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Rev. Bras. Ginecol. Obstet. vol.23 número8

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479 RBGO - v. 23, nº 8, 2001

Editorial

O termo remonta ao tempo passado quando, recém-formados,

médi-cos passavam a residir nos hospitais por períodos pré-determinados, para

adquirir treinamento de habilidades que lhes permitisse atuar com

mai-or segurança. Eram residentes da instituição em que atendiam os casos

que para lá se dirigissem. Na verdade, antes da criação dos serviços de residência, por moção ou interesse próprio, estudantes cumpriam a

fun-ção de, inicialmente externos (4o/ 5o ano) que ficavam encarregados dos

piores serviços, os internos (6o ano) e os chefes de ala, já médicos, nas

enfermarias, acompanhando as cirurgias com professores ou médicos do serviço nas áreas de seu maior interesse. Desta forma, adquiriam treina-mento e, ao completar o curso, tinham incorporado habilidades que, hoje, só a residência médica pode propiciar.

Mudou o mundo. A população de estudantes nas faculdades, e o número delas aumentou incrivelmente, mais que o número de hospi-tais e da população, consequentemente, de pacientes. E as conseqüên-cias? Não existe mais espaço para que estudantes e médicos reprisem antigos modelos. A bem da verdade, mudaram o direito e o respeito ao paciente. Antes, dizia-se, pela limitação de conhecimentos da fisiopatologia das doenças, de treinamento, dos métodos diagnósticos e

dos métodos terapêuticos, que médicos aprendiam errando. Três

aspec-tos merecem aqui ser citados. O primeiro diz respeito ao acesso univer-sal à informação. Pacientes estão melhor informados, querem conhecer as opções diagnósticas e terapêuticas e os resultados que delas se pode esperar. Um exemplo palpável disto diz respeito às cirurgias endoscópicas, quando até cópias, em video, do que fazemos eles levam consigo. Outro, diz respeito aos direitos dos pacientes. Antes o médico pontificava

abso-luto. Era dono do paciente. Mudou a lei. Hoje, o paciente não é mais

propriedade das vontades e/ou decisões de seus esculápios. Há menos

Residência Médica

“ Aprendi muito com meus mestres, mais ainda com meus companheiros, mais ainda com meus alunos.”

(2)

480 RBGO - v. 23, nº 8, 2001 de quinze anos, o prontuário passou a ser propriedade do paciente.

Somos mais vigiados e, devido a isso, temos mais cuidado com medica-ções, descrições cirúrgicas e com nossas anotações em prontuários. Sa-bemos que este é um instrumento a nos inocentar em caso de querelas. O terceiro é a necessidade de aprimoramento constante que precisa-mos ter, e não tem como ser diferente.

Diferente do passado, a concorrência para ser aceita e adquirir treinamento específico nos programas de residência médica é muito grande. Médicos, após terem sido internos e externos nas

enfermari-as, quando recebiam o anel de esmeralda, julgavam-se aptos a

prati-car medicina e poucos ficavam ligados aos serviços, indo praticá-las em cidades menores. Poucos procuravam realizar formação mais apri-morada, em centros maiores ou no exterior. Outros ainda, somente

após completarem seus estágios nessas comunidades procuravam a

especialização.

Com a concorrência e a cobrança de melhores desempenhos, houve a pressão e a necessidade de fazermos a formação formal antes de atuar-mos no mercado de trabalho. E os programas de residência médica come-çaram a surgir, inicialmente acanhados, sem muitas normas ou progra-mas. Aí surgiu a consciência da necessidade de colocarem-se normas e que elas fossem seguidas nacionalmente por todos aqueles que quises-sem ter o reconhecimento de suas instituições como instituições oficiais. Surgiram normas e leis sociais para proteção e segurança dos médicos em suas formações de especialista. E chegamos ao estágio atual. Será o ideal ou apenas o possível?

Referências

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