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EIXOS PROGRAMÁTICOS EIXO 1 - GESTÃO DO CRESS

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Academic year: 2021

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EIXOS PROGRAMÁTICOS

EIXO 1 - GESTÃO DO CRESS

- Dar continuidade à gestão colegiada: A gestão colegiada é uma perspectiva de gestão que fortalece o diálogo entre os membros da gestão e busca transcender esta relação com a categoria. Se baseia na concepção de que o conhecimento e as relações acontecem na perspectiva horizontal.

- Representatividade pelo Estado: Manter uma relação orgânica com os NUCRESS e a continuidade da realização dos Plenos Ampliados de Planejamento com as representações de todo o Estado do Paraná.

- Gestão democrática dos recursos com eficiência e responsabilidade: Propõe-se a realização de reuniões e eventos do CRESS/PR em locais com baixo custo para o Conselho, destacando-se aqui sua realização em espaços utilizados pelos movimentos sociais. Propõe-se ainda manter as diárias para viagem no patamar mínimo de cobertura dos gastos, buscando sempre alternativas que possam tornar a gestão dos recursos mais responsável na perspectiva ética, política, administrativa e financeira.

- Realização do Congresso Paranaense de Assistentes Sociais (CPAS) a baixo custo e participativo: Continuidade da experiência vivenciada no VI CPAS, realizado pela atual gestão, com a não contratação de empresa para a organização do VII CPAS e a criação de comissões com participação de profissionais e estudantes de forma orgânica, que sejam responsáveis pelas diversas atividades necessárias para a concretização do evento. Profissionais expositores/as e debatedores/as convidados/as a participar na perspectiva da militância, através do ressarcimento somente de despesas. Realização em local que tenha capacidade para acolher o número de participantes previstos, preferencialmente sem custo ou a baixo custo. Promoção de hospedagem solidária aos participantes que venham de outras regiões.

- Manutenção da relação de valorização dos trabalhadores do CRESS/PR: Estimular a participação dos/as trabalhadores/as do Conselho nos debates da categoria de acordo com a área de atuação de cada um, bem como propor uma programação anual de formação continuada para todos/as.

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- Acompanhar a implementação do plano de cargos e salários em permanente diálogo com trabalhadores/as: Na atual gestão foi implantado o Plano de Cargos e Salários dos/as trabalhadores/as do CRESS/Pr. Foi um processo construído coletivamente, por um GT formado por representantes da gestão e dos/as trabalhadores/as. A proposta passou por aprovação do coletivo dos/as trabalhadores/as e de seu sindicato, como também foi avaliado por uma assessoria jurídica. Na próxima gestão deve dar-se continuidade implantando um sistema de avaliação do trabalho. Avaliação fundamentada em critérios objetivos e que permita aos trabalhadores e trabalhadoras repensar o seu processo de trabalho em busca de melhor qualidade de trabalho e de vida no trabalho. Pretende-se também construir em conjunto com o segmento dos/as trabalhadores/as do CRESS/PR uma proposta de formação continuada, a ser implantada a partir de 2018.

- Continuar a implementação e aprimoramento das condições de Infraestrutura para o desenvolvimento do trabalho e das atribuições precípuas do CRESS: Nesta gestão foi comprada uma sede para a Seccional de Londrina garantindo assim espaço para a efetividade do trabalho dos/as profissionais da seccional. A Agente Fiscal passou a ter uma sala individual que respeite as condições éticas e técnicas do trabalho realizado pela mesma. O espaço agora também permite aos assistentes sociais que atuam na Seccional de Londrina ambiente adequado para as reuniões. Outra ação importante foi a contratação de uma nova agente fiscal aprovada pelo concurso para atender a região de Cascavel, que tem a perspectiva de virar uma nova Seccional. É proposta ainda de continuidade de gestão a contratação de uma nova agente fiscal aprovada em concurso, pois a demanda de trabalho é grande e tem impingido uma sobrecarga de trabalho que inviabiliza respostas mais rápidas às demandas do Conselho e da categoria.

- Continuar a implementação de condições de infraestrutura de acessibilidade no CRESS e no Site do CRESS: O CRESS/PR em 2004 mudou sua sede para a localidade atual atendendo a legislação de acessibilidade, já que no endereço antigo não tinha elevadores e o acesso era somente por escadas. Com a nova sede foi possível realizar no espaço do Conselho as assembleias e reuniões com maior número de pessoas, não necessitando locar ou emprestar locais para estas atividades. Hoje a sede está aberta para reuniões dos/das profissionais de Serviço Social, sendo também um espaço que acolhe e reúne movimentos sociais. Na gestão atual procurou-se viabilizar condições de trabalho para os/as trabalhadores da Seccional de

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Londrina e acessibilidade para todos que procuram a sede do CRESS. Nesse sentido também o site foi adaptado para aqueles/as que são deficientes visuais implantando um aplicativo de voz. Pretende-se aprimorar os equipamentos de comunicação virtual do CRESS e implementar novos mecanismos que possam dar maior capilaridade e agilidade às ações realizadas de modo a enfrentar os desafios de distância geográfica. - Dar continuidade a implementação (da terceira versão) da política de comunicação do conjunto CFESS/CRESS: Capacitar no primeiro ano da gestão a comissão de comunicação e conselheiros/as para implementação da política nacional de comunicação do conjunto CFESS/CRESS.

- Ampliar as iniciativas de transparência do conjunto CFESS/CRESS à categoria e aos trabalhadores do Conjunto qualificando-as de forma a permitir que o conteúdo e as justificativas políticas dessas iniciativas também sejam socializadas.

EIXO 2 – DIREITOS HUMANOS E POLÍTICAS PÚBLICAS

- Mobilização e defesa de uma Seguridade Social ampliada: A Seguridade Social compreende uma agenda de lutas da categoria desde a “Carta de Maceió” que no ano de 2000 reafirma a “concepção de seguridade, entendida como um padrão de proteção social de qualidade, com cobertura universal para as situações de risco, vulnerabilidade ou dano aos cidadãos brasileiros”. Nesse sentido, nessa gestão propõe-se: Fortalecer as trocas de experiências entre os profissionais da base, garantindo a autonomia das câmaras temáticas; Organizar ações articuladas entre as Câmaras temáticas e os NUCRESS, viabilizar várias formas de articulação, encontros descentralizados; Instituir de maneira permanente o mapeamento dos espaços de atuação profissional, e reconhecer e dar apoios aos/as profissionais que estão fazendo a luta cotidiana nestes espaços; Atuar na defesa do Sistema Único da Assistência Social enquanto política pública não contributiva, de responsabilidade primeira do Estado; Compor fóruns e instâncias de representação dessa política pública junto a trabalhadores/as; Manter diálogo permanente e representação junto ao FETSUAS/PR (atualmente o CRESS/PR atua como membro da coordenação executiva desse fórum); Garantir autonomia a Câmara temática de Assistência Social (sendo esse espaço aberto à participação da categoria), no fomento de espaços de formação e construções coletivas; Aproximação em todas as regiões do Estado, através dos

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NUCRESS e da SECCIONAL garantido aproximação das estratégias e fortalecimento da intervenção profissional nessa política pública.

- Fazer o debate dos Direitos Humanos, numa perspectiva critica, denunciando e se contrapondo a concepção de DH jurídico-formal, que mascara o abismo entre a vida cotidiana e as contradições geradas pela sociabilidade capitalista.

- Fomentar estratégias de reflexão e capacitação no enfrentamento ao mimetismo entre profissão e políticas sociais: Historicamente o Serviço Social superou a ideia de que seus objetivos profissionais eram os mesmos que os objetivos institucionais. Entretanto, alguns aspectos têm demonstrado que esta deve ser uma preocupação, especialmente daqueles que pretendem ocupar espaços nos órgãos de direção da profissão. Como nos chama atenção Marilda Iamamoto, há que se ter cuidado com o mimetismo entre a profissão e as políticas sociais. A relação estabelecida pelos órgãos de classe com os demais campos institucionais também representa a forma como se consegue estabelecer a distinção entre o campo dos objetivos profissionais e os objetivos institucionais. Tais relações devem ser balizadas pela construção coletiva de toda a categoria a partir de sua agenda de lutas. Nesse sentido propõe-se: Organizar capacitações permanentes em parceria com as instituições de ensino; Aproximar o diálogo com as instituições empregadoras de Assistentes Sociais, caracterizando as bases de intervenção profissional.

- Fortalecer a participação e representatividade em espaços de Controle Social: É necessário assegurar os direitos já garantidos na Constituição Federal de participação e Controle Social nos diversos espaços em que o CRESS se coloca como representante do segmento de trabalhadores/as. Assim propõe-se: Aproximar as representações do CRESS nos espaços de controle social, como conselhos de direitos e políticas públicas, com as Câmaras Temáticas específicas por área ou tema de abrangência; Possibilitar amplo debate, diálogo e aproximação permanente com as bases de representação do CRESS/PR, de modo que esses profissionais sintam-se respaldados e fortalecidos para representarem o CRESS/PR.

- Garantir a autonomia política e identidade com os movimentos e lutas sociais: A categoria profissional possui acúmulo teórico e político sobre a importância dos partidos políticos na disputa dos projetos de sociedade. É inegável que a organização coletiva é algo necessário para a construção de alternativas. Porém a inserção

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partidária não deve significar a transposição automática de seu programa para órgãos e/ou movimentos. A disputa de ideias e projetos deve ser perseguida, mas a partir da construção coletiva. O debate coletivo é certamente mais lento e mais difícil. E, em se tratando do debate que envolve uma categoria profissional, diz respeito àquilo que acontece no dia-a-dia da prática nos nossos espaços de trabalho. Diz respeito à forma como nos posicionamos perante a sociedade, aos gestores, aos usuários, aos movimentos sociais. Diz, portanto, respeito à forma como fazemos da prática, uma práxis coletiva. Nessa perspectiva propomos: Possibilitar mesas de debate e aproximação com os movimentos sociais e organizações de trabalhadores/as; Garantir rodas de conversa e aproximação de Assistentes sociais no seu cotidiano profissional, refletindo e mobilizando estratégias para garantia de autonomia política profissional.

EIXO 3 - ARTICULAÇÃO COM ENTIDADES, MOVIMENTOS E LUTAS DE TRABALHADORAS E TRABALHADORES

- Promover a aproximação de nossas ações às ações dos movimentos sociais sejam eles populares, sindicais ou da Juventude com comprometimento ético e partilha mútua: A Chapa 1 compreende que quanto mais próximas estiverem nossas ações das ações dos movimentos sociais, com comprometimento ético e partilha mútua, mais fortalecida vai estar nossa categoria na defesa do projeto ético político que defendemos. Nesse sentido propõe-se: Mobilizar a categoria para participar, construir e fortalecer as lutas anticapitalistas de acordo com as especificidades de cada região, considerando as experiências regionais e locais do CRESS/PR e do conjunto CFESS/ CRESS; Promover ações unificadas que reforcem a solidariedade de classe em suas várias formas de organização e manifestação.

- Participação, compromisso e apoio às organizações e lutas das comunidades tradicionais (quilombolas e indígenas) contra todas as formas de opressão (homofóbicas, religiosas, racistas, classistas, machistas ou xenofóbicas), bem como defesa dos sem-teto e sem-terra, por uma reforma agrária e urbana, e nas lutas ambientais.

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- Incentivar diálogos e articulações que contribuam para a construção do poder popular em espaços institucionais (Conferências, Audiências, Fóruns e Conselhos), assim como fomentar a construção de novas práticas e espaços coletivos.

- Garantir o processo de nucleação e outros instrumentos de organização dos/as profissionais nos NUCRESS com espaços de dialogicidade, partilha e fortalecimento dos laços de companheirismo frente às situações cotidianas, para que haja participação crítica e ativa na proposição, formulação e acesso às políticas públicas, exercício da autonomia e respeito às diferenças.

EIXO 4 - EXERCÍCIO PROFISSIONAL, ORIENTAÇÃO E FISCALIZAÇÃO

- Manter a prioridade de visitas das fiscais aos municípios com baixa incidência/presença do CRESS, a partir do mapeamento realizado na última gestão: Nesta última gestão do CRESS, foi realizado mapeamento dos municípios visitados por região de referência de cada agente fiscais. O mapeamento mostrou que diversos municípios não recebiam visitas há alguns anos. A realidade sócio cultural e política de muitos desses municípios, onde o índice populacional é baixo, aponta para uma perspectiva fundada no primeiro damismo, no clientelismo, no assédio e perseguição política aos profissionais que se posicionam na defesa das Políticas Públicas, dos Direitos Humanos, pelas condições éticas e técnicas de trabalho e das atribuições profissionais. Além disso, em municípios pequenos, também existe a tendência de contratação de poucos assistentes sociais para desenvolver diversas atribuições e poucas condições portanto, de organização coletiva entre pares. Tendo em vista esta realidade, foi realizado debate na Comissão de Orientação e Fiscalização para que estes municípios que não estavam sendo atendidos fossem priorizados na agenda de visitas das agentes fiscais de modo a fortalecer a profissão e o projeto ético-político em todo o estado do Paraná.

- Incentivar e manter o debate e as oficinas sobre o sigilo profissional em todo o estado do Paraná: O debate sobre o Sigilo Profissional foi inserido como deliberação do conjunto CFESS-CRESS, a ser realizado primeiramente em cada estado e posteriormente em âmbito nacional, encerrando um ciclo no Seminário Nacional sobre Sigilo Profissional. Em tempos de acirramento do neoliberalismo, do conservadorismo e da intolerância nas mais diversas dimensões, a categoria profissional compreendeu

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que este era um debate de grande importância para a defesa da qualidade dos serviços prestados. No Paraná, a primeira experiência deste debate foi organizado pela Seccional Londrina, em um evento que oportunizou o debate sobre as relações entre ética e sigilo profissional e a realização de uma oficina em que os profissionais passaram a debater o tema a partir de situações que são vividas no exercício profissional cotidiano. A experiência foi tão rica que em conjunto com a seccional, a gestão atual do CRESS/PR resolveu replicar a oficina nas visitas das agentes fiscais e conselheiros/as aos NUCRESS em diversas regiões do estado. No espaço das oficinas sobre o sigilo o CRESS esteve mais próximo dos dilemas éticos do cotidiano profissional, das dificuldades inerentes a precarização das condições éticas e técnicas o que proporcionou um panorama das demandas para o trabalho das agentes fiscais e ainda se tornou um espaço em que muitos e muitas assistentes sociais vieram a se conhecer e se fortalecer enquanto coletivo regional. O Seminário Nacional de Sigilo Profissional foi realizado no final do ano de 2016, depois de muitos debates com a categoria no CRESS/PR. E os elementos destes debates foram levados para o debate nacional. Mesmo tendo encerrado este ciclo, compreendemos que esta é uma oportunidade de nos aproximarmos do cotidiano e dos processos de trabalho dos assistentes sociais em cada espaço sócio ocupacional e em cada região. Entendemos ainda, que o debate do sigilo abrange diversos aspectos do exercício profissional e que não está encerrado. Por isso, propomos manter essa experiência no próximo triênio.

- Dar continuidade a organização e catalogação dos pareceres jurídicos existentes, sistematização dos fluxos e procedimentos da Comissão de Orientação e Fiscalização (COFI), garantindo a autonomia profissional das agentes fiscais e o debate coletivo sobre o funcionamento desta comissão: A COFI é formada por agentes fiscais, conselheiros/as eleitos e profissionais da base convidados(as) para discutir as demandas inerentes a esta atividade finalística do CRESS. Após as consultas que são dirigidas as agentes fiscais, ou das demandas que surgem nas visitas aos espaços institucionais, os temas de maior complexidade e que não compõem o rol de consultas mais corriqueiras, são encaminhadas para debate em reunião da COFI. Por ser uma Comissão que tem o papel de realizar orientações acerca do exercício profissional, a COFI recebe demandas tais como responder sobre o que constitui matéria em Serviço Social e quais requisições estão sendo realizadas aos profissionais de forma indevida; recebe ainda questões relativas a desregulamentação do trabalho, que são verificadas

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por exemplo em diversos editais de concurso público; informação de ausência de condições éticas e técnicas de trabalho; jornada de trabalho inadequada a legislação profissional em vigor, entre outras demandas. Para realizar estas orientações é importante reconhecer a natureza do espaço ocupacional e da instituição a que os profissionais se vinculam, os processos de trabalho, os dilemas éticos e desafios no campo da defesa da seguridade social e dos direitos humanos. Há que se reconhecer, entretanto, que a categoria profissional possui um acumulo teórico e político construído historicamente. E os CRESS são um espaço cuja natureza também lhe demanda a produção de conhecimento sobre o exercício profissional. A sistematização, catalogação de pareceres jurídicos e padronização das orientações, fluxos e procedimentos acerca dos mesmos temas são, portanto, uma necessidade para uma Comissão de Orientação e Fiscalização. Por este motivo, na gestão atual, foi organizado um Grupo de Trabalho de agentes fiscais, cujo produto do trabalho passou a ser debatido e deliberado nas reuniões de COFI. Este trabalho deve continuar para assegurar a qualidade e agilidade dos serviços prestados pelo CRESS.

- Intensificar as ações de enfrentamento às requisições de emissão de laudos e pareceres por parte de instituições do Poder Judiciário e Ministério Público a profissionais que não estejam vinculados a tais instituições: Este tema comparece frequentemente na agenda do CRESS Paraná e em outras partes do Brasil, de modo que esta é uma deliberação que se encontra como prioritária na agenda do conjunto CFESS-CRESS. Na atual gestão diversas ações foram promovidas para a realização do concurso público no Tribunal de Justiça conjuntamente com o SINDIJUS (Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário), da ANJUD (Associação dos Analistas Judiciários) e do CRP (Conselho Regional de Psicologia), do FASP (Fórum de Assistentes Sociais e Psicólogos do Poder Judiciário), visto que o concurso de 2009, que também foi fruto de lutas do CRESS Paraná e de profissionais vinculados ao TJ, não havia preenchido vagas de assistentes sociais em diversas comarcas do estado. Com a ausência de equipes técnicas naquela instituição, os juízes e promotores demandavam a realização de laudos e pareceres aos profissionais do poder executivo, destacadamente os que trabalham na Assistência Social, inclusive sob ameaça de responder judicialmente em caso de negativa. Recentemente o concurso do Tribunal de Justiça foi publicado e novos profissionais ingressaram para o quadro. Agora é preciso realizar incidência política junto ao Tribunal de Justiça, para que os profissionais do Poder Executivo não sejam requisitados pelos magistrados a realizar

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laudos e pareceres, dada a realidade de contratação de equipes próprias. No âmbito do Ministério Público ainda é preciso realizar debate acerca das requisições que tem sido realizadas aos profissionais do Poder Executivo, considerando ainda, as alterações no Código de Processo Civil. Produzir entendimentos acerca daquilo que constitui requisição indevida e realizar incidência política para preservar aquilo que constitui matéria de Serviço Social em cada espaço sócio ocupacional. Por fim, outra ação necessária e uma demanda recorrente apontada pelos profissionais em todo o estado do Paraná, é elaborar Nota Técnica do CRESS sobre produção de documentos e informações aos órgãos do sistema de justiça acerca dos atendimentos prestados aos usuários que tem suas vidas judicializadas. Os chamados “relatórios informativos”, não se confundem com as requisições de avaliação, perícia, laudos e pareceres, mas sua produção envolve o discernimento daquilo que constitui informação sigilosa ou informação necessária a garantia dos direitos e dos parâmetros para sua produção. - Dar continuidade a ação conjunta realizada com o CRP (Conselho Regional de Psicologia) no Sistema Penal (Unidades Penitenciárias e Patronatos): Entre demandas recorrentes que chegaram a COFI na atual gestão, estavam as consultas realizadas por profissionais do Sistema Penitenciários, que vivem condições de trabalho extremamente precárias com o sucateamento do sistema e os dilemas éticos do trabalho realizado em um espaço sócio ocupacional extremamente contraditório. A ação conjunta proporcionou o reconhecimento das questões que materializam o exercício profissional naquele local de trabalho e portanto, a qualificação das orientações que foram realizadas aos profissionais. Além disso, serviu para que o posicionamento dos profissionais fosse levado ao Encontro Nacional CFESS-CRESS sobre a participação nas comissões técnicas de classificação e comissões disciplinares, que configurava uma deliberação nacional. Por fim, a ação conjunta proporcionou a construção coletiva de uma agenda de lutas para enfrentar a política deliberada de sucateamento do Sistema Penal, que tem por finalidade a privatização do sistema, a terceirização e precarização das condições e relações de trabalho desenvolvido pelos profissionais. A agenda de lutas gerada por esta ação, inscritas no relatório de sistematização dos debates, deve continuar entre as prioridades de gestão do CRESS Paraná.

- Realizar debate acerca do exercício profissional dos assistentes sociais em Comunidades Terapêuticas, considerando o acumulo e posicionamento em relação a reforma psiquiátrica e o fortalecimento à práticas de redução de danos: Está é mais

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uma das ações que está prevista como prioridade na agenda nacional do conjunto CFESS-CRESS. Neste triênio foram realizadas visitas as comunidades terapêuticas em todo o país com a realização de um levantamento sobre o exercício profissional nestes espaços sócio ocupacionais. Realizar a sistematização destas informações e o debate acerca deste tema ganha ainda mais relevância em um cenário de retomada do projeto neoliberal na sua versão mais radicalizada e do acirramento do conservadorismo. No âmbito da Seguridade Social, temos vivenciado diversos retrocessos, como o corte orçamentário destinado as políticas públicas e valorização do voluntariado e das ações da sociedade civil. E no caso especifico, com a valorização das comunidades terapêuticas das conquistas históricas no âmbito da Política de Saúde Mental.

- Intensificação das ações em defesa da redução da jornada de trabalho: A promulgação da Lei 12.317/10 foi uma conquista da categoria que contribui para a qualidade dos serviços prestados e para a saúde dos profissionais. Quando a lei foi aprovada, ocorria o XVIII CBAS em Brasília e o CFESS mobilizou o conjunto de profissionais presentes para ocupar as ruas em marcha ao Congresso Nacional e ocupar as fileiras do auditório onde os parlamentares votavam um a um a legislação. Essa conquista é de todos e todas nós. Mas nossa defesa não é apenas corporativa. Nos entendemos como parte constituinte da classe trabalhadora e defendemos a diminuição da jornada de trabalho para o conjunto dessa classe. Por isso, a atual gestão tem buscado, sempre que possível, aliar nossa luta com possíveis conquistas para outros trabalhadores e trabalhadoras, a fim de dar materialidade aos nossos princípios e compromissos ético-políticos. Sabemos que há muito que lutar e conquistar. E que juntos e juntas somos mais fortes. Então nossas propostas são: dar continuidade as ações de orientação da COFI as gestões municipais a cerca da Lei 12.317/10 e intensificar as incidências jurídico-politicas com relação à implementação das 30 horas, com a implantação de um Grupo de Trabalho especifico para o tema, para acompanhar identificar e fortalecer articulações estratégicas com sindicatos no estado do Paraná; Manter os encaminhamentos de orientação as gestões municipais, conforme a lei das 30 horas.

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EIXO 5 - FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Os/as Assistentes Sociais do Paraná estão inseridos em diversos campos sócio ocupacionais, atuando no planejamento e execução de políticas públicas como educação, saúde, previdência, assistência social, habitação, transporte, entre outras, e tem como norte a defesa e ampliação dos direitos de toda a população brasileira. Nosso contexto, marcado pelo processo de reestruturação produtiva nos moldes do sistema de capital, se traduz na ampliação e intensificação da precarização das condições para o trabalho, rebatendo de forma incisiva na nossa categoria profissional e também nos trabalhadores e trabalhadoras.

Com a agudização da pobreza e o acirramento das desigualdades sociais, são eminentes os ataques aos direitos da pessoa idosa, da infância, da adolescência e da juventude, da pessoa com deficiência, dos trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade, das mulheres, das lésbicas, dos gays e de travestis e transexuais.

É por isso que a Chapa 1 Na Contracorrente, tendo como norte o projeto ético-político profissional, mobiliza-se e busca o fortalecimento da luta por melhores condições de trabalho dos/as profissionais. Reconhece a necessidade de valorização da ética e de contrapor-se as diversas formas de mercantilização da vida. Compreende que a melhora da qualidade do trabalho está atrelada a uma formação profissional que contemple todas as necessidades e expectativas da profissão. Reconhece a urgência do debate acerca da mercantilização do ensino e também do processo de precarização do trabalho de professores e professoras, bem como, dos/as estudantes de Serviço Social e àqueles e àquelas inseridos em campos de estágio. Identifica como necessário a criação e fortalecimento de mecanismos que contribuam para o aprimoramento intelectual, referenciado nas diretrizes curriculares aprovadas pela ABEPSS.

É preciso continuar na luta, resistir e buscar formas eficientes de se intervir contra os processos de degradação da vida profissional, sonhar e buscar a efetivação da valorização da formação e do trabalho profissional.

Como agir em relação a valorização do ensino e da práxis profissional? Conheça as propostas da Chapa 1 no eixo Trabalho e Formação Profissional:

- Fortalecimento da Câmara Temática de Trabalho e Formação Profissional com participação de docentes, profissionais de base e estudantes, articulada às entidades representativas da categoria e Unidades de Ensino.

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- Dar continuidade à articulação com ABEPSS e ENESSO, a partir da Câmara Temática de Trabalho e Formação Profissional, construindo mecanismos que possibilitem a ampliação da participação de profissionais e estudantes, nas atividades do Plano de Lutas em Defesa do Trabalho e da Formação e Contra a Precarização do Ensino Superior.

- Fortalecer a parceria dos espaços já existentes entre as entidades da categoria. Destacando-se: a ABEPSS Itinerante, Fórum de Supervisores, Encontro Regional de Estudantes, Congresso Paranaense de Assistentes Sociais e outros

- Ampliar a participação das/dos estudantes no CRESS, viabilizando a participação orgânica no processo de construção de espaços de debate a partir da realidade das/dos estudantes: Na atual gestão do CRESS buscou-se a aproximação com os estudantes através da ampliação das Câmaras Temáticas estimulando a participação de estudantes, o convite à representantes da ENESSO na organização de eventos como o VI CPAS, bem como o envolvimento de Estudantes na realização do ABEPSS Itinerante.

- Estabelecer proximidade entre o CRESS e os profissionais formados em todas as modalidades de ensino, com vistas ao fortalecimento do projeto ético-político profissional, mantendo a autonomia crítica sobre os processos de precarização do ensino;

- Dar continuidade a realização de oficinas e outras atividades que debatam temas pertinentes à formação profissional, a exemplo do estágio supervisionado, com metodologia que promova a participação efetiva das/dos profissionais envolvidos/as, estudantes e residentes: Compreendendo a supervisão de estágio como parte constitutiva do processo de formação profissional, vislumbra-se ampliar, em parceria com a ABEPSS, os encontros entre os agentes envolvidos no referido processo, realizando a interlocução entre as instituições de ensino/Unidades Formadoras;

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