.

· Realizar o acompanhamento desse grupo avaliando os níveis séricos buscando o controle e a prevenção das (DCNT) doenças crônicas não-transmissíveis.

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3 Revisão da Literatura

As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) estão relacionadas com causas múl- tiplas, apresentam curso clínico que muda no decorrer do tempo, com possíveis períodos de agudização, podendo gerar complicações e incapacidades. Estas doenças requerem in- tervenções com o uso de tecnologias leves, leve-duras e duras, associadas a mudanças de estilo de vida, em um processo de cuidado contínuo que nem sempre leva à cura (BRASIL, 2013). (BRASIL, 2013) As DCNT são as principais causas de morte no mundo.Estima-se que 80% das mortes por DCNT no mundo ocorrem nos países de baixa e média renda.

Um terço dessas mortes ocorre em pessoas com idade inferior a 60 anos. No Brasil, essas doenças são responsáveis por cerca de 70% dos óbitos (BRASIL, 2011). . De acordo com o Ministério da saúde identifica-se que além dos altos índices de mortalidade, as doen- ças crônicas apresentam forte carga de morbidades relacionadas. Compreende-se que as DCNT são responsáveis por grandes números de internações e atendimentos, estão entre as principais causas de amputações e de perdas de mobilidade e de outras funções neuro- lógicas. Envolvem também perda significativa da qualidade de vida, que se aprofunda, à medida que a doença se agrava (BRASIL, 2012) . As (DCNT) são caracterizadas por ter uma etiologia múltipla, onde muitos fatores de risco, estão associados ao seu surgimento, estas doenças crônicas são de origem não infecciosa, e estão relacionadas a deficiências e incapacidades funcionais (BRASIL, 2008a). Os indivíduos portadores das DCNT são de todas as camadas socioeconômicas, principalmente aqueles pertencentes a grupos vulne- ráveis ou de risco como idosos de baixa renda e escolaridade. As doenças crônicas não transmissíveis constituem o problema de saúde de maior de magnitude correspondendo a 72% das causas de mortes no país (BRASIL, 2011) Segundo a Organização Mundial de Saúde as doenças crônicas não transmissíveis caracterizam-se pelas doenças cardiovas- culares (cerebrovasculares, isquêmicas) as neoplasias, as doenças respiratórias crônicas e diabetes mellitus tipo 2, desordens mentais, neurológicas, doenças bucais, ósseas e articu- lares, as desordens genéticas e as patologias oculares e auditivas. (OPAS, 2012). (OPAS, 2012) De acordo com o Mistério da Saúde as doenças crônicas de maior impacto mundial são as doenças do aparelho circulatório, diabetes, câncer e doenças respiratórias crônicas.

Elas possuem fatores de risco em comum como o tabagismo, o sedentarismo, a alimenta- ção não saudável, o álcool e a obesidade (BRASIL, 2011). As condições crônicas quando não tratadas de forma correta levam a várias complicações associadas e à perda de ca- pacidade funcional. Cada sintoma pode levar a outros problemas de saúde, onde ocorre um ciclo vicioso de sintomas associados, como por exemplo: a condição crônica leva a tensão muscular, que leva a dor, que leva ao estresse e ansiedade, que levam a problemas emocionais, que levam a depressão, que levam a fadiga que realimenta a condição crônica e assim por diante (ZAMAI et al., 2012). Dentre as doenças crônicas as que se destacam

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14 Capítulo 3. Revisão da Literatura

segundo, ZAMAI et al. (2012), são a hipertensão arterial sistêmica (HAS) um problema de saúde pública por sua magnitude, dificuldades no seu controle e, principalmente, pela sua importância como fator de risco para o desenvolvimento do acidente vascular cerebral e infarto do miocárdio. E o Diabetes Mellitus tipo 2. Na visão de Deliberato (2002) o Diabetes mellitus tipo 2, acomete pessoas com mais de 40 anos, frequentemente obesas, a taxa de insulina pode ser normal ou mesmo aumentada, porém ela não está ativa (de- ficiencia), é rara a presença de anticorpos antiinsulina e há presença de hipoglicemia. O DM2 se insere no grupo de doenças crônicas não transmissíveis e atualmente vem se con- figurando como grave problema de saúde pública no Brasil. A doença tem alcançado altos níveis epidêmicos e está associado a complicações que comprometem a produtividade, a qualidade de vida e a sobrevida dos indivíduos (ASSUNÇÃO; SANTOS; COSTA, 2017) . A prevenção das doenças crônicas não transmissíveis inicia com a mudança de hábitos não saudáveis as DCNT são em grande medida, preveníveis, e o número total de mortes, em especial as prematuras, pode se reduzir consideravelmente a partir da modificação de quatro fatores de risco comuns: consumo de tabaco, alimentação inadequada: consumo de excessivo de sal, acúcares, gorduras saturadas, corantes, alimentos processados, baixa ingestão de fibras, legumes, frutas, grãos e cereais (OPAS, 2012). Das doenças crônicas as que se destacam são a hipertensão arterial e a diabetes mellitus. Sabe-se que no Bra- sil, no ano 2000 aproximadamente 17 milhões de pessoas são portadoras de hipertensão arterial sistêmica (HAS), sendo 35% constituídas por indivíduos com faixa etária entre 40 anos ou mais. De acordo com as estimativas da Organização Mundial de Saúde o número de portadores da HAS em todo o mundo era de 177 milhões no ano 2000, com expectativa de alcançar cerca de 350 milhões de pessoas até o ano de 2025 (BRASIL, 2006). O Ministério da Saúde (MS) no ano de 2001 propôs o Plano de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial Sistêmica e ao Diabetes Mellitus, onde foi reconhecido a importância da atenção básica na abordagem desses agravos, feita por meio do modelo de atenção programática denominado o HIPERDIA (Sistema de Cadastramento e Acompa- nhamento de Hipertensos e Diabéticos), instituído para possibilitar o desenvolvimento de ações contínuas e de alta capilaridade (BRASIL,2001). Entende-se por políticas públicas o conjunto de programas e atividades desenvolvidas pelo Poder Público com o intuito de assegurar os direitos constitucionais inerentes aos cidadãos (DIAS,2015). De acordo com o Art. 196. da constituição federal de 1988 “ A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas públicas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação” Ainda sobre o artigo 196 da Constituição Federal de 1988 observa-se que também esta assegurada ao cidadão a implantação de políticas públicas e econômicas como forma de efetivação do direito do cidadão à saúde, tendo com o objetivo principal reduzir o número de doenças de grave risco, o acesso igualitário e universal à saúde e a promoção de políticas preventivas e de recuperação ao direito à

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saúde. Na Constituição Federal de 1988, o estado brasileiro assume como seus objetivos precípuos a redução das desigualdades sociais e regionais, a promoção do bem de todos e a construção de uma sociedade solidária sem quaisquer formas de discriminação. Tais objetivos marcam o modo de conceber os direitos de cidadania e os deveres do estado no País, entre os quais a saúde Neste contexto, a garantia da saúde implica assegurar o acesso universal e igualitário dos cidadãos aos serviços de saúde, como também à for- mulação de políticas sociais e econômicas que operem na redução dos riscos de adoecer (BRASIL, 2006). No que se refere ao cuidado ao paciente portador de doenças crônicas não transmissíveis destaca-se os princípios e diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas: 1. Propiciar o acesso e o acolhi- mento aos usuários com doenças crônicas em todos os pontos de atenção. 2. Humanização da atenção, buscando-se a efetivação de um modelo centrado no usuário e baseado nas suas necessidades de saúde. 3. Respeito às diversidades étnico-raciais, culturais, sociais e religiosas e hábitos e cultura locais. 4. Garantia de implantação de um modelo de aten- ção centrado no usuário e realizado por equipes multiprofissionais. 5. Articulação entre os diversos serviços e ações de Saúde, constituindo redes de Saúde com integração e co- nectividade entre os diferentes pontos de atenção. 6. Atuação territorial, com definição e organização da rede nas regiões de Saúde, a partir das necessidades de saúde das respec- tivas populações, seus riscos e vulnerabilidades específicas. 7. Monitoramento e avaliação da qualidade dos serviços por meio de indicadores de estrutura, processo e desempenho que investiguem a efetividade e a resolutividade da atenção. 8. Articulação interfederativa entre os diversos gestores, desenvolvendo atuação solidária, responsável e compartilhada.

9. Participação e controle social dos usuários sobre os serviços. 10. Autonomia dos usuá- rios, com constituição de estratégias de apoio ao autocuidado. 11. Equidade, a partir do reconhecimento dos determinantes sociais da Saúde. 12. Regulação articulada entre todos os componentes da rede com garantia da equidade e integralidade do cuidado. 13. For- mação profissional e educação permanente, por meio de atividades que visem à aquisição de conhecimentos, habilidades e atitudes dos profissionais de Saúde para qualificação do cuidado, de acordo com as diretrizes da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (BRASIL,2010). A partir das definições constitucionais, da legislação que regula- menta o SUS, das deliberações das conferências nacionais de saúde e do Plano Nacional de Saúde (2004-2007),o Ministério da Saúde propõe a Política Nacional de Promoção da Saúde num esforço para o enfrentamento dos desafios de produção da saúde num cenário sócio-histórico cada vez mais complexo e que exige a reflexão e qualificação contínua das práticas sanitárias e do sistema de saúde (BRASIL,2004). Entende-se que a promoção da saúde apresenta-se como um mecanismo de fortalecimento e implantação de uma política transversal, integrada e intersetorial, que faça dialogar as diversas áreas do setor sani- tário, os outros setores do Governo, o setor privado e não-governamental, e a sociedade, compondo redes de compromisso e co-responsabilidade quanto à qualidade de vida da

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16 Capítulo 3. Revisão da Literatura

população em que todos sejam partícipes na proteção e no cuidado com a vida (BRASIL, 2004). Dentre as estratégias para o usuário portador de DCNT além da educação per- manente para o auto-cuidado temos o incentivo a práticas saudáveis onde apresenta-se a mudança do estilo de vida que é claramente um dos maiores responsáveis pela morbidade e pela alta prevalência das doenças crônicas. Entre os aspectos associados estão, princi- palmente, os hábitos não saudáveis e as atitudes de risco que contribuem para o aumento do sobrepeso corporal, especialmente associado ao aumento da obesidade visceral, alto consumo energético e excesso ou deficiência de nutrientes associados ao padrão alimentar baseado em alimentos industrializados (CANAAN et al.,2006) A alimentação está relaci- onada diretamente a alguns fatores que interferem na prevenção ou controle das doenças crônicas e seus agravos. São eles: excesso de peso, dislipidemia, mau controle glicêmico e padrão alimentar com consumo excessivo de gordura saturada e pouca ingestão de frutas e vegetais (BRASIL,2001). As diretrizes do Guia Alimentar seguem um conjunto de prin- cípios, entre eles: abordagem integrada, referencial científico, respeito à cultura alimentar, originalidade e abordagem multifocal. Suas recomendações são de natureza integrada, ou seja, não focalizadas em alguns nutrientes, nas reduções calóricas ou especificamente re- lacionadas a uma determinada doença, mas baseadas na promoção da alimentação e na adoção de modos de vida saudáveis,associado a adesão de atividades físicas , o que tem sido demonstrado nos últimos anos como ações possíveis, viáveis e necessárias . O Guia é destinado a todos os profissionais da AB, a fim de subsidiar abordagens de alimentação saudável no contexto familiar associado a práticas e atividades físicas (BRASIL,2008b).

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4 Metodologia

4.1 Local da intervenção

A intervenção em saúde será desenvolvida na Unidade de Saúde da Família Vila Amélia que atualmente conta com cerca de 2.750 usuários cadastrados na área de abrangência compreende-se que o perfil socioeconômico da maioria das famílias é caracterizado por baixa renda e as demais sendo uma minoria possuem renda de até dois salários mínimos por família. No que refere-se ao fator cultural os moradores têm escolaridade definida como no mínimo ensino fundamental I e II e uma minoria ensino superior, caracterizando uma população onde a maioria são alfabetizados , os usuários que possuem ensino superior são os mais jovens e das famílias com até dois salários mínimos. A localidade onde está inserida a Unidade de Saúde da Família dispõem de saneamento básico, coleta de lixo e abastecimento de água própria para o consumo, os domicílios em sua maioria são de alvenaria. A Unidade de Saúde da Família (USF) Vila Amélia esta localizada no bairro de mesmo nome em Pinhais é um município brasileiro do estado do Paraná, localiza-se na Região Metropolitana de Curitiba. Onde será o local da intervenção , as atividades do projeto serão desenvolvidas na unidade física da USF na sala de reuniões.

4.2 Desenvolvimento do projeto de intervenção

Nas atividades serão abordados temas relacionado as complicações decorrentes das DCNT, a necessidade de desenvolver atividade física, conscientização para a adesão ao tratamento (para usuários que possuem DCNT), incentivo a participar das atividades do HIPERDIA da unidade. Identificar os usuários que possuem comportamento de risco para as DCNT e assim convidá-los para participar das ações do projeto de intervenção.

Todos os profissionais da unidade participaram da implantação e execução do projeto inclusive os agentes comunitários de saúde que terão participação nas rodas de conversa e na divulgação do projeto nas visitas domiciliares convocando os usuários para as reuniões e participarem da intervenção. Os encontros com os usuários que compõem o público- alvo serão realizados duas vezes por semana durante 6 meses. Para a realização deste projeto se faz necessário, recursos humanos e recursos materiais. Os recursos humanos para a execução do projeto correspondem a todos os profissionais em saúde da USF (mé- dico, enfermeira, auxiliar de enfermagem, técnico em enfermagem, agentes comunitários de saúde, recepcionista, auxiliar de serviços gerais. Os recursos materiais de consumo que serão utilizados são: 1 resma de papel A4, 10 canetas, 1 banner de apresentação apresen- tando os objetivos do projeto e resultados esperados, panfletos educativos, os materiais

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18 Capítulo 4. Metodologia

de consumo serão adquiridos com recursos próprios da autor do projeto de intervenção em saúde. Após a elaboração do projeto, o próximo passo será a apresentação do mesmo para a equipe multidisciplinar que compõem a unidade, posteriormente será feito uma capacitação para revisar quanto a temática , objetivos e resultados esperados com a im- plantação do projeto de intervenção na unidade de saúde da família, após esse momento será organizado as atividades e cada profissional ficará responsável por desenvolver uma atividade sendo assim monitor/facilitador. Na intervenção será desenvolvido a promoção de ações preventivas para doenças crônicas não transmissívéis associadas ao comporta- mento de risco, sedentarismo, alimentação não-saudável, obesidade e falta de adesão ao tratamento medicamentoso para controle das co-morbidades relacionadas a estes proble- mas de saúde. Estas ações serão realizadas através de atividades educativas desenvolvidas para a promoção da adesão de atividades físicas e mudanças de hábitos não saudáveis pelos usuários, as atividades serão do tipo rodas de conversa ,palestras sobre a temática do projeto e diálogo entre profissional de saúde e paciente,avaliação dos níveis séricos e pressóricos, acompanhamento para o controle e prevenção das DCNT (doenças crônicas não transmissíveis).

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5 Resultados Esperados

Espera-se com a implantação deste projeto de intervenção e execução das atividades educativas e ações em saúde para os usuários identificados como possuir comportamento de risco para desenvolver doenças crônicas não transmissíveis, obter resultados satisfatório como: · Reduzir o surgimento de novos casos de DCNT entre os usuários da área de abrangência á Unidade de Saúde da Família Vila Amélia em até 60% ; · Promover ações educativas orientando sobre os riscos para o surgimento das DCNT , conscientizando e orientando 100% dos participantes do projeto de intervenção; · Adesão para (MEV) mudança no estilo de vida e acompanhamento dos níveis séricos na unidade em até 75%

dos participantes.

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Referências

ASSUNÇÃO, M. C. F.; SANTOS, I. da Silva dos; COSTA, J. S. D. da. Avaliação do processo de atenção médica: adequação do tratamento de pacientes com diabetes mellitus: Pelotas, rio grande do sul, brasil. caderno de saúde pública. são paulo, v.

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S0102311X2002000100021&script=sci_abstract&tlng=pt>. Acesso em: 13 Jul. 2017.

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BRASIL. Secretaria de políticas públicas. plano de reorganização da atenção à

hipertensão e diabetes mellitus. Ministério da Saúde, Brasília, n. 1, 2001. Citado 2 vezes nas páginas 14 e16.

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Ministério da Saúde, Brasília, n. 01, 2008. Citado na página 16.

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ZAMAI, A. et al. Levantamento dos índices de fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis entre servidores da unicamp. Conexões: revista da Faculdade de Educação Física, p. 115–141, 2012. Citado na página 13.

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