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Cinco ações que você deve comprar agora

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Academic year: 2021

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Cinco ações que você deve comprar agora

Está provado: dá para ganhar dinheiro mesmo em um mercado difícil

Uma empresa, ideia, estratégia ou qualquer coisa parecida encontram uma forma fácil de serem testadas: a passagem do tempo. Se um livro é lido há milhares de anos e ainda se mostra atual, algo de bom deve trazer. O tempo é o mecanismo darwiniano canônico para selecionar os mais aptos.

Fundamos a Empiricus possivelmente no pior momento possível para o nascimento de uma empresa (e de uma indústria toda – sim, ainda estamos isolados no segmento de research independente em ações e torcemos por concorrentes) ligada à pesquisa em renda variável: novembro de 2009. Alguns alegariam que setembro de 2008, véspera da quebra da Lehman, seria pior. Mas não! Poderíamos ter identificado barganhas sem precedentes e surfado a recuperação do começo de 2009. Em vez de uma grande correção capaz de abrir uma bela janela de oportunidade, pegamos doses homeopáticas de sofrimento, com o Ibovespa convalescendo por quatro anos – e uma doença mais forte recentemente.

O sentimento de satisfação vem em dobro por termos resistido, crescido exponencialmente e atraído um sócio norte-americano (www.agorafinancial.com) mesmo em condições sistêmicas bastante adversas.

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Parte importante devemos à sorte. Não há como negar a importância da deusa Fortuna em ambientes sujeitos à aleatoriedade, como é o investimento em Bolsa e o desenho de qualquer start-up. Temos tentado retribuir à sorte com muito trabalho e comprometimento. Chegamos até aqui acreditando no processo de tentativa e erro, na incapacidade de prever o futuro, na complexidade de sistemas interligados característicos de fenômenos sociais e na arrogância dos modelos tradicionais usados por financistas. A realidade não cabe em planilhas de Excel.

Passadas 900 edições, mostramos um track record importante: ao todo, foram 212 recomendações, sendo que 167 sugestões lograram desempenho superior àquele mostrado pelo Ibovespa – ou seja, se tomarmos o índice como benchmark, os acertos representam 79%. A média das recomendações desde sua abertura foi de um retorno positivo de 17%, contra -15% do Ibovespa nos respectivos intervalos.

Ao montarmos a Empiricus, fixamos o compromisso de manter 75% dos calls à frente do índice e atendê-lo serve de estímulo para uma perseguição implacável dos 80%. E se tivermos mais uma ajuda da sorte e chegarmos a esse percentual simplesmente excepcional, ainda assim não estaremos acomodados. Keep walking, Johnny.

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Há duas inferências importantes aqui. A primeira: está ai uma prova cabal de que você pode ganhar dinheiro mesmo no mercado em queda. Não somente oferecemos dicas rentáveis enquanto o Ibovespa caia, como também nascemos, crescemos e nos reproduzimos como Empresa nesse ambiente. A outra: erramos em 22% dos casos. E são esses erros que nos colocam preparados para acertar mais agora. Prefira as mãos calejadas e as cicatrizes nos rostos marcados pelo trabalho aos imaculados ternos vazios da Faria Lima. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu, assim como Clarice, também sou o escuro da noite.

Se você, assim como Álvaro de Campos, nunca conheceu quem tivesse levado porrada em Bolsa; se seus conhecidos têm sido campeões em tudo, duvide deles. “Errei mais de 9 mil lances na minha carreira. Perdi quase 300 jogos. Vinte e seis vezes confiaram em mim para fazer o arremesso da vitória e falhei. Eu falhei uma vez e outra e outra em minha vida. E é por isso que tenho sucesso.” Essa é a resposta de um jogador de basquete menor, de nome Michael e sobrenome Jordan.

Estaremos aqui pelas próximas 900 mil edições. Seguimos com o comprometimento de sempre: muito trabalho e a perseguição por 80% de sugestões acima do Ibovespa. O que queremos mesmo, porém, é uma única coisa: fazer você ganhar dinheiro.

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Nossas cinco ações favoritas para o momento

Deixe-nos abrir o coração. Talvez você não tenha apreendido, mas 900 edições de um único relatório é uma marca significativa pra gente. Recentemente, sofremos com o banho de sangue na Bolsa, como qualquer outro ser do planeta Terra ligado a investimentos em ações. Mas também estivemos motivados pela marca de nove centenas e sentimo-nos obrigados a devolver aos leitores alguma coisa visceral. Fizemos assim: reunimos toda a equipe de análise numa sala para uma discussão de duas horas, cafés e cigarros. A cada um foi feita a seguinte pergunta: “Se você tivesse que comprar uma ação, uma única, agora, qual seria?” Nada mais honesto. Sem carteiras desenhadas a partir do platonismo de Markowitz. Pegamos as coincidências entre as ações que nossas analistas gostariam de ter para si e listamos. Somos como você vê. Queremos que compre justamente aquilo que nós também gostaríamos de ter.

Portfólio reduzido: cinco papéis com sólidos fundamentos, valuation convidativo e, sem autismo, inseridos apropriadamente no contexto atual de elevada aversão a risco. Relacionamos abaixo os respectivos racionais e, tentando transmitir o argumento de maneira visceral, apresentamos também a resposta espontânea do analista do setor à questão supracitada.

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1.Vale

Embora um cíclico global, por que Vale pode sobressair neste contexto de incerteza quanto ao landing chinês e iminente restrição de liquidez em nível internacional?

Primeiro, pois a companhia possui uma barreira de valuation importante. Nos preços atuais, paga-se menos de 5x ev/ebitda do exercício corrente pelas ações, sob um dividend yield da ordem de 6,1% considerando o mínimo já liberado pelo Conselho como distribuição para o ano - desconsiderando eventuais proventos adicionais ou efeito de programas de recompra.  Vale possui uma contraparte interessante aos resultados a partir da escalada do dólar (tanto sobre as receitas de  venda de minério quanto nos dividendos) e ganhou um fato novo positivo com o marco regulatório mineral: a taxa de royalties subiu de 2% para 4%, o que veio em linha com o esperado, mas, o mais importante é que eliminamos com ele um fator de risco  adicional sobre as ações, permitindo maior protagonismo para outros pontos. Muito melhor um risco conhecido (e tolerável) do que uma ameaça oculta.

Em que pesem as incertezas quanto ao landing chinês, o cenário de preços para o minério de ferro aponta menor volatilidade em relação a 2012, ao passo que Vale roda sob uma estrutura muito mais enxuta tanto em termos de capex quanto de despesas operacionais, após a descontinuidade de projetos fora do core, enxugamento de custos e limpeza de balanço.

2. Embraer

Ação, que inclusive integra nossa Carteira Defensiva, acumula alta de mais de 30% no ano, mas pode subir ainda mais diante de um momento extremamente favorável às suas operações. Foram quatro grandes encomendas apenas em 2013 (uma já referente à nova geração de jatos comerciais), que em conjunto com alguns pedidos menores vão adicionar quase US$ 8 bilhões ao backlog da companhia nos próximos trimestres - a recomposição da carteira de pedidos firmes é um dos pontos principais que sustenta a tese de investimento na ação. Empresa tabém conta situação financeira confortável, fortes barreiras à entrada, negocia múltiplos atrativos (8x ebitda 2013E) e possui perfil defensivo associado ao benefício do dólar mais alto, dado que possui 90% das receitas atreladas à moeda americana.

3. Taesa

Taesa é um case único no setor elétrico hoje, reunindo blindagem regulatória, management excelente e bom pagamento de dividendos pelos próximo anos. A atratividade está em grande parte associada à qualidade dos ativos, com concessões conseguidas entre 1999 e 2006, que têm o melhor perfil do setor hoje (sem revisão tarifária mas à margem da MP 579, com vencimento longo e reajustadas pelo IGP-M e IPCA). Com margem rodando

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próxima a 90%, estrutura de capital confortável e yield estimado em 9% pelos próximos anos, Taesa é nossa top pick no setor elétrico.

4. BM&FBovespa

Escape do senso comum, pois a queda do Ibovespa não é sinônimo de queda para BVMF. Outro dia mesmo, o benchmark derreteu enquanto as ações de BM&FBovespa seguraram bem, inclusive com valorização. Uai, que loucura é essa? A loucura é que não há loucura, BVMF é um papel sensato e defensivo. Em vez de atrapalhar, a volatilidade lhe favorece, principalmente nos contratos futuros de juros e câmbio. Ame ou odeie a renda variável, você tem que passar pelo pedágio da Bolsa; quanto mais passar, melhor para ela. Muita geração de caixa, mesmo em cenários anticíclicos, resulta em bela distribuição de proventos (~5% de yield) e programas oportunos de recompra. BVMF vai relativamente bem desde set/2012, em torno dos R$ 12. Não é que não tenha risco de cair, mas o downside é limitado e bem menor que o upside.

5. BR Properties

Empresa capaz de reunir bom management, valuation convidativo (0,65x o valor do ativo líquido) e prognóstico de boa distribuição de dividendos sobretudo a partir de 2014. Acaba de entregar uma operação importante, vendo ativos a 8% de cap rate, o que achamos bem convidativo e capaz de dirimir os questionamentos mais recentes. Posicionamento de liderança no setor, operacionais em momento interessante e expansão de margens à frente com alavancagem operacional. Combinação bem interessante de fundamentos sólidos e alta previsibilidade de resultados com oportunidade de compra a partir da penalização recente desprovida de embasamento (temor com alta de juro contemplado de maneira mais do que exagerada nas cotações).

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Disclosure

Elaborado por analistas independentes da Empiricus, este relatório é de uso exclusivo de seu destinatário, não pode ser reproduzido ou distribuído, no todo ou em parte, a qualquer terceiro sem autorização expressa. O estudo é baseado em informações disponíveis ao público, consideradas confiáveis na data de publicação. Posto que as opiniões nascem de julgamentos e estimativas, estão sujeitas a mudanças. Nem a Empiricus nem os analistas respondem pela veracidade ou qualidade do conteúdo.

Este relatório não representa oferta de negociação de valores mobiliários ou outros instrumentos financeiros. As análises, informações e estratégias de investimento têm como único propósito fomentar o debate entre os analistas da Empiricus e os destinatários. Os destinatários devem, portanto, desenvolver suas próprias análises e estratégias.

Informações adicionais sobre quaisquer sociedades, valores mobiliários ou outros instrumentos financeiros aqui abordados podem ser obtidas mediante solicitação.

Os analistas responsáveis pela elaboração deste relatório declaram, nos termos do artigo 17º da Instrução CVM nº 483/10, que: 

+ As recomendações do relatório de análise refletem única e exclusivamente as suas opiniões pessoais e foram elaboradas de forma independente.

+ Os analistas Rodolfo Amstalden e Roberto Altenhofen são sócios e participam dos lucros da Gradius Gestão, que mantém em fundos e carteiras de valores mobiliários que administra ativos objeto de análise por parte da Empiricus Research, podendo daí resultar conflito de interesses.    

* O analista Rodolfo Amstalden é o responsável principal pelo conteúdo do relatório e pelo cumprimento do disposto no Art. 16, parágrafo único da Instrução ICVM 483/10.

Analistas Responsáveis

Rodolfo Amstalden, CNPI*

Roberto Altenhofen, CNPI Beatriz Nantes, CNPI

Assistentes de Análise

Referências

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