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CRIAÇÃO DE MANUAL DE IDENTIDADE VISUAL: FOCO EM EMPRESAS DE JOGOS DIGITAIS

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Academic year: 2022

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CRIAÇÃO DE MANUAL DE IDENTIDADE VISUAL: FOCO EM EMPRESAS DE JOGOS DIGITAIS

André Philipe Martins Loureiro, André Schefer Moleiro e Felipe Gonçalves da Rocha

Resumo

Este artigo destina-se à avaliação da disciplina “Projeto Interdisciplinar – Interface com o Usuário I” da Faculdade IBTA e visa discorrer sobre como criar um manual de identidade visual voltado para empresa da área de jogos digitais, apresentando as nuances que os estudantes e profissionais da área de Design precisam observar quando há este foco. Este tratará a criação como um todo, desde o processo de escolha do logo (se aplicável), mostrando a sua importância para a escolha das cores que norteará todos os produtos que surgirão a partir disto; do projeto e processo da criação do manual e; suas aplicações, como em materiais para escritório e publicitários. E, principalmente, como trará a questão da interação com as marcas que desenvolvem e/ou distribuem esses jogos.

Palavras-chave: Identidade visual. Jogos digitais. Marcas.

Introdução

A motivação que nos fez escolher este tema foi a nossa familiaridade com ele e a nossa fascinação com este meio de aprendizagem e entretenimento que a indústria de jogos nos proporciona a cada dia, imergindo-nos em mundos e realidades dantes vistas. Além de ensinar, ao seu modo, conceitos e histórias de diversas áreas (Matemática, Física, História, Filosofia, entre outros).

Neste artigo, falaremos sobre o processo de criação de um Manual de Identidade Visual, passando pela sua necessidade em si (por que necessita existir um), suas características e nuances e um pouco do processo de criação do mesmo. Em um segundo momento, falaremos um pouco sobre a indústria de jogos como um todo, tocando sobre as empresas do setor, as características dos seus jogos e um pouco do seu público-alvo. E, por fim, como alvo do

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estudo, faremos uma ponte entre a criação de um Manual e esta área, isto é, como faríamos e quais seriam as diretrizes da confecção daquele para o setor citado.

1 Criação do Manual de Identidade Visual

Antes de discorrer sobre a criação de um manual em si, precisamos que conceituar alguns pontos para evitarmos confusões sobre o tema.

A Identidade Visual é a representação gráfica de algo, independente do que seja: uma lixeira, uma pessoa, uma pá, uma empresa, entre outros. Desta maneira, “é o que singulariza visualmente um dado objeto; é o que o diferencia dos demais por seus elementos visuais” (PEÓN, 2003, p. 11).

E, voltando para área mercadológica, as marcas devem possuir uma identidade forte que faça com que o seu público a reconheça no primeiro olhar. Em Tecnologia da Informação (TI), podemos recordar de algumas empresas somente pelos símbolos que elas carregam, como a maçã, a janela ou a raposa circundando o globo terrestre.

Isso, Peón (2003) chama de “pregnância”, isto é, quão forte uma marca é lembrada sem muito esforço (Figuras 1, 2 e 3).

Figura 1: Símbolo da Apple.

Fonte: Apple Inc., 2013.

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E, a “identidade visual (...) enquanto sinal ou símbolo dentro de comunicação gráfica faz parte do processo de evolução da linguagem” (DIAS; ZWIRTES; SOUSA, 2012).

Segundo Krusser (2002), o sistema de identidade visual, o produto do manual em si,

(...) consiste na configuração um sistema de informações que pode envolver diferentes atividades profissionais e incluir projeto de logotipo, símbolo gráfico, aplicativos de papelaria, embalagens, sinalização, design de produtos, web design, arquitetura e todo tipo de comunicação visual.

Desta maneira, o manual descreve como uma marca dever ser utilizada nas diversas mídias que for ocorrer e “usualmente começa depois que o logo foi definido”1 (CREATIVE MARKET, 2013, tradução nossa), isto é, ele tem a preocupação em colocar o certo e o errado para que os futuros profissionais de design possam utilizá-la da melhor forma. Segundo a Creative Market (2013, tradução nossa), “o objetivo do

1 The identity system usually starts after the logo is complete.

Figura 3: Símbolo do Mozilla Firefox.

Fonte: Mozilla Foundation, 2013.

Figura 2: Símbolo do Microsoft Windows.

Fonte: Microsoft Corporation, 2013.

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Manual de Identidade é formar uma linguagem visual sistemática em torno do logo – que complementa o projeto pensando no logotipo e oferece uma família de elementos úteis e flexíveis, que ajudarão, ao mesmo tempo, a projetar o marketing e garantir os negócios”2. E para Peón (2003), as funções de um sistema de identidade visual são:

diferenciar o objeto de seus pares de forma imediata; transmitir um dado conceito que seja(m) associado(s) ao objeto, com intuito de persuasão; associar o objeto a noções de solidez, segurança, organização, planificação, univocidade e; institucionalização do objeto, a fim de remetê-lo a um plano simbólico independente, mais abrangente.

E, antes de começarmos a falar sobre a criação, Peón (2003) comenta que existem três tipos de manual, voltados à magnitude da empresa que criaremos: o Extenso (para grandes empresas), o Completo (para médias empresas) e o Restrito (para pequenas empresas). Os três modelos possuem características próprias que não abordaremos aqui, contudo os elementos apresentados posteriormente são comuns aos tipos citados.

1.1Logo

Neste primeiro item, o profissional que estiver criando a identidade visual, além do manual, carece fazer um briefing3 com o cliente: identificando suas necessidades, seus valores, sua posição no mercado, a área que atua, entre outros pontos para criar a marca de forma limpa, imponente e causar outros sentimentos desejados. Novamente, ao confeccioná-lo, temos que dar pregnância ao logo.

Assim, os profissionais precisa fazê-lo bem feito, pois “resolve um problema de incompatibilidade na hora da identificação visual: não se confunde uma marca com outra” (DIAS; ZWIRTES; SOUSA, 2012).

Uma vez definido o símbolo (ou se ele já existisse), temos que submetê-los a vários tipos de testes e orientações (horizontal e vertical), escolhendo a sua forma preferencial. A forma escolhida como não preferencial será utilizada somente nos casos que não for possível a utilização da escolhida como principal.

1.2Cores

Neste ponto, os profissionais têm que escolher as cores que comporão o logo e que, eventualmente, aparecerão junto com esse (como fundo em alguma aplicação

2 The purpose of the identity system is to form a systematic visual language around the logo — one that compliments the design thinking of the logo and offers a family of useful, flexible elements that will help to design marketing and business collateral.

3 O briefing é a reunião tática antes de uma tarefa ou missão. (PRIBERAM INFORMÁTICA S.A., 2011)

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Figura 5: Esquema de Cores do RIO+20.

Fonte: Comitê Nacional de Organização RIO+20, 2013.

Figura 4: Esquema de Cores da Google.

Fonte: Google Inc., 2013.

ou versão, por exemplo). E, “embora configurem um elemento secundário, têm vital importância na eficiência do sistema, pois têm um alto grau de pregnância”

(PEÓN, 2003).

Nesta fase, as cores a serem utilizadas deverão ser representadas no manual, juntamente com os códigos que a definem em vários meios que a marca ocorrerá:

Pantone (usada no mercado como referência no mundo das cores), RGB (meios digitais, como monitores e tablets, por exemplo), CMYK (meios impressos), Películas Refletivas (sinalização), Tintas Automotivas (frotas de veículos), entre outras que não podem ser codificadas através, principalmente, do primeiro (Figuras 4, 5 e 6).

A preocupação neste ponto é fazer com que o logo transmita a mesma sensação de cor em todas as mídias em que ele aparecerá dando consistência à marca. Caso não consiga obter a mesma cor, o profissional precisa eleger uma muito próxima, justamente para não correr o risco de perder a identidade.

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Figura 7: Usos incorretos do logo do SAMU.

Fonte: Ministério da Saúde, 2013.

Figura 6: Esquema de Cores do SAMU.

Fonte: Ministério da Saúde, 2013.

1.3Testes de Logo e Cores

Agora será discorrido sobre os testes aos quais os profissionais necessitam submeter o logo e as cores escolhidas, mostrando como eles deverão ser utilizados.

Não exatamente nesta ordem, os designers têm que mostrar no documento como deve ser usada a marca: a aplicação principal; a construção; a aplicação em cores sólidas; a aplicação em tons de cinza; as versões monocromáticas; redução máxima; área de proteção; usos incorretos, conforme a Figura 7.

Para muitos, a parte mais crítica do projeto é esta, pois, também, testamos, mais especificamente, nos testes de redução (Figura 8), se o logo está adequado, isto é, se foi concebido da melhor forma possível, pois “visa prever o potencial da aplicação que ela terá em termos de escala. É um quesito importante para a escolha

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Figura 8: Redução máxima do logo do SAMU.

Fonte: Ministério da Saúde, 2013.

de alternativas” (PEÓN, 2003, p. 81). Porém, há casos em que não precisamos fazer isto ao extremo ou, se há essa necessidade, que se utilize apenas o símbolo e não a marca completa, comenta Peón (2003, p. 81).

A aplicação do logo em cores sólidas visa verificar se ele comporta-se bem diante de algumas cores de fundo, como é mostrado na Figura 9. Se durante os testes for visto que o desaparecimento da marca é notório, pode-se colocar em uma caixa apartada em uma cor pré-definida, conforme mostrado na Figura 10.

Figura 9: Uso de cores sólidas no fundo.

Fonte: Ministério da Saúde, 2013.

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1.4Tipografia

A tipografia mostra qual será a fonte (e família) a ser utilizada no projeto.

Aqui, são realizados os devidos testes com ela, como tamanho mínimo e máximo, peso da fonte (negrito), ênfase (itálico) e, em alguns casos, os dois juntos.

Como comentário da Peón (2003, p. 43):

Dificilmente esta família tipográfica é a mesma utilizada no logotipo ou na marca.

Tal se deve a dois fatores: porque a fonte utilizada em elementos primários tende a ser muito marcante (o que torna a sua aplicação em textos corridos muito desgastante, banalizando-a e, assim, desvalorizando o próprio SIV Sistema de Identidade Visual) e porque sua utilização nos demais textos tende a retirar ou minimizar o destaque que, afinal, deve ter o logotipo ou a marca no layout como um todo.

E se forem utilizadas outras fontes no projeto, precisa ser citado uma como principal e a outras como as secundárias, portanto, menos usadas.

1.5Utilização em Propagandas

Neste momento, associado ao briefing que o profissional fez do cliente, temos a aplicação do logo e da fonte escolhida nos diversos meios que estão previstos para a marca aparecer. Dependendo do objetivo, teremos estudos somente em mídias digitais (Internet, TV, jogos digitais, entre outros), ou em mídias impressas, ou em materiais de escritório, ou em frotas de automóveis, ou em brindes e mascotes ou a miscelânea de todos esses que foram citados. Como dito

Figura 10: Uso do logo em uma imagem que iria prejudicar sua visualização.

Fonte: Ministério da Saúde, 2013.

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Figura 11: Aplicação do logo na frota do SAMU.

Fonte: Ministério da Saúde, 2013.

anteriormente, dependerá das mídias e formatos em que o cliente marcará presença.

Neste ponto, iremos aplicar todos os estudos feitos até agora, principalmente o dito no item anterior, como minimizações do logo, usos incorretos da marca, cores e tipografia, áreas de folga/respiro, entre outros pontos abordados no manual.

Alguns exemplos é o que é demonstrado na Figura 11, 12, 13 e 14, projetos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), da conferência RIO+20 e da cafeteria Handsome Coffee Roasters.

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Figura 12: Aplicação do logo na roupa para médicos do SAMU.

Fonte: Ministério da Saúde, 2013.

Figura 13: Aplicação do logo em adesivo do RIO+20.

Fonte: Comitê Nacional de Organização RIO+20, 2013.

Referências

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