• Nenhum resultado encontrado

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL UNIDADE UNIVERSITÁRIA LITORAL NORTE OSÓRIO GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA LICENCIATURA MICHELE ALVES DE JESUS

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL UNIDADE UNIVERSITÁRIA LITORAL NORTE OSÓRIO GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA LICENCIATURA MICHELE ALVES DE JESUS"

Copied!
45
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL UNIDADE UNIVERSITÁRIA LITORAL NORTE – OSÓRIO

GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA – LICENCIATURA

MICHELE ALVES DE JESUS

CONTOS E LENDAS INDÍGENAS: A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NOS SABERES TRADICIONAIS

OSÓRIO, 2021

(2)

MICHELE ALVES DE JESUS

CONTOS E LENDAS INDÍGENAS: A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NOS SABERES TRADICIONAIS

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Pedagogia na Unidade Litoral Norte – Osório, UERGS, como requisito parcial para obtenção do diploma de Licenciada em Pedagogia.

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Maria Cristina Schefer

OSÓRIO, 2021

(3)

DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO

Daniella Vieira Magnus - Bibliotecária – CRB 10/2233 J58c Jesus, Michele Alves de.

Contos e lendas indígenas: a educação ambiental nos saberes tradicionais / Michele Alves de Jesus. - Osório, 2021.

43 f.

Trabalho de Conclusão (Graduação) - Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, Curso de Pedagogia - Licenciatura, Unidade Universitária em Litoral Norte - Osório, 2021.

Orientadora: Profª. Drª. Maria Cristina Schefer.

1.Lendas indígenas. 2.Ambiente escolar. 3.Educação ambiental. I.

Schefer, Maria Cristina. II.Título.

(4)

MICHELE ALVES DE JESUS

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Pedagogia na Unidade Litoral Norte – Osório, UERGS, como requisito parcial para obtenção do diploma de Licenciada em Pedagogia.

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Maria Cristina Schefer Aprovado em: ...…. /…../……

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________________

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Maria Cristina Schefer Universidade Estadual do Rio Grande do Sul – UERGS _________________________________________________

Prof.ª Dr.ª Juçara Bordin

Universidade Estadual do Rio Grande do Sul – UERGS ________________________________________________

Prof.ª Me. Christchellyn Klegin Rodrigues

Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Iracema Vizzoto Capão da Canoa/ RS

(5)

Dedico este estudo, aos meus pais, Alda e José que sempre me apoiaram e me incentivaram a trilhar o caminho da educação. A minha irmã Natália, pelo amor, carinho e auxílio.

Ao meu esposo e companheiro Bruno, por todo o amor, e compreensão.

(6)

AGRADECIMENTOS

A Deus por me dar forças, conseguir superar as dificuldades e as perdas durante o percurso, e por mais esta conquista.

À minha família pelo apoio incondicional.

Agradeço carinhosamente à professora Dr.ª Juçara Bordin, minha orientadora na pós-graduação em Meio Ambiente e Biodiversidade, pela atenção e dedicação, quem desde o início acolheu minha intenção de pesquisa sobre questões indígenas.

E que também de certa maneira, teve um papel muito importante para a continuidade deste estudo.

Meu agradecimento em especial à professora Dr.ª Maria Cristina Schefer, minha orientadora, também na pós-graduação em Meio Ambiente e Biodiversidade e no curso de graduação em Pedagogia. Por compartilhar seus saberes e conhecimentos, pela dedicação, atenção, por me auxiliar na construção desta pesquisa, pela oportunidade de conhecer e aprender sobre as culturas e as questões indígenas.

À Universidade Estadual do Rio Grande do Sul por todo suporte durante esses anos de estudo.

(7)

“Se vocês quiserem saber como foi o começo de tudo, pergunte ao nosso irmão mais velho, o fogo; se quiserem entender onde mora a alegria, pergunte à água cristalina, pois ela vem da fonte da alegria; querendo saber as notícias dos espíritos, questionem o irmão vento, pois ele vem de longe; se querem saber qual foi o som da criação, pergunte à Mãe Terra, pois ela tudo gerou. As sociedades tradicionais são filhas da memória e a memória é a base do equilíbrio das tradições. A memória liga os fatos entre si e proporciona a compreensão do todo. Para compreender a sociedade tradicional indígena é preciso entender o papel da memória na organização da trama da vida.” (MUNDURUKU, 2013, p.20)

(8)

RESUMO

O presente estudo teve como objetivo refletir sobre o trabalho com os saberes indígenas em sala de aula enquanto promotores da Educação Ambiental. O exercício empírico foi realizado a partir do Estágio Obrigatório dos Anos Iniciais do Curso de Pedagogia da Uergs, realizado numa turma de 2º ano de uma escola pública no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. A pesquisadora organizou uma sequência de atividades didáticas com as seguintes narrativas: “Lenda da Erva Mate”, “a Lenda da Mandioca”, “a Lenda do Sol”, “a Lenda do Guaraná” e “a Lenda do Pirarucu.” Essas lendas foram vídeo-gravadas e postadas na plataforma digital da escola e, a partir delas, as crianças foram convidadas a refletir e a expressar seus entendimentos acerca do narrado. Em suma, fez-se uma pesquisa-ação, em que as devolutivas de atividades sugeridas no final de cada vídeo pela pesquisadora serviram de dados para a análise. O estudo revelou que o trabalho com lendas indígenas pode servir de disparador para reflexões positivas em relação aos povos indígenas e sua ligação responsável com a natureza.

Palavras-chave: lendas indígenas; pesquisa-ação; ambiente escolar; educação ambiental.

(9)

ABSTRACT

This study aimed to reflect on the work with indigenous knowledge in the classroom as promoters of Environmental Education.The empirical exercise was carried out from the Compulsory Internship of the Initial Years of the Uergs Pedagogy Course, carried out in a 2nd year class of a public school on the North Coast of Rio Grande do Sul.The researcher organized a sequence of didactic activities with the following narratives: “Legend of Erva Mate”, “Legend of Cassava”, “Legend of the Sun”, “Leg- end of Guaraná” and “Legend of Pirarucu.”These legends were video-recorded and posted on the school's digital platform and, based on them, the children were invited to reflect and express their understanding of the narrated.In short, an action research was carried out, in which the feedback activities suggested at the end of each video by the researcher served as data for analysis.The study revealed that working with indigenous legends can serve as a trigger for positive reflections on indigenous peo- ples and their responsible connection with nature.

Key words: indigenous legends; action research; school environment; environmental education.

(10)

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

BNCC – BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR EA – EDUCAÇÃO AMBIENTAL

FUNAI - FUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍNDIO LDB – LEI DE DIRETRIZES E BASES

LDBEN – LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL MA – MEIO AMBIENTE

MEC – MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

PCN – PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS PIEA PROGRAMA INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO PNE – PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

PNMA – POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

(11)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...10

2 QUESTÃO DE PESQUISA...12

2.1 PROBLEMA...12

2.2 OBJETIVO GERAL...12

2.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS...12

3 MARCO TEÓRICO: EDUCAÇÃO AMBIENTAL...13

3.1LEGISLAÇÃO SOBRE A EDUCAÇÃO AMBIENTAL...14

4 POVOS TRADICIONAIS DO BRASIL...16

4.1 POVOS INDÍGENAS...19

5 LENDAS OU CONTOS INDÍGENAS...21

6 METODOLOGIA...23

6.1 DO MATERIAL UTILIZADO PARA PESQUISA-AÇÃO E DAS DEVOLUTIVAS ...24

6.2 DO CONTEXTO ESCOLAR E DA ANÁLISE DOS DADOS...35

CONSIDERAÇÕES FINAIS...37

REFERÊNCIAS...38

ANEXO- SEQUÊNCIA DIDÁTICA...42

(12)

1 INTRODUÇÃO

O trabalho tem como temática a Educação Ambiental e como tema os saberes tradicionais indígenas, repassados a partir das Histórias que contam aos seus ou daquilo que os não-indígenas convencionaram a chamar de lendas. Intitulado, Contos e Lendas Indígenas: a educação ambiental nos saberes tradicionais, problematiza o potencial das narrativas tradicionais tanto para a valorização étnica quanto para o cuidado com a natureza.

A ideia do tema surgiu a partir dos resultados da minha pesquisa anterior: Meio Ambiente, Educação Ambiental, Povos Indígenas: vida! Trabalho final da Pós- graduação em Meio Ambiente e Biodiversidade, realizada em 2020. Aquele estudo bibliográfico revelou que difundir os saberes indígenas pode contribuir para o desenvolvimento de uma percepção crítica dos estudantes acerca da proteção ambiental. Enfim, que as comunidades tradicionais são capazes de ensinar e demonstrar, em suas práticas cotidianas, o necessário entendimento da pertença do homem à natureza, e do problema de uso desmedido de bens naturais em prol de um ‘desenvolvimento destrutivo’. Por isso, acredito que a pesquisa seja importante para a comunidade em geral.

Em vista disso, utilizei o momento da prática do estágio obrigatório dos Anos iniciais do curso de Pedagogia, que a pedido da equipe diretiva da escola, deveria ter como ponto de partida a Lei 11.645/08, que inclui no currículo a obrigatoriedade do estudo da História e cultura dos Povos Indígenas, e organizei uma sequência didática com cinco lendas indígenas; “Lenda da Erva Mate”, “a Lenda da Mandioca”,

“a Lenda do Sol”, “a Lenda do Guaraná” e “a Lenda do Pirarucu.” Essas lendas que estabelecem a relação do indígena com a natureza foram vídeo-gravadas por mim e postadas na plataforma digital da escola, pois em vista da Pandemia pelo Covid-19, o ensino está ocorrendo em formato remoto. Ao final de cada lenda foi solicitado uma devolutiva para as crianças e esses foram os materiais juntados ao estudo

(13)

anterior e analisados enquanto prática de uma pesquisa-ação. Desse modo, na sequência de uma pesquisa bibliográfica em Curso de Especialização na Uergs, através do estágio, fez-se uma pesquisa-ação tendo como instrumento de coleta a contação de lendas indígenas.

Este estudo está organizado da seguinte forma, inicialmente apresento, o marco teórico e o marco legal para a Educação Ambiental, em suma, a retomada da história da Educação Ambiental no Brasil o que inclui a legislação sobre a temática.

Depois disso, dedico algumas páginas para tratar do tema da questão dos povos tradicionais do Brasil e sobre contos e lendas indígenas. Por fim trago a metodologia, a coleta de dados e análise desses.

11

(14)

2 QUESTÃO DE PESQUISA

2.1 PROBLEMA

Como os contos e lendas Indígenas podem potencializar a valorização das etnias indígenas e a Educação Ambiental?

2.2 OBJETIVO GERAL

Proporcionar contatos com lendas e contos indígenas que envolvam a temática da educação ambiental para crianças do Ensino Fundamental (Anos iniciais).

2.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Verificar em que medidas os contos e lendas indígenas podem servir para a valorização da Educação Ambiental. Refletir sobre a importância de a temática indígena e ambiental constarem na legislação educacional.

(15)

3 MARCO TEÓRICO: EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A expressão “educação ambiental” (em inglês enviromental education) foi utilizada mundialmente pela primeira vez em 1965, na conferência de Educação da Universidade de Keele, na Grã-Bretanha. Porém, sua expressividade vem à tona quando o movimento ambientalista mundial estimula uma reação dos governos, que vai se materializar na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente realizado em 1972, em Estocolmo na Suécia (BIASOLI, 2018, p.29).

O surgimento da Educação Ambiental envolve caminhos e trajetórias no âmbito nacional e internacional, não existe um único caminho, são várias influências tempos e desdobramentos territoriais, para a compreensão de seu papel na luta por transformações socioambientais para a melhoria da qualidade de vida no planeta.

Nesse intuito, o movimento ambientalista, em meado dos anos 1970, emerge em lugares distintos, a fim de buscar respostas para o mesmo problema, o descaso com o Meio Ambiente, como por exemplo; o crescimento das indústrias, a poluição atmosférica, o desmatamento, a chuva ácida, o efeito estufa, etc. Para Jacobi (2003, p.9),

Quando nos referimos à educação ambiental, situamos-na em contexto mais amplo, o da educação para a cidadania, configurando-a como elemento determinante para a consolidação de sujeitos cidadãos. O desafio do fortalecimento da cidadania para a população como um todo, e não para um grupo restrito, concretiza-se pela possibilidade de cada pessoa ser portadora de direitos e deveres, e de se converter, portanto, em ator corresponsável na defesa da qualidade de vida.

A educação ambiental precisa primar pela solidariedade, igualdade e o respeito à diferença, através de formas democráticas de atuação através de práticas interativas e dialógicas. Com o objetivo de criar atitudes e comportamentos diante do consumo da sociedade e de desenvolver a mudança de valores individuais e coletivos. No ano de 1975, foi criado o Programa Internacional de Educação (PIEA), com o objetivo de dar visibilidade aos trabalhos de campo da Educação ambiental, assim, através dos movimentos ambientalistas, Educação Ambiental, ganhou destaque na pauta das organizações internacionais, como uma importante estratégia na busca pela qualidade de vida. No Brasil, somente em 1981 foi implementado oficialmente a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) Lei 6938/81, que apresenta a Educação Ambiental entre seus princípios.

13

(16)

3.1LEGISLAÇÃO SOBRE A EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A primeira vez que a Educação Ambiental apareceu na legislação do Brasil foi em 1981, na Lei /6.93/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, que apresentou, no Art. 2º, como objetivos e princípios,

a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios: I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo; II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar; Ill - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais; IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas; V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras; VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a proteção dos recursos ambientais; VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental; VIII - recuperação de áreas degradadas; IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação; X - educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente.

Já na legislação educacional, a Lei nº 9.394 de dezembro de 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB), que regulamenta o sistema educacional público e privado do país (da Educação Básica ao Ensino Superior), em seu Art. 26, determinou que “os currículos do Ensino Fundamental e Médio devem incluir os princípios da proteção e Defesa Civil e a Educação Ambiental de forma integrada aos conteúdos obrigatórios”. De forma menos direta, essa mesma LDB, em seu Art.43, sessão IV, trata do tema Meio Ambiente no Ensino Superior, nos seguintes termos, “VI – estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais, prestar serviços 22 especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade”. Em 1996, os Parâmetros Curriculares Nacionais, que orientaram para o modo de organização dos conteúdos trouxeram um dos temas transversais “Saúde e Meio Ambiente”, salientando que,

Quanto às questões sociais relevantes, reafirma-se a necessidade de sua problematização e análise, incorporando-as como temas transversais. As questões sociais abordadas são: ética, saúde, meio ambiente, orientação sexual e pluralidade cultural, eleitos por envolverem problemáticas sociais atuais e urgentes, consideradas de abrangência nacional e até mesmo de caráter universal (BRASIL, 1996, p. 41).

(17)

Entretanto, a chegada de uma orientação menos duvidosa acerca da obrigatoriedade da Educação Ambiental, foi determinada com a Política Nacional de Educação Ambiental – PNEA (Lei de nº 9.795, de 27 de abril de 1999), conceituando nos seguintes termos,

Art. 1º Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. Art. 2º A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal (BRASIL, 1999).

O atual Plano Nacional de Educação, aprovado pela Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, com vigência até 2024, traz com uma de suas, metas – promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental”. (grifos meus) Já a Base Nacional Comum Curricular (BNCC/ 2017) documento mais recente da área educacional, que abrange orientações curriculares para todas as fases da Educação Básica, coloca como desafio às escolas,

[...] o incentivo à proposição e adoção de alternativas individuais e coletivas, ancoradas na aplicação do conhecimento científico, que concorram para a sustentabilidade socioambiental. Assim, busca-se promover e incentivar uma convivência em maior sintonia com o meio ambiente, por meio do uso inteligente e responsável dos recursos naturais para que estes se recomponham no presente e se mantenham no futuro (BRASIL, 2017, p.

279).

Em suma, a política ambiental no Brasil é vasta, contudo, ainda frágil, já que não avança com rapidez em seus desafios para com o desenvolvimento humano preservando a qualidade de vida, incluindo assim dimensões sociais, ambientais, políticas e econômicas voltadas para o princípio da sustentabilidade. Hoje, é preciso abordar a Educação Ambiental de forma crítica, para que assim, seja possível refletir e questionar a grande exploração dos recursos naturais e os resultados originados da mesma, que acarretam em diversos problemas sociais.

15

(18)

4 POVOS TRADICIONAIS DO BRASIL

A colonização do Brasil empreendida pelos portugueses a partir do século XVI, bem como, a população brasileira que se constituiu ao longo do período colonial, adotaram as técnicas adaptativas indígenas. Delas incorporaram sua base alimentar constituída pelo plantio de frutas e vegetais. O manejo desses povos sobre a biodiversidade sem dúvidas teve um papel fundamental na formação da sociedade e de diferentes paisagens. Os povos indígenas sempre usaram os recursos naturais sem colocar em risco os ecossistemas. Esses povos, segundo Arruda (2010), desenvolveram formas de manejo adequadas e que têm se mostrado muito importantes até os dias atuais para a conservação da biodiversidade. Além disso,

Os temas e problemas ambientais contemporâneos são também sociais, políticos e culturais. Olhá-los exclusivamente no âmbito do tempo presente ou na perspectiva biológica e ecológica, pode gerar uma visão parcial e inconsistente da realidade e do problema. Os professores de História têm a contribuir nos debates e nos embates atuais (GERHARDT e NODARI, 2010, p.61).

Os problemas da situação ambiental são originários das rápidas transformações econômicas e políticas que marcaram a modernidade e transformaram sociedades, até então agrícolas e rurais, em sociedades industriais e urbanas. Hoje, a relação das sociedades modernas com o meio ambiente enfrenta traumas dessa transição. O uso intenso e crescente dos recursos naturais do planeta, na intenção de alimentar o desenvolvimento tecnológico e as mudanças nos padrões de consumo, principalmente, no que diz respeito às sociedades industriais capitalistas e nos países recentemente industrializados, provocou impactos ambientais drásticos.

São grandes as evidências de que os problemas ambientais afetam as sociedades material e culturalmente. Exemplo disso, a transformação da cultura do interior. Com o avanço do capitalismo aumentou a migração do campo para a cidade, dessa forma, a cultura do interior que era solidária, autossuficiente e voltada para a subsistência, foi substituída pela agricultura comercial totalmente dependente dos centros urbanos e do comércio. Conforme Singer (2002, p. 9),

Para que tivéssemos uma sociedade em que predominasse a igualdade entre todos os seus membros, seria preciso que a economia fosse solidária em vez de competitiva. Isso significa que os participantes na atividade econômica deveriam cooperar entre si em vez de competir.

(19)

As comunidades tradicionais condenam a forma de vida imposta pelo mundo capitalista, pois seus hábitos são semelhantes ao sistema socialista, olham pelos seus vizinhos e partilham sua produção de alimentos com toda a comunidade. O que é compreendido como desenvolvimento no sistema capitalista, para as comunidades indígenas, significa destruição da natureza, já que, segundo Marques (2014) o modelo ameaça os rios, por meio da poluição, com a mudança de seu percurso natural, e com os desmatamentos o que resulta na mudança de todo o clima e ecossistemas de uma região.

Atualmente, devido à imposição do capitalismo é preciso abordar a educação ambiental de forma crítica, para que assim, seja possível refletir e questionar a grande exploração dos recursos naturais e os resultados originados da mesma, que acarretam nos problemas sociais. Nessa perspectiva, a meu ver, a educação precisa ser o ponto de partida para a construção de conceitos da compreensão da complexibilidade dos temas socioambientais. Assim, conflitos decorrentes de desocupações compulsórias de áreas de proteção permanentes habitadas, a exclusão de populações tradicionais de espaços, podem ser analisados em uma perspectiva temporal e socioambiental. Lembrando que, segundo Marinho (2012, p.

01),

Muitas vezes, a criação de áreas de proteção ambiental impede que as populações nelas se mantenham, ocasionando sua migração para as cidades. De uma maneira geral, as populações locais são pouco ouvidas na formulação de políticas ambientais.

A Convenção da Biodiversidade foi aprovada durante a Conferência das Nações Unidas na Rio 92, que reconhece o papel fundamental das populações tradicionais para a preservação e conservação dos ecossistemas. Comunidades indígenas, dentre outros, são grupos que operam de forma efetiva na construção de um modelo sustentável de desenvolvimento, apesar de muitas vezes serem excluídos socialmente.

A construção de políticas públicas transformadoras, destinadas à conservação do patrimônio ecológico, deve estabelecer relação direta com as comunidades que dependem de determinados ecossistemas no seu dia a dia. Segundo Miranda (2014) os extrativistas, por exemplo, dependem da manutenção das florestas para a colheita da sua base produtiva. Já as comunidades indígenas, dependem da 17

(20)

preservação da natureza como elemento de proteção dos seus próprios valores culturais. Para esses povos tradicionais, há uma caracterização específica no Decreto Nº 6.040, de 07 fevereiro de 2000, que institui a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos povos e Comunidades tradicionais, a saber:

I-Povos e Comunidades Tradicionais: grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social, que ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição;

Em seu anexo, o decreto traz princípios que são relevantes como: o reconhecimento, a valorização e o respeito à diversidade socioambiental e cultural dos povos e comunidades tradicionais, levando em conta, dentre outros aspectos, os recortes etnia, raça, gênero, idade, religiosidade, ancestralidade, orientação sexual e atividades laborais, entre outros, bem como, a relação desses em cada comunidade ou povo, de modo a não desrespeitar, subsumir ou negligenciar as diferenças dos mesmos grupos, comunidades ou povos ou, ainda, instaurar ou reforçar qualquer relação de desigualdade. A pluralidade socioambiental, econômica e cultural das comunidades e dos povos tradicionais que interagem nos diferentes biomas e ecossistemas, sejam em áreas rurais ou urbanas; A preservação dos direitos culturais, o exercício de práticas comunitárias, a memória cultural e a identidade racial e étnica.

As comunidades indígenas têm um sistema histórico de baixo impacto ambiental e que atualmente possui grande relevância, devido a grande exploração ambiental. Essas comunidades têm interesses em manter ou recuperar o controle sobre o território que exploram, pois o sistema que utilizam representa as suas raízes históricas e culturais. Preservar suas tradições é preservar o meio ambiente.

As reservas de desenvolvimento sustentável são áreas naturais de uso sustentável que abrigam as populações tradicionais, as quais têm como base sistemas sustentáveis de exploração dos recursos naturais desenvolvidos ao longo de gerações e adaptados às condições ecológicas locais e que desempenham um papel fundamental na proteção da natureza e na manutenção da diversidade biológica

(21)

Essas práticas tradicionais devem ser repassadas para os jovens, a transmissão de saberes, como representação de luta das comunidades indígenas ao valorizar suas práticas tradicionais, esse reconhecimento significa garantir a permanência nos territórios e contribuir para que políticas públicas cheguem às comunidades indígenas. Assim, conseguirão manter seu modo de vida, sua cultura.

O reconhecimento da identidade, dos costumes, dos valores, auxilia no fortalecimento das comunidades contribuindo para que os jovens permaneçam para a fixação de novas gerações nos territórios.

Os povos tradicionais são um importante conjunto da memória e cultura da sociedade brasileira. Embora a grande contribuição para a preservação da biodiversidade e dos conhecimentos milenares de seus antepassados, estas populações ainda vivenciam a exclusão por falta de reconhecimento no contexto histórico da sociedade. O Decreto 6.040 de 7 de fevereiro de 2000, que institui a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos povos e Comunidades tradicionais, ressalta a importância dos territórios tradicionais em seu Art. 3º:

II-Espaços necessários à reprodução cultural, social e econômica dos povos e comunidades tradicionais, utilizados de forma permanente ou temporária, observado, no que diz respeito aos povos indígenas e quilombolas respectivamente, o que dispõem os arts. 231 da Constituição e Art. 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e demais regulamentações.

O Decreto 6.040 de 7 de fevereiro de 2000 demonstra uma disposição do Governo Federal no sentido de superar as deficiências, no campo das políticas públicas, que reproduzem a exclusão destas populações. No entanto, a existência de uma política específica que reconhece o direito de existência e a cidadania destas comunidades de nada adianta, se não for efetivada a sua importância por meio da legitimação por parte dos responsáveis que executam as políticas públicas estratégicas para a proteção dos direitos sociais (SILVA,2017).

4.1 POVOS INDÍGENAS

Os povos indígenas que vivem no Brasil e, em todo o continente americano, são denominados índios. Essa palavra surgiu por um equívoco histórico dos europeus que, quando chegaram às Américas, pensaram estar na Índia. Nesse 19

(22)

sentido:

A expressão genérica povos indígenas refere-se a grupos humanos espalhados por todo o mundo, e que são bastante diferentes entre si. É apenas o uso corrente da linguagem que faz com que, em nosso país e em outros, fale-se em povos indígenas, ao passo que, na Austrália, por exemplo, a forma genérica para designá-los seja aborígine (ISA, 2018, p.2).

Nessa perspectiva, os índios das Américas do Norte, Central e do Sul, todos são denominados de ameríndios. Os índios ou ameríndios são, então, os povos indígenas das Américas. Cada etnia indígena guarda em sua memória cultural os seus antepassados dentro do reino da natureza de acordo com o pensamento e comportamento de ancestralidade. De acordo com Jecupé (1998, p. 26), afirma que:

A memória cultural também se dá através da grafia-desenho, a maneira de guardar a síntese do ensinamento, que consiste em escrever através de símbolos, traços, formas e deixar registrado no barro, no traçado de uma folha de palmeira transformado em cestaria, na parede e até no corpo, através de pinturas feitas com jenipapo e urucum.

Portanto, os povos indígenas se comunicam, com os espíritos da natureza, cada um a seu modo, com outras formas de vida: os seres da terra, da água, do fogo e do ar, desse modo, eles a respeitam como divindade, pois se sentem pertencente à mesma.

A Fundação Nacional do Índio (FUNAI),foi criada no ano de 1967 e que tem como missão institucional proteger e promover os direitos dos povos indígenas no Brasil, ressalta que os povos indígenas estão presentes tanto na área rural quanto na área urbana, nas cinco regiões do Brasil, sendo que a região Norte é a que concentra o maior número. No entanto,

[…] as comunidades indígenas vêm enfrentando problemas concretos, tais como invasões e degradações territoriais e ambientais, exploração sexual, aliciamento e uso de drogas, exploração de trabalho, inclusive infantil, mendicância, êxodo desordenado causando grande concentração de indígenas nas cidades. Hoje, segundo dados do censo do IBGE realizado em 2010, a população brasileira soma 190.755.799 milhões de pessoas.

Ainda segundo o censo, 817.963 mil são indígenas, representando 305 diferentes etnias. Foram registradas no país 274 línguas indígenas (FUNAI,2020).

Devido a tantas explorações, sofridas pelas populações indígenas, muitos indígenas acabam indo para a cidade, na ilusão de uma vida melhor, onde muitas vezes sofrem ainda mais por serem discriminados por sua cultura e costumes e por

(23)

terem de sobreviver da venda de seus artesanatos em calçadas ou até mesmo na beira das estradas. Com a saída dos indígenas de seus territórios acaba ocorrendo um grande desequilíbrio na natureza devidos as degradações ambientais e territoriais. Uma vez, que para os povos indígenas, a natureza não age sozinha dentro da mãe Terra.

5 LENDAS OU CONTOS INDÍGENAS

É importante que a escola valorize as diversas manifestações culturais. Nesse sentido, a leitura de textos indígenas proporcionará uma abertura para outras tradições literárias e beneficiará o aluno, percepções e visões diferentes de mundo e, também da arte de narrar histórias, pois essas narrativas se relacionam entre oralidade e escrita. De acordo com Santos (2017,p.78),

Sendo a leitura um fator de desenvolvimento intelectual e cultural, esta deve ser estimulada de diversas maneiras, uma delas é por meio de práticas de leitura que possam chamar a atenção do aluno. A circulação da literatura indígena na escola, tanto em livros quanto por meio das narrativas orais pode ser um instrumento de mediação de conhecimento

Levar para os alunos em sala de aula contos que representam as tradições dos povos indígenas, bem como a pluralidade cultural é preservar os saberes desses povos. É relevante mostrar para os alunos a grande diversidade cultural que existe em nosso país, e o melhor disso tudo é que pode ocorrer por meio da literatura, instigando a imaginação dos alunos na busca de novas fontes de leituras.

Existem um grande número de narrativas indígenas que podem ser utilizadas em atividades em aula. Conforme Santos (2017,p.8),

O acesso à literatura indígena proporciona a experiência de diferentes emoções instigadas pela natureza de seu conteúdo, dessa forma, o leitor compartilha de inúmeras experiências literárias que contribuem para oferecer respostas à compreensão de diversas temáticas que envolvem a natureza humana. Além da literatura indígena trabalhar a formação emocional dos leitores ainda contribui em desenvolver o poder da criação, pois a literatura age diretamente do imaginário de seus receptores.

Contos e lendas indígenas como representação de identidade podem romper com os estereótipos em sala de aula, além de contribuir na formação leitora dos alunos e consequentemente ser uma ferramenta pedagógica que contribui nos diálogos interdisciplinares, instigando a curiosidade e o senso crítico. Representam, 21

(24)

também crenças e valores, pois desempenham uma função educativa de valores fundamentais das tradições desses povos.“[…]o imaginário popular atua, revelando sentimentos que desabrocham em lendas, mitos, contos, crendices, superstições, premonições e em outras belezas que retratam a nossa cultura (MIYASHIRO,2016, p.01).”

Nessa perspectiva, o conto representa a tradição oral dos povos, passado de geração a geração, ensinamentos morais, éticos e concepções de mundo. O povo brasileiro é formado por diversas culturas e tradições, herdadas dos indígenas, negros, europeus, etc. Que constitui nossa sociedade numa mistura de saberes e crenças. Muitas dessas tradições podem e precisam ser ensinadas na escola, para que não fique apenas restrito a um pequeno número de pessoas, de maneira que os alunos possam aprender e repassar a seus descendentes.

Contos e lendas são práticas culturais presentes em todas as sociedades, eles são uma forma de transmitir seus valores culturais, logo as crenças e valores tradicionais marcam a existência de um povo e fortalecem a sua identidade.

Conforme Miyashiro (2016, p.08),

A história e a memória de etnias indígenas e africanos, por exemplo, adentram e permanecem como parte de nossa cultura. Uma vez que ocorrendo esse movimento está se torna materializada por nós, em especial, na literatura oral expressa pelos mitos, lendas, provérbios, contos como passaporte para uma vivência na diversidade.

Compartilhar saberes e valores como tradição é um passo muito significativo para a manutenção dos grupos sociais. No papel de professora, a meu ver, é imprescindível que os alunos consigam desenvolver o sentido de pertencimento a um grupo, bem como seus direitos e deveres de modo que percebam sua individualidade e diferenciação cultural. Estudar sobre as diferentes culturas na escola faz com que se promova o respeito à diversidade, o reconhecimento e a valorização de diferentes etnias na construção da identidade cultural brasileira.

Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais, o tema da Pluralidade Cultural busca contribuir para a construção da cidadania na sociedade pluriétnica e pluricultural. Tendo esse objetivo maior em vista, propõe o desenvolvimento das seguintes capacidades:

conhecer a diversidade do patrimônio etnocultural brasileiro, cultivando atitude de respeito para com pessoas e grupos que a compõem,

(25)

reconhecendo a diversidade cultural como um direito dos povos e dos indivíduos e elemento de fortalecimento da democracia; compreender a memória como construção conjunta, elaborada como tarefa de cada um e de todos, que contribui para a percepção do campo de possibilidades individuais, coletivas, comunitárias e nacionais; valorizar as diversas culturas presentes na constituição do Brasil como nação, reconhecendo sua contribuição no processo de constituição da identidade brasileira;

reconhecer as qualidades da própria cultura, valorando-as criticamente, enriquecendo a vivência de cidadania; desenvolver uma atitude de empatia e solidariedade para com aqueles que sofrem discriminação; repudiar toda discriminação baseada em diferenças de raça/ etnia, classe social, crença religiosa, sexo e outras características individuais ou sociais; exigir respeito para si e para o outro, denunciando qualquer atitude de discriminação que sofra, ou qualquer violação dos direitos de criança e cidadão; valorizar o convívio pacífico e criativo dos diferentes componentes da diversidade cultural; compreender a desigualdade social como um problema de todos e como uma realidade passível de mudanças; • analisar com discernimento as atitudes e situações fomentadoras de todo tipo de discriminação e injustiça social.

Os contos e lendas podem formar leitores e instigá-los à valorização das textualidades indígenas, o estudo sobre as culturas dos povos indígenas no âmbito escolar simboliza o respeito para com estas etnias, também o respeito e o direito dos descendentes dessas etnias de conhecerem a história dos seus antepassados.

Não tem como negar as grandes contribuições culturais deixadas pelos indígenas na sociedade brasileira. Ignorar essas contribuições é uma forma de discriminação, ao passo que estudá-las é respeitar todo esse legado e a história do Brasil.

23

(26)

6 METODOLOGIA

Enquanto conjunto de técnicas, a metodologia deve dispor de um instrumental claro, coerente, elaborado, capaz de encaminhar os impasses teóricos para o desafio da prática.[…] Na verdade a metodologia é muito mais que técnicas. Ela inclui as concepções teóricas da abordagem, articulando-se com a teoria, com a realidade empírica e com os pensamentos sobre a realidade (MYNAIO,2007,p.15).

Nesta pesquisa, optou-se pela abordagem qualitativa, que, conforme Minayo (2007, p. 21), “responde a questões muito particulares. Ela se preocupa, nas Ciências Sociais, com um nível de realidade que não pode ser quantificada”.

Embora, a pesquisa exija a reflexão teórica, ela vincula o pensamento e a ação.

Já em termos de procedimento metodológico foi feita a conjunção entre em estudo bibliográfico, realizado em 2020, que segundo Prodanov (2013,p.54), “[…]

tem o objetivo de colocar o pesquisador em contato com todo o material já escrito sobre o assunto da pesquisa” e a pesquisa-ação realizada em 2021, que de acordo com Gressler (2004,p.63),

Pode ser utilizada para levantar elementos para embasar mudanças e desenvolver eficientemente a prática educativa em sala de aula, por exemplo. Esse tipo de pesquisa visa sempre implementar alguma ação que resulte em uma melhoria para o grupo em estudo, mesmo que esta consista apenas em se tomar consciência de um fato.

No primeiro momento, fez-se a revisão bibliográfica sobre a temática da Educação Ambiental e o tema da questão indígena e na sequência a pesquisa-ação.

Essa, a partir da organização de uma “Sequência de Atividades Didáticas” (ZABALA, 1998) com cinco lendas indígenas durante o estágio curricular do Curso de Pedagogia da Uergs numa turma de 2º ano do Ensino Fundamental (Anos iniciais) de uma escola pública do Litoral Norte do Rio Grande do Sul, composta por dezoito alunos. As narrativas, cuidadosamente selecionadas, foram as seguintes: “Lenda da Erva Mate”, “a Lenda da Mandioca”, “a Lenda do Sol”, “a Lenda do Guaraná” e “a Lenda do Pirarucu''. As lendas foram vídeo-gravadas pela pesquisadora e disponibilizadas na plataforma educar web. No final de cada vídeo foi solicitado uma atividade acerca da lenda e essas devolutivas constituíram os dados de análise.

(27)

6.1 DO MATERIAL UTILIZADO PARA PESQUISA-AÇÃO E DAS DEVOLUTIVAS

Link do youtube:

https://youtu.be/nKbY5clX9_w

A LENDA DA MANDIOCA

A mandioca é uma raiz cuja origem é explicada a partir de uma menina chamada Mani que foi enterrada numa oca. Mani, neta do cacique, era muito querida pela sua tribo. Tendo falecido durante o sono, um dia pela manhã sua mãe a encontrou morta com um sorriso descansado e encantador. A menina foi enterrada na oca onde vivia. Inconsolável com a perda, sua mãe chorava a umedecia a terra com as suas lágrimas da mesma forma como se ela estivesse sendo regada. Nesse local, nasceu uma planta diferente, a qual a mãe passou a cuidar, até que um dia cavou a terra ao notar que a mesma estava ficando rachada. Ela tinha esperança de que sua filha estivesse renascendo. Ao cavar a terra, a mãe descobriu a raiz, hoje conhecida como mandioca.

Recursos utilizados: Pasta de leitura. Atividade solicitada: Fazer uma relação das palavras que escutou no conto.Devolutiva: Sim

25

(28)

A LENDA DO GUARANÁ Link do youtube:

https://youtu.be/rNHw7IbkKTg

O guaraná é um fruto que se assemelha aos olhos humanos. Segundo a lenda, surgem como os olhos de um indiozinho que morreu ao ser picado por uma serpente. Os pais do indiozinho não conseguiam ter filhos, mas depois de pedirem ao deus Tupã, tiveram um menino saudável que era muito querido pela tribo onde vivia. O deus da escuridão ficou invejoso e decidiu matar o menino. Assim, num dia em que ele tinha saído para apanhar frutos na floresta, o deus da escuridão Jurupari se transformou em uma serpente e o matou envenenado. Tupã mandou plantar os olhos do índio. Deles nasceu uma árvore de frutos, a qual é conhecida como guaraná.

Recursos utilizados: Gravetos, galhos, penas e frutas confeccionadas em feltro. Conto apresentado em área externa, perto de árvores. Atividade solicitada:

Pesquisar para que serve o guaraná. Devolutiva: Sim.

(29)

27

(30)

A LENDA DO SOL Link do youtube:

https://youtu.be/ypQPXTonHbw

O Sol, Kuandú para os índios, é um homem pai de três filhos. Cada um deles é sol, mas apresentam características distintas. Um deles é o sol que aparece sozinho e é mais forte, o outro aparece em tempos mais úmidos e até chuvosos, enquanto o terceiro é o sol que surge quando seus irmãos estão cansados. Depois de ser ferido pelo índio que teria matado o pai de Kuandú, o dia escureceu fazendo com que os índios não pudessem trabalhar para a sua sobrevivência. No lugar de Kuandú, então, sua esposa mandou que os filhos clareassem o dia. O primeiro foi, mas não aguentando o calor voltou e deu o lugar ao seu irmão. Este, cansado, deu lugar ao irmão mais novo. Desta forma conseguiam manter o dia claro revezando o trabalho entre eles.

Recursos utilizados: Pasta de leitura, imagens ilustradas do sol. Conto realizado em área interna. Atividade solicitada: Escrever seis palavras que iniciem com a letra (s).Devolutiva: Sim

(31)

A LENDA DO PIRARUCU Link do Youtube:

https://youtu.be/6NQuf-B6sVE

Pirarucu era um índio que pertencia à tribo dos Uaiás. Era um bravo guerreiro, mas tinha um coração perverso, mesmo sendo filho de Pindarô, um homem de bom coração, chefe da tribo. Egoísta e cheio de vaidades, Pirarucu adorava criticar os deuses. Um dia ele aproveitou a ausência do pai para tomar índios da sua tribo como reféns e executá-los sem nenhum motivo.Tupã, o deus dos deuses, decidiu puni-lo chamando Pólo para que espalhasse o seu mais poderoso relâmpago.

Também convocou Iururaruaçu a deusa das torrentes, e ordenou que provocasse a mais forte tempestade sobre Pirarucu, quando estava pescando com outros índios às margens do Rio Tocantins. O fogo de Tupã foi visto por toda floresta. Pirarucu tentou escapar, mas foi atingido no coração por um relâmpago fulminante. Todos que se encontravam com ele correram para a selva assustados. O corpo de Pirarucu, ainda vivo, foi levado para as profundezas do Rio Tocantins e

29

(32)

transformado em um gigante e escuro peixe. Acabou desaparecendo nas águas e nunca mais retornou, mas por um longo tempo aterrorizou toda a região.

Recursos utilizados: Pasta de leitura, banco, tecido de cetim azul, tigela com formato de peixe. Atividade solicitada: Escrever seis palavras com a sílaba PI e soltar a imaginação fazendo um desenho do peixe Pirarucu.Devolutiva: Sim.

(33)

31

(34)

A LENDA DA ERVA MATE

Link do youtube:

https://youtu.be/Bm2dG22KGHE

Uma tribo de índios vivia feliz em sua terra, até que começou a faltar alimento.

Os índios resolveram, então, partir em busca de terras melhores. Um velho não pode acompanhá-los, porque não tinha forças suficientes. Sua jovem filha, Yarí, decidiu ficar na aldeia abandonada, para cuidá-lo e protegê-lo. Ficaram sós na aldeia. Yarí trabalhava muito e seu pai sempre lhe dizia que partisse ao encontro da tribo. Ela se negava. O tempo foi passando… Um dia apareceu um estranho na aldeia abandonada. Pediu ajuda. O velho e sua filha pouco tinham para dar, mas acolheram o viajante e repartiram com ele tudo o que possuíam. Agradecido pela hospitalidade, o estranho disse que era mensageiro de Tupã, com poderes para realizar os desejos do velho índio. Este, então, pediu um amigo que ficasse sempre ao seu lado, para que Yarí pudesse partir. O viajante lhe ofereceu um amigo: a erva- mate. Disse-lhe que plantasse, cuidasse dela, e depois colhesse. Então fervesse e bebesse, assim suas forças voltariam!: - Yarí pode seguir a tribo, falou o velho. :- Não, meu pai, mesmo que não precise mais de mim, eu ficarei! O estranho comoveu-se com Yarí e lhe disse: - Você será a Deusa protetora dos ervais! Será a Cáa-Yarí!

Recursos utilizados: Pasta de leitura, Imagens ilustradas na gravação e cuia de chimarrão. Conto realizado em área interna. Atividade solicitada: Recontar o conto, fazer uma história em quadrinhos.Devolutiva: Sim

(35)

33

(36)
(37)

6.2 DO CONTEXTO ESCOLAR E DA ANÁLISE DOS DADOS

Diante do exposto, das devolutivas dos alunos, é possível fazer alguns apontamentos, principalmente, em relação à precariedade ou à lentidão que a escola pública, de periferia, consegue ensinar de modo emergencial em tempos de Pandemia (COVID-19).

As famílias que constituem a comunidade escolar, na sua maioria, são carentes no aspecto socioeconômico. Muitos alunos necessitam de materiais pedagógicos oferecidos pela mantenedora, também é grande a necessidade de Atendimento Educacional Especializado (AEE). Mesmo diante dessa realidade precária, há uma grande parcela de pais participativos e comprometidos com a educação, seguida de outros que só respondem à escola após busca ativa ou intervenções do Conselho Tutelar e/ou da Promotoria.

Na escola o ensino tem sido organizado de forma on-line, seguindo as orientações da Rede Pública Municipal, através da Plataforma Educar Web, bem como, com entregas semanais de materiais impressos. Os professores sentem muitas dificuldades em planejar aulas remotas, pois não conseguem atingir seus objetivos, nem transmitir de forma significativa o que necessitam desenvolver, prejudicando demais a aprendizagem. Sentem-se frustrados e angustiados com a defasagem no ensino-aprendizagem.

A equipe pedagógica, tem buscado alternativas, “se reinventar, porém não é tarefa fácil”, como escutei de uma profissional da escola. Porém, muitos pais têm grandes dificuldades e não sabem como auxiliar seus filhos na realização das atividades. Unido a isso, há dificuldades de acesso aos meios virtuais que são disponibilizados, desse modo, várias atividades planejadas pelos docentes não são acessadas e nem mesmo está sendo considerado significativo o retorno dos materiais impressos.

A primeira tentativa para compartilhar as lendas com os alunos não teve êxito, não houve o retorno das atividades na data proposta, então, foi preciso compartilhar novamente e, dessa vez, na página do facebook da escola, bem como realizar as entregas das atividades impressas, fugindo da proposta inicial. Entretanto, levando em consideração que recebi pelo menos um retorno de cada uma das atividades, e 35

(38)

entendendo, a partir desses que o objetivo proposto com uma determinada lenda foi atingido, resta-me dizer que, a “Sequência de Atividades Didáticas”, produziu efeitos positivos. Retomando Miyashiro, (2006, p.01), “as manifestações populares vão dar- se em sua maioria, de forma oral. É que a comunicação a nível popular, significa a troca de informações, experiências e fantasias de analfabetos ou semi letrados para seus semelhantes”. Nesse viés, mesmo que os alunos (as) do 2º ano ainda não estejam alfabetizados, eles conheceram outras Histórias, e possivelmente falaram delas com seus familiares e amigos, já que foram convidados a recontar, desenhar, elaborar frases, destacar palavras importantes, etc.

Então, a partir das poucas devolutivas dos alunos, foi possível perceber que é possível entrelaçar o trabalho com contos e lendas indígenas e a Educação Ambiental, uma vez que esses povos tradicionais tem o sentimento de pertença e respeito à natureza, necessitam preservar as suas culturas.

(39)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo teve como objetivo proporcionar o contato com cinco lendas indígenas envolvendo a temática da Educação Ambiental para alunos de uma turno do 2º ano do Ensino Fundamental (Anos iniciais), com intuito de potencializar a valorização dos povos indígenas em suas relações com a natureza.

A partir das devolutivas dos alunos acerca do contato com as narrativas é possível dizer que as lendas produzem efeitos positivos, já que as crianças, mesmo em número restrito, manifestaram apreço pelas narrativas. Infelizmente, o Ensino Remoto na escola de periferia investigada está fragilizado pela realidade socioeconômica e a falta de cultura escolar de muitos pais, que não conseguem auxiliar os filhos.

Diante disso, penso que essa pesquisa-ação segue inclusa ou melhor ainda deve ser replicada em outro momento histórico para que mais dados possam ser analisados, com vistas a não concluirmos nada a partir de tão poucos retornos. O trabalho com lendas, com os povos indígenas, merece salas cheias, merece muitas cores, muitos materiais, muito barro!

Penso que no papel de professor (a), é necessário preparar os alunos para o conhecimento das várias manifestações culturais, sem considerá-las exóticas, mas diversas. Desse modo, os alunos perceberão que existem outras pessoas, em outros lugares, que elas possuem hábitos, costumes e tradições próprias. Valorizar as expressões da cultura de um povo é privilegiar a diversidade e questionar os mecanismos que discriminam o outro e que perpetuam as mais variadas exclusões.

37

(40)

REFERÊNCIAS

BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em 10 de mai. 2020.

BRASIL. Decreto 6.040 de 7 de fevereiro de 2007. Institui a política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Decreto/D6040.htm>.

Acesso em: 9 de mai. 2020.

BRASIL. Decreto nº 6.861, de 27 de maio de 2009; dispõe sobre a Educação Escolar Indígena.Disponívelem:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007- 2010/2007/Decreto/D6040.htm>. Acesso em: 9 de mai. 2020.

BRASIL. Fundação Nacional do Índio. Disponível em:

<http://www.funai.gov.br/index.php/indios-no-brasil/quem-sao?limitstart=0#>. Acesso em 8 de ago. de 2020.

BRASIL. LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educacional. Leis de Diretrizes e Bases. Lei nº 9.394. 1996. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/

L9394.htm>. Acesso em: abr. 2020.

BRASIL. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm>.

Acesso em: 10 de mai. 2020.

BRASIL. Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9795.htm>. Acesso em 12 mai. 2020.

BRASIL. Lei n.13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação – PNE e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF., 26 jun. 2014. Disponível em: <2011-2014/2014/lei/l13005.htm> Acesso em abr. 2020.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base nacional comum curricular. Brasília, DF, 2020. Disponível em:

<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: abr. 2020.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais /Secretaria de Educação Fundamental. Brasília MEC/SEF, 1997.Disponível em:

<http://portal.mec.gov.br/component/tags/tag/33038> Acesso em: 12 de mai. 2020.

(41)

BRUSTZ, João. Legislação ambiental e principais normas: como se adequar a elas? EJEQ (UFPR). 2019. Disponível em:<https://www.ejeq.com.br/legislacao- ambiental/> Acesso em: 28 de maio de 2020.

CARVALHO, Isabel Cristina de Moura; FARIAS, Carmen Roselaine de Oliveira. Um Balanço da produção científica em educação ambiental de 2001 a 2009 (ANPEd, ANPPAS e EPEA). Revista Brasileira de Educação v. 16 n. 46 jan./abr.

2011.

Disponívelem<http://33reuniao.anped.org.br/33encontro/app/webroot/files/file/

Trabalhos%20em%20PDF/GT22-6423—Int.pdf>. Acesso em: 8 de mai. de 2020 CECHINEL, André; FONTANA, Sílvia Aparecida Pereira; GIUSTINA, Kelli Pazeto Della; PEREIRA, Antônio Serafim. PRADO, Silvia Salvador do. Estudo/ Análise Documental: Uma revisão teórica e metodológica. Criar Educação – PPGE – UNESC. Criciúma, v. 5, n.1, jan./jun. 2016.

CNU – CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração de Estocolmo sobre o

ambiente humano. Estocolmo, 1972. Disponível em:

http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Meio-Ambiente/declaracao-de- estocolmo-sobre-o-ambiente-humano.html

CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução do CONAMA n.º 001

de 23/01/86. Disponível em:

http://www2.mma.gov.br/port/conama/legislacao/CONAMA_RES_CONS_1986_001 DEMOLY, Karla Rosane do Amaral; SANTOS, Jocelma Sales Biziu dos.

Aprendizagem, Educação Ambiental e Escola: modos de en-gir na experiência de estudantes e professores. Ambiente & Sociedade. vol.21 São Paulo 2018.

DIEGUES, Antônio Carlos. Os saberes tradicionais e a Biodiversidade no Brasil.

(Org.) [et al]. São Paulo, 1999. Ministério do Meio Ambiente. Disponível em: 43 Acesso: 15 de mai.2020.

FERNANDES, Márcia. Lenda do Guaraná. 2021. Disponível em:

<https://www.todamateria.com.br/lenda-do-guarana/> Acesso em: 17 abr.2021.

FERNANDES, Márcia. Lendas Indígenas.2021 Disponível em:

<https://www.todamateria.com.br/lendas-indigenas/> Acesso em:17.abr.2021.

GERHARDT, Tatiana Engel. (Org.); SILVEIRA Denise Tolfo. Métodos de pesquisa.

SEAD/UFRGS. Porto Alegre: Editora da UFRGS,2009.

GRESSLER, Lori Alice. Introdução à Pesquisa: projetos e relatórios.2ª edição. Rev.

Atual. São Paulo:Loyola,2004.

39

(42)

Instituto Socioambiental. (ISA). Povos Indígenas no Brasil. Quem São? Disponível em:< https://pib.socioambiental.org/pt/Quem_s%C3%A3o>. Acesso em: 10 de ago.

de 2020.

JACOBI, Pedro. Educação Ambiental, Cidadania e Sustentabilidade. Cadernos de Pesquisa, n. 118, março/ 2003.

JECUPÉ, Kaka Werá. A Terra dos mil povos: história indígena do Brasil contada por um índio. São Paulo: Peirópolis, 1998.

JUNG, Tercio Inacio. A evolução da legislação ambiental no Brasil. Âmbito jurídico.2011. Disponível em: . Acesso em: 28 de mai. De 2020.

MIYASHIRO, Shirley Fernandes de Oliveira. Lendas e Mitos no Ensino Fundamental. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE HISTÓRIA, NOVAS EPISTEMES E NARRATIVAS CONTEMPORÂNEAS, 2016. Jataí, GO. Jataí: UFG- Regional Jataí.2016.Disponívelem:<http://www.congressohistoriajatai.org/2016/

resources/anais/6/1470844324_ARQUIVO_LendaseMitosnoensinofundamental.pdf>.

Acesso em 10 de maio.2021.

MYNAIO, Maria. Ciência, Técnica e Arte: o desafio da pesquisa social. In:

MINAYO, Maria.Cecilia de Souza (Org.); DESLANDES, Swely Ferreira; NETO, Otávio Cruz; GOMES, Romeu. Pesquisa Social: Teoria, métodos e criatividade. 26ª edição.Petrópolis, RJ: Vozes,2007.

MUNDURUK, Daniel. O banquete dos deuses: conversa sobre a origem e a cultura brasileira. 1ª edição digital. São Paulo. Global editora,2013.

OSÓRIO. Secretaria Municipal de Educação. Documento Curricular do Município de Osório: Ensino Fundamental – Anos Iniciais 2º Ano. 2019.

PENTEADO, Fernanda. BNCC: O que é a Base Nacional Comum Curricular e qual é o seu objetivo. Disponível em:<https://sae.digital/bncc-o-que-e-qual-e-o-seu- objetivo/>Acesso em: 10 de jun. de 2021.

Portal Educação. A política Nacional do Meio Ambiente 1981. Disponível em:<si- teantigo.portaleducacao.com.br >. Acesso em: 26 de mai. De 2020.

PRODANOV,Cleber Cristiano; FREITAS, Ernani César de. Metodologia do trabalho Científico: Métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. 2ª Edição. Novo Hamburgo: Feevale. 2013.

RICARDO, Fany. Terras indígenas & unidades de conservação da natureza: o desafio das sobreposições. São Paulo: Instituto Socioambiental, 2004, p. 78

SANTOS, Francisco Bezerra dos. Literatura Indígena na sala de aula:

contribuições para o ensino. Revista Científica da FASETE. 2017.1. Disponível em:

<https://www.unirios.edu.br/revistarios/media/revistas/2017/12/

(43)

leitura_da_literatura_indigena_na_sala_de_aula_contribuicoes_para_o_ensino.pdf>.

Acesso em: 8 de abri de 2021.

SILVA, Roberta da; GIRARDON DOS SANTOS, Denise Tatiane; MARQUES, Aline Damian. Multiculturalismo e o Meio Ambiente nas Comunidades Tradicionais.

Revista Interdisciplinar de Ensino, Pesquisa e Extensão vol. 2 n°1. 2014.

TOALDO, Adriane Medianeira. A educação ambiental como instrumento para a concretização do desenvolvimento sustentável. Âmbito jurídico 2011. Disponível em: <instrumento-para-a-concretizacao-do-desenvolvimento-sustentavel/>. Acesso em: 29 de mai. de 2020.

ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Trad. Ernani F. da Rosa – Porto Alegre: ArtMed, 1998.

41

(44)

ANEXO-SEQUÊNCIA DIDÁTICA

Escola: Escola Municipal de Ensino Fundamental (SOL) Cidade: Osório/RS

Turma:23 Turno: tarde

Período: (03 a 14 de maio) Professora Regente: Maria Flor

Supervisora do estágio: Maria Cristina Schefer Estagiária-Uergs: Michele Alves

Objetivo Geral: Desenvolver uma série de atividades sobre os contos indígenas que contribuam com o processo educativo dos estudantes em tempos de crise sanitária:

Covid-19, em formato de Ensino Remoto para encaminhamento em plataformas digi- tais.

Justificativa: Segundo informou a professora regente da turma, as principais dificul- dades na turma são referentes a “alfabetização”

Por isso, foram preparadas atividades que possam contribuir no processo de ensino.

Componente Curricular Língua Portuguesa

Objetos do Conhecimento: Formação do leitor literário.

Habilidades (EF15LP15RS1-1)

Perceber que a literatura faz parte do mundo do imaginário e apresenta uma dimensão lúdica, de encantamento, assim, valorizando-os, em sua diversidade cultural, como patrimônio artístico da humanidade, de modo a contribuir para sua formação como leitor literário.

(45)

Atividade 1 – Conto indígena “A lenda da Erva Mate”

Responsável: Michele Alves

Vídeo de 3 minutos e 43 segundos. Apresentação. Conto através de imagens. Após assistir ao vídeo, recontar o conto e fazer uma história em quadrinhos.

Acesso: (https://youtu.be/Bm2dG22KGHE)

Atividade 2-Conto indígena “A lenda da Mandioca”

Responsável: Michele Alves

Vídeo de 1 minuto e 56 segundos – No vídeo leitura do conto. Após assistir ao vídeo, fazer uma relação de palavras que tinham no conto.

Acesso: (https://youtu.be/nKbY5clX9_w) Atividades 3-Conto indígena “A lenda do Sol”

Responsável: Michele Alves

Vídeo de 2 minutos e 4 segundos. Após assistir ao vídeo, escreva seis palavras que iniciem com a letra S.

Acesso: (https://youtu.be/ypQPXTonHbw)

Atividades 4-Conto indígena “A lenda do Pirarucu”

Responsável: Michele Alves

Vídeo de 2 minutos e 30segundos. Após assistir ao vídeo, escrever seis palavras que iniciem com a sílaba Pi, e soltar a imaginação fazendo um desenho do peixe Pi- rarucu.

Acesso: (https://youtu.be/6NQuf-B6sVE)

Atividades 5-Conto indígena “A lenda do Guaraná”

Responsável: Michele Alves

Vídeo: 2 minutos e 15 segundos – Conto utilizando objetos. Após assistir ao vídeo, pesquisar para que serve o guaraná.

Acesso: (https://youtu.be/rNHw7IbkKTg)

43

Referências

Documentos relacionados

Durante o exercício de 2008, a sociedade de direito espanhol Cajastur Inversiones, S.A. indicou José Maria Brandão de Brito como seu representante no Conselho Geral e de Supervisão

Tese apresentada como requisito parcial para obtenção do título de Doutor pelo Programa de Pós-graduação em Direito da PUC-Rio.. Aprovada pela Comissão Examinadora abaixo

Os resultados obtidos com este estudo mostram que a incorporação da perspetiva CTSA nos manuais escolares estudados não está ainda completamente conseguida, pois nem sempre, quer

RESUMO: Este artigo retrata a trajetória do desenvolvimento da estrutura arquivística da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), desde a sua primeira unidade de refe-

Na cidade de Évora, localizam-se dois conventos: o Convento de Nossa Senhora dos Remédios (1606), e o Convento de São José da Esperança (1681), também conhecido por Convento Novo,

En así que tanto en países del Sur como del Norte Global surgen percepciones de niñas y niños que podemos englobar como sutiles etiquetas de la pobreza, que confirman

Por meio destes jogos, o professor ainda pode diagnosticar melhor suas fragilidades (ou potencialidades). E, ainda, o próprio aluno pode aumentar a sua percepção quanto

Contrastando com essa caverna, as do município de Manoel Viana (Kid Bairro e Rincão dos Pintos) localizam-se em uma área de entorno com uma mancha de