DOENÇA INFLAMATÓRIA
INTESTINAL
•RETOCOLITE ULCERATIVA
•DOENÇA DE CROHN
EPIDEMIOLOGIA
EPIDEMIOLOGIA
Incidência = 5 a 10 /100.000 / ano
Prevalência=50 a 100 /100.000
Doença de adultos jovens, 15 a 30 anos
mas pode ocorrer em todas as faixas
etárias.
15% estão com idade acima de 60 anos.
DOENÇA DE CROHN
O QUE É?
•
A doença de Crohn é uma doença
inflamatória crônica que afeta inicialmente
o trato gastrointestinal podendo atingir
DOENÇA DE CROHN
O QUE É?
•
A doença de Crohn é uma doença
inflamatória crônica que afeta inicialmente
o trato gastrointestinal podendo atingir
desde a boca até o ânus.
DOENÇA DE CROHN
O QUE É?
•
A doença de Crohn é uma doença
inflamatória crônica que afeta inicialmente
o trato gastrointestinal podendo atingir
desde a boca até o ânus.
•
A maioria dos pacientes acometidos tem
idade jovem (antes dos 40 anos).
DOENÇA DE CROHN
O QUE É?
• A doença de Crohn é uma doença inflamatória crônica que afeta inicialmente o trato
gastrointestinal podendo atingir desde a boca até o ânus.
• A maioria dos pacientes acometidos tem idade jovem (antes dos 40 anos).
• Acomete homens e mulheres com igual freqüência.
• Ocorre mais freqüentemente em uma
DOENÇA DE CROHN
• Tem causa ainda desconhecida. Nenhum agente infeccioso ou alimento parece
DOENÇA DE CROHN
• Tem causa ainda desconhecida. Nenhum agente infeccioso ou alimento parece
diretamente envolvido na causa da doença.
• É uma doença crônica, ocorre com variados graus de intensidade e acomete seus
DOENÇA DE CROHN
• Tem causa ainda desconhecida. Nenhum agente infeccioso ou alimento parece
diretamente envolvido na causa da doença.
• É uma doença crônica, ocorre com variados graus de intensidade e acomete seus
portadores com caráter recidivante, isto é: períodos de remissão intercalam-se com períodos de atividade da doença.
Fatores ambientais Fatores ambientais luminais luminais Fatores endógenos Fatores endógenos Predisposição genética Predisposição genética DII RCUI D. Crohn Subgrupos?
Resposta imune anormal
ETIOLOGIA
FATORES AMBIENTAIS E LUMINAIS
•
GERME X HOSPEDEIRO
•
Microbiota:
– Micobacterium paratuberculosis – Escherichia coli entero-invasiva
ETIOLOGIA
Aspectos nutricionais apontados como fatores causais das DII
• Não existem evidências de que a dieta tenha influência significativa na causa da DII, porém estudos epidemiológicos têm revelado possíveis associações.
• A literatura aponta o alto consumo de margarina e de açúcar refinado como fator potencializador do risco aumentado para doença de Crohn, assim como o alto consumo de gorduras mono e polinsaturadas e de vitamina B6 - que pode aumentar o risco de desenvolvimento de colite ulcerativa.
• Em estudo realizado no Japão em 1996, Shoda et al mostraram que o aumento da incidência de doença de Crohn naquela população
racialmente homogênea estava fortemente relacionada a alta ingestão diária de proteína animal e gorduras animais, especialmente os ácidos graxos w-6.
• Outros estudos apontam a falta de fibra alimentar como causa do aumento das taxas de DII entre a população pediátrica.
• Por outro lado, o consumo diário de frutas e verduras, assim como o aleitamento materno parecem ter efeito protetor contra o
aparecimento da DII.
Dieleman LA, Heizer WD. Nutritional issues in inflammatory bowel disease. Gastroenterol Clin N Am 1998; 27(2): 435-51. Graham TO, Kandil HM. Nutritional factors in inflammatory bowel disease. Gastroenterol Clin N Am 2002; 31: 203-218.
ETIOLOGIA
ETIOLOGIA
FATORES GENÉTICOS
•
Cromossoma 16
NOD2/CARD15
NOD2/CARD15
Doença de Crohn fibroestenosante do jovem
ANATOMIA E PATOLOGIA
ANATOMIA E PATOLOGIA
Inflamação crônica transmural que
ANATOMIA E PATOLOGIA
ANATOMIA E PATOLOGIA
Inflamação crônica transmural que pode
acometer qualquer segmento do trato
digestivo
ANATOMIA E PATOLOGIA
ANATOMIA E PATOLOGIA
ANATOMIA E PATOLOGIA
ANATOMIA E PATOLOGIA
Colite somente=15 a 20%
Intestino delgado= 80%
Perianal e peri-retal/ reto poupado
Histopatologia: granuloma não caseoso
patognomônico= 40 a 50% dos casos
INTEST. DELGADO
APRESENTAÇÕES
APRESENTAÇÕES
Inflamatória
Obstrutiva
Fistulizante
Extra-intestinal: cutânea, oral ,
ocular,articular e hepatobiliar
DOENÇA DE CROHN
QUAIS OS PRINCIPAIS SINTOMAS?
•
Os sintomas da doença de Crohn
dependem fundamentalmente:
– localização e extensão da doença,
– natureza da manifestação (se de inflamação, estenose ou de fístula),
– ocorrência de complicações,
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA
• A diarréia crônica é o principal sintoma. Produtos patológicos presentes nas fezes tais como sangue e muco (catarro)
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA
• Dor abdominal pode estar presente.
– A dor abdominal
recorrente localizada no lado direito baixo do abdome em
pacientes com história de diarréia ou
emagrecimento é
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA
• Emagrecimento e fraqueza estão
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA
• Dor, sangramento edrenagem de pus
podem ocorrer e refletem a localização anorretal do processo inflamatório.
Por vezes são intensos causando extrema
incapacidade e necessidade de
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA
• A estenoses são estreitamentos do segmento inflamado de intestino podendo levar a obstrução.MANIFESTAÇÃO CLÍNICA
• Fístulas - são trajetos ou comunicações entre o interior do órgão acometido pela doença e outros órgãos normaisDIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO
História
Exame físico
Exames de fezes
Provas de atividade inflamatória
Colonoscopia com biópsia
Trânsito de delgado ou enema opaco
DIAGNÓSTICO
HISTÓRIA CLÍNICA:
• Dor abdominal
• Diarréia com puxo e tenesmo
DIAGNÓSTICO
EXAMES LABORATORIAIS:
•
Hemograma – anemia
.
•
Eletrólitos – hipocalemia, hiponatremia,
hipocalcemia,
•
Provas inflamatórias: VHS, proteína C
reativa, mucoproteína, alfa-2
glicoproteínas,...
•
Fezes – leucócitos, sangue (hemoglobina)
DIAGNÓSTICO
EXAMES LABORATORIAIS:
•
Hemograma – anemia.
•
Eletrólitos – hipocalemia, hiponatremia,
hipocalcemia
,
•
Provas inflamatórias: VHS, proteína C
reativa, mucoproteína, alfa-2
glicoproteínas,...
•
Fezes – leucócitos, sangue (hemoglobina)
DIAGNÓSTICO
EXAMES LABORATORIAIS:
•
Hemograma – anemia.
•
Eletrólitos – hipocalemia, hiponatremia,
hipocalcemia,
•
Provas inflamatórias: VHS, proteína C
reativa, mucoproteína, alfa-2
glicoproteínas
,...
•
Fezes – leucócitos, sangue (hemoglobina)
DIAGNÓSTICO
EXAMES LABORATORIAIS:
•
Hemograma – anemia.
•
Eletrólitos – hipocalemia, hiponatremia,
hipocalcemia,
•
Provas inflamatórias: VHS, proteína C
reativa, mucoproteína, alfa-2
glicoproteínas,...
•
Fezes – leucócitos, sangue (hemoglobina)
DIAGNÓSTICO
EXAMES LABORATORIAIS:
•
Hemograma – anemia.
•
Eletrólitos – hipocalemia, hiponatremia,
hipocalcemia,
•
Provas inflamatórias: VHS, proteína C
reativa, mucoproteína, alfa-2
glicoproteínas,...
•
Fezes – leucócitos, sangue (hemoglobina)
COLONOSCOPIA
COLONOSCOPIA
HISTOLOGIA
HISTOLOGIA
HISTOLOGIA
HISTOLOGIA
ANATOMOTOLÓGICO
TRÂNSITO INTESTINAL
ENEMA OPACO
AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE
AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE
Leve a moderada
Moderada a grave
Grave fulminante
TRATAMENTO CLÍNICO
•
Aminossalicilatos:
– No Brasil, os principais, mais disponíveis e custeados pelo Sistema Único de Saúde são a sulfasalazina e a mesalazina.
– São empregados como terapia inicial para a obter a remissão dos sintomas e também em casos selecionados, com o objetivo de
TRATAMENTO CLÍNICO
•
Aminossalicilatos:
– Efeitos colaterais: • Cefaléias • Náuseas • Dor epigástrica • DiarréiaTRATAMENTO CLÍNICO
•
Costicosteróides:
– Empregados nos casos com atividade moderada ou grave.
TRATAMENTO CLÍNICO
•
Costicosteróides:
Via oral - Prednisolona, prednisona, budesonida;
Supositórios, enemas – hidrocortisona, metassulfobenzoato de prednisolona, betametasona, budesonida
TRATAMENTO CLÍNICO
• Costicosteróides: Efeitos colaterais:
– Iniciais - Cosméticos: acnes, face lua-cheia, edema), distúrbio do sono, do humor, dispepsia, intolerância a glicose.
– Uso prolongado: catarata subcapsular posterior, osteoporose, osteonecrose da cabeça do fêmur, miopatia e susceptibilidade a infecção.
– Retirada – insuficiência supra-renal aguda, síndrome de mialgia, mal-estar e artralgias ou hipertensão
TRATAMENTO CLÍNICO
•
Imunossupressores:
TIOPURINAS (azatioprina, mercaptopurinas)
– O mais utilizado é a azatioprina.
– Empregada principalmente nos casos de
refratariedade ou intolerância à corticoterapia bem como nos casos de corticodependência. Também está indicado no pós-operatórios de ressecções grandes ou fistulizantes como
TRATAMENTO CLÍNICO
•
Imunossupressores:
TIOPURINAS (azatioprina, mercaptopurinas)
– Efeitos colaterais: iniciais – mialgias, cefaléias e diarréias. Leucopenias.
TRATAMENTO CLÍNICO
•
Imunossupressores:
METOTREXATO:
– Oral, subcutâneo ou intramuscular – 25 mg/ semana
– Indicado na falha do uso das tiopurinas.
TRATAMENTO CLÍNICO
•
Imunossupressores:
CICLOSPORINA:
– Oral ou endovenosa
– Terapia de resgate em casos graves, antes de indicar colectomia total.
– Efeitos colaterais: tremores, parestesias, mal-estar, cefaléia, alteração da função hepática, hiperplasia de gengiva, hirsutismo.
TRATAMENTO CLÍNICO
•
Antibióticos:
– Metronidazol e o ciprofloxacin são
utilizados em associação nos casos com atividade moderada
– Usados de forma prolongada, se boa
TRATAMENTO CLÍNICO
•
BIOLÓGICOS:
– O infliximab (Remicade®), adalimumab
(Humira®) estão indicados para os casos:
• Fístulas abdominais ou anorretais na ausência de resposta à corticoterapia/antibioticoterapia
• Terapia imunossupressora
• Na ausência de obstrução e abscesso com resultados variáveis
TRATAMENTO CLÍNICO
•
BIOLÓGICOS:
– Infliximab (Remicade®), adalimumab
(Humira®) – efeitos colaterais:
• Dor, rigidez de articulações, febre, mialgias, mal estar.
TRAMENTO CIRÚRGICO
TRAMENTO CIRÚRGICO
70% vão ter indicação em algum momento de sua evolução
TRATAMENTO CIRÚRGICO
ENTERECTOMIA
ESTENOPLASTIA
TRATAMENTO CIRÚRGICO
TRATAMENTO CIRÚRGICO
TRATAMENTO CIRÚRGICO
TRATAMENTO CIRÚRGICO
PROGNÓSTICO
PROGNÓSTICO
70% farão cirurgia
Predisposição para neoplasia de delgado
e cólon
NUTRIÇÃO
•
Poucas evidências da dieta na etiogênese
da DII
NUTRIÇÃO
Conseqüências nutricionais da DII
• A desnutrição, caracterizada pela perda de peso, déficit de estatura e depleção de micronutrientes são conseqüências nutricionais relevantes na faixa etária pediátrica.
• No momento do diagnóstico, 85% dos pacientes com doença de Crohn e 65% dos pacientes com colite ulcerativa apresentam baixo peso.
• Muitos fatores contribuem para a desnutrição, mas o principal é a ingestão energética insuficiente.
• Anorexia, dor abdominal, náuseas e vômitos, aumento das necessidades energéticas,
má-absorção, interações droga-nutriente e aumento das perdas protéicas e de micronutrientes através da
NUTRIÇÃO
•
Deve-se fazer a avaliação nutricional
inicial e periódica no paciente com DII.
(IMC ou, pelo menos, peso corporal.)
•
Crianças e adolescentes devem,
OBRIGATORIAMENTE, ser
acompanhados com gráficos de percentis
de estatura e peso.
•
Atenção especial a vitamina B12,
especialmente após ressecções ileais –
dosar anualmente.
NUTRIÇÃO
• O suporte nutricional éapropriado com TERAPIA MODIFICADORA DA
DOENÇA para deficiência de
crescimento em crianças e adolescentes com
doença ativa no intestino delgado. NÍVEL A
• Pode ser usado com esteróides,
imunomoduladores ou cirurgias com doença ativa. NÍVEL B
• Não responsivos a mesalazina. NÍVEL C
NUTRIÇÃO
• O suporte nutricional é apropriado como
TERAPIA
COMPLEMENTAR
para qualquer paciente desnutrido ou dificuldade de manter-se nutrido. NÍVEL C • Obstrução intestinal parcial, enquanto aguardam tratamento cirúrgico. NÍVEL C • Doença peri-anal complexa e complicações pós-operatórias. NÍVEL C
DIETA
• A dieta para portadores da Doença de Crohn deve ter alto teor calórico-proteico e ser restrita em
resíduos (fibras).
• Dietas ricas em fibras podem causar obstrução dos segmentos intestinais afetados.
• O paciente pode alimentar-se melhor quando a dieta é dividida em 6 refeições durante o dia e à noite e se lhe for oferecida alguma escolha.
• Em crianças e adolescentes, as vezes é necessário um maior cuidado no suporte nutricional,
oferecendo uma suplementação calórica noturna por sonda nasogástrica, para evitar problemas de
DIETA
•
Condimentos e líquidos frios não são bem
tolerados e devem ser excluídos da
alimentação.
•
Deve-se prescrever suplementos
vitamínicos. Vitaminas K e B12, e
possivelmente o ferro, devem ser dados
como medicações parenterais (pela veia),
já que não são absorvidas
DIETA
•
No caso de esteatorréia (diarréia com
presença de gorduras, com fezes de
cor amarelada), as gorduras devem ser
restringidas da dieta
•
Se está presente uma deficiência de
lactose, deve-se prescrever uma dieta
livre ou limitada de lactose. Nesse caso
será restringido o uso de leite e
DIETA
ALIMENTOS RESTRINGIDOS - feijão;
- verduras cruas;
- mamão, pêra, laranja, ameixa; - leite, iogurte, queijos;
- mel; - aveia;
- carne de porco, lingüiça, salsicha; - carnes gordas, banha;
- biscoitos amanteigados, doces folhados, chocolate; - frituras, gratinados, preparações sauté, maionese; - pratos prontos, industrializados;
DIETA
ALIMENTOS PERMITIDOS - arroz; - purês; - carnes magras; - legumes cozidos; - ovo cozido; - gelatina; - banana maçã; - maçã;TERAPIA NUTRICIONAL
GUIDELINES ESPEN 2006
•
INDICAÇÕES:
– Desnutrição
– Crescimento (crianças)
– Melhorar qualidade de vida – Fase aguda
– Nutrição pré e pós-operatório
TERAPIA NUTRICIONAL
TERAPIA NUTRICIONAL
FASE ATIVA
E comum nesta fase:• Desnutrição com perda de peso • Deficiência de proteína • Deficiência de vitaminas • Deficiências de minerais • Deficiências de oligoelementos • Crianças – deficit de crescimento. Devido: • Anorexia
• Aumento das evacuações
TERAPIA NUTRICIONAL
FASE ATIVA
Perda de peso: • 75% pct hospitalizados • 50% - Balanço nitrogenado negativo – diminuição daingesta, aumento das perdas intestinais,
induzidos por esteróides;
TERAPIA NUTRICIONAL
FASE ATIVA
RMR – Gasto metabólico basal pode variar dependendo do grau de inflamação, podendo aumentar nos casos maisTERAPIA NUTRICIONAL
FASE ATIVA
CRIANÇAS: • 40% retardo de crescimento • 60% diminuição de massa muscular e gordura corporal ADOLESCENTES:• 90% déficit de altura e/ou velocidade de crescimento abaixo de 3º. percentil antes do diagnóstico. • 20-40% persistem com deficit de crescimento
TERAPIA NUTRICIONAL
DOENÇA ATIVA
NÍVEL A • Dieta enteral em adultos como tratamento único na fase aguda principalmente quando não é possível o uso de corticóide NÍVEL C• Uso combinado dieta & drogas para
estenoses intestinais
• Em crianças com Crohn como
TERAPIA NUTRICIONAL
FASE DE REMISSÃO
Geralmente o estado nutricional na fase de remissão é aparentemente normal. Desnutrição: • Mal absorção: – Cirurgias – Diarréia – ác. biliar – Sind. intestino curto – Proliferaçãobacteriana
• Induzido por droga – Mal absorção de vit.
TERAPIA NUTRICIONAL
FASE DE REMISSÃO
•
IMC - pode estar diminuído
•
Massa gorda diminuída mas massa magra
mantida.
•
RMR – normal (? – doença quiescente)
•
Alta oxidação de lipídios
TERAPIA NUTRICIONAL
FASE DE REMISSÃO
•
IMC - pode estar diminuído
•
Massa gorda diminuída mas massa
magra mantida.
•
RMR – normal (? – doença quiescente)
•
Alta oxidação de lipídios
TERAPIA NUTRICIONAL
FASE DE REMISSÃO
•
IMC - pode estar diminuído
•
Massa gorda diminuída mas massa magra
mantida.
•
RMR – normal (? – doença quiescente)
•
Alta oxidação de lipídios
TERAPIA NUTRICIONAL
FASE DE REMISSÃO
•
IMC - pode estar diminuído
•
Massa gorda diminuída mas massa magra
mantida.
•
RMR – normal (? – doença quiescente)
•
Alta oxidação de lipídios
TERAPIA NUTRICIONAL
FASE DE REMISSÃO
•
IMC - pode estar diminuído
•
Massa gorda diminuída mas massa magra
mantida.
•
RMR – normal (? – doença quiescente)
•
Alta oxidação de lipídios
TERAPIA NUTRICIONAL
FASE DE REMISSÃO
Paciente não tratados:
• Osteopenia – deficit nutricional (proteína, vit. D e cálcio) e citocinas inflamatórias.
Pacientes tratados:
• Osteopenia induzida pelos esteróides
• Aumento chance de fraturas
Recomenda-se suplementar cálcio de vit. D: – Colecalciferol 800-1000 ui/dia
– Calcio iônico 1000 mg/dia.
TERAPIA NUTRICIONAL
FASE DE REMISSÃO
Paciente não tratados:• Osteopenia – deficit nutricional (proteína, vit. D e cálcio) e citocinas inflamatórias.
Pacientes tratados:
• Osteopenia induzida pelos esteróides
• Aumento chance de fraturas
Recomenda-se suplementar cálcio de vit. D: – Colecalciferol 800-1000 ui/dia
– Calcio iônico 1000 mg/dia.
TERAPIA NUTRICIONAL
FASE DE REMISSÃO
Paciente não tratados:• Osteopenia – deficit nutricional (proteína, vit. D e cálcio) e citocinas inflamatórias.
Pacientes tratados:
• Osteopenia induzida pelos esteróides
• Aumento chance de fraturas
Recomenda-se suplementar cálcio de vit. D:
– Colecalciferol 800-1000 ui/dia – Calcio iônico 1000 mg/dia.
TERAPIA NUTRICIONAL
QUAL A INFLUÊNCIA DO ESTADO
TERAPIA NUTRICIONAL
QUAL A INFLUÊNCIA DO ESTADO
NUTRICIONAL NO RESULTADO DO
TRATAMENTO?
TERAPIA NUTRICIONAL
QUAL A INFLUÊNCIA DO ESTADO
NUTRICIONAL NO RESULTADO DO
TRATAMENTO?
•
Desnutrição tem impacto negativo na
evolução clínica;
TERAPIA NUTRICIONAL
QUAL A INFLUÊNCIA DO ESTADO
NUTRICIONAL NO RESULTADO DO
TRATAMENTO?
•
Deficit de volume, desnutrição
TERAPIA NUTRICIONAL
QUAL A INFLUÊNCIA DO ESTADO
NUTRICIONAL NO RESULTADO DO
TRATAMENTO?
•
Deficit de volume, desnutrição
proteico-calórico e desequilíbrio hidro-eletrolítico
aumentam mortalidade
TERAPIA NUTRICIONAL
QUAIS SÃO OS OBJETIVOS DA NUTRIÇÃO ENTERAL?
1. Prevenir e tratar desnutrição;
2. Promover crescimento e desenvolvimento em crianças e adolescentes;
3. Aumentar qualidade de vida 4. Fase aguda da terapia;
TERAPIA NUTRICIONAL
2. PROMOVER O CRESCIMENTO:
• Apenas orientação nutricional não resolve, deve-se entrar com dieta enteral (oral ou sonda).
• Nutrição enteral melhora o estado nutricional e elimina as consequências da desnutrição (déficit crescimento) e tem indicação NÍVEL A.
• Déficit específicos (vitaminas ou oligoementos) podem ser suplementados com NÍVEL C de
TERAPIA NUTRICIONAL
5 - PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO
NÍVEL C
• Paciente com perda de peso ou albumina baixa antes da
cirurgia tem alto risco cirúrgico. A terapia está indicada nesta condição.
• Perda de peso > 10% em 3 – 6 meses
• IMC < 18,5 Kg/m2
TERAPIA NUTRICIONAL
6 - MANUTENÇÃO DA REMISSÃO:
•
A nutrição enteral suplementar após
prolongada após fase aguda aumenta o
intervalo de recorrência (IIa)
•
Em doenças estenosantes ou fistulosas,
ocorrem recaídas quando a nutrição
TERAPIA NUTRICIONAL
•
QUAL PACIENTE DEVE RECEBER
NUTRIÇÃO ORAL SUPLEMENTADA?
•
QUANDO A SONDA ENTERAL ESTÁ
TERAPIA NUTRICIONAL
APLICAÇÃO
NÍVEL A• Nutrição oral ou enteral ou suplementos somado a dieta normal para
melhorar o “status”nutricional e diminuir as consequências da desnutrição (retardo de crescimento) NÍVEL B
• Alimentação por sonda contínua melhor que em bolus para evitar
TERAPIA NUTRICIONAL
APLICAÇÃO
NÍVEL A• Suplementação oral de 600 kcal/dia somado a dieta normal. Se for necessário uma
quantidade maior e não for tolerado pelo
paciente, faz-se
necessário o uso de sonda enteral.
NÍVEL B
• Dieta enteral pode ser segura tanto com sondas naso-gástricas com
gastrostomias endoscópicas NÍVEL C
• Usar sondas para
TERAPIA NUTRICIONAL
APLICAÇÃO
•
A administração continua por sonda
enteral tem menor índice de complicação
que a administração em “bolus”.
•
Crianças com baixo peso tem tido
sucesso com NE durante a noite.
•
Se houver necessidade de NE por tempo
prolongado ou a SNE não foi viável, faz-se
necessário a gastrostomia endoscópica
TERAPIA NUTRICIONAL
•
QUAIS SÃO AS CONTRA-INDICAÇÕES
TERAPIA NUTRICIONAL
APLICAÇÃO
CONTRA-INDICAÇÕES:
•
Íleo paralítico
TERAPIA NUTRICIONAL
•
AS FÓRMULAS ELEMENTARES OU
SEMI-ELEMENTARES SÃO MELHORES
QUE AS FÓRMULAS COM PROTEÍNAS
OLIGOMÉRICAS NA NUTRIÇÃO
ENTERAL PARA DOENÇA DE CROHN?
•
FÓRMULAS ESPECÍFICAS TEM ALGUM
TERAPIA NUTRICIONAL
Tipos de fórmulas
NÍVEL A
• Não há diferença entre as fórmulas elementares,
peptídicas ou poliméricas por sonda.
• As fórmulas oligoméricas geralmente não são
recomendadas !!!
NÍVEL A
• Dietas modificas (lipídicas, ômega-3,
glutamina, TGF-β) NÃO são recomendadas por não haver evidências claras de seus
benefícios. NÍVEL C
• Dieta enteral pode
TERAPIA NUTRICIONAL
Fórmulas específicas
• Modificações da dieta com BAIXA quantidade de triglicerídeos (TGC) de cadeia longa (LCT), ou ALTA quantidade de TGC de cadeia média (MCT) – SEM BENEFÍCIO TERAPÊUTICO.
• Fórmulas enriquecidas com glutaminas não mostraram benefícios.
• TGF-β2 – transforming growth factor mostrou efeito na redução da inflamação da mucosa,
regulador de citoquinas pró-inflamatórias no íleo e cólon, mas não foi comprovado em estudos
ORIENTAÇÕES
• DICAS
– Não fume
– Pratique atividade física no mínimo três vezes por
semana
– Evite a obesidade
– Prefira legumes, verduras, frutas e grãos – Tome bastante água
– Controle a ingesta de gordura animal – Combata o stress diariamente
– Sempre examine o conteúdo do vaso sanitário
Etiologia - Fenótipo
•
IL-1RA
RETOCOLITE ULCERATIVA
RETOCOLITE ULCERATIVA
Doença inflamatória crônica da mucosa
limitada ao cólon
Caracteristicamente envolve o reto e pode
se extender simetricamente por todo o
cólon
20% terão pancolite
Classificação de Montreal (2005)
•
Proctite
•
Colite esquerda
•
Pancolite
EPIDEMIOLOGIA
EPIDEMIOLOGIA
Incidência 2-6/100.000/ano - EUA
Prevalência 50-80/100.000 – EUA
Faixa etária preferencial de 20 a 40 anos,
pode ocorrer em qualquer idade
Mais freqüente em mulheres
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA
• A principal manifestação é diarréia com
sangue. Conforme a gravidade da doença, o número de evacuações varia de menos de 5 episódios diários até 10 ou 20 e o volume de sangue pode ser variável, causando ou não sintomas pela conseqüente anemia.
• A consistência das fezes varia de
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA
• Pode ocorrer febre, mal-estar geral, fraqueza, cólicas e dores abdominais difusas. Junto às fezes pode ser observada a presença de muco -uma espécie de catarro gelatinoso - e pus,
caracterizando uma diarréia chamada de
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA
• Quando a doença é intensa, podem ocorrer
anemia, perda de peso, edema (inchaço) nos pés e pernas, desnutrição e desidratação.
• Casos ditos fulminantes (2 a 4%) podem
complicar-se por uma dilatação gasosa aguda e irreversível - o Megacólon Tóxico - com
possibilidade de perfuração seguida de infecção abdominal extensa, acompanhada de
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA
• A Retocolite Ulcerativa Inespecífica (RCUI) é acompanhada, em um quarto dos casos, por manifestações extra-intestinais, numa
repercussão de mecanismo também desconhecido.
• Podem ocorrer dor e inflamação nas juntas
Manifestações extra
Manifestações extra
-
-
intestinais
intestinais
Pele: eritema nodoso e pioderma
gangrenoso
Boca: aftas
Olhos: uveíte , episclerite
Articulações: artrites, sacroileíte
MANIF. OCULARES
Avaliação de gravidade
Avaliação de gravidade
Leve: menos do que 4 evacuações por
dia, sem sinais de toxicidade
Moderada: mais do que 4 evacuações por
dia e sinais de toxicidade mínima
Diagnóstico diferencial
Diagnóstico diferencial
Doença de Crohn de cólon;
Enterocolite infecciosa;
Colite isquêmica, actínica, por drogas,
microscópica e colagenosa;
Neoplasia de cólon, doença diverticular,
úlcera retal solitária;
Diagnóstico
Diagnóstico
História e exame físico
Exames de fezes
Colonoscopia/ retossigmoidoscopia
Radiologia
Características endoscópicas:
Retocolite
ulcerativa
• Reto envolvido
• Lesão padrão contínuo
• Perda do padrão vascular
• Eritema difuso
• Granularidade da mucosa
• Não ocorrem fístulas
RADIOGRAFIA ABDOME
HISTOLOGIA
RCUI
TRATAMENTO
TRATAMENTO
Remissão
Manutenção
Tratamento tópico
TRATAMENTO CLÍNICO
TRATAMENTO CLÍNICO
Sulfassalazina (AMINOSALICILATOS)
Toxicidade dose-dependente: náusea,anorexia , cefaléia, def. folato, alopécia
TRATAMENTO CLÍNICO
TRATAMENTO CLÍNICO
•
Mesalazina ( AMINOSALICILATO)
• Comprimido com cobertura entérica
• Cápsulas com liberação programada
• Ação tópica
TRATAMENTO CLÍNICO
TRATAMENTO CLÍNICO
CORTICÓIDES:
Prednisona
Hidrocortisona /metilprednisolona
Enema de hidrocortisona, espuma de
cortisona
TRATAMENTO CLÍNICO
TRATAMENTO CLÍNICO
IMUNOSSUPRESSORES:
Azatioprina e 6-mercaptopurina
Efeitos adversos: náusea, febre, artralgias, pancreatite, hepatite, mielossupressão
Ciclosporina
TRATAMENTO CIRÚRGICO
TRATAMENTO CIRÚRGICO
Agudização grave sem resposta ao
tratamento medicamentoso,
Complicações agudas,
Doença crônica refratária, com piora da
qualidade de vida,
TRATAMENTO CIRÚRGICO
PROGNÓSTICO
PROGNÓSTICO
RASTREAMENTO DO CÂNCER
INTESTINAL:
Colonoscopia anual após 8 a 10 anos de
doença
Risco de câncer cólon aumenta 1% ao ano
após 10 anos de doença extensa
PROGNÓSTICO
PROGNÓSTICO
Expectativa de vida igual à da população
em geral;
80% doença crônica são recidivantes;
15% colite crônica com indicação de
colectomia;
TERAPIA NUTRICINAL
TERAPIA NUTRICIONAL
QUAL A INFLUÊNCIA DA RCUI NO
ESTADO NUTRICIONAL E
TERAPIA NUTRICIONAL
QUAL A INFLUÊNCIA DA RCUI NO
ESTADO NUTRICIONAL E
METABÓLICO?
TERAPIA NUTRICIONAL
QUAL A INFLUÊNCIA DA RCUI NO
ESTADO NUTRICIONAL E
METABÓLICO?
•
DESNUTRIÇÃO – fase aguda
TERAPIA NUTRICIONAL
QUAL A INFLUÊNCIA DA RCUI NO
ESTADO NUTRICIONAL E
METABÓLICO?
•
DESNUTRIÇÃO – fase aguda
•
DEFICIÊNCIAS ESPECÍFICAS:
– ANEMIA: Ferro, folatos.
TERAPIA NUTRICIONAL
TERAPIA NUTRICIONAL
A ATIVIDADE DA DOENÇA INFLUENCIA
NA INGESTÃO ORAL?
TERAPIA NUTRICIONAL
QUAL A INFLUÊNCIA DO TRATAMENTO
MEDICAMENTOSO NO ESTADO
TERAPIA NUTRICIONAL
QUAL A INFLUÊNCIA DO TRATAMENTO
MEDICAMENTOSO NO ESTADO
NUTRICIONAL?
•
Nenhum estudo
•
Esteróides aumentam a fome e a
TERAPIA NUTRICIONAL
QUAL A INFLUÊNCIA DO ESTADO
TERAPIA NUTRICIONAL
QUAL A INFLUÊNCIA DO ESTADO
NUTRICIONAL NO RESULTADO DO
TRATAMENTO?
•
Na doença de Crohn a desnutrição
aumenta as complicações
TERAPIA NUTRICIONAL
TERAPIA NUTRICIONAL
A NUTRIÇÃO ENTERAL TEM INDICAÇÃO
NA RCUI?
•
Em desnutrição ou dificuldade de
ingestão, a suplementação deve ser
iniciada (NÍVEL C);
TERAPIA NUTRICIONAL
A NUTRIÇÃO ENTERAL TEM INDICAÇÃO NA RCUI?
• Complementação oral 500 – 600 kcal/dia ( = Crohn)
• Sondas enterais – quando indicadas
• NÃO estão indicadas fórmulações
específicas: elementares, peptídicas,
aditivas... Não são superiores as regulares.
TERAPIA NUTRICIONAL
QUAL A IMPORTÂNCIA DA NUTRIÇÃO
ENTERAL NA MANUTENÇÃO DA
TERAPIA NUTRICIONAL
QUAL A IMPORTÂNCIA DA NUTRIÇÃO
ENTERAL NA MANUTENÇÃO DA
REMISSÃO?
TERAPIA NUTRICIONAL
INDICAÇÕES
DESNUTRIÇÃO• Indicado suporte para desnutrição ou baixa ingestão
• NÍVEL C
DOENÇA ATIVA
• Não existe correlação entre o aporte
nutricional (oral,
sonda ou parenteral) e o processo
inflamatório agudo ou crônico, não sendo indicado com
tratamento.
TERAPIA NUTRICIONAL
INDICAÇÕES
MANTER AREMISSÃO
• Dieta enteral não está indicação.
TERAPIA NUTRICIONAL
APLICAÇÃO: • Suplementar deficiências específicas. • NÍVEL C TIPO DE FÓRMULA:• Não está comprovado que substratos
específicos ( omega-3, glutamina, butirato) tem efeito