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Aula 04 Faremos questões aqui, variadas para que possamos pensar um pouco sobre o processo do trabalho.

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Academic year: 2022

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Resumo elaborado pela equipe de monitores. Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e quaisquer outras formas de compartilhamento.

Turma e Ano: Direito do Trabalho – Atualizações Normativas, OJs e Exercícios 2016 Matéria / Aula: Direito do Trabalho – Atualizações Normativas, OJs e Exercícios 04 Professor: Leandro Antunes

Monitor: Laura de Almeida Campos

Aula 04

Faremos questões aqui, variadas para que possamos pensar um pouco sobre o processo do trabalho.

1) Numa determinada empresa, na composição da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), destaca-se: Joao, presidente; Pedro, vice-presidente; Matheus, representante do empregador; André, representante dos empregados; Lucas, suplente de Matheus; e Eduardo, suplente de André. Considerando-se a composição desta CIPA, têm garantia provisória de emprego:

(A) Pedro e André

(B)Pedro, André e Eduardo.

(C)Pedro, Matheus e André.

(D)Joao, Pedro, Matheus e André.

(E) João, Pedro, Matheus, André, Lucas e Eduardo.

O que acontece aqui é que tenho o João sendo presidente, e esse não terá direito à estabilidade segundo o art. 164 da CLT, quem tem é o vice. O Matheus é representante do empregador, e o próprio artigo diz que tem estabilidade quem representa os empregados e não quem representa o empregador. Até porque o representante dos empregados foi escolhido por escrutínio secreto, e quem representa o empregador é designado. Se o André representa os empregados, ele tem. Lucas é suplente do representante do empregador, então ele não tem. Eduardo é suplente do representante dos empregados, então tem.

Então temos que Pedro, André e Eduardo têm garantia provisória de emprego, sendo correta a alternativa B, conforme art. 164, CLT.

2) Marilda foi contratada através de empresa interposta para trabalhar como bancaria em determinado banco. Ele trabalhou nessas condições por cinco anos. Após ser dispensada, Marilda moveu uma Reclamação Trabalhista para reconhecimento de vínculo diretamente com o banco, com fundamento na súmula 331 do TST. Em sua defesa, o banco nega o vinculo empregatício, pois a relação havida com a autora era regulada através de contrato de prestação de serviços especializados e, portanto, ela estaria submetida a tal contrato. Na sentença, o juiz reconheceu o vínculo empregatício da

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autora com o banco. Considerando-se a situação descrita, qual dos princípios do Direito do Trabalho rechaça a tese sustentada pelo banco?

(A)Princípio da condição mais benéfica (B) Princípio da norma mais favorável

(C) Princípio da continuidade da relação de emprego (D)Princípio da primazia da realidade sobre a forma

(E) Princípio da indisponibilidade dos direitos trabalhistas

Marilda foi contratada pela empresa interposta através de terceirização, e trabalhou nessa situação por cinco anos. Marilia está alegando algum tipo de ilicitude da terceirização, e se essa não nasceu de forma lícita, Marília teria, teoricamente, direito a ter reconhecimento de vínculo com o banco.

Chega a ser absurdo, já que o banco mostra o contrato de prestação de serviços, o juiz através dos elementos fáticos e probatórios dos autos consegue entender que há vinculo empregatício com o banco. Qual o nome do principio do direito do trabalho que vai privilegiar não aquilo que está escrito, mas aquilo que efetivamente aconteceu, a realidade? Não se está preocupado aqui com o que está escrito, formalizado, mas sim com o que aconteceu. O principio a ser utilizado é o da primazia da realidade sobre a forma, ou simplesmente princípio da primazia da realidade.

Portanto, a opção correta é a D.

Em cada um dos próximos itens, é apresentada uma situação hipotética acerca das regras legais que protegem o trabalho do menor e da mulher, seguida de uma assertiva a ser julgada.

3) Com o propósito de ajudar a família de um ex-empregado falecido, Mário, proprietário de uma loja de conveniências instalada em um posto de gasolina, resolveu contratar Lucas, de 14 anos de idade, filho do falecido, para laborar como atendente, no horário de 20 horas às 2 horas, durante cinco dias na semana. Nessa situação, por ser nulo o contrato firmado, Lucas não fará jus à percepção do adicional noturno devido.

Para contratar alguém de 14 anos, deve ser na condição de aprendiz. Se ele só pode ser contratado com o aprendiz, a questão não falou se isso aconteceu. O contrato aqui seria uma modalidade de contrato de trabalho proibido, obviamente que Lucas vai fazer jus a todas as verbas, mas ele não poderia trabalhar nesse horário. Há um detalhe: ele foi contratado para trabalhar de 20:00 as 2:00.

Temos uma questão constitucional que no art. 7º, XXXIII, que diz ser proibido o trabalho do menor sendo insalubre, periculoso, noturno, e o ECA diz também que não pode trabalhar em penoso.

Então, nesse caso, Lucas foi contratado em um trabalho sem ser como aprendiz e ainda à noite. Se

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ele não podia trabalhar em horário noturno, mas trabalhou, ainda que o trabalho seja proibido ele terá direito a remuneração por todo o trabalho exercido inclusive o adicional noturno. Se assim não fosse, seria quase que um prêmio para o empregador, pois não teria que pagar o adicional noturno. Desta forma, a assertiva está errada no final.

4) Consultando o jornal de sua cidade, Elaine verificou a existência de oferta de emprego para a função de recepcionista em uma empresa organizadora de festas, congressos e demais eventos. Observou também que havia restrição de acesso às mulheres casadas, em razão das constantes viagens que as recepcionistas deveriam realizar. Seis meses após conseguir o emprego, Elaine e seu namorado casaram-se, fato que acabou conduzindo à rescisão justificada do contrato de trabalho. Nessa situação, diante da previsão contratual contrária ao matrimonio, a atitude da empresa foi correta, inexistindo qualquer direito rescisório a ser pago a Elaine.

Essa questão é uma faca de dois gumes. Isso porque, primeiro, quem analisa diz que estava previsto no contrato a questão de não ser casada. E por outro lado, pensa-se: será que esse tipo de restrição poderia estar prevista no contrato?

Circulou pela internet, há algum tempo, um contrato de trabalho de uma professora de 1923.

Nesse contrato, a professora, por exemplo, não podia tomar sorvete, andar de carro de homem, não podia sair em determinado horário, a professora tinha assim algumas proibições como mulher.

A cláusula de estabelecimento desse contrato é de que a pessoa não pode mais casar. No entanto não estamos mais em tempos retrógrados, não posso mais cercear o mercado de trabalho e fazer com que esse mercado cerceie a vida da mulher. Então é obvio que não se pode fazer distinção entre mulher casada e mulher não casada para fins do mercado de trabalho, viola também o art.

373, a, da CLT e, claro que está errada a questão dessa maneira.

5) Quatro empresas possuem personalidade jurídica própria, mas estão sob direção de outra empresa constituindo um grupo industrial. Neste caso é correto afirmar que, para efeitos da relação de emprego,

a. Não haverá qualquer tipo de responsabilidade entre as empresas, uma vez possuírem personalidade jurídica própria.

b. Será responsável apenas a empresa principal, por exercer a direção do grupo industrial.

c. Não haverá qualquer tipo de responsabilidade entre as empresas, uma vez tratar-se de grupo industrial e não comercial.

d. Serão solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas.

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e. Serão solidariamente responsáveis apenas as quatro empresas subordinadas, excluindo-se a empresa principal.

O art. 2º, § 2º, CLT, fala sobre o grupo econômico. E em grupo econômico, a responsabilidade é solidária, sendo assim pode-se responsabilizar qualquer empresa do grupo econômico. Pouco importa se elas possuem personalidade jurídica própria, como no item A, a responsabilidade continua sendo solidaria. A resposta correta é a opção D.

Quando trabalhamos a questão da responsabilidade solidária em âmbito trabalhista, art. 2º, § 2º, CLT. Atrela-se a ideia das verbas trabalhistas. Por exemplo, se temos empresa A, B e C e há responsabilidade solidaria, qualquer uma delas vai poder responder pelo valor de qualquer uma das verbas. Só que essa responsabilidade é dual, porque tenho uma responsabilidade ativa e uma responsabilidade passiva. Uado passiva, todas podem ser responsáveis pelo pagamento das verbas, depois que se virem e uma busque da outra as parcelas que foram pagas ou algo do tipo. A responsabilidade solidaria ativa será consagrada a teses do empregador único, se entenderá que o empregador não é a empresa A, B ou C, o empregador será, no final das contas, o grupo econômico. A pessoa não é empregada de A, B ou C, mas sim do grupo econômico, por mais que só preste serviço para a A. Essa responsabilidade ativa pode dizer até que a pessoa pode ser contratada pela empresa A, com carteira assinada por esse empresário responsável, mas pode essa pessoa ser dispensada pela empresa C. então é essa a responsabilidade dual, pois é ativa e passiva.

6) Julgue os próximos itens, a respeito do trabalho temporário.

A – o contrato de trabalho temporário pode ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito.

Se não tivesse a parte do contrato temporário, estaria certa. Mas o contrato temporário só pode ser realizado por escrito. Portanto a afirmativa está errada.

B – o contrato temporário só será valido em se tratando de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo, de atividades empresariais de caráter transitório e de contrato de experiência.

Esse está errado na parte final. Essa parte de atividades empresariais de caráter transitório e de contrato de experiência não é do contrato temporário, isso é do contrato a prazo determinado. Tem base na lei 6.019/74 e, no caso, teremos que enxergar que o contrato de trabalho temporário há uma espécie de terceirização. Isso porque tenho o tomador de serviço que contrata um intermediário, e esse intermediário é quem contrata o trabalhador temporário. O que acontece é que, quando se tem um contrato a prazo determinado temos o contrato da CLT, que não é uma terceirização, há respeito aos requisitos do art. 443, CLT. A principal diferença desses contratos é

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que o contrato de trabalho temporário é espécie de terceirização, pois há intermediário, já o contrato por tempo determinado não é e não há intermediário. Portanto a afirmativa está errada.

C – por ser direito fundamental, a sindicalização é considerada obrigatória pela legislação brasileira, que também protege os trabalhadores com a determinação de eu toda categoria profissional tenha seu sindicato.

O empregado não é obrigado a sindicalizar, por isso está incorreta a afirmativa.

D – a CF estabelece o direito de greve ao trabalhador em caráter exclusivo, sendo vedada ao empregador a ação conhecida como lockout, que consiste na greve do empregador.

Não é só ao empregado que será considerado o direito à greve, mas também ao servidor público, dessa maneira fica obscuro na questão quem é o trabalhador. A ação conhecida como lockout não é permitida, realmente, e se acontecer o empregado tem direito a receber pelo tempo em que houver essa parada.

E – é facultado ao empregador dispensar empregado membro da comissão de conciliação prévia.

Fatalmente essa questão será considerada errada. Isso porque a ideia é que o empregado membro da comissão de conciliação prévia tenha direito a estabilidade, não é facultado e sim impedido. O detalhe é que, quando falo em membro de comissão de conciliação previa eu tenho membro que representa o empregador e membro que representa o empregado. O membro que representa o empregador não tem estabilidade. Então, se for membro representante do empregador é facultado ao empregador dispensá-lo, assim na verdade a questão foi muito mal redigida. A banca deu como ERRADA.

7) Acerca dos poderes do empregador julgue os itens subsequentes:

Em caso de necessidade de serviço, o empregador pode transferir o empregado para localidade diversa da que resultar do contrato, ficando, nesse caso, obrigado a pagamento suplementar, nunca inferior a 25% dos salários que o empregado recebia naquela localidade, enquanto durar essa situação.

Aqui o que temos é que, se eu quiser transferir o empregado, em regra não posso sem anuência do próprio empregado. Em caso de necessidade de serviço o empregador poderá fazer essa transferência, claro que comprovando tal necessidade. Nesse caso, se a transferência for provisória, o empregado terá direito a um adicional de transferência de 25%, enquanto perdurar essa transferência. Se a transferência for definitiva, ele não terá mais direito. Se o trabalhador era do Rio de Janeiro e vai para Minas Gerais, de maneira definitiva, não há que se falar em adicional de

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transferência. Se em caráter provisório deverá receber adicional não inferior a 25%, se provisório e volta de Minas para o Rio de Janeiro perde o adicional. Saiu mais uma vez, para o espirito santo, por exemplo, o adicional continua de 25%. Não é a cada transferência que o empregado ganha mais 25%, deve se deixar claro, o empregado terá direito apenas a um adicional não importando a quantidade de transferências, e se voltar para sua localidade inicial perde o adicional. O item então está correto.

8) Considere os itens subsequentes:

a) Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal do serviço.

Está correta. Com base no art. 2º e 3º, CLT.

b) Sempre que uma ou mais empresas, com personalidades jurídicas próprias, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo econômico, a empresa principal e cada uma das empresas subordinadas serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis em relação aos contratos de emprego.

Correta também. Com base no art. 2º, § 2º, CLT.

c) Considera-se empregado todo trabalhador que, ainda quando autônomo, prestar serviços remunerados a outrem em troca de sua mão-de-obra.

Errada. Se autônomo, não é empregado, com base nos arts. 2º e 3º da CLT.

d) Para que se configure o contrato individual de trabalho, é necessário que a relação de emprego tenha sido ajustada em acordo expresso.

Está errada. Algumas espécies contratuais obrigatoriamente devem ser realizadas por escrito, mas segundo o art. 442 e 443 da CLT podemos considerar essa questão errada. Do jeito que a banca trabalhou, de forma genérica, para o contrato individual de trabalho existir não precisa ser escrito.

Mas se tivesse colocado um contrato especifico, como atleta profissional, artista, trabalho temporário, de aprendiz ou de experiência, por exemplo, essas situações requerem contrato de trabalho expresso, sendo escrito nessas hipóteses.

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