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TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR E SUAS IMPLICAÇÕES NAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS NA FAMÍLIA E NO SOCIAL: CONTRIBUIÇÕES DA TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL

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Capítulo 68 - DOI:10.55232/1083002.68

TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR E SUAS IMPLICAÇÕES NAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS NA FAMÍLIA E NO SOCIAL: CONTRIBUIÇÕES DA TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL

Ramon Jessei Dos Santos Gaia e Maria Das Graças Teles Martins

RESUMO: INTRODUÇÃO: O Transtorno Afetivo Bipolar ou como era conhecido, Psicose Maníaco-Depressiva, é uma doença relacionada com o humor ou o afeto. O TAB se caracteriza por alterações do humor, com episódios depressivos e maníacos alternados ao longo da vida.

No DSM V (2014) são classificados dois tipos de TAB. O Tipo I, em que a prevalência dos episódios de alteração do humor é do tipo mania, e o Tipo II, ao contrário, ou seja, a maioria dos episódios são depressivos. OBJETIVOS: O presente estudo apresenta as implicações do Transtorno Afetivo Bipolar nas relações interpessoais na família, no social e as contribuições da terapia cognitivo-comportamental para o tratamento, manejo e a prevenção de recaídas.

METODOLOGIA: A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica e exploratória. Os materiais foram livros, monografias, dissertações, teses e artigos científicos disponíveis em bases de dados da Scielo, PepSic, BVS, Periódicos CAPES publicados no período de 2011 a 2021, alguns materiais produzidos em anos anteriores a 2011-2021, foram utilizados pois continham conteúdo relevante para este artigo ao tratar sobre o transtorno afetivo bipolar e suas implicações nas relações interpessoais e a intervenção cognitivo-comportamental para o tratamento, manejo e prevenção de recaída do transtorno. RESULTADOS: No Brasil, não existem estudos específicos que avalie e/ou descreva sobrecarga com familiares de pacientes com transtorno afetivo bipolar. Diante disso, fez-se necessário identificar e descrever o impacto do transtorno afetivo bipolar nas famílias que convivem com uma pessoa que possui este transtorno. CONCLUSÃO: Conclui-se, que o Transtorno Afetivo bipolar, afeta aspectos importantes da vida do seu portador trazendo prejuízos relevantes para áreas como a família, o social, o financeiro, e a intervenção da terapia cognitivo-comportamental junto à farmacoterapia aumenta a eficácia e a efetividade no tratamento, alivio e estabilização de sintomas e a adesão ao medicamento, e auxilia o indivíduo portador a amenizar seu sofrimento causado pelo TAB através de técnicas que ajudam a modificar cognições, comportamentos e previne à recaídas, melhorando sua qualidade de vida nas relações interpessoais familiares e sociais.

Palavras-chave: Transtorno Afetivo Bipolar, Relacionamento Interpessoal, Terapia Cognitivo Comportamental

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INTRODUÇÃO

Este estudo objetiva apresentar as implicações do Transtorno Afetivo Bipolar nas relações interpessoais na família, no social e as contribuições da terapia cognitivo- comportamental para o tratamento, manejo e a prevenção de recaídas. O Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) ou como era conhecido, Psicose Maníaco-Depressiva, é uma doença relacionada com o humor ou o afeto. O TAB se caracteriza por alterações do humor, com episódios depressivos e maníacos alternados ao longo da vida. No DSM V (2014) são classificados dois tipos de TAB. O Tipo I, em que a prevalência dos episódios de alteração do humor é do tipo mania, e o Tipo II, ao contrário, ou seja, a maioria dos episódios são depressivos.

Pelo DSM V (2014), a característica essencial do Tipo I é um curso clínico caracterizado pela ocorrência de um ou mais episódios maníacos e não há necessidade de haver episódios hipomaníacos ou depressivos maiores. Eles podem, contudo, anteceder ou seguir um episódio maníaco. Por outro lado, a característica essencial do Tipo II é um curso clínico de episódios de humor recorrentes, consistindo em um ou mais episódios depressivos maiores, e pelo menos um episódio hipomaníaco.

Os sinais e sintomas que constituem o quadro clínico depressivo são bastante complexos. Segundo DSM V (2014), geralmente o paciente apresenta humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, conforme indicado por relato subjetivo ou por observação feita por outra pessoa, acentuada diminuição de interesse ou prazer em todas, ou quase todas, as atividades na maior parte do dia, quase todos os dias, perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta ou redução ou aumento no apetite quase todos os dias, insônia ou hipersonia quase diária, agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias, fadiga ou perda de energia quase todos os dias, sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada quase todos os dias, capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão quase todos os dias, pensamentos recorrentes de morte, ideação suicida recorrente sem um plano específico, tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio.

Ainda, conforme o DSM V (2014), a euforia ou mania também se caracterizada por período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável e aumento persistente da atividade ou da energia, com duração de pelo menos uma semana e presente na maior parte do dia, quase todos os dias. Esta alteração do humor deve estar acompanhada por pelo menos três dos seguintes sintomas: autoestima inflada ou

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grandiosidade, redução da necessidade de sono, mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando, fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão acelerados, distratibilidade conforme relatado ou observado, aumento da atividade dirigida a objetivos ou agitação psicomotora, envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial para consequências dolorosas.

Segundo Basco (2009), o Transtorno Afetivo Bipolar é uma doença biológica que causa mudanças no modo com que o cérebro processa substâncias químicas que o corpo produz, e a medicação destina-se a corrigir essa disfunção, porém mesmo usando a medicação os portadores do TAB necessitam obter maior controle sobre seus sintomas a fim de prevenir recaídas. Ainda, segundo Knapp e Isolan (2005), durante o tratamento do TAB existem cada vez mais evidências de que a combinação da medicação com certos programas de tratamento psicológico pode ajudar algumas pessoas com a doença, a prevenir recorrências, a reduzir sintomas e a melhorar seu cotidiano. Embora o tratamento farmacológico seja fundamental ao tratamento, ainda há uma quantidade de pacientes que apesar da correta adesão à medicação, permanecem sintomáticos.

O transtorno afetivo bipolar altera importantes aspectos relacionados com a cognição, afeto e relacionamento interpessoal. Deste modo, influi no modo de pensar e agir, resolver problemas, perceber a si mesmo e ao outro, e, de tolerar o estresse sentido (WEINER, 2000). Deste modo, o interesse pelos aspectos cognitivos, emocionais e interpessoais de pacientes bipolares é uma temática presente e relevante para muitos pesquisadores e profissionais da saúde pelo fato de envolver aspectos pessoais e sociais.

Portanto, a presente pesquisa se configura com o objetivo de analisar o fenômeno do TAB e sua implicação nas relações interpessoais na família, no social, e apresentar as contribuições da terapia cognitivo-comportamental para o tratamento, manejo e a prevenção de recaídas. Nesse sentido, pode-se vislumbrar a importância da análise proposta, para a academia, a comunidade cientifica e a sociedade de modo geral, por contribuir para uma hipótese futura de diagnósticos mais rápidos e precisos, o que ainda nos é um desafio.

METODOLOGIA

Este estudo adotou como metodologia a pesquisa bibliográfica e exploratória. Para Gil (2017) a pesquisa bibliográfica é elaborada a partir de material já publicado para explicar ou procurar resposta de um problema ou hipótese. Nesse sentido, afirmam que a

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modalidade de pesquisa inclui material impresso, como livros, dissertações e teses, assim como outros tipos de fonte de material disponibilizado em sites científicos.

Cervo (2013) afirma que a pesquisa exploratória define objetivos e busca mais informações sobre o assunto estudado e realiza descrições precisas da situação para descobrir as relações existentes entre seus elementos componentes. Sendo, assim, utilizou-se para este estudo livros impressos, dissertações, teses e artigos científicos disponíveis em bases de dados tais como: Scientific Electronic Library Online (Scielo), Biblioteca virtual em saúde (BV- Saúde), Periódicos eletrônicos em Psicologia (Pepsic).

Foram usados conteúdos relacionados ao tema proposto para realizar a construção do artigo, com a utilização de materiais que contenham as palavras-chave: “Transtorno Afetivo Bipolar”; “Relacionamento Interpessoal”; “Terapia Cognitivo Comportamental”.

Descartou-se os materiais que não se enquadram na temática em questão, considerando as palavras chaves acima citados.

Alguns materiais produzidos em anos anteriores a 2011-2021, foram utilizados pois continham conteúdo relevante para o presente artigo ao tratar sobre o transtorno afetivo bipolar e suas implicações nas relações interpessoais e a intervenção cognitivo- comportamental para o tratamento, manejo e prevenção de recaídas. O artigo tem como metodologia a pesquisa bibliográfica, exploratória, não apresentando riscos em razão de não envolver pesquisa com seres humanos, e com relação aos procedimentos éticos de pesquisa, este artigo foi desenvolvido cumprindo as exigências das resoluções 466/2012 e 510/2015, sendo assim, não será utilizado o Termo de Consentimento Livre e esclarecido (TCLE).

Conceito, causas, sintomas e diagnóstico do Transtorno Afetivo Bipolar

O TAB é um transtorno do humor cíclico, crônico e recorrente, marcado pela alternância entre episódios de mania/hipomania e depressão, com diagnóstico realizado através de avaliação clínica. Atualmente, dentre os sistemas de classificação para estabelecer o diagnóstico de TAB, temos a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde, 10ª. Revisão – CID 10, e o Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais, 5ª. Edição, DSM-V (APA, 2014).

De acordo com o DSM V (2014), o transtorno afetivo bipolar possui as seguintes classificações: TAB tipo I, em que é caracterizado pela ocorrência de um ou mais

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Episódios Maníacos e não há necessidade de haver episódios hipomaníacos ou depressivos maiores. Eles podem, contudo, anteceder ou seguir um episódio maníaco;

TAB tipo II, que é um curso clínico de episódios de humor recorrentes, consistindo em um ou mais episódios depressivos maiores, e pelo menos um episódio hipomaníaco.

Os sinais e sintomas que constituem o quadro clínico depressivo são bastante complexos. Segundo DSM V (2014), geralmente o paciente apresenta humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, conforme indicado por relato subjetivo ou por observação feita por outra pessoa, acentuada diminuição de interesse ou prazer em todas, ou quase todas, as atividades na maior parte do dia, quase todos os dias, perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta ou redução ou aumento no apetite quase todos os dias, insônia ou hipersonia quase diária, agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias, fadiga ou perda de energia quase todos os dias, sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada quase todos os dias, capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão quase todos os dias, pensamentos recorrentes de morte, ideação suicida recorrente sem um plano específico, tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio.

Quando o diagnóstico é realizado pelo DSM V (2014), deve-se observar os seguintes critérios para o quadro de mania: período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável e aumento persistente da atividade ou da energia, com duração de pelo menos uma semana e presente na maior parte do dia, quase todos os dias. Esta alteração do humor deve estar acompanhada por pelo menos três dos seguintes sintomas: autoestima inflada ou grandiosidade, redução da necessidade de sono, mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando, fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão acelerados, distratibilidade conforme relatado ou observado, aumento da atividade dirigida a objetivos ou agitação psicomotora, envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial para consequências dolorosas. Se o humor for irritável, pelo menos quatro dos sintomas acima citados devem estar presentes.

Para o CID- 10, o que define o transtorno afetivo bipolar é a presença de dois ou mais episódios em que o humor e o nível de atividade da pessoa estão marcadamente alterados. Assim, o humor em algumas ocasiões está elevado, acompanhado por aumento de atividade e energia. Em outra ocasião, o humor é rebaixado, acompanhado por diminuição da energia e de atividade. Não é abordado o tempo de duração dos sintomas.

Neste critério, é levado em consideração a presença de mania com e sem sintomas

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psicóticos. As causas para TAB são multifatoriais com evidências importantes de que variáveis genéticas, biológicas e sociais influenciam mutuamente e estão associadas com início e curso do transtorno psiquiátrico (MIKLOWITZ, 2004). Existe a concepção de que as variáveis psicossociais afetam a estrutura e funcionamento da mente e tempo de ocorrência de expressão do gene.

Implicações do Transtorno Afetivo Bipolar nas relações interpessoais na família e no social

Silva et al. (2007) aponta que toda relação interpessoal mobiliza processos psíquicos e o que se verifica, na prática, é que a vida cotidiana é caracterizada pela vida em grupo. Um bom relacionamento se desenvolve quando há confiança, empatia, respeito e harmonia. O transtorno afetivo bipolar altera importantes aspectos relacionados com a cognição, afeto e relacionamento interpessoal. Deste modo, influi no modo de pensar e agir, resolver problemas, perceber a si mesmo e ao outro, e, de tolerar o estresse sentido (WEINER, 2000). Uma definição que permite ao pesquisador respeitar as ideias no que diz respeito aos relacionamentos significativos e nas experiências de saúde e doença é conceituar que “família é quem seus membros dizem que são” (WRIGHT; LEAHEY, 2002).

Até os anos 50, existia a hipótese de que o “doente” era um representante de alguma disfunção no sistema familiar. A partir dos anos 50, a psiquiatria muda seu foco do intrapsíquico para o campo psicossocial, modificando sua compreensão da família no contexto do adoecimento mental. Entende-se agora que a família sofre e é sobrecarregada pela doença mental, também influencia na evolução da doença.

Existem então diversos aspectos que influenciam o processo de adoecimento, sendo que estes aspectos são mutuamente sustentados, caracterizando um modelo de funcionamento entre o doente, sua família e seu contexto (SELVINI et al., 1987). Ou seja, a doença provoca impacto sobre a dinâmica familiar enquanto a dinâmica familiar influencia a evolução da doença. Robertson et al. (2001) verificaram o impacto do início precoce de TAB no adolescente e sua percepção do funcionamento familiar. A amostra do estudo foi composta por 119 jovens, sendo 44 com TAB tipo I, 30 jovens com diagnóstico de depressão maior e 45 jovens que formavam grupo controle que não tinham recebido nenhum diagnóstico psiquiátrico.

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Para avaliação compreensiva do funcionamento familiar, os adolescentes responderam questionários que avaliam franqueza, força, defeitos e casos problemáticos nas díades adolescente-mãe e adolescente-pai, adaptabilidade e coesão familiar, divisão de tarefas, responsabilidade, afeição e comunicação dentro da família. Os resultados demonstraram que o relacionamento entre irmãos tanto com TAB quanto com depressão unipolar é pior, comparado ao grupo controle no que diz respeito à divisão de tarefas, amizade e comunicação. Em período de remissão não são encontrados problemas familiares e dificuldades.

Baronet (2003), em outro estudo avaliou a contribuição do suporte social e a qualidade do relacionamento entre cuidador e a pessoa que possui TAB ou esquizofrenia que recebe cuidado. Pais ou cônjuges foram apontados pelos pacientes como principal cuidador e convidados a participar do estudo. A amostra foi composta por 79 cuidadores, 69% pai/mãe e 31% cônjuges. 42% da amostra cuidava de familiares com esquizofrenia e 45% eram cuidadores de familiares com TAB. Foram avaliados sobrecarga objetiva e subjetiva, satisfação dos cuidadores, comportamento sintomático, qualidade dos relacionamentos entre cuidador e pessoa que recebe cuidado e suporte social.

Os resultados encontrados mostraram que a presença de dificuldades no relacionamento entre cuidador e aquele que recebe cuidado está associado com alta sobrecarga subjetiva e com menor satisfação relacionadas ao cuidado recebido. Por outro lado, suporte familiar não foi associado a sobrecarga subjetiva nem à satisfação relacionada com atividades de cuidado. Cuidadores jovens experimentaram maior satisfação no cuidado do que os cuidadores mais velhos.

Este é um resultado que surpreendeu os autores, pois relatam que na literatura os jovens apresentam maior sobrecarga subjetiva. O relacionamento difícil entre cuidador e pessoa que recebe cuidado está associado com fardo subjetivo e baixa satisfação com atividade do cuidado. Incluir suporte social na pesquisa foi importante porque os autores acreditavam que o tempo dispendido na atividade de cuidado afastaria e provocaria isolamento dos cuidadores de contatos sociais.

Familiares que se envolvem com atividades fora de casa apresentaram forças para manter a rotina da família e apresentaram sucesso nas estratégias de enfrentamento. Foi observado aumento no conflito nos relacionamentos entre os membros familiares no período de crise, redução da jornada de trabalho, conflitos conjugais. Outros estudos abordaram os estilos de enfrentamento com destaque para o familiar de TAB, em que as estratégias estão relacionadas ao resgate de interações sociais.

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As contribuições da Terapia Cognitivo Comportamental para o tratamento e a prevenção de recaída

A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma das alternativas bastantemente praticadas de psicoterapia para transtornos psiquiátricos, onde se baseia em preceitos sobre a função da cognição no controle das emoções e dos comportamentos humanos. O modelo pressupõe que as mudanças cognitivas e comportamentais são moduladas por processos biológicos, influências ambientais e interpessoais e que as medicações psicotrópicas influenciam na cognição (WRIGHT; BASCO &THASE, 2008).

Os autores Knapp e Isolan (2005) definem a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) como:

É uma terapia breve e estruturada, orientada para a solução de problemas, que envolve a colaboração ativa entre o paciente e o terapeuta para atingir objetivos estabelecidos. A terapia é geralmente utilizada no formato individual, embora técnicas de grupo tenham sido desenvolvidas e testadas (KNAPP & ISOLAN, 2005).

Há um consenso de que o tratamento do TAB inclui o uso de medicamentos, psicoterapia e mudanças no estilo de vida. Segundo Basco (2009), o Transtorno Afetivo Bipolar é uma doença biológica que causa mudanças no modo com que o cérebro processa substâncias químicas que o corpo produz, e a medicação destina-se a corrigir essa disfunção, porém mesmo usando a medicação os portadores do TAB necessitam obter maior controle sobre seus sintomas a fim de prevenir recaídas.

Ainda, segundo Knapp e Isolan (2005), durante o tratamento do TAB existem cada vez mais evidências de que a combinação da medicação com certos programas de tratamento psicológico pode ajudar algumas pessoas com a doença, a prevenir recorrências, a reduzir sintomas e a melhorar seu cotidiano. Embora o tratamento farmacológico seja fundamental ao tratamento, ainda há uma quantidade de pacientes que apesar da correta adesão à medicação, permanecem sintomáticos.

Devido a isso é importante que a medicação seja associada a intervenções psicoterápicas, pois em suma a psicoterapia traz vários benefícios que incluem diminuição na frequência e na duração dos episódios de humor, aumento da adesão à medicação, diminuição nas recaídas, nas impressões clínicas de melhora geral etc.

(KNAPP E ISOLAN, 2005).

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Algumas das técnicas utilizadas em tcc no tratamento do transtorno afetivo bipolar

O monitoramento dos sintomas é fundamental para detecção e intervenção precoce, possibilitando um aumento na prevenção de recaída. Segundo Neto (2004) na TCC um fator importante é o desenvolvimento de habilidades para identificação precoce do início de uma fase sintomatológica, para que uma intervenção efetiva a coloque sob controle, prevenindo problemas e possíveis internações.

Desse modo, é ensinado ao paciente e a família tanto a identificar e acompanhar o padrão de sintomatologia típico do indivíduo, como fatores precipitadores, ou seja, antecipadores dos episódios (depressão ou mania) que possibilitará uma melhora na qualidade de vida do sujeito e dos familiares. Na TCC algumas técnicas auxiliam na identificação precoce do início de uma fase, outras em modificações de cognições e comportamentos, prevenções de recaída e no desenvolvimento de habilidades, citaremos algumas.

Técnica: Mapeamento da vida

O mapeamento da vida é uma técnica muito utilizada no tratamento do Transtorno Bipolar pela TCC, pois auxilia a oferecer uma visão mais ampla do curso da doença. A mesma identifica desencadeadores de recaídas, fatores de estresse e estratégias que apresentaram eficácia e ineficácia no controle de sintomas e prevenção de recaídas.

Nessa técnica o paciente coloca em uma linha do tempo sequencial eventos relacionados com a doença, como por exemplo, os períodos de doença e saúde, os tratamentos, hospitalizações, acontecimentos importantes e históricos de outras doenças, além de identificar os altos e baixos do curso da sua vida e doença. Destacando o número, sequência, intensidade e duração das fases de mania e depressão, o impacto do tratamento e de acontecimentos importantes (BASCO, 2009).

Segundo Basco (2009) essa técnica tem como finalidade fornecer ao paciente uma visão mais ampla do curso da doença, dos fatores estressores e da influência do tratamento. As representações gráficas de episódios ao longo da vida permitem paciente, terapeuta e familiar a compreender interações entre os episódios do transtorno, o início e abandono dos tratamentos, acontecimentos significativos da vida, seus efeitos, além de um acompanhamento do curso do transtorno desde seu surgimento até o momento presente.

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Técnica: Gráfico de Humor e Afetivograma

De acordo com Neto (2004) para essa técnica sugere-se montar um gráfico chamado de humor e afetivograma, onde tem objetivos de monitorar os sintomas, identificando o início de sintomas enquanto ainda podem ser controlados. O autor ressalta ainda, que durante a fase da mania a pessoa apresenta sintomas, tais como diminuição da necessidade de dormir, hipersensibilidade à rejeição e à crítica irritabilidade seguida de agressividade.

Assim, é possível detectar o início da fase antes que ela saia do controle, estabelecendo uma agenda de atividades incluindo sono e alimentação, determinar prioridades e avaliar o gasto de energia, criar um programa de higiene do sono, estimular hábitos adequados, evitar estímulos excessivos (como por exemplo, exercício, cafeína etc.).

Técnica: Reestruturação Cognitiva

Para Wright, Basco e Thase (2008), a reestruturação cognitiva é uma estratégia que identifica pensamentos automáticos e esquemas nas sessões, ensina habilidades para mudar cognições, utilizando-se de uma série de exercícios intersessões planejadas para expandir o aprendizado na terapia diante de situações do cotidiano. São utilizados os registros de pensamentos, para identificar os pensamentos automáticos de forma escrita, identificar erros cognitivos, examinar as evidências (análise pró e contra), listas alternativas racionais e ensaio cognitivo, sendo uma técnica que consiste em praticar uma nova maneira de pensar por meio de geração de imagens mentais ou role-play.

De acordo com Neto (2004) durante a fase de mania e de depressão ocorre uma série de mudanças cognitivas. Embora, as distorções cognitivas são mais frequentes na fase maníaca e levam comportamentos inadequados, tais como: levar a pessoa a subestimar riscos; exagerar possibilidades de ganhos ou acertos; achar que está com mais sorte; superestimar capacidades; e minimizar problemas da vida e valorizar gratificação imediata. Na fase depressiva os pacientes geralmente apresentam pensamentos automáticos, regras e crenças distorcidas, que geram desesperança e ideação suicida.

Técnica: Registro de Pensamentos Disfuncionais

De acordo com Rangé (2011) o registro de pensamentos disfuncionais é um dos instrumentos da terapia cognitiva que torna o aprendizado e o reconhecimento entre o pensamento, o afeto e a conduta possível ao paciente. Serve como uma verificação de

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evidências sobre a confiabilidade ou utilização de pensamentos automáticos e crenças nucleares negativas que possibilita que o paciente ao final do tratamento esteja capaz de reestruturar seu pensamento, criando pensamentos e crenças alternativas. O paciente realiza através de um registro sequencial, onde descreve a situação em que se sentiu emocionalmente mobilizado, a emoção sentida o pensamento que se sucedeu à situação, e por vezes a reação tomada acompanhada de sensibilidades fisiológicas percebidas (RANGÉ, 2011).

Técnicas: Prevenção de Recaídas

Um fator essencial no tratamento do TB é ensinar o paciente encontrar formas de prevenir recorrências, reconhecer sinais de alerta da doença e manejar melhor os acontecimentos de sua vida que são considerados estressantes e podem desencadear sintomas e provocar recaídas.

Para Wright, Basco e Thase (2008), uma das vantagens da TCC é a aquisição de habilidades que podem reduzir o risco de recaída. Nessa técnica o paciente aprende como reconhecer e mudar pensamentos automáticos, utilizar métodos comportamentais comuns e outras técnicas para lidar futuramente com ativadores dos sintomas. Durante as fases finais da abordagem, o terapeuta se concentra em ajudar o paciente a identificar problemas em potencial, os quais têm uma alta probabilidade de causar dificuldades.

Para Berk (2011) os desencadeadores são fatores de tensão que aumentam o risco de a pessoa desenvolver os sintomas da bipolaridade. Quando o paciente reconhece um desencadeador, isso o possibilita reduzir o fator de tensão ou encontrar formas de lidar com esse fator, porém não implica automaticamente o aparecimento da doença, mas pode agravar os sintomas bipolares caso a pessoa já esteja doente.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A partir dos resultados obtidos nesta pesquisa e avaliando outros estudos já realizados sobre o tema, como por exemplo, Moreno (2002), mostrou que o TAB pode se manifestar em qualquer etapa da vida. Acredita-se que um adulto que desenvolve TAB em torno dos vinte anos de idade pode perder nove anos de vida, doze anos de saúde normal e quatorze anos de trabalho.

As comorbidades dificultam a realização do diagnóstico, e estatísticas apontam para uma demora de 10 anos para o paciente receber diagnóstico correto (MORENO;

MORENO; 2002). Isto resulta em demora para estabilizar o quadro clínico do paciente

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que provoca maior demanda nos serviços de saúde. As comorbidades psiquiátricas mais frequentes são, respectivamente, transtorno de abuso de substância e ansiosos, transtornos alimentares e de personalidade que são frequentes e mais comuns entre mulheres que em homens (SANCHES; ASSUNÇÃO; HETEM, 2005).

Além disso, aproximadamente 60% das pessoas vivenciam recaídas no período de 2 anos após a crise aguda (LAM et al., 2005). Os custos diretos (diagnóstico e tratamento) e indiretos (morbidade, mortalidade, prejuízo social e ocupacional), são elevados (LAFER et al., 2004). A prevalência de TAB é estimada em torno de 1 a 3% da população e se considerada o conceito de espectro bipolar as estimativas são mais altas e ficam entre 5% e 8% (LIMA et al., 2005).

Dada a complexidade do transtorno e sua variabilidade clínica, não há um tratamento único ou combinação de tratamento que funcione igualmente para todos os pacientes. Acredita-se que 25 a 30 % na variação do curso da doença são representados em grande parte por situações de vida. O déficit psicossocial é severo, sendo que a melhora tem sido obtida oferecendo suporte familiar e social (MACHADO – VIEIRA;

SANTIN; SOARES, 2004).

No Brasil, não existem estudos específicos que avalie e/ou descreva sobrecarga com familiares de pacientes com transtorno afetivo bipolar. Diante disso, fez-se necessário identificar e descrever o impacto do transtorno afetivo bipolar nas famílias que convivem com uma pessoa que possui este transtorno.

CONCLUSÃO

Conclui-se, que o Transtorno Afetivo bipolar, afeta aspectos importantes da vida do seu portador trazendo prejuízos relevantes para áreas como a família, o social, o financeiro, e a intervenção da terapia cognitivo-comportamental junto à farmacoterapia aumenta a eficácia e a efetividade no tratamento, alivio e estabilização de sintomas e a adesão ao medicamento, e auxilia o indivíduo portador a amenizar seu sofrimento causado pelo TAB através de técnicas que ajudam a modificar cognições, comportamentos e previne à recaídas, melhorando sua qualidade de vida nas relações interpessoais familiares e sociais. O Transtorno afetivo bipolar ainda é um assunto que abarca muitas incógnitas, portanto, espera-se com este trabalho, contribuir para aprofundar a compreensão e o conhecimento científico a respeito do Transtorno Afetivo Bipolar e suas implicações nas relações interpessoais na família, no social e a intervenção da terapia cognitivo-comportamental no tratamento, manejo e prevenção de recaídas, e assim, dessa

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forma, trazendo informações uteis a psicoterapeutas, profissionais da saúde, e pessoas afins que se interessarem pelo assunto aqui discutido.

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