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Normas Internacionais de Contabilidade IFRS

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Academic year: 2021

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Gestão, Elaboração e Divulgação de Relatórios

de Análise Econômica e Financeira e Demonstrações

Financeiras Consolidadas da Organização Bradesco, ao Mercado e aos Órgãos

Reguladores

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As Normas Internacionais de Contabilidade (International Accounting Standards – IAS), atualmente conhecidas como International Financial Reporting Standards (IFRS), são pronunciamentos contábeis internacionais publicados pelo International Accounting Standards Board (IASB), os quais se baseiam em princípios e não em regras específicas.

Estas normas são de alta qualidade, compreensíveis e aplicáveis, que proporcionam transparência e comparabilidade das informações nas demonstrações financeiras e em outros relatórios contábeis, facilitando o entendimento entre os participantes do mercado de capitais do mundo e outros usuários da contabilidade, na tomada de decisões econômicas.

O processo de convergência às normas internacionais de contabilidade tornou-se importante em virtude das profundas transformações verificadas nos últimos anos no cenário econômico mundial, representadas, notadamente, pelo acelerado processo de globalização da economia.

As normas em IFRS foram adotadas pelos países da União Europeia a partir do 31 de dezembro de 2005, com o objetivo de convergir as demonstrações financeiras consolidadas elaboradas por suas empresas. A iniciativa foi internacionalmente acolhida pela comunidade financeira. Atualmente, além dos países que já estão adotando as normas internacionais, muitos outros têm projetos oficiais de convergência das normas contábeis locais para as normas em IFRS, inclusive o Brasil.

Introdução

Em 1973, foi criado o comitê internacional de pronunciamentos contábeis denominado International Accounting Standards Committee (IASC) pelos organismos profissionais de contabilidade da Alemanha, Austrália, Canadá, Estados Unidos da América, França, Irlanda, Japão, México, Holanda e Reino Unido. A nova entidade foi criada com o objetivo de formular e publicar, de modo totalmente independente, um novo padrão de normas contábeis internacionais que pudesse ser mundialmente aceito. O IASC é uma fundação independente sem fins lucrativos e com recursos próprios procedentes de contribuições de vários organismos internacionais, assim como das principais empresas de auditoria. Os primeiros pronunciamentos contábeis publicados pelo IASC foram chamados de IAS. Muitas normas IAS continuam vigentes, apesar de terem sofrido alterações ao longo do tempo.

Em 1997, foi criado o Standing Interpretations Committee (SIC), que é um comitê técnico dentro

de melhorar a estrutura técnica de formulação e validação dos novos pronunciamentos contábeis internacionais a serem emitidos, os quais foram denominados IFRS. O novo nome que foi escolhido pelo IASB demonstrou o interesse do Comitê em transformar, progressivamente, os antigos pronunciamentos contábeis em novos padrões internacionalmente aceitos de relatórios financeiros com o objetivo de atender às expectativas crescentes dos usuários da informação financeira (analistas, investidores, instituições etc.). Em dezembro de 2001, o SIC teve seu nome alterado para International Financial Reporting Interpretations Committee (IFRIC). Este Comitê passou a ser responsável pela publicação, a partir de 2002, de todas as interpretações sobre o conjunto de normas internacionais, denominadas IFRIC.

Em março de 2004, muitas normas IAS/IFRS foram publicadas pelo IASB, incluindo o IFRS 1, o qual definiu os princípios a serem observados pelas Histórico da Criação das Normas Internacionais de Contabilidade (IAS/IFRS)

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Estrutura Organizacional do IASC

A Fundação IASC é uma organização independente com dois constituintes principais:

o Conselho Consultivo e o IASB. Também faz parte da sua estrutura o Standards Advisory Council (SAC) e o IFRIC.

A Fundação IASC nomeia os membros do IASB e providencia os recursos necessários. Contudo, é responsabilidade exclusiva do IASB elaborar as normas contábeis internacionais.

IASB Fundação

IASC Trustees

(Conselho)

IFRIC Nomeação

Nomeação

Aconselhamento Interpretações

Reporte Reporte

Emite Nomeação Fiscalização Recursos

SAC (Conselho Consultivo)

IFRS

Alta Qualidade, Executável e Global

As normas internacionais são um conjunto de pronunciamentos técnicos compostos por:

• IAS: são os primeiros pronunciamentos emitidos pelo IASC.

• SIC: são as primeiras interpretações emitidas pelo IASC.

• IFRS: são os mais recentes pronunciamentos emitidos pelo IASB.

• IFRIC: são as mais recentes interpretações emitidas pelo IASB.

Framework (Estrutura Conceitual)

A estrutura conceitual de preparação e apresentação das demonstrações financeiras internacionais é

detalhada no Framework for the Preparation and Presentation of Financial Statements.

O Framework não é uma norma internacional de contabilidade e sim uma descrição dos conceitos básicos que devem ser respeitados na preparação e apresentação das demonstrações financeiras internacionais. Ele define o espírito intrínseco e a filosofia geral das normas internacionais e tem como objetivos: (i) auxiliar o IASB e o IFRIC no desenvolvimento e interpretação das normas internacionais de contabilidade; (ii) orientar os usuários da contabilidade na elaboração das demonstrações financeiras; e (iii) ajudar os auditores na formação de suas opiniões.

Fonte: IASB

Obs.: todos os pronunciamentos internacionais são publicados pelo IASB em língua inglesa.

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Benefícios da Convergência às Normas Internacionais de Contabilidade

• Fornecer informações contábeis de alta qualidade, compreensíveis, transparentes e comparáveis, independentemente do país de origem.

• Fortalecer a credibilidade da informação tanto para investidores internos quanto para externos.

• Participar dos mercados de capitais globalizados.

• Facilitar o acompanhamento e a comparação da situação econômico-financeira e do desempenho das Instituições.

• Otimizar a alocação de capitais e contribuir para a redução de custos de captação.

• Eliminar a necessidade de elaboração, por parte das Instituições com atuação internacional, de múltiplos conjuntos de demonstrações financeiras, contribuindo para a redução de custos operacionais.

• Reduzir o custo regulatório.

• Centralizar a emissão de normas de contabilidade.

Panorama Mundial

Países que requerem ou permitem o IFRS.

Países que buscam convergência com o IASB ou buscam a adoção do IFRS.

Países sem plano de adoção formalizado.

Atualmente, mais de 120 países requerem, permitem o uso, ou têm uma política de convergência de suas práticas contábeis para o IFRS.

A Composição das Demonstrações Financeiras

• Balanço Patrimonial

• Demonstração de Resultado

• Demonstração de Fluxo de Caixa

• Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

• Notas Explicativas

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O Conselho Federal de Contabilidade (CFC), por meio da Resolução CFC no 1.055, de 7.10.2005, criou o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) com o objetivo de estudar, preparar e emitir pronunciamentos técnicos sobre procedimentos de contabilidade internacional. Desta forma, busca permitir a emissão de normas pela entidade reguladora brasileira, visando à centralização e à uniformização de seu processo de produção, levando-se sempre em consideração a convergência do padrão contábil brasileiro aos padrões internacionais. São membros do CPC:

1) Associação Brasileira de Companhias Abertas (Abrasca);

2) Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec Nacional);

3) Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (BM&FBovespa);

4) Conselho Federal de Contabilidade (CFC);

5) Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi); e

6) Instituto dos Auditores Independentes (Ibracon).

Além das seis entidades quem compõem o CPC, serão sempre convidados a participar dos trabalhos representantes dos seguintes órgãos: Bacen, CVM, Susep e Secretaria da Receita Federal do Brasil.

Outras entidades ou especialistas poderão ser convidados.

O Conselho Federal de Contabilidade, por meio da Resolução CFC no 1.103, de 28.9.2007, criou, também, o Comitê Gestor da Convergência no Brasil.

O Comitê é composto pelo próprio CFC, pelo Ibracon, pela CVM e pelo Bacen. Seu principal objetivo é viabilizar maior transparência das informações financeiras para o mercado por meio de reformas contábil e de auditoria, sempre considerando a convergência com as normas internacionais de contabilidade.

IFRS no Brasil

Desde 2005, por meio do compromisso assumido por diversos países do mundo de adotar as Normas Internacionais de Contabilidade, progressos significativos têm sido alcançados pelo IASB em direção à convergência global.

Vale destacar que nos Estados Unidos, a U.S. Securities and Exchange Commission (SEC) aprovou, em 15 de novembro de 2007, procedimento para que as empresas estrangeiras possam arquivar as suas demonstrações financeiras, já a partir de 2008, de acordo com os IFRSs, sem a necessidade de reconciliação do resultado e do patrimônio líquido. O Bradesco ainda não definiu a data de substituição de suas demonstrações financeiras preparadas em conformidade com os United States Generally Accepted Accounting Principles (US GAAP), registradas na SEC, por demonstrações financeiras preparadas em conformidade com os IFRSs.

A apresentação de demonstrações financeiras em IFRS é internacionalmente reconhecida como boa prática de governança corporativa e foi referendada pelo Fórum de Estabilidade Financeira (Financial Stability Forum – FSF), organização formada pelos bancos centrais e ministérios de finanças dos países mais industrializados do mundo, dentre eles os do chamado “G7”, bem como pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial, Organização Internacional das Comissões de Valores Mobiliários (Iosco). A apresentação de demonstrações financeiras em IFRS também está incluída entre os princípios de governança corporativa recomendados pela Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico (OCDE).

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O Banco Central do Brasil, por meio do Comunicado no 14.259, de 10.3.2006, tornou obrigatória para as Instituições Financeiras, a elaboração e publicação de Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS, a partir de 31.12.2010.

A Comissão e Valores Mobiliários (CVM) expediu, em 13.7.2007, a Instrução CVM no 457, tornando obrigatória a elaboração e publicação de Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS para as Companhias Abertas Brasileiras, a partir de 31.12.2010.

Por sua vez, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) emitiu a Circular Susep no 357, de 26.12.2007, exigindo a preparação e publicação de Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS, a partir de 31.12.2010.

A convergência para o IFRS é considerada uma das maiores mudanças na estrutura da contabilidade brasileira desde 1976, ano da publicação da então Lei das S.As. (Lei no 6.404). O Presidente da República sancionou, em 28 de dezembro de 2007, a nova lei contábil que introduziu certos princípios de IFRS na contabilidade brasileira.

A nova Lei no 11.638/2007 foi criada a partir do Projeto de lei no 3.741/2000, alterando e

revogando certos dispositivos da Lei no 6.404/1976.

Há cerca de oito anos, a CVM constituiu um grupo de trabalho composto por representantes das diversas entidades que tratam de demonstrações financeiras (companhias, auditores, analistas, investidores, usuários, fiscalizadores e pesquisadores), denominado Comissão Consultiva para Assuntos Contábeis.

O grupo preparou a primeira proposta de revisão da antiga Lei no 6.404/1976. Válida desde 1o de janeiro de 2008, a Lei no 11.638/2007 introduziu artigos que dão poderes ao CPC para elaborar normativos contábeis visando a convergência para as normas internacionais de contabilidade.

Numa tendência mundial, entende-se que a crescente importância da contabilidade tem levado à busca da internacionalização das normas contábeis. Isto requer uma harmonização interna e um inevitável alinhamento com o desenvolvimento contábil que ocorre no mundo, como decorrência, em especial, da necessidade de se obter maior credibilidade nos princípios contábeis brasileiros.

O Conselho Federal de Contabilidade acompanhou e participou ativamente da evolução desse projeto e busca alinhar a contabilidade brasileira às IFRS.

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Normas Internacionais de Contabilidade – IFRS

Bradesco

Assunto Estrutura Conceitual

Redução ao Valor Recuperável de Ativos

Efeito das Mudanças Contábeis nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis

Demonstração dos Fluxos de Caixa Ativo Intangível

Divulgação sobre Partes Relacionadas Operações de Arrendamento Mercantil Subvenção e Assistência Governamentais

Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários

Demonstração do Valor Adicionado – DVA Pagamento Baseado em Ações

Contrato de Seguros Ajuste a Valor Presente

Adoção Inicial da Lei no 11.638/07 e da Medida Provisória no 449/08 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensuração e Evidenciação (Fase I)

Entidades de Incorporação Imobiliária (OCPC 01) – Orientação

Resolução CFC Circular

Susep CMN

(Bacen) Deliberação

IASB CVM CPC

S/N Framework 539/08 – 379/08 1.121/08

01 IAS 36 527/07 3.566/08 379/08 1.110/07

02 IAS 21 534/08 – 379/08 1.120/08

03 IAS 7 547/08 3.604/08 379/08 1.125/08

1.139/08

04 IAS 38 553/08 – 379/08

1.140/08

05 IAS 24 560/08 – 379/08 1.145/08

06 IAS 17 554/08 – 379/08 1.141/08

07 IAS 20 555/08 – 379/08 1.143/08

08 IAS 39 556/08 – 379/08 1.142/08

09 – 557/08 – – 1.138/08

10 IFRS 2 562/08 – 379/08 1.149/09

11 IFRS 4 563/08 – 379/08 1.150/09

12 – 564/08 – 379/08 1.151/09

13 – 565/08 – 379/08 1.152/09

14 IAS 32

566/08 – – 1.153/09

IAS 39

– – 561/08 – – 1.154/09

Normas emitidas pelo CPC e também aprovadas por outras entidades

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Tema Estrutura Conceitual – Complementação Apresentação das Demonstrações Contábeis Estoques

Políticas Contábeis, Mudanças de Estimativas Contábeis e Erros Eventos Subsequentes

Contratos de Construção Ativo Imobilizado Receitas

Custos de Empréstimos Investimentos em Coligadas Instrumentos Financeiros (Fase II) Demonstrações Contábeis Intermediárias Propriedades para Investimentos

Combinação de Negócios Informações por Segmento Concessões

Imposto de Renda Benefícios a Empregados

Demonstração Consolidada e Separada

Investimento em Empreendimento Conjunto (Joint Venture) Resultado por Ação

Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes Agricultura

Adoção Inicial do IFRS 1 (2010)

Ativos não Correntes Mantidos para Venda e Operações Descontinuadas

Exploração e Avaliação de Recursos Minerais

Previsão Referência

– 1o semestre

IAS 1 1o semestre IAS 2 1o semestre IAS 8 1o semestre IAS 10 1o semestre IAS 11 1o semestre IAS 16 1o semestre IAS 18 1o semestre IAS 23 1o semestre IAS 28 1o semestre

IAS 32/39

IFRS 7 1o semestre IAS 34 1o semestre IAS 40 1o semestre IFRS 3 1o semestre IFRS 8 1o semestre IFRIC 12 1o semestre IAS 12 3o trimestre IAS 19 3o trimestre IAS 27 3o trimestre IAS 31 3o trimestre IAS 33 3o trimestre IAS 37 3o trimestre IAS 41 3o trimestre IFRS 1 3o trimestre IFRS 5 3o trimestre IFRS 6 3o trimestre Programa de Trabalho do CPC – Agenda de 2009

Com muitos trabalhos a serem realizados no ano de 2009, especialmente pela proximidade da adoção do IFRS, o CPC divulgou agenda contendo um programa de trabalho, conforme pode ser observado no quadro a seguir:

Como podemos observar, o Brasil é um dos países que assumiu o compromisso de alinhar as suas práticas contábeis ao IFRS e o seu processo de convergência avança rapidamente.

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Adoção das Normas Internacionais de Contabilidade pelo Banco Bradesco O Bradesco encontra-se em fase avançada de

apuração dos efeitos contábeis de transição para IFRS e têm investido recursos significativos em um projeto abrangente para a preparação de demonstrações financeiras completas em IFRS.

A Administração entende que a elaboração de demonstrações financeiras em IFRS, além de ser um requisito da CVM para companhias abertas listadas no Novo Mercado da BM&FBovespa, vem diretamente ao encontro do compromisso do Banco com a adoção das melhores práticas de governança corporativa, com ênfase na transparência das informações financeiras e de gestão.

O Bradesco está avaliando os impactos da aplicação do IFRS 1 (First-time Adoption of International Financial Reporting Standards) em que serão selecionadas as isenções permitidas para o Banco na transição para IFRS e os eventuais impactos das exceções sobre sua posição financeira e patrimonial na data de transição. O Banco entende, preliminarmente, que algumas destas isenções poderão vir a gerar alguns impactos, tais como:

• Combinações de negócios – O IFRS 1 permite que combinações de negócios ocorridas antes da data de transição não sejam remensuradas, retrospectivamente, em conformidade com o IFRS 3 (Business Combinations). A utilização desta isenção é muito importante para o Banco, uma vez que ocorreram diversas aquisições antes da data de transição para o IFRS.

• Planos de pensão – O IFRS 1 permite o reconhecimento imediato, na data de transição, de todos os ganhos e perdas atuariais dos planos de pensão de benefício definido patrocinados pelo Banco.

A aplicação de outros IFRSs na data de transição poderá gerar impactos contábeis, além daqueles decorrentes da aplicação do IFRS 1, a saber:

• Combinações de negócios – Os ágios na aquisição de novas combinações de negócios ocorridas após a data de transição, que porventura foram amortizados em BR GAAP, deverão ser remensurados de acordo com o IFRS 3 (Business Combinations), podendo ser segregado em goodwill (que não pode ser amortizado e deve estar sujeito ao teste anual de impairment) e em intangível com vida útil definida (que pode ser amortizado).

• Designação de categorias para ativos e passivos financeiros – Em decorrência da aplicação do IAS 39 (Financial Instruments – Recognition and Measurement), todos os ativos e passivos financeiros devem ser devidamente enquadrados em uma das quatro categorias previstas nesta norma internacional (ativos mantidos até o vencimento, ativos a valor de mercado através do resultado do período, ativos disponíveis para venda e operações de crédito e recebíveis). Consequentemente, a Administração está apurando os eventuais impactos da aplicação do IAS 39 e da mensuração de valor justo de mercado para ativos financeiros que não tenham sido enquadrados em nenhuma destas categorias por não terem sido designados em categorias similares em BR GAAP.

• Mensuração de operações de crédito e recebíveis pelo método da taxa efetiva de juros – Segundo o IAS 39, as despesas e receitas de originação de ativos financeiros avaliados ao custo amortizado (por exemplo, operações de crédito com clientes) devem ser incorporadas ao cálculo da taxa efetiva de juros da operação e amortizadas durante o prazo de vigência do contrato. Em BR GAAP estas despesas e receitas são registradas imediatamente no resultado do período quando incorridas.

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• Contratos de seguros e contratos de investimento – Em BR GAAP, os contratos de seguro, capitalização e previdência complementar (por exemplo PGBLs e VGBLs) são contabilizados como contratos de seguros e os respectivos prêmios recebidos são registrados no resultado do período. Segundo o IFRS 4, os contratos são classificados como de seguro ou de investimento com base na análise de risco significativo de seguro transferido para o Banco, levando-se em consideração cenários com substância comercial e a ocorrência de um evento que afete adversamente o segurado.

Os contratos classificados como de investimentos por não transferirem risco significativo de seguro ao Banco, são avaliados segundo o IAS 39. Os contratos de seguro estão sujeitos a um teste mínimo de adequacidade do passivo, considerando-se a melhor estimativa da Administração de todos os fluxos de caixa contratuais futuros destes contratos (inclusive salvados, recuperações e ressarcimentos em que o Banco possui o direito contratual), não levando em consideração o efeito da mitigação de risco por meio de contratos de resseguro.

Provisões para equalização de risco, catástrofes, ou para contratos que não se encontram sustentados não são permitidas pelo IFRS 4, na data de transição.

• Classificação de contratos de arrendamento mercantil – Segundo o IAS 17 (Leases), os contratos de arrendamento mercantil devem ser classificados como contratos de arrendamento operacional ou financeiro, segundo um modelo econômico de transferência de riscos ou benefícios dos ativos objeto entre as partes no contrato.

A Administração está apurando os eventuais impactos da aplicação do IAS 17 sobre todos os seus contratos de arrendamento mercantil.

• Garantias financeiras prestadas a terceiros –

pelo maior valor entre o saldo não amortizado da garantia e o valor da melhor estimativa da Administração pela obrigação presente, para os contratos cujo evento de default do cliente tenha ocorrido.

• Hiperinflação sobre ativos e passivos não monetários – Em decorrência da aplicação da norma IAS 29 (Financial Reporting in Hyperinflationary Economies) serão apurados os efeitos inflacionários sobre ativos e passivos não monetários, até 30 de junho de 1997, data em que o Brasil deixou de ser considerado como uma economia hiperinflacionária. Tais ativos e passivos foram corrigidos pela UFIR (Unidade Fiscal de Referência) até 31 de dezembro de 1995, em BR GAAP.

• Provisão para dividendos a pagar não declarados – Deverão ser refletidos nas demonstrações financeiras em IFRS, os efeitos da reversão da provisão constituída no passivo e acordo com o BR GAAP (normas brasileiras) de dividendos superiores aos dividendos mínimos obrigatórios não declarados antes do final do exercício.

• Participação de minoritários nas subsidiárias – Segundo o IAS 27 e IAS 1, os saldos de participações minoritárias são consideradas como parte integrante do patrimônio líquido do Banco.

Em BR GAAP, a participação de minoritários é considerada como um componente separado do passivo, entre o grupo de patrimônio líquido e o grupo de resultado de exercícios futuros.

Em IFRS, caso certos veículos de investimento ou entidades de propósito específico sejam consolidadas (em decorrência da aplicação do SIC 12 ou IAS 27), as participações de minoritários são ajustadas, adequadamente, porém caso estas participações tenham características de

Referências

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