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II Congresso Nacional de Administração e Ciências Contábeis AdCont e 14 de outubro de 2011 Rio de Janeiro RJ

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Academic year: 2021

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Estudo Comparativo entre os Regimes Tributários Lucro Real e Lucro Presumido: Uma Análise Sobre a Economia Tributária Versus o Custo de Manutenção das Empresas

Maria da Penha Broedel Lopes Vallin, Mestre em finanças FAESA – Faculdades Integradas Espirito-santense

mpbvallin@gmail.com

Edson Queiroz Nascimento, mestrando em controladoria e finanças FAESA – Faculdades Integradas Espirito-Santense

edsonqueiroz@faesa.br Resumo

A alta carga tributária e a eficiência do fisco no poder de tributar e fiscalizar correlacionado com a complexa legislação tributária brasileira evidencia a necessidade das empresas desenvolverem uma gestão tributária para suas atividades de forma que possam controlar o custo tributário sem comprometer as atividades operacionais dadas ao risco tributário por praticas ilícitas a legislação ou o descumprimento desta. Assim o planejamento tributário tem sido uma ferramenta imprescindível no desenvolvimento desta gestão, buscando quando possível a redução da carga tributário e ao mesmo tempo evitando o risco tributário por erros e modelos tributários não compatíveis à empresa. O presente artigo demonstra a comparação entre os regimes tributários lucro real e lucro presumido, através de um estudo de caso real aplicado a um grupo empresarial com estrutura diversificada de combinação de negócios. O estudo buscou comparar a economia tributária do modelo cindido do grupo com o custo de manter a estrutura desenvolvida. Os resultados encontrados demonstram que para a atividade especifica a diversificação da receita em empresas cindidas proporciona uma economia tributária, mas não se pode assumir que com o crescimento do grupo essa modelagem permanecerá gerando econômica tributária, havendo a necessidade de analise permanente da economia tributária.

Palavras-Chave: Regimes Tributários; Lucro Real; Lucro Presumido.

Área temática: Gestão e contabilidade de custos

1 Introdução

O atual mercado brasileiro apresenta um cenário de grande competitividade entre as empresas, onde obter vantagem competitiva significa estabelecer uma posição lucrativa e sustentável contra as forças que determinam à concorrência no mercado. Segundo Porter (1990, p. 2) a vantagem competitiva surge do valor que uma empresa consegue criar para seus clientes por meio de liderança de custos ou diferenciação de seus produtos ou serviços.

Na obtenção da redução dos custos, as empresas devem apresentar ações coordenadas em toda estrutura da entidade, tais como, boa política de negociação com seus fornecedores, bom relacionamento com seus clientes, uma boa estratégia de marketing e planejamento tributário.

Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) a carga tributária atingiu 35,02%, para amenizar esta carga tributária o planejamento tributário que segundo Fabrett (1998, p. 23) define-se como sendo o estudo feito previamente antes da realização do fato administrativo, pesquisando-se seus efeitos jurídicos e econômicos e as alternativas legais menos onerosas para o contribuinte, se mostra cada vez mais eficaz na redução dos custos tributários das empresas.

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O planejamento tributário representa um conjunto de medidas e atos tomados pelas empresas. O objetivo principal é estruturar sua vida econômico-fiscal, a fim de possibilitar a redução da carga tributária dentro da legalidade, visando, ao mesmo tempo, medidas proporcionais ao aumento dos investimentos e dos lucros.

Neste contexto, a escolha do sistema de tributação afeta diretamente os tributos pagos pela empresa podendo ocasionar uma redução significativa quando a opção for adequada para entidade bem como aumentar o custo tributário se a escolha for inadequada.

Algumas empresas adotam como forma de planejamento tributário a diversificação de suas atividade em grupos de empresa o que permite a opção pelo regime de tributação “ Lucro Presumido”, dado a faixa de faturamento.

Essa modalidade de planejamento é bem expressiva e pode ser observada em vários seguimentos.

Diante deste exposto, define se o problema de pesquisa: “Diluir a receita tributável de

uma empresa em outras unidades empresariais resultará na redução da carga tributária”?

Caso a resposta obtida no estudo de caso seja positiva, origina-se um segundo problema de pesquisa o qual é: Havendo a redução da carga tributária, a economia gerada

compensa o custo de implantação e controle das novas unidades empresariais?

A metodologia utilizada é definida como estudo de caso aplicado com análise documental de dados e pesquisa bibliográfica a cerca do sistema de tributação para fundamentar os dados analisados.

A base teórica que fundamenta a pesquisa foi levantada em livros, artigos, monografias, teses e leis que regulamentam o sistema tributário brasileiro.

Os dados foram coletados na empresa objeto do estudo de caso, que por razões de sigilo não será divulgado neste trabalho. A coleta dos dados se deu através de balancetes e da demonstração do resultado do exercício das entidades estudadas.

2Referencial teórico

O regime presumido de acordo com Oliveira, et al, (2002, p. 174) consiste em uma forma simplificada de apuração da base de cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social, restrita aos contribuintes que não estão obrigados ao regime de apuração de tributação com base no lucro real.

De acordo com Sá e Sá (1990, p. 280) lucro presumido é o lucro que se presume sendo obtido pela empresa sem escrituração contábil, para efeito do pagamento do imposto de renda, calculado por um coeficiente aplicado sobre a receita bruta.

Nas abordagens de Correa (2006, p. 61), “as vantagens do lucro presumido consistem na simplicidade da apuração do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e CSLL e na menor quantidade de documentação exigida da empresa por parte do fisco”.

No regime de lucro presumido, a apuração do imposto será feita trimestralmente, por períodos encerados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano calendário. (BRASIL 2007b art. 516).

Podem optar pelo lucro presumido as pessoas jurídicas cuja receita bruta total, no ano-calendário anterior, tenha sido igual ou inferior a R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais), ou a R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de reais) multiplicado pelo número de meses de atividade do ano-calendário anterior, quando inferior a 12 (doze) meses. (Brasil 2007a, art. 13).

Também segundo Brasil (2007b, art. 516), a pessoa jurídica que não esteja obrigado à tributação pelo lucro real poderá optar pela tributação pelo lucro presumido.

A base de cálculo do lucro presumido e adicional em cada trimestre será determinada aplicando-se sobre a receita bruta de vendas de mercadorias, produtos e/ou prestação de

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serviços os percentuais relacionados no Quadro 1 (PEGAS, 2007, p. 410 e BRASIL 2008a, art. 15).

Os percentuais estimados do lucro tributável servem também para serem aplicados na obtenção da base de cálculo do lucro real anual com base estimada (Brasil 2007c, art. 2).

Atividades geradoras de receita

Percentuais aplicáveis sobre a

Receita

▪ Revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural. 1,6%

▪ Venda de mercadorias ou produtos (exceto revenda de combustíveis para consumo); ▪ Transporte de cargas;

▪ Serviços hospitalares; ▪ Atividade rural; ▪ Atividades imobiliárias;

▪ Construção por empreitada, quando houver emprego de materias próprios, em qualquer quantidade; ▪ Qualquer outra atividade (exceto prestação de serviços) para a qual não esteja previsto percentual

especifico.

8%

▪ Serviços de transporte (exceto o de cargas);

▪ Serviços (exceto hospitalares, de transporte e de sociedades civis de profissões regulamentadas)

prestados com exclusividade por empresas com receita bruta anual não superior a R$ 120.000,00.

16%

▪ Serviços em geral para os quais não esteja previsto percentual especifico, inclusive os prestados por

sociedades civis de profissões regulamentadas (que, de acordo com o novo código civil, passam a ser chamadas de sociedade simples);

▪ Intermediação de negócios;

▪ Administração, locação ou cessão de bens imóveis, moveis e direitos de qualquer natureza; ▪ Serviços de mão-de-obra de construção civil, quando prestadora não empregar materiais de sua

propriedade em se responsabilizar pela execução da obra.

32%

Fonte: adaptado: PEGAS, 2007, p. 410 e BRASIL, 2008a, art. 15

QUADRO 01 – Base de cálculo para estimativa do recolhimento do IRPJ

Esta forma de apuração é mais complexa, pois, exige uma completa escrituração contábil fiscal, com a estrita e rigorosa observância dos princípios fundamentais de contabilidade e demais normas fiscais e comerciais tornando inviável a utilização desta forma de apuração pelas empresas que não tem uma contabilidade rigorosa. (OLIVEIRA, et al, 2002 p. 174).

Conforme Oliveira et al. (2002, p.174), o Lucro Real é o lucro líquido do período apurado na escrituração comercial, denominado lucro contábil, ajustado pelas adições, exclusões e compensações autorizadas pela legislação do Imposto de Renda. Os ajustes do lucro líquido do período de apuração e a demonstração da apuração do lucro real devem ser transcritos no Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR).

De acordo com art. 247 do regulamento do Imposto de Renda, decreto-lei nº. 3.000 de 1999, (Brasil 2007 b) denomina-se lucro real:

[...] o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas por este Decreto (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 6º).

§ 1º A determinação do lucro real será precedida da apuração do lucro líquido de cada período de apuração com observância das disposições das leis comerciais (Lei nº. 8.981, de 1995, art. 37, § 1º) [...].

Nas abordagens de Higuchi, Higuchi e Higuchi. (2006, p. 25), [...] a pessoa jurídica que se enquadrar em qualquer dos incisos do art. 14 da lei nº. 9.718 de 1998 terá que, obrigatoriamente, ser tributada com base no lucro real, sendo que para as demais pessoas jurídicas, a tributação pelo lucro real é uma opção.

Em cumprimento ao artigo 14 da Lei 9.718 de 1998 (Brasil 2007 a), estão obrigadas a apurar o Imposto de Renda e a Contribuição Social com base no lucro real, as pessoas jurídicas:

I - cuja receita total, no ano-calendário anterior seja superior ao limite de R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais), ou proporcional ao número

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de meses do período, quando inferior a 12 (doze) meses; (Redação dada pela Lei nº 10.637, de 2002);

II - cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta;

III - que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;

IV - que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto;

V - que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa, na forma do art. 2º da Lei nº 9.430, de 1996; VI - que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring).

De acordo com Pegas (2007, p.315):

O lucro real trimestral representa a tributação sobre o lucro feita a cada trimestre. Então, no mesmo ano fiscal, a pessoa jurídica encerra quatro períodos distintos, sendo devido o IR e CSL apenas a cada três meses e de forma definitiva. Com isso, a empresa é obrigada a efetuar quatro recolhimentos no ano, não sendo necessário acompanhamento mensal, pois a exigência só acontece trimestralmente.

No lucro real anual a tributação sobre o lucro acontece a cada mês, devendo o imposto ser pago até o último dia útil de cada mês seguinte. (OLIVEIRA, et al, 2002, p. 194), Higuchi, Higuchi e Higuchi (2006, p. 26), explica que:

As pessoas jurídicas que optarem pela apuração do lucro real anual terão que pagar, mensalmente, o imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro calculados por estimativa. O imposto e a contribuição sobre as operações do mês terão que ser pagos até o último dia útil do mês seguinte. A alíquota do Imposto de Renda continua em 15% e a do adicional em 10%, mas o pagamento do adicional terá que ser feito mensalmente sobre a parcela do lucro estimado que exceder R$ 20.000,00.

Na determinação do lucro real, serão adicionados ao lucro líquido do período de apuração custos e despesas denominadas não tributáveis perante o fisco (Brasil 2007 b, art. 249):

LUCRO ANTES DE IR + CSL

(+) ADIÇÕES

Despesas contabilizadas que na são aceitas pelo Fisco

Receitas exigidas pelo fisco e não contabilizadas pela contabilidade em receita (-) EXCLUSÕES

Receitas contabilizadas que não são exigidas pelo fisco Despesas aceitas pelo fisco e não contabilizadas em despesa

LUCRO ANTES DA COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS FISCAIS

(-) compensação de prejuízos fiscais

LUCRO TRIBUTÁVEL

Fonte: PEGAS 2007, p. 299

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O planejamento tributário ou elisão fiscal é um conjunto de procedimentos legais que projetam a redução do custo dos empreendimentos criando vantagem competitiva para as empresas (CORREA, 2006, p. 59).

De acordo com Amaral (2004), citado por Correa (2006, p. 59), a finalidade do planejamento tributário é classificado de três formas:

(i) evitar a incidência do tributo, que consiste na adoção de medidas, a partir da analise da legislação, que evitam á ocorrência do fato gerador da obrigação tributária, sendo um bom exemplo dessa prática a opção pela distribuição de lucros, isenta de qualquer tributo ou tributação, em vez de pagamento de pró-labore ou outro, ou outro tipo de tributação; (ii) reduzir o montante do tributo, onde as providências são tomadas para se reduzir a alíquota ou a base de cálculo do tributo, sendo que, como exemplo, pode-se citar a correta opção pelo regime de tributação do imposto de renda (lucro real, lucro presumido, simples), que corresponda ao menor desembolso possível; (iii) postergação do pagamento do tributo, quando são tomadas medidas legais que visam adiar o pagamento dos tributos, sem que isso represente atraso e conseqüente incorrência de multa e/ou juros, como no caso de diferimento de receitas referentes a contratos de prestação de serviços com longa duração.

Para Oliveira et al. (2002, p.174), o planejamento tributário é uma forma lícita de reduzir a carga fiscal, o que exige alta dose de conhecimento técnico e bom-senso dos responsáveis pelas decisões estratégicas no ambiente corporativo. Trata-se do estudo prévio à concretização dos fatos administrativos, dos efeitos jurídicos, fiscais e econômicos de determinada decisão gerencial, com o objetivo de encontrar a alternativa legal menos onerosa para o contribuinte.

Fabretti (1998, p. 28), esclarece que o planejamento tributário (antes da ocorrência do fato gerador do tributo) produz a elisão fiscal, ou seja, a redução da carga tributária dentro da legalidade, e que a evasão fiscal é a redução da carga tributária a partir do descumprimento das determinações legais sendo classificado como crime de sonegação (lei n° 8.137/90).

Em relação à pesquisa e conforme definido nos objetivos o estudo de caso que será descrito a seguir propõe analisar a eficiência do planejamento tributário em um grupo de empresas sediado no Estado do Espírito Santo.

3 Estudo de Caso

A presente pesquisa consiste em um estudo de caso o qual objetiva-se analisar a economia tributária pela segregação da receita de um grupo econômico sediado no Estado do Espírito Santo, que por razões de sigilo de informações e estratégias competitivas não serão divulgados neste trabalho. Por também não representar impacto relevante com relação aos dados ora apresentados e discutidos neste capítulo.

Conforme descrito na metodologia da pesquisa há uma prática comum no mercado que consiste em diversificar as receitas através de registro de novas empresas no intuito de que todas as organizações do grupo permaneçam no lucro presumido ou que uma delas seja tributada neste sistema de tributação. O interesse dessas organizações em manter este regime de tributação se justifica pelo fato de proporcionar menor carga tributária se comparado com lucro real.

A diversificação das receitas através do registro de novas empresas foco do estudo de caso se justifica devido à legislação tributária brasileira não permitir que empresas com faturamento superior a R$ 48.000.000,00 (Quarenta e milhões de reais) possam optar pelo lucro presumido impedido estas a ter uma economia na carga tributária.

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Outro fator determinante que torna as empresas a escolher quando possível o sistema de tributação lucro presumido é a não exigência dos controles contábeis como é exigido no lucro real agregado à alta carga tributária brasileira.

Para evidenciar a pesquisa foram selecionados dados de duas empresas do grupo, sendo denominadas de Planejamento “A” empresa tributada pelo sistema de tributação Lucro Real e a empresa Planejamento “B” tributada pelo lucro presumido, sendo esta última derivada da primeira.

Os dados levantados consistem na estrutura do balanço patrimonial de cada empresa e suas respectivas contas de resultado no ano de 2007.

As informações foram trabalhadas em planilhas eletrônicas na qual se objetivou demonstrar a receita e os encargos tributários de cada empresa para que seja evidenciada a melhor estratégia tributária a ser adotada.

No segundo estágio dos dados foram trabalhados a comparação entre a carga tributária da empresa operando uma unidade como Lucro Real e outra como Lucro presumindo em relação a uma única unidade.

Após analisar a carga tributária das empresas, verificou-se o aspecto do custo gerado para conceber e administrar uma nova unidade em relação à economia gerada pelo projeto tributário apresentado pela empresa.

A empresa Planejamento “A” é uma empresa do grupo tributada pelo lucro real, tendo auferido no exercício de 2007 uma receita de R$ 274 milhões de reais conforme demonstrado na Tabela 1.

TABELA 1 - Receita anual da empresa planejamento “A” – 2007

Fonte: AUTOR

Observa-se que a empresa planejamento “A”, pelo volume de receita auferida no ano, indicado na Tabela 1, não poderá ser tributada pelo Lucro Presumido, pois o Decreto nº 3.000 do Imposto de Renda, estabelece que as empresas com faturamento superior a R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais) deverão ser tributadas pelo lucro real. A Figura 1 ilustra a variação da receita da empresa planejamento “A’ durante o ano de 2007.

MÊS RECEITA (Milhões de reais) Janeiro 23.411.437 Fevereiro 20.195.338 Março 20.758.090 Abril 20.604.715 Maio 20.296.435 Junho 22.335.982 Julho 23.181.616 Agosto 24.640.239 Setembro 25.287.735 Outubro 24.247.017 Novembro 21.644.052 Dezembro 27.393.285 TOTAL 273.995.945 MÉDIA ANUAL 22.832.995

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-5.000.000 10.000.000 15.000.000 20.000.000 25.000.000 30.000.000 Jane iro Feve reiro Mar ço Abr il Mai o Junh o Julh o Ago sto Set embr o Out rubr o Nov embr o Dez embr o Variação da receita

FIGURA 1 – Variação da receita anual da empresa planejamento “A” – 2007

Os tributos apresentados no Quadro 4, formam a composição da carga tributária para a análise do planejamento tributário das entidades.

Fonte: Autor

QUADRO 3 – Tributos incidentes sobre o faturamento e lucro

Os tributos apresentados na Tabela 2 compõem a carga tributária da empresa planejamento “A”. No que tange aos tributos ICMS e ISS os mesmos foram computados, mas não interferem no modelo por não representarem uma relação direta com o regime tributário escolhido.

TABELA 2 - Carga tributária empresa planejamento “A” – 2007

IMPOSTOS VALOR ISS 4.191.476 ICMS 4.596.086 COFINS 20.061.490 PIS 4.355.455 IR 2.397.059 CSL 862.941 ∑ Tributos 36.464.507 Receita anual 273.995.945 Carga tributária 13,31% Fonte: AUTOR TRIBUTOS INCIDÊNCIA ISS Faturamento ICMS Faturamento PIS Faturamento COFINS Faturamento IR LUCRO – Lalur CSL LUCRO – Lalur

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Verifica-se na Tabela 2 que a empresa planejamento “A” tem uma carga tributária final em relação ao seu faturamento de 13,31%, destacando-se os valores do PIS e COFINS, que representam juntos uma alíquota de 9,25% (1,65% + 7,6%) incidente sobre o faturamento, causando um maior impacto no custo tributário neste regime se comparado com o regime lucro presumido, onde as alíquotas somariam 3,65% (0,65% + 3%). Outro agravante que torna a carta tributária da empresa planejamento “A” elevada é que a empresa possui poucos custos e despesas dedutíveis.

Após apurado separadamente o custo tributário da empresa planejamento “A” e o custo tributário da empresa planejamento “B” será comparado o custo tributário da empresa (A + B) considerando que a mesma será uma única unidade empresarial tributada no sistema de tributação lucro real.

A empresa planejamento “B” é uma empresa criada pela empresa planejamento “A” com intuito de diminuir a carga tributária diversificando parte de sua receita para ser tributada pelo lucro presumido.

Diante do exposto acima a empresa planejamento “B” é uma empresa tributada pelo lucro presumido auferindo uma receita no ano de 2007 de R$ 25,69 milhões de reais sendo demonstrado a seguir na Tabela 3.

TABELA 3 - Receita anual da empresa planejamento “B” – 2007

MÊS RECEITA (Milhões de reais) Janeiro 1.996.185 Fevereiro 1.955.509 Março 1.850.518 Abril 2.112.078 Maio 1.851.989 Junho 1.737.494 Julho 1.849.404 Agosto 2.559.313 Setembro 2.142.238 Outubro 2.384.577 Novembro 2.293.817 Dezembro 2.954.187 TOTAL 25.687.313 MÉDIA ANUAL 2.140.609 Fonte: AUTOR

Sendo que a receita anual da empresa planejamento “B” apresentado na Tabela 3 representa um valor de R$ 25,69 milhões de reais faz com que a empresa se enquadra na exigência estabelecida em lei podendo ser tributada pelo lucro presumido. A Figura 2 apresenta a variação da receita durante o ano de 2007.

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-500.000 1.000.000 1.500.000 2.000.000 2.500.000 3.000.000 3.500.000 Jane iro Feve reiro Mar ço Abr il Mai o Junh o Julh o Ago sto Set embr o Out rubr o Nov embr o Dez embr o Variação da receita

FIGURA 2 - Ilustra a variação da receita da empresa planejamento “B” em 2007.

Os tributos apresentados na Tabela 4 compõem a carga tributária da empresa planejamento “B”, onde podemos perceber que os valores do Imposto Sobre operações relativas à Circulação de Mercadorias e Serviços de transporte intermunicipal e interestadual e comunicação (ICMS) e do COFINS contribuem de forma elevada na composição da carga tributária.

TABELA 4 - Carga tributária empresa planejamento “B” – 2007

IMPOSTOS VALOR ISS 98.015 ICMS 2.847.240 COFINS 770.619 PIS 166.967 IR 609.892 CSL 320.729, ∑ Tributos 4.813.464 Receita anual 25.687.313 Carga tributária 18,74% Fonte: AUTOR

Para ilustrar melhor o regime tributário atual da empresa planejamento “B”, apurou-se o custo tributário caso a empresa fosse optante pelo lucro real conforme apresentado na tabela 5.

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TABELA 5 - Carga tributária da empresa planejamento “B” simulação Lucro real – 2007

MÊS ∑ RTA ISS ICMS COFINS PIS IR CSL Carga tributária Janeiro 1.996.185 4.216 229.423 151.710 32.937 94.215 34.637 15,10% Fevereiro 1.955.510 3.980 225.110 148.619 32.266 82.018 30.247 14,85% Março 1.850.518 4.801 210.539 140.639 30.534 35.070 13.345 14,31% Abril 2.112.079 4.253 243.241 160.518 34.849 83.506 30.782 14,85% Maio 1.851.990 4.290 211.942 140.751 30.558 0 0 14,15% Junho 1.737.494 3.707 199.603 132.050 28.669 20.444 8.080 13,97% Julho 1.849.404 4.096 212.098 140.555 30.515 36.350 13.806 14,06% Agosto 2.559.313 16.307 267.981 194.508 42.229 151.429 55.235 14,74% Setembro 2.142.238 11.915 228.474 162.810 35.347 83.211 30.676 13,79% Outubro 2.384.577 13.676 253.327 181.228 39.346 117.217 42.918 14,19% Novembro 2.293.817 13.464 242.944 174.330 37.848 79.497 29.339 13,54% Dezembro 2.954.187 13.310 322.559 224.518 48.744 195.749 71.190 14,87% TOTAL 25.687.313 98.016 2.847.240 1.952.236 423.841 978.707 360.255 25,93% MÉDIA ANUAL 2.140.609 8.168 237.270 162.686 35.320 81.559 30.021 25,93% Fonte: AUTOR

Assim há evidencia de que a escolha da unidade Planejamento “B” pela tributação lucro presumido em relação ao lucro real gera uma economia tributária na ordem de 7,19%, o que resulta em termos de valores em R$ 1,85 milhões de reais. Para ilustrar melhor a economia no sistema de tributação lucro presumido em relação se a empresa fosse optante pelo lucro real apresentamos as variações dos impostos na figura 3.

0 500.000 1.000.000 1.500.000 2.000.000 2.500.000 3.000.000

ISS ICMS COFINS PIS IR CSL

LUCRO PRESUMIDO LUCRO REAL

FIGURA 3 - Variação dos impostos nos sistemas de tributação

Percebe-se que o Imposto Sobre Serviço de qualquer Natureza (ISS) e o ICMS não se alteram nos regimes de tributação. Porem devido o diferencial de alíquotas e base de cálculo o COFINS, PIS, IR, e CSL aumentam de forma brusca elevando a carga tributária da empresa planejamento “A” em 7,19% em relação seu faturamento.

No entanto não se pode afirmar que o resultado acima é realmente uma economia tributária, pois o grupo econômico é formado pelas empresas planejamento “A” e planejamento “B”, havendo a necessidade de apurar o custo tributário do grupo econômico,

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ou seja, empresa planejamento “A” e empresa planejamento “B” ambas pelo lucro real (tabela 6) para ser comparado com a carga tributária das unidades divididas.

TABELA 6 - Carga tributária da empresa planejamento “A” e ”B” Lucro real - 2007

MÊS ∑ RTA + RTB ISS ICMS COFINS PIS IR CSL tributária Carga

Janeiro 25.407.622 437.214 665.155 1.930.979 419.226 297.442 107.799 15,18% Fevereiro 22.150.848 333.330 639.658 1.683.464 365.489 259.195 94.030 15,24% Março 22.608.609 339.100 624.807 1.718.254 373.042 215.908 78.447 14,82% Abril 22.716.794 344.819 648.307 1.726.476 374.827 265.210 96.196 15,21% Maio 22.148.425 356.667 562.834 1.683.280 365.449 177.157 63.777 14,49% Junho 24.073.477 330.712 587.924 1.829.584 397.212 212.999 77.400 14,27% Julho 25.031.021 329.244 620.914 1.902.358 413.012 236.564 85.883 14,33% Agosto 27.199.553 325.930 748.145 2.067.166 448.793 368.989 133.556 15,05% Setembro 27.429.974 338.220 567.507 2.084.678 452.595 302.614 109.661 14,05% Outubro 26.631.594 380.504 573.582 2.024.001 439.421 330.233 119.604 14,52% Novembro 23.937.870 340.355 432.602 1.819.278 394.975 270.967 98.268 14,02% Dezembro 30.347.472 433.396 771.889 2.306.408 500.733 438.488 158.576 15,19% TOTAL 299.683.258 4.289.492 7.443.326 22.775.928 4.944.774 3.375.766 1.223.196 14,70% MÉDIA ANUAL 24.973.605 357.458 620.277 1.897.994 412.064 281.314 101.933 14,70% Fonte: AUTOR

Observa-se na Tabela 6 que ao somar os resultados das Empresas “A” e “B”, e apurar os tributos com base no regime de tributação lucro real, apura-se uma carga tributária de 14,70%, que se mostra superior à tributação da Empresa “A” e menor do que a tributação da Empresa “B” tanto pelo lucro presumido quanto pelo lucro real. Veja na Figura 4 a diferença na carga tributária quando se compara os regimes de tributação.

14,70% 13,31% 18,74% 25,93% 0,00% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00% 30,00% Planejamento A e B lucro real Planejamento A lucro real Planejamento B lucro presumido Planejamento B lucro real

Carga tributária das empresas

FIGURA 4 - Comparação da carga tributária das empresas nos regimes de tributação

Diante do contexto, não se pode ainda afirmar que uma única unidade empresarial atuando no lucro real se torna viável para fins tributários, pois se faz necessário analisar a carga tributária considerando os somatórios das receitas e dos tributos da empresa planejamento “A” tributada no lucro real e empresa planejamento “B” tributada no lucro presumido de acordo como exposto na Tabela 7.

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TABELA 7 - Carga tributária empresa planejamento “A”lucro real e empresa planejamento “B” lucro presumido - 2007

Total receita e tributo empresa "A" + “B" Valor

∑ Tributos empresa "A" + "B" 41.277.971

∑ Receita empresa "A" + "B" 299.683.258

Carga tributária ∑T / ∑R 13,77%

Fonte: AUTOR

Aponta-se que o custo tributário das unidades separadas calculado na Tabela 7 corresponde a 13,77% que comparado com o custo tributário de ter uma única unidade exposto na Tabela 6 que é de 14,70%, define-se que o modelo apresentado pela empresa gera uma economia tributária de 0,93% o que representa em termos de valores monetários em 2,8 milhões de reais.

No entanto, a empresa planejamento “A” possui um custo administrativo de manter a empresa planejamento “B” unidade tributada no lucro presumido que corresponde a 0,06% da receita total apresentada na Tabela 7 auferida no ano de 2007 correspondendo a R$ 180.000,00 (cento e oitenta mil reais).

Diante dos dados apresentados, concluímos que a empresa planejamento “A” obrigada a ser tributado pelo lucro real ao utilizar como estratégia competitiva a diversificação das receitas com a abertura de uma nova unidade empresarial tributada no sistema de tributação lucro presumido esta gerando uma economia tributária de 0,87% em relação à receita total apresentada na Tabela 7, o que representa em valores monetários R$ 2,61 milhões de reais em economia.

4 Conclusão

A competitividade nos negócios requer cada vez mais esforços criativos, inovadores e dinâmicos de estratégia das empresas. É sob este aspecto que o planejamento tributário deve ser visto pelos empresários e gestores de negócios, cabendo a eles, observar as limitações previstas na legislação tributária e delinear as estruturas e formas lícitas menos onerosas para suas operações.

Diante do atual cenário brasileiro onde os tributos compõem boa parte dos custos das empresas e a escolha do sistema de tributação é determinante para reduzir o ônus tributário, o estudo de caso apresentado buscou evidenciar a estratégia de diversificação das receitas como planejamento tributário a ser adotado.

Os resultados apresentados no estudo de caso evidenciam, de forma bastante clara, como o planejamento tributário pode ser um diferencial relevante no planejamento estratégico empresarial gerando vantagem competitiva para as empresas que o adotam no seu dia-a-dia.

A medida de diversificação da receita com a abertura de uma nova unidade empresarial mostra que a empresa planejamento “A” tributada pelo lucro real quando direcionou parte de sua receita para a nova unidade empresarial planejamento “B” para ser tributada pelo lucro presumido obteve uma economia de 0,93% em relação se estivesse operando somente como lucro real o que representa uma redução no custo tributário de 2,8 milhões de reais.

Diante desta economia tributária, conclui-se que a dissolução da receita tributável de uma empresa em outras unidades empresariais neste caso, proporciona uma redução substancial na carga tributária.

Nesta etapa da análise, ainda não foi possível demonstrar se realmente havia uma economia em termos monetários, pois se faz necessário responder o segundo problema deste

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estudo, que indaga se a redução da carga tributária apresentada acima compensa o custo gerado com a implantação da nova unidade empresarial.

Com a análise do custo administrativo da empresa planejamento “B”, extraída de suas demonstrações contábeis, observou-se que seu custo de gestão representava em relação à receita da empresa planejamento “A” mais a empresa planejamento “B” um percentual de 0,06%.

Confrontado o custo administrativo de 0,06% com a economia tributária gerada de 0,93%, a pesquisa deste estudo demonstrou que a redução da carga tributária com a abertura da nova unidade empresarial, compensou o seu custo de gestão e gerou uma redução no custo tributário em 0,87% representando uma economia de R$ 2,61 milhões de reais para a empresa planejamento “A”.

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