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Arquidiocese de Pouso Alegre - Comissão Arquidiocesana para a Liturgia - Subcomissão para os Servidores do Altar

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Academic year: 2021

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- Subcomissão para os Servidores do Altar

ORIENTAÇÕES NORMATIVAS LITÚRGICO-PASTORAIS SOBRE O MINISTÉRIO DOS SERVIDORES DO ALTAR (ACÓLITOS E COROINHAS)

“Unido a Vós estou, Senhor, a vossa mão me ampara.” (Sl 62)

I. Fundamentação bíblico-litúrgica

01. A Liturgia, como exercício do sacerdócio de Jesus Cristo, tem duas dimensões fundamentais: a glorificação de Deus e a santificação da humanidade. Tratam-se de duas dimensões e não de dois tempos ou duas atividades separadas. A comunidade que celebra tem o compromisso de evangelizar o mundo. Liturgia é o culto público da Igreja, que assume as palavras e os gestos de Jesus, bem como a fé e os sentimentos do povo de Deus tornando presente e atuante a obra da salvação.( cf. SC 7). Celebramos o próprio Cristo.

02. A liturgia, por sua vez, impele os fiéis, saciados pelos “mistérios pascais”, a viverem “em união perfeita”, e pede que “sejam fiéis na vida a quanto receberam pela fé”. A renovação, na Eucaristia, da aliança do Senhor com os homens, solicita e estimula aos fiéis para a imperiosa caridade de Cristo. Da liturgia, portanto, e particularmente da Eucaristia, como de uma fonte, corre sobre nós a graça, e por meio dela, conseguem os homens com total eficácia a santificação em Cristo e a glorificação de Deus, a que se ordenam como a seu fim todas as outras obras da Igreja (cf. SC 10).

03. Nesta grandiosa obra, pela qual Deus é perfeitamente glorificado e os homens são santificados, Cristo sempre associa a si a Igreja, sua amabilíssima esposa, que invoca seu Senhor, e por ele presta culto ao eterno Pai. Com razão, portanto, a liturgia é considerada como exercício da função sacerdotal de Cristo. Ela simboliza, através de sinais sensíveis, e realiza em modo próprio a cada um a santificação dos homens; nela o corpo místico de Jesus Cristo, cabeça e membros, presta a Deus o culto público integral. Por isso, toda celebração litúrgica, como obra de Cristo sacerdote e do seu corpo, que é a Igreja, é uma ação sagrada por excelência, cuja eficácia nenhuma outra ação da Igreja iguala, sob o mesmo título e grau (cf. SC 7).

04. “Se toda ação celebrativa for vivida com adequada compreensão interior, e cada gesto realizado com nobre simplicidade e verdadeira espiritualidade, a celebração tornar-se-á uma epifania do mistério pascal de Cristo. Como almeja o Papa Francisco, que a Igreja evangelize com a beleza da Liturgia” (Dom Bucciol).

05. São os “Servidores do Altar” os convidados pelo próprio Senhor a participarem deste grandioso ministério e a serem verdadeiros servos da Igreja. Não se trata de prêmio, honra, distintivo de melhor pessoa, mas, a exemplo do próprio Jesus que veio servir, é o ministério que lhes é confiado para o louvor de Deus e o serviço de seu povo. A humildade, a discrição, o desejo de servir ao Senhor devem ser virtudes a serem alcançadas com o seu disponibilizar-se ao serviço.

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Reunir-se é tornar visível a Igreja e visibilizar a comunhão profunda que nos une além de nossas diferenças. “A multidão de crentes tinha um só coração e uma só alma” (Atos 5,32). Isto também se aplica aos servidores, que devem estar em plena união com a Igreja e os membros de seu grupo, respeitando-se mutuamente.

06. Nas palavras de São João Paulo II, o grupo de coroinhas e acólitos, é um “viveiro de Vocações”, principalmente as sacerdotais. E ainda diz: “Reunidos à volta dos Apóstolos, vós sois o grupo de discípulos do único Senhor, sois uma grande parte da Igreja Universal, uma nova geração de servidores da mensagem da Boa Nova. E também sois os servidores do altar de Cristo, que é o centro de toda a comunidade, tanto nas celebrações onde se reúnem grandes multidões, como na mais pequena e humilde capela.” (cf. Livro do Acólito, Secretariado Nacional de Liturgia).

II. O perfil dos Servidores do Altar

07. Admitem-se ao serviço do altar pessoas do sexo masculino tanto para coroinha quanto para acólito (é bom lembrar que o cerimoniário é um acólito como os outros, com funções especiais em determinadas celebrações). Admitem-se, também, pessoas do sexo feminino, tanto para coroinha como para acólito, às quais são chamadas de “ancilas” (do latim ancilla, que quer dizer serva).

08. Quanto à idade mínima para serem admitidos ao serviço do altar, parte-se do princípio do uso da razão para os coroinhas e ancilas, isto é, em torno de 07 anos ou dependendo da situação ou maturidade da criança até antes desta idade, mas que já tenha iniciado a Catequese. Para servir como acólito, o candidato deve já ter recebido a primeira Eucaristia ou já ter iniciado a catequese para a confirmação, não havendo limite de idade para deixar o ministério. Nada impede que homens adultos, maduros na idade, sejam admitidos como acólitos, de acordo com a necessidade da paróquia.

09. O servidor do Altar deve buscar ser exemplo, viver, com o auxílio da oração, virtudes tais como a mansidão, a paciência e a humildade que o próprio Cristo nos ensina. Mais do que ter ou executar diversas funções, sabê-las fazer bem feito, é ser acólito ou coroinha; sê-lo em sua essência, ter o prazer em servir a liturgia, prazer este que brota da amizade autêntica com Jesus. Este chamado não deve ser por status, mas sim por vocação. A sua adesão deve ser uma resposta ao Senhor que nos convida. A vaidade, a ostentação do próprio ego são elementos que não devem existir na liturgia, principalmente nos nossos presbitérios. Como nos lembra São João Paulo II, em sua visita aos jovens acólitos franceses: “Não devem ficar vaidosos, pensando que já são mais do que os outros membros da comunidade, por servirem ao altar. Devem isso sim, ser mais simples e humildes, imitando o Cristo que diz no Evangelho: “Eu não vim para ser servido, mas para servir”(cf. Mt 20,28). O estar a serviço do altar deve contribuir para o perfeito andamento das cerimônias e fiel decoro com o que se celebra.

10. Não obstante precise ser conhecedor do Missal, principalmente de suas Instruções, o Servidor deve conhecer suas funções e em que momentos elas se executam. Conhecer o Missal, no qual se encontram os Ritos, as Orações Eucarísticas, Prefácios, Bênçãos e também suas rubricas, faz do acólito, (principalmente, pois é ele quem o manuseia), um bom Servidor. Isso não quer dizer que

“queira ensinar o padre a rezar a missa”, mas demonstra um interesse em conhecer aquilo com

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que se “trabalha”. E, muitas vezes, o próprio presidente da celebração confia e espera que o acólito que o acompanha deva saber.

11. O zelo pela Liturgia deve ser uma das principais preocupações daqueles que, diretamente, junto com os ministros ordenados, contribuem para a ação da Igreja em nome do povo. O estar a serviço da Igreja de Jesus Cristo se reflete em nossa vida quotidiana pelo nosso testemunho de vida. Partindo deste pressuposto, o Servidor falará de Deus como consequência. “O mundo está cansado de palavras, é preciso evangelizar com a vida” (São Paulo VI), e São Francisco de Assis também nos dá uma dica: “Evangelize sempre; se for preciso, use palavras”. O bom Servidor do altar deve rezar o que vive e viver o que reza, lembrando que este chamado é uma vocação.

12. O silêncio tem seu valor na oração, pois ajuda o aprofundamento dos mistérios da fé. O Senhor fala no silêncio do coração. Por isso, não se deve conversar no presbitério durante as celebrações, mas participar realmente do que está sendo celebrado. Se for preciso falar, fale-se somente o estritamente o necessário. Durante a Santa Missa, o Servidor esteja em oração e tenha os olhos voltados para o altar. Toda a atenção deve dar sentido ao seu serviço litúrgico. Uma grande e importante característica do servidor é a fidelidade ao compromisso assumido perante Deus, a Igreja e a assembleia.

13. É importante salientar que o serviço no qual o Servidor se está empenhado e o faz por amor a Jesus Cristo, à sua Sagrada Liturgia e à Igreja, não deve ser banalizado (Exemplo: quando por vaidade ou desejo de ser notado, o Servidor se expõe nas redes sociais, com poses e sorrisos que não condizem com o Serviço do Altar). Quanto ao fato de o coroinha ou acólito aparecer numa foto de sua paróquia servindo o altar, em uma celebração, nada há de errado; porém, divulgar fotos nas redes sociais, por vaidade ou vanglória, pelo serviço tão sagrado, é atitude que não condiz com o que se propõe. Não podemos cair no “mundanismo espiritual” que esconde o próprio Deus atrás das aparências religiosas, buscando, ao invés da glória do Senhor, a glória humana e pessoal, conforme nos adverte o Papa Francisco, na sua Exortação Apostólica Evangelii Gaudium (cf. n. 93).

14. As portas de nossas igrejas estão abertas a todos que queiram com amor e alegria, compromisso e fidelidade, servir ao altar de Cristo. Todavia, deve haver critérios para escolhas, como em qualquer ministério, visto que a cada um é dado o dom segundo o Espírito. Que o dom de servir ao altar seja grande desejo da alma, para que este seja feito na mais perfeita união com o próprio Deus.

15. Orientações práticas para o serviço do Altar

16. Que haja coerência e rigor litúrgico em colocar os Servidores no presbitério, para que não aconteçam atropelos no desempenho das funções, prejudicando a beleza da celebração. Nas celebrações, várias funções litúrgicas são distribuídas entre os Servidores; porém, que ninguém faça além do que é proposto, como nos instrui a Instrução Geral do Missal Romano. Todas as funções devem convergir para o bem celebrar o Mistério de Cristo. Todavia, tem-se observado que os presbitérios andam congestionados de pessoas colocadas sem necessidade para as celebrações e se têm criado funções totalmente desnecessárias para legitimar a participação excessiva de servidores, tais como: passar páginas do Lecionário para o proclamador da Palavra, virar páginas do Missal para o padre na mesa do altar, carregar velas ao lado do sacerdote ou

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Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão Eucarística no momento da distribuição da Eucaristia, tirar a pala do cálice na hora da consagração, acompanhar a procissão da apresentação dos dons, ficar ao lado do ambão na Liturgia da Palavra, ou até mesmo um servidor apenas para servir água aos padres, entre outras.

17. Desse modo, é necessário rever a quantidade de Servidores demandada para cada celebração.

Não há necessidade de mais acólitos ou coroinhas além do librífero e de um outro Servidor, o qual denominamos “do altar”, que fica ao lado do presidente. Os outros que vão servir efetivamente na celebração, conforme pede a ritualidade, devem estar num lugar apropriado, comportando-se com discrição e evitando, ao máximo, movimentações desnecessárias, pois esta superlotação do presbitério contribui para a distração das pessoas que participam da celebração e até ofuscam o mistério que se celebra. “Os ritos devem resplandecer com uma nobre simplicidade” (SC 34). Também não devem se assentar nas cadeiras próprias dos padres concelebrantes, a menos que o presidente da celebração, na ausência de concelebrantes, assim o estabeleça.

18. Fazem parte dos sinais e símbolos litúrgicos as cores dos paramentos usados nas celebrações, de acordo com o calendário litúrgico. No número 345, a IGMR observa: “as diferentes cores das vestes sagradas visam manifestar externamente o caráter dos mistérios celebrados, e também a consciência de uma vida que progride com o desenrolar do ano litúrgico”. É oportuno dizer que essas orientações do Missal referem-se às vestes dos ministros ordenados, a saber: a dalmática, casula e estola e não à variação de cores para vestes dos Servidores. (Dom Armando Bucciol).

Nota-se que alguns coroinhas e acólitos usam, nas celebrações, abas, cíngulos, escapulários na cor do paramento do dia, o “que deveria ser evitado, pois poluem o ambiente celebrativo com excesso de cores”(Dom. Armando Bucciol).

19. Quanto às vestes dos servidores do sexo masculino, a tradição de longos anos sempre colocou os coroinhas com túnicas vermelhas e roquetes brancos, vestes usadas nos coros, onde eram cantores e também ajudavam na apresentação das oferendas. Esta tradição se estende até os dias de hoje. Em alguns lugares, trocou-se esta veste por túnica branca. Quanto aos acólitos, suas vestes com túnicas pretas e roquetes brancos também partem do princípio das vestes tradicionais romanas, pela sua solenidade e dignidade com o serviço prestado. Em celebrações em que se requer um cerimoniário, este usa, de acordo com sua função, ao invés do roquete, a sobrepeliz. É importante que os pés estejam vestidos de acordo com a veste que se usa. Tênis de qualquer maneira, coloridos ou não, não são apropriados para se usar neste caso, pois não ornam com as vestes. As vestes das ancilas devem ser as túnicas brancas, o que vale para coroinha ou acólito, com o cuidado de que estas vestes não venham a marcar o corpo. Devem trazer os cabelos presos, sem uso de maquiagens e usar sapatos pretos fechados.

20. O conhecido liturgista Aimé Martimort escreve: “A veste litúrgica, enquanto realça o exercício dos diferentes ministérios, serve para esconder, nos servidores ou ministros, a sua individualidade, para ressaltar a função exercida a serviço da comunidade e sua dignidade.” (citado por D.

Armando Bucciol). Uma veste litúrgica não deve chamar a atenção sobre as coisas ou as pessoas, mas abrir os horizontes para a beleza eterna. “São um convite para viver uma nova forma de vida, a revestir-se de Cristo” (Fr. Alberto Beckhäuser, OFM). A CNBB prepara orientações oficiais, a serem divulgadas, referindo-se às vestes dos Servidores. Enquanto as aguardamos, sigamos as orientações dadas acima.

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21. Sobre a postura durante a celebração litúrgica, é importante observar que o Servidor, no desempenhar de suas funções, deverá estar em oração, recolhimento espiritual, atenção e piedade. Isso não significa estar engessado nas posições e posturas, mas sempre ter em mente que cada uma delas expressa que vivenciam os mistérios celebrados. A espiritualidade litúrgica também está no ajoelhar, no levantar e no estar em posição reta; tudo indica que ele não se distancia da celebração. Durante as celebrações, todos os movimentos (sentar-se, levantar-se, locomover-se, genufletir) devem acontecer de maneira bastante natural: não muito lento, nem apressadamente. As mãos postas significam recolhimento interior, busca de Deus, fé, súplica, confiança e entrega de vida. Esta é a posição das mãos durante as celebrações, quando não houver outro gesto proposto ao povo pela ritualidade litúrgica. No entanto, enquanto membro do corpo de Cristo que ora e celebra o rito litúrgico, o Servidor deverá acompanhar a gestualidade da assembleia. Ele reza as orações que assembleia reza; senta-se, ajoelha-se e levanta-se quando a assembleia realiza esses gestos, procurando não criar modismos litúrgicos. O servidor deve-se ajoelhar também no momento da Consagração. O Papa Emérito Bento XVI nos afirma: “Adorar o Deus de Jesus Cristo, que se fez pão repartido por amor, é o remédio mais válido e radical contra as idolatrias de ontem e de hoje. Ajoelhar-se diante da Eucaristia é profissão de liberdade: quem se inclina a Jesus não pode e não deve prostrar-se diante de nenhum poder terreno, mesmo que seja forte. Nós, cristãos, só nos ajoelhamos diante do Santíssimo Sacramento, porque nele sabemos e acreditamos que está presente o único Deus verdadeiro, que criou o mundo e o amou de tal modo que lhe deu o seu Filho único (cf. Jo 3, 16). Prostramo-nos diante de um Deus que foi o primeiro a inclinar-se diante do homem, como Bom Samaritano, para o socorrer e dar a vida, e ajoelhou-se diante de nós para lavar os nossos pés sujos.” (Homilia de Corpus Christi de 22 de maio de 2008).

22. Deus revelou-nos seu rosto em Jesus. Então cada momento, cada posição tem seu importante e digno significado. Testemunha-se também a fé pela postura e atitudes no altar, visto que os servidores são bastante observados, dentro e fora da igreja. O acólito ou coroinha exerce um ministério muito importante numa comunidade, principalmente durante as celebrações. Por se colocar em local de destaque, está sempre sujeito à atenção de toda a assembleia. Por isso, ele necessita procurar fazer tudo cuidadosamente, lembrando que poderá servir de “espelho” para toda a assembleia. Quando participamos com bastante entusiasmo, com certeza estaremos motivando a comunidade a fazê-lo também.

23. É de fundamental importância, tanto quanto a boa preparação para o serviço do Altar o conhecimento dos principais objetos a serem utilizados durante a celebração como principalmente, uma boa preparação espiritual antes da celebração. A oração ajuda muito a se preparar para o Serviço do Senhor. Cada acólito deve estar preparado e bastante consciente da função que lhe for atribuída para a celebração. Quando tiver qualquer dúvida com relação às suas funções, por ocasião de celebrações especiais, que ele procure conversar, antes, com o cerimoniário, com o coordenador ou o sacerdote para que, durante a celebração, não tenha qualquer dúvida sobre o que fazer e como fazer. O Servidor deve fazer sempre apenas a sua função, conforme citado na Instrução Geral do Missal romano, pois é extremamente importante que ele a desempenhe bem. A consciência das funções é muito importante para que não ocorram desencontros durante a celebração. É Importante lembrar que o acólito ou coroinha “não concelebra com o padre”; logo não deve estar muito próximo do altar, ao lado do presidente da celebração, a não ser quando for necessário segurar o livro.

24. O ministério do Servidor do Altar, principalmente do acólito, não poderá ser limitado ao “ajudar as Missas”. É muito importante que se integre com toda a comunidade; que desenvolva

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realmente um trabalho pastoral, contribuindo para o surgimento de novas lideranças, e incentivando a integração de novos elementos ao grupo. Com o empenho de todos, pode contribuir para promover a união, o amor e a fraternidade. A ajuda mútua caracteriza os verdadeiros irmãos na fé. No presbitério, o Servidor não é simplesmente um "enfeite", mas uma presença marcante, pelo seu serviço, fé e amor. O bom Servidor é aquele que, sempre que necessário, se coloca a serviço da Igreja e das coisas de Deus: nas procissões, nas solenidades e em todas as celebrações litúrgicas, sempre quando se faz necessária a sua presença. O Servidor do Altar, coroinha ou acólito, pode ser despertado para a vocação sacerdotal ou religiosa, como falamos anteriormente, que Deus distribui generosamente na sua Igreja! Muitas vocações têm surgido deste grupo. Perder a oportunidade de fazer florescer esta vocação seria dizer não ao chamado de Deus, que provê e capacita seus operários.

25. A Constituição Dogmática sobre a Igreja, Lumen Gentium, nos ensina que “Cristo distribui continuamente no seu corpo, que é a Igreja, os dons dos diversos ministérios, com os quais com o seu poder, nos prestamos mutuamente serviços em ordem à salvação”(cf. Ef 4, 11-16). Além disso, o Espírito Santo, não só santifica e conduz o povo de Deus por meio dos sacramentos e ministérios e o adorna com virtudes, mas distribui seus dons a cada um conforme quer (cf. Cor 12,11). Responder ao chamado de Deus, deixar que o Espírito nos anime, nutrir nossa vida na oração para a intimidade com o Senhor, tudo contribui para que a graça de Deus cresça em nós.

Cúria Metropolitana de Pouso Alegre, 12 de dezembro der 2019 Festa de Nossa Senhora de Guadalupe

Bibliografia:

BUCCIOL, Armando. Sinais e Símbolos , Gestos e Palavras na Liturgia. Brasília: Edições CNBB, 2018.

CNBB. Instrução Geral do Missal Romano e Introdução ao Lecionário. Brasília: Edições CNBB, 2009.

CORDEIRO, José de Leão. O livro do acólito. Secretariado Nacional de Liturgia . Fátima. Imprimatur 29 de junho de 2004.

COSTA, Rodrigo Silva . PARÓQUIA SANTANA DE ITAÚNA. Manual dos acólitos. Arquidiocese de Niterói –Paróquia Santana de Itaúna , 2007.

PAPA FRANCISCO. Exortação Apostólica Evangelii Gaudium- Alegria do Evangelho, 2013.

VATICANO II. Constituição Sacrosanctum Concilium para a Sagrada Liturgia.

VATICANO II. Constituição Dogmática Lumen Gentium.

Referências

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