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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

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Academic year: 2021

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Campus Liceu Salesiano Fone: (19) 3744-6800

Rua Baronesa Geraldo de Resende, 330 – Guanabara | CEP: 13075-270 Campinas – SP CNPJ: 60.463.072/0010-98

PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO

DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

Projeto Pedagógico do Curso de Educação Física, Licenciatura.

Campinas 2018

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Campus Liceu Salesiano Fone: (19) 3744-6800

Rua Baronesa Geraldo de Resende, 330 – Guanabara | CEP: 13075-270 Campinas – SP CNPJ: 60.463.072/0010-98 SUMÁRIO 1. A INSTITUIÇÃO 1.1. Identificação ... 5 1.2. Histórico da instituição ... 5 1.3. Identidade corporativa ... 7 1.3.1. Missão ... 7 1.3.2. Visão ... 7

1.3.3. Valores e Princípios da Qualidade ... 7

1.3.4. Concepções filosóficas e políticas de ensino, pesquisa e extensão ... 8

1.4. Avaliação Institucional ... 10

1.4.1. Contextualização ... 10

1.4.2. Atuação dos Grupos de Qualidade e ações decorrentes dos processos de avaliação ... 11

1.5. NAP - Núcleo de Assessoria Pedagógica ... 12

1.6. Pastoral Universitária ... 12

2. O CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA 2.1. Inserção regional do curso ... 13

2.2. Organização didático-pedagógica ... 16

2.3. Objetivos do curso ... 19

2.4. Perfil do egresso ... 21

2.5. Coordenação do curso ... 22

2.6. Articulação da gestão do curso com a gestão institucional ... 24

2.7. Colegiado do curso ... 25

2.8. Núcleo Docente Estruturante ... 25

2.9. Atuação do corpo de tutores (cursos a distância e presenciais que ofertam até 20% da carga horária a distância) ... 26

2.9.1. Relação docentes e tutores presenciais e a distância por estudante ... 26

2.10 PPC - Projeto Pedagógico do Curso ... 26

2.10.1. Articulação do PPC com o Projeto Institucional – PPI e PDI ... 26

2.10.2. Coerência do currículo com os objetivos do curso ... 27

2.10.3. Coerência do currículo com o perfil desejado do egresso ... 28

2.10.4. Coerência do currículo com as Diretrizes Curriculares Nacionais – DCN ... 28

2.10.5. Adequação da metodologia de ensino à concepção do curso ... 30

2.10.6. Coerência dos procedimentos de avaliação dos processos de ensino e aprendizagem com a concepção do curso ... 31

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Campus Liceu Salesiano Fone: (19) 3744-6800

Rua Baronesa Geraldo de Resende, 330 – Guanabara | CEP: 13075-270 Campinas – SP CNPJ: 60.463.072/0010-98

2.10.7. Inter-relação das unidades de estudo ... 33

2.10.8. Matriz curricular ... 34

2.10.9. Ementários e bibliografias ... 37

2.11. Estágio curricular supervisionado ... 66

2.11.1. Relação com a rede de escolas da Educação Básica... 68

2.11.2. Relação entre licenciandos, docentes e supervisores da rede de escolas da Educação Básica ... 69

2.11.3. Relação entre a teoria e a prática ... 69

2.12. Trabalho de Conclusão de Curso ... 70

2.13. Atividades acadêmico-científico-culturais ... 70

2.13.1. Monitoria ... 71

2.13.2. Projeto Integrado ... 72

2.14. Práticas Pedagógicas Inovadoras ... 72

2.15. Práticas Pedagógicas Inclusivas ... 73

2.15.1. Disciplina obrigatória de Libras ... 74

2.16. Práticas de Extensão ... 75

2.17. Práticas de Pesquisa ... 76

2.18. Ambiente Virtual de Aprendizagem...76

2.18.1. Atividades de Tutoria (item obrigatório para cursos ofertados a distância e para cursos que ofertam até 20% a distância) ... 78

2.19. Cultura Empreendedora ... 79

2.20. Educação Ambiental ... 79

2.21. Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Indígena (Resolução CNE/CP N° 01 de 17 de junho de 2004) ... 80

2.22. Direitos Humanos (Resolução CNE/CP Nº 1, de 30/05/2012) ... 81

2.23. Condições de Acessibilidade para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida (CF/88, art.205, 206 e 208; na NBR 9050/2004, da ABNT; Lei Nº 10.098/2000; Decretos Nº 5.296/2004, Nº 6.949/2009, Nº 7.611/2011 e na Portaria Nº 3.284/2003) ... 81

2.24. Tecnologias de informação e comunicação no processo de ensino-aprendizagem ... 87

2.25 Material didático institucional ... 87

2.26. Mecanismos de interação entre docentes, tutores e estudantes ... 90

2.27 Procedimentos de avaliação dos processos de ensino-aprendizagem...90

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Campus Liceu Salesiano Fone: (19) 3744-6800

Rua Baronesa Geraldo de Resende, 330 – Guanabara | CEP: 13075-270 Campinas – SP CNPJ: 60.463.072/0010-98

3. CORPO DOCENTE E PESSOAL TÉCNICO-ADMINISTRATIVO

3.1. Política de Contratação ... 92

3.2. Planos de carreira docente e de pessoal técnico- administrativo ... 92

3.3. Plano de educação, treinamento e desenvolvimento de docentes e técnico-administrativo ...93

3.3.1. Programa de pós graduação Lato Sensu e Stricto Sensu ... 94

4. INFRAESTRUTURA 4.1. Laboratórios ... 95

4.1.1. Laboratórios didáticos ... 96

4.2. Biblioteca ...100

4.3. Salas de aula ...101

4.4. Gabinetes para Docentes Período Integral ...101

4.5 Auditórios, ambientes de convivência, ...101

4.6 Acessibilidade ...102 5. ATENDIMENTO AO ESTUDANTE 5.1. Atendimento psicopedagógico ...103 5.2. Programa de Nivelamento...104 5.3. Política de Bolsas ...105 5.4. Política de Intercâmbio ...106 6. POLÍTICAS DE AVALIAÇÃO 6.1. Avaliação do rendimento acadêmico ...107

6.2. Avaliação institucional ...109 Anexos

A. Relação de docentes do curso com suas respectivas formações e títulos, experiência profissional não acadêmica e a acadêmica estratificada por ensino superior e fundamental/médio e as respectivas produções científicas, culturais e técnicas nos últimos três anos.

B. Currículo Lattes do coordenador do curso.

C. Relação dos profissionais da equipe técnico-administrativa com suas respectivas formações e títulos, experiência profissional não acadêmica e acadêmica.

D. Regulamento das Atividades Complementares dos Cursos de Graduação do Centro Universitário Salesiano de São Paulo.

E. Regulamento do Estágio Supervisionado.

F. Regulamento para o exercício de monitoria, nos cursos de graduação do Centro Universitário Salesiano de São Paulo.

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5 PARTE I

1. A INSTITUIÇÃO 1.1. Identificação

Mantenedora: LICEU CORAÇÃO DE JESUS CNPJ: 60.463.072/0001 - 05

Mantida: CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO Chanceler: Pe. Justo Ernesto Piccinini

Reitor: Prof. Me. Pe. Eduardo A. Capucho Gonçalves

Pró-Reitora Ensino, Pesquisa e Pós-Graduação: Profa. Dra. Eliana Rodrigues Pró-Reitor Administrativo: Prof. Me. Nilson Leis

Pró-Reitor de Extensão, Ação Comunitária e Pastoral: Prof. Me. Antônio Wardison C. Silva Diretor de Operações: Prof. Me. Marcelo Augusto Scudeler

Coordenador do Curso de Educação Física: Prof. Dra. Roseane de Fátima Guimarães Czelusniak Telefone: (19) 3744-6800

E-mail: coordenação.ef@ls.unisal.br Site: www.unisal.br

Endereço: Rua Baronesa Geraldo de Rezende, 330. Campinas. SP. CEP 13075-270

1.2. Histórico da Instituição

O Centro Universitário Salesiano de São Paulo resulta do reconhecimento da qualidade de ensino oferecido pelas Faculdades Salesianas, por meio de Decreto Presidencial de 24/11/1997, consagrando, assim, uma das iniciativas da congregação salesiana que está presente no Brasil desde 1883, quando iniciou suas atividades, primeiramente na cidade de Niterói (RJ), com a fundação do seu primeiro colégio. Desde então vem consolidando sua estrutura administrativa e patrimonial, por meio de vigorosos investimentos na área da educação, o que ocasionou uma significativa expansão de suas escolas nos diversos graus de ensino. Esse crescimento teve ainda maior ênfase nas escolas de Ensino Fundamental e Médio, em função do próprio carisma salesiano - a educação de jovens - lema maior e inspirador de todas as ações de seu patrono temporal, São João Bosco. Em 1895, foi fundado em Lorena o Colégio São Joaquim, do qual se originou o Instituto Salesiano de Pedagogia e Filosofia, destinado à formação de pessoal para os colégios salesianos. Nesse instituto, além de uma sólida cultura filosófica, ministrava-se, de modo especial, o ensino da Pedagogia e das outras Ciências da Educação e, mais recentemente, desde 1952, trabalha-se pela instalação e manutenção de cursos superiores. Ainda que, em 1939, a direção do Instituto de Pedagogia e Filosofia tenha dado os primeiros passos para a realização da antiga aspiração, somente em 1952, o então Conselho Federal de Educação aprovou o funcionamento dos primeiros cursos.

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6 O Liceu Coração de Jesus, a partir de 1993, assumiu a mantença de todos os cursos superiores das suas unidades localizadas no interior do Estado de São Paulo - quais sejam Americana, Campinas, Lorena e na Capital - em processo aprovado pelo Conselho Federal de Educação, pelo Parecer CFE nº 13/93, homologado pelo Ministro da Educação (Portaria nº 209 de 19 de fevereiro de 1993).

A partir daí consolidou sua estrutura acadêmica por meio das várias unidades mantidas, sob a forma integrada, denominadas Faculdades Salesianas, arcabouço da Universidade Salesiana, que redundou no Centro Universitário Salesiano de São Paulo - UNISAL.

O UNISAL atualmente (10/2017) tem um total de 10.958 alunos matriculados em cursos de Graduação distribuídos nas unidades sediadas em Americana, Campinas, Lorena e São Paulo, além de 1.514 alunos de Pós Graduação Lato Sensu (153 cursos) e Stricto Sensu (2 cursos).

No que tange ao Curso de Educação Física modalidade Licenciatura, está sediado no campus de Campinas - unidade Liceu Salesiano Nossa Senhora Auxiliadora, em formato semestral com 08 períodos.

Primando pela qualidade no ensino, o quadro de professores é constituído em sua maioria de Mestres e Doutores no UNISAL como um todo, o que não é diferente no curso de Educação Física. Em razão desses indicadores, o Centro Universitário Salesiano contempla IGC 3. E, ainda no primeiro semestre letivo de 2011, o UNISAL recebeu visita de recredenciamento institucional e avaliado com conceito final 4 (quatro). O Curso de Educação Física – Bacharelado – recebeu visita para reconhecimento do curso em abril/2014, recebendo Conceito final 4 (quatro). O Curso de Educação Física – Licenciatura – recebeu visita para reconhecimento do curso em novembro/2016, recebendo Conceito final 4 (quatro).

Na cidade de Campinas, o UNISAL abrange duas Unidades: São José e Liceu Salesiano. A Unidade São José teve origem na Faculdade Salesiana de Tecnologia, aprovada em 1980, sob Parecer no 6.348/78 e a autorização em 26/02/81, pelo Decreto no 85.768, embora as suas atividades tenham sido iniciadas somente em fevereiro de 1987, com os cursos de Tecnologia em Eletrônica Industrial e Tecnologia em Instrumentação e Controle. O reconhecimento desses cursos ocorreu em 07 de maio de 1992, sob o Parecer no 321/92.

Em 19 de fevereiro de 1993, a Fastec integrou as Faculdades Salesianas pela Portaria MEC 209/93, junto às unidades de Americana e Lorena, vinculando-se à mantenedora, Liceu Coração de Jesus, com sede no Largo Coração de Jesus, 140 - São Paulo - SP.

A Unidade Liceu Salesiano iniciou suas atividades em 2001, após a elaboração do Projeto Pedagógico do Curso de Direito, com a participação de professores da área compromissados com o projeto de curso, em sintonia com os cursos de Americana e Lorena, preservadas as especificidades locais. Em 2012, iniciou-se nesta unidade, o Curso de Educação Física - graduação/bacharelado. Em fevereiro de 2014, iniciou-se o Curso de Licenciatura em Educação Física. Estes cursos também foram projetados sob os preceitos Salesianos e cumprindo todas as determinações legais. A estrutura física é totalmente adequada à prática de atividades físicas.

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7 1.3. Identidade corporativa

1.3.1. Missão

O UNISAL, fundado em princípios éticos, cristãos e salesianos, tem por missão contribuir na formação integral de cidadãos por meio da produção e difusão de conhecimentos e de cultura em um contexto de pluralidade.

1.3.2. Visão

Consolidar-se como instituição de educação superior nacional e internacionalmente reconhecida como centro de excelência na produção e transmissão de conhecimentos e na qualidade de serviços prestados à comunidade.

1.3.3. Valores e Princípios de qualidade

A Pedagogia Salesiana é baseada no Sistema Preventivo de Dom Bosco que acredita que os jovens são agentes de sua própria história e que seu potencial para o bem pode ser estimulado. Assim, Dom Bosco firmou sua estratégia educativa sob um conjunto de crenças e valores. Com sua orientação religiosa cristã, a Educação Salesiana acredita que: a) na Igreja, Deus nos chama a sermos sinais e portadores do amor aos jovens, especialmente os mais pobres; b) todo jovem tem potencialidade para o bem; c) o jovem é protagonista de sua formação e de sua história; d) a Escola é ambiente capaz de desenvolver a educação integral, humana e cristã; e) a função da escola é educar e não somente instruir.

Esses Postulados de Fé, fundamentando a ação educativa salesiana, produzem profundas consequências na sua forma de conceber o conhecimento, como matéria-prima da educação. Os valores são: a) o critério preventivo; b) o ambiente educativo; c) as forças interiores; d) a presença animadora; e) a relação pessoal.

O critério preventivo procura encaminhar as possibilidades para experiências positivas de forma a prevenir as experiências deformantes, ajudando a viver em plenitude as aspirações, os dinamismos e impulsos.

O ambiente educativo salesiano pretende ser um ambiente acolhedor, em que os educandos possam se encontrar com os amigos e conviverem em alegria. Os relacionamentos são marcados pela confiança e festa, trabalho, cumprimento do dever. As expressões livres e múltiplas do protagonismo acontecem com tranquilidade.

As forças interiores, previstas como estratégia educativa, preconizam que a razão, a religião e o amor educativo sejam os seus sustentáculos. É importante o sentido do bom senso, flexibilidade e persuasão; da religiosidade inerente a cada ser, inserido no processo educativo, independente da religião escolhida e da cordialidade que faz crescer e cria a corresponsabilidade.

A presença animadora pressupõe ir ao encontro dos educandos e acolhê-los desinteressadamente e com solicitude, colocar-se em atenta escuta de seus pedidos.

A relação pessoal é mais um dos valores preconizados no Sistema Preventivo de Dom Bosco. Essa relação se baseia na valorização e respeito constante do patrimônio individual e da acolhida incondicional do educando. Procura sempre o diálogo, incansavelmente, e demonstra sua confiança no ser humano assim como a oferta personalizada de propostas educativas.

O rosto salesiano, hoje, caracteriza-se por: a) formar uma rede, a chamada Família Salesiana, que está espalhada pelo mundo, originando no Brasil a Rede Salesiana de Escolas (RSE); b) buscar eficiência e qualidade por intermédio de conteúdos significativos, oferecendo instrução, privilegiando o educativo, atento e crítico aos fenômenos culturais,

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8 interagindo educativamente e procurando superar didáticas repetitivas, orientando para um projeto de vida com visão humana e evangélica do trabalho e atualização permanente; c) basear-se nos valores evangélicos, com identidade católica, porém aberta aos valores multirreligiosos e multiculturais; d) fundamentar-se na Pedagogia Salesiana e no Sistema Preventivo, que busca a formação da pessoa, estimulando o protagonismo juvenil; e) atuar consciente da função e responsabilidade social privilegiando currículos adaptados; promovendo a formação social e profissional; animando o ambiente e atuando preventivamente.

1.3.4. Concepções filosóficas e políticas de ensino, pesquisa e extensão

Conforme definido no PPI (Projeto Pedagógico Institucional), a educação que queremos deve levar em conta as múltiplas dimensões da experiência humana e capacitar o educando para lidar com o universo de informações a que está exposto, nem sempre éticas e construtivas. Trata-se de considerar o educando como sujeito de sua própria formação. Para isso, pode-se e deve-se explicitar a realidade atual e a realidade que se quer construir, ou seja, tornar clara a concepção de homem que embasa os projetos pedagógicos.

A concepção filosófica da educação salesiana orienta a construção e a materialização dos projetos pedagógicos de curso por meio dos quais buscamos educar para as múltiplas competências e habilidades através de um currículo rico de experiências concretas e atividades complementares. Orienta-se para o protagonismo do educando em todas as suas faces, possibilitando seu desenvolvimento e autonomia, como realização pessoal e serviço à comunidade, em consonância com a missão salesiana de transformação social e dos valores da cidadania solidária e participativa. O UNISAL reconhece a riqueza da razão humana, sem deixar esquecer seus limites internos e sua possibilidade de cair no erro e na intolerância. Por isso cultiva-se sempre, uma firme decisão pelo conhecimento racional contra as mistificações e massificações, aliada a uma cultura da compreensão humana como abertura ao outro e à diversidade, mediada pelo diálogo esclarecedor e compartilhamento de decisões.

Essa concepção toma forma no Sistema Preventivo de Educação, coluna dorsal e espírito que anima todas as obras educativas salesianas, inculturado nos mais diversos quadrantes do globo.

O Sistema Preventivo é uma espiritualidade e uma metodologia pedagógica, que se caracteriza: a) pela vontade de viver entre os jovens e educandos, participando de sua vida, com atenção às suas verdadeiras exigências e valores; b) pela acolhida incondicional que se torna força promocional e capacidade incansável de diálogo; c) pelo critério preventivo que acredita na força do bem presente em todo jovem e procura desenvolvê-la mediante experiências positivas; d) pela centralidade da razão, que é bom senso nas exigências e normas, flexibilidade e persuasão nas propostas; da religião, entendida como desenvolvimento do sentido de Deus, inerente a cada pessoa; da cordialidade, que se exprime como amor educativo que faz crescer e cria correspondência; e) pelo ambiente positivo entranhado de relações pessoais, vivificado pela presença amorosa e solidária, que é animadora e ativadora dos educadores e do protagonismo dos próprios jovens.

Por isso, sustenta-se a filosofia salesiana de educação na herança cultural universal, ensinada, pesquisada e divulgada diuturnamente nos vários canais acadêmicos, à luz de uma reverência pelo saber e pela ciência, aliada à vigilância crítica e criativa, sem o que não avançam as ciências da vida e da natureza, as ciências humanas e sociais, com

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9 destaque para as ciências da educação, mediações necessárias para que o país entre no concerto das nações dotadas de uma plataforma humana e cultural à altura de suas aspirações e necessidades.

Adota-se como Política de Ensino uma concepção da estrutura curricular, fundamentada em metodologia de ensino que articule o ensino, a pesquisa e a extensão.

Ensino, pesquisa e extensão são atividades básicas do universo acadêmico, configurando-se distintamente, dadas às suas especificidades, porém, idealmente articuladas. Essas atividades referem-se a tratamentos e dimensões do conhecimento, no sentido de sua produção, compreensão, socialização e democratização.

A pesquisa caracteriza-se como um modo de produção de conhecimentos, regido por critérios de legitimidade científicos e institucionais. As condições históricas afetam a pesquisa, uma vez que a mesma é sensível às demandas da prática social e agenciada por interesses não acadêmicos, de natureza econômica e política, que definem políticas de regulação e financiamento institucionais, estabelecendo critérios avaliativos que incidem nas condições concretas e materiais de se fazer pesquisa.

A pesquisa é atividade desenvolvida pontualmente nas diversas disciplinas, mediante orientação dos respectivos professores, e de projetos específicos, desenvolvidos pelos docentes e discentes nos níveis exigidos pela comunidade acadêmica. A Instituição incentiva e propõe programas de iniciação científica (p.ex., BIC-SAL), Mostras de Produção Científica, cursos de pós-graduação lato e stricto sensu e, ainda políticas de intercâmbio com Universidades nacionais e internacionais.

O ensino, enquanto processo de compreensão e socialização do acervo cultural e científico sistematizado da humanidade, necessita da pesquisa para oxigenação, revigoramento e atualização. O ensino sem a pesquisa corre o risco de estagnação e reprodução de um conhecimento descontextualizado e acrítico. O ensino, a pesquisa e a extensão estão interligados, em que pesem práticas específicas que resguardam a identidade de suas funções e de seus procedimentos, mas promovendo contribuições recíprocas, necessárias e desejáveis.

O ensino e a pesquisa desdobram-se nas ações extensionistas em que são aplicados os conhecimentos hauridos nas atividades acadêmicas, transpondo, por vezes, os muros da Instituição para atingir a comunidade em dimensão ampla. A extensão e ações comunitárias possibilitam socializar e democratizar o conhecimento, firmando compromissos de responsabilidade social, como um exercício de cidadania e, para tanto, elegeu princípios e políticas de ação comunitária: a) tornar relevante socialmente o conhecimento produzido dentro do espaço acadêmico; b) oferecer condições para os profissionais traduzirem, para o campo operativo, os conhecimentos que vêm produzindo; c) criar instrumentos que interpretem o contexto histórico-cultural, mediante compromisso com as lutas de transformação social e cultural, com foco na construção da cidadania e priorização de segmentos da população excluída; d) estabelecer parcerias com segmentos da sociedade, visando à contribuição para seu processo organizativo e a diminuição das desigualdades sociais, econômicas e políticas, favorecendo a transformação social; e) formar e incentivar grupos de estudos e pesquisa que elaborem projetos eficazes, por meio da sistematização dos dados da realidade; f) participar de eventos sociais e filantrópicos visando atingir as comunidades carentes na orientação jurídica e na luta pela cidadania; h) propiciar atividades da Pastoral Universitária visando à animação de toda coletividade; i) manter contatos com entidades de financiamento de projetos e serviços à coletividade; j) incentivar a participação dos docentes e membros

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10 da comunidade nos projetos de extensão e de ação comunitária; k) explicitar os eixos de articulação entre os projetos extensionistas e de ação comunitária e as linhas de pesquisa do UNISAL; l) desenvolver processos de avaliação continuada desses projetos e manter o registro de dados necessários ao suporte, acompanhamento, avaliação e divulgação das atividades comunitárias; m) fomentar parcerias com segmentos da sociedade que contribuam com a realização de projetos extensionistas e de ação comunitária; n) estimular o desenvolvimento de conteúdos integradores e essenciais por meio de processos interdisciplinares; o) estimular o desenvolvimento do espírito crítico e analítico, preparando os estudantes para a resolução dos problemas enfrentados na atuação profissional; e p) entender a graduação entendida como etapa de construção das bases para o desenvolvimento do processo de educação continuada.

Ainda nesta perspectiva, impõe-se no plano operacional que a estrutura curricular desenhada implique: a) incentivar o trabalho em grupo e a formação de equipes interdisciplinares; b) incentivar a aquisição e assimilação de conhecimentos de forma interdisciplinar; c) fortalecer a articulação da teoria com a prática, valorizando a pesquisa individual e coletiva, assim como a monitoria, os estágios e a participação em atividades de extensão; d) estimular práticas de estudo que promovam a autonomia intelectual.

Desde 2012, O UNISAL tem promovido anualmente um Seminário de Extensão, no sentido de divulgar e discutir projetos e atividades de extensão desenvolvidos na Instituição como um todo.

1.4. Avaliação institucional 1.4.1 Contextualização

A Avaliação Institucional possui duas vertentes: a externa e a interna. A externa dá-se pelo INEP, em princípio, mediante visitas in loco, por uma Comissão de Avaliadores MEC/INEP, para autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento de Curso. A avaliação interna é realizada pela CPA - COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO, que, mediante relatórios anuais encaminhados ao INEP subsidia as Comissões externas, razão de sua relevância.

A CPA – COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO - é um órgão colegiado permanente de avaliação interna institucional, autônomo e obrigatório em todas as Instituições de Ensino Superior do país, criado pela Legislação do Ensino Superior do MEC e do Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior - SINAES, com o objetivo de avaliar organizar e articular o processo de Autoavaliação Institucional, nas Instituições de Educação Superior (IES), nos termos da Lei Federal n. 10.861/2004.

Por ser o UNISAL multicampi, a CPA é única, composta por membros dos vários campi, com representantes do corpo docente, do corpo discente e da sociedade civil.

Os instrumentos de autoavaliação desenvolvidos pela CPA, periodicamente, aplicados aos alunos, docentes, colaboradores e gestores, constituem importantes ferramentas e subsídios para o planejamento acadêmico, com o objetivo de aprimorar a qualidade de ensino, pesquisa, extensão, metodologias, recursos didático-pedagógicos, gestão administrativa, ambientes físicos, políticas de inclusão, atividades de preservação ambiental, de culturas africana e indígena, ações de responsabilidade civil, com entrelaçamento das dez dimensões previstas na Lei do SINAES, as quais, em 2014, foram enquadradas e reorganizadas em cinco eixos avaliativos, tais sejam:

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11 Eixo 1: Planejamento e Avaliação Institucional. Dimensão 8: Planejamento e Avaliação

Eixo 2: Desenvolvimento Institucional Dimensão 1: Missão e Plano de Desenvolvimento Institucional; Dimensão 3: Responsabilidade Social da Instituição

Eixo 3: Políticas Acadêmicas. Dimensão 2: Políticas para o Ensino, a Pesquisa e a Extensão; Dimensão 4: Comunicação com a Sociedade; Dimensão 9: Política de Atendimento aos Discentes

Eixo 4: Políticas de Gestão. Dimensão 5: Políticas de Pessoal; Dimensão 6: Organização e Gestão da Instituição; Dimensão 10: Sustentabilidade Financeira.

Eixo 5: Infraestrutura Física: Dimensão 7: Infraestrutura Física.

A análise dos dados colhidos nos instrumentos da CPA oferece um diagnóstico da rotina acadêmica, dos pontos fortes e das eventuais fragilidades da Instituição, de tal forma que permita verificar o cumprimento da missão e das políticas institucionais, bem como os setores e áreas a merecer adequado investimento institucional, tomadas de decisões, sinalizando os aspectos que requerem aprimoramentos contínuos da qualidade acadêmica.

Os resultados dos instrumentos avaliativos são divulgados na comunidade acadêmica, inclusive, ao Grupo de Qualidade, e apresentados, obrigatoriamente, ao Ministério da Educação, por meio de relatórios anuais, com seus índices expressos quantitativa e qualitativamente.

A CPA conta com participação a de todos os envolvidos na Instituição: alunos, professores, coordenadores, colaboradores, corpo técnico-administrativo, ex-alunos, sociedade civil, para fazer o diagnóstico institucional, de forma a assegurar: 1) o caráter público da ampla divulgação dos resultados e as ações propostas a partir das discussões locais; 2) a análise pelo Grupo de Qualidade local: 3) a sensibilização de toda a comunidade acadêmica para a avaliação institucional; 4) a elaboração do relatório geral da CPA, encaminhado anualmente ao MEC .

Bimensalmente, a CPA elabora um Boletim com as melhorias dos vários campi, advindas dos resultados das avaliações. Enfim, a CPA contribui para o desenvolvimento de processo de autoconhecimento, de autocrítica, numa perspectiva construtiva, ética e dialógica.

1.4.2 Atuação dos Grupos de Qualidade e ações decorrentes dos processos de avaliação

A Comissão Permanente de Avaliação, para agilizar as análises dos resultados dos instrumentos aplicados e propostas de aprimoramento, definiu a implantação de um Grupo de Qualidade, como uma longa manus da CPA. Imprescindível que todos os membros do Grupo de Qualidade conheçam a fundamentação legal da CPA (Lei 10.861/04 - SINAES) e sua importância para o autoconhecimento institucional.

O Grupo de Qualidade deve ser formado pelo Coordenador de Curso, representantes docentes e discentes, colaboradores dos vários setores acadêmicos para que, de posse dos resultados das Avaliações Internas UNISAL, possam analisar, detalhadamente, os dados, gráficos, percentuais e comentários, com o fim de, primeiramente, tomar ciência, e, posteriormente, propor e/ou sinalizar ações, a curto, médio ou longo prazo, dentro das possibilidades, em especial, orçamentárias institucionais.

Para tanto, o Grupo de Qualidade, mediante um cronograma, reúne-se e elabora um Relatório com todos os aspectos analisados e sugestões em relação a um programa de melhoria, encaminhado aos gestores para conhecimento e viabilização de diretrizes para um planejamento operacional, de modo a transformar apelos em efetivas ações. O grupo

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12 de Qualidade possui também a atribuição de divulgar a sua atuação aos corpos discente e docente, e também ouví-los em suas sugestões e reivindicações.

A CPA recebe cópia de cada Relatório do Grupo de Qualidade para integrar o Relatório anual encaminhado ao MEC, embora, fique claro que a função da CPA é apenas diagnóstica e não operacional, pois esta cabe, irrestritamente, aos gestores institucionais.

1.5. Núcleo de Assessoria Pedagógica (NAP)

Ao Núcleo de Assessoria Pedagógica (NAP) compete o suporte pedagógico aos professores em sua atuação diária: práticas pedagógicas inovadoras, cursos de aprimoramento pedagógico, além de atividades metodológicas aos docentes na área de estudo.

Foi criado com o intuito de pesquisar as principais necessidades pedagógicas do corpo docente e, a partir dessas informações, indicar formas de atuação que possam contribuir para o bom desempenho do professor em sala de aula. A propositura de reflexões sobre as práticas pedagógicas também é outra função do NAP.

Ao NAP cabe, ainda, o desenvolvimento de programas de formação continuada de professores, buscando a qualidade dos processos educativos, estimulando a produção científica e didático-pedagógica do corpo docente e motivando a interdisciplinaridade, assim como, o reconhecimento pelo desempenho dos professores.

Frentes de trabalho

A. Suporte pedagógico: indicação de cursos de aprimoramento, indicação de fontes de atuação, propositura de reflexões pedagógicas, desenvolvimento de programas de formação continuada (inclusive referente à inclusão), estímulo à produção científica;

B. Acompanhamento das avaliações institucionais junto aos coordenadores: identificar as maiores dificuldades observadas pelos alunos; e

C. Reconhecimento de desempenho e valorização do professor como política de “premiação” a ser discutida com o diretor de operações aos professores que se destacarem nos quesitos do regulamento próprio.

1.6. Pastoral da Universidade (PdU)

Os valores do espírito e da pedagogia salesiana “enriquecem a natureza, a atividade e o estilo de ser universitário das IUS”. Assim, o documento Identidade das IUS traz quatro itens que favorecerão as estratégias pastorais na universidade:

A. Uma opção prioritária pelos jovens, especialmente das classes populares;

B. Uma relação integral entre cultura, ciência, técnica, educação e evangelização, profissionalismo e integridade de vida (razão e religião, bons cristãos e honestos cidadãos);

C. Uma experiência comunitária baseada na presença, com espírito de família, dos docentes e o pessoal de gestão entre e para os estudantes; e

Um estilo acadêmico e educativo de relacionamentos, baseado num amor manifestado aos alunos e por eles percebido (amorevolezza).

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13 PARTE II

2. O CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA – LICENCIATURA 2.1. Inserção regional do curso

O Centro Universitário Salesiano de São Paulo - UNISAL é uma das 53 IUS (Instituição Salesiana de Educação Superior) presentes em países da América, Europa, Ásia e África, inserido no Estado de São Paulo, abrangendo as cidades de São Paulo, Campinas, Americana, estendendo-se ao vale do Paraíba, na cidade de Lorena.

A cidade de São Paulo, maior cidade do Brasil, principal centro financeiro corporativo e mercantil da América Latina, com população superior a doze milhões de habitantes e precária distribuição de renda, representa espaço de grande concentração de propostas de educação superior em instituições públicas e privadas, estando o UNISAL consolidado na Unidade Santa Terezinha, inserido no bairro de Santana; no Campus Liceu Coração de Jesus, sediado no Bom Retiro, que alberga a Mantenedora; e no Campus Pio XI, na Lapa.

Os outros três municípios que sediam o UNISAL, Campinas, Americana e Lorena têm características bem distintas: Campinas, a 98 Km de São Paulo, com mais de um milhão de habitantes, grande pólo industrial, econômico, populacional, alto custo de vida, possui duas Unidades: São José e Liceu Salesiano que concorrem com IES públicas e privadas de tradição e respeitabilidade, e com outras que entram no cenário universitário, com anuidades concorrentes; Lorena, a 198 km de São Paulo, com cerca de cem mil habitantes, estrategicamente localizada no Vale do Paraíba, de grande prestígio pela excelência de ensino; Americana, a 124 Km de São Paulo, com mais de duzentos mil habitantes, sobressai-se por sua qualidade de vida.

As quatro Unidades do UNISAL situam-se em regiões que enfrentam uma enorme gama de problemáticas sociais, desde crianças e jovens em situação de risco; desemprego; analfabetismo; miséria; descaso com o meio ambiente; perpassando também todo tipo de violência urbana.

A inserção do UNISAL em várias unidades, separadas por quilômetros, não impede a realização de políticas comuns de ensino, pesquisa e extensão garantidoras da unidade de valores éticos, princípios, identidade e missão de âmbito salesiano.

Com a diversidade de problemáticas nas regiões de cada Unidade, importa pesquisar primeiro as necessidades, os anseios, as carências, conflitos emergentes na área social, pois o princípio tem foco no espírito de não apenas “servir o outro”, mas, sobremaneira “promovê-lo”, evitando assistencialismos. Isso significa perquirir as necessidades.

O UNISAL como um todo, considerando as singularidades locais, e comprometimento com a formação de profissionais competentes, éticos com postura humanístico-social, direciona as suas ações acadêmicas de ensino, pesquisa e extensão para uma meta comum, educação, exercício de cidadania e de promoção social, mediante políticas de responsabilidade social.

Os investimentos em políticas de responsabilidade social previstas no PDI e demais documentos salesianos são efetivos estímulos para que o UNISAL se dispusesse a ser protagonista nas mudanças sociais. O alunado transpõe as fronteiras das suas unidades para lançar-se a projetos extensionistas atendendo a comunidade local, também em periferias, em ações de promoção social, em fidelidade ao carisma salesiano de privilegiar o mais carente. É o caso do

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14 projeto Recreando Sonhos, que atende crianças carentes dos 7 aos 15 anos, com atividades lúdicas, envolvendo alunos e professor do Curso de Educação Física, constituindo-se em Projeto de Extensão ligado à disciplina de Recreação, Lazer e Cultura Popular.

Pelo desenho geográfico das cidades abrangidas pelo UNISAL, cabe verificar como ocorre a competitividade no ensino superior, e ainda a disparidade no custo de vida, indicadores que refletem diretamente na oferta e demanda. O UNISAL destaca-se pela sólida proposta educacional, pela conscientização de atender os mais necessitados, pelo rigor acadêmico, pela gestão estratégica, pela inserção dos egressos no mercado de trabalho local, regional e nacional, o que significa que a Instituição tem repercutido no cenário universitário brasileiro e contribuído para a melhoria da sociedade, no que tange às ações e políticas de responsabilidade social.

Acreditando que o Curso de Educação Física - Licenciatura está entre os cursos prioritários para o desenvolvimento educacional, social e da saúde, e localizando-se numa região com alto índice populacional - 1.154.617 habitantes (Prefeitura de Campinas, 2015), cuja realidade social se caracteriza por inúmeros focos de carência, este curso pretende formar profissionais que venham atender as necessidades da comunidade onde está inserido, já que esta é considerada a 2ª maior região do Estado de São Paulo (em nível populacional e de desenvolvimento sócio-econômico-cultural).

Identificou-se ainda, uma crescente demanda de estudantes por um curso de Educação Física que oferecesse uma infraestrutura de alto nível, de recursos humanos titulados e qualificados, e competência desenvolvida por uma longa experiência na área do ensino, desde a Educação Infantil até a Pós-graduação.

A implantação do curso de Licenciatura em Educação Física na Unidade Campinas Liceu reveste-se de grande importância na medida que colabora para o aperfeiçoamento da proposta educacional da Instituição, que teve seu início na educação, como consta do Plano de Desenvolvimento Institucional 2011 a 2015, assumindo o compromisso de formar profissionais com ética, competência e humanidade.

Além de destacar-se no campo do desenvolvimento tecnológico, servindo à comunidade e estabelecendo parcerias com empresas e universidades, o Centro Universitário UNISAL – Campinas funciona com seus dois campi: São José e Liceu Salesiano, reunindo as condições necessárias e oferecendo todos os recursos exigidos para o funcionamento de um curso de Educação Física.

A instituição salesiana de ensino procura promover as pessoas, utilizando-se fundamentalmente do processo da Educação. Daí a preocupação com a qualidade do ensino, traduzida num corpo docente de elevado nível de titulação e preparo, em bibliotecas atualizadas e informatizadas, em laboratórios bem equipados, em salas confortáveis, além de áreas de atividades físicas, lazer e convivência. Neste particular, oferece uma estrutura de qualidade inigualável na região, constituída por um complexo poliesportivo de 12.000 metros quadrados, com ginásios, salas de ginástica, musculação e lutas, pista de atletismo, campos de futebol, piscina coberta e aquecida, vestiários, cantina. Oferece também um complexo cultural de alto nível, com bibliotecas, auditórios e espaço para galeria de arte, apresentação de painéis e atividades afins no Campus Liceu.

Por esses motivos, a relevância da criação de um curso de Licenciatura em Educação Física no UNISAL – Unidade Campinas Liceu, a fim de que se possa atender aos compromissos com os quais se defronta, prestando atendimento à

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15 comunidade, quer no nível de projetos de extensão e estágios, quer no suprimento de professores de Educação Física para a Educação Básica.

A Política de Ensino tem foco especial no perfil e na qualificação do corpo docente. Em relação ao seu perfil, o UNISAL quer um docente capaz de atuar na pesquisa, no ensino e na extensão, que tenha sensibilidade pelo jovem, que acolha e conviva com os jovens e, que crie um ambiente centrado na pessoa humana, no diálogo e na colaboração. Cabe aos docentes vivenciarem um estilo acadêmico e educativo baseado na presença e no amor manifestado aos alunos e por eles percebido. O docente é corresponsável pelo projeto educativo do UNISAL.

A Política de Ensino indica ainda, que o UNISAL, para ter relevância no sistema de educação superior brasileiro, privilegia a formação por competências e habilidades, estrutura a concepção curricular de modo a favorecer a flexibilidade e a interdisciplinaridade, incentiva as parcerias com organizações públicas e privadas, investe em projetos alinhados com a identidade e com a missão institucional, fortalece a pastoral universitária, e, fomenta a inovação, a produção do conhecimento e a participação da comunidade acadêmica.

A Política de Pesquisa do UNISAL, alinhada com a missão Institucional, declara querer contribuir para a formação integral de cidadãos, “através da produção e difusão do conhecimento”, o que significa um compromisso com a pesquisa institucionalizada, que se realiza através dos Núcleos e Centros de Estudos dos cursos de graduação, do apoio institucional à iniciação científica, dos grupos de pesquisa cadastrados no diretório do CNPq e dos grupos de pesquisa vinculados aos programas de pós-graduação. Definem-se como princípios da pesquisa no UNISAL a relevância social, a atualidade dos temas e a eficácia dos resultados, a exequibilidade, a ética, a indissociabilidade, a transdisciplinaridade, a transparência e o compromisso com a Identidade Institucional.

Os objetivos das políticas de pesquisa são: produzir conhecimento socialmente relevante; propor soluções às necessidades sociais; ter incidência científica e reconhecimento acadêmico; estabelecer intercâmbios e parcerias com Instituições Universitárias, salesianas ou não, desde que respeitada a identidade institucional e os valores cristãos e salesianos. O UNISAL definiu como mecanismos de apoio à pesquisa: um fundo de pesquisa, critérios para a solicitação de apoio financeiro aos projetos, prazos de financiamento, critérios de análise dos projetos e demais procedimentos de apoio aos docentes, além da formação de um Comitê de Ética (a partir de novembro de 2014). A Instituição tem uma vocação para a pesquisa, por isso, a política de pesquisa contempla o investimento nos programas de pós-graduação e nos grupos de pesquisa. Os programas de pós-graduação têm como objetivo a formação e capacitação continuada de profissionais, que já atuam, ou que querem atuar no mercado de trabalho. Na Política de Extensão, em decorrência de sua identidade, o UNISAL caracteriza-se por um serviço qualificado à sociedade, com foco no segmento juvenil. Concentra seus esforços na gestão integradora entre ensino, pesquisa e extensão. Como eixos norteadores, o UNISAL privilegia a educação social, entendida como a educação do ser humano que se prepara para a convivência com seus semelhantes, a educação continuada, compreendida como projetos de capacitação permanente nos diversos processos de aprendizagem e as ações focadas na melhoria e resolução de necessidades sociais e educacionais. São diretrizes da extensão no UNISAL: construir e consolidar a aprendizagem, socializar o conhecimento produzido no espaço acadêmico, centrar esforços na construção da cidadania, estabelecer

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16 parcerias com segmentos da sociedade, favorecer a inclusão social, contribuir para a melhoria da qualidade de vida, preservar o patrimônio cultural e ambiental, e formar pessoas compromissadas com a sua sustentabilidade.

As ações de ação comunitária e de extensão desenvolvidas pelo UNISAL nascem das demandas da sociedade, das diretrizes pedagógicas dos cursos de graduação e dos projetos sociais desenvolvidos pelos salesianos. Há vínculos estreitos entre Projetos Pedagógicos dos cursos de Graduação e as Políticas de Extensão, a título exemplificativo, as atividades desenvolvidas no Projeto Recreando Sonhos - Esperança e Vida, envolvendo alunos e professores.

Os projetos de extensão têm como público alvo a comunidade e comprovam que o UNISAL tem vocação social, atende às demandas da sociedade e exerce com consistência a responsabilidade social. O UNISAL, em parceria com os projetos sociais da Congregação Salesiana, é uma IES que colabora efetivamente para a melhoria das condições de vida da população com baixo poder aquisitivo.

O UNISAL atua como uma Instituição articulada com o desenvolvimento regional e local. Todos os projetos pedagógicos dos cursos de graduação indicam a inserção do curso com a região e a localidade. Especificamente, em Campinas, que é um dos polos da tecnologia do Estado de São Paulo, o UNISAL favorece a produção de tecnologia em parceria com as indústrias, desenvolve cursos de capacitação e forma pessoas para agirem em um polo que exige, cada vez mais, profissionais capacitados, uma vez que o Curso de Educação Física – Licenciatura forma profissionais preocupados com a qualidade de vida dos indivíduos com que se defronta, o que deve ser difundido ainda na Educação Básica.

2.2. Organização Didático-pedagógica

O UNISAL propõe um Curso de Licenciatura em Educação Física, com a finalidade de promover no estudante, a competência do desenvolvimento intelectual e profissional autônomo e permanente, no sentido de permitir a continuidade do processo de formação acadêmica e/ou profissional. Baseado em princípios e valores humanos e cristãos, com a responsabilidade de educar cidadãos para uma sociedade em mudança, preocupa-se essencialmente com o aspecto social, visando o bem comum. Desta forma, é intenção proporcionar, ao longo do curso, Projetos de Extensão e de Iniciação Científica, bem como parcerias, envolvendo alunos e comunidade, com a finalidade de atender tanto suas necessidades e anseios, quanto possibilitar um contato mais próximo com a realidade da atuação profissional, integrando teoria e prática, numa dialética de constante reflexão.

O currículo proposto visa construir perfil acadêmico e profissional com competências, habilidades e conteúdos, dentro de perspectivas e abordagens contemporâneas de formação, pertinentes e compatíveis com referências nacionais e internacionais, capazes de atuar com qualidade, eficiência e resolutividade, com o objetivo do aluno:

- aprender a conhecer, dominando os meios e métodos pelos quais se pode adquirir conhecimento, aprendendo a aprender;

- aprender a fazer, para agir sobre o meio envolvente, combinando a técnica e o aspecto social (capacidade para trabalhar em equipe, iniciativa);

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17 Especificamente no curso de Licenciatura, a Educação Física caracteriza-se por uma formação baseada no saber conhecer, saber fazer e saber intervir. Neste caso, o saber conhecer contempla uma fundamentação filosófica, histórica, antropológica, sociológica, psicológica e política, visando a compreensão do fenômeno educação, dentro de diferentes perspectivas. O saber fazer, implica na utilização do referencial teórico baseado na ação – reflexão - ação, aplicado sobretudo nas práticas pedagógicas, estágios supervisionados e disciplinas de conhecimentos técnicos da área. Partindo-se do pressuposto de que a meta da educação deva ser a cidadania, um educador deve ser preparado para a aplicação de seus saberes na sociedade onde está inserido. Assim, deve ser competente para realizar e opinar sobre assuntos relevantes da sua comunidade, cidade, região, estado, país. Esta é a função da formação para saber intervir. Permeando toda a formação do professor, encontra-se o saber ser e o saber conviver, numa coerência ética necessária ao exercício cotidiano da convivência.

Ressalta-se ainda, que todas as disciplinas de fundamentação teórico - metodológica além de tratarem de seu saber específico, devem versar sobre o conhecimento pedagógico - didático, abordando a relação professor – aluno no processo ensino – aprendizagem, as formas de organização do espaço escolar, as formas e os objetivos da avaliação e a utilização dos recursos e das novas tecnologias na educação. Portanto, será necessário adotar tal postura no cotidiano da formação dos futuros docentes, com a finalidade de buscar a coerência entre o discurso e a prática, em consonância com o conceito da simetria invertida, “onde o preparo do professor, por ocorrer em lugar similar àquele em que vai atuar, demanda consistência entre o que faz na formação e o que dele se espera” (Resolução CNE/CP1, 2002). O Curso de Educação Física – Licenciatura apresenta uma organização curricular cuja Formação Geral abrange 1840 horas, Núcleo de Aprofundamento abrange 560h e o núcleo de estudos integradores apresenta 980h. A formação suplementar acontece por meio de Atividades teórico-práticas (atividades complementares) - 200h e Estágio Supervisionado - 400h, uma vez que os estágios são orientados antes em sala de aula, de forma que projetos de estágios são elaborados em conjunto com os alunos e com a instituição concedente.

A carga horária total do curso é 3380 horas, de disciplinas, TCC, estágio e atividades teórico-práticas (atividades complementares).

As disciplinas que compõem o currículo proposto estão incluídas em núcleos temáticos conforme o conhecimento que as caracteriza, como segue:

Núcleo de estudos de formação geral: Anatomia Humana I

Atividades Rítmicas e Expressivas Biologia Humana

Ginástica Geral

Introdução aos Esportes Coletivos Recreação, Lazer e Cultura Popular Anatomia Humana II

Atividades Aquáticas Atletismo

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18 Bioquímica Geral e do Exercício

Crescimento e Desenvolvimento Motor Ginástica Rítmica

Aprendizagem e Controle Motor Futebol

Ginástica Artística Handebol

Lutas

Estatística aplicada à Educação Física Profilaxia e Socorros de Urgência Educação Física Adaptada Basquetebol Cinesiologia Geral Fisiologia Humana Voleibol Estágio Supervisionado I Prática do Estágio I Estágio Supervisionado II Prática do Estágio II Estágio Supervisionado III Prática do Estágio III Estágio Supervisionado IV Esportes Complementares Prática do Estágio IV

Núcleo de aprofundamento e diversificação de estudos das áreas de atuação profissional: Antropologia Teológica I

Antropologia Teológica II História da Educação Física

Fundamentos Filosóficos da Educação Física Fundamentos Pedagógicos da Educação Física Fundamentos Sócio-antropológicos da Educação Física Educação Física na Educação Infantil

História da Educação

Organização e Gestão Escolar

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19 Psicologia da Educação

Organização de Eventos

Educação Física no Ensino Fundamental II e Médio Educação em Sexualidade

Núcleo de estudos integradores para enriquecimento curricular: Língua Portuguesa

Atividades Prático-Pedagógicas Metodologia da Pesquisa Científica Libras

Trabalho de Conclusão de Curso I Trabalho de Conclusão de Curso II Atividades Teórico-práticas

A dimensão prática ocorre no interior das disciplinas, através de vivências práticas nos espaços poliesportivos, laboratoriais, intra e interdisciplinares complementadas pelos Projetos e atividades de Extensão e estágios curriculares, configurando 400 horas de Atividades prático-pedagógicas.

O Centro Universitário Salesiano dispõe de tecnologia de informação de ponta, de forma que a presença da prática profissional na formação do professor poderá ser enriquecida. Metodologias de Ensino Ativas, como instrução aos pares, situações simuladoras, estudos de caso, além de narrativas orais e escritas de professores, e produção de alunos, são estratégias de ensino que fazem parte da metodologia de ensino adotada pelos professores do curso, privilegiando a relação teoria/prática.

É fundamental também, a preparação para a elaboração e execução de projetos de desenvolvimento dos conteúdos curriculares, assim como para o uso de tecnologias da informação e da comunicação e de metodologias, estratégias e materiais de apoio inovadores. Para isso, torna-se essencial o exercício de atividades de enriquecimento cultural, como Semana de Educação Física (que tem ocorrido anualmente no mês de setembro), Seminário de Extensão, Mostra de Produção Científica, Simpósios, Jornadas, Semanas Interdisciplinares, Jogos Intra e Intercursos, entre outras, que são oferecidas na própria instituição, bem como fora dela. Nesses eventos é relevante o envolvimento do aluno, desde a elaboração do projeto até a organização e execução do mesmo, fomentando o desenvolvimento de hábitos de colaboração e de trabalho em equipe.

2.3. Objetivos do Curso

O objetivo da Licenciatura em Educação Física é o de fornecer aos alunos uma fundamentação teórica e aplicada que os habilite a atuar no ensino formal, planejando, executando e avaliando a disciplina Educação Física na Educação Infantil, no Ensino Fundamental e Médio, sob uma perspectiva crítica, criativa e integradora. Assim, o Profissional

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20 formado nesta modalidade poderá atuar em programas de disciplinas para todas as séries, dentro de uma perspectiva crítica e de conformidade com a LDB 9394/96.

2.3.1. Objetivo Geral

Assegurar formação competente e eficaz do professor para atuação na educação formal, identificando a dinâmica do processo de mudança que ocorre atualmente na ciência e na educação, com condições para transportar esse conhecimento para o interior de sua área de produção epistemológica. Desta forma, a promoção do ensino, da pesquisa e da extensão, constituem-se aspectos essenciais à formação profissional contínua.

Ainda, identificar conhecimentos de natureza técnica, científica e cultural com visão ética, crítica e criativa, para atender às diferentes manifestações do Movimento Humano, compreendendo, analisando, pesquisando, esclarecendo, transmitindo e aplicando conhecimentos bio–psico– sociais e pedagógicos do movimento humano nas suas diversas expressões, levando em conta contexto histórico – cultural. Deste modo, perceber e integrar as competências, princípios e formas de intervenção na realidade escolar, que constituem o perfil do professor de Educação Física na Educação Básica, analisando-os na relação dinâmica entre o ser humano e o meio ambiente.

Portanto, realizar a construção do conhecimento iluminado pelo diálogo entre ciência e fé, de forma a conciliar a capacitação e a formação humana.

2.3.2. Objetivos específicos

Reconhecer a complexidade que é o fenômeno corporal, procurando estudá-lo à luz da cultura histórica e antropologicamente produzida e no contexto da sociedade moderna;

Desenvolver as competências referentes ao comprometimento com os valores inspiradores da sociedade democrática e à compreensão do papel social da escola;

Reconhecer a Educação Física Escolar como uma disciplina curricular no interior da Escola, onde em seu planejamento, desenvolvimento e avaliação, estejam presentes a preocupação com a cultura do movimento e as interfaces com as demais disciplinas curriculares;

Assegurar o domínio dos conteúdos e seus diferentes significados a serem socializados nos diferentes contextos e sua articulação interdisciplinar;

Proporcionar conhecimentos sobre crianças, adolescentes e jovens, incluindo as especificidades dos alunos com necessidades educacionais especiais, bem como as das comunidades indígenas;

Propiciar o domínio do conhecimento didático- pedagógico necessário à atuação profissional;

Planejar, desenvolver e avaliar conteúdos do componente curricular Educação Física segundo as diversas formas e concepções pedagógicas;

Analisar e discutir aspectos sobre a dimensão cultural, social, política e econômica da educação;

Reconhecer a Escola como um local de produção de conhecimento, de pesquisa, e utilizar-se desse espaço para o projeto de uma sociedade mais justa, colaborando para a formação do cidadão.

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21 2.4. Perfil do egresso

No âmbito escolar, o trabalho do Professor de Educação Física deve estar norteado nos fins e objetivos estabelecidos pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nos projetos pedagógicos de cada Instituição de Ensino e nas Políticas e Planos da localidade onde atuará.

Sua formação deverá seguir as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, considerando as competências referentes: aos valores inspiradores da sociedade democrática; à compreensão do papel social da escola; ao domínio e significados dos conteúdos a serem socializados e sua articulação interdisciplinar; ao domínio do conhecimento pedagógico; ao conhecimento de processos de investigação; ao gerenciamento do próprio desenvolvimento profissional.

O professor de Educação Física deve possuir iniciativa, habilidades e conhecimentos para avaliar, sistematizar e decidir a conduta mais adequada para a situação-problema em questão, utilizando de modo apropriado os procedimentos didático-metodológicos e materiais.

Deve ainda, saber identificar, planejar, programar, organizar, dirigir, coordenar, supervisionar, desenvolver, avaliar e lecionar os conteúdos do componente curricular/disciplina Educação Física na Educação Infantil, no Ensino Fundamental, Médio e Superior e atividades de natureza técnico-pedagógicas (Ensino, Pesquisa e Extensão) no campo das disciplinas de formação técnico-profissional no Ensino Superior, objetivando a formação profissional.

As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica (2002) indicam que na formação deste profissional deve-se “considerar o conjunto das competências necessárias à atuação profissional”. Deste modo, o curso de Licenciatura deve:

- garantir a constituição das competências objetivadas na educação básica; - contemplar diferentes âmbitos do conhecimento profissional do professor; - ir além do que os professores irão ensinar nas diferentes etapas da escolaridade;

- orientar a aprendizagem pelo princípio metodológico geral traduzido pela ação – reflexão – ação, apontando a resolução de situações – problema como uma das estratégias didáticas privilegiadas.

Os aspectos mencionados apontam para a necessidade de um profissional crítico, criativo, reflexivo e autônomo, preocupado tanto com a capacitação quanto com a formação humana de seus educandos, capaz de conscientizá-los da necessidade de um estilo de vida ativo para a melhoria da qualidade de vida, competente para construir possibilidades de ação frente a um mundo em constante transformação.

De acordo com GALLARDO (1997), a formação humana tem relação com o desenvolvimento da criança como pessoa, capaz de ser procriadora, junto com as outras, de um espaço de convivência social desejável. Por isso, a formação humana da criança como tarefa educacional consiste na criação de condições que a orientem e a apoiem em seu crescimento como ser capaz de viver o auto respeito e o respeito pelos outros.

O autor acrescenta que a capacitação como tarefa educacional, consiste na criação de espaços de ações onde se exercitem as habilidades que se deseja desenvolver, ampliando-se as capacidades de fazer, com reflexão sobre esse fazer, como parte da experiência que se vive e se deseja viver (GALLARDO, 1997).

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22 Segundo a Resolução CNE/CP1 (2002), os conhecimentos para a constituição das competências do professor de Educação Física na escola deverão contemplar além da formação específica referente às diversas etapas de educação básica, o debate contemporâneo, envolvendo as questões culturais, sociais, econômicas, e o conhecimento sobre o desenvolvimento humano e a própria docência, acrescentando-se como fundamentação, os princípios éticos e valores cristãos.

Para tal, objetiva-se trabalhar em interação sistemática com as escolas de educação básica (pública e privada), desenvolvendo Projetos de Extensão, de Iniciação Científica, bem como estágios ao longo do curso, para que a prática pedagógica permeie a formação do referido profissional, relacionando teoria e prática, bem como o incentivo à pesquisa.

2.5. Coordenação do Curso

A Coordenação do Curso de Educação Física – Licenciatura é exercida pela Prof. Dra. Roseane de Fátima Guimarães Czelusniak, com dedicação de 20 horas semanais para esse fim.

Sendo assim, a coordenação presidirá o Colegiado de Curso e manter-se-á vinculada a ele. De natureza acadêmico-administrativa, cabe ao Colegiado a condução do curso nos termos das atividades previstas no Projeto Pedagógico e Planos de Ensino, o que envolverá reuniões periódicas de Planejamento, o acompanhamento da execução e a avaliação, registradas em Ata, para momentos de reflexão, análises e encaminhamento de definições pelos superiores. No Colegiado, há representação discente.

A coordenação do curso de Educação Física - Licenciatura será apoiada: a) pela CPA, à qual compete gerenciar a Avaliação Institucional baseada nas 10 dimensões definidas no SINAES e subsidiar a coordenação de curso com dados e informações que propiciem a melhoria das atividades do curso; b) pela Biblioteca, a quem compete atender aos alunos e docentes nas solicitações de objetos de estudo e pesquisa, atualização de acervo, entre outras; c) por um auxiliar de coordenação graduado em História e Filosofia; d) por uma equipe responsável pelos laboratórios e auditórios, a quem compete preparar os equipamentos para utilização dos docentes e discentes, planejamento e encaminhamento das necessidades; e) por um Orientador da Pastoral; f) por uma pedagoga que responde pelo Serviço de Atendimento ao Estudante (SAE); g) por um (a) professor (a) responsável pela organização e supervisão do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC); por um (a) professor (a), com a função de Supervisor (a) de Estágio; h) Pelo Núcleo Docente Estruturante, regulamentado pelo ato regulatório do INEP (Reconhecimento de Curso), que também é composto por professores do Curso, devidamente remunerados aos quais compete, mais diretamente, a atualização, implantação e consolidação do Projeto Pedagógico de Curso. O NDE abrange também as atribuições do Grupo de Qualidade do Curso (GQC, nos termos do Projeto de Avaliação Institucional do UNISAL) ao qual compete analisar as informações provenientes da Avaliação Institucional e outras demandas acadêmicas e propor ao Colegiado de Curso ações efetivas, visando à melhoria da condução e execução do PPC de Educação Física - Licenciatura; i) por um setor de Assistência Social para análise de situações discentes de carência econômico-financeira a exigir procedimentos de assistência institucional ou triagens a órgãos e setores de assessoramento nesse sentido; j) pela disponibilização de excelente infraestrutura física para desenvolvimento de todas as atividades didático pedagógicas, incluindo, além das

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23 salas de aulas: dois auditórios; um anfiteatro; uma biblioteca ampla e arejada; midiateca; laboratórios de informática, de Anatomia, de Biologia e Bioquímica, de Motricidade Humana; complexo poliesportivo; sala de Coordenação; e Sala de Professores. Todas as salas de aula possuem caixas de som para viabilizar comunicados e orientações da coordenação, de forma simultânea.

Para suas atividades administrativas, a Coordenação de Curso conta com uma sala devidamente apropriada para o desenvolvimento de suas atividades, assim como para receber alunos, professores, visitantes, diretores, pró-reitores e reitor. É equipada com mesa, cadeiras, armários, computador, impressora, telefone, ar condicionado, decoração com plantas ornamentais.

Todos os setores de apoio pautam suas atividades no cumprimento do PPC do curso. Suas atividades estão voltadas tanto para o apoio aos docentes quanto aos discentes.

Ao Coordenador de Curso compete: a) cumprir e fazer cumprir as decisões, bem como as resoluções e normas emanadas dos órgãos superiores; b) presidir o Colegiado de Curso; c) coordenar as atividades dos professores que integram o curso, dirimindo as dúvidas e questões que surgirem, assegurando a sua articulação interna; d) encaminhar aos órgãos deliberativos propostas de alteração do currículo pleno do curso; f) organizar o elenco das disciplinas, o horário das aulas em cada período letivo, observando o currículo pleno; g) supervisionar o cumprimento da integralização curricular e a execução dos conteúdos programáticos; h) analisar e homologar o aproveitamento de estudos e a adaptação de disciplinas; i) articular a contratação de professores; j) comunicar as horas-aula semanais dos professores ao Departamento de Pessoal e Secretaria, bem como suas respectivas alterações; k) exercer o poder disciplinar no âmbito do curso.

O coordenador do curso deve ter consciência de que não atuará somente como gestor de recursos, mas também como gestor de potencialidades e oportunidades internas e externas. Portanto, ele deverá ser o primeiro a favorecer e implementar mudanças que aumentem a qualidade do aprendizado contínuo pelo fortalecimento da crítica e da criatividade de todas as pessoas envolvidas no processo, ou seja, alunos, docentes, funcionários, corpo administrativo, corpo financeiro, entre outros. Cabe a ele, também, incentivar a produção de conhecimentos, neste cenário global de intensas mudanças, por meio da pesquisa, e animar a comunidade acadêmica, para implementar ações solidárias que concretizem valores de responsabilidade social, justiça e ética. Do coordenador espera-se o desenvolvimento de várias atividades capazes de articular todos os setores e fortalecer a coalizão do trabalho em conjunto, para incrementar a qualidade, legitimidade e competitividade do curso, tornando-o um centro de eficiência, eficácia e efetividade rumo à busca da excelência.

A função dos coordenadores é considerada estratégica, por isso é objeto de contínua atenção no UNISAL. Nesse sentido, a Unidade de Ensino de Campinas possui, além do Conselho de Unidade, que é formalmente definido no artigo 13 do Estatuto, um fórum adicional que congrega os coordenadores dos cursos de graduação e o diretor operacional (eventualmente também outros diretores), para apoio à atuação dos coordenadores e tomadas de decisão em conjunto; estrutura essa da qual faz parte também a coordenadora de Educação Física - Licenciatura.

Os coordenadores de curso do UNISAL são designados pelo reitor para um mandato de dois anos, renovável se assim o definir a Reitoria.

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24 2.6. Articulação da gestão do curso com a gestão institucional

Na gestão do curso, a Coordenação preside as reuniões do Núcleo Docente Estruturante (NDE), bem como as reuniões de Colegiado do Curso, e encaminha as deliberações para análise e apreciação do Conselho Superior Universitário (CONSU), conforme previsto no Estatuto do UNISAL.

Na ação executiva, o coordenador reúne-se regulamente com os outros coordenadores de curso, também com o diretor de operações do Campus Liceu Salesiano unidade de Campinas e com todos os outros órgãos envolvidos na administração para em conformidade com as demandas previstas no PPC (Projeto Pedagógico do Curso), nas metas estratégicas previstas no PDI (Projeto de Desenvolvimento Institucional) e nas políticas definidas no PPI (Projeto Pedagógico Institucional), acompanhar, avaliar, providenciar recursos e garantir a execução do PPC.

As atividades previstas para a coordenação de curso possuem sempre dois olhares: o primeiro, da gestão do curso e o segundo, da gestão institucional. Isto significa dizer que, no UNISAL, o PPI, o PDI e o PPC são os documentos institucionais de referência e participação dos diversos segmentos envolvidos.

É imprescindível à Coordenação extrair os princípios gerais dos documentos institucionais supracitados como norteadores das políticas de atualização pedagógica, de aperfeiçoamento profissional docente, de valorização do contexto quando a Instituição passa por mudanças, de tal forma que as ações acadêmicas e os Projetos Pedagógicos de Curso ocorram em um conjunto de processos institucionalizados na busca de unidade de procedimentos, com vistas ao cumprimento da sua missão e identidade.

Dessa articulação da gestão do curso com a gestão institucional já se colhem os frutos da atuação acadêmica apoiados na tríade - pessoa, profissional e instituição - que inclui o fortalecimento de relações democráticas com transparência, comunicação, participação e interesses coletivos prevalecendo sobre os individuais. De tal articulação deriva a concepção e atualização dos projetos pedagógicos dos cursos, propiciando maior autonomia intelectual discente pela prática de estudo além da sala de aula, a título ilustrativo, nos espaços livres para as atividades complementares. Sem dúvida, as ações direcionadas e fundamentadas nas políticas de gestão institucional geram reflexos na gestão do curso.

A implementação do Núcleo Docente Estruturante (NDE) no curso é essencial para viabilizar a articulação, pois alçam os professores à condição de protagonistas do processo de atualização contínua do UNISAL, mediante as políticas institucionais. Os professores do NDE assumem o processo de aprimoramento deflagrado pelo UNISAL, ao serem os responsáveis pela atualização, acompanhamento e avaliação continuada do Projeto Pedagógico de Curso.

A articulação da gestão do curso com a gestão institucional representa uma convergência de critérios educacionais preceituados nos documentos PDI e PPI, concebidos como práxis, no sentido de que a ação produz também a transformação do agente e não se restringe à dimensão visível do trabalho docente, nem à sala de aula, mas atua em sintonia com os processos formativos e de desenvolvimento organizacional e estrutural do UNISAL.

Referências

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