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PNRS. Política Nacional de Resíduos Sólidos Lei /2010. (Inciso XVI, do Artigo 3º, da Lei /2010)

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Política Nacional de Resíduos Sólidos Lei 12.305/2010

O que são resíduos sólidos?

(Inciso XVI, do Artigo 3º, da Lei 12.305/2010)

“material, substância, objeto ou bem descartado resultante de

atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível”.

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 Constatação evidente: há necessidade de tomar medidas que

viabilizem um ciclo de produção e consumo com reutilização e disposição adequada dos “lixos” ou resíduos.

 Com este enfoque, emerge a Lei 12.305/2010, que traça

definições, princípios, objetivos, metas, ações, diretrizes e instrumentos com vistas ao gerenciamento e gestão integrada dos resíduos sólidos, bem como atribui responsabilidade àqueles que de alguma forma estejam envolvidos com a produção, consumo, gestão ou gerenciamento de materiais e/ou serviços que possam gerar resíduos sólidos.

 Integra a PNMA e a PNEA, regulada pela Lei 9795, de

7/04/1999 e a PNSB, regulada pela Lei 11.445/2007 e com a Lei 11.107 de 06/04/2005.

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Princípios Específicos da PNRS (Art. 6º):

i. Prevenção e Precaução;

ii. Poluidor-pagador e Protetor-recebedor;

iii. Visão Sistêmica na Gestão dos Resíduos Sólidos; iv. Desenvolvimento Sustentável;

v. Ecoeficiência [(fornecimento + preços) & (qualidade vida + redução impacto ambiental)]

Cooperação entre as diferentes esferas do poder público, o setor empresarial e demais segmentos da sociedade;

Responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;

vii.

viii. Reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem

econômico e de valor social (gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania);

ix. Respeito às diversidades locais e regionais;

x. Direito da sociedade à informação e ao controle social e; xi. A razoabilidade e da proporcionalidade.

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Objetivos da PNRS (Art. 7º): adotando a seguinte ordem de prioridade:

 Proteção da saúde pública e da qualidade ambiental;

 Não geração, Redução, Reutilização, Reciclagem,Tratamento (compostagem etc.); e

Disposição final (adequada).

 Estímulo à adoção de padrões sustentáveis  Adoção de tecnologias limpas;

 Redução do volume e periculosidade dos resíduos perigosos;

 Incentivo à indústria da reciclagem (fomentar o uso de matérias pós-consumo);  Gestão integrada de RS;

 Cooperação técnica e financeira (poder público e empresas) para gestão integrada;  Capacitação técnica continuada na área de RS;

 Estímulo à implementação da AVC (avaliação do ciclo de vida do produto);  Estímulo à rotulagem ambiental.

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Para alcançar os objetivos a Lei fixa responsabilidades: 1. individual (consumidor disponibilizar os resíduos domésticos); 2. compartilhada (política reversa);

3. solidária (contratação de serviços não isenta de responsabilidades).

“as pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado,

responsáveis, direta ou indiretamente, pela geração de resíduos sólidos e as que desenvolvam ações relacionadas à gestão integrada ou ao gerenciamento de resíduos sólidos”, excetuados os rejeitos

radioativos, que são regulados por essa legislação específica. (§§ 1º e 2º, do Art. 1º, da Lei 12.305/2010).

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Síntese da responsabilidade:

a. Aos geradores: sobre os resíduos sólidos gerados ou administrados e

sobre os respectivos resíduos sólidos, e ainda, garantir a segurança dos processos produtivos; manter informações atualizadas; permitir a fiscalização; recuperar as áreas degradadas/contaminadas sob sua responsabilidade; e, desenvolver programas de capacitação continuada;

b. A toda a sociedade: incumbe a responsabilidade pela efetividade das

ações que envolvam os resíduos sólidos;

c. Ao Distrito Federal e aos Municípios: adotar tecnologias para

absorver ou reaproveitar os resíduos sólidos dos sistemas de limpeza urbana e dar disposição final ambientalmente adequada aos rejeitos; e, articular com os geradores a implementação de estrutura necessária para garantir o fluxo de retorno dos resíduos sólidos reversos sob sua responsabilidade;

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aos fabricantes e importadores: adotar tecnologias para absorver ou

reutilizar os resíduos sólidos sob sua responsabilidade; coletar os resíduos sólidos sob sua responsabilidade e dar disposição final ambientalmente adequada aos rejeitos; articular com sua rede de comercialização para a implementação de estruturas para o fluxo de retorno dos resíduos sólidos de sua responsabilidade; informar ao consumidor sobre as possibilidades de reutilização e tratamento dos produtos, advertindo dos riscos ambientais resultantes do descarte inadequado; e, divulgar mensagens educativas para combater o descarte inadequado dos resíduos sólidos de sua responsabilidade;

e. aos revendedores, comerciantes e distribuidores: receber,

acondicionar e armazenar temporariamente os resíduos sólidos do sistema sob sua responsabilidade; criar e manter centros de coleta para garantir o recebimento dos resíduos reversos sob sua responsabilidade; informar ao consumidor a indicação dos pontos de coleta e divulgar por meio de campanhas publicitárias e programas, mensagens educativas de combate ao descarte indevido e inadequado;

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f. aos consumidores: incumbe acondicionar adequadamente e de

forma diferenciada os resíduos sólidos gerados, atentando para as práticas que possibilitem a redução da geração de resíduos sólidos e após a utilização do produto, efetuar a entrega dos resíduos sólidos reversos aos comerciantes e distribuidores ou encaminhá-los aos postos de coleta especificados;

g. Recuperação de áreas órfãs: Governo Federal sem prejuízo de

outras esferas governamentais o fazerem e se, após descontaminação de sítio órfão realizada com recursos do

Governo Federal ou de outro ente da Federação, forem identificados os responsáveis pela contaminação, estes ressarcirão integralmente o valor empregado ao poder público.

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A lei mescla políticas adotadas na Europa e nos Estados Unidos.

Na Europa: responsabiliza preponderantemente o poluidor, por meio

da responsabilidade estendida ao produtor. Ou seja, ao produzir deve-se pensar no destino que será dado ao produto ao final da sua vida útil. Isso induz à produção e comercialização de produtos que gerem o mínimo de resíduos que necessitarão de uma destinação final.

 Alemanha, p. ex., é pioneira na adoção de medidas destinadas a

equacionar a questão dos resíduos sólidos. De uma política que previa a coleta dos resíduos gerados e a valorização ou a simples disposição desses resíduos, passou a aplicar, essencialmente, os princípios de evitar e valorizar os resíduos antes da eliminação.

Nos EUA, observa-se a maior responsabilidade atribuída ao

consumidor final, com evidente aplicação do princípio do poluidor-pagador, valorizando, especialmente o conceito do ciclo integral do produto.

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Particularidades da Lei

a. Gestão integrada e cooperação entre os entes federados, o setor empresarial e demais segmentos da sociedade;

b. Proibições

 lançamento em praias, no mar ou em quaisquer corpos hídricos;  lançamento in natura a céu aberto, excetuados os resíduos de

mineração;

 queima a céu aberto ou similares, salvo se autorizado.  utilização dos rejeitos dispostos como alimentação;  catação;

 criação de animais domésticos;

 Fixação de habitações temporárias ou permanentes; entre

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c. Criminalizações: Sem prejuízo da obrigação de,

independentemente da existência de culpa, reparar os danos causados, a ação ou omissão das pessoas físicas ou jurídicas que importe inobservância aos preceitos Lei da PNRS ou de seu regulamento, sujeita os infratores às sanções previstas em lei, em especial às fixadas na Lei 9.605/1998.

Especificamente criminalizou (aqueles a quem compete):

i. de atualizar e disponibilizar informações sobre os planos e

destinação dos resíduos;

ii. adotar medidas de redução de volume e periculosidade dos

resíduos;

iii. informar eventuais acidentes relacionados a resíduos perigosos; iv. abandonar os produtos ou substâncias em desacordo com as

normas ambientais ou de segurança; e

v. manipular, acondicionar, armazenar, coletar, transportar,

reutilizar, reciclar ou dar destinação final a resíduos perigosos de forma diversa da estabelecida em lei ou regulamento.

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 Tem que ter postos de entrega populares, de conhecimento público e

notório e de fácil deposição, já que, neste caso, o consumidor não tem incentivo econômico direto para fazer a devolução, como ocorre nos casos de depósitos-reembolsáveis.

 Também tem que fixar regras rígidas para o fabricante ou importador

quanto à exigência da devolução dos resíduos do produto.

 Preferencialmente combinar com instrumentos econômicos como

depósito-reembolsável.

e. Catação – formalizar em cooperativas ou similares, agregar valor

econômico como Pagamento por Serviços Ambientais Urbanos. Atribuir preço a plásticos, alumínios, vidros, etc.

f. Aspecto temporal (A Lei da PNRS é de 02.10.2010):

 2 anos a partir da vigência da Lei da PNRS para colocar em vigor os planos estaduais e municipais de RS, considerando horizonte de 20 anos;

 4 anos a partir da vigência da Lei da PNRS para implementar a correta disposição final.

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g. Instrumentos: A Lei arrola inúmeros instrumentos, tais como,

planos de gestão, inventários e cadastros (anuais), incentivos fiscais e financeiros, tratamento diferenciado conforme a atividade seja Environmental Friends (cooperativas), pesquisas científicas e tecnológicas, educação ambiental, entre outros.

Análise dos Instrumentos Econômicos Passíveis de serem aplicados na implementação e regulamentação da Lei 12.305/2010:

Depósito reembolsável;

Tributo ambiental: poluidor-pagador;

i. ii.

iii. Subsídio: protetor-recebedor; iv. Licença negociável.

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Planos de Resíduos Sólidos (Art. 14):

 Nacional;  Estaduais;

 Microregionais e regiões metropolitanas ou aglomerações

urbanas;

 Intermunicipais;

 Municipais, de gestão integrada de RS;  Planos de gerenciamento de RS.

Parágrafo Único: É assegurada ampla publicidade ao conteúdo dos planos de RS, bem como controle social de sua formulação e implementação.

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Estão Sujeitos ao Plano de Gerenciamento de RS (Art. 20): Incisos:

I. Geradores de RS previstos nas alíneas e, f, g e k do § I do Art. 13;

II. Os estabelecimentos comerciais e de serviços que: a) Gerem resíduos perigosos;

b) Não são perigosos, mas em volume e composição, não são RSU; III. As empresas de construção civil, nos termos das normas do Sisnama;

IV. Responsáveis por terminais (portos aeroportos etc), como na alínea j do § I

do Art. 13;

V. Responsáveis por atividades agrossilvopastoris, se exigido por órgão do

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Conteúdo Mínimo do Plano de Gerenciamento de RS (Art. 21): Tópicos Principais:

§ 1º O plano de gerenciamento de RS atenderá ao disposto no plano municipal de gestão integrada de RS do respectivo Município.

§ 2º A inexistência do plano de gestão integrada de RS não obsta a elaboração, implementação ou operacionalização do plano de gerenciamento de RS.

§ 3º Serão estabelecidos em regulamento:

I. Normas sobre a exigibilidade e conteúdo do plano de gerenciamento de RS

relativo à cooperativas e asssociação de catadores;

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Considerações Finais

Positivas: A política, se bem aplicada permite:

a) A atuação na origem da maior parte dos problemas

ambientais, especialmente urbanos, evita, p. ex., gastos com políticas nas consequências, a exemplo do “abraço ao Rio Cuiabá” etc;

b) Uma análise custo-benefício pode mostrar que os gastos com

coleta seletiva e disposição adequada são menores do que os custos direitos, indiretos e custos de oportunidade.

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Negativas:

a) Ao listar um número infindáveis de instrumentos e deixou de assinalar prioridades, deixando para o executivo regulamentar - O muito é sinônimo de nada;

b) Atribuiu responsabilidade meio que genérica a todos, mas não

assinalou de maneira clara quem será o responsável por conduzir as mudanças;

c) Deixou de assinalar de maneira contundente a possibilidade de se

usar instrumentos econômicos, já amplamente utilizados com eficácia e eficiência nos países com comportamento avançado em relação aos resíduos sólidos;

d) Carece de percepção de que a correta aplicação da PNRS alterará

Referências

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