• Nenhum resultado encontrado

ALINHAMENTO ESTRATÉGICO ENTRE TI E NÉGOCIO NO ÂMBITO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL: OS PRINCÌPIOS BÁSICOS PARA ELABORAÇÃO DE UM PETI

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "ALINHAMENTO ESTRATÉGICO ENTRE TI E NÉGOCIO NO ÂMBITO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL: OS PRINCÌPIOS BÁSICOS PARA ELABORAÇÃO DE UM PETI"

Copied!
14
0
0

Texto

(1)

ALINHAMENTO ESTRATÉGICO ENTRE TI E NÉGOCIO NO ÂMBITO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL: OS PRINCÌPIOS BÁSICOS PARA

ELABORAÇÃO DE UM PETI

Autoria: Luís Fernando Gomes Junior, Victor Alexandre Frazão dos Reis, Rogério Atem Carvalho

RESUMO

O objetivo principal desta pesquisa é listar os princípios básicos para elaboração de um PETI na Administração Pública Federal. Esses princípios têm como base um quadro teórico resultante da pesquisa bibliográfica e subsídios fornecidos por uma pesquisa exploratória da legislação e das publicações realizadas pelo Governo Federal. A metodologia desse trabalho foi dividida em 3 etapas e se iniciou pelo levantamento bibliográfico e legal para compreensão a respeito do Planejamento Estratégico de TI, do Alinhamento Estratégico e de todos os fundamentos legais sobre planejamento. A segunda etapa englobou a busca dos principais documentos utilizados como referência para a elaboração de um PETI no âmbito da Administração Pública Federal. Na terceira etapa foram relacionados os princípios identificados na segunda etapa.

Palavras-chave: PETI; Alinhamento Estratégico; Administração Pública Federal; Planejamento.

Abstract

The main objective of this research is to list the basic principles for the preparation of a IT Strategic Planning in the Federal Public Administration. These principles are based on a theoretical framework resulting from the literature research and subsidies provided by an exploratory legislation and publications produced by the Federal Government. The methodology of this study was divided into 3 stages and began by bibliographic and legal understanding regarding the IT Strategic Planning, Strategic Alignment and all legal grounds on planning. The second stage involved the research of the main documents used as reference for the preparation of na IT Strategic Planning in the Federal Public Administration. In the third stage were related to the principles identified in the second step.

Keywords: IT Strategic Planning; Strategic Alignment; Federal Public Administration; Planning.

(2)

1. INTRODUÇÃO

O alinhamento estratégico de TI, definido como o grau de integração entre a tecnologia da informação e a estratégia de negócio, continua a ser de alta prioridade (LUFTMAN; BEN-ZVI, 2011) para os pesquisadores e profissionais de TI. Estudos descobriram repetidamente que o alinhamento afeta a produtividade, lucro, crescimento das vendas, e reputação, o que levou as empresas a considerar os esforços para aumentar ainda mais o grau de ajuste entre TI e estratégia de negócio (TALLON; PINSONNEAULT, 2011).

O alinhamento requer que os executivos de negócio e o de TI assumam as responsabilidades de distribuir os benefícios e investimentos feitos com TI entre as áreas corporativas. (BRODBECK, 2001).

Hirschheim e Sabherwal (2001) defendem que o alinhamento estratégico é um processo contínuo de ajustes que as organizac ões utilizam para obter-se a interligac ão entre os objetivos e estratégias de negócio e os objetivos e estratégias da área de TI, com o intuito de obter vantagem competitiva. Porém, a incapacidade dos gestores de perceber o valor dos investimentos de TI é, em parte, devido à falta de alinhamento entre o negócio e a estratégia de TI das organizações (HENDERSON; VENKATRAMAN, 1993).

No setor público brasileiro, essa definição é corroborada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que, no Acórdão 1603/2008 (BRASIL, 2008), demonstra ser fundamental o alinhamento de todos os planos, recursos e unidades organizacionais para que o planejamento estratégico da organização pública tenha êxito. Desse modo, o Planejamento Estratégico de TI (PETI) deve estar alinhado com o planejamento estratégico da organização para o estabelecimento das prioridades e das ações a serem realizadas na área de TI (RODRIGUES, 2010).

Tendo em vista que a elaboração de um PETI alinhado com as metas organizacionais é uma das premissas para que a TI possa auxiliar a área de negócios a alcançar os objetivos estratégicos de uma instituição, e que para a Administração Pública isso deve ser um fundamento, surge a seguinte questão:

“Quais são os princípios básicos para elaboração do Planejamento Estratégico de TI m uma organização da Administração Pública Federal?”

1.1 OBJETIVO

O objetivo principal desta pesquisa é listar os princípios básicos para elaboração de um PETI na Administração Pública Federal. Esses princípios têm como base um quadro teórico resultante da pesquisa bibliográfica e subsídios fornecidos por uma pesquisa exploratória da legislação e das publicações realizadas pelo Governo Federal relacionadas ao tema deste artigo.

(3)

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE TI

O Planejamento Estratégico da Tecnologia da Informação (PETI) é um processo dinâmico e interativo para estruturar a TI e seus sistemas, as pessoas e a infraestrutura necessária para atender a todas as decisões, ações e processos organizacionais. O principal objetivo do PETI é estruturar todas as informações e os conhecimentos necessários da TI e seus recursos para o funcionamento harmônico da organização, a fim de apoiar a tomada de decisões operacionais, táticas e estratégicas, atendendo aos requisitos de qualidade, produtividade, efetividade, rentabilidade, modernidade e inteligência organizacional (MORAES, 2011).

Estratégia e planejamento de TI são fundamentais para uma empresa. Esses métodos vinculam as orientações estratégicas do negócio para as tecnologias que podem aproveitar melhor essas orientações estratégicas. Unidade de negócios e estratégias de operação conduzem decisões que determinam onde e como a empresa irá competir (LUFTMAN; LEWIS; OLDACH, 1993).

Segundo Resende (2002), o PETI fornece uma visão geral de conceitos, modelos, métodos e ferramentas de TI, necessária para facilitar a estratégia de negócio e suportar as decisões, as ações empresariais e os respectivos processos da organização, gerando benefícios ao negócio curto, médio e longo prazo (REZENDE, 2002).

O PETI tem sido consistentemente classificado como uma das preocupações mais importantes pelos gerentes de TI e negócios (REICH; BENBASAT, 1996). As organizações tentam aproveitar aplicações de TI para melhorar a eficiência, processos de reengenharia de negócios, ganhar vantagem competitiva e competir mais eficazmente (TEO; KING, 1997). E, para Rezende (2002), responder rapidamente as oscilações do mercado e adequando suas estratégias de ação.

Para autores como Henderson e Venkatraman (1993) e Luftman (1996), o papel da TI nas organizações mudou significativamente, evoluindo de suporte administrativo para um papel estratégico, apoiando e definindo estratégias empresariais. Os objetivos do PETI são apoiar e dar forma à estratégia de negócios (KEARNS; SABHERWAL, 2006).

Segundo Brodbeck (2001), o PETI pode ser definido como sendo o processo de identificação de infraestrutura (hardware, software básico e rede de comunicação de dados) e aplicações (banco de dados, sistemas e automação de escritórios) para suportar o negócio das organizações, através do atendimento dos objetivos organizacionais. O PETI tem se tornado essencial para muitas organizações. Alguns aspectos relacionados ao aumento das pressões dos negócios, dos riscos, das competências e da relação preço/performance têm servido para mudar os papéis e funções da TI, incluindo o seu uso para obtenção de vantagens competitivas, como transformadora dos processos, estrutura e relacionamentos do negócio.

Com isto, está se tornando difícil separar os aspectos de planejamento de TI dos de negócio (BRODBECK, 2001). Para o PETI ser eficaz, é fundamental que os planos de TI estejam alinhados com os planos de negócios para que possa mais efetivamente apoiar estratégias de negócios (TEO; KING, 1997).

Assim, o PETI compreende a concepção de planos de ação dos sistemas e da tecnologia em longo prazo, uma questão chave para suprir direção, esforço de concentração, consistência de propósito, flexibilidade e continuidade dos recursos da TI apoiando ao negócio. O apoio da TI

(4)

para o negócio, seja operacional ou estratégico, é representado pelo Alinhamento Estratégico (AFFELDT; VANTI, 2009).

2.2 ALINHAMENTO ESTRATÉGICO

Devido à importância que representa como forma de maximizar o desempenho organizacional da empresa, o alinhamento estratégico entre o Planejamento Estratégico da Tecnologia da Informação (PETI) e o Planejamento Estratégico do Negócio (PEN), possibilita o equilíbrio necessário entre as funções consideradas de vital importância para alcançar o sucesso organizacional (FREITAS, 2007).

De acordo com Henderson e Venkatraman (1993), o desempenho econômico está diretamente relacionado à capacidade de gerenciamento para criar o alinhamento estratégico entre a posição de uma organização no mercado competitivo e a concepção de uma estrutura administrativa adequada para suportar a sua execução. O alinhamento estratégico é inerentemente dinâmico. As escolhas feitas por uma empresa ao longo do tempo irão evocar as ações imitativas, que exigem respostas subsequentes. Assim, o alinhamento estratégico não é um evento, mas um processo de contínua adaptação e mudança (HENDERSON; VENKATRAMAN, 1993).

Luftman e Brier (1999) descrevem que o alinhamento estratégico (AE) é um conceito chave para os executivos de negócios: refere-se à aplicação da TI do modo correto, no tempo correto e em harmonia com as estratégias de negócios. O alinhamento pode tanto mostrar como a TI se alinha ao negócio, quanto mostrar como o negócio pode se alinhar com a TI. Os autores descrevem que de forma frustrante as organizações parecem achar difícil ou impossível utilizar o poder da TI para benefícios em longo prazo, mesmo sendo evidente seu poder de transformar indústrias e mercados.

Luftman (2000) diz que o AE refere-se à aplicação de TI, de forma adequada e em tempo oportuno, em consonância com as estratégias de negócio, metas e necessidades. O AE é uma preocupação fundamental dos executivos de negócio.

O alinhamento maduro evolui para uma relação onde a TI e outras funções de negócio adaptam suas estratégias em conjunto. Ao discutir o alinhamento de negócio e TI, termos como harmonia, ligação, fusão e integração são frequentemente usados como sinônimos do termo alinhamento. Não importa se a pessoa considera alinhamento de negócio e TI ou alinhamento entre TI e negócio, o objetivo é garantir que as estratégias organizacionais se adaptem de forma harmoniosa (LUFTMAN, 2000).

Segundo Laurindo et al. (2001), a falta de habilidade das empresas em obter retornos consideráveis dos investimentos em TI se deve à falta de coordenação e de alinhamento entre as estratégias de negócio e TI.

Brodbeck e Hoppen (2003) destacam alguns dos conceitos mais significativos sobre alinhamento encontrados na literatura, são eles: (1) o elo entre PEN-PETI corresponde ao grau no qual a missão, os objetivos e os planos de TI refletem, suportam e são suportados pela missão, pelos objetivos e pelos planos de negócio (REICH; BENBASAT, 1996); (2) o alinhamento estratégico corresponde à adequação e integração funcional entre ambiente externo (mercados) e interno (estrutura administrativa e recursos financeiros, tecnológicos e humanos) para desenvolver as competências e maximizar o desempenho organizacional

(5)

(HENDERSON; VENKATRAMAN, 1993); e (3) o alinhamento entre PEN-PETI é a adequação da orientação estratégica do negócio com a de TI (Chan et al., 1997).

Chan e Reich (2007) afirmam que o alinhamento é inerentemente ao valor e contribui para o sucesso organizacional. O alinhamento deve ser uma responsabilidade conjunta entre executivos de TI e de negócio. A alta direção precisa elaborar um processo de planejamento que assegure a coordenação entre negócio e TI. Somente as ações dos gestores de TI não são suficientes para alcançar essa coordenação (CHAN; REICH, 2007).

Demonstrar a relação entre alinhamento entre negócio e TI e o desempenho dos negócios é essencial para mostrar o valor da contribuição de TI para as organizações, bem como a importância do alinhamento entre TI e o negócio (LUFTMAN et al., 2010).

3. REFERENCIAL LEGAL

Nesta sessão serão apresentadas todas as evidências sobre a obrigatoriedade de se realizar a atividade de planejamento dispostos nos instrumentos legais e normativos.

O Decreto-Lei nº 200/1967 afirma que o planejamento é um princípio fundamental da Administração Pública Federal:

“Art. 6º - As atividades da Administração Federal obedecerão aos seguintes princípios fundamentais: I - Planejamento; II - Coordenação; III - Descentralização; IV - Delegação de Competência; V - Controle.”

“Art. 7º - A ação governamental obedecerá a planejamento que vise a promover o desenvolvimento econômico-social do País e a segurança nacional, norteando-se segundo planos e programas elaborados [...].”

Conforme a Constituição Federal de 1988, art. 174, o planejamento é uma obrigação legal: “Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá,

na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.”

A Constituição também estabelece a eficiência como um dos princípios da Administração Pública. E não é possível ser eficiente sem planejamento:

“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência [...].”

A Constituição dispõe ainda que a Administração Pública seja controlada quanto à efetividade de seus atos:

“Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será

(6)

exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.”

“Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:

I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;

II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado [...]”

Segundo a Lei 10.180/2001, o planejamento é uma das atividades de gestão orçamentária: “Art. 7º Compete às unidades responsáveis pelas atividades de planejamento:

I - elaborar e supervisionar a execução de planos e programas nacionais e setoriais de desenvolvimento econômico e social;

II - coordenar a elaboração dos projetos de lei do plano plurianual e o item, metas e prioridades da Administração Pública Federal, integrantes do projeto de lei de diretrizes orçamentárias, bem como de suas alterações, compatibilizando as propostas de todos os Poderes, órgãos e entidades integrantes da Administração Pública Federal com os objetivos governamentais e os recursos disponíveis;

III - acompanhar física e financeiramente os planos e programas referidos nos incisos I e II deste artigo, bem como avaliá-los, quanto à eficácia e efetividade, com vistas a subsidiar o processo de alocação de recursos públicos, a política de gastos e a coordenação das ações do governo;

IV - assegurar que as unidades administrativas responsáveis pela execução dos programas, projetos e atividades da Administração Pública Federal mantenham rotinas de acompanhamento e avaliação da sua programação [...]”

Também há a exigência do planejamento para as contratações de soluções de TI, de acordo com a Instrução Normativa SLTI 04/2010:

“Art. 4º As contratações de que trata esta Instrução Normativa deverão ser precedidas de planejamento, elaborado em harmonia com o PDTI, alinhado ao planejamento estratégico do órgão ou entidade.”

Então, podemos resumir que planejar é um princípio constitucional, um princípio fundamental da Administração Pública, uma obrigação legal, uma exigência de controle e uma atividade inerente à gestão pública.

(7)

4. METODOLOGIA

A metodologia desse trabalho foi dividida em 3 etapas e se iniciou pelo levantamento bibliográfico e legal para compreensão a respeito do Planejamento Estratégico de TI, do Alinhamento Estratégico e de todos os fundamentos legais sobre planejamento. A segunda etapa englobou a busca dos principais documentos utilizados como referência para a elaboração de um PETI no âmbito da Administração Pública Federal. Na terceira etapa foram relacionados os 11 (onze) princípios identificados na segunda etapa.

Neste estudo foram analisadas todas as publicações realizadas pelo Governo Federal para orientar as suas organizações na confecção do PETI. Foram coletadas todas as informações disponíveis e tabuladas para orientar o gestor a elaborar um PETI de acordo com o que é recomendado pela Administração Pública Federal.

5. RESULTADOS

A Tabela 1 apresenta a relação dos documentos utilizados como referência para elaboração do PETI, em ordem cronológica de publicação, finalizando com 2 (duas) referências de mercado para a gestão de TIC.

Tabela 1

Documentos de referência para elaboração do PETI

Documento Descrição

Decreto Nº 2.271/1997

Dispõe sobre a contratação de serviços pela Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional e dá outras providências.

Acórdão TCU Nº 1.558/2003 - Plenário

Trata da auditoria de conformidade realizada com o objetivo de avaliar a legalidade e a oportunidade das aquisições de bens e serviços de informática, realização de dispensa de licitação, ausência de planejamento nas aquisições, dentre outros temas.

Portaria Normativa SLTI/MP Nº 5/2005

Institucionaliza os Padrões de Interoperabilidade de Governo Eletrônico - e-PING, no âmbito do Sistema de Administração dos Recursos de Informação e Informática – SISP, cria sua Coordenação, definindo a competência de seus integrantes e a forma de atualização das versões do Documento.

Acórdão TCU Nº 786/2006 - Plenário

Trata sobre licitação para contratação de serviços de informática nas áreas de desenvolvimento de sistemas e acompanhamento de projetos, dentre outros temas.

(8)

Documento Descrição

Portaria SLTI/MP Nº 3/2007

Dispõe que o planejamento, implantação, desenvolvimento ou atualização de portais e sítios eletrônicos, sistemas, equipamentos e programas em Tecnologia da Informação reger-se-á pelas políticas,

diretrizes e especificações do Modelo de

Acessibilidade de Governo Eletrônico (e-MAG),

visando assegurar de forma progressiva a

acessibilidade de serviços e sistemas de Governo Eletrônico.

Instrução Normativa GSI/PR Nº 1/2008

Disciplina a Gestão da Segurança da Informação e Comunicações na Administração Pública Federal, direta e indireta, e dá outras providências.

Acórdão TCU Nº 1.603/2008 - Plenário

Aponta a situação da Governança de Tecnologia da Informação na Administração Pública Federal e faz recomendações.

Instrução Normativa SLTI/MP Nº 4/2010

Dispõe sobre o processo de contratação de Soluções de Tecnologia da Informação pelos órgãos integrantes do Sistema de Administração dos Recursos de Informação e Informática (SISP) do Poder Executivo Federal.

EGTI - Estratégia Geral de Tecnologia da Informação 2013-2015

Traça a direção da Tecnologia da Informação para os órgãos do SISP.

COBIT 4.1

Abreviatura de “Control Objectives for

Information and related Technology”, é um guia de boas práticas apresentado como framework, dirigido para a gestão de tecnologia de informação (TI).

ITIL v3

Abreviatura de “Information Technology

Infrastructure Library”, é um conjunto de boas práticas a serem aplicadas na infraestrutura, operação e manutenção de serviços de tecnologia da informação (TI).

(9)

A partir dos documentos de referência listados acima foram estabelecidos 11 Princípios para orientar a elaboração e execução do PETI. A Tabela 2 apresenta esses princípios:

Tabela 2

Princípios para elaboração e execução do PETI

ID Princípios Descrição Fonte

P01 Alinhamento Institucional

Alinhamento dos objetivos de TI aos objetivos institucionais. Acórdão TCU Nº 786/2006 - Plenário Acórdão TCU Nº 1.603/2008 - Plenário EGTI 2013/2015 - objetivo 3 COBIT 4.1 P02 Segurança da Informação Garantia da segurança da informação e comunicações em conformidade com as normas estabelecidas pelo GSI/PR. Acórdão TCU 1.603/2008 - Plenário IN GSI/PR Nº 01/2008 EGTI 2013/2015 - objetivo 6 COBIT 4.1 ITIL v3 P03 Gestão Orçamentária/ Financeira Aprimoramento da gestão orçamentária da TI para garantir o uso efetivo dos recursos financeiros necessários ao cumprimento das metas institucionais.

Acórdão TCU 1.603/2008 - Plenário EGTI 2013/2015 - objetivo 2 P04 Formação de Gestores

Incentivo à atuação dos servidores da Administração Pública Federal em atividades de governança e gestão da TI organizacional. EGTI 2013/2015 - objetivo 1 e 3 P05 Adoção de Processos de Gestão Adoção de processos de trabalho e boas práticas de gestão visando ao alcance da efetividade na gestão da TI.

Acórdão TCU 1.603/2008 - Plenário EGTI 2013/2015 - objetivo 4 P06 Conformidade nas Contratações

Garantia que todas as contratações de TI estejam em conformidade com a IN 04/2010 SLTI. Acórdão TCU 1.603/2008 - Plenário Acórdão TCU 1.558/2003 – Plenário IN SLTI/MP Nº 04/2010

(10)

ID Princípios Descrição Fonte

P07 Racionalização dos Recursos

Utilização racional dos recursos de TI visando à melhoria da qualidade e da produtividade. Acórdão TCU 1.603/2008 - Plenário Decreto Nº 2.271/1997 EGTI 2013/2015 - objetivo 5 P08 Padronização, Integração e Normatização Estímulo ao desenvolvimento, padronização, integração e normalização dos processos de TI. EGTI 2013/2015 - objetivo 5 P09 Atendimento ao Cidadão Conformidade com as diretrizes do governo federal, estabelecidas pelo Governo Eletrônico (e-GOV), nos Padrões de Interoperabilidade (e-PING) e no Modelo de Acessibilidade (e-MAG). Portaria Normativa SLTI/MP Nº 5/2005 Portaria SLTI/MP Nº 3/2007 Decreto Nº 7.579/2011 EGTI 2013/2015 - objetivo 5 P10 Desenvolvimento de Pessoas Estímulo e promoção da formação, do desenvolvimento e do treinamento dos servidores que atuam na área de TI.

EGTI 2013/2015 - objetivo 1 P11 Sinergia entre as Unidades Aumento da sinergia os órgãos do governo estimulando a integração, padronização e contratações conjuntas. EGTI 2013/2015 - objetivo 5 e 7

(11)

6. CONCLUSÃO

O objetivo principal deste artigo foi listar os princípios básicos para a elaboração de um Planejamento Estratégico de TI (PETI) na Administração Pública Federal.

Ao final deste trabalho, verificou-se que este objetivo foi alcançado através de uma pesquisa bibliográfica sobre o PETI e alinhamento estratégico, além da parte exploratória sobre a legislação e outras publicações do Governo Federal como instruções normativas, portarias e decretos sobre o tema em questão.

Esta pesquisa resultou em uma coletânea de documentos que permitiram compilar um verdadeiro roteiro para a elaboração de um PETI em uma unidade da Administração Pública Federal.

O roteiro em questão se resume em uma tabela com 11 princípios que vão desde padrões de interoperabilidade dos serviços de informações no Governo Federal, passando por questões como licitações, auditorias, governança e segurança da informação.

Estes princípios são fundamentais para o gestor público elaborar, manter e direcionar o seu PETI, sempre visando o alinhamento estratégico entre a TI e o negócio.

Como o estudo em questão não esgota o tema abordado, conclui-se que este trabalho deve ser complementado com o acompanhamento de novas diretrizes e documentações legais do governo federal, abrindo caminho para novas pesquisas futuras.

Sendo assim, este trabalho espera fornecer uma contribuição para os órgãos da Administração Pública Federal, oferecendo subsídios legais e de âmbito nacional para a construção de um PETI, alinhado às estratégias de negócio e que possa ser utilizado na gestão do planejamento de TI.

(12)

7. REFERÊNCIAS

Affeldt, F. S. & Vanti, A. A. (2009). Alinhamento estratégico de tecnologia da informação:

análise de modelos e propostas para pesquisas futuras. JISTEM - Journal of

Information Systems and Technology

Management. (Online) v.6, n.2,

p.203-226. São Paulo.

Brasil (2008). Tribunal de Contas da União. Acórdão 1603/2008-Plenário. Disponível em:

http://www.tcu.gov.br/Consultas/Juris/ Docs/judoc/Acord/20080814/008-380-2007-1-GP.doc Acesso em 12 set. 2013.

Brasil (2010). Ministério do Planejamento Gestão e Orçamento.

Estratégia Geral de

Tecnologia da Informação 2013-2015.

Brasília: MPOG. Disponível em: http://www.governoeletronico.gov.br/si

sp-conteudo/estrategia-geral-de- ti/biblioteca/arquivos/estrategia-geral- de-tecnologia-da-informacao-trienio-2013-2015-v1_1 . Acesso em: 1 set. 2013.

Brodbeck, A. F. (2001). Alinhamento

estratégico entre os planos de negócio e de tecnologia de informação: um

modelo operacional para a

implementação. 2001. Tese (Doutorado

em Administração) Programa de Pós-Graduação em Administração, Escola de Administração, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. Brodbeck, A. F & Hoppen, N. (2003). Alinhamento estratégico entre planos de negócio e de tecnologia de informação: um modelo operacional para

implementação. Revista de

Administração Contemporânea, v.7,

n.3, p.9-33, jul./set. 2003.

Chan, Y. E. & Reich, B. H. (2007). IT alignment: what have we learned?

Journal of

Information Technology, v.22,

p.297-315.

Chan, Y. E. et al. (1997).Business strategic orientation, information system strategic

orientation, and strategic alignment.

Information Systems Research, v. 8, n.2,

p.125-150, June.

Freitas, P. L. C. de. (2007).

Alinhamento Estratégico entre os

Planos de Tecnologia da

Informação e os Planos de Negócio:

uma análise dos fatores

influenciadores. 2007.

Dissertação (Mestrado em Administração) Programa de Pós-Graduação em Administração, Centro de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria.

Henderson J.C. & Venkatraman N. (1993). Strategic alignment: leveraging information

technology for transforming organizations. IBM Systems Journal, v.32, n.1, p.4-16.

Hirschheim, R. & Sabherwal, R. (2001). Detours in the path toward strategic information

systems alignment. California

Management Review, v.44, n.1,

(13)

Kearns G.S. & Sabherwal R. (2006). Strategic alignment between business and information

technology: A knowledge-based view of behaviors, outcome, and consequences.

Journal of Management Information

Systems, v.23, n.3, p.129-162.

Laurindo, F.J.B. et al. (2001) O papel da tecnologia da informação (TI) na estratégia das

organizações. Gestão & Produção, v.8, n.2, p.160-179. São Carlos.

Luftman J.N. Lewis P.R. & Oldach S.H. (1993). Transforming the enterprise: the alignment of business and information technology strategies. IBM Systems

Journal, v.32, n.1, p.198-221.

Luftman J.N. (1996). Applying the

Strategic Alignment Model. In:______.

Competing in the Information Age – Strategic Alignment in Practice. New York: Oxford University Press. p.43-69. Luftman J.N. & Ben-Zvi, B. (2011). Key Issues for IT Executives 2011: Cautious Optimism in Uncertain Economic Times. MIS Quarterly

Executive, v.10, n.4, p.203-212.

Luftman J.N., et al. (2010). IT Governance: An Alignment Maturity Perspective.

International Journal on IT/Business

Alignment and Governance, v.1, n.2,

p.13-25, April-June.

Luftman J.N. & Brier, T. (1999). Achieving and Sustaining Business-IT Alignment.

California Management Review, v.42,

n.1, p.109-122.

Luftman J.N. (2000). Assessing Business Alignment Maturity.

Communications of

Association for Information Systems,

v.4, a.14, Dec.

Moraes, G. D. A. (2011). Alinhamento

da estratégia do negócio e da TI na pequena

empresa: uma análise dos fatores

facilitadores e inibidores. 2011. Tese

(Doutorado em Engenharia de Produção), Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção, Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos.

Reich, B. H. & Benbasat, I. (1996). Measuring the Linkage between Business and Information Technology Objectives. MIS Quarterly, v.20, n.1, p.55-81.

Rezende, D. A. (2002) Alinhamento do

planejamento estratégico da tecnologia da

informação ao planejamento

empresarial: proposta de um modelo e verificação da prática em grandes

empresas brasileiras. 2002. Tese

(Doutorado em Engenharia de Produção) Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.

Rodrigues, J. G. L. (2010). Diretrizes

para Implantação da Governança de TI no Setor

Público Brasileiro à Luz da Teoria

Institucional. 2010. Dissertação

(Mestrado em Gestão do Conhecimento e da Tecnologia da Informação) Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa

(14)

Stricto Sensu em Gestão do Conhecimento e da Tecnologia da Informação, Universidade Católica de Brasília, Brasília.

Tallon P.P. & Pinsonneault A. (2011). Competing perspectives on the link between strategic information technology alignment and organizational agility: Insights from a

mediation model. MIS Quarterly:

Management Information Systems, v.35,

n.2, p.463-486.

Teo, T. S. H. & King, W. (1997). Integration between business planning and information

systems planning: and evolutionary-contingency perspective. Journal of

Management Information Systems,

Referências

Documentos relacionados

O ajuste do modelo da difusão líquida para forma geométrica circular (Equação 15), aos dados experimentais da secagem em camada de espuma da polpa de abacate,

À imprensa cabe, ao pautar tais eventos e ao realizar seu agendamento, não reduzi-los ou apresentá-los sob o enfoque técnico ou espetacularizado, ca- racterística do esporte

A análise dos dados revelou que setenta e cinco por cento dos cães braquicefálicos são acometidos por alterações anatômicas que caracterizam a síndrome braquicefálica, sendo

Bem próximo do bico de uma chaleira com água fervente tem- se vapor d’água (invisível); pouco mais acima do bico aparece uma espécie de “nuvem branca” que é o vapor condensado.

Para que se evite a evasão escolar, o professor do EJA deve dedicar-se às necessi- dades dos alunos, de maneira que estes se interessem pelo aprendizado do que está sendo trabalhado

Quais sentenças são verdadeiras sobre o protocolo da camada de aplicação que é usado para fazer essa conexão..

As principais ações desenvolvidas para implementação da política cicloviária de Fortaleza foram as seguintes: Programa de Expansão da Malha Cicloviária, com a proposta de antecipar

O) após o pagamento ou o proüsionamento das despesas e encargos do Fundo, todas as Disponibilidades e os pagamentos referentes aos Direitos Creditorios Cedidos e