Sondagem Mensal
da Indústria de Autopeças
Novembro de 2020
Divulgação: 08 de dezembro de 2020
Principais Evidências
A Sondagem Mensal da Indústria de Autopeças apontou, em novembro, redução da perspectiva das empresas para o aumento das vendas (passou de 71% das respostas, em outubro, para 50% em novembro) e aumento da percepção de vendas menores (oscilou de 7.3%, em outubro, para 25% em novembro) em relação ao mês anterior. Dificuldades com fornecimento e preço de insumos e matérias-primas, excessiva valorização do dólar e normalização da produção e venda de veículos, que já se encontram em patamar semelhante ao período precedente à crise, são fatores que ajudam a compreender o momento do setor. Em comparação a novembro de 2019, houve percentual maior de respostas para a opção referente ao aumento das vendas em comparação ao resultado de outubro (61,4% contra 45,5%). No caso do acumulado do ano, a sinalização prioritária segue em vendas menores (70% das respostas), mas se nota redução desse percentual desde junho. Dentro desse panorama, cerca de 70% das empresas que participaram da pesquisa informaram que deveriam importar insumos e matérias-primas em volumes iguais ou maiores aos do mês de outubro. Em linha com o que temos visto em nossa Pesquisa Conjuntural, cerca de 29% dos respondentes previam ociosidade entre 11% e 20% em novembro. Outros 24%, entre 21% e 30% de ociosidade.
De acordo com os diferentes canais de venda, observou-se que: para Montadoras e Reposição, as perspectivas seguem positivas na comparação com o mês anterior. No primeiro caso, o percentual de respostas para vendas maiores ou iguais foi de 74,4% e para Reposição, 63,2%. Para as exportações, o percentual para vendas maiores subiu de 18% em outubro para 36,0% em novembro e ficou em 33,0% para vendas iguais às do mês anterior. Com respeito à variação acumulada no ano, frente ao mesmo período do ano anterior, embora os percentuais venham diminuindo a cada mês, as indicações de resultados menores ainda são predominantes.
Transcorrido o segundo mês do quarto trimestre, melhoraram as perspectivas para o período. A percepção de que as vendas possam ser maiores subiu tanto em comparação ao terceiro trimestre desse ano – o percentual subiu de 64,3%, em outubro, para 75,6% em novembro – como em relação a igual trimestre de 2019. As perspectivas de manutenção dos investimentos no trimestre também melhoraram.
Os estoques de insumos e matérias-primas e de partes e peças se mostram abaixo do normal. Cerca de 95% das empresas que responderam o questionário indicaram problemas com fornecedores e pressão no preços dos insumos e matérias-primas. O câmbio desvalorizado segue como um desafio a ser enfrentado.
Perspectivas para o
Vendas no mês
Fonte: Sindipeças
50,0%
25,0%
25,0%
Vendas para
novembro/2020:
(Em relação a outubro /2020)
Maiores
Menores
Iguais
61,4%
25,0%
13,6%
Maiores
Menores
Iguais
Vendas para
novembro/2020:
Vendas no mês
18,2%
70,5%
11,4%
Maiores
Menores
Iguais
Vendas no acumulado até
novembro/2020:
Vendas por segmento
Fonte: Sindipeças48,8%
18,6%
25,6%
7,0%
Maiores
Menores
Iguais
Não
atende
esse
canal
Vendas para Montadoras em
novembro/2020:
(Em relação a outubro/2020)
9,8%
73,2%
9,8%
7,3%
Maiores
Menores
Iguais
Não
atende
esse canal
Vendas para Montadoras no acumulado até
novembro/2020:
Vendas por segmento
Fonte: Sindipeças42,1%
10,5%
21,1%
26,3%
Maiores
Menores
Iguais
Não atende
esse canal
Vendas para o mercado de Reposição em
novembro/2020:
(Em relação a outubro/2020)
29,7%
32,4%
13,5%
24,3%
Maiores
Menores
Iguais
Não atende
esse canal
Vendas para o mercado de Reposição no
acumulado até
novembro/2020:
Vendas por segmento
Fonte: Sindipeças35,9%
23,1%
33,3%
7,7%
Maiores
Menores
Iguais
Não atende esse
canal
Exportações em
novembro/2020:
(Em relação a outubro /2020)
18,9%
59,5%
13,5%
8,1%
Maiores
Menores
Iguais
Não
atende
esse canal
Exportações no acumulado até
novembro/2020:
Vendas por segmento
Fonte: Sindipeças2,9%
25,7%
17,1%
54,3%
Maiores
Menores
Iguais
Não atende esse
canal
Vendas Intrassetoriais
no acumulado até
novembro/2020:
(Em relação à igual período de 2019)
16,2%
10,8%
16,2%
56,8%
Maiores
Menores
Iguais
Não atende
esse canal
Vendas Intrassetoriais em
novembro /2020:
Importação
Fonte: Sindipeças34,1%
9,1%
36,4%
20,5%
Em maiores quantidades
Em menores quantidades
Em volumes próximos aos de
outubro/2020
A empresa não importa insumos e/ou
matérias primas
Importação de insumos e matérias primas
para
novembro/2020:
Utilização da capacidade
Fonte: Sindipeças15,6%
28,9%
24,4%
15,6%
11,1%
4,4%
Abaixo de 10%
Entre 11% e 20%
Entre 21% e 30%
Entre 31% e 40%
Entre 41% e 50%
Acima de 50%
Perspectivas para o
Vendas no Trimestre
Fonte: Sindipeças75,6%
13,3%
11,1%
Maiores
Menores
Iguais
Vendas para o
quarto trimestre de 2020:
(Em relação ao terceiro trimestre de 2020)
60,0%
28,9%
11,1%
Vendas para o
quarto trimestre de 2020:
(Em relação ao quarto trimestre de 2019)
Investimento no Trimestre
Fonte: Sindipeças
76,7%
9,3%
14,0%
Sim
Não
Não planeja investir
em 2020
Manutenção dos investimentos para o
quarto
trimestre de 2020:
Clique para editar
o estilo do subtítulo
mestre
Perspectivas para o
Resultados para o ano de 2020
Abr/20
Mai/20
Jun/20
Jul/20
Ago/20
Set/20
Out/20
Nov/20
Vendas
4,8%
1,6%
4,76%
6,56%
9,38%
12,28%
14,04%
17,78%
Uso da Capacidade
6,4%
0,0%
1,61%
0,00%
11,11%
12,28%
14,29%
15,91%
Investimentos
0,0%
1,7%
3,33%
8,62%
6,45%
9,43%
12,50%
14,29%
Contratações
3,2%
0,0%
0,00%
3,45%
3,23%
15,79%
16,07%
13,64%
Rentabilidade
3,3%
1,6%
3,28%
5,08%
9,52%
14,04%
16,07%
18,18%
Lucratividade
3,3%
1,6%
3,28%
5,17%
7,94%
10,53%
15,79%
15,91%
Percentual de respostas para opção Resultados Maiores
Abr/20
Mai/20
Jun/20
Jul/20
Ago/20
Set/20
Out/20
Nov/20
Vendas
92,1%
93,8%
80,95%
85,25%
82,81%
82,46%
80,70%
75,56%
Uso da Capacidade
90,5%
90,6%
88,71%
86,44%
77,78%
73,68%
73,21%
72,73%
Investimentos
86,7%
85,0%
78,33%
74,14%
79,03%
73,58%
69,64%
59,52%
Contratações
90,3%
92,1%
90,32%
82,76%
74,19%
68,42%
60,71%
54,55%
Rentabilidade
91,8%
91,9%
88,52%
88,14%
74,60%
68,42%
75,00%
70,45%
Lucratividade
95,1%
93,6%
90,16%
86,21%
82,54%
77,19%
77,19%
72,73%
Insumos, Estoques
Estoques
Fonte: Sindipeças6,8%
31,8%
61,4%
Acima do normal
Dentro do normal
Abaixo do normal
Condição dos estoques de insumos e
matérias-primas em
novembro/2020:
2,3%
40,9%
56,8%
Condição dos estoques de partes e peças
acabadas em
novembro/2020:
Fornecimento de insumos e pressões inflacionárias
Fonte: Sindipeças
93,3%
6,7%
Dificuldades com fornecedores em
novembro/2020:
Sim
Não
95,6%
4,4%
Pressão de preços em
novembro/2020:
Detalhamento dos problemas com fornecimento de insumos e
pressões de preços
Fonte: Sindipeças
Consultadas sobre as dificuldades enfrentadas no
fornecimento, as empresas indicaram problemas com
elevação de preços, limitação de quotas, atraso nas
entregas e quebra de programação para os seguintes
insumos:
•
Aços planos e longos;
•
Aços laminados a quente e a frio;
•
Tubos (inox), caixas e papelão ondulado;
•
Ferro, alumínio e zamac;
•
Cerâmica;
•
Polímeros e espumas;
•
Pós metálicos de ferro e suas ligas.
Com relação aos aumentos excessivos de preços, mais
da metade das empresas que responderam a
Sondagem indicaram aço e derivados como mais
relevantes. Ademais, indicaram também:
•
Alumínio, zamac e aço inox;
•
Óleos e pós metálicos;
•
Embalagens e papelão;
•
Resinas, químicos e plásticos;
•
Borracha;
•
Espumas e tecidos;
•
Gás e eletricidade.
Influência da Taxa de Câmbio
Fonte: Sindipeças
64,4%
35,6%
Dificuldades com a desvalorização do câmbio
Sim
Não
Destaques:
•
Aumento do custo dos bens importados;
•
Repasse difícil e parcial do aumento dos custos
para os clientes, especialmente Montadoras;
•
Preferência pelas exportações por parte dos
fornecedores;
Repercussões do
Coronavírus na Indústria
de Autopeças
Sondagem Mensal
Comparação dos Resultados de
Principais Evidências: efeitos da crise do coronavírus
A nona rodada de questões sobre os impactos do Covid-19 para a indústria de autopeças evidenciou que
cerca de 72% das empresas que responderam a Sondagem informaram que estão buscando desenvolver
fornecedores locais. Indagadas sobre a efetiva troca de fornecedores nos últimos seis meses 67% responderam
que concluíram a substituição. E nesse caso, 84,2% se manifestaram satisfeitos com a mudança de fornecedor.
Continuam elevadas as avaliações acerca das perdas da produção decorrentes da interrupção das atividades
em março/abril, e da progressiva melhora a partir de maio. Para 15,9%, as perdas devem variar entre 11% e 15%.
Para 20,5%, entre 16% e 20% e para 9,1% (menor do que na edição passada), acima de 20% do que estava
programado.
Quando consultadas sobre o tempo necessário para retornar aos volumes habituais, levando em consideração
o momento atual, 40,0% responderam que em até 6 meses a situação deve se normalizar. A perspectiva de que
tudo volte ao normal em até 1 ano foi assinalada por 15,6% e em até 1,5 ano, 8,9%. A boa notícia é que parcela
importante das empresas do setor já normalizaram os volumes de produção, retornando aos níveis
pré-pandemia.
Possivelmente, em razão da segunda onda de Covid-19 na Europa e nos EUA, as restrições para exportar
voltaram a ser percebidas pelas empresas. Do total de respondentes, 57% informaram que estão sendo
afetadas nesse momento. A intensidade da queda das vendas ao exterior subiu para faixa entre 15% e 30%.
Note-se que para 29,2% das empresas, as perdas devem se situar entre 5% e 15%.
Repercussões da crise do novo coronavírus
Substituição por fornecedor local
Fonte: Sindipeças
A empresa tem procurado desenvolver fornecedores locais para substituir, em parte ou integralmente, os volumes
importados?
61,8%
38,2%
Sim
Não
Outubro/20
72,1%
27,9%
Sim
Não
Novembro/20
Repercussões da crise do novo coronavírus
Importação de países/regiões
Fonte: Sindipeças
Nos últimos seis meses, a empresa realizou a troca de fornecedores externos por fabricantes de autopeças instaladas
no país?
66,7%
33,3%
Repercussões da crise do novo coronavírus
Experiência da substituição
Fonte: Sindipeças84,2%
15,8%
Sim
Não
Repercussões da crise do novo coronavírus
Tempo para retorno
Fonte: Sindipeças
40,0%
15,6%
8,9%
4,4%
6,7%
6 meses
1 ano
1,5 anos
2 anos
2,5 anos
Repercussões da crise do novo coronavírus
Perdas na produção com a paralisação
Fonte: Sindipeças
Considerando-se o período de paralisação realizado, as perdas decorrentes dessa situação já representam:
Novembro/20
Outubro/20
6,8%
4,6%
15,9%
20,5%
9,1%
De 1% a 5% da produção prevista pela empresa para2020
De 6% a 10% da produção prevista pela empresa para
2020
De 11% a 15% da produção prevista pela empresa para
2020
De 16% a 20% da produção prevista pela empresa para
2020 Outro (especifique)
5,5%
10,9%
12,7%
18,2%
12,7%
De 1% a 5% da produção prevista pela empresa para2020
De 6% a 10% da produção prevista pela empresa para
2020
De 11% a 15% da produção prevista pela empresa para
2020
De 16% a 20% da produção prevista pela empresa para
2020
Repercussões da crise do novo coronavírus
Possibilidade de recuperação
Fonte: Sindipeças24,1%
75,9%
Sim
Não
De acordo com os esforços da empresa e as condições de mercado, haveria possibilidade de recuperação, no
segundo semestre do ano, dos volumes não performados por causa da paralisação?
Outubro/20
Novembro/20
29,6%
70,5%
Repercussões da crise do novo coronavírus
Reflexo sobre as exportações
Fonte: Sindipeças
46,3%
53,7%
Sim
Não
As exportações das empresas estão sendo afetadas ou devem ser afetadas por causa da pandemia do Coronavírus
(COVID-19)?
Outubro/20
Novembro/20
57,1%
42,9%
Sim
Não
Repercussões da crise do novo coronavírus
Intensidade do impacto sobre as exportações
Fonte: Sindipeças
4,2%
29,2%
41,7%
12,5%
12,5%
Queda de até 5% dos volumes normalmente exportados
Queda superior a 5% até 15% dos volumes normalmente
exportados
Queda superior a 15% até 30% dos volumes normalmente exportados
Queda superior a 30% até 50% dos volumes normalmente exportados
Queda superior a 50% dos volumes normalmente
exportados