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INCIDÊNCIA DA BROCA-DO-CAFÉ EM LAVOURA IRRIGADA SOB PIVÔ CENTRAL J FRANÇOSO, Graduando do 7º

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Academic year: 2022

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INCIDÊNCIA DA BROCA-DO-CAFÉ EM LAVOURA IRRIGADA SOB PIVÔ CENTRAL

J FRANÇOSO, Graduando do 7º perIodo em Agronomia – UFLA, e-mail: jonasfrancoso@hotmail.com; JC MORAES, Dr. Prof.

Associado do Depto de Entomologia – UFLA; AAP CUSTÓDIO, Doutorando em Agronomia/Fitopatologia – UFLA; LA LIMA, Ph.D. Prof. Adjunto do Depto de Engenharia – UFLA; MA FARIA, Dr. Prof. Titular do Departamento de Engenharia – UFLA.

Dentre os principais insetos-praga que ocasionam perdas na cafeicultura pode-se citar a broca-do-café

Hypothenemus hampei (Ferrari, 1867) (Coleoptera: Scolytidae). Entretanto, em culturas irrigadas devem ser

realizados estudos nos quais se relacionem os nIveis de lâminas de água e os reflexos apresentados com relação à incidência de insetos-praga chave (Meireles et al., 2001; Custódio et al., 2009). Objetivou-se neste trabalho avaliar a incidência da broca-do-café em lavoura irrigada por aspersão tipo pivô central, sob diferentes lâminas de água e em três épocas do ano.

O experimento foi realizado na área do Departamento de Engenharia da Universidade Federal de Lavras, na latitude 21 13’43” Sul, longitude 44 58’38” Oeste e altitude média de 908 m, em lavoura cafeeira cultivar Rubi –

“MG 1192” (Coffea arabica L.), irrigada pelo método da aspersão tipo pivô central. A lavoura, com onze anos, foi plantada no espaçamento de 3,5 m entre as linhas e 0,8 m entre as plantas. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com três repetições, possuindo cada parcela oito plantas úteis. Os tratamentos corresponderam a seis diferentes lâminas de irrigação, sendo 0% (não irrigado), 60%, 80%, 100%, 120% e 140% de valores pré- definidos de Kc (Jan-Mar = 1,10, Abr-Jul = 0.90, Ago-Out=1.30 e Nov-Dez=1,15). As amostragens foram realizadas no final do mês de julho de 2009 (época 1: após a colheita), no inIcio de novembro de 2009 (época 2: frutos no estádio de chumbinho) e inIcio de março de 2010 (época 3: enchimento dos grãos), sendo esse procedimento realizado em cada uma das 18 parcelas experimentais. Nas épocas 1 e 2, fizeram-se as avaliações do inseto-praga amostrando-se 64 frutos coletados no solo de cada parcela, sob a projeção da copa das plantas. Na época 3, amostrou- se 64 frutos por parcela, coletados aleatoriamente em ramos plagiotrópicos do terço médio da planta. Avaliou-se a incidência da broca pela quantificação do número de frutos com presença da injúria e o número total de frutos amostrados, conforme realizado por Ferreira (1998). As médias entre os tratamentos foram analisadas com auxIlio do software Sisvar

®

(Ferreira, 2000) versão 4.0, aplicando o teste de F (P<0,05).

Resultados e conclusões

Não houve diferença significativa da incidência da broca nos frutos de café quanto às diferentes lâminas de

irrigação, no final do mês de julho (época 1) de 2009 (Figuras 1 A), sendo a incidência média entre os tratamentos de

9,55%. Este resultado pode estar associado às altas precipitações pluviométricas ocorridas durante o ano em questão,

como já observado por Backer et al. (1992) e Ferreira et al. (2000).

(2)

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Incidência (%) Broca do ca

In c id ê n c ia ( % ) B ro ca d o c a f é

In c idê nc ia (% ) B ro c a d o c afee iro

De uma maneira geral, chuvas freqüentes e áreas sujeitas ao acúmulo de água na superfIcie do solo podem dificultar a proliferação da broca-do-café (Teixeira et al., 2006). Ao contrário, Souza & Reis (1997) observaram que a estiagem prolongada, ocorrida de janeiro a março de 1984, foi um dos fatores que favoreceram a multiplicação da broca. No ano seguinte (1985), quando as chuvas voltaram ao regime normal de outubro a março não houve mais que 5% dos frutos brocados.

Houve na presente pesquisa influência significativa das diferentes lâminas de irrigação no inIcio do mês de novembro (época 2) de 2009 e inIcio de março (época 3) de 2010 (Figuras 1 B, C). Na avaliação referente ao inIcio de novembro de 2010, constatou-se uma incidência máxima de 27% na lâmina de 60% do Kc e incidência mInima de 7% na lâmina de 120% do Kc, com Indices médios entre os tratamentos de cerca de 14% (Figura 1 B). Entretanto, na avaliação de março de 2010, houve melhor ajuste do modelo estatIstico, sendo observada maior incidência da broca do café nos tratamentos não irrigado (11,98%) e na lâmina de 60% do Kc (12,50%). Nessa mesma época de avaliação, os Indices médios de incidência foram de 5,5%, sendo observou menor incidência do inseto-praga nas maiores lâminas de irrigação, com Indices inferiores a 5% de incidência (Figura 1 C).

Nas condições em que esta pesquisa foi realizada, conclui-se:

A incidência da broca-do-café foi influenciada pelas diferentes lâminas de irrigação nas épocas de novembro de 2009 e de março de 2010.

Houve melhor ajuste do modelo estatIstico na avaliação realizada em março de 2010 (época 3). Houve maior incidência da broca nos tratamentos não irrigados e na lâmina de 60% do Kc. Houve menor incidência do inseto- praga nas lâminas de 80%, 100%, 120% e 140% do Kc.

(A) (B)

30

30

25 20 15

10 7,29 a 7,29 a 6,77 a

5 0

9,38 a

15,11 a 11,46 a

25

Y = 0,0001x2 - 0,0121x + 0,3277 R2 = 0,08*

20

15

10

5

0

0 20 40 60 80 100 120 140

Lâminas de irrigação (%

Kc)

(C) 60 L8â0mina 1d0e0irriga 1ç2ã0o (%1K 40 c)

Dados observados Dados estimados

30

25

Y = 0,0129x2 - 0,1169x + 0,3300 R2 = 0,69*

20

15

10

5

0

0 20 40 60 80 100 120 140

Lâminas de irrigação (% Kc)

Dados observados Dados estimados

FIGURA 1.

Incidência (%) da broca do café em

lavoura irrigada sobre diferentes lâminas, pelo

método da aspersão tipo pivô central, referente ao

final do mês de julho de 2009 (A - época 1), no

inIcio de novembro de 2009 (B - época 2) e inIcio

de março de 2010 (C - época 3). UFLA, Lavras,

MG, 2010.

Referências

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