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A educação, direito de todos e dever do Estado

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1. Educação sem sociedade ... 05

2. Concurso Público ... 06

3. Titularidade ... 07

4. Calotes do Piso ... 08

5. Administrativos ... 09

6. OSs em outros países ... 11

7. As Charters e a leitura ... 12

8. As Charters e a matemática ... 13

9. Discriminação e preconceito nas Charters ... 16

10. Pisa ... 17

11. Irregularidades ... 18

12. OSs escolhidas ... 19

13. Piso? Que Piso? ... 21

14. Direção da escola e Responsabilidade pedagógica ... 22

15. OS Saúde ... 23

• Hugo ... 24

• HGG ... 25

• Hospital Materno Infantil ... 26

16. Desafio ... 27

17. Perseguição ... 28

Índice

(3)

5 4

A educação, direito de todos e dever do Estado

Desde 2011, o Governo do Estado vem implementando políticas educacionais dissociadas do que pensa, quer e espera a sociedade goiana. Primeiro foi o tal Pacto pela Educação, que não acatou nenhuma das contribuições discutidas e aprovadas nas audiências públicas realizadas nas mais diversas regiões do Estado. Agora, a proposta de se contratar Organizações Sociais para gerir as escolas, com a responsabilidade de contratar professores e servidores administrativos, receber recursos do Ministério da Educação para comprar os produtos da merenda escolar, providenciar reformas e influenciar na metodologia de ensino de cada professor. Sem diálogo, sem discussão, sem debate.

Com a desculpa de querer uma escola pública com a mesma qualidade das escolas particulares para as crianças pobres de Goiás (argumento que não acreditamos), o que o Governo do Estado faz, na realidade, é perseguir os trabalhadores, calar a sua voz e implantar um regime autoritário e

ditatorial na Educação, começando pelo descumprimento da Constituição Federal na contratação de professores e servidores administrativos,

passando pela retirada de direitos, pelo total desprezo à Lei do Piso, até chegar no objetivo final, a destruição da carreira do magistério público e o fim da estabilidade.

Isso não é para melhorar o ensino, não, mas para firmar uma política

neoliberal, que desobriga o Estado de uma de suas obrigações mais elementares e primárias: oferecer Educação de qualidade social para todos.

1. Educação sem sociedade

(4)

7 6

2. Concurso Público 3. TitularidadeO ataque aos direitos dos

trabalhadores da Educação começou no final de 2011, com o Projeto de Lei que rasgou o Plano de Carreira dos professores, arduamente conquistado em anos de luta.

Numa manobra maldosa, o Governo do Estado acabou com a titularidade de 30% dos professores, a grande maioria da rede, para dizer que paga o Piso, gerando um acúmulo de perdas que, no final deste ano de 2016, chegará a R$

39.174,19 para professor PIII, com carga horária de 40h, e a R$ 44.168,97, para o professor PIV, com carga horária de 40h.

PIII – 40h PIV – 40h

A Seduce tem hoje um déficit de mais de 16 mil trabalhadores, porque há sete anos o Governo do Estado não realiza concurso público para professores e há 16, para administrativos.

A Constituição Federal diz que “a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração” (Art.

37, II). Entretanto, o que acontece em Goiás desde 2010 é a sistemática conduta do Governo do Estado em burlar o preceito constitucional e suprir as milhares de vagas nas escolas goianas com contratos temporários, pagos com salários aviltantes.

R$ 58.391,41 R$ 51.788,31

2012: R$ 8.570,12 2013: R$ 9.253,41 2014: R$ 10.023,31 2015: R$ 11.327,35 2016: R$ 12.614,12

2012: R$ 9.662,83 2013: R$ 10.433,24 2014: R$ 11.301,30 2015: R$ 12.771,60 2016: R$ 14.222,44 Mais de 15 mil contratos tem-

porários, que são assinados no início do ano e rompidos em dezembro. Salário aviltante.

Faltam Administrativos:

Temporários

16 anos sem concurso Déficit: Mais de 6 mil

trabalhadores 7 anos sem concurso

Déficit: Mais de 9 mil professores

Faltam Professores:

Acumulado

Perdas

(5)

9 8

A educação, direito de todos e dever do Estado

Não satisfeito em incorporar a titularidade de 30%, a partir de 2013, o Governo de Goiás resolveu ignorar a Lei 11.738/08 e dividir a categoria, pagando o Piso salarial para PIII e PIV, somente, a partir de maio. Desde então, são 16 meses de calote, causando prejuízos de R$

4.156,88 para os professores PIII, com 40h, e de R$ 4.676,52, aos PIV, com 40h.

4. Calotes do Piso 5. Administrativos

Os funcionários das escolas, que fazem 30h, recebem R$ 580,91 de remuneração e a diferença para completar o salário mínimo, ou seja, R$ 284,59, é paga a título de gratificação. No final de 2013, para completar o mínimo, o Governo incorporou o quinquênio à remuneração. Resultado: além de não receber o que lhe é devido, os administrativos perdem outro direito, este previsto na Constitui- ção Estadual, que é o quinquênio.

Calote na Data-Base

Em 2013 o Governo de Goiás parcelou o pagamento da Data-base dos administrativos em três anos e os 6,20% que deveriam ter sido pagos integralmente em maio daquele ano só Legenda

PIII – 40h PIV – 40h

O governo de Goiás trata com profundo desrespeito os servidores administrativos da educação pública. São inúmeros os casos:

Desrespeito à Constituição Federal

A Carta Magna estabelece que o salário mí- nimo é um direito do trabalhador brasileiro rural, urbano e de outros que visem à melhoria de sua condição social (Artigo 7, IV). Acontece que o Go- verno de Goiás não paga sequer o salário mínimo para os administrativos.

R$ 4.676,52

R$ 4.156,68

R$ 1.488,04 R$ 1.319,76

R$ 1.508,00

R$ 1.337,48

R$ 890,32 R$ 798,64

R$ 790,16 R$ 700,80

2013 2014 2015 2016 ACUMULADO

(6)

11 10

6. OS em outros países

Dois modelos que serviram de inspiração para o Governo de Goiás criar as OSs e transferir a gestão das escolas para a iniciativa privada não atenderam às expectativas e os desejos de melhoria do ensino público. Nos Estados Unidos, estudo feito pelo Center for Research on Education Outcomes (Credo) desmistificou a ideia de que escola particular é melhor do que a pública. Espécie de Ideb dos EUA, o Credo analisou o ensino das escolas Charters em 15 Estados americanos. De um total de 2.403 escolas pesquisadas, concluiu que em 37% das Charters o ensino foi pior que nas escolas públicas.

Em apenas 17% das escolas Charters o ensino foi melhor que nas escolas públicas e em 46% delas o ensino foi igual ao das escolas públicas.

terminou de ser pagos no ano passado. Em 2014, ano eleitoral, o reajuste foi parcelado em duas vezes (maio e setembro). Em 2015, o Governo de Goiás deu calote nos administrativos e não pagou o reajuste de 7,36% da Data-base.

Atraso no vale-transporte

Criado para auxiliar os trabalhadores no deslocamento para o trabalho, o vale-transporte virou um pesadelo para o funcionalismo estadual e os administrativos da Educação, que nem recebem o salário mínimo têm de pagar para trabalhar. Desde 2014, os atrasos de dois meses no

repasse deste benefício são constantes. Até fevereiro deste ano, os funcionários das escolas não recebiam o vale desde dezembro.

Governo não investe na formação

O Governo de Goiás não investe sequer na formação dos servidores administrativos. Nunca, na história deste governo, a Seduce firmou convênio com o MEC para ofertar os Profuncionário, destinado à qualificação dos servidores

administrativos das escolas. Com isto, impede o crescimento na carreira daqueles que estão na base da Educação.

IGUAL46%

MELHOR17%

37%

PIOR

Desempenho das Escolas Charters compara- das com as Escolas Públicas, em 15 Estados

Americanos (2403 CHARTERS)

FONTE: CREDO 2009

Center for Research on Education Outcomes

= ou 83%

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13 12

A educação, direito de todos e dever do Estado

7. As Charters e a leitura

A pesquisa do CREDO/2013 comparou o desempenho dos estudantes das escolas públicas com os das escolas Charters. O resultado também mostra que não há vantagem em transferir dinheiro público para iniciativa privada cuidar da Educação. Segundo o levantamento, em cada quatro escolas, apenas uma Charter é melhor do que as escolas de gestão pública, ou seja: em 25%, as Charters são melhores; em 19% são piores; e em 56% elas são iguais às públicas.

Com relação à

Matemática, a pesquisa não foi diferente. Em cada quatro escolas, apenas uma Charter é melhor em Matemática do que a escola de gestão pública, isto é, em 29% as Charters são melhores; em 31% são piores; e em 40% são iguais às públicas.

8. As Charters e a Matemática

Escolas Charters comparadas com as escolas públicas - Matemática Escolas Charters comparadas com

as escolas públicas - Leitura

ESCOLAS CHARTERS: desempenho em matemática ESCOLAS CHARTERS: desempenho em leitura

FONTE: CREDO 2013

Center for Public Education, 2015 FONTE: CREDO 2013

Center for Public Education, 2015

40%

IGUAL

MELHOR29%

31%

PIOR PIOR19%

IGUAL56%

MELHOR25%

(8)

15 14

Estudos feitos pelo Time Out From Testing, coalizão de pais, educadores, escolas, comunidades e organizações de direitos civis, da cidade de Nova York indicam que:

As escolas Charters na cidade de Nova York, em comparação com a média das escolas públicas da cidade, matriculam:

• menor número de alunos pobres.

• menos imigrantes (alunos

Discriminação e preconceito nas Charters

Estudos do Center for Research on Education Outcomes, realizados entre 2008 e 2013, nas escolas Charters do estado de Ohio constatou que a aprendizagem durante um ano nas escolas Charters é menor, os alunos perdem o equivalente a 14 dias em leitura e 43 dias em matemática.

de origem estrangeira).

• menor número de alunos com necessidades educativas especiais.

• são mais racialmente segregadas do que as escolas públicas da vizinhança.

• podem optar por enviar os alunos de volta às escolas de seu bairro, se eles ou suas famílias não cumprem os standards (normas) de desempenho ou de comportamento das escolas.

• matriculam os alunos mais favorecidos de um bairro, aumentando o trabalho das escolas públicas do entorno que têm que educar os alunos mais carentes da região.

• têm altas taxas de rotatividade dos professores.

Fonte: http://timeoutfromtesting.org/

Estados Unidos da América

Estados Unidos da América

Fonte: CREDO 2014 (Ohio) Center for Research on Education Outcomes

9 .

(9)

17 16

A educação, direito de todos e dever do Estado

10. Pisa

O Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), mais importante programa de avaliação de sistema educacional do mundo é aplicado em estudantes na faixa de 15 anos, idade de término da escolaridade básica obrigatória. Criado em 2000 e realizado a cada três anos, em duas avaliações realizadas na década passada, 2002 e 2009, os resultados foram desanimadores. Austrália, Estados Unidos e Suécia, que adotaram Organizações Sociais nas escolas pública, caíram no ranking.

Chile

Trinta anos após a privatização do sistema de ensino, por meio de escolas Charters e vouchers – subvenção que o governo repassava às escolas particulares para atender alunos da rede pública – o Chile começou, em 2014, a fazer o caminho inverso. Com a Reforma Educacional proposta pelo governo, as escolas particulares subvencionadas não podem mais ter lucro, cobrar mensalidades

e selecionar alunos.

Os pesquisadores Alfredo Gaete, da Pontificia Universidad Catolica de Chile, e Stephanie Jones, da University of Georgia, apontam alguns fatos que mostram o desastre que foi a privatização do ensino chileno, entre eles:

1º. Não há evidências claras de que os alunos melhoraram significativamente seu desempenho em testes padronizados.

2º. O Chile é hoje uma sociedade muito mais desigual do que era antes da privatização da educação - e há uma clara correlação entre renda familiar e aproveitamento dos alunos de acordo com testes padronizados e medidas semelhantes.

3º. Estudos têm mostrado que as escolas que atendem os alunos mais carentes têm maiores dificuldades não só para responder de forma competitiva, mas também para inovar e melhorar a atratividade da escola de maneira a obter alunos e, portanto, o financiamento.

4º. Um sentimento geral de frustração e insatisfação surgiu não só entre as comunidades escolares, mas, na verdade, na grande maioria da população. A “Revolução dos Pinguins”

– uma revolta de estudantes secundários impulsionada por reclamações sobre a qualidade e equidade da educação chilena – levou ao mais maciço movimento de protesto social no país durante os últimos 20 anos.

Fonte: Alfredo Gaete and Stephanie Jones http://getschooled.blog.myajc.com/2015/03/24/

opinion-national-experiment-in-school-choice-market-solutions-produces-inequity/

Suécia, Austrália e USA

entre 2000 e 2012 tiveram queda do PISA

529 512

524 504

527 521 516

483 478 485

510 512

504

498 493

481

499 497

AUSTRÁLIA

Lei AUSTRÁLIA

Mat AUSTRÁLIA

Cie SUÉCIA

Lei USA

SUÉCIA Lei

Mat USA

SUÉCIA Mat

Cie USA

Cie 2000 2012

(10)

19 18

11. Irregularidades

Desde 2015, o Sintego vem denunciando a

privatização das escolas ao Ministério Público Estadual e ao Tribunal de Contas do Estado de Goiás. O resultado foi uma representação encaminhada à Seduce, assinada pelo MPGO, Ministério Público de Contas, junto ao TCE (MPC), e também, pelo Ministério Público Federal, em que promotores e procurador elencam irregularidades e inconstitucionalidades e pedem a suspensão do Edital de Chamamento das OSs.

Não atendidos pela Seduce, o MPGO e o MPC ajuizaram ação civil pública em que pedem à Justiça, em caráter liminar, que suspenda o Edital e aplique multa de R$ 10 mil à Secretária Raquel Teixeira e ao procurador- geral do Estado, Alexandre Tocantins, em caso de descumprimento.

A Ordem dos Advogados do Brasil, Seção de Goiás, também se posicionou pela suspensão do Edital, com a observação de que o Estado de Goiás deve ampliar a discussão com todos os setores envolvidos, Sintego, auxiliares da administração escolar, estudantes, associações de pais e outros.

Entre as irregularidades e inconstitucionalidades observadas nas ações do MPGO/MPC e da OAB-GO, se destaca a tentativa de escamotear o concurso público e adotar práticas da iniciativa privada para a contratação de professores e administrativos para as escolas privatizadas. Este tem sido o grande mote adotado pela Seduce, como garantia de direitos aos trabalhadores, desconsiderando por absoluto o que diz a Constituição Federal: “a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração” (Art. 37, II).

12. OSs escolhidas

A Lei 15.503/05, que dispõe sobre a qualificação de entidades como organizações sociais estaduais e disciplina o procedimento de chamamento e seleção públicos estabelece entre outros critérios para a seleção e julgamento das propostas a capacidade técnica e operacional da entidade e a experiência anterior na atividade objeto do contrato de gestão (Art. 6º-E, II e VI). Onze entidades atenderam o chamamento e as cinco OSs selecionadas pela Seduce para assumir as 23 escolas da Região Anápolis, além de não terem experiência anterior em Educação Básica, foram criadas no improviso para atender o projeto do Governo do Estado. É o que mostra a revista Nova Escola, que traçou um Raio X das OSs qualificadas, que participaram do Aviso de Chamamento.

Estarrecedor!

Associação Educacional Olimpo Data de fundação: Junho de 2015

Atuação (conforme o registro no CNPJ): Atividades de defesa dos direitos sociais, ensino e gestão de esportes.

Experiência em Educação: Não informada.

Instituto Brasil Central de Educação e Saúde (IBCES) Data de fundação: Dezembro de 2015

Atuação (conforme o registro no CNPJ): Atividades de ensino e saúde.

Experiência em Educação: Não informada.

NÃO

(11)

21 20

A educação, direito de todos e dever do Estado O Governo de Goiás mente para os

professores temporários da Educação quando diz que com as Organizações Sociais eles receberão o Piso do magistério. E por que mente? Porque o governo não paga para os efetivos, certamente as OSs não vão pagar para os particulares, que não são protegidos pela lei. Sem contar que os recursos do FUNDEB são especificamente para pagar professores efetivos do Estado.

E a intenção realmente não é esta, pois o Aviso de Chamamento dá possibilidade para que o salário seja definido por acordo coletivo.

Na página 90, o item 9.11. da Cláusula Nona – dos Recursos Humanos, diz “poderá o PARCEIRO

PRIVADO utilizar como critério para remuneração dos empregados o piso salarial da categoria, bem como a celebração de acordos coletivos de trabalho vinculados ao cumprimento das metas estipuladas, à redução interna dos custos ou ao aumento da produtividade, sempre compatíveis com os praticados no mercado de trabalho”.

As OSs, portanto, representam um atraso, também, para os temporários, que perderão a chance de ter uma carreira, por meio do concurso público, e não terão a proteção do Estatuto do Magistério e nem da Lei do Piso, que garantem o Piso salarial e a aposentadoria especial, por exemplo. Portanto, com as OSs, os temporários continuarão perdendo a chance de uma carreira e sujeitos a salários aviltantes. Se quer pagar bem os temporários, basta alterar alterar a Lei Nº 17.508, de 22 de dezembro de 2011 e melhorar o salário.

13. Piso? Que Piso?

Salarial Piso

Fundação Antares de Ensino Superior, Pós Graduação, Pesquisa e Extensão (Faespe) Data de fundação: Junho de 2006

Atuação (conforme o registro no CNPJ): Educação superior e extensão e outras atividades de ensino não especificadas.

Experiência em Educação: A presidenta da OS, Marlene Falcão da Silva Miclos, diz que a insti- tuição atua em Educação desde 2006. Cita parceria com a UEG em cursos de pós-graduação, trabalho de formação de professores e cursos de extensão.

Instituto Consolidar

Data de fundação: Agosto de 2015

Atuação (conforme o registro no CNPJ): Atividades na área da saúde e assistência social.

Experiência em Educação: Melissa Nascimento de Barros, presidenta da Instituição, admite a falta de experiência da entidade recém-criada, mas destaca a expertise de seus colaboradores.

Inove

Data de fundação: setembro de 2015

Atuação (conforme o registro no CNPJ): De administração de fundos à atividade de zoológico.

Predominam menções de atividades na área da saúde.

Experiência em Educação: Não informada.

Fonte: Nova Escola

(12)

23 22

O maior argumento do Governo do Estado para privatizar a Educação são os resultados da privatização da Saúde. Mas os fatos mostram uma realidade completamente diferente. Desde o início dos contratos, em 2012, houve aumento estrondoso no repasse de verba, mas o mesmo resultado não é registrado nos atendimentos, que ficaram praticamente iguais ou piores do que na gestão pública. Sem contar as constantes denúncias de atraso no pagamento dos salários dos trabalhadores contratados pelas OSs, falta de medicamento, de material hospitalar, como luvas e seringas, mão de obra e até de roupa para os pacientes.

Segundo reportagem publicada no jornal O Popular, no dia 12 de fevereiro de 2016,

15. OS Saúde

o Governo do Estado deve R$ 103 milhões, referentes ao ano de 2015, às nove Organizações Sociais, que gerenciam 11 unidades de saúde estaduais. De acordo com a matéria, com o atraso no repasse, os fornecedores de medicamentos estão bloqueando o fornecimento, prejudicando pacientes que procuram atendimento.

A mesma edição do jornal informa que o caos na administração da saúde é tão grande e preocupante, que o próprio Governo contratou, sem licitação, a empresa paulista W Taborda Consultoria Executiva de Saúde para analisar os contratos com as OSs.

A Seduce insiste que a gestão escolar está garantida e os diretores eleitos terão autonomia para implementar o conteúdo pedagógico, que seguirá sob a responsabilidade da Seduce, mas não esclarece que as OSs terão vez e voz na construção do Projeto Político Pedagógico de cada escola.

Como uma das condições primordiais é alcance de resultados, ou seja, melhorar a classificação da escola nas notas do Ideb, fica a pergunta: que autonomia terão o diretor e os professores para a aplicação pedagógica tendo sempre sob seus ombros o objetivo de atingir metas propostas por quem nunca acompanhou as demandas da comunidade escolar?

Segundo a secretária de Educação, em reportagem publicada no jornal O Popular, do dia 16 de fevereiro, “o diretor é minha figura na escola”. Traduzindo: o diretor será quem vai fiscalizar a OS dentro da escola e repassar para a Seduce, funções que não estão na Lei Complementar nº 26, de 28 de dezembro de 1998, alterada pela Lei Complementar nº 85/2011. Você está disposto a fazer esse papel?

Direção da escola e Responsabilidade pedagógica

14 .

(13)

25 24

A educação, direito de todos e dever do Estado

HGGO contrato inicial, em 2012, teve valor de R$ 66 milhões, em 2014, com os aditivos, subiu para R$ 122 milhões, aumento de 91%. No gráfico abaixo, o resultado da privatização.

Antes da OS Depois da OS

Recursos

UTI

Cirurgias

Internações

Atendimento Ambulatorial

R$ 66

milhões R$ 126

milhões 395 463 2.526 2.500 4.856 4.508 175.852 165.095

Hugo

No início da privatização, a OS responsável recebeu R$ 94 milhões para gerir o maior hospital público do Estado. No final de 2014, com os aditivos, o valor subiu para R$ 163 milhões, ou seja, 73% de aumento, mas os números mostram resultados bem diferentes do que propaga o Governo do Estado. Confira no gráfico como era antes e depois da privatização

Antes da OS Depois da OS

Recursos

UTI

Cirurgias Internações

Atendimento Ambulatorial

R$ 94

milhões R$ 163

milhões 1.248 1.215 8.622 9.468 10.434 11.990 325.641 311.870

Fonte: Dieese, Data SUS, Portal da Transparência Fonte: Dieese, Data SUS, Portal da Transparência

(14)

27 26

De acordo com o Aviso de Chamamento, com o valor de R$ 350,00 por aluno, que o Governo do Estado pretende repassar para a OS administrar 23 escolas da Região de Anápolis, a empresa vai receber do Governo de Goiás:

R$ 5.605.600,00, por mês (cinco milhões, seiscentos e cinco mil e seiscentos reais) R$ 67.267.200,00, por ano (sessenta e sete milhões, duzentos e sessenta e sete mil e duzentos reais)

R$ 201.801.600,00, para os três anos de vigência do contrato (duzentos e um milhões, oitocentos

e um mil e seiscentos reais)

Governador Marconi Perillo, repasse essa verba para as escolas e dê mais autonomia para os diretores eleitos pela comunidade e faremos a Educação goiana exemplo para o Brasil!

É o desafio que fazemos!

16. Desafio

Em 2012, no início da privatização, a OS escolhida para administrar o hospital recebeu R$ 51 milhões. Em 2014, com os aditivos, o valor subiu para R$ 87 milhões.

Aumento de 70%. No gráfico abaixo, como ficaram os atendimentos.

Antes da OS Depois da OS

Recursos

UTI

Cirurgias Internações

Atendimento Ambulatorial

R$ 51

milhões R$ 87

milhões 679 517 2.599 3.085 7.189 7.874 202.270 247.167

Hospital Materno Infantil

Fonte: Dieese, Data SUS, Portal da Transparência

(15)

29 28

A educação, direito de todos e dever do Estado

17. Perseguição

A justificativa “meu sonho é que o filho do pobre possa estudar numa escola com a mesma qualidade das escolas particulares” não passa de mera frase de efeito. A deter- minação de privatizar as escolas estaduais não tem nada a ver com qualificar o ensino, é somente uma estratégia para desmantelar a carreira do magistério público, na mais clara perseguição aos educadores, como o próprio governador Marconi Perillo confessou ao jornal A Tarde, da Bahia, do dia 17 de novembro de 2015.

“Fui num evento e tinha um grupo de professores radicais da extrema esquerda me xingando. Eu disse: tenho um reme- dinho pra vocês. Colégio Militar e Organização Social. Identi- fiquei as oito escolas desses professores. Preparei um projeto de lei e em seguida militarizei essas oito escolas. O Brasil está precisando de ‘nego’ que tenha coragem de enfrentar”.

Aliás, Marconi nunca perde a oportunidade de pregar contra a estabilidade no serviço público. Em conversa com internautas, no dia 26 de novembro de 2015, Marconi disse textualmente “estabilidade é a coisa mais imbecil e mais burra que existe”. Uma total afronta à Constituição Federal e desrespeito a milhares de famílias goianas.

No ano passado, foram várias ofensivas contra os direitos dos trabalhadores em Educação e o funcionalis- mo, em geral, desde alteração na data de concessão das progressões, até na retirada do quinquênio, matéria que está em tramitação na Assembleia Legislativa.

Portanto, OS é enganação. Não tem objetivo de melhorar a Educação, mas prejudicar os trabalhadores.

Fosse o contrário, a Lei do Piso seria cumprida, administrativos seriam incentivados na profissionalização e a carreira do magistério, valorizada.

Lutar contra a privatização das escolas públicas é um

dever de todos.

Venha com a gente nessa luta!

(16)

30

Direção do Sintego

Presidenta: Maria Euzébia de Lima (Bia) - Vice-presidenta: Iêda Leal - Secretário-Geral: Arquidones Bites Leão Leite - Tesoureira-Geral: Ingui- lêza Pires de Miranda - 1º Tesoureira: Suely Domingas e Silva – Secretária de Imprensa e Divulgação: Edineia de Lourdes Pereira – Secretário para Assuntos Educacionais e Culturais: Edmilson da Silva Alves - Secretária de Formação: Meibb de Souza Santos Freitas - Secretário de Políticas Sociais: Napoleão Batista Ferreira da Costa – Secretária para Assuntos do Pessoal Administrativo: Suely Correia Sales Coutinho - Se- cretário de Organização do Interior: Omar Roni Silva - Secretária dos Aposentados: Margareth Gonçalves Barreto - Secretária da Igualdade Racial: Roseane Ramos Silva dos Santos - Secretária da Mulher: Claudia Helena Leite - Secretária da Juventude: Roberta Pereira Vilela - Se- cretário de Saúde do Trabalhador: Roberto Borges - Depto. de Eventos: Elza Santana - Depto. de Readaptados de Função: Marilza Santos - Depto. de Acompanhamento dos Conselhos: Lídia Vernandes - Diretores: Ana Maria Garcia, Valdete de Santana Alves, Ana Luiza Lima de Sena, Maria Moreira de Castro Oliveira, Coracy Cordeiro, Maria Ferreira Ribeiro, Olinda Barreto e Melo, Antônio Marques Felício, Marta Mar- celino da Cruz , Delmo da Silva, Leandro Cardoso, Ana Maria Carvalho, Maurélio Moreira de Araújo - Coordenadores Zonais/Departamentos:

Solange Gomes da Silva, Lígia Pereira de Souza Amorim, Sinomar de Paula Brito, Gecionita Martins da Costa e Daniella da Silva Araujo.

Presidentes das Regionais Sindicais:

Águas Lindas: Paulo Teles Martins - Anápolis: José Natal - Aparecida de Goiânia: Valdecy Português - Aragarças: Edison José de Oliveira - Campos Belos: Leiva Márcia Rodrigues de Almeida - Catalão: Maria Moura - Ceres/Rialma: Emanuel Antônio Sales - Cidade de Goiás: Luiza Valério Cintra - Formosa: Kátia Carvalho - Goianésia/Jaraguá: Kesimar Justino da Silva - Goiatuba: Rosângela Maria Gomes - Inhumas: Joana D’Arc Cardoso Lourenço - Ipameri: Laurinda Gonçalves dos Santos - Iporá: Elizabete Maria Rocha Silva - Itaberaí: Eduardo Figueiredo - Itapaci:

Senilda Leopoldina Gomes - Itapuranga: Antônio Pereira da Silva - Itumbiara: Dulcinéia Pereira - Jataí: Milta Magalhães - Jussara: Soraya Maria da Silva Amorim - Luziânia/Valparaíso: Cláudia de Sousa Vieira Albernaz - Minaçu: Devanilda dos Santos - Mineiros: Coriolano Ferreira - Morrinhos/Caldas Novas: Ailton Batista - Palmeiras de Goiás: Cristiane Narciso da Silva – Piracanjuba: Lucieny Santos - Planaltina de Goiás:

Gilmar Francisco Barrense - Porangatu: Maria Aparecida Gomes Martins - Posse/Alvorada: Cleunice Araújo - Quirinópolis: Nilza de Queiroz - Rio Verde: Valdemar Paula da Silva Filho - São Luis de Montes Belos: Eurípedes Barra - São Miguel do Araguaia: Helena Gomes da Silva - Silvânia: Renildes Aparecida Pereira Paula - Trindade/Anicuns: Marlene Raimunda de Oliveira - Uruaçu: Maria Geralda Ferreira

Esta é uma publicação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás - Sintego . Jornalistas Responsáveis:

Nara Serra - JP 1845 . Marcus Vinícius JP 01234 . Assistente de Comunicação: Jéssica Ferreira . Diagramação e arte: Luciana Quixabeira. Tiragem: 10.000 exemplares

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Gestão 2014/2017

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