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EXMO(A). SR(A) PRESIDENTE DA COMISSÃO ESPECIAL ELEITORAL DO CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

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1/10 EXMO(A). SR(A) PRESIDENTE DA COMISSÃO ESPECIAL ELEITORAL DO CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Assunto: Representação contra o a publicação do gabarito da prova objetiva, resultado da análise da prova dissertativa e divulgação da lista de aprovados à Eleição do Conselho Tutelar.

Requerentes: Ivanez de Oliveira Barros e outros

PARECER EXTRAJUDICIAL Nº 39/2019

I – DOS FATOS

Em 07/08/2019, foi protocolado, neste órgão Ministerial, cópia do Requerimento apresentado por alguns candidatos contra o resultado provisório das provas objetivas e dissertativas do processo seletivo visando ao cargo de Conselheiro Tutelar, objetivando obter: caderno de prova, bem como a correção das questões dissertativas com suas justificativas das notas atribuídas aos candidatos, ora Recorrentes.

No mesmo dia, 07/08/2019, às 11h20m, houve reunião com alguns candidatos, onde foi relatado que, durante a realização das provas, houve a substituição do caderno de provas da candidata Ronessa e que, em determinado momento das provas, a sala ficou sem nenhum fiscal.

Foi realizada reunião com a Comissão Eleitoral do CMDCA, em 07/08/2019, neste Ministério Público, ocasião em que a referida Comissão foi orientada a fornecer o caderno de resposta de todo candidato que assim requeresse, para possibilitar a interposição de recursos, bem como para apresentar decisão acerca dos pedidos dos candidatos.

Em resposta, o CMDCA encaminhou a esta Promotoria de Justiça o Ofício nº 51/2019, em 09/08/2019, juntando a cópia da Ata de Reunião do dia da realização das provas, Ata de Reunião com a deliberação sobre os pedidos dos candidatos e a análise das questões dissertativas da prova de caráter eliminatório, requeridas pelos inscritos.

Assinado digitalmente por Lilian Nara Pinheiro de Almeida DN: OU=Ministério Público do Estado do Amazonas, O=Promotora de Justiça Substituta, CN=Lilian Nara Pinheiro de Almeida, E=lilianalmeida@mpam.mp.br

Data: 2019-08-12 17:05:50

Lilian Nara Pinheiro de

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2/10 É o relato essencial.

II – DA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA

O art. 127, da Constituição Federal de 1988 dispõe acerca da atribuição do Ministério Público nos seguintes termos:

Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

O texto constitucional deixa claro que é dever do Ministério Público a defesa dos interesses sociais e individuais indisponíveis. Nessa senda, fiscalizar não só o funcionamento, mas o próprio processo de escolha dos integrantes do Conselho Tutelar é, além defender a ordem jurídica e o regime democrático, proporcionar eficácia na proteção e na promoção dos direitos infantojuvenis.

De maneira mais específica, o Estatuto da Criança e do Adolescente elenca em seu art. 139 que é atribuição do Ministério Público a fiscalização do processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar:

Art. 139. O processo para a escolha dos membros do Conselho Tutelar será estabelecido em lei municipal e realizado sob a responsabilidade do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, e a fiscalização do Ministério Público.

Diante disso, recebo a representação protocolada neste órgão ministerial e passo à sua análise, destacando os principais argumentos dos Requeridos.

Inicialmente, destaco que o presente Procedimento Administrativo foi instaurado em 14/02/2019, bem antes do início da deflagração de todo o processo eleitoral para a escolha dos próximos Conselheiros Tutelares.

Assinado digitalmente por Lilian Nara Pinheiro de Almeida DN: OU=Ministério Público do Estado do Amazonas, O=Promotora de Justiça Substituta, CN=Lilian Nara Pinheiro de Almeida, E=lilianalmeida@mpam.mp.br

Data: 2019-08-12 17:06:04

Lilian Nara Pinheiro de

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3/10 Desde então, esta Promotora de Justiça signatária vem acompanhando todas as etapas do certame, inclusive a formação da Comissão Eleitoral, bem assim solicitando e recebendo informações sobre cada etapa do certame, diretamente dos membros da própria Comissão, com quem foi estabelecido um diálogo aberto e direto.

Assim, ao longo desse tempo, tenho observado que o CMDCA e sua Comissão Eleitoral vem realizando trabalho sério, árduo e balizado pela legalidade de suas ações.

Contudo, nesta etapa do certame, observo a necessidade de correção de procedimentos, de modo a impedir eventual declaração de nulidade do ato, prejudicando o regular prosseguimento do feito. Vejamos.

a) DO PRINCÍPIO DA MÁXIMA PUBLICIDADE E TRANSPARÊNCIA DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

A Carta Magna da República, no capítulo que trata acerca da Administração Pública, inicia o art. 37 dispondo que:

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

(...)

(original sem grifos) Desse modo, o certame que vem sendo conduzido pelo CMDCA e, mais especificamente, por sua Comissão Eleitoral, também se submete a tais princípios.

Isso porque o processo seletivo em andamento, visa à seleção preliminar de candidatos que disputarão as eleições para o cargo de Conselheiro Tutelar deste Município, os quais, após o encerramento desta etapa preliminar, serão submetidos à eleição direta pelos cidadãos.

Assim, o CMDCA deve sempre ter em conta que sua atuação é etapa preliminar que visa permitir que a sociedade escolha, dentre seus cidadãos, aqueles

Assinado digitalmente por Lilian Nara Pinheiro de Almeida DN: OU=Ministério Público do Estado do Amazonas, O=Promotora de Justiça Substituta, CN=Lilian Nara Pinheiro de Almeida, E=lilianalmeida@mpam.mp.br

Data: 2019-08-12 17:06:17

Lilian Nara Pinheiro de

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4/10 que preenchem os requisitos legais para sua habilitação e possuam conhecimentos mínimos acerca do cargo que poderão vir a exercer.

Desse modo, a eliminação de candidatos, ainda que possível, deve ser realizada com base na estrita legalidade e em consonância com todos os princípios que regem a Administração Pública, tais como aqueles acima destacados.

Nesse sentido, destaco, ainda, que o princípio da publicidade deve ser entendido em seu sentido mais amplo, de modo a que seja conferido a máxima publicidade e transparência do certame, eis que, havendo processo seletivo anterior à fase de eleição propriamente dita, o procedimento deve obedecer, também às disposições constitucionais relativas aos concursos públicos.

A concretização desse direito fundamental à lisura do processo seletivo se realiza pela criação de regras gerais e impessoais para a seleção dos candidatos e do dever de motivação dos atos administrativos praticados pela Banca Examinadora em todas as etapas do certame, bem como pela divulgação aos candidatos, de forma a possibilitar a apresentação de questionamentos por meio da interposição de recursos administrativos.

No caso concreto, a Comissão Eleitoral decidiu pela “concessão da

prova original aplicada e não da pessoal”, afirmando que “não existe previsão legal para a adoção de tal medida, tanto na lei municipal, quanto no edital que regula o processo”. Ademais, argumentou que o Edital afirma pela impossibilidade de fornecer

o caderno pessoal de questões, em razão dos itens 5.18.1 e 5.19.

Em que pese a decisão exarada pela respeitável Comissão Eleitoral, observa-se que a mesma não atende, integralmente, ao princípio da máxima publicidade e da transparência dos atos administrativos.

Ora, é certo que os candidatos não querem a via original de seus cadernos de resposta, o que é vedado pelo edital do concurso. Nem houve orientação do Ministério Público nesse sentido.

O que todos pretendem, e o que esta Promotora de Justiça signatária orientou à Comissão Eleitoral, foi o acesso aos critérios de correção de suas provas, assim como às suas próprias respostas, a fim de que pudessem comparar com o “espelho de correção” e, posteriormente, embasar os recursos que pretendessem interpor, o que poderia ter sido realizado, por exemplo, através de cópia em documento ou digitalizada, jamais a concessão da via original.

Assinado digitalmente por Lilian Nara Pinheiro de Almeida DN: OU=Ministério Público do Estado do Amazonas, O=Promotora de Justiça Substituta, CN=Lilian Nara Pinheiro de Almeida, E=lilianalmeida@mpam.mp.br

Data: 2019-08-12 17:06:29

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5/10 A disponibilização da prova padrão, sem o acesso aos critérios de correção é insuficiente para atender ao comando constitucional e a toda legislação aplicável aos atos administrativos em geral, inclusive processo seletivo público.

Note-se, assim, que o argumento esposado pela Comissão Eleitoral, na Ata de Reunião que indeferiu o acesso a qualquer pedido de cópia do caderno pessoal, com base na ausência de norma sobre o assunto, esvai-se em si mesmo, eis que há normas expressas quanto à aplicação do princípio constitucional da publicidade máxima dos atos administrativos e do concurso público, bem como pela aplicação da Lei nº 9.784/1999.

Por fim, consta na Ata de Reunião lavrada no dia da aplicação da prova escrita, que a Comissão deliberou por conceder novo caderno de provas a uma das candidatas que havia se equivocado quanto ao seu preenchimento, argumentando exatamente que não havia previsão expressa quanto a tal pedido, e que a única vedação era quanto à entrega de nova folha de gabarito.

Assim, se a Comissão entendeu por bem aplicar uma regra que não tinha previsão no edital ou na Lei Municipal, a fim de que a candidata não fosse prejudicada por ocasião da correção de suas provas, com mais razão deveria ser utilizado o mesmo argumento para possibilitar o acesso à correção das provas dos candidatos que o requererem, mesmo que tal previsão não conste no edital ou na lei municipal, como forma de tratar a todos com igualdade, bem como porque, em relação à aplicação da máxima publicidade dos atos administrativos há legislação legal e constitucional expressas.

b) DO PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE

De outro lado, observo que a Comissão Eleitoral afirmou que, somente após o pedido de acesso às justificativas das provas escritas, é que houve a elaboração dos documentos de fls. 262 a 270, na qual houve a elaboração de justificativas das correções, e, somente para os 11 (onze) candidatos eliminados.

Não há, pois, nenhuma justificativa para a correção das provas dos demais candidatos que se submeteram à mesma prova.

Ora, tal situação pode conduzir à quebra da impessoalidade que deve nortear o certame, eis que o espelho de correção das provas, bem como seus critérios

Assinado digitalmente por Lilian Nara Pinheiro de Almeida DN: OU=Ministério Público do Estado do Amazonas, O=Promotora de Justiça Substituta, CN=Lilian Nara Pinheiro de Almeida, E=lilianalmeida@mpam.mp.br Data: 2019-08-12 17:06:44

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6/10 de correção, já deveriam ter constado no edital, ou, ao menos, deveriam ter sido divulgados para todos os candidatos no momento da publicação, assim como tal critério deve ser aplicado a todos os que se submeteram à referida prova, indistintamente.

Importante destacar que, embora as provas tenham sido elaboradas e corrigidas por professores que compõe o corpo docente da Universidade Federal do Amazonas, a título gratuito e fundado no elevado espírito de integração que move a UFAM em relação à sociedade parintinense, é certo que, a partir da elaboração das provas, e sua correção, estas passaram a integrar o processo seletivo conduzido pelo CMDCA.

Assim, a concessão de acesso aos critérios de correção é ato da própria Comissão Eleitoral, que conduz diretamente todos os procedimentos realizados no certame, e deve prezar por sua regularidade, não havendo razão para consulta prévia às professoras que elaboraram e corrigiram as provas, para que estas dessem um posicionamento quanto à publicação ou não de tais critérios, os quais, repise-se, já deveriam ter constado desde a entrega das provas corrigidas.

É dizer, a motivação dos atos administrativos deve ser anterior à própria realização do ato, ou, ao menos, concomitante. E como tal, passa a integrar o próprio ato, sendo desnecessária autorização de terceiros para sua divulgação.

c) DO PRAZO PARA INTERPOSIÇÃO DE RECURSOS

Prosseguindo-se na análise do certame, observa-se que o resultado das provas foi publicado no dia 07/08/2019, no diário oficial.

Desse modo, o início do prazo de recursos se daria no dia seguinte, ou seja, 08/08/2019.

Contudo, como já destacado, a divulgação dos resultados não trouxe os critérios de correção, nem foi franqueado o acesso à correção das provas, o que inviabilizou a interposição dos recursos pelos candidatos.

Ademais, somente no dia 08/08/2019 houve a reunião deliberativa do CMDCA e o Ofício com a resposta da Comissão somente veio encaminhada ao Ministério Público no dia 09/08/2019.

Assinado digitalmente por Lilian Nara Pinheiro de Almeida

DN: OU=Ministério Público do Estado do Amazonas, O=Promotora de Justiça Substituta, CN=Lilian Nara Pinheiro de Almeida,

E=lilianalmeida@mpam.mp.br Data: 2019-08-12 17:06:55

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7/10 Até o presente momento não houve sequer a divulgação em diário oficial das justificativas apresentadas a posteriori, ou qualquer ato que demonstre que os candidatos tenham tido acesso às referidas justificativas.

Assim, enquanto os candidatos não tiverem acesso às referidas justificativas, não é possível o início do prazo para interposição de recursos.

D) DOS CRITÉRIOS DE ELIMINAÇÃO DOS CANDIDATOS

Acerca das fases do procedimento de eleição dos futuros Conselheiros Tutelares, o edital do certame prevê:

4. DAS FASES DO PROCESSO

4.1 O processo de escolha conterá 06 (seis) fases.

4.1.1 Inscrição/Apresentação da documentação exigida no item 1.2, deste edital (eliminatória).

4.1.2 Analise documental.

4.1.3 Prova Escrita (Eliminatória).

4.1.4 Escolha mediante sufrágio universal e direto, pelo voto facultativo e secreto dos eleitores do Município de Parintins. (Classificatória e Eliminatória).

4.1.5 Participação em curso formação.

Em relação à prova escrita, conquanto a lei municipal não contenha dispositivo expresso acerca que se trata de fase eliminatória, observa-se que a própria lei fez referências à necessidade de observação do edital do certame.

Nesse ponto, o edital prevê, expressamente, que a prova escrita possui caráter eliminatório.

Assim, tendo em vista que todos os candidatos e a população em geral teve acesso ao Edital, que foi publicado no diário oficial e divulgado pelos diversos canais de comunicação, sem impugnação específica quanto a esse item, entende-se, neste momento procedimental, que a regra é válida e deve ser observada por todos, nada obstante a possibilidade de nova análise em caso de judicialização do tema.

Assim, quanto à fase escrita, o Edital prevê:

5. DA PROVA DISSERTATIVA E OBJETIVA

Assinado digitalmente por Lilian Nara Pinheiro de Almeida

DN: OU=Ministério Público do Estado do Amazonas, O=Promotora de Justiça Substituta, CN=Lilian Nara Pinheiro de Almeida, E=lilianalmeida@mpam.mp.br Data: 2019-08-12 17:07:10

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8/10

5.1 A prova escrita, aplicada a todos os candidatos aptos, será composta de 60 (sessenta) questões de múltipla escolha e (04) quatro questões dissertativas.

5.2 As questões de múltipla escolha versarão sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, Sistema de Garantia de Direitos - SGD, Direito Constitucional, Informática, Políticas Públicas (conforme Anexo I) para o acerto de cada questão será atribuído 01 (um) ponto.

5.3. As questões dissertativas versarão sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, Sistema de Garantia de Direitos Humanos de Criança e Adolescente e temas relevantes voltados para Criança e Adolescente, para cada questão será atribuído 2,5 (dois e meio) pontos, com o total de 10 pontos. 5.4 A nota da prova escrita será a soma dos acertos das questões de múltipla escolha com a nota obtida nas 04 (quatro) questões dissertativas, no total de 70 pontos. 5.5 A classificação será em ordem decrescente de nota da prova escrita, sendo considerado habilitado o candidato que obtiver, cumulativamente, 60% (sessenta por cento) de aproveitamento na prova escrita e 40% (quarenta por cento) de aproveitamento de cada disciplina.

Após a publicação do Edital, acatando o parecer do Ministério Público, houve a retificação do Edital, em 12/06/2019, de modo que passaram a ser cobradas apenas as disciplinas que constam na Lei Municipal, ou seja, Estatuto da Criança e do Adolescente e Informática.

Assim, tendo em vista que havia apenas 02 (duas) disciplinas sendo cobradas, o critério para aprovação, nos termos do Edital, é de acerto de 40% nas questões sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e 40% das questões relativas à Informática. Além de 60% do total das provas escritas.

Nesse passo, observe-se que a prova dissertativa não é uma prova autônoma, também não é uma disciplina autônoma.

Nos termos do que está previsto no Edital, portanto, a nota da prova dissertativa deve ser somada à nota da prova de múltipla escolha, de modo que um candidato pode alcançar a nota máxima de 70 pontos nessa prova, eis que é possível obter 60 pontos na prova de múltipla escolha e 10 pontos na prova dissertativa.

Em resumo, os critérios para que um candidato não fosse eliminado seria alcançar, cumulativamente, ao menos:

Assinado digitalmente por Lilian Nara Pinheiro de Almeida DN: OU=Ministério Público do Estado do Amazonas, O=Promotora de Justiça Substituta, CN=Lilian Nara Pinheiro de Almeida, E=lilianalmeida@mpam.mp.br

Data: 2019-08-12 17:08:07

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9/10  60% de 70 pontos da prova escrita (múltipla escolha +

dissertativa); e,

 40% de 10 pontos na disciplina de Informática (só múltipla escolha); e,

 40% de 60 pontos na disciplina de Estatuto da Criança e do Adolescente (50 pontos na prova de múltipla escolha + 10 pontos na prova dissertativa, na qual não houve nenhuma questão relativa à disciplina de Informática);

Ocorre que, analisando o edital do resultado das provas, observa-se que foram eliminados todos os candidatos que não alcançaram 60% de pontos exclusivamente na prova dissertativa.

Tal critério, porém, não está previsto no edital, como se verifica no texto acima colacionado, não sendo possível, pois, a inclusão de novo critério após a realização da prova.

O edital, pois, não trouxe previsão específica de eliminação de candidato que não alcançasse 60% ou 40% de pontos exclusivamente na prova dissertativa.

É dizer, não é possível que um candidato seja eliminado apenas com base na nota atribuída à prova dissertativa, eis que esta não é uma disciplina autônoma.

Somente há previsão de eliminação em relação ao total da nota da prova escrita, a qual compreende a soma da prova de múltipla escolha e a prova dissertativa.

E) CONCLUSÃO

Diante de todo o exposto, o MINISTÉRIO PÚBLICO, por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Parintins, manifesta-se pela procedência dos pedidos dos Recorrentes para determinar à Comissão Especial Eleitoral do CMDCA que: a) Proceda à divulgação do caderno de resposta de cada candidato que assim o requerer, seja através de cópia documental, ou através de cópia digitalizada, bem como das justificativas já encaminhadas ao Ministério Público;

Assinado digitalmente por Lilian Nara Pinheiro de Almeida DN: OU=Ministério Público do Estado do Amazonas, O=Promotora de Justiça Substituta, CN=Lilian Nara Pinheiro de Almeida, E=lilianalmeida@mpam.mp.br

Data: 2019-08-12 17:08:26

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10/10 b) Encaminhe, no prazo de 05 (cinco) dias, a esta Promotoria de Justiça, a cópia digitalizada das provas escritas de todos os candidatos, bem como da justificativa para todas as provas dissertativas realizadas;

c) Inicie o prazo para recurso após a divulgação das respostas corrigidas de cada candidato, o que pode ser feito através de divulgação em meio oficial ou através da disponibilização direta aos candidatos, em data a ser previamente divulgada, de modo a possibilitar que todos tenham acesso a informação necessária a subsidiar eventual recurso;

d) Informe ao Ministério Público quem será(ão) o(s) responsável(is) pela correção dos recursos eventualmente interpostos, eis que deverá(ão) ser professor(es) diferente(s) daqueles que elaboraram a prova aplicada;

d) Proceda à reanálise do critério de eliminação de cada candidato, devendo ater-se ao que consta no Edital, ou seja, o percentual de 40% em cada disciplina (Estatuto da Criança e do Adolescente e Informática); e 60% do total de pontos possíveis na prova escrita, sendo que esta compreende a soma das notas da prova de múltipla escolha e prova dissertativa.

e) Informe, em 5 (cinco) dias, as providências tomadas em relação a este parecer, notadamente caso decida pelo seu não acatamento, ocasião em que será analisada a possibilidade de deflagração de ação judicial para a correção das irregularidades aqui apontadas e não sanadas administrativamente.

Expeça-se o que for necessário, cientificando os Requerentes e a Comissão Especial Eleitoral do CMDCA sobre o teor deste Parecer, imediatamente.

Parintins, 13 de agosto de 2019.

(assinado eletronicamente)

LILIAN NARA PINHEIRO DE ALMEIDA Promotora de Justiça Substituta,

Titular da 2ªPJ Parintins/AM

Assinado digitalmente por Lilian Nara Pinheiro de Almeida

DN: OU=Ministério Público do Estado do Amazonas, O=Promotora de Justiça Substituta, CN=Lilian Nara Pinheiro de Almeida, E=lilianalmeida@mpam.mp.br Data: 2019-08-12 17:08:40

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