FAMÍLIA E CASAL
P R O F E S S O R : L E O N A R D O P I N H E I R O
M E S T R E E M F A M Í L I A N A S O C I E D A D E C O N T E M P O R Â N E A - U C S A L
E S P E C I A L I S T A E M
N E U R O P S I C O L O G I A - U F B A
INTRODUÇÃO
•INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA NO PROCESSO DE INDIVIDUALIZAÇÃO - SUPERVALORIZAÇÃO DA AUTONOMIA
“Individualizar-se é um imperativo social permeado pelo processo de transmissão entre gerações” (FERES- CARNEIRO, 2007).
•EXISTÊNCIA DA FAMÍLIA ENQUANTO GRUPO AFETIVO
“No processo de transmissão geracional, é notável a
presença e a influência da história das relações sobre
a vida dos sujeitos” (FERES-CARNEIRO, 2007).
CONTEXTO FAVORÁVEL PARA O ESTUDO DAS GERAÇÕES
•Aumento da população idosa.
•Aumento da função dos avós e de outros parentes.
•Presença da solidariedade entre as gerações.
“A manutenção da relação entre as gerações permite
a sobrevivência da ligação entre pais e filhos, mesmo
que o núcleo se desfaça, como no divórcio, e outros
sejam somados ao exercício da função parental,
como no recasamento “(Bengtson, 2001).
•Importância dos pais enquanto par parental e conjugal.
“Desde o momento da concepção, o sujeito está marcado pelo olhar dos pais, pelos ideais, e mitos familiares”
(Feres Carneiro, 2007).
•Herança geracional – responsável pelo desenvolvimento psíquico e estruturação da subjetividade (a partir de uma ideia de pertencimento).
“Na transmissão psíquica ressalta-se o mito do
progresso, a busca da continuidade da evolução do sujeito e do grupo mais amplo” (Feres-Carneiro, 2007).
•Duas modalidades geracionais: Intergeracionais e
Transgeracionais.
Transformações Sociohistóricas
•Contexto que antecede à Contemporaneidade: Família Tradicional (hierárquica e patriarcal). – Referências:
Aries – História Social da Criança; Gilberto Freire – Casa Grande e Senzala
•Modernidade: Flexibilização dos papéis (mulher ganha autonomia)
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•Ideologia Individualista: Igualdade entre os membros
(democratização das relações).
•Fenômenos Importantes para a transformação das famílias:
Retração – diminuição do número de membros.
Processo de crescente intimidade
PRESERVAÇÃO DA HIERARQUIA – CRIAÇÃO DE SUJEITOS LIVRES E AUTÔNOMOS
“A nuclearização e as diferentes formas de famílias não tem
como consequência necessária a diminuição da importância dos
vínculos relacionais e geracionais. A ligação entre as gerações
é um importante fator de fortalecimento da família em sua
função social e psicológica” (Feres- Carneiro, 2007).
• União Conjugal – Pacto social que cria para cada sujeito uma organização – Construção de si mesmo na relação.
• Aspectos estruturantes não individualistas: Relação construindo nossa identidade (Tensão entre o moderno e o não-moderno – Transição)
• Paradoxo na relação entre pais e filhos: Autonomia X Autoridade (NEGOCIAÇÃO DAS RELAÇÕES).
“As relações são cada vez mais valorizadas pelas
satisfações que cada sujeito do grupo familiar procura e
obtém (PÓS MODERNIDADE).
CONJUGALIDADE CONTEMPORÂNEA
•Transformação do casamento: Autonomia na escolha do parceiro;
exclusividade na relação amorosa, exaltação da intimidade, aumento da expectativa de complementaridade.
•Laço conjugal - individualismo e transformações da intimidade (Referência: Giddens – A Transformação da intimidade).
•Fragmentação do amor romântico – emancipação e autonomia feminina
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AMOR CONFLUENTE
“A conjugalidade contemporânea, embora forneça um
suporte para a construção da identidade de cada
parceiro, torna-se cada vez mais fluida. Perdendo a
característica de indissolubilidade. Desde que se
instaura o laço conjugal os sujeitos consideram
possível ou provável a sua dissolução, ainda que o
sentimento amoroso com suas exigências e
promessas de eternidade seja o cerne da união. A
mudança pessoal e relacional passa a ser uma
certeza para os que se aventuram em um projeto
conjugal” (Feres-Carneiro, 2007).
CONCLUSÃO DA AUTORA
•
Família – Fundamental no processo de vinculação psíquica e socio-cultural.
•
Família Contemporânea – Tradição (compromisso com a continuidade) e Modernidade (abertura para o novo)
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