• Nenhum resultado encontrado

APLICAÇÃO DE DIFERENTES FUNGICIDAS PARA O CONTROLE DE MICROSPHAERA DIFUSA NA CULTURA DE SOJA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "APLICAÇÃO DE DIFERENTES FUNGICIDAS PARA O CONTROLE DE MICROSPHAERA DIFUSA NA CULTURA DE SOJA"

Copied!
14
0
0

Texto

(1)

__________________________________________________________________________________________

Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Passo Fundo – RS – Brasil 1

APLICAÇÃO DE DIFERENTES FUNGICIDAS PARA O CONTROLE DE MICROSPHAERA DIFUSA NA CULTURA DE SOJA

ORSO, Larissa1* WALENDORFF, Ranison¹

Casassola, Alice2 MACHADO, Rafael Goulart² MAMBRIN, Ritieli Baptista²

RESUMO: A soja (Glycine max) pertence a família Fabaceae sendo uma das leguminosas mais importantes economicamente no Brasil. Entre os fatores que limitam altos rendimentos em soja estão as doenças causadas por fungos, bactérias, nematoides e vírus. Objetiva-se com esse artigo avaliar a eficiência do controle e o custo- benefício dos produtos aplicados na cultura de soja para o manejo de oídio (Microsphaera difusa). A pesquisa foi realizada no município de Ibirapuitã – RS, no período de cultivo entre dezembro e abril de 2017. O método utilizado foi o delineamento de blocos ao acaso – DBA, com cinco repetições, baseando-se no princípio de casualização, atingindo um total de vinte unidades experimentais (IxJ – 4x5=20) com três tratamentos diferentes e a testemunha. Os resultados mostraram que os produtos químicos utilizados para o controle de doenças, neste caso o oídio, mostraram-se eficientes e indispensáveis para a produtividade na cultura de soja. As análises estatísticas em relação a severidade da doença não mostraram diferenças significativas entre os tratamentos, porém em relação a produtividade, todos os tratamentos divergiram entre si, sendo que em relação ao custo- benefício o tratamento quatro teve um maior destaque.

Palavras-chave: soja, doenças, fungicidas.

ABSTRACT: The soybean (Glycine max) belongs to the family Fabaceae being one of the most important legumes in Brazil. Among the factors that limit high yields in soybeans are diseases caused by fungi, bacteria, nematodes and viruses. The objective of this article is to evaluate the efficiency of the control and the cost- benefit of the applied products in the soybean crop for the management of powdery mildew (Microsphaera diffusa). The research was carried out in the municipality of Ibirapuitã - RS, during the growing season between December and April 2017. The method used was the randomized block design (DBA), with five replications, based on the principle of randomization, reaching a total of twenty experimental units (IxJ - 4x5 = 20) with three different treatments and the control. The results showed that the chemicals used to control diseases, in this case powdery mildew, were efficient and indispensable for soybean crop productivity. Statistical analyzes regarding the severity of the disease did not show significant differences between treatments, but in relation to productivity, all treatments diverged among themselves, being that in relation to cost-benefit the best treatment was

Keywords: Soybean, diseases, fungicides.

1 Discentes do Curso de Agronomia – Nível V – 2017/1 – Faculdade Ideau Passo Fundo/RS 2 Docentes do Curso de Agronomia – Nível V – 2017/1 – Faculdade Ideau Passo Fundo/RS

(2)

__________________________________________________________________________________________

Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Passo Fundo – RS – Brasil 2

1 INTRODUÇÃO

A soja (Glycine max) é uma das leguminosas mais importantes no Brasil e no mundo, devido seu potencial para exercer múltiplas funções no sistema de produção. Seu grão apresenta alto teor de proteína, tendo capacidade de fixar biologicamente elevadas quantidades de nitrogênio.

A soja é uma planta autógama, apresentando uma ampla variabilidade genética e seu ciclo é dividido em dois estádios, vegetativo e reprodutivo. Sendo uma cultura de verão, a temperatura ideal para seu desenvolvimento é em torno de 20-30 °C. O óleo de soja é considerado líder mundial dos óleos vegetais.

Diversos fatores podem limitar os altos rendimentos na cultura da soja, um dos principais pode-se destacar as doenças. No Brasil mais de quarenta doenças causadas por fungos, bactérias, vírus e nematoides já foram identificadas nessa cultura e esse número continua crescendo por ser uma monocultura que está em expansão para novas áreas.

Uma das doenças mais comum na cultura da soja é o oídio, causado pelo fungo Microsphaera difusa, sendo considerado um parasita obrigatório. É uma doença facilmente identificada, pois manifesta-se na forma de eflorescência ou bolor pulverulento de coloração branca. Seu controle pode ser feito através de produtos químicos registrados e cultivares resistentes. Outra doença comum que pode acometer a cultura da soja é a ferrugem, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, sendo seu sintoma principal o aparecimento de lesões amareladas de aspecto ferruginosos na superfície vegetal. Além dessas doenças, existem várias outras que também acometem a cultura de soja, todas necessitando de um manejo adequado para que o patógeno não se desenvolva e se prolifere na cultura.

Sendo assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar a eficiência e o custo-benefício de diferentes produtos químicos no controle do oídio da soja a partir da avaliação de severidade e produtividade da cultura em resposta aos diferentes tratamentos.

(3)

__________________________________________________________________________________________

Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Passo Fundo – RS – Brasil 3

2 DESENVOLVIMENTO

Atraves de uma pesquisa foi realizado um experimento a campo, com o objetivo de avaliar a eficiência e o custo-benefício de diferentes produtos químicos no controle de oídio Microsphaera difusa na soja, a partir da avaliação de severidade e produtividade da cultura em resposta aos diferentes tratamentos. Foi feito um planejamento para ser realizado as avalições e obter os dados necessários para a analise estatística. De acordo com os dados conclui-se que os produtos químicos utilizados para o controle de doenças mostraram-se eficientes e indispensáveis para uma boa produtividade da cultura de soja.

2.1 Referencial Teórico

A soja (Glycine max) é uma planta herbácea que pertence à família Fabaceae sendo umas das leguminosas mais importantes do Brasil e do mundo. A soja cultivada hoje é diferente dos seus ancestrais. Sua evolução começou com o aparecimento de plantas oriundas de cruzamentos naturais entre duas espécies de soja selvagens que foram domesticadas e melhoradas por cientistas da antiga China. Em 1914, a cultura foi introduzida oficialmente no Rio Grande do Sul, estado que apresenta condições climáticas similares ás regiões produtoras nos Estados Unidos. A expansão da soja no Brasil iniciou em 1970, quando a indústria de óleo começou a ser ampliada (EMBRAPA, 2014).

Segundo Hungria (1994) a cultura da soja possui potencial para exercer múltiplas funções em sistemas de produção, além de gerar produto de elevado valor biológico, como o alto teor de proteína dos grãos e capacidade de fixar biologicamente elevadas quantidades de nitrogênio. O teor de proteína nos grãos de soja está diretamente relacionado à fixação biológica do nitrogênio e esse teor se altera de acordo com variações de ambiente, principalmente, no que se refere ao regime pluviométrico no período de enchimento de grãos (PÍPOLO, 2002).

O óleo de soja é o líder mundial dos óleos vegetais representando entre 20 a 24% de todos os óleos e gorduras consumidas no mundo. No Brasil este número se eleva atingindo acima de 50% em produtos alimentícios (MOREIRA, 2005). A soja é uma planta autógama

(4)

__________________________________________________________________________________________

Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Passo Fundo – RS – Brasil 4

que apresenta uma ampla variabilidade genética e seu ciclo é divido em dois estádios, vegetativo e reprodutivo, além disso, apresenta crescimento indeterminado (sem racemo terminal), determinado (com racemo terminal) ou semi - determinado (intermediário) (EMBRAPA, 2007).

A soja é uma planta que se adapta melhor em regiões onde as temperaturas oscilam entre 20°C e 30°C, sendo que a temperatura ideal para uma emergência rápida e uniforme é em torno de 25°C. Regiões com temperaturas menores ou iguais a 10°C, o cultivo de soja se torna difícil até mesmo impróprio, e temperaturas acima de 40°C tem efeitos adversos na taxa de crescimento, provocando alterações na floração e diminuindo a capacidade de retenção de vagens (EMBRAPA, 2006).

Galerani (2005) fala que entre os principais fatores que limitam a obtenção de altos rendimentos em soja estão às doenças. Aproximadamente quarenta doenças causadas por fungos, bactérias, nematoides e vírus já foram identificadas no Brasil, esse número continua aumentando com a expansão da soja para novas áreas e como consequência a monocultura, que pode levar a um desbalanceamento das condições físicas, químicas e biológicas do solo, ocorrendo consequentemente uma perda de produtividade das culturas.

Uma doença muito comum é o Oídio, causada pelo fungo Microsphaera difusa, sendo um parasita obrigatório que depende do hospedeiro vivo para seu crescimento e reprodução.

Este fungo é distribuído na natureza, sendo favorecidos por ambientes secos e quentes. A disseminação é realizada principalmente pelo vento que distribuem os conídios a longas distâncias. Este patógeno é facilmente identificável, e manifestam-se na forma de eflorescência ou bolor pulverulento de coloração branca. O controle é feito através de variedades resistentes e uso de produtos químicos específicos (ALMEIDA et al., 1997).

Outra doença comum que pode atacar a cultura da soja é a ferrugem, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, também parasita obrigatório, que não apresenta fase saprofítica em seu ciclo de vida e, geralmente, não possuem hospedeiros alternativos, sendo assim o patógeno sobrevive principalmente na forma de urediniósporos. A disseminação pode ocorrer em curtas ou longas distâncias através do vento, água, insetos e outros agentes disseminadores. O sintoma principal é o aparecimento de lesões amareladas de aspecto ferruginosos na superfície vegetal, porém o seu controle pode ser feito através de variedades resistentes e o uso de produtos químicos (ALMEIDA et al., 1997).

(5)

__________________________________________________________________________________________

Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Passo Fundo – RS – Brasil 5

De acordo com Hamawaki (2008) o fungo Peronospora manshurica é o agente causal da doença denominada míldio. Os sintomas da doença são bem característicos, como manchas de coloração verde-claras até amareladas, localizadas na face adaxial das folhas.

Conforme a doença progride, as lesões se tornam marrom-acinzentadas até marrom escura, com margens amareladas ou esverdeadas. O manejo desta doença envolve a rotação de culturas com espécies não hospedeiras do patógeno, uso de cultivares resistentes e alguns fungicidas específicos registrados para o controle da doença.

Além dessas doenças, existem várias outras que também acometem a cultura de soja, todas necessitando de um manejo adequado para que o patógeno não se desenvolva e se prolifere na cultura.

Sendo assim, o objetivo principal desse trabalho foi avaliar a eficiência do controle e custo benefício dos produtos aplicados na cultura de soja para o manejo de oídio (Microsphaera difusa).

2.2 Material e Métodos

A pesquisa foi realizada pelos acadêmicos do quinto semestre do curso de Agronomia do Instituto de Desenvolvimento Educacional de Passo Fundo, Faculdade Ideau. O experimento foi conduzido no município de Ibirapuitã – RS (Figura 1A), no período de cultivo entre os meses de dezembro e abril do ano de 2017. O município está localizado no norte do estado do Rio Grande do Sul, a 604 metros de altitude, 28° 37’ 24’’ de latitude sul e 52° 30’ 58’’ de longitude oeste. A região apresenta um clima cfa, ou seja, subtropical úmido, apresentando invernos chuvosos, segundo a classificação climática de Koppen-Geiger.

(6)

__________________________________________________________________________________________

Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Passo Fundo – RS – Brasil 6

(A) (B)

Figura 1. (A) Área experimental no município de Ibirapuitã/RS. (B) Presença de eflorescência ou bolor pulverulento de coloração branca característico do oídio.

Utilizou-se o delineamento de blocos ao acaso – DBA, com cinco repetições, baseando-se no princípio de casualização, atingindo um total de vinte unidades experimentais (IxJ - 4x5=20), as quais estão representadas no croqui do experimento (Figura 2). Cada parcela experimental media 6 metros de comprimento por 1,5 metro de largura, resultando em uma área total de 180 metros quadrados.

Figura 2. Croqui do experimento dos diferentes tratamentos em soja. Test = testemunha; Trat

= tratamento

A semeadura a campo foi realizada no dia 16 de dezembro de 2016, com espaçamento entre linhas de 45 centímetros e 23 plantas por metro quadrado. A cultivar de soja utilizada no

(7)

__________________________________________________________________________________________

Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Passo Fundo – RS – Brasil 7

experimento é conhecida no mercado como Tornado RR (6863 RSF), apresentando ciclo indeterminado e porte alto. O perfil dessa cultivar com relação às doenças mostra-se

moderadamente resistente a doença cancro da haste, causada pelo fungo Diaporthe phaseolorum, sendo suscetível a pústula bacteriana – Xanthomonas axonopodis pv. glycines, moderadamente suscetível a podridão radicular de fitóftora – Phytophthora sojae e suscetível ao oídio – Microsphaera difusa.

Os tratamentos consistiram em diferentes fungicidas e combinações (Tabela 1). Os mesmos foram aplicados com um pulverizador costal elétrico com capacidade de 20 litros, através das doses recomendadas na bula dos produtos, em duas aplicações.

Tabela 1. Produtos químicos, doses e épocas de aplicação dos diferentes tratamentos em soja.

Tratamento 1º aplicação (05/03/2017) 2º aplicação (17/03/2017)

(2)

Trifloxistrobina 150g/L + Protioconazole 175g/L (Dose utilizada 6ml) + Óleo vegetal

(dose 1ml)

Trifloxistrobina 150g/L + Protioconazole 175g/L (Dose utilizada 6ml) + Óleo vegetal

(dose 1ml)

(3)

Trifloxistrobina 150g/L + Protioconazole 175g/L (Dose utilizada 6ml) + Óleo vegetal

(dose 1ml)

300 g/kg Azoxistrobina + 150 g/kg Benzovindiflupir (Dose utilizada 2g) + Óleo

Mineral (dose 1ml)

(4)

200 g/L Azoxistrobina + 150 g/kg Benzovindiflupir + 250 g/L Difenoconazol + 150g/L

Ciproconazo (dose utilizada 4,5 g) + Óleo Mineral (dose

1ml)

200 g/L Azoxistrobina + 150 g/kg Benzovindiflupir + 250 g/L Difenoconazol + 150g/L

Ciproconazo (dose utilizada 4,5 g) + Óleo Mineral (dose

1ml)

(1) Testemunha Testemunha

(8)

__________________________________________________________________________________________

Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Passo Fundo – RS – Brasil 8

Os caráteres avaliados foram a severidade da doença, eficiência e custo benefícios dos produtos aplicados. Para avaliar a severidade foram coletadas folhas de cinco plantas aleatórias dentro de cada parcela, comparando-se com a escala diagramática da doença (Figura 3), e logo em seguida foi realizada a média. A eficiência de cada tratamento foi mensurada a partir dos resultados de severidade antes e depois do tratamento. O rendimento em grãos serviu para analisar a eficiência dos produtos utilizados.

Figura 3. Escala diagramática para o oídio em soja de acordo com Mattiozi (2003)

A produtividade foi obtida através da colheita das parcelas separadas, colhendo-se manualmente 90 centímetros quadrados de cada parcela. Foi realizada a limpeza das sementes, retirando-se as impurezas, pesando e verificando a umidade. Para obter as médias de produção de cada tratamento em hectares foi realizado o seguinte cálculo (área de um hectare x média do tratamento/ pela área colhida). O custo-benefício foi realizado a partir da quantidade de sacas por hectares colhidas, valor gasto com as doses dos produtos utilizados e a aplicação dos mesmos na lavoura.

Os dados obtidos foram submetidos a análise de variância (ANOVA) e ao teste de Tukey (p=0,05) para a comparação das médias dos tratamentos. As análises estatísticas foram realizadas utilizando-se a planilha eletrônica Office Excel e o software Sisvar.

(9)

__________________________________________________________________________________________

Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Passo Fundo – RS – Brasil 9

2.3 Resultados e Discussão

Os resultados obtidos destacam que os produtos químicos utilizados para o controle de doenças mostraram-se eficientes e indispensáveis para uma boa produtividade da cultura de soja. Durante a execução do experimento, porém, houve uma estiagem – período de seca, sendo um dos fatores que interferiu na execução do experimento, sendo que, por isso, foram realizadas duas aplicações.

Os resultados de severidade mostram que todos os tratamentos químicos utilizados neste experimento foram eficientes e não diferiram entre si (Figura 4, Tabela 2), somente houve diferença entre eles e a testemunha que apresentou uma severidade de 20,8%.

Tabela 2. Médias de severidade e produtividade em soja em resposta aos diferentes tratamentos químicos.

Tratamento Média severidade (%)

Tratamento Média produtividade

4 1,64a 4 4.768a

3 2,54a 3 4.554b

2 2,78a 2 4.478c

1 20,8b 1 3.058d

(10)

__________________________________________________________________________________________

Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Passo Fundo – RS – Brasil 10

Figura 4. Médias de severidade de oídio em soja em resposta aos diferentes tratamentos.

Em relação a produtividade, todos os tratamentos diferiram entre si sendo que o tratamento 4 foi o mais produtivo e a testemunha o menos produtivo (Figura 5, Tabela 2).

Figura 5. Médias de produtividade em soja cultivar Tornado RR (6863 RSF) em resposta aos diferentes tratamentos.

Durante a execução do experimento pode-se observar visualmente e estatisticamente que, o tratamento 4 obteve uma melhor média em relação a severidade e produtividade, pois, mesmo durante o período de estiagem e com as altas temperaturas, comportou-se melhor

T R A T 4 T R A T 3 T R A T 2 T E S T E M U N H A

1,64 2,54 2,78

20,8

MÉDIA - SEVERIDADE

T R A T 4 T R A T 3 T R A T 2 T E S T E M U N H A

476,8 455,4 447,8

305,8

MÉDIA - PRODUTIVIDADE

(11)

__________________________________________________________________________________________

Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Passo Fundo – RS – Brasil 11

quando em comparação aos demais que apresentaram retenção foliar e senescência antecipada (amadurecimento antecipado e perda de folhas).

O custo-benefício foi determinado através do total produzido em sacas por hectare e multiplicando-se pelo valor da saca (valor que se encontra hoje no mercado). Obtendo-se esse resultado, o mesmo foi diminuído dos gastos dos produtos e das aplicações, constatando-se qual seria o tratamento mais indicado (Tabela 3).

Tabela 3. Valores de custos, produtividade e custo-benefício dos tratamentos utilizados para controle de oídio na soja.

Tratamento Custo (1ª aplicação)

Custo (2ª aplicação)

Produtividade (sacas/ha)

Preço da saca (R$)

Custo- benefício total (R$) 1

- - 56,6 62,60 3.543,16

2 R$ 98,96 + 7,7 R$ 98,96 + 7,7 80 62,60 4.794,68

3 R$ 98,96 + 7,7 R$ 54 + 7,7 84 62,60 5.090,04

4 R$ 53,1 + 24,2

+ 9,5 R$ 90,52+9,5 88,3 62,60 5.340,76

3 CONCLUSÕES

A partir dos resultados obtidos, pode-se concluir que as doenças são sim um dos principais fatores que limitam a obtenção de altos rendimentos em soja. No decorrer do experimento foi observado que os fungicidas recomendados para o controle de doenças fúngicas na cultura de soja foram extremamente eficientes e são indispensáveis para a produtividade. Em relação a severidade do oídio (Microsphaera difusa), pode-se concluir que não houve diferenças significativas entre os tratamentos com relação a severidade, mas sim em relação a produtividade. Contudo, em relação ao custo beneficio o tratamento quatro foi maior que em relação aos outros tratamentos.

(12)

__________________________________________________________________________________________

Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Passo Fundo – RS – Brasil 12

REFERÊNCIAS

Almeida, a.m.r., ferreira, l.p, yorinori, j.t., silva, j.f.v. & henning, a.a. Doenças da soja (glicine max l.) In: kimati, h. Et al. (ed.). Manual de fitopatologia: doenças das plantas cultivadas. 3 ed. São paulo: editora agronômica ceres, 1997. V.2, cap.61, p.642-64.

Embrapa. Tecnologia de produção de soja - região central do brasil 2006. Sistema de produção, n.9. Londrina: embrapa soja: embrapa cerrados: embrapa agropecuária oeste, 2005. 220p.

Embrapa – empresa brasileira de pesquisa agropecuária. Tecnologias de produção de soja – região central do brasil – 2007. - londrina: embrapa soja:

embrapa cerrados: embrapa agropecuária oeste, 2006. 225p.

Galerani, paulo; perdas repetidas; embrapa soja; cultivar/ www.cultivar.inf.br / agosto de 2005; paraná. 2.ed. Editora ceres, 2005 cp.1, p.44-47.

Hamawaki, o.t.1 ; sagata, e.1 ; juliatti, f.c1 ., lana, r.m.q1 ., bueno, m.r.1 ; freitas, m.c.m.1 ; marques, m. C.m1 (1)universidade federal de uberlândia – iciag – programa de melhoramento de soja da ufu, 2008 uberlândia – mg.

Hungria, m.; vargas, m. A. T.; suhet, a. R.; peres, j. R. R. Fixação biológica de nitrogênio em soja. In: araújo, r. S.; hungria, m. (ed.). Microrganismos de importância agrícola. Brasília: embrapa-spi, 1994. P. 9-89

Moreira, m.a. Programa de melhoramento genético da qualidade do óleo de proteína da soja desenvovido na ufv. In: congresso brasileiro de soja, 1999, londrina. Embrapa soja, 2005, p.99-104

Pipolo, a. E. Influência da temperatura sobre as concentrações de proteína e óleo em sementes de soja (glycine max (l.) Merrill). Piracicaba, 2002. 128 p. Tese de doutorado. Universidade estadual de são paulo.

(13)

__________________________________________________________________________________________

Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Passo Fundo – RS – Brasil 13

ANEXO.

Área experimental, onde foi conduzido o experimento - Município de Ibirapuitã – RS.

Área experimetal onde foi conduzido o experimento - Município de Ibirapuitã – RS.

(14)

__________________________________________________________________________________________

Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Passo Fundo – RS – Brasil 14 Microsphaera difusa na cultura de soja, durante a execução do experimento.

Avaliação da severidade da doença.

Referências

Documentos relacionados

A gestão, como é sabido, envolve 3 dimensões: a macro, que diz respeito às políticas governamentais; a mediana, referente ao sistema educativo; e a micro, foco do

Janaína Oliveira, que esteve presente em Ouagadougou nas últimas três edições do FESPACO (2011, 2013, 2015) e participou de todos os fóruns de debate promovidos

29 Table 3 – Ability of the Berg Balance Scale (BBS), Balance Evaluation Systems Test (BESTest), Mini-BESTest and Brief-BESTest 586. to identify fall

For teachers who received their training in different periods, four different basic professional identities were identified: a) identity centred on an education of austerity

Por exemplo, a nível das novas áreas (em particular a AP) não é fácil porque pede muito mais trabalho dos professores e pede uma nova postura da parte do professor (que passa a

A reinserção, nesta perspectiva, convoca um papel mais activo da sociedade e, nesta medida, é preferível, enquanto conceito que encerra um programa de acção para a

Este estudo tem por objetivo determinar até que ponto os acontecimentos da vida são entendidos como indutores de stress e os níveis de burnout e de satisfação com

After this matching phase, the displacements field between the two contours is simulated using the dynamic equilibrium equation that bal- ances the internal