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- Relatório de Definição do Âmbito -

Julho 2008

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Revisão do PDM de Coimbra / Avaliação Ambiental Estratégica

Relatório de Factores Críticos para a Decisão

Câmara Municipal de Coimbra / Departamento de Planeamento / Divisão de Ordenamento e Estratégia

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Coordenação:

Helena Terêncio, engenheira civil Rui Campino, arquitecto paisagista

Equipa:

Carlos Duarte, engenheiro civil Íris China, geógrafa

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Relatório de Factores Críticos para a Decisão

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1. Introdução 4 2. Objectivos e metodologia 6 3. Objecto de avaliação 10

4. Quadro de referência estratégico 17

5. Factores de avaliação 27

6. Objectivos e indicadores da AAE 30

7. Participação pública 34

(4)

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Relatório de Factores Críticos para a Decisão

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Introdução

O presente documento constitui a primeira fase do processo de Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) da proposta de Revisão do Plano Director Municipal de Coimbra (PDMC), e tem como objectivo determinar o âmbito da avaliação ambiental a realizar, bem como definir o alcance da pormenorização da informação a incluir no “Relatório

Ambiental”

A Avaliação Ambiental define-se como a “identificação, descrição e avaliação dos eventuais efeitos significativos no ambiente resultantes de um plano ou programa, realizada durante um procedimento de preparação e elaboração do plano ou programa e antes de o mesmo ser aprovado ou submetido a procedimento legislativo, concretizada na elaboração de um relatório ambiental e na realização de consultas, e a ponderação dos resultados obtidos na decisão final sobre o plano ou programa e a divulgação pública de informação respeitante à decisão final”1.

A Avaliação Ambiental de determinados planos e programas é um procedimento obrigatório em Portugal desde a publicação do Decreto-lei n.º 232/2007, de 15 de Junho, que transpõe para a ordem jurídica interna as Directivas nºs 2001/42/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 27 de Junho2, e 2003/35/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de Maio3.

Segundo o artigo 3.º Decreto-lei n.º 232/2007, de 15 de Junho, estão sujeitos a avaliação ambiental:

“a) Os planos e programas para os sectores da agricultura, floresta, pescas, energia, indústria, transportes, gestão de resíduos, gestão das águas, telecomunicações, ordenamento urbano e rural ou utilização dos solos e que constituam enquadramento para a futura aprovação de projectos mencionados nos anexos I e II do Decreto-Lei n.º 69/2000, de 3 de Maio, na sua actual redacção;

b) Os planos e programas que, atendendo aos seus eventuais efeitos num sítio da lista nacional de sítios, num sítio de interesse comunitário, numa zona de protecção especial, devam ser sujeitos a uma avaliação de incidências ambientais nos termos do artigo 10.º do Decreto-Lei n.º 140/99, de 24 de Abril, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 49/2005, de 24 de Fevereiro;

1

Decreto-lei n.º 232/2007, de 15 de Junho. Artigo 2.º

2

Directiva relativa à avaliação dos efeitos de determinados planos e programas no ambiente

3

Directiva que estabelece a participação do público na elaboração de certos planos e programas relativos ao ambiente

(5)

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Relatório de Factores Críticos para a Decisão

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5 c) Os planos e programas que, não sendo abrangidos pelas alíneas anteriores, constituam enquadramento para a futura aprovação de projectos e que sejam

qualificados como susceptíveis de ter efeitos significativos no ambiente.”

Por sua vez, o Decreto-lei n.º 316/2007, de 19 de Setembro,4 estabelece que “o plano

director municipal é acompanhado por um relatório ambiental, no qual se

identificam, descrevem e avaliam os eventuais efeitos significativos no ambiente resultantes da aplicação do plano e as suas alternativas razoáveis que tenham em conta os objectivos e o âmbito de aplicação territorial previstos”5.

Neste contexto, e no âmbito do processo de Revisão do Plano Director Municipal de Coimbra6, a Câmara Municipal de Coimbra, desencadeia o processo de Avaliação Ambiental Estratégica, por forma a avaliar os efeitos significativos no território resultantes das opções de desenvolvimento e do modelo territorial propostos e a contribuir para uma melhor integração das considerações ambientais na revisão do PDMC.

O presente Relatório de Definição do Âmbito (RDA) está estruturado da seguinte forma:

▪ Introdução (capítulo 1);

▪ Identificação dos objectivos e metodologia (capítulo 2);

▪ Objecto da avaliação ambiental estratégica (capítulo 3);

▪ Quadro de referência estratégico (capítulo 4);

▪ Apresentação do conjunto de factores de avaliação (capítulo 5);

▪ Identificação preliminar dos objectivos e dos indicadores relevantes associados a cada um dos factores de avaliação (capítulo 6);

▪ Proposta de metodologia a adoptar para a componente de participação e envolvimento dos diversos agentes no processo de AAE (capítulo 7);

▪ Bibliografia (capítulo 8).

4

Regime jurídico dos instrumentos de gestão territorial

5

Artigo 96.º, n.º 2, alínea c)

6

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Relatório de Factores Críticos para a Decisão

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Objectivos e metodologia

A avaliação ambiental enquanto abordagem estratégica, tem normalmente três objectivos muito concretos7:

“1. Assegurar a integração de considerações ambientais, sociais e económicos no processo de planeamento, de programação e de elaboração de politica;

2. Detectar oportunidades e riscos, avaliar e comparar opções alternativas de desenvolvimento enquanto ainda se encontram em discussão;

3. Contribuir para o estabelecimento de contextos de desenvolvimento mais adequados a futuras propostas de desenvolvimento”.

Estes objectivos estão alinhados com o objectivo global da avaliação ambiental de planos e programas definido na Directiva 2001/42/CE8 “estabelecer um nível elevado de protecção do ambiente e contribuir para a integração das considerações ambientais na preparação e aprovação de planos e programas, com vista a promover um desenvolvimento sustentável”.

Em consonância as boas práticas e experiência nacional recente em matéria avaliação ambiental estratégica9 os objectivos que presidem à realização da AAE da Revisão do Plano Director Municipal de Coimbra, são:

1. Assegurar que a dimensão ambiental e de sustentabilidade seja parte integrante da visão estratégica para Coimbra;

2. Assegurar a integração das questões ambientais no processo de decisão;

3. Identificar, seleccionar e justificar opções ganhadoras (win-win);

4. Propor programas de gestão e monitorização estratégica;

5. Assegurar um processo participado, transparente e eficaz de consulta e participação das entidades relevantes e público interessado;

7. Produzir contextos adequados às futuras propostas de desenvolvimento.

Na sequência dos objectivos preconizados, a AAE permitirá concretizar dois tipos de influência no processo de elaboração e execução da revisão do PDM de Coimbra:

7

Partidário, M.R. (2007) Guia de Boas Práticas para a Avaliação Ambiental Estratégica – Orientações Metodológicas; Agência Portuguesa do Ambiente; Lisboa

8

Artigo 1.º

9

Partidário, M.R. (2007) Guia de Boas Práticas para a Avaliação Ambiental Estratégica – Orientações Metodológicas; Agência Portuguesa do Ambiente; Lisboa

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Relatório de Factores Críticos para a Decisão

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a) Influência na forma final do Plano, de modo a que este possa privilegiar opções que potenciem efeitos ambientais positivos de natureza estratégica, em alternativa a outras que se identifiquem como causadoras de efeitos ambientais negativos;

b) Influência na implementação e monitorização estratégica da revisão do PDM, através da apresentação de recomendações que assegurem uma adequada integração de objectivos de natureza ambiental.

Em síntese, espera-se que os resultados da AAE, incluindo os contributos do respectivo processo de consulta pública, permitam influenciar / consolidar positivamente a elaboração e implementação da revisão do PDM, garantindo uma maior sustentabilidade do modelo territorial e de desenvolvimento proposto para Coimbra.

Na figura seguinte sintetiza-se a metodologia geral adoptada para a AAE10, bem como a sua interacção com as demais componentes do processo.

Numa primeira fase ou Fase 1 (Definição de Âmbito), a que corresponde o presente Relatório, o trabalho incidirá na definição de um conjunto de factores de natureza estratégica que permitem definir o âmbito da avaliação a realizar. As actividades incluídas nesta fase contemplam o estabelecimento de um quadro de referência

estratégico (QRE) identificando os objectivos e metas de ambiente e sustentabilidade nos domínios relevantes para a avaliação.

Da análise integrada desta informação, e na observação da Directiva 2001/CE/42 e do Decreto-lei n.º 232/2007, resulta a proposta do conjunto de factores ambientais (FA)

relevantes que permitirão estruturar a avaliação dos efeitos ambientais de natureza

estratégica das opções propostas na revisão do PDM, incluindo objectivos e indicadores relevantes.

A Fase 2 (Avaliação Estratégica de Impactes) englobará um conjunto de actividades que materializam a avaliação ambiental estratégica da revisão do PDM, incluindo:

A avaliação da situação existente e as tendências de evolução na ausência da revisão da revisão PDM;

A avaliação das acções estratégicas preconizadas na sua revisão em termos de oportunidades e riscos para o ambiente e sustentabilidade;

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Relatório de Factores Críticos para a Decisão

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8 ▪ A elaboração de recomendações para a fase de gestão e monitorização estratégica da revisão do PDM.

A avaliação estratégica de impactes será efectuada recorrendo a técnicas descritivas, designadamente indicadores e matrizes de impactes, recorrendo-se ainda a ferramentas analíticas de avaliação de impactes baseadas na identificação de oportunidades e ameaças para os factores ambientais e de sustentabilidade.

Na Fase 3 (Seguimento) elaborar-se-á a versão final consolidada do Relatório Ambiental, incorporando os resultados da consulta pública, e será estruturado o

programa de seguimento da AAE com vista à gestão e monitorização ambiental estratégica da revisão do PDM, incluindo recomendações e indicadores específicos

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Fases da AAE

Fase 1 – Definição de âmbito

Definição do objecto de avaliação, visão estratégica, modelo territorial e normas orientadoras

Definição do quadro de referência estratégico

Definição dos factores ambientais, objectivos e indicadores relevantes

Relatório de Definição do Âmbito

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Fase 2 – Avaliação estratégica de impactes

Avaliação da situação existente e tendências de evolução

Avaliação estratégica dos efeitos ambientais da revisão do PDM

Recomendações para a gestão e monitorização estratégica da revisão do PDM

Proposta de Relatório Ambiental

Fase 3 – Seguimento

Incorporação dos resultados da consulta pública no Relatório Ambiental e estruturação de um programa de seguimento da AAE com vista à gestão e monitorização ambiental estratégica da revisão do PDM

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Objecto de avaliação

A proposta de Revisão do Plano Director Municipal de Coimbra constitui o objecto da presente Avaliação Ambiental Estratégica.

A Revisão do PDM, iniciada em 2000 (Deliberação n.º 2785/2000, de 3 de Janeiro), tem como objectivos estratégicos11:

“1. Afirmar Coimbra como território de elevada qualidade urbano-ambiental, centro difusor de saber e cultura e pólo de desenvolvimento cuja centralidade lhe confere características únicas como alternativa às áreas metropolitanas de Lisboa e Porto;

2. Reforçar as medidas tendentes à salvaguarda e valorização dos recursos territoriais (naturais e paisagísticos, histórico-culturais, incluindo arqueológicos e museológicos) com relevância estratégica para a sustentabilidade, identidade e atractividade de Coimbra;

3. Promover uma acessibilidade reforçada com vista a garantir a manutenção da centralidade de Coimbra (no âmbito nacional e regional) e a existência de melhores condições de mobilidade, apostando em novos modelos de circulação e transporte, preservando a qualidade ambiental e de vida das populações, quer do Município, quer da área que esta polariza mais directamente (cerca de 400 000 pessoas);

4. Assumir uma clara opção de desenvolvimento empresarial, potenciador das capacidades técnicas (saberes) instaladas, tendo em vista a dinamização e modernização dos sectores económicos, a atracção de novas empresas e serviços e o desenvolvimento de uma logística regional de apoio;

5. Evitar a dispersão, reforçar e revitalizar os centros (históricos) locais, através da localização de novos equipamentos e serviços, da promoção de urbanizações de qualidade, da recuperação do espaço público e dos valores patrimoniais;

6. Centrar as políticas urbanísticas nas questões da sustentabilidade e humanização do território, apostando na requalificação e renovação, na criação de novas centralidades, na recuperação de áreas degradadas ou com usos

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Relatório de Factores Críticos para a Decisão

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obsoletos, na revitalização das áreas históricas e na qualificação ambiental. Em suma, numa perspectiva integrada de valorização das componentes biofísicas, das áreas verdes, dos espaços públicos e da identidade dos lugares;

7. Assegurar o reforço do papel de Coimbra nos grandes eixos dos sistemas de transportes e telecomunicações e a assunção de posição chave nos outros elementos estruturantes para o ordenamento e desenvolvimento do território;

8. Assumir uma estratégia de desenvolvimento do espaço rural, enquanto suporte primordial para as actividades agro-florestais, sem prejuízo da definição de outros usos compatíveis;

9. Promover a existência de equipamentos e infra-estruturas de importância nacional e internacional, como reconhecimento e resposta eficaz à procura associada a Coimbra (Centro de Saber e Cultura internacionalmente reconhecido).

Para além dos objectivos estratégicos definidos, a Revisão do PDM prossegue, ainda,

critérios de desenvolvimento e de sustentabilidade construídos em torno de um

grande domínio estratégico que consiste em garantir o desenvolvimento sustentado do território de Coimbra:

1. Assumir como estruturante, a par do reforço do papel e funções urbanas (incluindo novas áreas de localização empresarial, equipamentos e infra-estruturas de acessibilidade), o conjunto da riqueza e valores naturais e construídos de que Coimbra é detentora ímpar;

2. Desenvolver uma política de habitação sustentável, visando a revalorização das áreas urbanas mais periféricas, de zonas habitacionais degradadas e a reabilitação do parque urbano;

3. Fomentar o transporte colectivo, incluindo o metro ligeiro de superfície e a limitação ao transporte individual nas zonas centrais e históricas, bem como promover o andar a pé ou de bicicleta nas deslocações casa / trabalho / locais de lazer.

4. Definir uma estrutura ecológica e verde urbana, pensada como um todo, trazendo natureza para o interior do espaço urbano, articulando-se com os espaços naturais envolventes e proporcionando à população acesso fácil e confortável aos espaços verdes e às zonas naturais.

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Relatório de Factores Críticos para a Decisão

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O modelo de desenvolvimento proposto é concebido de acordo com uma Visão

Estratégica para Coimbra caracterizada pelos seguintes aspectos:

Um território com dimensão e centralidade, no contexto nacional e europeu;

Um espaço privilegiado e qualificado, com recursos produtivos, científicos e tecnológicos avançados;

Um património natural, histórico, urbanístico e cultural singular; terra de intercâmbio e solidariedade, especialmente atractiva para residir, trabalhar e visitar”.

Assumir esta “Visão” para Coimbra, significa prosseguir uma orientação estratégica de desenvolvimento local que promova a qualificação da base económica e social,

crie novas actividades e estruturas características da sociedade do conhecimento e fazê-lo no respeito pela sustentabilidade e coesão territorial.

A Missão da Revisão do PDM no contexto da Visão Estratégica, decomposta em três

grandes vectores de desenvolvimento e sustentabilidade: urbano-territorial;

económico-social e ambiental.

É traduzida em termos espaciais por um modelo territorial, resultante da integração de três sistemas estruturantes:

Sistema ambiental, que representa o quadro ambiental do modelo territorial;

Sistema urbano-territorial, que representa a população e as estruturas sociais e de organização territorial, nomeadamente, a rede urbana e as redes de equipamentos, transportes, infra-estruturas e acessibilidades;

Sistema económico-social, que representa as principais actividades económicas, fontes de geração de rendimento e emprego, traduzindo a capacidade endógena de sustentação do modelo territorial.

O modelo territorial estruturado segundo os três sistemas acima descritos visa, assim, a reconfiguração espacial e funcional do território, através da:

Concentração / densificação urbana, potenciando uma maior eficiência das redes de equipamentos e infra-estruturas e a preservação do solo rural;

Qualificação dos espaços urbanos existentes, como forma de promover a melhoria das condições de vida da população e garantir a sustentabilidade do ambiente urbano;

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Revisão do PDM de Coimbra / Avaliação Ambiental Estratégica

Relatório de Factores Críticos para a Decisão

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13 ▪ Respeito pelas especificidades das diversas unidades de paisagem, de modo a preservar a diversidade e os valores culturais, naturais e ambientais;

Dinamização e transformação do solo rural, enquanto componente fundamental do modelo de desenvolvimento;

Melhoria das condições de fixação da população nas freguesias mais periféricas, criando espaços para acolhimento de actividades empresariais;

Flexibilização da instalação de pólos de desenvolvimento turístico;

Melhoria do sistema de transportes (mobilidade e acessibilidade) através da estruturação e hierarquização da rede viária, introdução do meto ligeiro de superfície, áreas de interface e integração de sistemas;

Fiabilização dos sistemas de saneamento básico.

Os quadros seguintes sintetizam a as acções estratégicas (18) a implementar, definidas de acordo com os grandes vectores de desenvolvimento e sustentabilidade anteriormente referidos (urbano-territorial, económico-social e ambiental) e sobe as quais recairá a avaliação estratégica de impactes:

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Relatório de Factores Críticos para a Decisão

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Acção 1. Potenciar as funções regionais e metropolitanas de Coimbra e o seu papel

no sistema urbano nacional e regional:

▫ melhorar e completar a rede acessibilidades rodo-ferroviárias e aéreas;

▫ criar um sistema de transportes e logística eficiente

▫ consolidar uma rede de equipamentos e infra-estruturas urbanas para uma população

“pressente” de cerca de 250 000 pessoas;

▫ instalar estruturas e funções nacionais, nomeadamente, nas áreas da educação, saúde,

investigação científica, protecção civil e de interface empresarial;

Acção 2. Desenvolver a rede urbana de espaços multinacionais e complementares /

cidade multipolar:

▫ qualificar a centralidade urbana – cidade de Coimbra;

▫ estruturar as áreas emergentes (2.ª coroa de crescimento da cidade /expansão da

cidade);

▫ ordenar e qualificar as centralidades periféricas;

▫ qualificar outras áreas urbanas e a sua interacção com o espaço rural envolvente;

▫ criar espaços urbanos de excelência qualificados e indutores de desenvolvimento

supra-municipal – recreio e lazer, habitação e actividades económicas;

▫ promover acções de protecção e segurança nas áreas urbanas

Acção 3. Promover a melhoria e legibilidade da mobilidade intra-concelhia:

▫ rede viária colectora e distribuidora principal;

▫ sistema de transportes públicos urbanos;

▫ rede de circulação pedonal e ciclovias.

Acção 4. Criar e estruturar uma rede qualificada de espaços urbanos de encontro e

socialização

▫ criar centros cívicos que polarizem a vida comunitária e criem uma dinâmica social,

cultural e económica

Acção 5. Valorizar as zonas de interesse histórico e os espaços de identidade local

▫ promover a requalificação arquitectónica, urbanística e ambiental dos centros históricos

D e s e n v o lv im e n to e s u s te n ta b il id a d e u rb a n o t e rr it o ri a l

Acção 6. Reconverter/reabilitar as áreas urbanas críticas e degradadas e

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Relatório de Factores Críticos para a Decisão

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Acção 7. Estruturar o sistema de infra-estruturas de apoio a actividades

económicas:

▫ criar e apoiar a criação de infra-estruturas de apoio à instalação de empresas de base

tecnológica e de apoio à investigação e desenvolvimento;

▫ apoiar a instalação de áreas de logística;

▫ promover a instalação de parques de produção de energia (eólica, térmica, solar,

biomassa, etc.);

▫ reformular / adequar as infra-estruturas energéticas (gás, energia eléctrica) e de

telecomunicações às necessidades do município.

Acção 8. Promover e requalificar espaços de localização empresarial:

▫ promover espaços de uso empresarial, diversificando a oferta para vários tipos de

actividade – grandes espaços multifuncionais;

promover e requalificar espaços de localização empresarial adequados a pequena indústria, armazenagem e serviços oficinais.

Acção 9. Afirmar Coimbra como pólo turístico:

▫ valorizar os elementos patrimoniais singulares, áreas naturais e de lazer e cultura de

referência supra-municipal

▫ apostar no turismo activo (congressos) e em nichos de actividade turística

▫promover espaços e infra-estruturas associados ao recreio, lazer e desporto

requalificar e dinamizar o aeródromo Bissaya Barreto

Acção 10. Valorizar o sector comercial como factor de afirmação de Coimbra a nível

regional:

▫ requalificar e modernizar o centro comercial e histórico de Coimbra;

▫ requalificar as novas centralidades emergentes.

Acção 11. Valorizar as potencialidades agrícolas e preservar a memória agrícola da

paisagem:

promover a articulação da agricultura em áreas perturbantes (de carácter familiar), com o incremento da agricultura de abastecimento local e regional (hortícolas, pomares);

▫ promover a agricultura de âmbito nacional (viveiros e floricultura);

apoiar a reconversão de quintas de valor patrimonial e unidades agrícolas para complemento de actividades de turismo rural.

D e s e n v o lv im e n to e s u s te n ta b il id a d e e c o n ó m ic o -s o c ia l

Acção 12. Promover a valorização dos espaços florestais e a mitigação dos riscos

de incêndio florestal:

promover o ordenamento florestal,

▫melhorar a composição e a estrutura produtiva dos povoamentos;

promover novas formas de gestão florestal;

criar oportunidades de mercado para bens e serviços actualmente pouco ou não

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Relatório de Factores Críticos para a Decisão

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Acção 13. Estruturar, proteger e salvaguardar a estrutura ecológica / verde

municipal:

▫salvaguardar e valorizar os elementos fundamentais da estrutura ecológica;

▫ criar/qualificar uma estrutura municipal de espaços/corredores/parques verdes;

▫ promover a biodiversidade e o equilíbrio ecológico do espaço urbano;

▫ valorizar e melhorar a qualidade do espaço público.

Acção 14. Controlar a qualidade do ar e os níveis de ruído

Acção 15. Garantir a fiabilização e modernização dos sistemas públicos de

abastecimento de água e a qualidade dos sistemas de recolha e tratamento de águas residuais

Acção 16. Garantir um sistema de recolha, tratamento e deposição final dos

resíduos sólidos qualificado

Acção 17. Proteger a e salvaguardar os recursos hídricos e o solo

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Revisão do PDM de Coimbra / Avaliação Ambiental Estratégica

Relatório de Factores Críticos para a Decisão

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4

Quadro de referência estratégico

O quadro de referência estratégico (QRE) identifica as macro-orientações de política nacional e regional, e os objectivos de longo prazo estabelecidos em matéria de ambiente e sustentabilidade.

Sendo o PDM, o documento que ”estabelece a estratégia de desenvolvimento territorial, a política municipal de ordenamento do território e de urbanismo e as demais políticas urbanas, integra e articula as orientações estabelecidas pelos instrumentos de gestão territorial de âmbito nacional e regional e estabelece o modelo de organização espacial do território municipal” é particularmente importante identificar potenciais sinergias e/ou conflitos com a Revisão do PDM e verificar a coerência entre os objectivos de ambiente e de sustentabilidade estabelecidos naqueles instrumentos estratégicos de referência e os objectivos da revisão do PDM.

A lista de documentos de referência estratégica considerados pertinentes para a avaliação da proposta de revisão do PDM é apresentada no quadro seguinte:

Documentos de referência nacionais

Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável - ENDS12

Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território – PNPOT13 Quadro de Referência Estratégico Nacional 2007 – 201314

Plano Sectorial da Rede Natura 200015

Documentos de referência Regionais

Plano da Bacia Hidrográfica do Rio Mondego - PBH do Mondego16

Plano Regional de Ordenamento Florestal do Centro Litoral – PROF – CL17 Plano de Ordenamento da Reserva Natural do Paul de Arzila – PORNPA18 Plano Regional de Ordenamento do Território do Centro – PROT-C19

12

Resolução do Conselho de Ministros n.º 109/2007, de 20 de Agosto

13

Lei n.º 58/2007, de 4 de Setembro

14

Resolução do Conselho de Ministros n.º 86/2007, de 3 de Julho

15

Resolução do Conselho de Ministros n.º 115-A/2008, de 21 de Julho

16

Decreto Regulamentar n.º 9/2002, de 1 de Março

17

Decreto Regulamentar n.º 11/2006, de 21 de Julho

18

Resolução do Conselho de Ministros n.º 75/2004, de 19 de Junho

19

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Revisão do PDM de Coimbra / Avaliação Ambiental Estratégica

Relatório de Factores Críticos para a Decisão

Câmara Municipal de Coimbra / Departamento de Planeamento / Divisão de Ordenamento e Estratégia

18

Nos quadros seguintes apresenta-se uma breve descrição das orientações estratégicas constantes dos documentos de referência identificados, acompanhada de uma interpretação das suas implicações com a revisão do PDM. Esta análise permitiu ainda suportar a identificação dos principais objectivos e metas globais de ambiente e sustentabilidade relacionados com os factores de avaliação relevantes para a AAE (capítulo 5).

O quadro de referência estratégico apresentado permite verificar a coerência da Revisão do PDM com as grandes linhas estratégicas preconizadas nas restantes políticas, nomeadamente no que diz respeito ao desenvolvimento sustentável e ao ordenamento do território.

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Relatório de Factores Críticos para a Decisão

Câmara Municipal de Coimbra / Departamento de Planeamento / Divisão de Ordenamento e Estratégia

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ENDS

PDM

Preparar Portugal para a “sociedade do conhecimento”

Crescimento sustentado, competitividade à escala global e eficiência energética

Melhor ambiente e valorização do património natural

Mais equidade, igualdade de oportunidades e coesão social

Melhor conectividade internacional do país e valorização equilibrada do território

Um papel activo de Portugal na construção europeia e na cooperação internacional

Uma administração pública mais eficiente e modernizada Objectivo 1

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Objectivo 2

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Objectivo 3

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Objectivo 4

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Objectivo 5

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Objectivo 6

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Objectivo 7

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Objectivo 8

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Objectivo 9

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20

PNPOT

PDM

Conservar e valorizar a biodiversidade e o património natural, paisagístico e cultural, utilizar de modo sustentável os recursos energéticos e geológicos , e prevenir e minimizar os riscos

Reforçar a competitividade territorial de Portugal e a sua integração nos espaços ibérico, europeu, atlântico e regional

Promover o desenvolvimento policêntrico dos territórios e reforçar as infra-estruturas de suporte à integração e à coesão territoriais

Assegurar a equidade territorial no provimento de infra-estruturas e de equipamentos colectivos e a universalidade no acesso aos serviços de interesse geral, promovendo a coesão social

Expandir as redes e infra-estruturas avançadas de informação e comunicação e incentivar a sua crescente utilização pelos cidadãos, empresas e administração pública

Reforçar a qualidade e a eficiência da gestão territorial, promovendo a participação informada, activa e responsável dos cidadãos e das instituições

Objectivo 1

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Objectivo 2

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Objectivo 3

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Objectivo 4

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Objectivo 5

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Objectivo 7

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Objectivo 8

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Objectivo 9

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QREN

PDM Promover a qualificação dos portugueses Promover o crescimento sustentado Garantir a coesão social Assegurar qualificação do território e das cidades

Aumentar a eficiência da governação

Objectivo 1

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Objectivo 2

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Objectivo 3

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Objectivo 4

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Objectivo 5

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Objectivo6

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Objectivo 7

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Objectivo 8

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Objectivo 9

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REDE NATURA 2000

PDM Estabelecer orientações para a gestão territorial das ZPE e Sítios

Estabelecer o regime de

salvaguarda dos recursos e valores naturais dos locais integrados no processo, fixando os usos e o regime de gestão compatíveis com a utilização sustentável do território

Representar cartograficamente, em função dos dados disponíveis, a distribuição dos habitats presentes nos Sítios e ZPE

Estabelecer directrizes para o zonamento das áreas em função das respectivas características e prioridades de conservação

Definir as medidas que garantam a valorização e a manutenção num estado de conservação favorável dos habitats e espécies, bem como fornecer a tipologia das restrições ao uso do solo, tendo em conta a distribuição dos habitats a proteger

Fornecer orientações sobre a inserção em plano municipal ou especial de ordenamento do território das medidas e restrições das medidas enunciadas nos objectivos anteriores

Definir as condições, os critérios e o processo a seguir na realização da avaliação de impacte ambiental e na análise das incidências ambientais

Objectivo 1

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Objectivo 2

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Objectivo 3

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Objectivo 4

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Objectivo 5

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Objectivo6

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Objectivo 7

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Objectivo 8

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Objectivo 9

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PBHM

PDM

Redução das cargas poluentes emitidas para o meio hídrico

Níveis de atendimento das populações com superação das carências básicas de infra-estruturas

Melhoria da garantia da disponibilidade de recursos hídricos utilizáveis

▪ Acréscimo da segurança de pessoas e bens

Preservação e valorização ambiental do meio hídrico e dos ecossistemas (e da paisagem associada) Objectivo 1

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Objectivo 2

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Objectivo 3

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Objectivo 4

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Objectivo 5

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Objectivo6

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Objectivo 7

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Objectivo 8

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Objectivo 9

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PROF - CL

PDM

Diminuir o número de ignições de incêndios flore

Diminuir a área queimada Promover o redimensionamento das

explorações florestais de forma a optimizar a sua gestão

Aumentar o conhecimento sobre a silvicultura das espécies florestais

Monitorizar o desenvolvimento dos espaços florestais e o cumprimento do Plano

Objectivo 1

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Objectivo 2

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Objectivo 3

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Objectivo 4

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Objectivo 5

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Objectivo6

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Objectivo 7

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Objectivo 8

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Objectivo 9

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PORNPA

PDM

Proteger os valores naturais e científicos nela contidos Proteger e conservar os elementos da flora e da fauna específica, os respectivos habitats e a biodiversidade dos ecossistemas

Monitorizar e estabelecer medidas necessárias à conservação dos habitats e das populações de espécies de acordo com a Directiva n.º 92/43/CEE, do Conselho, de 21 de Maio (Directiva Habitats), e à conservação de aves selvagens de acordo com a Directiva n.º 79/409/CEE, do Conselho, de 2 de Abril (Directiva Aves)

Adoptar mecanismos e medidas conducentes à manutenção e incremento de actividades compatíveis e de suporte ao uso sustentável dos recursos Objectivo 1

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Objectivo 2

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Objectivo 3

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Objectivo 4

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Objectivo 5

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Objectivo 6

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Objectivo 7

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Objectivo 8

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Objectivo 9

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26 PROT- C PDM Afirmar a Região Centro como um território portador de um contributo activo e autónomo para a estruturação e desenvolvimento sustentável do território continental numa lógica de combinação virtuosa entre objectivos de competitividade e coesão territoriais ▪ Valorizar estrategicamente os activos específicos de internacionalização da Região Viabilizar a transição sustentada da Região para a Sociedade Inclusiva do Conhecimento

Uma visão estratégica territorialmente diferenciada para o mundo rural Valorizar complementaridades e sinergias entre recursos turísticos susceptíveis de reconhecimento de procura Valorizar o potencial de energias renováveis da Região como factor de diferenciação competitiva Valorizar os recursos culturais e patrimoniais da Região como activos específicos de afirmação identitária nacional e internacional Organizar e valorizar o policentrismo potencial da região Potenciar a bio-diversidade da Região e as suas mais valias ambientais

Uma visão estratégica para as politicas de mitigação de riscos Territórios de baixa densidade Objectivo 1

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Objectivo 2

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Objectivo 3

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Objectivo 4

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Objectivo 7

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Objectivo 9

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Factores de Avaliação

A Directiva 2001/42/CE e o Decreto-lei n.º 232/200720 apresentam uma lista de temas ambientais, que devem ser considerados na avaliação dos eventuais efeitos significativos do plano/programa objecto de uma AAE.

Estes são: ▪ Biodiversidade ▪ População ▪ Saúde humana ▪ Fauna ▪ Flora ▪ Solo ▪ Água ▪ Atmosfera ▪ Factores climáticos ▪ Bens materiais

▪ Património cultural, incluindo o património arquitectónico e arqueológico

▪ Paisagem.

Os temas ambientais a analisar num processo de AAE, que contribuem para os factores críticos de decisão, devem ser ajustados a cada caso específico, em função da focagem estratégica, da escala de avaliação e, consequentemente, da sua relevância.21

O ajustamento daqueles temas face à natureza e conteúdo da revisão do PDM e do quadro de referência estratégico apresentado anteriormente resultou num conjunto de factores de avaliação, que permitirá estruturar a avaliação dos efeitos ambientais de natureza estratégica da revisão do PDM.

20Alínea e) do n.º 1 do artigo 6.º 21

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Estes factores, descritos no quadro seguinte, relacionam-se com os temas da Directiva 2001/42/CE e Decreto-lei n.º 232/2007 e apresentam uma forte articulação com as prioridades estratégicas para o desenvolvimento sustentável de Coimbra, considerando-se assim como adequados, num quadro abrangente de temas ambientais e sustentabilidade, consistente com a escala e alcance da revisão do PDM.

Conservação da natureza e biodiversidade

Pretende-se avaliar as acções propostas em termos dos seus efeitos na preservação e utilização sustentável da biodiversidade dos ecossistemas, bem como na conservação dos valores naturais do município

Paisagem e património

Visa avaliar em que medida o Plano contribui para a preservação dos valores paisagísticos e patrimoniais, incluindo os valores arquitectónicos e arqueológicos

Qualidade ambiental

Permite avaliar o contributo do Plano para a qualidade do ambiente no município, nomeadamente quais as implicações das acções propostas na qualidade do ar, água, ruído, gestão de resíduos e espaços verdes.

Recursos naturais

Permite avaliar o contributo do Plano para uma utilização sustentável dos recursos naturais. Face às especificidades do território, a análise incidirá fundamentalmente sobre os recursos hídricos, geológicos e pedológicos.

Riscos naturais

Pretende-se avaliar de que forma o Plano contribui para a redução da vulnerabilidade e potencia a capacidade de resposta para garantir a segurança de pessoas e bens

Dinâmica territorial

Permite avaliar o contributo do Plano para a dinâmica do território. Este factor pretende reflectir a influência das acções do Plano em algumas das componentes chave do ordenamento e gestão do território.

Potencial humano e desenvolvimento económico

Permite avaliar de que forma poderá o Plano contribuir para a dimensão de qualificação dos recursos humanos endógenos do município, sua relação com o sistema de I&D e com a fixação de actividades económicas, nomeadamente a fixação de actividades de valor acrescentado em termos de conhecimento, tecnologia e criatividade.

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No quadro seguinte estabelece-se a relação entre temas ambientais definidos para a esta AAE e os factores ambientais a considerar na realização de AAE, de acordo Directiva 2001/42/CE e Decreto-lei n.º 232/2007.

B io d iv e rs id a d e P o p u la ç ã o S a ú d e h u m a n a F a u n a F lo ra S o lo Á g u a A tm o s fe ra F a c to re s c li m á ti c o s P a tr im ó n io P a is a g e m B e n s m a te ri a is Conservação da natureza e biodiversidade X X X X X X X Paisagem e património X X X Qualidade ambiental X X X X X Recursos naturais x x x X X X x x Riscos naturais X X X X X Dinâmica territorial X x x X x x x X Potencial humano desenvolvimento económico X X x X

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Objectivos e indicadores da AAE

Apesar da Directiva 2001/42/CE e Decreto-Lei n.º 232/2007 não requererem especificamente a definição de objectivos e indicadores, diversos documentos, tais como as recentes linhas de orientação em matéria de AAE22, estabelecem recomendações nesse sentido.

Assim, no quadro seguinte, apresenta-se para cada factor de avaliação, a lista preliminar de critérios, os objectivos e respectivos indicadores, considerados relevantes para a AAE da revisão do PDM.

Estes objectivos e indicadores permitirão estruturar a avaliação dos impactes na fase seguinte da AAE, consubstanciando o referencial em relação ao qual serão avaliados os efeitos das intervenções estratégicas preconizadas na revisão do PDM.

F

A

Critérios Objectivos de sustentabilidade Indicadores

C o n s e rv a ç ã o d a n a tu re z a e b io d iv e rs id a d e

Áreas protegidas e classificadas

Valores naturais

Assegurar a protecção e valorização das componentes da biodiversidade

Promover a valorização sustentável da biodiversidade

Número, tipologia e superfície

Habitas naturais com

interesse conservacionista P a is a g e m e p a tr im ó n io Paisagem Património arquitectónico e arqueológico

Proteger e reforçar a identidade e a diversidade da paisagem

Preservação e valorização do património arquitectónico e arqueológico Qualidade e valores da paisagem Imóveis classificados e em vias de classificação Sítios arqueológicos

22Partidário, M.R. (2007) Guia de Boas Práticas para a Avaliação Ambiental Estratégica – Orientações

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F

A Critérios Objectivos de sustentabilidade Indicadores

Q u a lid a d e a m b ie n ta l Abastecimento de água

Drenagem de águas residuais

Resíduos sólidos urbanos

Qualidade do ar

Ruído

Espaços verdes

Garantir a fiabilização e modernização dos sistemas públicos de abastecimento de água e a efectiva cobertura e a qualidade dos sistemas de recolha e tratamento de águas residuais

Promover uma gestão integrada e sustentável dos resíduos

Garantir uma boa qualidade do ar

Controlar a qualidade e os níveis de ruído ambiente exterior

Promover a salvaguarda e valorização da estruturas ecológica e verde urbana

Grau de cobertura / % de população servida

Quantidade de água

consumida por tipo de uso Capitação

Qualidade da água

Grau de cobertura / % de população servida

Produção de águas residuais Sistemas de tratamento Grau de cobertura / % de população servida Produção de resíduos Capitação Recolha selectiva

Valorização e destino final dos resíduos

Índice de qualidade do ar N.º de dias em que se

verificam excedências às

normas de qualidade do ar População exposta a níveis

sonoros superiores a 65

dB(A) no período diurno e 55 dB(A) no período nocturno Capitação R e c u rs o s n a tu ra is Recursos hídricos Recursos pedológicos Recursos geológicos

Salvaguardar e valorizar os recursos hídricos

Salvaguarda dos solos pedologicamente evoluídos

Utilização sustentável dos recursos

geológicos

Disponibilidades hídricas Qualidade da água superficial

Qualidade da água

subterrânea

Solos de elevada aptidão agrícola

Áreas com potencial

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F

A

Critérios Objectivos de sustentabilidade Indicadores

R is c o s n a tu ra is Incêndios florestais Movimentos de massa Cheias

Promover a valorização dos espaços florestais e mitigar o risco de incêndio florestal

Controlar os processos de erosão do solo

Recuperar e valorizar a rede hidrológica

Ocorrência de fogos florestais Área ardida

Identificação das áreas com risco de incêndio elevado

Identificação das áreas de

susceptibilidade a

movimentos de massa

Ocorrência de situações de cheia

Identificação das áreas em de risco de cheia D in â m ic a t e rr it o ri a l Dinâmica populacional Uso do Solo Dinâmica de urbanização e edificação

Promover uma política integrada e coordenada de ordenamento, gestão e planeamento do território, que vise

assegurar quer a sua protecção,

valorização e qualificação ambiental e paisagística, quer o seu desenvolvimento económico e equidade social.

Evolução da população Saldos naturais e migratórios Índice de envelhecimento

Padrões básicos de uso do solo

Evolução do n.º de

alojamentos e edifícios N.º de licenças emitidas para nova construção

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F

A Critérios Objectivos de sustentabilidade Indicadores

P o te n c ia l h u m a n o e d e s e n v o lv im e n to e c o n ó m ic o

Qualificação dos recursos

humanos

I&D

Diversificação das actividades económicas

Promover uma distribuição equilibrada dos recursos e das oportunidades pelos diversos grupos sociais

Articular recursos, competências e

conhecimento científico com as

empresas

Promover actividades económicas,

diversificar, complementar e modernizar a base produtiva numa perspectiva de sustentabilidade, articulando os aspectos

económicos (criação de valor

acrescentado, melhoria da produtividade, incentivo à inovação e criatividade) com

objectivos de natureza ambiental

(protecção e valorização ambiental, melhoria da eco-eficiência)

Promover factores de competitividade do

município e potenciar o efeito

multiplicador do investimento público, respeitando e/ou valorizando os aspectos de natureza ambiental

Criar e qualificar emprego

Qualificação da população Estabelecimentos de ensino / 10 000 habitantes N.º de unidades de investigação N.º de investigadores Unidades de acolhimento de ID

População activa por sectores de actividade

Emprego total e sectorial

Empresas por sector de

actividade

Referências

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