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Após análise minuciosa baseada na diagnose original (Sandwith, 1928 & 1940) e no fotótipo do holótipo (depositado no herbário do Royal Botanic Gardens, Kew (K). Inglater- ra

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Notas adi cionai s sobre Spiranthera

guianensis Sandwi th ( Rutaceae·Cusparieae) - Nova p ara o Brasil

Resumo

Spiranthera guianensis, descrita originalmente por Sandwith (1928 & 1940), tem agora sua diagnose am- pliada com uma descrição mais detalhada de seus fru- tos. ~ apresentada uma figura ilustrativa. Pela pri- meira vez coletada no Brasil.

INTRODUÇÃO

Revisando material botânico de Rutaceae do herbário do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). em Manaus, despertou- nos a atenção uma planta recentemente co- lhida no Km 118 da rodovia Manaus-ltacoatia- ra. Município de ltacoatiara, Estado do Amazo- nas

.

Após análise minuciosa baseada na diagnose original (Sandwith, 1928 & 1940) e no fotótipo do holótipo (depositado no herbário do Royal Botanic Gardens, Kew (K). Inglater- ra

:

L

.

S

.

Hohenkerk 853), verificamos tratar- se de

Spiranthera guianensis

Sandwith, espé- cie descrita há mais de cinqüenta anos para a República da Guiana e pela primeira vez sua ocorrência é assinalada para a região amazô·

nica brasileira. Além das características bo- tânicas coincidentes, tal fato pode ser eviden- ciado levando em conta que, tanto naquele país vizinho como em nossa região, a referida espécie foi colhida em ambiente ecológico de matas úmidas da terra firme baixa próximas de cursos d'água.

Neste trabalho, completamos a diagnose original de Spiranthera guianensis, baseados

em coleções mais recentes e para

melhor re-

conhecimento do aludido taxon, apresentamos desenhos ilustrativos não publicados nos tra- balhos de Sandwith (1928

&

1940).

Spiranthera guianensi s Sandwith, Kew Buli.

1928 (9): 368-369. 1928 e 1939: 549. 1940.

Fig. 1.

Byron W. P. de Albuquerque (*)

Arvore pequena, cerca de 10m de altura e 15-17 em de diâmetro (D

.

A.P

.

). com râmu-

los obscuramente cobertos de pelos r:urtos, casca pouco brilhante, vermelho-escura, sub- inflorescência 4-5 mm de diâmetro

.

Folhas trifolioladas: pecíolo com casca semelhante a dos râmulos, muito longo, 10-14 em de compri- mento e 1,5-2,5 mm de diâmetro; peciólulo pu- bescente

,

5-15 mm de comprimento; folíolo obovado, obovado-elítico ou quase rombóide- elítico. com o ápice bastante abruptamente acuminado, quase cuspidado e base longamen- te agudo-atenuada, 5,3-20 em de comprimento, 2,5-9,5 em de largura, membranáceo, glauco e esparsa mas regular e curtamente adpresso- piloso na face inferior, nervuras laterais à ner- vura mediana 6-16, afastadas entre si 6-30 mm.

lnflorescência em panícula largamente tirsói- de; ramos escurecidos, pubescentes

, com brác-

teas, bractéolas. indumento e forma dos bo·

tões muito semelhantes aos de S.

odoratissi· ma;

pedúnculos das cimeiras inferiores até cerca de 7 em de comprimento; pedicelos al- gumas vezes até 1 ,5 em de comprimento;

cfl-

lice cupuliforme, pubérulo-cinzento ou pubes- cente-cinzento, 5-dentado, dentes 1- 2 mm àe comprimento; corola de 5 pétalas, creme. pé·

tala até cerca de 6,5 em de

r::omprimento

e 3,5 mm de largura. densamente pubérula ou pubescente por dentro e por fora; estames 5, livres, com filetes curtamente pilosos na par- te inferior e até cerca de 6,7 em de compri- mento; disco pardo-escurecido, inconspícuo.

baixo. cerca de 1 mm de altuta. mais curto que os dentes dos cálices frutíferos ou apenas do mesmo comprimento, com margem inteira, freqüentemente ondulado-sinuosa e com o fun- do dos estípites dos ovários estraitamente adpresso: ovário clavado

,

seríceo-piloso, 3,6 mm de altura e 2-2,5 mm de diâmetro no

ápi-

( • ) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Manaus.

ACTA AMAZONICA 9(4) : 641-644. 1979

- 641

(2)

ce; estilete na flor aberta curtamente piloso na parte inferior, 4,5-7,3 em de comprimento.

Fruto esquizocárpico, 1-2 cacas sub-rombóide conchiformes, bivalvas, monospermas, escure- cidas, glabrescentes, conspicuamente rugosas no sentido transversa

l

, lateralmente pouco

\ \

c E

comprimidas, cerca de 17 mm de comprimen- to e

11

mm de largura, dorso e ventralmente carinadas, carena dorsal terminando no ápice em ponta triangular-aguda cerca de 5 mm de comprimento por 2,5-3 mm de largura na base;

endocarpo seco, livre, subdividido em dois, ás·

F

~ ~~~

~~ll!!W

Sem~·

I

H

;

G

Fig 1 - Spiranthera guianensis: A - Ramo florífero; B - Ramo frutífero; C - Fruto aberto em vista ventral;

D - Fruto em vh:ta lateral; E - Endocarpo; F - Semente; G - Pistilo; H - Detalhe da lnflorescência mostrando àuas flores. (Desenhos de Jorge Palheta e Albr.1to Silva)

642-

Albuquerque

(3)

60

,

I 60

~o

l

I

r

r

I

y

Fig. 2 - Area de dispersão de Spiranthera guianensis

pero em ambos os lados, amarelado; semente oblonga, com superfície castanha. rugulosa. le- vemente carinada no dorso e curtamente api- culada no ápice.

TIPo- Hohenkerk 853. República da Guia·

na, rio Essequibo, igarapé Weri-werai-kuru, fi (holótipo: K, não visto; foto do holótipo K Neg n.o 17577:

/NPA).

MATERIAL EXAMINADO -

Estado do Ama- zonas, Município de

ltacoatiara,

rodovia Ma- naus-ltacoatiara, Km 118,

ramal

do Procópio (DERAm), margem do igarapé do Procópio:

04-1976; Monteiro

&

Ramos

671 (INPA

56521) - Idem;

17-09-1976;

Albuquerque et a/. 1200

(INPA

58982).

Idem;

15-06-1977;

Lisboa

et

a/.

982 (INPA

66560).

Notas

...

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA -

Desde a Ye·

nezuela adjacente atravessando a República da Guiana pelos igarapés Weri-werai-kuru e Makauria, rio Essequibo e pelo rio Demerara.

depois em direção sul até o norte do Brasil, no Estado do Amazonas. Município de ltacoatiara, rodovia Manaus-ltacoatiara. Km

118

(Fig.

2).

HABITAT -

Em matas úmidas da terra fir me baixa. em lugares próximos de igarapés.

NOME VULGAR-

Whyoaballi (República da Guiana).

Sandwith (1928) comenta que nas flores de Spiranthera

guianensis os fiietes geralmente

ultrapassam o comprimento dos estiletes, po- rém, um exame do material botânico colhido

no Km 118 da Rodovia Manaus-ttacoatiara. no

-643

(4)

mesmo biótopo, mostra que, nas flores aber·

tas,

os estiletes são mais longos que os file·

tes (Fig.

1, H)

.

Isto

indica

ser uma variação

geográfica

que na nossa opinião não merece

reconhecimento

taxonômico formal.

SUMMARY

Spiranthera guianensis, originally described by San·

dwith (1928 & 1940), has now its diagnosis enlarged

644-

with a more detailed description of its frults. An lllus·

trative figure ls presented. Flrst collection for Braz li.

BIBLIOGRAFIA

SANDWITH, N. Y.

1928 - Kew Bulletin, 1928 (8): 368·369.

1940 - Kew Bulletin, 1939: 549.

(Aceito para publicação em 21/09/79).

Albuquerque

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