CONTABILIDADE DE CUSTOS
Professora Mestre M. Sc. Crísley do Carmo Dalto Especialista em Contabilidade Gerencial
Mestre em Ciências Contábeis- Contabilidade Gerencial
AULA
CUSTOS PARA FINS CONTÁBEIS
O
QUE INTEGRA OS MATERIAIS DIRETOS?
MATERIAL DIRETO é o custo de qualquer material diretamente identificável com o produto e que se torne parte integrante dele.
Exemplo: matéria-prima, material secundário, embalagens.
MATÉRIA- PRIMA é o principal material que entra na
composição do produto final. Sofre a transformação no processo de fabricação. Exemplo: o tecido na fabricação de roupas e madeira na fabricação de mesas de madeira.
MATERIAL SECUNDÁRIO: é o material direto, de caráter
secundário; não é o componente básico na composição do produto, mas é perfeitamente identificável ao produto.
Exemplo: parafusos (se não houver controle de consumo; se houver, eles podem ser tratados como Custos Indiretos) na mesa de madeira, botão nas roupas.
EMBALAGENS: são materiais utilizados para embalagens do
produto ou seu acondicionamento para remessa.Exemplos: papelão onde é acondicionada a mesa, saco plástico onde é colocada a roupa.
CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES
•A avaliação de estoque compreende a determinação do valor de mercadorias, matérias-prima, produtos acabados ou em fabricação.
•Como a empresa compra várias unidades em períodos diferentes com preços diferentes, e não os consome na mesma proporção, elas acabam misturando-se no almoxarifado.
•Objetivam exclusivamente separar os custos dos produtos entre o que foi vendido e o que permaneceu em estoque.
•Para atribuir os custos às unidades consumidas, usamos os mesmos critérios utilizados pela Contabilidade Financeira, o Sistema de
Inventário Permanente e Periódico e os Métodos Avaliação Estoques:
PEPS, CUSTO MÉDIO e UEPS.
DECRETO Nº 1.041
A legislação brasileira, admite a avaliação de estoque pelo custo de aquisição.
O Decreto nº 1.041, de 11-1-1994, do Regulamento do Imposto de Renda, estabelece, nos artigos [...] o seguinte:
Art. 235. As mercadorias, as matérias-primas e os bens em
almoxarifado serão avaliados pelo custo de aquisição. (lei n° 154/47, art. 2º, §§ 3º e 4º, e Lei nº 6.404/76, art. 183, ll.)
Art. 236. Os produtos em fabricação e acabados serão avaliados pelo custo de produção. (Lei nº 154/47, art. 2º, § 4º, e Lei nº 6.404/76, art. 183, ll.)
FORMULÁRIO DE CONTROLE E APURAÇÃO
TOTAL TOTAL
TOTAL UNITÁRIO
TOTAL UNITÁRI
O
VALOR QDE
. VALOR
QDE.
VALOR QDE.
SALDO SAÍDAS
ENTRADAS DIA
FORNECEDORES: 1)
__________________________________________________________________________________
2) ___________________________________________________________________________
MÍNIMO:
NÍVEL DE ESTOQUE: MÁXIMO:
CÓDIGO:
MATERIAL:
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE
Registra a movimentação de entradas, saídas e saldos
PRIMEIRO A ENTRAR, PRIMEIRO A SAIR (PEPS)
Nesse sistema, as saídas do estoque obedecem ao critério de que os primeiros produtos a sair receberão o custo correspondente ao das primeiras entradas no estoque.
Este método é o mais utilizado no Brasil e representa a solução mais adequada para a apuração dos estoques ao preço custo, visto que além de atender à legislação do imposto de renda é de simples execução e absorve bem a flutuação dos custos dos materiais.
ÚLTIMO A ENTRAR, PRIMEIRO A SAIR (UEPS)
Esse método indica que as saídas deverão ser custeadas ao valor das últimas entradas.
A avaliação dos materiais acontece obedecendo à ordem da baixa dos itens pelo valor das unidades mais recentes para as mais antigas,
sendo assim o saldo do estoque sempre ficará valorizado pelo preço de custo mais antigo.
A aplicação deste método não é permitida pela legislação do Imposto de Renda, para fins de avaliação do custo do estoque, devido ao fato de valorizar o saldo pelo menor custo.
CUSTO MÉDIO MÉDIA OU MÉDIA PONDERADA
Consiste em calcular a cada entrada o novo
custo dos produtos em estoque, dividindo o
custo total pela quantidade total
EXEMPLO
Suponha que A, B e C são empresas industriais e
concorrentes que usam PEPS, média móvel ponderada e UEPS respectivamente.
As empresas,não têm estoques iniciais e compram materiais idênticos na mesma data.
Compra número 1: aquisição pelo preço: $ 0,10 Compra número 2: aquisição pelo preço: $ 0,50 Compra número 3: aquisição pelo preço: $ 0,90 Preço de venda: $ 1,00
Despesas operacionais: $ 0,08 IRPJ: 15%
IPI: 4%
COMPARATIVO ENTRE OS MÉTODOS
Empresa A PEPS
Empresa B Média Móvel
Poderada
Empresa C UEPS
Receitas bruta de vendas $ 1,00 $ 1,00 $ 1,00 (-) Impostos s/vendas- IPI 4% (0,04) (0,04) (0,04)
(=) Receita líquida de Vendas 0,96 0,96 0,96
(-) CPV ($ 0,10) ($0,50) ($0,90)*
(=) Lucro operacional bruto (Margem bruta sobre vendas
0,86 0,46 0,06
(-) IRPJ (15%) (0,13) (0,07) (0,01)
(=) Resultado Operacional Líquido
0,73 0,39 0,05
* Média móvel: $0,10 + $0,50 + $0,90= $1,50/3 unidades= $0,50/unidade
CONCEITO
O inventário dos estoques é um procedimento de controle que deve ser executado com periodicidade semestral, trimestral, mensal e até mesmo semanal ou diária, conforme cada
empresa e a con fi abilidade atribuída aos controles, ou pelo
menos uma vez ao ano, quando é obrigatório.
• OBJETIVOS BÁSICOS PARA A REALIZAÇÃO DE INVENTÁRIO
•Realizar auditoria sobre serviços desenvolvidos pela Área de Estoques;
• Levantamento real da situação dos estoques, para compor o balancete da empresa;•
• Identificar e eliminar itens sem movimentação;
•Identificar e eliminar materiais com defeito e/ou danificados;
•Sugerir opções de melhoria dos métodos de controle dos estoques;•
•Identificar e corrigir erros nas movimentações dos materiais
PRINCIPAIS TIPOS DE INVENTÁRIO INVENTÁRIO PERIÓDICO
A empresa não mantém um controle contínuo do estoques por meio de fichas ou controle informatizado, usado quando as vendas são feitas sem controle, não tendo condições de
saber o custo das mercadorias vendidas.
O consumo só pode ser obtido após a contagem física dos estoques.
CMV = EI + CL - EF CPV= EI + CL – EF MPC= EI + CL - EF
INVENTÁRIO PERMANENTE
O controle contínuo dos estoques por meio de fichas ou controle informatizado do estoque, os estoques (e o CPV) são calculados a qualquer
momento pela Contabilidade.
O controle físico e contábil é feito pela ficha ou
controle informatizado do estoque (tanto no
Almoxarifado como na Contabilidade).
SISTEMA DE ACUMULAÇÃO DOS CUSTOS
É a forma como os custos são acumulados para serem posteriormente apropriados aos produtos de acordo com o processo produtivo.
O sistema de acumulação de custos tem por objetivo a
identificação, a coleta, o processamento e o armazenamento e a produção das informações para a gestão de custos.
O tipo de sistema de acumulação de custo a ser implantado pela empresa é completamente dependente do serviço ou produto que por ela é produzido.
O sistema de acumulação de custos representa o aspecto do registro ou de escrituração das informações relativas à gestão de custos.
Os sistemas de acumulação quanto ao processo produtivo pode ser:
•Custeio de produção por ordem de serviço ou por encomenda;
•Custeio de produção contínua ou
por processo ou em série.
PRODUÇÃO POR ORDEM SERVIÇO OU ENCOMENDA
• A empresa fabrica produtos diferentes, em pequenas quantidades, geralmente atendendo a encomendas dos clientes.
• O sistema de ordem de produção é mais adequado quando a firma tem um processo produtivo não repetitivo e no qual cada produto ou grupo de produtos é mais ou menos
diferente entre si.
Os custos diretos de mão-de-obra e materiais gastos em uma determinada ordem são alocados com por ordem de serviço.
Os custos indiretos – aluguel, seguro, eletricidade etc.
– são usualmente aplicados às ordens por taxas
predeterminadas, tendo como base horas de mão-de- obra direta.Exemplo: móveis sob encomenda, carros sob
encomenda etc.
Cada ordem recebe um número ou código. Todos os custos incorridos - custos de material ou mão-de-obra e CIF, relacionados com a ordem, serão registrados na conta produção em andamento do razão e do razão
auxiliar que registram os custos de cada ordem.
PRODUÇÃO POR PROCESSO, CONTÍNUA OU EM SÉRIE
A empresa opera na fabricação de (série), produzidos de maneira contínua.. Geralmente, ela produz para estoque produtos
padronizados, produtos iguais.
Esses sistemas são usualmente utilizados em entidades que produzem grandes volumes de produtos uniformes em bases contínuas.
Exemplo: produção de geladeiras, carros, mesas (padronizados – em linha), óleos vegetais, produtos farmacêuticos, produtos químicos etc.
Tem o objetivo de determinar e controlar os
custos pelos departamentos, pelos setores, pelas fases de produção (processos) e, em seguida,
dividir esses custos pela quantidade de produtos fabricados no processo, durante certo período -
custear o processo fabril em determinado período.
O sistema de custos por processo não se
preocupa em contabilizar os custos de itens individuais ou grupos de itens. Em vez disso,
todos os custos são acumulados por fase do
processo, por operação ou por departamento
(centros de custos) e alocados aos produtos em
bases sistemáticas.
Características Produção por
Ordem-/encomenda
Produção por processo/
Contínua 1. desenvolvimento do
produto.
Especificação do cliente Especificação do fabricante 2. produção Limitada pelo cliente Planejada pelo fabricante 3. dimensão da produção Número de unidades
contratadas
Número de unidades planejadas 4. Mercado Poucos compradores Diversificado
5. Vendas Procura pelo cliente Oferta pelo fabricante
6. produto Sob medida Seriado
7. necessidade do produto Específica do cliente Global do mercado 8. Estoque de matéria-
prima
Temporal e específico Permanente 9. Estoque de produtos Indesejável Necessário 10. prazos de produção Geralmente longo Curto
11. acumulação dos custos Por ordem de produção Por processo, atividades etc
Características Produção por Ordem- /encomenda
Produção por processo/
Contínua 12. Apuração do custo
unitário
Custo específico Custo médio de produção (custo total / unidades)
13. Requisição de materiais
Indica o número da ordem de produção.
Indica o departamento e o código da produção
14. Período de
apuração dos custos finais
Início e término da produção Início e término do período contábil
A produção sob encomenda vem ampliando, gradativamente, sua participação no mercado, uma vez que o cliente busca produtos não padronizados e se utiliza, cada vez mais, de políticas voltadas à redução
de custos nos estoques.
Enquanto um sistema deseja custear os produtos, o outro deseja custear o procedimento de fabricação de determinado período
PRODUÇÃO CONJUNTA
Ocorre a produção conjunta quando mais de um produto surge de uma mesma matéria-prima, quando são produzidos ao mesmo
tempo, no mesmo processo produtivo.
Com a mesma matéria-prima, formam-se diversos produtos, portanto, surgem custos indivisíveis, não identificáveis com os produtos.
Pode ocorrer tanto na produção contínua ou por encomenda.
Critério de apropriação dos custos conjuntos é o método de
mercado. São apropriados pela equivalência ao produtos de maior ou por aquele que recebeu maior carga de custos.O exemplo clássico desses produtos conjuntos é a variedade de produtos finais - o couro, os muitos cortes de carne e assim por diante - feitos de uma única matéria-prima, o boi.
CO- PRODUTOS
São produtos de importância igual para a empresa do ponto de vista de faturamento.
O que importa com relação aos co- produtos é o controle do custo por operação e não o custo por produto.
Ex: Produto: boi, temos: as carnes nobres e de segunda podem ser consideradas como co-produtos, enquanto os órgãos e outras partes podem ser considerados como subprodutos.
Nada impede que os órgãos possam ser processados em seguida e transformarem-se, assim, em co- produtos.
SUBPRODUTOS
É aquele produto que nasce de forma natural durante o processo produtivo da empresa. Ele possui mercado de venda e preço definido, porém sua participação é ínfima no faturamento total da empresa.
Exemplo: Serragem, sobras de Matéria- Prima.
SUCATAS
São produtos que surgem da produção com defeitos ou
estragados. Suas vendas são esporádicas e realizadas por valor não previsível na data em que surgem na fabricação. Não
recebem custos e também não servem para a redução de
custos de produção. Na data da venda elas são contabilizadas como outras receitas operacionais.
Exemplo: Cadeira faltando uma perna (três pernas), azulejos com defeito.
C
USTO DAM
ÃO-
DE-
OBRA Abrange todos os gastos despendidos com pessoal ligado às atividades de produção.
Age sobre o material para transformá-lo em outro bem
Divide-se em mão-de-obra direta e mão-de-obra indireta direta é representada pelo valor do tempo
apropriado a cada objeto de custo
indireta é representada pelo valor do tempo não apropriado a cada objeto de custo
É constituído por:
salários
encargos sociais e trabalhistas
benefícios concedidos
serviços profissionais contratados
remuneração de tarefeiros (serviços prestados)
CUSTO DA MÃO-DE-OBRA:
Remuneração da mão-de-obra
+ encargos
ENCARGOS
Direitos trabalhistas
+ contribuições sociais
DIREITOS TRABAHISTAS
Férias
13º salário
Etc...
CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS
INSS, FGTS, SEGURO ACIDENTE DE TRABALHO, etc...
Contribuições Sociais
Contribuição para a Previdência Social 20,0%
Seguro de acidente de trabalho
Risco leve 1,0%
Risco médio 2,0%
Risco grave 3,0%
Salário-educação 2,5%
SESI ou SESC 1,5%
SENAI ou SENAC 1,0%
INCRA – Instituto Nacional da Colonização e Reforma Agrária 0,2%
SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio a Pequena e Micro Empresa 0,6%
FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço 8,0%
SOMA 34,80% 35,80% 36,80%
Empresa industrial com mais de 500 empregados contribui com mais 0,2% (20%
de 1% do SENAI).
Micro e pequenas empresas enquadradas no SIMPLES têm esses percentuais reduzidos (exceto FGTS) para 1,2% até 4,3% incidentes sobre a receita.
ENCARGOS SOCIAIS E TRABALHISTAS
Os encargos trabalhistas que as empresas devem pagar sobre a folha de pagamento de seus funcionários são:
FGTS: 8,0% + 0,5% sobre o salário nominal (Obs.: As MPEs pagam somente 8%);
Férias: 8,3% (ou 1/12) sobre o salário nominal;
Abono de férias: 2,7% (ou 1/3 das férias) sobre o salário nominal;
Rescisão contratual- Indenização (a ser paga no caso de dispensa do funcionário sem justa causa): 100% de um salário nominal, 40% + 10% do saldo do FGTS;
Adicional de remuneração (hora extra, hora noturna, insalubridade, periculosidade)
Licenças
Repouso remunerado (também conhecido como Descanso Semanal)
Vale-transporte
Alimentação
DIREITOS TRABALHISTAS
Máximo permitido de horas pela legislação brasileira: 220
horas/mês ou 44 horas/semanais (sem considerar horas-extras).
44 horas ÷ 6 dias= 7,3333 horas máxima diária=> 7 horas e 20 minutos.
Número total de dias por ano 365 dias
(-) Repousos semanais remunerados (em média) 48 dias
(-) Férias 30 dias
(-) Feriados (em média) 12 dias
(=) Número máximo de dias à disposição do empregador 275 dias
(x) Jornada máxima diária (em horas) 7,33333 horas (=) Número máximo de horas à disposição por ano: 2.016,7 horas
HORAS À DISPOSIÇÃO DO EMPREGADOR
SALÁRIO + DIREITOS TRABALHISTAS + ENCARGOS SOCIAIS
No DE HORAS À DISPOSIÇÃO DO EMPREGADOR
CUSTO DA MÃO-DE-OBRA
Unidade 7. Materiais Diretos . (Livro Texto: MARTINS. Elizeu. Contabilidade de Custos. 10ª Edição. 2010. Unidade 10. pags. 116 a 132)
O que integra os materiais diretos
Critérios de avaliação dos materiais
Perdas de materiais
Tratamento contábil dos subprodutos e sucatas
Unidade 8. Mão- de- obra Direta (Livro Texto: MARTINS. Elizeu. Contabilidade de Custos. 10ª Edição. 2010. Unidade 10. pags. 113 a 143)
Separação entre Mão-de-obra direta e mão-de-obra indireta
Jornada de trabalho e apontamento de horas
Tempo ocioso e Outros gastos com mão-de-obra
Unidade 9. Sistemas de acumulação de custos
Sistema de Produção contínua: custeio por processo. (Livro Texto: MARTINS. Elizeu.
Contabilidade de Custos. 10ª Edição. 2010. Unidade 153 a 151)
Sistema de Produção por ordem: custeio de ordens e de encomendas (Livro
Texto: MARTINS. Elizeu. Contabilidade de Custos. 10ª Edição. 2010. Unidade pgs. 144 a 152)
Produção conjunta. (Livro Texto: MARTINS. Elizeu. Contabilidade de Custos. 10ª Edição. 2010.
Unidade pgs. 162 a 171)
Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior
empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um
“não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
(Dez leis para ser feliz, Editora Sextante, 2003)
Augusto Cury