• Nenhum resultado encontrado

curativos, é transportado por disfinctas ao hospital de sangue. paulistas

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "curativos, é transportado por disfinctas ao hospital de sangue. paulistas"

Copied!
6
0
0

Texto

(1)

Cruz Uermelha Brasileira.

pj^ywSSfcwsv- • "•-¦. '

" •r " ¦ " '

««!*

Distincfas senhoras e senhoritas paulislas soccorrendo, sob a direcção da dna. Maria Kenoffe, um soldado ferido, por occasião dos últimos exercícios reelisados no Jardim da Acclimação, Vê-se a um lado o general Barbedo, commandaníe da ó.a região militar.

O ferido, depois de receber os primeiros curativos, é transportado por disfinctas senhoritas paulistas ao hospital de sangue.

(2)

¦

-¦flpml

fjt-^S^M I

''jjjBPgS^Rr

„'"¦

'

i! fl v">^ Jill ^^iCSSi

*' I ¦v: ^mBIffimmHS P^~ '

V*8HHIMfrfm 1 **« % F !&&$ . '

m»1KI (O-Ç^aajda^

Festa Hippica.

Phofographia tirada para "À

Cigarra», no Jardim da Acclimação, por occasião da ultima festa ali realisada pela Sociedade Hippica Paulista, vendo-se: general Luiz Barbedo, ccmmandante da 6 a região militar, e seus ajudantes de ordens: coronel Baptista da Luz, commandante geral da Força Publica de S, Paulo-, dr. Javert Madureira, presidente da Soc:edade, e outras pessoas gradas.

©fiS "• • $* \ $¦¦ t "- k-.Kv^. '¦ •• , -\ ¦•¦ .' «s^bp- '

jf^

O sr. Guilherme Prafes sahindo de um lago, no seu bello cavallo por occasião da disputa de uma prova da festa hippica em que foi vencedor. (Esta phofographia foi tirada pelo repórter d' "A

Cigarra», ás 5 e meia da tarde, quasi sem luz, por um verdadeiro "tour

de force„.)

(3)

V' ^yn^ftj^a* '^BrX^fc

jptilP^fl|^^H

^HBS|wSp^- v

§5 i—

M £Dociid?§b>e lldê Hoje

Respeitável Senhora Coróca Velha.

SI

Schopenhauer resuscitasse, talvez visse em V. Ex. uma digna dis- cipula neste século de luzes que na historia ficará assignalado pelas não poucas surpresas da guerra.

V. E*. tem-se revelado demasiado pes- simista no modo por que encara a mo- cidade de nossos dias, esque-

cendo-se

de que bem dilficil e conceber uma regra sem excepção. Neste caso, mais que em outro qualquer, as excepções são muitas, si não 'orem todas a destruírem a regra; porque V. Ex. bem sobe, cada indivíduo sente da roaneira

que lhe é própria, de sorte

que, nas mais das ve- zes, as intenções que temos em vista tornam-se um segre- do d alma, e somente em sua grandeza encontram horizon- fes que não traça a mesqui- nhez do pessimismo. O pes- simismo, como bem disse Eça de Queiroz, "é

uma thcoria bem consoladora para os que soffrem,

porque desinviduali- sa o soffrimento„; mas, não pôde ser dicíado como lei da vida de nossos verdes annos, porque, nessa idade, o enthu- siasmo com que recebemos dos mestres as luzes que nos devem alumiar de futuro, não

°os permrtte conceber a desil- lusão em seu sentido exacto;

antes, a encaramos como sen- timento

d'aquelles que, esque- cendo de traçar, no amanhã que esperamos viver, a rota de um caminho que conduza a realisação do ideal, choram a própria fraqueza.

V. Ex. é de opinião que Ps nossos moços não têm 'deal, são interesseiros, só vizam dotes, etc. Entretanto, nada mais falso. Em verdade, ha entre nós muitos desoccu- P^dos, que, não podendo pre- encher tempo com entreteni- roentos

productivos, ou melhor, em lançar as bases de um

«uturo

proximo, veem no flirf permanente um meio de oc- cupar o vasio de suas inlen-

ções. Não é menos certo que, ^ como em todos os tempos, o

casamento é por muitos encarado como

"m negocio. Esses "muitos», porém, não se confundem com o "todo*.

Se a senhora Coróca Velha, que tão rabujenta se mostra em suas cartas, se desse ao trabalho de tomar nota do nome dos manequins que se expõem nas portas dos templos e dos cinemas, tal- vez entre cem possidores não encontras- se um só digno pelo seu valor intelle- cfual da attenção que lhes nota. Quem

- CARTA

ABERTA. 1

?

no presente, não encontra todo o tempo de que carece, para lançar as bases de um futuro cheio de esperanças, como poderá desperdiçal-o em enganar-se com o amor platonico, ou nas visitas aos notarios ?

Pois, não é menos verdade que,

nossos dias, talvez não deixasse de con- cluir a injustiça de suas expressões.

Hoje, mais que nunco, precisa o rapaz de instrucção e bons costumes, dotes que V. Ex. pretende não ver. Muito distante vae o tempo em que o mestre- escola contava em bagos de milho o resultado do calculo de seus alumnos, e em que o simples empregado commer- ciai contava nos dedos o producto do seu negocio. Em tal época, os casamen- tos eram menos preciosos que tm nos- sos dias, embora mais felizes, pois se preenchiam em demonstrações cavalheirescas. O atraso de nossa pafria amada, vedava- nos o iniaciamenfo nas scien- cias, fontes perennes em que bebemos a mais pura das felicidades, a mais fecun- da de todas as venturas.

Bastante limitado era o cam- po para o cultivo de outra paixão que não o amor con- jugal. O amor ã sciencia, o amor á arte, eram sentimen- tos que em poucos corações se albergavam, em virtude das condições do meio. Tudo isso passou como a ima- gens desses sonhos que nos despertam aos primeiros olha- res da madrugada. À madru- gada foi esse passado que V. Ex. tanto decanta.

Beija-lhe as veneraveis mãos o humilde leitor

Celio Aurelieino.

BELLAS ARTES.

Um bello quadro do pintor brasileiro Oscar Pereira da Silva

ao lado dos adoradores de dotes mone- tarios, existem as arapucas sociaes mu- nidas de iscas que são as apparencias.

Por si sós, estas armadilhas são bas- tanfes para contrabalançar o peso dos reles interesseiros ; d aquelles que, inca- pazes de um esforço, traficam com seus mais Íntimos affectos.

Respeitável senhora Coróca Velha, si V. Ex. se desse ao trabalho de estu- dar a vida da mocidade masculina de

SARAU MUSICAL.

OS

distinctos professores Luigi Chiaffarelli eAgos- tinho Cantú realisaram, no salão do Conservatório, o seu terceiro sarau musical da sé- rie do corrente anno. Coube á excma. senhorita Maria The- resa Vicente de Azevedo a incumbência da parte pianisti- ca do programma, executando com bôa technica, adquirida sob os salutares ensinamentos da reputada escola Chiaffarel- li, um Prelúdio e fuga. de Bach ¦, a Sonata Appassiona- Ia, de beethoven ; Canlo Po- l/ico. Terceira Bailada, Ber- ceuse e 7 o Estudo, com arran- jo de Godowski, de Chopin, Caminho de Ferro, de Alkan;

Rhapsodia Brasileira, de Luiz Levy, etc. A excma. senhorita Maria The- reza Vicente de Azevedo revelou notáveis progressos technicos e um bello talento, conquistando calorosos applausos.

A excma. sra. d. Liddy Chiaffarelli Cantú, cuja magnifica escola de canto todos admiram, interpretou com finissima arte, as composições do maestro Cantú : Canlo de Primavera e Quando ella fala, esta ultima com versos de Machado de Assis, sendo também muito applaudida.

(4)

lli

? ?

?

U

(Th. Gautier )

KADIDJA

Negra, como a alma de herege, À noite é um seguro abrigo ; A escuridão nos protege,

Foge commigo l

AHMED

E não receias, criança.

De teus irmãos a ira bruta, E o desespero, a vingança

De teu pae, que a idade enlucta?

KADIDJA

Ah! que me importam desprezo,

Maldição, dores, castigo ! Ao teu meu fado está preso,

Foge commigo !

AHMED

O peito se me constrange ; Tremo, e no seio golpeado, De teus irmãos sinto o alfange, Mais do que a neve,

gelado !

KADIDJA.

Meu alazão, num momento,

Livrar-nos-á do perigo:

Corre mais que o proprio vento!

Foge commigo ! AHMED

Mas, ai! o ignoto me assombra;

Sem nada que nos defenda, Pelos desertos sem sembra, Sem o abrigo de uma tenda. . .

KADIDJA

Eu serei toda desvelos : Dormirás, de amor mendigo, A' sombra de meus cabellos.

Foge commigo!

AHMED

Toda illusão finda em magua...

Olhos loucos ! vêde, vêde Que por desertos sem agua Succumbiremos á sede !

KADIDJA

De ventura tanto, ai ! tanto Chorarei, meu doce amigo, Que beberás o meu pranto.

Foge commigo !

Ofacilio Gomesr

? ThEatrn nacional

Ultima scena do Amor que maía» de Oscar Guanaborino, tendo como protagonista a infelligenfe acíriz Ifnüa r-auslfl e representada com successo no Tlieatro Bôa Visfa pela Companhia Dramafica de S. Paulo.

(5)

III

ArslTON IELXTA VEIGA.-,

'I

u

noite de summo encanto que passou o publico.

MA foi

ouvindo ao piano a brilhante .. pianisfa patrícia d. Ànlonielta e'ga. Da penúltima vez em que nós a ouvíramos, ha cerca de dois annos, já

•>s seus progressos de technica lhe con- eriam um certo ar de personalidade.

Mas de então para cá essa personali- j

ode accentuouse. fixou-se. assumiu uma eição difinitiva. O seu concerto de ha poucos dias. no salão do Conservatório, Perante uma fina e escolhida assistência, oi um verdadeiro triumpho, foi por flssim dizer uma consagração ó virtuose paulista, que com a sua arte, os seus jecursos de interpretação e a sua pro-

unda sensibilidade se affirmou

<ima executante em condições de Poder apresentar-se em qualquer os mais cultos centros da Eu- lopa e da America.

Oprogramma do seu ultimo c.oncerto

ero de ordem a evi- enciar o seu temperamento

•stico.

Bach B usoni, Schuma-n.

JSzt' Chopin, Debussy, Os- wj|d e outros tiveram em An- 'onielta

Veiga uma interpreta- Çao hors ligne. A sua technica

~'ume um caracter brilhante seu pulso é firme, vigorosa a sua força nas passagens ra- as e brilhantes. Graças ao seu temperamento vivo e fogo- 08 peças de bravura desdo- niti-

im- pen- jram-se num crescendo d 1 até assumirem uma expres-

j?a.° 'mpefuosa, requintada e per- çita nos menores detalhes.

O auditorio, logo na inter- nretação da Chaconne de Bach-

usoni ficou fundamente pressionado. Às imagens e comentos,

succediam-se- num grande explendor de brilho, ,)r. uzindo em cada um dos assistentes

emoções surprehen- '

fn^fs* v'ndas de uma esphera 1 eal. A acção, o pensamento, is formas dos rythmos e dos

emas musicaes, tudo a pianisfa Z!u num estylo nobre, com uma C,encia artística digna de registro.

Aquella Chaconne enci° ligara tanto o ouv>do, sahiu do

£enuino sabor clássico.

tradu- cons-

esfylisada.

Schumann,

o publico coroou com as mais vibrantes e calorosas palmas. Executadas com tamanha arte, as dissonâncias do mo- derno auctor francez formaram uma de- liciosa successão de finíssimos filigra- nas musicaes.

Mas a peça de maior successo, a que mais arrebatou o auditorio e con- feriu a Àntonietta Veiga uma autoridade de pianista insigne, de verdadeira vir- fuose, de uma execução mascula, foi a Dâns* macabra, de Saint-Saens-Liszt.

Que execução e que primores de virtuosidade I Parecia incrível que uma moça pudesse realisar um tão forte tra- balho de interpretação e de execução ne*sa peça tão inçada de dificuldades

ANTONIETTA VFJGÀ.

a que a assis- o coração como o piano, com o seu admiravelmente Depois, no Carnaval de d. Àntonietta Veiga revelou üma notável comprehcnsão de todos os cpisodios em que se divide a obra do

•nestre romântico, pois deu a cada trecho

°

rSeu caracler

peculiar, aqui alegre e estusiante de vérve, ali mais suave e

e'icadamente

expressiva.

Um dos números que maior en- canto

produziram na sala foi, sem du- v,da. Jnrrhn sous In pluic do impões-

^•onista Debussy. Execução magnitica,

•uimo de graça e de onamatopéa, que

— e cuja estructura demanda, para bri- lhar através do piano, um vigor mascu- Io, um pulso firme, ousado, senhor de todo o teclado I No entanto, a notável pianista deu-nos uma Dansa macabra, sob todas as formas de idealisação, harmônica perfeita, revestida de um bri- lho raramente altingido.

No final do concerto, lodo o au- dilorio. arrebatado, fez a d. Àntonietta Veiga uma verdadeira ovação Houve pedidos para bis e ella tocou, fóra do programma, La Chasse, de MendeUsohn.

Homenagem aliás merecida, porque, com effeito. a pianista patrícia acabava de documentar pela execução e interpre- tração desse e de outros grandes mes- ires, todo o seu accentuado tempera- inento artístico. Ioda a posse da dyna- mica dos sons.

Discípula da conceituada professo- ra d. Alice Serva, que lhe ensinou desde as primeiras notas de musica e com a qual ainda hoje se aperfeiçoa, os estudos de d Ànlonielta Veiga fo- ram-se desdobrando aos impulsos de um excellente methodo e desde logo se notou que a nossa illustre patricia sabia, como poucas, accumular recursos com que mais tarde pudesse enfrentar a so- lução dos grandes problemas musicaes.

Aquelle numeroso e selecto publico do Conservatório não poude occullar a magnífica impressão que lhe causara a arlisfa que, sem relumbancias de noti- ciario, tão magestosas e deliciosas sur- prezas lhe havia preparado. E não houve um só ouvinte que não sahisse do concerto convencido desta grande verdade: que a arte só st revela ás personalidades, ás naturezas cujos sen- timentos estão ao serviço de uma viva e conscienciosa in- terpretnção.

D. Àntonietta Veiga, pela educação do seu espirito, pe'o refinamento do seu caracter ar- tistico, pelo colorido com que interpreta os mestres clássicos e românticos, pela impeccabili- dade da sua technica, pelo brilho e pelas nuanças de sua execução, pelos seus valores, por tudo emfim que resume uma exqressão de arte, está desti- nada a ser uma das "ossas maiores virluoses.

Nada lhe falta para isso.

Ou. se alguma coisa lhe falta, é tão somente esse amadure- cimento do espirito, que, á ma- neira que o artista caminha, vae intensificando a sua perso- nalidade. tornando-a um limpi- do espelho da Natureza.

A Cigarra congralula-se com os triumphos alcançados pela illustre pianista, repartindo a sua admiração e o seu en- thusiasmo com d. Alice Serva, que (em no successo alcançado por sua discípula um grande e merecido quinhão.

CLUB

"A

CIGARRA,,

r~ STF.VE brilhantíssima e correu com

—" a mais viva animação a ultima reunião elegenle do Club "A

Cigarra,,, realisada no salão do Trianon.

As danças começaram á tarde e prolongaram-se até além de meia noite, ao som de excellen<e orcheslra, notan- do-se a presença de distinctas famílias e cavalheiros da nossa sociedade.

O Club "A

Cigarra,, caminha em franca prosperidade, despertando um en- thusiasmo cada vez maior entre a mo- cidade paulista. Para o proximo mez de Junho a sua digna directoria está orga- nisando um grande baile, commemorativo de mais um anniversario.

(6)

(a-ÇfôexjQóa^

[

?

"

?

SONETO INÉDITO PARA "A CIGARRA,,

A VIDA

-v-

( Acabando de lêr o Moysés, de Menotti dei Picchia. )

0-

?

E

n

IS a vida: seguir umas quimeras vagas,

lançando a mão em sangue aos cardos e aos espinhos

rolar no pó; gemer; deixar pelos caminhos

mil farrapos de carne e o sangue de mil chagas;

sorver o horrendo fel que anda em todos os vinhos,

o veneno que jaz em todas as teríagas;

persistir, todavia, entre as chufas e as pragas dos que vão, a ulular, por trilhos convizinhos;

chegar, emfím, exausto, ao fastigio da idade,

ver desfeito o jardim de encanto que sonhamos,

cair desfalecído, e — supremo revés —

olhando para trás, ver que a felicidade

ficou além, no vale, onde, espectros, passamos,

ficou além, na flor que calcamos aos pés !

?[

?

S. Paulo, Maio de 1917.

AMADEU AMARAL.

n

?

? ?

ID

0

Referências

Documentos relacionados

O emprego de um estimador robusto em variável que apresente valores discrepantes produz resultados adequados à avaliação e medição da variabilidade espacial de atributos de uma

8.2.1. Será informada quando da divulgação da nota da Prova Escrita Objetiva.. As provas escritas objetivas serão individuais, não sendo tolerada a comunicação com

Foram selecionadas cinco salas de aula, localizadas dentro do Campus III – Setor de Tecnologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR). As salas de aula foram caracterizadas

Para obter informações sobre como alterar o tipo de papel no menu da impressora, consulte “Colocar papel” na página 19.. Use papel comum, como cartões de índice, apenas

b) Caneta esferográfica de tinta azul ou preta (recomendado levar mais de uma). Os documentos apresentados deverão estar em perfeitas condições, de forma, a permitir a

suas atividades de extração mineral. Que posto em votação, foi aprovado por unanimidade. 59 da Lei nº 5.194/66; considerando que a empresa autuada apresentou defesa para

tiva neurossensorial descendente, o Limiar de Recepção de Fala possui correlação mais forte com a média das frequências 500 Hz, 1000 Hz e 2000 Hz, enquanto o Índice de

É ainda limitada a quantidade de aquisição e de detenção, sendo essa a quantidade adequada e suficiente para uma utilização pessoal e diária. Propõe-se, nesse