Políticas
Políticas e e Estratégias Estratégias de de Segurança
Segurança e e Saúde Saúde
Armand F. Pereira
Diretor da OIT no Brasil brasilia@oitbrasil.org.br
http://www.oit.org
II Sense II Sense
1414-17 de -17 de maio maio 20002000
ANOS Incapacidade Incapacidade
temporária permanente Óbito Total
1998 329475 14905 3785 348165
1997 362712 17669 3469 383850
1996 375495 18233 4488 398216
1995 343098 15156 3967 362221
1994 307939 5962 3129 317030
o
I
0 1000 2000 3000 4000 5000
1 2 3 4 5
■ BRASIL 2819
■ D - INDÚ TRANS 552 19.58 11.92
■ G - COM, REP VEÍC etc 502 17.81
■ I - TR, ARM, COMUNIC 396 14.05
■ CNAE não informado 353 12.52
■ F - CONSTRUÇÃO 288 10.22
■ K - ATIV IMOB, ALUGUEIS E SERVIÇOS PRESTADOS ÀS
EMPRESAS 225 7.98
■ A - AGRIC, PEC, SILVICULTURA E EXPLORAÇÃO
FLORESTAL 196 6.95
■ O - OUTROS SERVIÇOS COLETIVOS, SOCIAIS E PESSOAIS 81 2.87
■ H - ALOJ E ALIMENT 45 1.60
■ L - ADMIN PÚBL, DEFESA E SEGURIDADE SOCIAL 43 1.53
BR: Distr Freq, %, coef. de Acidentes Fatais, 1997
o
I
■ BRASIL 6153
■ D - IND TRANSF 1,680 27.30 36.3
■ CNAE não informado 768 12.48
■ G - COM; REP VEÍCULOS AUTOMOTORES, OBJETOS
PESSOAIS 538 8.74
■ F - CONSTRUÇÃO 520 8.45
■ K - ATIV iMOBILIÁRIAS, ALUG E SERVIÇOS PRESTADOS
ÀS EMPRESAS 520 8.45
■ J - INTERM FINANCEIRA 505 8.21
■ I - TR, ARM E COMUNIC 443 7.20
■ O - OUTROS SERVIÇOS COLETIVOS, SOCIAIS E PESSOAIS 264 4.29
■ A - AGRIC, PEC, SILVICULTURA E EXPLORAÇÃO
FLORESTAL 253 4.11
■ E - PROD, DISTR DE ELETRICIDADE, GÁS E ÁGUA 163 2.65 72.8
BR: Distr Fre,%, coef. de Acidentes de Invalidez Permanente, 1997
o
I
■ BRASIL 11,152
■ D - IND TRANSF 3,790 33.98 81.8
■ CNAE não informado 1,386 12.43
■ J - INT. FINANCEIRA 1,296 11.62
■ G - COM, REP VEÍC 1,160 10.40
■ K - ATIV IMOB ALUGUEIS E SERVIÇOS PRESTADOS ÀS
EMPRESAS 823 7.38
■ I - TR, ARM E COM 777 6.97
■ F - CONSTRUÇÃO 639 5.73
■ O - OUTROS SERVIÇOS COLETIVOS, SOCIAIS E PESSOAIS 330 2.96
■ A - AGRICULTURA, PECUÁRIA, SILVICULTURA E EXPLORAÇÃO FLO 260 2.33
■ C - IND EXTR 152 1.36
■ E - PROD E DIST DE ELETRICIDADE, GÁS E ÁGUA
BR: Distr Freq, %, coef Incap. Parcial Perm, 1997
o
I
■ Problema mundial,
■ no Brasil, bons dados a nivel das principais empresas, mas nao a nivel agregado; dados do Anuario do MPAS nao batem com os do MTE (www.mte.gov) usando mesma base de dados.
■ Base de dados do INSS/MPAS precisaria de melhoria.
Estatisticas deficientes:
obstaculo a SG-SST
o
I
■ acidente típico (ambiente de trabalho) 28,7%
■ acidente de transporte (de trajeto e de trânsito) 53,5%
■ homicídio (a serviço da empresa ou em trajeto) 15,9% (71% destes no contexto de trabalho)
Distrib. de acidentes fatais
estudo MTE de 540 casos, ESP, 1995
o
I
■ Acidente com corrente elétrica é, entre as 8 causas de acidente fatal:
■ a 2a causa no setor de transformação (6 de 38, 16%)
■ a 2a-3a causa no total da ativ econ.
(8.4% junto com acidente causado por máquina)
■ precedido de “queda” (ambos grupos) Causas de acidentes fatais “típicos”
estudo MTE do ESP, 1995
o
I
■ Acidente com corrente elétrica é, entre 8 causas de acidente fatal entre os
acidentes fatais “típicos” :
■ a 2a em produtos alimentícios (3 em 16, 19%)
■ a 6a na construção (3 em 49, 6.1%)
Causas de acidentes fatais “típicos”
por setor/ramo, estudo MTE do ESP, 1995
o
I
■ Choque eletrico tem sido 2a causa de acidente fatal entre trab da construção,
■ Trab da construcao sao cerca de 4 vezes mais suscetíveis de morte por choque elétrico que trab em outros setores,
■ MAS relativ. BAIXOs: de 1980 para 1990 os coefic de morte por choque eletrico cairam de 0.58 para 0.27 por 100.000 trab no total (fig.1)
■ 2.3 em 1992 para +/- 2 em 1998, construcao
■ 0.8 em 1992 em transp/com/PU (distr. Elet., menos ainda em 1998
EUA: Acidentes com Eletricidade
o
I
■
EUA: Acidentes com Eletricidade
o
I
■
EUA: Acidentes com Eletricidade
o
I
■
EUA: Acidentes com Eletricidade
o
I
A OIT estima, a nivel mundial, coeficientes de
■■ 10 a 100 incidentes por cada acidente, 10 a 100 incidentes por cada acidente,
■■ 750 a 1000 acidentes por cada fatalidade750 a 1000 acidentes por cada fatalidade..
■■ ENORME DISPARIDADE entre paises ENORME DISPARIDADE entre paises -- INCOMPATIVEL COM A CRESCENTE INCOMPATIVEL COM A CRESCENTE
INTEGRACAO ECONOMICA E QUE INTEGRACAO ECONOMICA E QUE
TEM DE SER CORRIGIDA TEM DE SER CORRIGIDA
■■ CUSTOS DE ACIDENTES E DOENCAS CUSTOS DE ACIDENTES E DOENCAS COM COM CUSTOS CRESCENTESCUSTOS CRESCENTES E CADA E CADA
VEZ MAIS INTOLERAVEIS VEZ MAIS INTOLERAVEIS
Pontos
Pontos criticoscriticos parapara melhoriasmelhorias a a longolongo prazoprazo
✍Setor informal crescente sem cadastramento sem incentivos a melhoria,
✍Deficiências nos sistemas de registro e notificação,
✍sistemas de seguros (publicos e privados) com reduzidos incentivos financeiros à prevenção
✍Falta de cultura de segurança,
✍Deficiências nos conceitos e cálculos dos custos de acidentes,
✍Nível baixo de educação básica da mão-de-obra, Formação deficiente de trabalhadores e
Pontos
Pontos criticoscriticos parapara melhoriasmelhorias a a longolongo prazoprazo
✍Falta de conceitos de auto-regulamentação,
✍Deficiências de regulamentação e/ou de sua aplicação,
✍direitos de trabalhadores nao respeitados e/ou falta de informação dos trabalhadores sobre esses direitos, especialmente em pequenas empresas,
✍falta ou insuficiência de serviços de emergencia no trabalho,
✍falta de comprometimento de gerentes e
trabalhadores com princípios de cooperação bi / tripartite na busca de soluções de interesse para empresa e trabalhadores.
A OIT recomenda melhorias :
■
no registro, monitoramento e
acompanhamento de incidentes de trabalho,
■
na integracao da prevencao com praticas de controle de qualidade e produtividade,
■
nas praticas de analise de custo-
beneficio
Propondo ao mesmo tempo...
■ O desenvolvimento de um Sistema de Gestao de Saude e Seguranca do Trabalho (SG-SST) que:
■ incorpore essas recomendacoes de forma adaptavel,
■ promova coerencia internacional e, para tal,
■ proporcione um elo entre (a) um marco basico internacional uniforme de objetivos, principios e convencoes fundamentais e (b) um marco
nacional de acao que busque integracao entre uma politica nacional e praticas empresariais.
Por padroes e normas basicas
internacionais de SST mais eficazes
■ OIT e ISO: PARCERIA VS.
CONCORRENCIA?
■ OIT: Diversas vantagens:…de estrutura tripartite, que proporciona integracao dos
atores sociais e, portanto, maior legitimidade, e de convencoes fundamentais, e.g. No 155 (1981) e No. 161 (1985), alem de outras referentes a
setores especificos (e.g., maritimo, mineracao),
21
Proposta de Diretrizes da OIT sobre SG-SST
■■ 1.1. Disposicoes generaisDisposicoes generais (objetivos, ambito de (objetivos, ambito de aplicacao, definicoes)
aplicacao, definicoes)
■■ 2.2. Política e principios dos sistemas de gestao Política e principios dos sistemas de gestao da segurancae e saude no trabalho
da segurancae e saude no trabalho (ámbito nacional, conceitos tecnicos adaptados de SG- SST, ámbito das organizacoes)
■■ 3.3. Obrigacoes , compromisso e exame inicialObrigacoes , compromisso e exame inicial
■■ 4.4. Política de seguranca e saude no trabalhoPolítica de seguranca e saude no trabalho
■■ 5.5. Principios e disposicoes (organizacao)Principios e disposicoes (organizacao) 6.6. Participacao dos trabalhadoresParticipacao dos trabalhadores
Proposta de Diretrizes da OIT sobre SG-SST
■■ 7.7. Documentacao e Registro do sistema de Documentacao e gestao, Sistema de comunicacao e Manual SST
■■ 8.8. Planejamento e desenvolvimento do Planejamento e desenvolvimento do sistema (A
sistema (Avaliacao de base e avaliacao de valiacao de base e avaliacao de perigos e riscos)
perigos e riscos)
■■ 9.9. Metas e objetivosMetas e objetivos
■■ 10.10. Sistema de formacao (Sistema de formacao (Experiencia técnica e Experiencia técnica e
Proposta de Diretrizes da OIT sobre SG-SST
■■ 11.11.Mensuracao de desempenhoMensuracao de desempenho
■■ 12.12.Sistema de control de perigoSistema de control de perigo
■ 12.1 Medidas de control de perigos e riscos
■ 12.2 Desenho dos procesos
■ 12.3 preparo para resposta a emergencias
■ 12.4 Gestao de agentes perigosos
■■ 13.13.Sistema de acoes preventivas e correctivasSistema de acoes preventivas e correctivas
■■ 14.14.Delegacao e contratacao de trabalho Delegacao e contratacao de trabalho externo
externo
Proposta de Diretrizes da OIT sobre SG-SST
■■ 15.15.Sistema de avaliacaoSistema de avaliacao
■ 15.1 Auditoría e autoinspecao
■ 15.2 Investigacao dos incidentes e análise retroactiva das causas
■■ 16.16.Melhoria constanteMelhoria constante
■■ 17.17.Integracao de SST com CB, Produtivid.Integracao de SST com CB, Produtivid.
Objetivos das
Diretrizes da OIT sobre SG- SST■ proporcionar marco internacional uniforme de orientacao basica para desenhar, desenvolver, aplicar, examinar e melhorar os SG-SST no ambito nacional dos Estados Membros,
■ estabelecer uma relacao dinamica de avaliacao e de revisao com Estados Membros, e
■ facilitar uma ligacao efetiva entre:
◆ o marco de principios e convencoes internacionais,
◆ conceitos adaptados de SG-SST
◆ documento-marco nacional
Politica e principios dos SG-SST
■■ A politica nacional deveria estabelecer A politica nacional deveria estabelecer principios e estabelecimentos gerais para:
principios e estabelecimentos gerais para:
✦ a) facilitar iniciativas voluntarias e acoes que se recomiendan no marco nacional de promocao;
✦ b) motivar os empregadores e os trabalhadores a emprender tais acoes estabelecendo uma relacao positiva em termos de custo-beneficio;
✦ c) promover nos ámbitos nacional e das organizacoes individuais a melhora dos
mecanismos que sistemáticamente permitan
A Politica nacional de SG-SST deveria...
✦ D) promover a aplicacao de SG-SST como parte integral da gestao geral de uma empresagestao em uma
organizacao;
✦ e) enfatizar e promover a participacao dos trabalhadores (consoante leies, regulamentos e praticas nacionais);
✦ f) evitar burocracia e custos excessivos;
✦ g) reconhecer a diversidade das estruturas de gestao e dos recursos humanos e financeiros conexos que possam
existir devido a diferencas de tamanho, nivel de risco e otras condicoes especiais das empresas e, por isso,
✦ h) recomendar o estabelecimento de SG-SST adaptados a grupos de organizacoes de condicoes identicas ou
comparaveis;
Melhoria de Analise de Custo-Beneficio
essencial para eficacia de SG-SST e prevencao.
Principais deficiencias:
- subestimacao de custos indiretos para as empresas e para a economia como um todo.
- Necessidade de executar e cruzar dois
calculos: do ponto de vista de empresa e do ponto de vista da economia para exigir
pagamentos das empresas, e para incentivar
■■
Objetivo da CB-empresa é estimar:
■■ custoscustos do investimentodo investimento versus versus beneficiosbeneficios (em termos de total de custos
(em termos de total de custos diretosdiretos ee indiretos
indiretos evitaveisevitaveis em um acidente.em um acidente.
■ No. de acidentes que podem ser evitados pelo investimento em questao,
■■ No. de acidentes que pagariam pelo No. de investimento, ou
■ Beneficio total (I.e. multiplicar custo total estimado de um acidente pela estimativa do numero de acidentes evitaveis ao longo do periodo de vida util do investimento.
Analise CB da perspectiva da economia
■ A estimativa de custos diretos para a
economia/sociedade geralmente excede os da empresa em termos de:
■ Externalidades para fora do local: poluicao de agua, ar, danos a propriedade publica,
■ Servicos de limpeza publica,
■ Servicos de emergencia de bombeiros,
Analise CB da perspectiva da economia
■ A estimativa de custos indiretos para a
economia/sociedade excede ainda mais os da empresa em termos de:
■ Pensões e outras indenizações sociais que -
especialmente na maioria dos casos de seguro publico - nao refletem as contribuições das empresas ao sistema de seguridade social,
■ gastos sociais indiretos com, eg. funerais de famílias sem recursos,
■ assistência familiar adicional ou paralela à assistencia
Analise CB da perspectiva da economia
■ A estimativa de custos indiretos para a
economia/sociedade excede ainda mais os da empresa em termos de:
■
implicações de longo prazo para a economia da perda de:
■ renda familiar,
■de oportunidades educacionais dos filhos que deixem de estudar, ou estudam menos, devido à fatalidade do chefe de família ou do irmão or irmã mais velho/a, etc.
Objetivo da CB-economia/sociedade é verificar:
■■ até que ponto os custos/benecios sociais excedem os da empresa e/ou
■ até que ponto, a prevencao de acidentes (ou doencas) - em termos de meta X ou Y de
reducao de acidentes - é mais rentavel para a sociedade (alem de desejavel eticamente),
■ que investimentos de prevencao sao mais rentaveis para a economia e que acidentes e doencas sao mais prejudiciais, etc.
O impacto da CB-economia/sociedade é quase sempre:
■■ aumentar as estimativas dos custos totais de acidentes e doencas de de trabalho e, por
consequencia,
■ aumentar a viabilidade social da prevenção, o que por sua vez tende a
■ favorecer políticas de Estado de apoio à prevenção de acidentes e doenças de
trabalho, via
Algumas estimativas de custos sociais (economia)
■ Reino Unido - 1990
■ 1,6 milhoes de acidentes registrados e
■ 2,2 milhoes de casos doenca 20.000 pararam de trabalhar.
■ com um total de 30 milhoes de dias de trabalho perdidos.
■ Perdas - vitimas e familias: 5,2 bi Libras (+ US$ 8 bi).
■ Perdas - empregadores: entre 4,4 e 9,4 bi L de libras.
■ Perdas - economia (sociedade): 10,9 a 16,3 bilhoes L.
Algumas estimativas de custos economicos (sociedade)
■ Espanha: Custo minimo dos acidentes de trabalho estimados em mais de 3% do PIB (i.e. 2,5 bilhoes de pesetas por ano), segundo o Min. do Trab y. Seg.
Social.
■ OCDE: Custo econômico dos acidentes de trabalho:
cerca de 1% do PIB, excluindo custos de prevenção.
■ EUA: Custo economico de cada acidente mortal e
CB CB - - Empresa Empresa Eng Eng .A .A - - RU RU
60 empregados, 6 acidentes leves por mês, Custo médio direto de 40 libras/acidente, Custo direto e indireto (1a. Rodada): 260- 350 libras,
■Custo direto e indireto (2a. Rodada):
1000-1800 libras (incluindo ausência médica, cobertura temporária,
produtividade reduzida e danos a equipamento),
excluindo processos em andamento de alguns dos trabalhadores por negligência.
Noruega
Noruega - -
26 26 empresas empresas MME MME -- 7000 7000 empemp■80.000 acidentes/ano (1997): lesões e ausências:US$ 400 a 500 milhões
■Seguradoras pagaram US$ 280 milhões so em compensações por danos de fogo e transporte.
■Paradas de produção causadas por
acidentes custaram às empresas estudadas do setor mais de US$ 130 milhões.
Custos de acidentes com produtos