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TÉCNICAS FISIOTERAPÊUTICAS PARA CORREÇÃO DA DIÁSTASE ABDOMINAL: revisão bibliográfica

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Academic year: 2021

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Trabalho de Curso apresentado a Faculdade UNA, como requisito parcial para a integralização do curso de Fisioterapia, sob orientação da professora Esp. Ana Carolina Mesquita do Nascimento.

TÉCNICAS FISIOTERAPÊUTICAS PARA CORREÇÃO DA DIÁSTASE ABDOMINAL: revisão bibliográfica

Graziele Gomes de Souza Pablynne Dias Louzada

RESUMO

A diástase abdominal é uma alteração fisiológica que ocorre no corpo da mulher devido a gestação e o pós-parto, ocasionando em alterações biomecânicas e que podem acarretar uma separação dos músculos reto abdominais, sendo sua função estabilizar a pelve e a coluna vertebral. A fisioterapia desempenha um papel muito importante, promovendo um estímulo principalmente da musculatura abdominal e pélvica para melhora do tônus muscular em pacientes pós-parto. O presente artigo teve como objetivo mapear na literatura científica quais técnicas fisioterapêuticas são utilizadas para tratamento de diástase abdominal. A pesquisa tem caráter de revisão bibliográfica, sendo realizado buscas na base de dados Scielo e Google Acadêmico, utilizando as seguintes palavras-chaves: fisioterapia, puerpério, diástase abdominal. Podemos concluir que a diástase do musculo reto abdominal pode vir a desencadear várias disfunções sendo assim de função do fisioterapeuta acompanhar essa puérpera, podendo corrigir a disfunção, utilizando de recursos que foram eficazes na correção da musculatura de reto abdominal.

Palavras-chave: Fisioterapia. Puerpério. Diástase abdominal.

INTRODUÇÃO

No decorrer da vida a mulher passa por muitas alterações fisiológicas, mas as mudanças mais intensas ocorrem na gestação e no pós-parto, também chamado de puerpério, causadas por hormônios que são necessários na gestação. Logo que o bebê nasce se normaliza ao longo do pós-parto. Os hormônios referidos são indispensáveis para o desenvolvimento uterino e nos tecidos conjuntivos (VASCONCELOS et al., 2017).

Podemos também observar alterações biomecânicas tais como, o crescimento do útero, reorganização dos órgãos intra-abdominal, mudanças no eixo de equilíbrio, o que gera aumento da lordose da coluna vertebral, o afastamento da base de sustentação, anteriorização da pelve, frouxidão ligamentar, o que pode acarretar uma das alterações significativas na mulher a separação dos músculos reto abdominais, apresentada como diástase do músculo reto abdominal (DMRA) (VASCONCELOS et al.,2017).

A diástase abdominal é o afastamento da musculatura do abdome e de todo tecido conjuntivo que ocorre na maioria das vezes devido à gestação, provocando principalmente a flacidez e dor lombar. Sua localização é muito comum na região umbilical, podendo existir também supra umbilical e infra umbilical (COITINHO et al., 2019).

Os músculos do abdome têm função de estabilizar a pelve e a coluna vertebral, quanto

mais fraca estiver essa musculatura maior instabilidade articular a gestante irá apresentar,

sobrecarregando a estrutura osteomioarticular. No terceiro trimestre da gestação é nítido a

presença do afastamento do músculo reto abdominal variando de 2 a 10 cm e diminuindo no

(2)

puerpério tardio (HERPICH; MARTINS; FERNANDES, 2018).

Portanto, exercícios de fortalecimento do abdômen devem ser realizados tanto no período de pré-natal ou pós-natal para prevenir e melhorar a diástase (SOUZA; FEITOSA;

LOURENZI, 2017).

A fisioterapia desempenha um papel muito importante na diástase abdominal, promovendo um estímulo da musculatura, principalmente abdominal e pélvica, para melhora dos tônus musculares da paciente pós-parto. Através de programas de exercícios, que são realizados individualmente e adaptados de acordo com cada da paciente, a fisioterapia proporciona uma melhora significativa na recuperação da paciente no período pós-parto (MESQUITA; MACHADO; ANDRADE, 1999).

A atuação da fisioterapia na saúde da mulher especificamente na obstetrícia tem tido cada vez mais relevância, a busca por atendimento adequado e qualificado vem acompanhado dos obstáculos que encontra durante o puerpério justificando a realização deste estudo, proporcionando uma análise de técnicas realizadas no tratamento da diástase abdominal (RETT et al.,2008).

O presente artigo teve como objetivo mapear na literatura científica quais técnicas fisioterapêuticas são utilizadas para tratamento de diástase abdominal.

METODOLOGIA

O presente estudo teve caráter de revisão bibliográfica. Inicialmente, buscou ferramentas teóricas para estabelecer conceitos em torno da gestação, puerpério e diástase abdominal e a atuação da fisioterapia na mesma.

Posteriormente foi realizada uma busca nas bases de dados Scielo onde foi encontrado 3 artigos e Google Acadêmico 11 artigos.

Para a busca dos artigos foram utilizadas as seguintes palavras-chave: fisioterapia, puerpério, diástase abdominal.

Assim foi possível encontrar 20 artigos no total que falam especificamente sobre a temática, foram excluídos teses e trabalhos de conclusão de curso.

Após esta seleção, o conjunto de artigos para análise foi de 14 artigos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O quadro abaixo apresenta os artigos originais selecionados para esta produção.

Quadro 1. Mapeamento de resultados da busca de artigos científicos.

(3)

AUTOR/

ANO/

REVISTA

TÍTULO OBJETIVO METODOLOGIA RESULTADO

Mesquita, Machado, Andrade, 2000

Revista Brasileira de ginecologia e obstetrícia

Fisiotera pia para Redução

da Diástase

dos Músculos

Retos Abdomin

ais no Pós-Parto

Constatar se a intervenção fisioterapêutica

no puerpério imediato é capaz

de contribuir para a redução da diástase mais

precocemente

Tipo de estudo:

longitudinal e aleatório População: 50 puérperas

Grupo controle: n = 25 Técnica: avaliação e mensuração da diástase (6

horas e 18 horas após o parto) Grupo de tratamento

n = 25 Técnica: mesma avaliação e mensuração Protocolo de atendimento

fisioterapêutico: 6 e 18 horas

Foram realizadas técnicas de manobras de reeducação

funcional respiratória;

exercícios para estimulação dos músculos abdominais e

pélvicos; exercício de contração isométrica dos

músculos abdominais.

No período de 18 horas pós- parto, o grupo controle apresentou uma redução da diástase de 5,4% e o grupo de

tratamento de 12,5%, em relação à primeira medida (6 horas após o parto), (p<0,001, com intervalo de confiança de

99%).

Lima, 2009 Revista Fisioterapia

Brasil

Diástase dos músculos

retos abdomin

ais em puérperas

na fase hospitala

r

Mensurar a DMRA em puérperas, na Maternidade do

Hospital Satélite, e correlacionar com paridade,

idade da puérpera, peso

do recém- nascido (RN) e

sedentarismo

Tipo de estudo:

transversal, observacional População: amostra de 30

puérperas.

A multiparidade foi o que apresentou uma maior relação

ao aumento de DMRA, quando comparada ao grupo primigestas/secundigestas (p = 0,003). A média da DMRA em sedentárias foi de 3,7 cm e para as não sedentárias foi de

2,8 cm (p < 0,05)

Leite e Araújo, 2012 Revista Fisioterapia

em Movimento

Diástase dos retos abdomin

ais em puérperas

e sua relação

com variáveis obstétrica

s

Confrontar a relação entre o

valor das medidas da diástase dos abdominais com

variáveis obstétricas em

puérperas de maternidades públicas de João

Pessoa.

Tipo de estudo: pesquisa de campo, utilizando análise descritiva e de

natureza quantitativa População: Foram selecionadas 100 puérperas

de acordo com os critérios de inclusão: idade fértil, em puerpério imediato e que durante a internação não tenham recebido

atendimento fisioterapêutico para correção da diástase.

As puérperas que apresentaram a diástase eram

multíparas, multigestas, com idade entre 19 e 30 anos, tendo

seus filhos por meio de partos normais, com intervalos curtos

entre as gestações. Quanto à localização, houve maior

incidência da diástase supraumbilical associada à

separação umbilical.

(4)

Alvarenga e Ferreira, 2014

Revista Brasileira de

saúde funcional

A Intervenç

ão fisioterap êutica da prevençã

o da Diástase

do músculo

reto abdomin

al

Avaliar e tratar a possíveis complicações do

pós-parto relacionadas a musculatura do

abdomecom objetivo de realizar um trabalho educativo e preventivo para outras possíveis complicações.

Tipo de estudo:

experimental e quantitativo População: Foram escolhidas 6 gestantes para

o experimento entre a 1 e segunda semana de gestação e que não apresentasse DMRA Sessões: 10 sessões de

fisioterapia, mais a avaliação e a reavaliação

Critérios de exclusão:

Paciente que tivesse apresentado DMRA ou complicações na gestação.

Técnicas: exercícios de fortalecimento do músculo reto abdominal e exercícios

respiratórios

Comparou a avaliação da diástase do músculo reto abdominal entre os grupos das

gestantes intervenção e controle, observaram que os menores valores das medidas

abdominais foram das gestantes que passaram pela intervenção fisioterapêutica

Urbano et al., 2019 Rev Ciên

Saúde

Exercício s de fortaleci

mento para o músculo

reto abdomin

al como tratament o da diástase

pós- gestacion

al

Retratar os resultados da

prática de exercícios físicos baseados

no fortalecimento da musculatura abdominal visando redução

ou reversão da DMRA

Tipo de estudo:

levantamento bibliográfico Ano de publicação: entre

os anos de 1999 a 2018 Seleção: 38 trabalhos

iniciais Técnica: exercícios de fortalecimento, ginástica abdominal hipopressiva,

Pilates

Foi realizada uma investigação focada em apresentar e discutir

os achados da literatura referentes às principais causas

da DMRA, retratando os resultados positivos equivalentes a prática de exercícios físicos com base no fortalecimento da musculatura abdominal visando redução ou mesmo reversão desse quadro

Fonte: os autores.

O quadro abaixo apresenta os artigos de revisão bibliográfica selecionados para esta produção.

Quadro 2. Mapeamento de resultados da busca de artigos científicos de revisão literária.

AUTOR/

ANO/

REVISTA TÍTULO OBJETIVO METODOLOGIA RESULTADO Borges;

Valentin, 2002 Revista Brasileira

de Fisioterapia

Dermato- Funcional

Tratamento da flacidez e diástase do reto

abdominal no puerpério de parto normal com o uso de eletroestimulaç

ões muscular

Contribuir para uma recuperação

mais rápida e eficaz de alterações mecânicas que

incomodam a mulher física e emocionalmente

Foram selecionadas para a terapêutica três puérperas

primíparas de parto normal, saudáveis, com idade de 18, 22 e 30 anos (denominadas pacientes A,

B, e C, respectivamente) moradoras da região da Baixada Fluminense, RJ,

Mostrou resultados favoráveis que justificam

seu uso na terapêutica puerperal. Mesmo na

falta de dispositivos precisos de avaliação, foi

possível, usando a perimetria e fotos, observar melhora

(5)

com corrente de media frequência – estudo de caso.

pacientes do Hospital Universitário São José – UNIG, em Mesquita, RJ

satisfatória no quadro de flacidez que as pacientes

apresentavam, e o tratamento pôde reduzir

medidas pelo encurtamento do reto

abdominal em sua dimensão longitudinal

Vasconcelo set al., 2017

Revista Saberes

A intervenção fisioterapêutica

na diástase do musculo reto

abdominal (DMRA)

Identificar os recursos utilizados

pela Fisioterapia em obstetrícia na reabilitação da

diástase do músculo reto

abdominal.

Tipo de estudo:

Referencial bibliográfico Ano: entre os anos de

1999 a 2016 Técnicas: eletroterapia;

cinesioterapia; Pilates

Através do referencial obtido, constatou-se que

os recursos de eletroterapia, cinesioterapia, pilates e hidroterapia mostram-se

eficazes na prevenção e redução da DMRA

Souza, Feitosa, Lourenzi,

2017 Cadernos

de Graduação

ciências biológicas e

saúde

Intervenção fisioterapêutica

no tratamento da diástase abdominal pós-

parto: uma revisão de literatura

Identificar quais as intervenções fisioterapêuticas

utilizadas mais comumente no tratamento da

diástase do músculo reto abdominal no período pós-parto

Tipo de estudo: revisão de literatura com o tema proposto no período de abril a maio de 2017, onde

foram analisados estudos publicados entre os anos de

2000 a 2016, nas bases de dados PUBMED, MEDLINE, LILACS, Scielo e PEDro. Foram excluídos estudos que não

especificaram o tipo de intervenção fisioterapêutica utilizada e

que não permitiram o acesso ao texto completo e incluídos os artigos do tipo ensaio clínico, em língua

inglesa e portuguesa.

Foram encontrados 20 artigos, dos quais 07

apresentavam características para serem

incluídos no trabalho.

Entre os artigos incluídos, 05 estudos

utilizavam a cinesioterapia por meio

de exercícios de educação respiratória diafragmática, contração

dos músculos abdominais, estimulação dos músculos pélvicos e movimentos de flexão

anterior do tronco, abdução de ombros e flexão de cotovelos. A

eletroestimulação e a ginástica abdominal hipopressiva também mostraram resultados favoráveis no tratamento

da DMRA

Bom-Fim 2018 Revista Uni

America

Efeito do método pilates

no tratamento de mulheres com diástase do músculo reto

abdominal

O presente estudo tem como objetivo foco apresentar os resultados do

protocolo de atendimento

baseado no método Pilates

Tipo de estudo:

observacional População: 12 pacientes

Técnica: exercícios de fortalecimento, Pilates

A amostra foi constituída por 12

participantes que apresentaram a mediana

de período pós- gestacional de 8,5 meses

(± 7.4)

Coitinho et al., 2019

Revista Fasem

Eficiência dos tratamentos fisioterapêutico s para a diástase do músculo reto abdominal no

Verificar a eficiência dos

tratamentos fisioterapêuticos na reabilitação da

diástase do

Tipo de estudo: Foi realizado um levantamento

bibliográfico nas bases de dados Google Scholar e

SciELO

Inicialmente foram encontrados 135 artigos.

Após leitura de títulos, resumos, palavras-chave

e classificação pelos critérios de inclusão

(6)

puerpério: uma revisão integrativa

músculo reto abdominal (DMRA) no

puerpério

Ano do estudo: entre os

anos de 2008 a 2018 foram selecionados 5 artigos

Rodrigues et al.,

2021 Revista Brasileira de Revisão

de Saúde

Aspectos físicos, dor

lombar e diástase abdominal em

gestantes

Verificar a associação entre a

DMRA, aspectos físicos e dor

lombar.

Tipo de estudo: Estudo transversal, de caráter

observacional.

População: Foram incluídas primigestas, de

18 e 40 anos, com acompanhamento

obstétrico Ano: de agosto de 2016 a

abril de 2017.

Observou-se prevalência de DMRA em 63,3% das gestantes, correlações positivas entre IMC e DMRA, CA e DMRA,

CA e dor lombar e DMRA e dor lombar das

gestantes. O IMC influenciou negativamente na DMRA. Conclusão: Este

estudo permite inferir que existe associação entre a tríade DMRA, aspectos físicos e dor lombar em primigestas.

Paiva et al., 2020 Revista Brasileira de Revisão

de Saúde

Efeito do Pilates na diástase em

gestantes

Quantificar a DMRA antes e após o método

Pilates

Tipo de estudo: Ensaio clínico, de coorte longitudinal e caráter quantitativo. População:

Composto por 9 gestantes faixa etária: entre 18 e 40

anos, entre 16 e 30 semanas de gestação.

Técnica: As gestantes realizaram 10 sessões de

Pilates, duas vezes por semana, por 40 minutos.

Exercícios de Pilates, thera-band; alongamentos;

fortalecimentos.

As gestantes apresentaram uma maior

DMRA na região umbilical e o método Pilates não obteve efeito na redução desta DMRA

durante a gestação.

Fonte: os autores.

De acordo com os estudos feitos para realização desse artigo, podemos observar a prevalência de duas técnicas eficazes no tratamento da diástase do músculo reto abdominal que são, os exercícios respiratórios hipopressivos e a cinesioterapia associada a ativação da musculatura de reto abdominal.

Os exercícios respiratórios ou ginástica hipopressiva consiste em uma reeducação da respiração ativando a musculatura do reto abdominal, uma inspiração e expiração profunda esvaziando todo pulmão e logo em seguida realiza a sucção do abdômen como se fosse colar a cicatriz umbilical nas costas mantendo esse estado de apneia pelo tempo de 10 segundos em seguida será realizada uma inspiração curta e uma expiração soltando todo o ar e contraindo musculatura (MESQUITA; MACHADO; ANDRADE, 1999).

Dentre as técnicas de cinesioterapia são utilizados:

(7)

Exercício de ponte que consiste em deitar de costa, esticar as pernas, em seguida elevar o quadril e fazer a contração de glúteos e abdômen, formando assim uma ponte (SOUZA;

FEITOSA; LOURENZI, 2017).

Exercícios de estimulação dos músculos abdominais e pélvicos, paciente deitada sob o leito, em decúbito dorsal, com um travesseiro entre os joelhos, realiza o movimento de contração da musculatura de interno de coxa, como se fosse fechar as pernas, em seguida realize a ativação da musculatura pélvica e abdominal realizando uma contração isométrica do assoalho pélvico (SOUZA; FEITOSA; LOURENZI, 2017).

Também são apresentados como recursos terapêuticos as técnicas de Pilates, que são exercícios utilizados para melhora da consciência corporal, força e equilíbrio. Inicialmente são realizados exercícios em posições mais tranquilas e leves e que exigem muita concentração para realização do mesmo permitindo aproveitar o máximo que conseguir (VASCONCELOS et al., 2017).

O método Pilates é um programa de exercícios que melhora a postura e que visa o fortalecimento da musculatura de reto abdominal prevenindo a diástase abdominal (COITINHO et al., 2019).

O tratamento fisioterapêutico para DMRA tem como objetivo minimizar os riscos das alterações biomecânicas, como o aparecimento de uma hérnia umbilical, problemas de dores lombar e a recuperação dos músculos reto abdominais, sendo assim os exercícios citados acima apresenta relevância visto gerarem fortalecimento de toda a musculatura de reto abdominais e a musculatura do assoalho pélvico combatendo a incontinência urinária e fecal que é muito relatada em pacientes portadoras de DMRA.

Foi possível identificar com a busca literária e os artigos encontrados que os exercícios utilizados para tratamento da diástase do músculo reto abdominal são eficazes, pois fazem com que as pacientes adquiram consciência corporal através da ativação da musculatura abdominal não só no consultório mas também em casa melhorando assim a eficácia do tratamento já realizado, pois visa o fortalecimento da musculatura de reto abdominal através da ativação do mesmo, proporcionando assim o reposicionamento das fibras musculares e dos órgãos internos, pois os exercícios alinham dentro da cavidade abdominal e fecham a musculatura para que haja uma sustentação.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

(8)

O presente artigo apresentou uma discussão a respeito da diástase do musculo reto abdominal sendo causada por fatores advindos de uma gestação sendo elas, as alterações que o corpo da mulher sofre ao longo do processo sendo ela hormonais, químicas, físicas e biológicas.

Os resultados desse trabalho apontam que a predominância de DMRA em puérperas nos primeiros dias após o parto e é muito pouco evidenciada pelos profissionais de saúde, não sendo trago ao conhecimento da puérpera, sendo assim podemos concluir que ainda há poucos dados a respeito do assunto e ainda estudos muito recentes sobre o mesmo.

Sabendo que a diástase do musculo reto abdominal pode vir a desencadear outras disfunções como as dores lombares, hérnias umbilicais e a própria fraqueza da parede abdominal, a inatividade da puérpera nesse primeiro momento podem desencadear todos esses fatores, sendo o profissional fisioterapeuta competente para acompanhar essa puérpera nessa situação clínica em que se encontra podendo corrigir a disfunção, utilizando de recursos que foram eficazes na correção do mesmo como foi observado na pesquisa.

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(9)

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Referências

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