UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
boletim informativo trimestral ano 4 | n. 29 | abr-mai-jun 2014
A Antártida cobre aproxima- damente 20 por cento do he- misfério sul. É o quinto maior continente em área – equivale à área da Oceania e Europa juntas. É o úni- co continente sem população nativa – os países com estações no continente ou nas ilhas podem apenas desenvolver atividades científicas. Um total de 30 países (em 2006), signatários do Tra- tado Antártico, operam estações de pesquisa. O Tratado da Antártida – assinado em 1º de dezembro de 1959 pelos países que reclamavam a posse de partes da Antártida – permite a ex- ploração científica do continente, em regime de cooperação internacional.
A população de pesquisadores e de equipe de apoio varia de 4.000 pes- soas no verão a 1.000 durante o inver- no. Além das estações permanentes, aproximadamente 30 acampamentos externos apoiam projetos específicos a cada verão austral.
Os oceanos que cercam a Antártida fornecem importantes testemunhos (físicos, químicos, biológicos) e têm regiões relativamente profundas, atin- gindo 4.000 a 5.000 metros de profun- didade. O clima é extremamente frio e seco, a temperatura ao longo da costa da Antártida varia, no inverno, de -10°C a -30°C; durante o verão, as zonas costeiras registram em torno de 0°C, mas pode chegar a 9°C. Nas regiões montanhosas do interior, as temperatu- ras são mais frias, abaixo de -60°C no inverno e de -20°C no verão. Também nesse continente, em 1983, a estação de pesquisa da Rússia, Vostok, registrou a temperatura mais baixa: -89,2°C (ainda menor foi a temperatura medida por satélite em 2010: -93,2°C).
O que é o INCT-APA
O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Antártico de Pesquisas Ambientais (INCT-APA), ligado ao
Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT), é formado por mais de 70 pes- quisadores que atuam na avaliação de impactos ambientais locais e globais nos ambientes atmosférico, terrestre e marinho da região Antártica Marí- tima. As pesquisas desenvolvidas pelo INCT-APA orientam as ações que en- volvem diversidade biológica e prote-
ção do ambiente antártico, bem como auxiliam processos educativos, forma- tivos e informativos, com a finalidade de difundir a pesquisa antártica para o público em geral.
A missão do INCT-APA é valorizar a região antártica como oportunida- de para desenvolvimento de investi- gações científicas transdisciplinares,
A PARTICIPAÇÃO DO IOUSP NA ANTÁRTIDA
Profa. Rosalinda no bote saindo para coleta de sedimentos na Enseada Martel. Ao fundo o NApOc (Navio de Apoio Oceanográfico) Ary Rongel.
Foto: Vivian Pellizari
promovendo a educação, a difusão de informações e a gestão ambiental. O INCT-APA busca 1) desenvolver in- vestigações científicas em ambientes marinho, terrestre e atmosférico na região antártica; 2) estruturar e operar um sistema de gestão ambiental local e global; e 3) promover a educação e a difusão de informações comprometidas com a construção de uma consciência ambiental global.
O Instituto foi concebido em 2006, logo após os estudos realizados pelo projeto “Gerenciamento ambiental na Baía do Almirantado, ilha Rei Geor- ge, Antártica”, sob a coordenação dos professores Rolf Weber e Rosalinda Montone. O projeto se encontra em fase final de vigência (2009-2014) com grande possibilidade de continuidade, por meio de outros programas. Seis professores do IOUSP têm atividades de pesquisa nesse Instituto: Márcia Bícego, Rosalinda Montone, Rubens Cesar Lopes Figueira, Thais Corbisier, Vicente Gomes e Vivian Pellizari.
Monitorar poluentes
A professora Rosalinda Montone, vice-coordenadora do Instituto, é in- tegrante do comitê gestor e participa
de reuniões periódicas para discutir a parte administrativa, orçamentária e logística do projeto bem como as ofi- cinas de trabalho anuais e a elaboração de relatórios. Como pesquisadora está vinculada ao módulo 3, que visa mo- nitorar o impacto das atividades antró- picas no ambiente marinho antártico.
Ela estuda os poluentes orgânicos per- sistentes (POPs) no ambiente marinho antártico, particularmente na Baía do Almirantado, onde está instalada a estação antártica Comandante Ferraz (EACF).
Os POPs não ocorrem naturalmente no ambiente e são ótimos indicadores ambientais, principalmente dos proces- sos biogeoquímicos nos ecossistemas.
Esses poluentes estão sendo pesquisa- dos na Baía do Almirantado desde 1989 e os dados compõe uma importante sé- rie temporal para essa região antártica.
“O IOUSP é pioneiro nas pesquisas brasileiras na Antártica. Participa sem interrupção desde o início do Proantar, há 32 anos. É um privilégio participar de programa de pesquisa desde sua formação, tanto pelos resultados cien- tíficos gerados como pela colaboração no compromisso assumido pelo Brasil no Tratado Antártico para monitorar suas atividades na região”, diz a profa.
Rosalinda. “A formação de recursos humanos também é uma grande con- tribuição em ciência antártica. Devido à complexidade logística do projeto formei apenas um aluno de mestrado e um de doutorado. Atualmente tenho uma pós-doc trabalhando com tema antártico.”
Biomonitoramento marinho
O INCT-APA reúne esforços e co- nhecimentos de pesquisadores de vá- rias especialidades para avaliar o im-
Imagem microscópica da bactéria Exiguobacte- rium antarcticum B7 isolada pelo Laboratório de Ecologia de Microrganismos do IOUSP. A bactéria é capaz de crescer nas temperaturas que variam de -2,5
oC a 40
oC. Foto: Felipe Nóbrega (Lab. de Ecologia de Microrganismos - IOUSP) As professoras Vivian e Rosalinda coletando material em trabalho de campo.
Foto: Rosalinda Montone
pacto humano na região da Baía do Almirantado, onde está a estação bra- sileira Comandante Ferraz. O estudo do professor Vicente Gomes, com a colaboração do prof. Phan Van Ngan, tem como objetivo estudar os efeitos da contaminação humana no DNA de or- ganismos marinhos costeiros da região, que podem influenciar sua genética e seus mecanismos fisiológicos. Nesse sentido o professor estuda indivíduos de algumas espécies de anfípodes que se mostraram adequados como bioin- dicadores do ambiente marinho.
“Nosso estudo atual utiliza como bioindicadores indivíduos da espécie Gondogeneia antarctica, um grupo de crustáceos anfípodes, para avaliar os possíveis efeitos da contaminação am- biental de alguns locais sobre a integri- dade do DNA e sobre a expressão de algumas proteínas que aparecem para combater os efeitos dos contaminantes no organismo. Durante o INCT fomos duas vezes para a Antártida, mas o estu- do desse crustáceo já tem cerca de oito anos. E o resultado foi positivo, pois conseguimos identificar mecanismos e métodos que apontam a influência desses contaminantes em Gondogeneia antarctica, oriundos de hidrocarbone- tos (como combustíveis) e esgoto, prin- cipalmente. Como fizemos essa coleta desde o início da instalação da estação brasileira na Antártida, temos históri- co e referência para acompanhar essa
contaminação, e a partir daí estabele- cer métodos para controle e preven- ção”, disse o prof. Vicente. “O IOUSP tem papel determinante no Programa Antártico Brasileiro – Proantar, parti- cipando ativamente desde o início de várias atividades e projetos científicos.
Esse reconhecimento se manifesta in- clusive em atividades de gestão, de gerenciamento, nas abordagens e nos projetos implantados pelo governo brasileiro na região.”
Microbiologia marinha
A professora Vivian Pellizari tam- bém participa desse projeto de moni- toramento ambiental, estabelecendo dados que servem de parâmetro em escala espacial e temporal avaliando a resposta na diversidade microbiana de alterações no ambiente resultantes de atividades humanas entre outras na área da Baía do Almirantado. O estudo foca os microrganismos procarióticos (bactérias e arqueias), que apesar de serem seres microscópicos são base da vida e responsáveis pelos ciclos bio- geoquímicos. Eles são os organismos mais abundantes mesmo na Antárti- da. Esses organismos estão presentes inclusive em temperaturas extremas, e podem ser encontrados em vida livre, em simbiose com outros organismos ou em biofilmes. Pelo INCT-APA o estudo envolve a comunidade microbiana, de bactérias e arqueias (outro grupo da
vida de unicelulares), e outros grupos microbiológicos indicadores tradicio- nais de contaminação, como os coli- formes termotolerantes. E são várias as dificuldades para estudar esses organis- mos, pois eles têm ciclo de vida bem curto no ambiente marinho antártico devido a temperatura. Outro indicador no estudo dessa contaminação foram as arqueias, que produzem o metano a partir da presença de matéria orgânica.
Esse estudo avalia dados anuais inclusi- ve bem anteriores ao INCT, analisando assim as alterações dessas comunida- des. As técnicas de análise microbioló- gica também mudaram com o tempo, no estudo de bactérias e arqueias, agora incluí o estudo de metagenomas (diver- sidade microbiana a partir do sequen- ciamento do DNA total extraído do ambiente) que prevê sequenciamento de última geração.
“Todos os novos resultados gerados com essa tecnologia de sequenciamento são fundamentais. Já temos resultados de alunos de mestrado produzindo trabalhos para publicação a partir de dados de metagenoma. As análises mi- crobiológicas são feitas em parte, no la- boratório da estação brasileira, como no caso dos indicadores de poluição fe- cal que precisam ser quantificados den- tro de 24 horas após a coleta, e outras amostras podem ser imediatamente congeladas e estudadas no laboratório do IOUSP, por isso beneficiando alunos de graduação, mestrado e doutorado”, explica a profa. Vivian. “O estudo da microbiologia, por envolver a coleta e análise imediata no laboratório da es- tação, exige um jogo de cintura muito grande do pesquisador, que precisa estar atento à coleta, registro dos resultados e controle de temperatura de incubação, entre outras atividades. Qualquer erro, por exemplo, pode levar à perda de todo um ano de coleta, pois nova análise só seria possível no próximo verão. Por isso para ir para a Antártida é necessá- rio enviar um aluno e pesquisador com muita experiência anterior na bancada do laboratório aqui no IO.”
“Em relação à análise de metageno- mas, nós fechamos dados de compa- ração temporal da baía inédito para a microbiologia, tanto em relação aos dados quanto ao uso da nova tecnolo- gia, de sequenciamento de última ge- ração. Estamos também fazendo uma inter-relação desses indicadores com os dados fisicoquímicos e biológicos e devemos publicar um material inédito
Título: Poluentes orgânicos persistentes (POPs) Projeto: INCT-APA
Responsável e Crédito da figura: Profa. Rosalinda Montone
em relação a biodiversidade de bac- térias e arqueias. Estes resultados são indicadores inéditos para a Baía do Almirantado”, analisa a profa. Vivian.
Combustíveis fósseis
O projeto da professora Márcia Bí- cego trata de monitoramento de hidro- carbonetos, compostos que podem ser naturais, mas no caso específico do pro- jeto do INCT-APA são compostos pro- venientes de derivados de petróleo. No caso da estação brasileira, toda energia é gerada por queima de combustíveis, como diesel, por exemplo. Nesse sen- tido, esse monitoramento já é feito há vários anos. Esses estudos permitem a pesquisa principalmente de alunos de pós-graduação, seja aqui no IOUSP seja na estação antártica. Todos os estudos referentes a hidrocarbonetos nessa re- gião foi feita aqui no Laboratório de Química Orgânica Marinha.
Organismos bentônicos antárticos O estudo da professora Thaïs Cor- bisier está ligado à comunidade ben- tônica, invertebrados associados ao fundo, com foco nos poliquetas da ma- crofauna e nos nematódeos da meio- fauna. O monitoramento ambiental inclui também a análise das teias tró- ficas. O estudo das interações tróficas
Antártida Antártica? ou
Sérgio Rodrigues, escritor, jorna- lista e crítico literário comentou esse assunto na revista Veja: “Não há uma posição ‘oficial’ sobre o assunto, hoje as duas formas, Antártida e Antártica, são empregadas no português brasi- leiro – em Portugal, por enquanto, os falantes conservam fidelidade a ‘An- tárctida’. Quem tiver curiosidade vai se divertir com a controvérsia que a questão provocou entre brasileiros e portugueses na Wikipedia em 2007.
Defensores do nome próprio Antár- tica alegam ser essa a forma que faz sentido etimológico, uma vez que o latim antarcticus, ‘austral’, derivou do grego anti + arctikós, ou seja, o que se opõe ao ártico (de Árktos, a Ursa, dupla de constelações do norte). Se não chamamos o Ártico de Ártida – argumentam – por que chamar seu antípoda de Antártida?”.
O Programa Antártico Brasileiro (Proantar) adota Antártica e Antárti- co como substantivo e como adjetivo.
Grupo desembarcando do cargueiro “Germânia”, contratado para retirar os escombros da estação, para coleta na Enseada Martel. Ao fundo se vê a área da EACF durante as obras de construção do MAE.
Fot o: V iv ia n Pe lli za ri
as fontes de alimento dos organismos na Antártica e estabelecer uma teia ali- mentar. Amostragens de organismos bentônicos antárticos se iniciaram no IOUSP no começo do Proantar, em 1982, coordeno pelo prof. Edmundo F.
Nonato. Esses resultados, ao longo do tempo, são essenciais para a compara- ção de eventuais efeitos das atividades humanas na Baía do Almirantado.
O incêndio em 2012 destruiu amos- tras de meiofauna e macrofauna, que eram parte do monitoramento. Em 2014, a equipe não pôde coletar se- dimento para o monitoramento por problemas na embarcação “Skua”.
“Esses estudos permitem trabalhos de pesquisa, de graduação e pós, in- cluindo outras instituições de ensino e pesquisa, bem como a publicação de artigos”, dizem a profa. Thaïs e a biólo- ga Mônica Petti. “O conhecimento da comunidade bentônica permite tam- bém analisar o efeito das mudanças globais na região, em especial quando analisada em interação com os pesqui- sadores poloneses, cuja estação é vizi- nha à brasileira. Os dados conjuntos obtidos por pesquisadores brasileiros e poloneses resultaram, em 2011, na publicação de um trabalho de revisão de todo o conhecimento adquirido so- bre o bentos da Baía do Almirantado.”
é feito através da análise das razões dos
isótopos estáveis de carbono e nitro-
gênio, técnica que permite reconhecer
Com muita dor e tristeza o IOUSP registrou o falecimento do professor emérito do Instituto, Edmundo Ferraz Nonato. O diretor em exercício decretou luto no IOUSP por três dias e dispôs o auditório do Instituto, dia 17, para o velório do professor e despedida de colegas, funcionários e alunos. Em seguida, o cortejo seguiu para o cemitério de Vila Alpina, onde houve a cerimô- nia de cremação.
Edmundo Ferraz Nonato (1/6/1920- 14/4/2014) tornou-se bacharel e licenciado em História Natural pela USP em 1942, com especialização pela Sorbonne (Paris) em 1950.
De 1942 a 1955 integrou o Departamento de Biologia Geral da FFLCH-USP. Foi contratado em 1955 pelo Instituto Oceanográfico da USP e desde então prestou inestimável trabalho di- ário como professor emérito. Líder científico, recebeu vários prêmios, especialmente por sua notável dedicação ao estudo dos polique- tas. Teve participação fundamental na escolha e implantação em 1955 da Base de Pesquisas do IOUSP em Ubatuba, onde foi o primeiro chefe científico. Foi homenageado em agosto de 2012 pelo IOUSP, com seu nome dado à Coleção Biológica “Prof. Edmundo F. Nonato”.
(Fonte: http://200.144.182.66/memoria/por/
pessoa/726-Edmundo_Ferraz_Nonato)
IOUSP em luto
O diretor do Instituto, prof. Frederico Bran- dini, encaminhou mensagem manifestando seu pesar: “Acabei de receber a triste e inesperada notícia do falecimento do professor Nonato, um dos expoentes da Oceanografia brasileira e meu professor no curso de pós-graduação que iniciei no IOUSP em 1972. Sempre o admirei e
gostaria de dizer aos seus familiares que todos nós hoje nos sentimos um pouco órfãos com essa perda. De qualquer modo tenho certeza que ele estará em um lugar especial na memória de todos aqueles que tiveram a sorte e o privilégio de conhecê-lo e desfrutar de seu vasto conhe- cimento técnico e ‘naturalista’”.
O prof. Michel Mahiques, diretor em exer- cício, registrou sua saudade: “Não houve quem, tendo conhecido o prof. Nonato, não tenha se encantado com seu conhecimento, sua dispo- sição e sua vontade de viver. Tive a honra de conhecê-lo há exatos trinta anos, quando entrei no IO. Com ele fiz minha primeira disciplina de pós-graduação e meu primeiro embarque.
Através dele o Mar ganhou outra dimensão para mim. Há trinta anos, eu ouvia, encantado, suas
histórias, sentado à mesa da casa velha de Uba- tuba. A casa não existe mais, as histórias não há mais quem as conte, mas o legado do prof.
Nonato é eterno. Edmundo Ferraz Nonato, um ícone da Oceanografia brasileira”.
“Sempre interessado em novidades científi- cas, foi o primeiro brasileiro a mergulhar com o
‘aqualung’ de Jaques Costeau. Além de realizar inúmeros estudos sobre o bentos da costa do Brasil, em especial aos poliquetas, participou do Programa Antártico Brasileiro desde as primei- ras expedições coordenando o estudo do ben- tos. Em 1988, iniciou o projeto que envolveu mergulho autônomo na área costeira da baía do Almirantado, Antártica. A partir de 1994, já aposentado, participou de vários projetos na Antártida orientando alunos de pós-graduação e graduação na identificação dos poliquetas”, lembrou a professora Thaís Corbisier.
“Foram 30 anos de convivência na mesma sala. Um grande aprendizado acadêmico e de sua postura perante a vida. Sempre em frente.
O professor Nonato foi um verdadeiro mestre na arte de ensinar e isto fez com que suas dis- ciplinas optativas da graduação, época em que conheci o professor, fossem sempre muito pro- curadas pelos estudantes. Em suas aulas e confe- rências, sempre mostrou um conhecimento pro- fundo e enciclopédico em Ciências Biológicas.
A atividade mais gratificante para o professor sempre foi estar em frente a um microscópio e analisar calmamente as cerdas, parapódios e outras estruturas dos poliquetas ou então em- barcar e ensinar aos alunos o funcionamento de equipamentos e características dos organismos marinhos do plâncton, nécton ou bentos”, lem- bra Monica Petti, bióloga do DOB.
A 17ª Feira do Estudante – EXPO CIEE 2014, entre 25 e 27 de abril, no Parque Ibira- puera, São Paulo, foi direcionada principal- mente para estudantes do ensino médio. É o maior evento do país voltado à capacitação e inclusão profissional de jovens no mercado de trabalho. Calcula-se um público de 60 mil pessoas nos três dias do evento.
O IOUSP teve um espaço de 40 m² nessa feira, ao lado da Escola Politécnica e do Mu- seu Paulista, representando a Universidade de São Paulo. O objetivo da participação do IOUSP foi disseminar ao público em geral a Oceanografia, o curso de graduação em Oceanografia e a atuação profissional e aca- dêmica do oceanógrafo. O IO Júnior também
buscou mostrar ao público a oportunidade de se estudar em uma universidade pública e de qualidade.
“Para atingir o nosso objetivo, leva- remos diversos equipamentos oceano- gráficos, como Rosette, Van Veen, rede de plâncton e garrafa de Nansen e também organismos emprestados do Museu Ocea- nográfico, além de banners expondo nossas bases de pesquisa, embarcações e o dia a dia da profissão. Contaremos com monitores da IO Júnior e Museu que estão preparados para explicar ao público as diversas dúvidas que possam surgir”, disse Patricia Ribeiro, diretora-presidente do IO Júnior Consulto- ria e Educação Ambiental.
HOMENAGEM AO PROFESSOR EMÉRITO EDMUNDO FERRAZ NONATO
Professor Nonato será inesquecível no IOUSP Foto de Gabriel Monteiro
Perda prematura
O Instituto Oceanográfico da USP registrou com tristeza o falecimento de Priscila Ivone Amaral Manchola Cifuentes, de 22 anos, alu- na de graduação desde o primeiro semestre de 2011.
“A Priscila para mim lembra perguntas sobre Goethe e Nietzche, dúvidas em sala de aula feitas bem baixinho... Risadas constan- tes, pensamentos profundos, ideias e ideais revolucionários... São flores de hibisco na ore- lha, sorriso nos lábios e olhos fechadinhos...
Amizade que levarei comigo para sempre...”, lembra a colega Claudia Dahmer, “Tia”, 27, também graduanda da turma de 2011.
Priscila deixa saudades no IOUSP
Fot os d e L uc ia no S ou za
Feira do Estudante divulga Oceanografia
Fot o d e L uiz C arlo s
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Diretor: Prof. Dr. Frederico P. BrandiniVice-Diretor: Prof. Dr. Michel Michaelovitch de Mahiques Comitê de Divulgação do IOUSP
Presidente: Profa. Dra. Olga Tiemi Sato Membro: Profa. Dra. Karen Badaraco Costa Membro: Prof. Dr. Vicente Gomes Secretário: Rafael Rodolfo Varela Júnior
O Diário de Bordo é uma publicação trimestral do Instituto Oceanográfico da USP www.io.usp.br
Praça do Oceanográfico, 191 - CEP 05508-120
Cidade Universitária – Campus São Paulo
Textos e diagramação: Rafael Varela (Técnico-Administrativo,
Museu e Memória do IOUSP)
Para mais informações, sugestões e solicitações:e-mail: iouspcomunica@usp.br - tel.: 11 3091-0822