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Norteriograndense de Cardiologia

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Academic year: 2022

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Sociedade Brasileira de Cardiologia • ISSN-0066-782X • Volume 113, Nº 2, Suplemento 1, Agosto 2019

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REVISTA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA - Publicada desde 1948

Brasil

Aguinaldo Figueiredo de Freitas Junior – Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia GO – Brasil

Alfredo José Mansur – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), São Paulo, SP – Brasil

Aloir Queiroz de Araújo Sobrinho – Instituto de Cardiologia do Espírito Santo, Vitória, ES – Brasil

Amanda Guerra de Moraes Rego Sousa – Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia/Fundação Adib Jatene (IDPC/FAJ), São Paulo, SP – Brasil

Ana Clara Tude Rodrigues – Hospital das Clinicas da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP – Brasil

André Labrunie – Hospital do Coração de Londrina (HCL), Londrina, PR – Brasil Andrei Carvalho Sposito – Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, SP – Brasil

Angelo Amato Vincenzo de Paola – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP – Brasil

Antonio Augusto Barbosa Lopes – Instituto do Coração Incor Hc Fmusp (INCOR), São Paulo, SP – Brasil

Antonio Carlos de Camargo Carvalho – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP – Brasil

Antônio Carlos Palandri Chagas – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP – Brasil

Antonio Carlos Pereira Barretto – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP – Brasil

Antonio Cláudio Lucas da Nóbrega – Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de Janeiro, RJ – Brasil

Antonio de Padua Mansur – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), São Paulo, SP – Brasil

Ari Timerman (SP) – Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (IDPC), São Paulo, SP – Brasil

Armênio Costa Guimarães – Liga Bahiana de Hipertensão e Aterosclerose, Salvador, BA – Brasil

Ayrton Pires Brandão – Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ – Brasil

Beatriz Matsubara – Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), São Paulo, SP – Brasil

Brivaldo Markman Filho – Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife, PE – Brasil

Bruno Caramelli – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP – Brasil Carisi A. Polanczyk – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS – Brasil

Carlos Eduardo Rochitte – Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina (INCOR HCFMUSP), São Paulo, SP – Brasil Carlos Eduardo Suaide Silva – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP – Brasil

Carlos Vicente Serrano Júnior – Instituto do Coração (InCor HCFMUSP), São Paulo, SP – Brasil

Celso Amodeo – Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia/Fundação Adib Jatene (IDPC/FAJ), São Paulo, SP – Brasil

Charles Mady – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP – Brasil Claudio Gil Soares de Araujo – Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ – Brasil

Cláudio Tinoco Mesquita – Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de Janeiro, RJ – Brasil

Cleonice Carvalho C. Mota – Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG – Brasil

Clerio Francisco de Azevedo Filho – Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ – Brasil

Dalton Bertolim Précoma – Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/

PR), Curitiba, PR – Brasil

Dário C. Sobral Filho – Universidade de Pernambuco (UPE), Recife, PE – Brasil Décio Mion Junior – Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP – Brasil

Denilson Campos de Albuquerque – Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ – Brasil

Djair Brindeiro Filho – Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife, PE – Brasil

Domingo M. Braile – Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), São Paulo, SP – Brasil

Edmar Atik – Hospital Sírio Libanês (HSL), São Paulo, SP – Brasil Emilio Hideyuki Moriguchi – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Porto Alegre, RS – Brasil

Enio Buffolo – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP – Brasil

Eulógio E. Martinez Filho – Instituto do Coração (InCor), São Paulo, SP – Brasil Evandro Tinoco Mesquita – Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de Janeiro, RJ – Brasil

Expedito E. Ribeiro da Silva – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP – Brasil

Fábio Vilas Boas Pinto – Secretaria Estadual da Saúde da Bahia (SESAB), Salvador, BA – Brasil

Fernando Bacal – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP – Brasil

Diretor Científico Dalton Bertolim Précoma Editor-Chefe

Carlos Eduardo Rochitte Coeditor Internacional João Lima

Editores Associados Cardiologia Clínica Gláucia Maria Moraes de Oliveira

Cardiologia Cirúrgica Tirone David

Cardiologia Intervencionista Pedro A. Lemos

Cardiologia Pediátrica/

Congênitas Ieda Biscegli Jatene Arritmias/Marca-passo Mauricio Scanavacca

Métodos Diagnósticos Não-Invasivos

João Luiz Cavalcante Pesquisa Básica ou Experimental Marina Politi Okoshi Epidemiologia/Estatística Marcio Sommer Bittencourt Hipertensão Arterial Paulo Cesar B. V. Jardim

Ergometria, Exercício e Reabilitação Cardíaca Ricardo Stein

Primeiro Editor (1948-1953)

† Jairo Ramos

www.arquivosonline.com.br

Conselho Editorial

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Flávio D. Fuchs – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS – Brasil

Francisco Antonio Helfenstein Fonseca – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP – Brasil

Gilson Soares Feitosa – Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP), Salvador, BA – Brasil

Glaucia Maria M. de Oliveira – Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ – Brasil

Hans Fernando R. Dohmann, AMIL – ASSIST. MEDICA INTERNACIONAL LTDA., Rio de Janeiro, RJ – Brasil

Humberto Villacorta Junior – Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de Janeiro, RJ – Brasil

Ines Lessa – Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, BA – Brasil Iran Castro – Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul (IC/FUC), Porto Alegre, RS – Brasil

Jarbas Jakson Dinkhuysen – Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia/Fundação Adib Jatene (IDPC/FAJ), São Paulo, SP – Brasil

João Pimenta – Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (IAMSPE), São Paulo, SP – Brasil

Jorge Ilha Guimarães – Fundação Universitária de Cardiologia (IC FUC), Porto Alegre, RS – Brasil

José Antonio Franchini Ramires – Instituto do Coração Incor Hc Fmusp (INCOR), São Paulo, SP – Brasil

José Augusto Soares Barreto Filho – Universidade Federal de Sergipe, Aracaju, SE – Brasil

José Carlos Nicolau – Instituto do Coração (InCor), São Paulo, SP – Brasil José Lázaro de Andrade – Hospital Sírio Libanês, São Paulo, SP – Brasil José Péricles Esteves – Hospital Português, Salvador, BA – Brasil

Leonardo A. M. Zornoff – Faculdade de Medicina de Botucatu Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Botucatu, SP – Brasil Leopoldo Soares Piegas – Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia/Fundação Adib Jatene (IDPC/FAJ) São Paulo, SP – Brasil

Lucia Campos Pellanda – Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Porto Alegre, RS – Brasil

Luís Eduardo Paim Rohde – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS – Brasil

Luís Cláudio Lemos Correia – Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP), Salvador, BA – Brasil

Luiz A. Machado César – Fundação Universidade Regional de Blumenau (FURB), Blumenau, SC – Brasil

Luiz Alberto Piva e Mattos – Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (IDPC), São Paulo, SP – Brasil

Marcia Melo Barbosa – Hospital Socor, Belo Horizonte, MG – Brasil Marcus Vinícius Bolívar Malachias – Faculdade Ciências Médicas MG (FCMMG), Belo Horizonte, MG – Brasil

Maria da Consolação V. Moreira – Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG – Brasil

Mario S. S. de Azeredo Coutinho – Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópilis, SC – Brasil

Maurício Ibrahim Scanavacca – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP – Brasil

Max Grinberg – Instituto do Coração do Hcfmusp (INCOR), São Paulo, SP – Brasil Michel Batlouni – Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (IDPC), São Paulo, SP – Brasil

Murilo Foppa – Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Porto Alegre, RS – Brasil

Nadine O. Clausell – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS – Brasil

Orlando Campos Filho – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP – Brasil

Otávio Rizzi Coelho – Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, SP – Brasil

Otoni Moreira Gomes – Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG – Brasil

Paulo Andrade Lotufo – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP – Brasil Paulo Cesar B. V. Jardim – Universidade Federal de Goiás (UFG), Brasília, DF – Brasil Paulo J. F. Tucci – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP – Brasil

Paulo R. A. Caramori – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS – Brasil

Paulo Roberto B. Évora – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP – Brasil Paulo Roberto S. Brofman – Instituto Carlos Chagas (FIOCRUZ/PR), Curitiba, PR – Brasil

Pedro A. Lemos – Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP), São Paulo, SP – Brasil

Protásio Lemos da Luz – Instituto do Coração do Hcfmusp (INCOR), São Paulo, SP – Brasil

Reinaldo B. Bestetti – Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP), Ribeirão Preto, SP – Brasil

Renato A. K. Kalil – Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul (IC/FUC), Porto Alegre, RS – Brasil

Ricardo Stein – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS), Porto Alegre, RS – Brasil

Salvador Rassi – Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (FM/

GO), Goiânia, GO – Brasil

Sandra da Silva Mattos – Real Hospital Português de Beneficência em Pernambuco, Recife, PE – Brasil

Sandra Fuchs – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS – Brasil

Sergio Timerman – Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (INCOR HC FMUSP), São Paulo, SP – Brasil

Silvio Henrique Barberato – Cardioeco Centro de Diagnóstico Cardiovascular (CARDIOECO), Curitiba, PR – Brasil

Tales de Carvalho – Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Florianópolis, SC – Brasil

Vera D. Aiello – Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da (FMUSP, INCOR), São Paulo, SP – Brasil

Walter José Gomes – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP – Brasil

Weimar K. S. B. de Souza – Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (FMUFG), Goiânia, GO – Brasil

William Azem Chalela – Instituto do Coração (INCOR HCFMUSP), São Paulo, SP – Brasil

Wilson Mathias Junior – Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP – Brasil

Exterior

Adelino F. Leite-Moreira – Universidade do Porto, Porto – Portugal Alan Maisel – Long Island University, Nova York – Estados Unidos Aldo P. Maggioni – ANMCO Research Center, Florença – Itália

Ana Isabel Venâncio Oliveira Galrinho – Hospital Santa Marta, Lisboa – Portugal Ana Maria Ferreira Neves Abreu – Hospital Santa Marta, Lisboa – Portugal Ana Teresa Timóteo – Hospital Santa Marta, Lisboa – Portugal

Cândida Fonseca – Universidade Nova de Lisboa, Lisboa – Portugal Fausto Pinto – Universidade de Lisboa, Lisboa – Portugal

Hugo Grancelli – Instituto de Cardiología del Hospital Español de Buenos Aires – Argentina

James de Lemos – Parkland Memorial Hospital, Texas – Estados Unidos João A. Lima, Johns – Johns Hopkins Hospital, Baltimore – Estados Unidos John G. F. Cleland – Imperial College London, Londres – Inglaterra Jorge Ferreira – Hospital de Santa Cruz, Carnaxide – Portugal

Manuel de Jesus Antunes – Centro Hospitalar de Coimbra, Coimbra – Portugal Marco Alves da Costa – Centro Hospitalar de Coimbra, Coimbra – Portugal Maria João Soares Vidigal Teixeira Ferreira – Universidade de Coimbra, Coimbra – Portugal

Maria Pilar Tornos – Hospital Quirónsalud Barcelona, Barcelona – Espanha Nuno Bettencourt – Universidade do Porto, Porto – Portugal

Pedro Brugada – Universiteit Brussel, Brussels – Bélgica

Peter A. McCullough – Baylor Heart and Vascular Institute, Texas – Estados Unidos Peter Libby – Brigham and Women's Hospital, Boston – Estados Unidos Piero Anversa – University of Parma, Parma – Itália

Roberto José Palma dos Reis – Hospital Polido Valente, Lisboa – Portugal

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SBC/DA – Maria Cristina de Oliveira Izar SBC/DCC – João Luiz Fernandes Petriz SBC/DCC/CP – Andressa Mussi Soares SBC/DCM – Marildes Luiza de Castro SBC/DECAGE – Elizabeth da Rosa Duarte SBC/DEIC – Salvador Rassi

SBC/DERC – Tales de Carvalho

SBC/DFCVR – Antoinette Oliveira Blackman

SBC/DHA – Rui Manuel dos Santos Povoa SBC/DIC – Marcelo Luiz Campos Vieira

SBCCV – Rui Manuel de Sousa S. Antunes de Almeida

SOBRAC – Jose Carlos Moura Jorge SBHCI – Viviana de Mello Guzzo Lemke DCC/GAPO – Pedro Silvio Farsky DERC/GECESP – Antonio Carlos Avanza Jr DERC/GECN – Rafael Willain Lopes

DERC/GERCPM – Mauricio Milani DCC/GECETI – Luiz Bezerra Neto DCC/GECO – Roberto Kalil Filho DEIC/GEICPED – Estela Azeka DCC/GEMCA – Roberto Esporcatte DEIC/GEMIC – Fabio Fernandes DCC/GERTC – Juliano de Lara Fernandes DEIC/GETAC – Silvia Moreira Ayub Ferreira Presidente

Oscar Pereira Dutra Vice-Presidente José Wanderley Neto Presidente-Eleito Marcelo Queiroga Diretor Científico Dalton Bertolim Précoma Diretor Financeiro

Denilson Campos de Albuquerque Diretor Administrativo

Wolney de Andrade Martins

Diretor de Relações Governamentais José Carlos Quinaglia e Silva

Diretor de Tecnologia da Informação Miguel Antônio Moretti

Diretor de Comunicação Romeu Sergio Meneghelo Diretor de Pesquisa Fernando Bacal

Diretor de Qualidade Assistencial Evandro Tinoco Mesquita

Diretor de Departamentos Especializados Audes Diógenes de Magalhães Feitosa

Diretor de Relação com Estaduais e Regionais Weimar Kunz Sebba Barroso de Souza

Diretor de Promoção de Saúde Cardiovascular – SBC/Funcor Fernando Augusto Alves da Costa

Editor-Chefe dos Arquivos Brasileiros de Cardiologia

Carlos Eduardo Rochitte

Editor-Chefe do International Journal of Cardiovascular Sciences

Claudio Tinoco Mesquita

Presidentes das Soc. Estaduais e Regionais SBC/AL – Edvaldo Ferreira Xavier Júnior SBC/AM – João Marcos Bemfica Barbosa Ferreira SBC/BA – Emerson Costa Porto

SBC/CE – Maria Tereza Sá Leitão Ramos Borges SBC/DF – Ederaldo Brandão Leite

SBC/ES – Fatima Cristina Monteiro Pedroti SBC/GO – Gilson Cassem Ramos SBC/MA – Aldryn Nunes Castro

SBC/MG – Carlos Eduardo de Souza Miranda

SBC/MS – Christiano Henrique Souza Pereira SBC/MT – Roberto Candia

SBC/NNE – Maria Alayde Mendonca da Silva SBC/PA – Moacyr Magno Palmeira

SBC/PB – Fátima Elizabeth Fonseca de Oliveira Negri

SBC/PE – Audes Diógenes de Magalhães Feitosa

SBC/PI – Luiza Magna de Sá Cardoso Jung Batista

SBC/PR – João Vicente Vitola

SBC/RN – Sebastião Vieira de Freitas Filho SBC/SC – Wálmore Pereira de Siqueira Junior SBC/SE – Sheyla Cristina Tonheiro Ferro da Silva SBC/TO – Wallace André Pedro da Silva SOCERGS – Daniel Souto Silveira SOCERJ – Andréa Araujo Brandão SOCERON – Fernanda Dettmann SOCESP – José Francisco Kerr Saraiva

Sociedade Brasileira de Cardiologia

Presidentes dos Departamentos Especializados e Grupos de Estudos

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Volume 113, Nº 2, Suplemento 1, Agosto 2019

Indexação: ISI (Thomson Scientific), Cumulated Index Medicus (NLM), SCOPUS, MEDLINE, EMBASE, LILACS, SciELO, PubMed

Os anúncios veiculados nesta edição são de exclusiva responsabilidade dos anunciantes, assim como os conceitos emitidos em artigos assinados são de exclusiva responsabilidade de seus autores, não refletindo necessariamente a

opinião da SBC.

Material de distribuição exclusiva à classe médica. Os Arquivos Brasileiros de Cardiologia não se responsabilizam pelo acesso indevido a seu conteúdo e que

contrarie a determinação em atendimento à Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 96/08 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que atualiza o regulamento técnico sobre Propaganda, Publicidade, Promoção e informação de Medicamentos. Segundo o artigo 27 da insígnia, "a propaganda ou publicidade de medicamentos de venda sob prescrição deve ser restrita, única e exclusivamente, aos profissionais de saúde habilitados a prescrever ou dispensar tais produtos (...)".

Garantindo o acesso universal, o conteúdo científico do periódico continua disponível para acesso gratuito e integral a todos os interessados no endereço:

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SciELO: www.scielo.br

Arquivos Brasileiros de Cardiologia

Departamento Comercial Telefone: (11) 3411-5500 e-mail: comercialsp@cardiol.br

Produção Editorial SBC - Tecnologia da Informação e

Comunicação Núcleo Interno de Publicações

Produção Gráfica e Diagramação SBC - Tecnologia da Informação e

Comunicação

Núcleo Interno de Design

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XX CONGRESSO NORTERIOGRANDENSE DE CARDIOLOGIA

NATAL - RN

Resumo das Comunicações

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Há muito se foi o tempo em que a conduta do médico era ditada pela experiência pessoal ou pela recomendação de mestres. A boa prática clínica exige conhecimentos atualizados em conformidade com as evidências fornecidas por estudos sólidos e atuais.

Por outro lado, com grande rapidez são divulgadas diuturnamente novas informações que influenciam a edição das Diretrizes onde buscamos orientação. Os conceitos mudam de maneira sutil, e pequenas nuances devem ser observadas para o processo de tomada das decisões.

A SBC-RN preparou o nosso congresso estadual, já na sua vigésima edição, que ocorrerá nos dias 05 e 06 de Abril e, para tal, a Comissão Científi ca se empenhou a fundo na elaboração de uma programação que visa analisar os grandes estudos, os mais recentes e signifi cativos. Teremos palestrantes locais e convidados externos, de inquestionável expertise, que nos ajudarão a entender o impacto desses grandes trials na nossa prática clínica diária.

Sejam todos bem vindos à Noiva do Sol, a bela Natal, com suas praias, povo acolhedor e culinária exuberante.

Sebastião Vieira de Freitas Filho

Presidente da SBC-RN

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Arq Bras Cardiol 2019 113(2 supl.1): 1-16

54314

OCORRÊNCIA DA MORTALIDADE POR DOENÇA REUMÁTICA DA VALVA MITRAL NAS REGIÕES BRASILEIRAS

RAFAELLA FIQUENE DE BRITO FILGUEIRA, BRUNO BESERRA DA SILVA, FERNANDA MAIA BARBOZA, MAIALA DE FATIMA LIBERATO DE MOURA e TOMAS JATAI SOARES FERNANDES

Faculdade de Medicina Nova Esperança, João Pessoa, PB, BRASIL.

INTRODUÇÃO: A etiologia reumática predomina como principal causa de valvopatia no Brasil, diferente da Europa e dos Estados Unidos, onde as doenças degenerativas representam a principal causa. A valvopatia instala-se se ocorrer qualquer alteração nos elementos anatômicos funcionais da valva, como no caso da doença reumática da valva mitral que pode causar dilatação do anel valvar, hipoplasia da cúspide posterior, alongamento das cordas tendíneas e ruptura das cordas anterior e/ou posterior, tendo, como consequência, a insuficiência e/ou a estenose mitral.

METODOLOGIA: Utilizou-se um método de pesquisa do tipo quantitativo, descritivo, transversal de caráter exploratório por meio do Sistema Informações de Mortalidade (SIM), para obtenção de dados da taxa de mortalidade por categoria CID-10 I05 de doenças reumáticas da valva mitral evidenciando a sua ocorrência nas regiões brasileiras no período de 2010 a 2017.

RESULTADOS: A classificação das doenças reumáticas da valva mitral inclui a estenose mitral reumática, a insuficiência mitral reumática, a estenose mitral reumática com insuficiência e outras doenças reumáticas da valva mitral, não sendo especificado pelo sistema qual a mais prevalente. O DATASUS disponibilizou dados referentes apenas ao período equivalente aos anos de 2010 a 2015, em que foram observados um total de 6780 (100%) de óbitos causados pela doença da valva reumática mitral. A região Sudeste alcançou o primeiro lugar com uma incidência de 51, 01% dos óbitos, podendo-se observar que mais da metade da mortalidade por essa enfermidade ocorre nessa região. Já a região Nordeste ocupou o segundo lugar com 18,55%.

De modo geral, houve uma diminuição discreta deste evento nas regiões do Brasil, com exceção das regiões Norte e Centro-Oeste, observando-se um aumento discreto dessa porcentagem.

CONCLUSÃO: É imprescindível a necessidade de alimentação do DATASUS para a veracidade dos eventos causados por essa doença, percebido pela ausência de dados presentes nos anos de 2016 e 2017, bem como sua discriminação segundo os critérios de classificação das doenças reumáticas da valva mitral. Não obstante é fundamental o diagnóstico, o acompanhamento e o tratamento adequado no momento certo da história natural da valvopatia, para obter-se uma menor mortalidade associada a essa doença.

TEMAS LIVRES CATEGORIA MÉDICA

54323

CAPACITAÇÃO DO LEIGO NO ATENDIMENTO INICIAL DA PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA

ANNA JULIA LACERDA RAPOSO, ALYNE BARRETO MESQUITA DE GOÉS, ANANDA FERNANDES CAVALCANTE, IZABEL MARIA TOMAZ DE ARAÚJO e MILLENE RODRIGUES BEZERRA

Universidade Potiguar, Natal, RN, BRASIL.

INTRODUÇÃO: A parada cardiorrespiratória (PCR) significa uma perda abrupta das funções cardíaca e pulmonar, levando ao óbito se não for revertida, representando, portanto, uma emergência médica extrema. Para a reversão do quadro, emprega-se a reanimação cardiopulmonar (RCP), que consiste na combinação de compressões torácicas e ventilações de resgate. Dados do DATASUS mostram que 250 mil indivíduos morrem anualmente por PCR, um número que poderia ser reduzido caso mais pessoas soubessem conduzir uma RCP. Além disso, sabe-se que o tempo de atendimento ao paciente vítima de parada cardiorrespiratória é fundamental para a sua sobrevida, tendo em vista que a cada minuto transcorrido do início do evento arrítmico ao início da RCP perde-se cerca de 7-10% das chances de sobrevida, conforme dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Assim, discute-se a importância de os leigos estarem aptos a atuar durante a reanimação cardiopulmonar, uma vez que poderiam prestar esse serviço de emergência precocemente sempre que necessário.

METODOLOGIA: Realizou-se previamente capacitação de estudantes de medicina da Universidade Potiguar, ministrada pelo Resgate das Dunas, para que os alunos estivessem aptos a ensinar aos leigos que visitassem o espaço. O evento ocorreu no Natal Shopping (Natal-RN), com participação de 166 pessoas, englobando de crianças a idosos. Os participantes receberam, inicialmente, uma explanação sobre a parada cardiorrespiratória ministrada por monitores do Resgate das Dunas, e em seguida foram direcionados para as estações de RCP adulto, RCP criança e lactente, e desobstrução de vias aéreas superiores em lactentes, onde haviam estudantes de medicina ensinando cada manobra. Ao final do evento, os participantes responderam um breve questionário sobre os conhecimentos prévios e os adquiridos na ação.

RESULTADOS: Dentre os 166 participantes, 41% afirmaram já possuir conhecimentos prévios sobre a reanimação cardiopulmonar, enquanto 59% afirmaram não possuir nenhum conhecimento sobre RCP. Além disso, 100% afirmaram terem sido úteis os conhecimentos apreendidos.

CONCLUSÃO: Diante dos dados obtidos a partir das respostas dos questionários, conclui-se que a maioria dos participantes não possuíam conhecimento prévio sobre as técnicas de RCP, de forma que o evento representou um fundamental passo para a difusão da técnica de reanimação cardiopulmonar para a população local.

54321

INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO POR SÍFILIS CARDIOVASCULAR: RELATO DE CASO

LARISSA PASSÁGLIA BERNARDES, MARCEL DELAFIORI HIKIJI e CARLOS VINICIUS DE QUEIROZ BAPTISTA

Hospital do Coração, Natal, RN, BRASIL.

I

NTRODUÇÃO: A sífilis é uma doença infecciosa transmitida principalmente por via sexual que se desenvolve em estágios sequenciais, podendo permanecer latente por vários anos e, na sua forma terciária pode acometer o sistema cardiovascular. Há quatro categorias de doença cardiovascular sifilítica: aortite sifilítica não complicada, aneurisma aórtico sifilítico, valvulite aórtica sifilítica com regurgitação aórtica e estenose sifilítica de óstio coronário. Lesão ostial coronária pode ser vista em até 26%

dos pacientes com aortite sifilítica, mas é incomum que lesões ostiais levem a infarto agudo do miocárdio (IAM).

RELATO DO CASO: Homem 53 anos, internado para investigação de angina instável. Hipertenso, negou outros antecedentes pessoais patológicos. Realizou cateterismo cardíaco que evidenciou lesão obstrutiva uniarterial de 70% no óstio do tronco de coronária esquerda no ecocardiograma transesofágico sem disfunção sistólica, regurgitação valvar aórtica moderada e disfunção diastólica com PSAP de 53 mmHg. Evoluiu, durante a internação, com dor precordial refratária à terapêutica medicamentosa e supradesnivelamento de AVR e V1 no eletrocardiograma. Submetido à angioplastia coronariana de urgência, procedimento este realizado com sucesso. O paciente negou doenças sexualmente transmissíveis de que tivesse tido conhecimento ou feito tratamento específico. O VDRL foi reagente em títulos de 1:4 e o FTA-abs foi reagente. As sorologias para hepatites B e C e HIV foram não reagentes. Iniciado tratamento com penicilina G benzatina na dose preconizada para o tratamento da sífilis cardiovascular. Após o tratamento percutâneo coronariano, o paciente evoluiu com congestão pulmonar que melhorou com medidas clínicas.

DISCUSSÃO: Relatamos um caso de IAM devido à sífilis cardiovascular com regurgitação aórtica moderada e estenose ostial de coronária esquerda, com necessidade de tratamento percutâneo de urgência. Apesar de pouco frequente, a sífilis cardiovascular deve ser suspeitada e pesquisada em pacientes com lesão única de óstio coronariano, principalmente naqueles pacientes sem fatores de risco para doença coronária aterosclerótica.

54332

ARRITMIAS CARDÍACAS E BLOQUEIOS DE CONDUÇÃO NO CONTEXTO DE INTERNAÇÕES HOSPITALARES NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE (RN)

ANGÉLICA PAULA DA TRINDADE, AURIMARCIA DA SILVA TORRES e JÚLIO CÉSAR VIEIRA SOUSA

Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, BRASIL .

INTRODUÇÃO: Arritmias cardíacas são alterações que ocorrem na geração ou na condução do estímulo elétrico e provocam modificações do ritmo cardíaco. Quando essa condição não é diagnosticada e tratada corretamente, pode provocar parada cardíaca e morte súbita. Diante disso, esse trabalho se propõe a discutir brevemente as arritmias cardíacas e bloqueios de condução no contexto de internações hospitalares no estado do Rio Grande do Norte (RN).

MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo de dados coletados no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), em foram identificados o número de internações hospitalares por Transtornos de Condução e Arritmia Cardíaca no RN e seus gastos hospitalares totais no período de janeiro a novembro de 2018 (dados disponíveis).

RESULTADOS: Em 2018, das 186390 internações hospitalares realizadas no estado do RN, 11148 respondem por Doenças do Aparelho Circulatório, com gastos hospitalares de R$ 37.255.72,72. O quantitativo de internações por arritmias cardíacas e bloqueios de condução soma 5,1% das doenças desse aparelho (N=569), e um montante de R$ 3.884.497,06, correspondendo a 10,26% dos gastos.

CONCLUSÃO: As arritmias cardíacas e bloqueios de condução corresponde a uma pequena porcentagem das internações, mas que apresenta um gasto considerável, quando comparadas com outras condições de maior incidência. As opções terapêuticas para o tratamento das arritmias cardíacas dependerão da condição do coração do paciente, e podem envolver a terapia farmacológica, ablação por cateter e o implante de dispositivos cardíacos eletrônicos (DCEI). Mesmo a terapêutica possa necessariamente exigir a internação hospitalar, a adesão a hábitos saudáveis e alimentação balanceada pode ajudar na prevenção desses eventos, assim como a realização de exames anuais. Portanto, atuar com enfoque em prevenção representa, não somente, impacto na qualidade e expectativa de vida dos pacientes, mas contribuem para a redução do número de internações por esse motivo e seu custo associado.

1

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Arq Bras Cardiol 2019 113(2 supl.1): 1-16

Resumos Temas Livres - CARDIOLOGIA

54336

PARADA CARDÍACA COMO PRIMEIRO EVENTO CLÍNICO EM USUÁRIO CRÔNICO DE STERÓIDES ANDROGÊNICOS COM DOENÇA CORONARIANA.

WILLIAM SANTOS RODRIGUES DE OLIVEIRA, MASIEL GARCIA FERNANDEZ e NESTOR RODRIGUES DE OLIVEIRA NETO

Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, BRASIL .

O abuso de esteroides androgênicos anabolizantes (EAA) está associado à doença arterial coronariana (DAC) e à disfunção ventricular; no entanto, a maioria dos dados sobre eventos clínicos vem de relatos de casos e muitos mecanismos de doença são ainda especulativos. Aqui apresentamos o caso de um homem de 30 anos usuário crônico de esteroides androgênicos anabolizantes com taquicardia ventricular polimórfica que sobreviveu a uma parada cardíaca e posteriormente foi descoberto ter DAC; na ausência de sintomas, eventos isquêmicos prévios e outros fatores de risco significativos. Este caso destaca que alguns pacientes podem ter arritmias malignas como a primeira manifestação de DAC devido ao abuso desses esteroides androgênicos, apoiando a correlação sugerida por estudos post-mortem e alguns outros relatos. Dessa forma, conclui-se que o abuso de EAA deve ser procurado diretamente em pacientes jovens com DAC; podendo apresentar-se como arritmias malignas, cujos mecanismos ainda não são totalmente compreendidos, e levar a parada cardíaca.

PALAVRAS-CHAVE: parada cardíaca; morte súbita cardíaca; doença arterial coronariana; esteroides androgênicos; taquicardia ventricular polimórfica.

54355

SÍNDROME DE TAKOTSUBO: UM DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE MINOCA.

MANUELA GOMES DE AGUIAR, NATHÁLIA GABRIELLE HENRIQUE B DE FREITAS, FLORA VIEIRA ALVES E BÁRBARA PINHO DE SOUZA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE, NATAL, RN, BRASIL;

UNIVERSIDADE POTIGUAR, NATAL, RN, BRASIL.

INTRODUÇÃO: A síndrome de Takotsubo (ST) é reconhecida por sua semelhança clínica e eletrocardiográfica ao infarto agudo do miocárdio (IAM). É caracterizada pelo movimento discinético transitório da parede do ventrículo esquerdo (VE), com acentuação da cinética da base ventricular, sendo proposta a estimulação adrenérgica exacerbada como fator central da sua patogênese. Objetiva-se relatar um caso de ST visando difundir seu conhecimento e elevar a sensibilidade à sua suspeição e diagnóstico.

MÉTODOS: Os dados foram obtidos por meio de revisão de prontuário, registro fotográfico dos métodos diagnósticos e revisão da literatura nas bases Pubmed e SciELO.

RESULTADOS: MLS, feminino, 78 anos, hipertensa, admitida em fevereiro/2018 com precordialgia típica, em repouso, após evento estressor. O eletrocardiograma evidenciou supradesnível de segmento ST em V3 a V6, DII, DIII e AVF e positivação de marcadores de necrose miocárdica. Foi submetida à cineangiocoronariografia (CATE) revelando ausência de obstruções coronarianas, com aneurisma médioapical anterior e inferior e hipercontratilidade basal do VE. Um ecocardiograma transtorácico (ECOTT) evidenciou acinesia ntero-septal e do ápice do VE com formação de aneurisma apical, disfunção sistólica global com fração de ejeção de 34% e trombo séssil em ápice esquerdo. Ressonância magnética cardíaca mostrou discinesias das paredes apicais do VE com abaulamento sistólico, sugestiva de ST de forma apical. A paciente foi conduzida com terapia para insuficiência cardíaca e anticoagulação plena.

Após três meses, novo ECOTT apontou ausência das alterações prévias e fração de ejeção de 74%.

CONCLUSÃO: Estima-se que a prevalência da ST é de até 7% nos casos de IAM presumido.Acomete 9 vezes mais mulheres, com a idade média de 66,8 anos.

Os sintomas usuais da ST são a dor torácica e ispnéia, mimetizando um IAM, comumente precedidos por estresse físico ou emocional. O eletrocardiograma pode apresentar elevação de segmento ST e o estudo imagiológico com CATE, ECOTT e Ressonância cardíaca elucidam o diagnóstico ao demonstrarem alteração cinética transitória da parede do VE com ou sem envolvimento apical, alteração contrátil segmentar e ausência de doença coronariana obstrutiva.No seguimento diagnóstico é recomendado o ECOTT após 1-3 meses, no qual espera-se o desaparecimento das discinesias e recuperação da função global do VE. As medidas terapêuticas são, em geral, de suporte e individualizadas de acordo com quadro clínico.

54340

RESSINCRONIZAÇÃO CARDÍACA COMO ESTRATÉGIA PARA O TRATAMENTO AO INSUFICIÊNCIA CARDÍACA: RELATO DE CASO DE PACIENTES SUPERRESPONDEDORES.

ALINE VANESSA OLIVEIRA, SYLTON ARRUDA DE MELO e LETCIA DE OLIVEIRA ANTAS

Hospital do Coração, Natal, RN, BRASIL; Universidade Potiguar, Natal, RN, BRASIL .

INTRODUÇÃO: A Insuficiência Cardíaca (IC) é responsável pelo remodelamento cardíaco progressivo e deterioração da função ventricular. Apesar dos avanços no tratamento, as terapêuticas farmacológicas disponíveis não atendem completamente às necessidades dos pacientes com falência cardíaca, e por isso têm sido desenvolvidas estratégias adicionais como a Terapia de Ressincronização Cardíaca (TRC). A TRC é um modalidade terapêutica que envolve o implante de um ressincronizador cardíaco (marcapasso multisítio) para a sincronização da contração ventricular. Tal método demonstra benefício hemodinâmico e melhora da classe funcional dos pacientes com IC. Entretanto, apesar da significativa melhora clínica, tem sido apresentado apenas melhora discreta nos parâmetros do ecocardiograma após o procedimento, o que tem gerado discussão na cardiologia.

MÉTODOS: O presente trabalho traz uma avaliação de pacientes portadores de IC grave, que apresentavam disfunção ventricular esquerda importante (Fração de Ejeção <30% no ecocardiograma). Esses pacientes foram avaliados clinicamente e com o ecocardiograma antes do procedimento de implante do marcapasso multisítio, e depois de um tempo foram reavaliados de acordo com os mesmos métodos.

RESULTADOS: A implantação da TRC gera melhora das repercussões clínicas, entretanto gera pequenas repercussões no ecocardiograma. O que causou interesse em relatar estes casos é que, diferentemente do que é habitualmente esperado, houve uma melhora significativa nos parâmetros analisados principalmente com relação a FE, a qual apresentou um aumento médio de 31%. O implante do marcapasso mostrou-se tão eficiente, e a melhora da função sistólica foi tão considerável que pode-se acreditar na existência de pacientes superrespondedores a essa terapia.

CONCLUSÃO: A IC ainda é o problema de saúde pública preocupante, por esse motivo estratégias de tratamento para essa doença são extremamente bem-vindas.

Diante disso, esse estudo reitera a importância de valorizar a TRC como estratégia de tratamento da IC moderada/grave, devido a seus excelentes resultados na melhora da capacidade funcional e laborativa desses pacientes. Além disso, essa terapia demonstrou ainda, em alguns pacientes, melhora significativa dos parâmetros mensurados pelo ecocardiograma, como demonstrado neste trabalho, o que reforça a sua importância.

54356

ORIGEM ANÔMALA DE CORONÁRIA DIREITA COM TRAJETO ENTRE ARTÉRIA AORTA E PULMONAR

DIOGO VIRIATO SILVA RODRIGUES, LUIZ OTVIO MENDES BOTELHO RONCATO, MARCUS VINICIUS NAVES CARNEIRO E LEONARDO LEAL DE OLIVEIRA

HOSPITAL SANTA LÚCIA, POÇOS DE CALDAS, MG, BRASIL.

INTRODUÇÃO: Anomalia de origem de coronária direita com trajeto entre artéria aorta e pulmonar é uma condição rara de anomalia congênita, com importante risco de morte súbita cardíaca. O paciente costuma apresentar episódios de isquemia miocárdica dependendo do trajeto e da implantação ostial, contemplando a possibilidade de cirurgia de revascularização miocárdica.

MÉTODO: A abordagem foi observacional. Os dados serão obtidos através de entrevista com o paciente, dados do seu prontuário e revisão de literatura sob aprovação de Termo de Consentimento Livre e Estabelecido.

RELATO DE CASO: Apresento o relato de caso de uma paciente, masculino, 56 anos, bastante sintomático, com teste ergométrico positivo com baixa carga de esforço, baixa aptidão cardiorrespiratória e com cateterismo miocárdio sem lesão coronariana obstrutiva. Na AngioTC foi evidenciado uma origem anômala de óstio de coronária direita saindo do seio coronariano esquerdo e desempenhando um trajeto entre a artéria aorta e pulmonar na parte posterior. Apesar de não ser observado lesão coronariana, no trajeto entre a artéria aorta e pulmonar apresentou um estreitamento significativo do calibre da artéria coronária direita. A despeito de terapia clinica otimizada o paciente se mantém bem sintomático e está em programação para avaliação da equipe da cirurgia cardíaca para a viabilidade de intervenção cirúrgica. As imagens dos exames demonstram bem a origem anômala e o trajeto entre as artérias aorta e pulmonar.

DISCUSSÃO: A origem anômala de coronária direita no seio coronariano esquerdo é uma condução rara com incidência estimada de 0,05% a 0,1 %, mais ainda, se associado a um trajeto de coronária direita entre a artéria aorta e pulmonar. Nesse paciente, não se evidenciou obstruções estenóticas, mas o trajeto da coronária direita promoveu obstrução ao fluxo sanguíneo suficiente para gerar déficit perfusional e um quadro sintomático significativo. Esse relato demonstra a importância da devida investigação e busca de causas de isquemia e de sintomas álgicos.

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Arq Bras Cardiol 2019 113(2 supl.1): 1-16

Resumos Temas Livres - CARDIOLOGIA

54377

ESTUDO DAS CARDIOPATIAS CONGÊNITAS POR MEIO DO

ECOCARDIOGRAMA FETAL REALIZADO EM USUÁRIAS DE SERVIÇOS PRIVADOS DE SAÚDE

LETCIA ALMEIDA PONTES, GUILHERME AUGUSTO SANTOS FERREIRA, RAIMUNDO GABRIEL DO NASCIMENTO LIRA, PEDRO ARTHUR NASCIMENTO DA SILVA, JOAO PAULO MORAIS MEDEIROS DIAS, MARIA MARINA LEONARDO ALVES COSTA E GISELE CORREIA PACHECO LEITE

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE, NATAL , RN, BRASIL;

OBSTARE MEDICINA DIAGNÓSTICA, NATAL, RN, BRASIL; CENTERPREV CARDIOLOGIA & CHECK-UP, NATAL, RN, BRASIL.

INTRODUÇÃO: As cardiopatias congênitas (CC) correspondem a 10% dos óbitos infantis e atingem 90% das gestações sem fatores de risco para malformações. O diagnóstico precoce, por meio do Ecocardiograma Fetal (EcoF), é fundamental para organização da assistência pré, peri e pós-natal, impactando positivamente no prognóstico global dos acometidos.

MÉTODOS: Estudo retrospectivo de laudos de EcoF realizados no período de março de 2011 a março de 2017, por usuárias de dois serviços privados de saúde.

RESULTADOS: Foram analisados 667 EcoF durante a faixa de idade gestacional entre 18,6 a 40,6 semanas (média de 29,4). Obteve-se 47,4% (316/667) alterações:

83,5% (264/316) com uma alteração e as demais alterações entre 2 a 7, ou seja, 52 laudos. De tal forma, das 458 alterações totais diagnosticadas (valor ultrapassando a amostra em função de alguns pacientes apresentarem mais de uma alteração), têm-se a partir dessas, 280 cardiopatias definidas, das quais 90,7% (254/280) correspondem a Comunicação Interventricular (CIV). De acordo com a classificação de gravidade:

80,4% (205/255) leves; 8,2% (21/255) moderadas; 9,4% (24/255) graves, das quais 70,8% (17/24) foram acianóticas e 29,2% (7/24) cianóticas.

CONCLUSÕES: Descreve-se amostra de EcoF de usuárias de serviço privado de saúde a nível regional. Os achados de CC e gravidade leve como mais frequente estão de acordo com as CC mais frequentes descritas na população pediátrica. A busca pelo conhecimento no perfil clínico – epidemiológico das CC mais reqüentes entre os diferentes grupos populacionais impacta em estratégias de atenção à saúde individualizada, repercutindo na linha de cuidado à criança cardiopata.

54385

ESTUDO DAS CARDIOPATIAS CONGÊNITAS POR MEIO DO

ECOCARDIOGRAMA REALIZADO EM USUÁRIOS DE SERVIÇOS PRIVADOS DE SAÚDE

LETCIA ALMEIDA PONTES, PEDRO ARTHUR NASCIMENTO DA SILVA, RAIMUNDO GABRIEL DO NASCIMENTO LIRA, JOAO PAULO MORAIS MEDEIROS DIAS, GUILHERME AUGUSTO SANTOS FERREIRA, MARIA MARINA LEONARDO ALVES COSTA E GISELE CORREIA PACHECO LEITE UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE, NATAL, RN, BRASIL;

CENTERPREV CARDIOLOGIA E CHECK-UP, NATAL, RN, BRASIL; INSTITUTO DO CORAÇÃO DE NATAL, NATAL, RN, BRASIL.

INTRODUÇÃO: Cardiopatias congênitas (CC) são malformações com expressiva representação na população pediátrica em termos de prevalência, morbidade e mortalidade. O exame padrão ouro para diagnóstico das CC é o ecocardiograma. Os perfis de CC na população usuária do sistema público de saúde tende a ser diferente da usuária do sistema privado, principalmente no que tange ao acomentimento de CC graves, mais frequentes no setor público. Estudos que busquem este perfil nos diferentes grupos são escassos em nosso país.

MÉTODOS: Estudo transversal retrospectivo dos laudos dos ecocardiogramas pediátricos (ECOped) realizados no período de março de 2011 a março de 2017, pela mesma cardiopediatra, em dois centros privados de cardiologia.

RESULTADOS: Foram analisados 786 ecos pediátricos, obtendo 376 (47,8%) com alguma alteração. Encontrados um total de 682 alterações: 226 (61,6%) com uma alteração e 135 (38,4%) com mais de uma. A idade do primeiro exame variou entre o nascimento até 18,9 anos, sendo a moda a idade pré-escolar (2,0 - 4,9 anos) com 210 (26,7%) laudos. As CC mais frequentes foram: Forame Oval Patente, 116 (33,0%); Comunicação Intraventricular, 113 (32,2%); Persistência do Canal Arterial, 56 (16,0%) pacientes. Além dessas: 137 (20,1%) Lesões Valvares Anatômicas Únicas;

04 (1,1%) Anomalia de Ebstein; 04 (1,1%) Transposição dos Grandes Vasos; 03 (0,8%) Shelf Aórtico; 03 (0,8%) Banda Anômala de Ventrículo Direito, assim como 18 (2,6%) com alteração de ritmo e 102 (15%) com repercussão hemodinâmica. Quanto à classificação de gravidade da CC, analisou-se 355 laudos, sendo: 144 (40,6%) leve, 69 (19,4%) moderado, 41 (11,5%) graves e 101 (28,5%) não classificados.

CONCLUSÕES: Este estudo descreve pioneiramente amostra de ECOped realizada em usuários do sistema privado de saúde a nível regional. Não foi possível correlacionar os achados ecocardiográficos com os fatores de risco para CC, visto tratar-se de estudo retrospectivo e somente dos laudos dos exames. O conhecimento deste perfil epidemiológico permite criar estratégias de assistência à saúde individualizada conforme o grupo de acometidos, contribuindo com melhorias nas políticas públicas de saúde.

54382

ALTERAÇÕES CARDIOVASCULARES PEDIÁTRICAS EM SERVIÇO PÚBLICO DE SAÚDE: UM ESTUDO ECOCARDIOGRÁFICO

LETCIA ALMEIDA PONTES, JOAO PAULO MORAIS MEDEIROS DIAS, PEDRO ARTHUR NASCIMENTO DA SILVA, RAIMUNDO GABRIEL DO NASCIMENTO LIRA, GUILHERME AUGUSTO SANTOS FERREIRA, MARIA MARINA LEONARDO ALVES COSTA E GISELE CORREIA PACHECO LEITE

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE, NATAL, RN, BRASIL; HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES, NATAL, RN, BRASIL;

MATERNIDADE ESCOLA JANUÁRIO CICCO, NATAL, RN, BRASIL.

INTRODUÇÃO: Cardiopatias são malformações que podem promover diversos desdobramentos já nos primeiros anos de vida da criança. Se congênitas podem representar até 10% dos óbitos na infância, sendo a 3º causa de óbito no período neonatal. Quando adquiridas, como a Cardite reumática (CR) que representa a principal causa de cardiopatia adquirida na infância, responsável por até 40% das cirurgias cardíacas nesta faixa etária.

MÉTODOS: Estudo retrospectivo dos resultados dos ecocardiogramas pediátricos (ECOped) realizados por usuários do sistema público de saúde, no período de março de 2011 a março de 2017, em três instituições públicas.

RESULTADOS: Revisados ECOped de 786 pacientes pediátricos. A idade dos usuários variou de 01 dia a 19,2 anos (média de 4,9 anos). Destes, 490 (63,2%) apresentaram uma ou mais alterações cardiovasculares. Das 988 anomalias cardiovasculares observadas, 584 (59,1%) foram definidas, sendo as mais frequentes:

Forame Oval Patente (36,1%); Comunicação Interventricular (27,4%); Canal Arterial Patente (17,0%) e Comunicação Interatrial (9,4%). Achados associados de alterações valvares sugestivas de CR foram encontrados; porém, como o estudo é retrospectivo e não se pode correlacionar com os fatores de risco e dados clínicos, não se pode chegar a esta conclusão diagnóstica. Classificação de gravidade: 246/455 (54,1%) leves; 63/455 (13,8%) moderados; 77/455 (16,9%) graves, sendo que 37/77 (48,1%) destes eram cianóticos. Outro ponto de relevância no estudo versa a respeito do estado nutricional dos pacientes: entre os cardiopatas, 29% se encontram abaixo do peso, enquanto isso, apenas 12% dos não cardiopatas se enquadram nesta faixa.

CONCLUSÕES: O presente estudo enfatiza, portanto, a necessidade e importância de produzir dados clínico-epidemiológicos acerca das cardiopatias no estado do Rio Grande do Norte para a elaboração, com fundamentos, de ações públicas de saúde que envolvam o tratamento e prevenção dessas patologias. De fato, a escassez de estudos que forneçam dados comparativos demonstrou-se tanto um empecilho quanto uma sinalização da relevância do trabalho.

54388

SÍNDROME DO QT LONGO COMO CAUSA DE MORTE SÚBITA EM MULHER IDOSA

ANA LUIZA BEZERRA DE LUCENA MARINHO, MARCEL CATO FERREIRA DOS SANTOS E ANTÔNIO FILGUEIRA DE QUEIROZ JÚNIOR

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE, NATAL, RN, BRASIL.

INTRODUÇÃO: O prolongamento do intervalo QT, congênito ou induzido por fármacos, leva a maior propensão a arritmias ventriculares e eventos graves como síncope e morte súbita cardíaca.

RELATO DO CASO: Mulher, 74 anos, diabética e hipertensa, com extrassístoles ventriculares há 3 anos (uso irregular de sotalol) e síncopes na última semana foi trazida ao pronto-socorro por novo episódio tipo desliga-liga. Após 5 minutos, apresentou síncope com convulsão, seguida de parada cardiorrespiratória (PCR) em ritmo chocável. Submetida a ressuscitação cardiopulmonar com desfibrilação e amiodarona, com retorno à circulação espontânea (RCE) após 30 minutos. Evoluiu com choque cardiogênico, necessidade de suporte inotrópico e vasopressor, insuficiência respiratória, hepática e renal agudas. Iniciado Lidocaína e magnésio devido a TV polimórfica recorrente. ECG pós-RCE com intervalo QT corrigido (QTc) de 600 ms. Ecocardiograma (ECO) pós-RCE com hipocontratilidade difusa e função do VE de 35%. Coronariografia sem lesões obstrutivas. Evoluiu com melhora clínica.

Iniciado betabloqueador após desmame de drogas vasoativas. Novo ECO, após 2 dias: FEVE 64%, sem inotrópicos. Indicado cardiodesfibrilador implantável (CDI) para profilaxia secundária. Paciente teve alta no 28º dia de internação, sem déficits neurológicos. Segue em acompanhamento ambulatorial. Aguarda Ressonância Cardíaca e investigação genética. Em uso de: Bisoprolol, Enalapril, Espironolactona, Empaglifozina e Pidolato de Magnésio. Apresenta história familiar positiva para MSC (2 parentes de primeiro grau).

DISCUSSÃO: Síndrome do QT longo (SQTL) é uma condição rara, mas de alto risco. Seu diagnóstico baseia-se principalmente em dados da história clínica e eletrocardiograma. Existe significativa sobreposição clínica e genética entre pacientes com SQTL congênito e induzido por fármacos. Duração do QTc e sintomas são os principais fatores prognósticos. Betabloqueador e CDI são fundamentais na prevenção secundária, como evitar condições que aumentem o intervalo QT (fármacos, como sotalol; distúrbios eletrolíticos; etc.). Vale destacar, nesse caso, o agrupamento familiar, mesmo com apresentação tardia, e a boa evolução neurológica, a despeito da duração da PCR e da gravidade inicial.

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Resumos Temas Livres - CARDIOLOGIA

54397

INQUÉRITO SOBRE O CONHECIMENTO TEÓRICO DOS ESTUDANTES DE MEDICINA ACERCA DA AFERIÇÃO DE TENSÃO ARTERIAL

MARCEL CATÃO FERREIRA DOS SANTOS, PEDRO HENRIQUE DE ALMEIDA FRAIMAN E HUGO MAIA RODRIGUES

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE, NATAL, RN, BRASIL;

UNIVERSIDADE POTIGUAR, NATAL, RN, BRASIL.

INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição que afeta 33%

da população brasileira, contribuindo com 50% das mortes por doença cardiovascular.

A habilidade de aferição de tensão arterial (TA) é exigida aos estudantes de Medicina desde o início do curso médico, porém, nem sempre o contato precoce e o conhecimento teórico revela uma boa habilidade com a técnica na prática. Esse inquérito busca avaliar o conhecimento teórico dos estudantes de Medicina sobre a aferição da TA.

MÉTODOS: Os estudantes foram convidados a participar espontaneamente do inquérito por meio de formulário online na plataforma do Google Forms. Foram realizadas 10 questões com opção de verdadeiro ou falso baseadas na VII Diretriz Brasileira de HAS. Os dados foram expressos em forma de frequência relativa.

RESULTADOS: 114 indivíduos responderam todas os itens do formulário. A média da frequência relativa de acertos em todos os itens foi 93,69% e 67 (58,8%) acertaram todas as alternativas. O menor percentual de acerto foi 60%, obtido por 4 (3,5%) alunos. Os itens menos acertado referem-se à interferência da posição das pernas e dos braços na aferição (89,50%). O item mais acertado remete que o tensiômetro não é o único equipamento necessário na aferição (99,10%). O percentual de acertos em cada item está apresentando na tabela 1.

CONCLUSÃO: Apesar do alto percentual de acerto dos estudantes no questionário, estudos recentes com avaliações práticas estruturadas, demonstram um rendimento pífio dos estudantes na avaliação prática. Há, portanto, a necessidade de reavaliar as metodologias de ensino para entender a dissociação entre a teoria e a realidade.

54474

SARCOIDOSE SISTÊMICA COM COMPROMETIMENTO CARDÍACO: RELATO DE CASO

JOAO CLAUDIO DA COSTA URBANO, ANDREZA FERNANDES SIMONETTI FRANCO E JÚLIO CÉSAR VIEIRA SOUSA

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES, NATAL, RN, BRASIL.

INTRODUÇÃO: A sarcoidose é uma doença inflamatória sistêmica caracterizada pela formação de granulomas não caseosos. O acometimento cardíaco é raro e pode ocorrer em qualquer fase da doença, apresentando-se como arritmias ventriculares, distúrbios de condução ou insuficiência cardíaca.

DESCRIÇÃO DO CASO: Paciente masculino, 60 anos de idade, diabético e dislipidêmico, procura atendimento ambulatorial com queixa de síncope há 2 anos, com último episódio há 1 mês da consulta médica. Em todos os episódios, não houve relação com esforço ou pródromos. Nega palpitações, dispneia e dor torácica. Utiliza metformina, liraglutide e rosuvastatina como medicações de uso contínuo. Não possui antecedentes familiares de morte súbita. Ao exame físico, encontrava-se em bom estado geral, sem alterações da ectoscopia, ritmo cardíaco regular, em dois tempos, bulhas normofonéticas, sem sopros e sem alterações da ausculta pulmonar. Quanto aos exames complementares, destacam-se a presença de ondas Q em derivações inferiores no eletrocardiograma; disfunção diastólica ao ecocardiograma; foco de hipersinal em T2 subepicárdico e mesocárdico, na região basal da parede ínfero lateral do ventrículo esquerdo. Realce tardio pós contraste subepicárdico/mesocárdico na região basal da parede ínfero lateral do ventrículo esquerdo na ressonância magnética e aumento da captação da 18-FDG na parede ínfero lateral do ventrículo esquerdo ao PET scan (18-FDG). Foi realizada pulsoterapia com prednisona 40mg/dia por 4 semanas. O paciente permanece assintomático e foi realizado PET scan de controle após tratamento.

DISCUSSÃO: Trata-se de um caso de sarcoidose sistêmica diagnosticado a partir do seguimento de seu comprometimento cardíaco, presente em aproximadamente 5% dos pacientes. O diagnóstico precoce continua sendo um entrave frente à clínica inespecífica e acometimento variável.

54449

PERFIL CLÍNICO CARDIOLÓGICO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM SÍNDROME DE DOWN ATENDIDOS EM SERVIÇO UNIVERSITÁRIO PEDIÁTRICO DE REFERÊNCIA

GABRIEL GOMES MEDEIROS, LETÍCIA ANAÍSA DE ARAÚJO DANTAS, THAISSA PASCHOA COSTA, FABIANO CESAR DE MEDEIROS JUNIOR, JULIANNE CHRISTINE GADELHA VILELA, JUSSARA MELO DE CERQUEIRA MAIA, MARIA EDINILMA FELINTO DE BRITO E GISELE CORREIA PACHECO LEITE

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE, NATAL, RN, BRASIL;

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES, NATAL, RN, BRASIL.

INTRODUÇÃO: A Síndrome de Down (SD) é a alteração cromossômica mais comum, presente em 1,0 / 730,0 nascidos vivos. Está relacionada com alta prevalência de malformações congênitas, das quais, as cardiopatias congênitas (CC) são uma das mais comuns, presentes em cerca de 50,0% dos indivíduos com SD. Neste contexto, descreve-se o perfil cardiológico de uma população com SD atendida em Serviço Universitário de Referência (SUR).

MÉTODOS: Trata-se de um estudo piloto, retrospectivo, tendo como amostra de conveniência os pacientes com SD atendidos no período correspondente a 2003 – 2018 em Ambulatório de Especialidades Pediátricas de SUR.

RESULTADOS: Foram atendidos 300 pacientes pediátricos com SD no período de 2003-2018. Destes, foram analisados inicialmente 89, dos quais 14 (15,7%) não tinham realizado ecocardiograma. Dentre os 75 pacientes que realizaram ecocardiograma, 57 possuíam alguma cardiopatia (76,0%) e 18 não possuíam alterações (24,0%).

As cardiopatias encontradas foram: comunicação interatrial (CIA) (40; 44,4%), persistência do canal arterial (PCA) (18; 20,0%), comunicação interventricular (14;

15,5%), defeito do septo atrioventricular total e parcial (12; 13,3%), Tetralogia de Fallot (03; 3,3%) e patologia valvar (3; 3,3%). Dentre as patologias encontradas, 31,6%

necessitaram de cirurgia cardíaca, o que nos atenta para a gravidade da malformação.

CONCLUSÕES: Foi possível verificar que as cardiopatias têm grande prevalência em pacientes com SD, como descrito na literatura. A falta de acesso ao exame diagnóstico padrão ouro para CC, o ecocardiograma, pode gerar retardo no diagnóstico. Por outro lado, na literatura científica a CC mais f reqüente encontrada em pacientes com SD é o defeito do septo atrioventricular, diferente deste estudo piloto nesta amostra, que revelou como mais freqüente a CIA e o PCA. Tais informações representam relevância científica, uma vez que interferem diretamente na sobrevida dos pacientes. Nesse contexto, observando-se a repercussão das cardiopatias na população com SD, este trabalho procurou descrever o perfil dessas malformações nesta amostra atendida em ambulatório pediátrico de SD de referência no Rio Grande do Norte.

54482

USO DO ESCORE DE CÁLCIO VALVAR NA AVALIAÇÃO DA ESTENOSE AÓRTICA DE BAIXO FLUXO E BAIXO GRADIENTE (COM FRAÇÃO DE EJEÇÃO PRESERVADA “PARADOXAL”): RELATO DE CASO E REVISÃO DE LITERATURA.

IAGO DIOGENES AZEVEDO COSTA, RUI ALBERTO DE FARIA FILHO E FERDINAND GILBERT SARAIVA DA SILVA MAIA

HOSPITAL RIO GRANDE, NATAL, RN, BRASIL.

INTRODUÇÃO: A estenose aórtica (EAo) degenerativa é a valvopatia mais prevalente nos países desenvolvidos. A avaliação e a classificação da EA levam em consideração a presença de sintomas, o grau de estenose e a fração de ejeção (FE) avaliada pelo ecocardiograma. Em pacientes com EA de baixo fluxo (volume sistólico indexado

<35ml/m2) e baixo gradiente (gradiente médio <40mmHg), com FE preservada

“paradoxal” (≥50%), o Escore de Cálcio Valvar (ECV), obtido por tomografia computadorizada multidetectora, pode complementar o ecocardiograma na avaliação do grau da EA e da necessidade de substituição valvar.

MÉTODOS: Homem, 70 anos, em acompanhamento clínico de longo prazo por EAo moderada (ecocardiogramas seriados com área valvar entre 1.0 e 1.3 cm² e gradiente médio 30-35 mmHg) e Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) refratária, previamente assintomático, interna por insuficiência cardíaca descompensada em perfil B. Após compensação clínica, realizado novo ecocardiograma, que evidenciou hipertrofia ventricular esquerda (HVE) concêntrica, disfunção diastólica tipo II, estenose aórtica descrita como moderada, com gradiente médio 33 mmHg (mantido em relação aos ecocardiogramas prévios), mas área valvar estimada pela equação de continuidade em 0.9 cm². Com a mudança de sintomas e os valores limítrofes, optado por realizar Tomografia Computadorizada com Escore de Cálcio Valvar para complementação diagnóstica.

RESULTADOS: Escore de Cálcio Valvar Aórtico obtido com a tomografia foi de 2.275 (Agatston), sugerindo o diagnóstico de EAo importante. Dessa forma, optado por realizar cirurgia de troca valvar aórtica.

CONCLUSÕES: O grau de calcificação valvar observado na tomografia está relacionado com severidade da estenose e desfechos. ECV superior a 2.000 no homem e 1.200 na mulher sugerem EAo importante. Uma abordagem integrada, com ecocardiograma e tomografia, vem ganhando espaço para a avaliação complementar quando as medidas ecocardiográficas são discordantes ou não-conclusivas, como em casos de Eao de baixo fluxo e baixo gradiente paradoxal, e em cenários clínicos duvidosos.

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