ARRANJO PRODUTIVO LOCAL: GESTÃO INOVADORA PARA O
DESENVOLVIMENTO DE NEGÓCIOS
1Pedro Luís Büttenbender – DEAd/Unijui
Ariosto Sparemberger- DEAd/Unijui
Luciano Zamberlan – DEAd/Unijui
Adriano Wagner- DEAd/Unijui
Cláudio Edilberto Höfler – DEAd/Unijui
Aline Weisner – PIBIC/ Unijui
Nelinho Davi Graef - BIC/Fapergs
RESUMO
Este artigo versa sobre gestão, inovação e desenvolvimento de negócios. A realização de
pesquisa maior com o objetivo de estudar e contextualizar o APL Colheita, situado na Região
Fronteira Noroeste do RS, identificando e prognosticando potencialidades e limitações,
estratégias e mecanismos que viabilizem o seu fortalecimento e a maior competitividade em
mercados nacionais e internacionais. O diagnóstico e definição de estratégias para maior
competitividade requerem fundamentos e reflexão sobre interação entre os temas da gestão,
inovação e desenvolvimento de novos negócios. Em fase de fundamentação, as contribuições
apresentadas neste documento, geram aportes relevantes para a execução da pesquisa, bem
como, subsidiam as análises e debates das organizações diretamente implicadas no arranjo
produtivo. A metodologia da pesquisa consiste de estudo de caso. São explorados os
fundamentos conceituais e qualitativos dos temas da gestão, inovação e o desenvolvimento de
negócios , no ambiente do APL Colheita. Na estrutura do artigo são apresentadas: 1)
introdução; 2) fundamentação conceitual; 3) Referências iniciais do APL Colheita; 4)
Contribuições para o debate; e 5) referências bibliográficas. O estudo realizado renova a
importância e relevância da pesquisa mais ampla e, que produz maior lucidez sobre as
potencialidades e limitações, estratégias e mecanismos para seu fortalecimento e
competitividade. O estudo sugere também que a exploração de novos temas como gestão,
inovação, e desenvolvimento, bem como, as implicação destes com o Mercosul, a começar por
dois sentidos: as estratégias de constituição dos arranjos produtivos também existem e são
válidos para as cadeias produtivas nos demais países membros do Mercosul? Qual a
importância e possibilidades de cooperação produtiva, tecnológica e mercadológica entre
diferentes arranjos produtivos entre os países, em especial, nas regiões de fronteira entre
Brasil, Argentina e Paraguai. As abordagens, ao explorar isoladamente estas questões de
estudo, não expressam a amplitude, fundamentação e complexidade dos temas, e assim
gerando contribuições maiores para o fortalecimento das ciências e da promoção do próprio
desenvolvimento.
Palavras chave: Gestão, inovação, negócios e desenvolvimento.
1. INTRODUÇÃO
A gestão dos setores produtivos crescentemente considera assuntos ambientais como
oportunidades. Os negócios, de forma crescente, focam em inovações engrenadas para a
produção de negócios. Os processos ambientais mais apropriados, agregando valores de
ambientais, sociais e sustentabilidade econômica, geram resultados positivos para a perenidade
dos negócios e a manutenção da vida (Andrade et al, 2000, Corazza, 1996; Faria, 2000). Neste
contexto, as empresas de forma isolada, articuladas em redes ou arranjos, estão mudando de
uma estratégia reativa para uma pró-ativa em sua gestão, focando de maneira mais ampla, os
aspectos econômicos, tecnológicos, ambientais e administrativos (Dallabrida & Büttenbender,
2007, Büttenbender, 2007).
A incorporação de estratégias de gestão mais aprimoradas pelas empresas, justificam a adoção
de práticas inovadoras em seus processos produtivos e nas suas relações com os mercados.
As inovações manifestam-se pela acumulação de novas competências tecnológicas para a
implementação de inovações nas funções de processos, organização da produção,
equipamentos e nos negócios (Büttenbender, 2005). A velocidade do desenvolvimento destas
novas competências depende da capacidade dos indivíduos aprenderem, convertendo os
novos conhecimentos do nível individual para o organizacional.
Os avanços e as transformações tecnológicas têm compelido as firmas a buscarem alternativas
de aprimoramento das suas competências tecnológicas e a competitividade crescente. Para
fazer frente os dirigentes dispensam atenção crescente para as estratégias inovadoras, por um
lado. Por outro, pesquisadores têm buscado melhor entendimento sobre o papel dos processos
de aprendizagem e da acumulação de competências tecnológicas e as suas implicações para a
performance tecnológica.
Na última década, estudos de estratégias corporativas reafirmam os papéis dos recursos
internos e externos às empresas e o papel das competências tecnológicas como fonte de
inovação e vantagem competitiva (Hamel & Prahalad, 1990; Teece & Pisano, 1994; Pisano,
1994). Esses estudos diferenciavam-se das perspectivas convencionais que buscavam explicar
as vantagens competitivas das empresas pela sua capacidade de posicionamento a certas
forças do ambiente externo (Porter, 1999). Muitos estudos na década de 90 enfatizaram a
importância da aquisição e disseminação de conhecimentos como estratégia para que as
empresas criem e mantenham suas competências tecnológicas, e competir em mercados de
nível mundial (Nonaka & Takeuchi, 1997; Leonard-Barton, 1998; Iansiti, 1998). No entanto, são
recentes os estudos empíricos, com base em estruturas analíticas, que explorem os processos
de aprendizagem e as implicações para a acumulação de competências tecnológicas,
sobretudo no contexto das empresas em industrialização. Agregado a estes estudos, as
implicações na sustentabilidade das inovações, sob a ótica da gestão ambiental.
Por centrar-se em empresas em industrialização, o foco de análise deste trabalho difere da
maioria dos estudos anteriores sobre gestão, inovação e desenvolvimento de negócios em
empresas industrializadas. Nestas, as competências tecnológicas inovadoras já existem.
Empresas em industrialização, no entanto, entram num ramo de negócios com base na
tecnologia que adquiriram de outras empresas, ou outras unidades da mesma empresa, em
outros países.. Para tornarem-se competitivas e alcançarem as empresas de tecnologia de
fronteira, elas necessitam primeiramente adquirir conhecimento para criar e acumular sua
própria capacitação tecnológica. Assim poderão qualificar as implicações da acumulação de
competências tecnológicas no aprimoramento da performance tecnológica.
A pesquisa no APL, pela composição multi-firmas, agrega novas variáveis, tornando o estudo
mais complexo. A literatura sobre experiências de desenvolvimento de arranjos produtivos
locais no Brasil tem dado pouco destaque às especificidades do ambiente socioeconômico de
regiões geograficamente periféricas do país, como determinantes da conformação deste tipo de
produção associativa. A Região Fronteira Noroeste agrega as especificidades e características
de região fronteiriça com o Mercosul e onde a matriz produtiva prevalecente se alicerça no
agronegócio. Nestas regiões, normalmente as capacidades tecnológicas inovadoras são
menores comparativamente às regiões de maior concentração industrial e dinamicidade
tecnológica e econômica. Porém, destacam-se as competências tecnológicas acumuladas pela
indústria metal-mecânica, fabricante de máquinas e equipamentos agrícolas localizado na
Região Fronteira Noroeste do RS (Büttenbender, 2005; Frantz et all, 2002) e pelo potencial que
representam em termos de encadeamentos (backward e forward linkages).
A realização deste estudo, articulado no estudo da caso mais amplo, resulta de pesquisa
bibliográfica sobre os fundamentos que norteiam o debate sobre a gestão, inovação e
desenvolvimento de negócios . Com base na pesquisa bibliográfica, o presente artigo expõe e
apresenta na seção seguinte as referências conceituais. Na seção três são apresentadas
referências iniciais do APL Colheita e na seção quatro propostas contribuições para o debate.
Ao final as referências bibliográficas.
2. REFERÊNCIAS CONCEITUAIS
Os arranjos produtivos locais (APL), de acordo com Noronha e Turchi (2005), podem ser
considerados como a tradução do termo em inglês “clusters”. Seguindo Porter (1999), clusters
representam concentrações geográficas de companhias e instituições inter-conectadas que
desenvolvem atividades em uma área de especialização, na qual existem indústrias e outras
entidades importantes à competição. Os APL constituem um caso especial de firmas
conectadas em rede que possuem uma localização geográfica próxima.
Assim, em termos abrangentes, qualquer concentração geográfica, seja em um país, em uma
cidade ou até mesmo em uma rua, de um determinado tipo de produção, pode ser considerada
um arranjo produtivo local, uma vez que contemplaria as características de especialização da
produção e de delimitação espacial (Noronha e Turchi, 2005). Arranjo produtivo é definido como
a aglomeração de um número significativo de empresas que atuam em torno de uma atividade
produtiva principal, empresas correlatas e complementares como fornecedoras de insumos e
equipamentos, prestadoras de consultoria e serviços, comercializadoras, clientes, entre outros.
Estas atuantes em um mesmo território em cooperação entre si e com outros atores locais,
públicas ou privadas (Noronha e Turchi, 2005).
As políticas públicas incentivam a formação de APL visando uma maior competitividade e
aproveitamento do potencial produtivo das regiões. O apoio via o financiamento de projetos de
formação e desenvolvimento de aglomerados produtivos, o fomento e incentivo a pesquisas tem
se apresentado como fator crítico para viabilização dos APL. Para Collier (1998), a interação no
APL incorpora um capital social e pode gerar vantagens: (i) o conhecimento sobre o
comportamento dos outros agentes; (ii) o conhecimento sobre o mercado, como preços e
tecnologias; e (iii) o benefício da ação coletiva.
Enquanto as economias de escala e de transação implicam em vantagens competitivas
associadas e a acumulação de competências tecnológicas, o que depende muito da
capacidade e da velocidade dos indivíduos e as firmar incorporarem novos conhecimentos e
novas tecnologias, transformando-os em novos negócios, bens e serviços (Arifin e Figueiredo,
2003; Figueiredo, 2003). Dosi (1998) na inovação estabelece cinco fatores de ligação entre a
difusão do conhecimento e os benefícios organizacionais através de clusters: (i) incerteza; (ii)
complexidade; (iii) dependência de pesquisa básica; (iv) importância da prática; e (v)
característica de acumulação do conhecimento. A difusão de tecnologia pode representar
importante força competitiva que permite um maior aproveitamento de recursos e sinergias
entre os elementos dos clusters, o que converge com definições de Crocco et al. (2003).
Rogers (1995) aponta que a difusão de tecnologia parece ser facilitada no APL, uma vez que a
proximidade dos agentes e os vínculos sociais podem agilizar a propagação da informação
sobre a viabilidade de adoção de uma tecnologia. Os APL são desenhos alternativos para
acelerar a inovação tecnológica e o desenvolvimento. Não obstante a estas definições, ainda
são raros os estudos que procuram caracterizar, especificamente, a capacidade inovadora e
tecnológica de APL em regiões.
O estudo integrado do processo de gerenciamento de inovação em produtos, com vistas a sua
sustentabilidade ambiental, vem se constituindo cm uma abordagem recente no gerenciamento
tecnológico. As novas concepções de inovação tecnológica em produtos tem se referenciado
em abordagens sistêmicas e holísticas, em contraposição para uma visão tecnológica limitada e
fracionada em diferentes áreas de conhecimento, onde a inovação se restringe aos
departamentos de pesquisa e desenvolvimento das firmas. Para as estratégias de negócios ,
Orsato (2002) apresenta quatro tipos de estratégias ambientais, sendo duas com foco em
processos e duas com foco em produtos e serviços. As estratégias ambientais visam ajudar os
executivos a definirem um posicionamento ambiental estratégico para as suas respectivas
organizações, considerando: produtividade dos recursos, a conformidade legal, negócios
ecologicamente orientados, e liderança de custo ambiental.
No Brasil, segundo Viola (1996, p. 27), as redes de pressões do movimento ambientalista
brasileiro têm se apresentado como um movimento multi-setorial, constituído por: 1) ONGs e
grupos comunitários que lutam pela proteção ambiental nacional e internacionalmente; 2)
agências estatais; 3) grupos e instituições científicas de pesquisa; 4) um setor de
administradores e gerentes preocupados com a eficiência no uso dos materiais, na conservação
da energia, na redução da poluição, no eco design e na qualidade total; 5) um mercado
consumidor verde que demanda, entre outras coisas, alimentos de agricultura orgânica,
produtos de alta eficiência energética, recicláveis e reutilizáveis, produzidos com tecnologias
limpas e matérias-primas produzidas de modo sustentável1; 6) redes multi-setoriais que
estabelecem e certificam o caráter sustentável de processos de produção e transporte e o ciclo
de vida dos produtos; e 7) agências e tratados internacionais.
3. BREVE CARACTERIZAÇÃO DO APL COLHEITA:
O APL Colheita é constituído por organizações inseridas no contexto histórico evolutivo da
região, que reporta as últimas cinco décadas. A década de 1960 é marcada por mudanças
importantes para Santa Rosa e municípios circunvizinhos. Este período é marcado por
momentos de crise e redefinições, que modificam o cenário geográfico e econômico da região
Fronteira Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Neste período, o cultivo da soja se
fortalece como alternativa viável que impulsionaria o desenvolvimento econômico da região.
Mais tarde, o cultivo do grão se alastraria por diversas regiões do Brasil e de países do
Mercosul, tornando Santa Rosa conhecida internacionalmente como berço nacional da soja
(Büttenbender, 2001).
A nova configuração que se impôs é fruto da articulação da comunidade em prol do
fortalecimento da competitividade da região e também impulsionou o desenvolvimento de um
pólo industrial metal-mecânico agrícola regional. No rastro da agricultura, com novas variedades
e métodos de cultivo, prevaleceu a modernização dos mecanismos e tecnologias de produção.
Neste cenário, em 1965,a empresa Schneider e Logemann, localizada em Horizontina, fabricou
a primeira colheitadeira automotriz produzida no Brasil (Büttenbender, 2001). A prosperidade do
cultivo de soja e milho e a fabricação de máquinas e equipamentos agrícolas, conduz a região
Fronteira Noroeste ser um dos maiores pólos metal-mecânico agrícola do Brasil. Atualmente,
cerca de 60% das colheitadeiras brasileiras são fábricas na região pelas empresas AGCO e
John Deere. O crescimento da indústria metal-mecânica na região, nos anos 90, é fruto da
estratégia de visão sistêmica de produção, via processo de terceirizações. Por conseqüência,
surgiram várias empresas sistemistas, fabricantes de peças e componentes. A maior parte
destas empresas foram criadas por funcionários egressos das empresas líderes desta indústria.
A modernização e competitividade adicional das organizações é diretamente proporcional a sua
capacidade de aprendizagem e inovação, acompanhadas do espírito empreendedor e visão
estratégica. Esta combinação resultou no fortalecimento da cadeia produtiva metal-mecânica na
região. A partir do fomento de diversas instituições, o ano de 2005 marca a consolidação de um
projeto inovador e perspicaz, com a constituição do Arranjo Produtivo Local APL Colheita.
O APL Colheita é formado atualmente por 40 empresas, articulando e integrando as
potencialidades de Santa Rosa e Horizontina, cidades que concentram a AGCO e John Deere
na região. O objetivo do APL Colheita é promover o desenvolvimento do setor metal-mecânico,
estimular a criação de novos postos de trabalho, a geração e distribuição de renda e o
desenvolvimento econômico e social, criando e consolidando um diferencial competitivo e uma
identidade regional que seja referência em colheita. A implementação do APL visa otimizar a
eficácia da infra-estrutura técnica, tecnológica, produtiva e de suporte ao setor e estabelecer e
aprofundar relações de cooperação entre os agentes. A iniciativa pretende desenvolver
estratégias e condições que consolidem e ampliem a competitividade do setor no cenário
nacional e internacional.
A gestão do APL consolidou um plano de trabalho de define o desenvolvimento de diversas
ações. Estas vão desde a formação de uma central de compras, até o desenvolvimento
tecnológico e ações para o mercado externo. O esforço conjugado dos envolvidos culminou na
assinatura de um Termo de Cooperação entre empresas e organizações de representação e
apoio, firmando em 18/04/2006. Através deste as entidades parceiras se comprometam em
apoiar e executar ações e demais iniciativas necessárias à obtenção de resultados que
consolidem sua atuação, como por exemplo, seu desenvolvimento tecnológico, ações
mercadológicas e redução do impacto ambiental. A origem das firmas industriais líderes,
participantes do APL Colheita, ocorreu num período de pouca complexidade tecnológica
(década de 70), também identificada como ‘infância industrial’ (Bell, Ross-Larson, e Wesphal,
1984). A acumulação de competência tecnológica seguiu o padrão
‘produção-investimentos-inovação’ (Figueiredo, 2003 e Dahlman, Ross-Larson, e Wesphal, 1987), alcançando níveis
próximos a fronteira tecnológica na indústria fabricante de máquinas agrícolas (Büttenbender,
2001).
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa sobre a gestão, inovação e desenvolvimento de produtos traz novas referências
para os conceitos e a compreensão da sustentabilidade. A combinação destes temas, sob a
ótica da sustentabilidade, e no âmbito do APL Colheita, é uma abordagem nova. A inovação em
negócios deve estar alinhada com as três dimensões do desenvolvimento sustentável: social,
econômico e ambiental (Ethos, 2006).
A gestão das empresas brasileiras se apóia no reconhecimento de que a competitividade
dessas empresas depende de um discurso e prática de gestão ambiental. O tema tem adquirido
relevância nas estratégias competitivas de empresas que procuram mudar a filosofia de
satisfação das necessidades do consumidor, explorando oportunidades e desafios relacionados
com o meio ambiente. As abordagens ecológicas e ambientais nas políticas empresarias
agregam novas linhas de gestão e de investigação no mundo das organizações. O presente
estudo, permite apontar que a preocupação ambiental manifestada pelas empresas se
diferencia entre estratégias reativas/defensivas e competitivas. As primeiras referem-se à
prevenção e limpeza da poluição, e atender a normas e exames dos relatórios de impacto
ambiental. As estratégias competitivas colocam a preocupação ambiental como iniciativas de
maior inserção nos mercados nacionais e internacionais. A capacidade das empresas em
responder às questões ambientais é diferenciada entre países e setores industriais
As empresas participantes do APL Colheita estão se posicionando frente aos temas do
Mercosul como conjunto integrante das estratégias competitivas. As possibilidades de
cooperação entre diferentes arranjos produtivos é algo possível e explícito, aumentando a
possibilidade de aportar tecnologias, bem como, aumentar a velocidade com que as inovações
são transferidas e incorporadas nos processos produtivos e em produtos. Assim as empresas
membros conseguem adicionar valor aos seus negócios, garantindo a longevidade
organizacional, e a sustentabilidade a própria vida. Na Região Fronteira Noroeste justifica-se a
importância de novos estudos, visando contribuir com a elaboração de políticas públicas de
desenvolvimento tecnológico, de alianças estratégias entre arranjos produtivos nacionais e
internacionais, transformando as potencialidades de um determinado arranjo produtivo em
condições de competitividade maior e mais ampla, identificando e superando os gaps de
capacitação tecnológica, gerando novas contribuições para o desenvolvimento da região, do
estado e do país (Büttenbender et al., 2007; Dallabrida e Büttenbender, 2006; Figueiredo, 2003
e outros).
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