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Projeto de extensão: EV (Universidade Federal de Goiás)

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Academic year: 2021

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Projeto de extensão: EV185-2021 (Universidade Federal de Goiás)

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Índices para catálogo sistemático:

1. Libras: Língua brasileira de sinais 419

Cibele Maria Dias - Bibliotecária - CRB-8/9427

Este é um artigo em acesso aberto distribuído nos termos da Licença Creative Commons Atribuição que permite o uso irrestrito, a distribuição e reprodução em qualquer meio desde que o artigo original seja devidamente citado.

This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original article is properly cited.

Caderno de resumos [livro eletrônico] : II CONEI & III CILSC / organizadores Diego Maurício Barbosa, Guilherme Lourenço. -- Paracatu, MG : Ed. dos Autores, 2021.

PDF

Vários autores.

ISBN 978-65-00-23707-8

1. Colóquio sobre Interpretação de Língua de Sinais 2. Congresso sobre Estudos da Interpretação 3. Interpretes para surdos - Formação 4. Língua Brasileira de Sinais 5. Tradutores - Formação

profissional 6. Tradução e interpretação I. Barbosa, Diego Maurício. II. Lourenço, Guilherme.

(5)

COMISSÃO ORGANIZADORA

Prof. Dr. Carlos Henrique Rodrigues

Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. http://lattes.cnpq.br/5540140775795294

https://orcid.org/0000-0002-5726-1485

Prof. Dr. Diego Maurício Barbosa

Universidade Federal de Goiás. Goiânia, Goiás, Brasil. http://lattes.cnpq.br/3620289933978702

https://orcid.org/0000-0003-1301-640X

Prof. Dr. Guilherme Lourenço

Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. http://lattes.cnpq.br/5326894531503471

https://orcid.org/0000-0002-4272-1282

Dra. Patrícia Rodrigues Costa

Universidade de Brasília. Brasília, Distrito Federal, Brasil. http://lattes.cnpq.br/9546437584230118

https://orcid.org/0000-0002-3254-8914

Profa. Dra. Patrícia Tuxi dos Santos

Universidade de Brasília. Brasília, Distrito Federal, Brasil. http://lattes.cnpq.br/8079466991155659

https://orcid.org/0000-0002-0210-5303

Profa. Me. Raffaella de Filippis Quental

Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.

http://lattes.cnpq.br/1725819160955902 https://orcid.org/0000-0001-9476-7146

(6)

COMITÊ AVALIATIVO

Profa. Dra. Alessandra Ramos de Oliveira Harden Universidade de Brasília. Brasília, Distrito Federal, Brasil. http://lattes.cnpq.br/5623554797211311

https://orcid.org/0000-0003-2473-057X

Profa. Dra. Aline Lemos Pizzio

Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. http://lattes.cnpq.br/5425144480292361

https://orcid.org/0000-0002-7482-493X

Profa. Dra. Aline Nunes de Sousa

Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. http://lattes.cnpq.br/8728355111418318

https://orcid.org/0000-0003-2009-6137

Profa. Dra. Ana Regina e Souza Campello

Instituto Nacional de Educação de Surdos. Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil. http://lattes.cnpq.br/6945261731062194

https://orcid.org/0000-0003-1464-9524

Profa. Dra. Ananda Machado

Universidade Federal de Roraima. Boa Vista, Roraima, Brasil. http://lattes.cnpq.br/1012133793187374

https://orcid.org/0000-0002-3363-2587

Prof. Dr. Anderson Almeida da Silva

Universidade Federal do Piauí. Parnaíba, Piauí, Brasil. http://lattes.cnpq.br/1837778435254840

Profa. Dra. Anelise Freitas Pereira Gondar

Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil. http://lattes.cnpq.br/9885913232311539

https://orcid.org/0000-0001-7594-8857

Prof. Dr. Carlos Henrique Rodrigues

Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. http://lattes.cnpq.br/5540140775795294

(7)

Prof. Me. Christiano Sanches do Valle Silva

Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.

http://lattes.cnpq.br/4785357733398815 https://orcid.org/0000-0002-1408-2532

Profa. Dra. Cristine Görski Severo

Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. http://lattes.cnpq.br/3566456623347060

https://orcid.org/0000-0002-2758-6668

Profa. Me. Denise de Vasconcelos Araujo

Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.

http://lattes.cnpq.br/1525025180790092 https://orcid.org/0000-0002-9986-4188

Prof. Dr. Diego Maurício Barbosa

Universidade Federal de Goiás. Goiânia, Goiás, Brasil. http://lattes.cnpq.br/3620289933978702

https://orcid.org/0000-0003-1301-640X

Profa. Dra. Edelweiss Vitol Gysel

Universidade Federal do Vale do Jequitinhonha e Mucuri. Diamantina, Minas Gerais, Brasil.

http://lattes.cnpq.br/5340634531968579 https://orcid.org/0000-0003-3935-2241

Prof. Dr. Guilherme Lourenço

Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. http://lattes.cnpq.br/5326894531503471

https://orcid.org/0000-0002-4272-1282

Me. Hanna Beer Furtado

Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. http://lattes.cnpq.br/4536268445807938

Prof. Dr. José Ednilson Gomes de Souza-Júnior

Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. http://lattes.cnpq.br/0519894675464006

(8)

Prof. Dr. José Luiz Vila Real Gonçalves

Universidade Federal de Ouro Preto. Mariana, Minas Gerais, Brasil. http://lattes.cnpq.br/3179844937185351

https://orcid.org/0000-0002-3894-8388

Profa. Dra. Juliana Guimarães Faria

Universidade Federal de Goiás. Goiânia, Goiás, Brasil. http://lattes.cnpq.br/9194095774109586

https://orcid.org/0000-0002-4493-8944

Profa. Dra. Luciana Latarini Ginezi

Centro Brasileiro de Estudos da América Latina na Fundação Memorial da América Latina. São Paulo, São Paulo, Brasil.

http://lattes.cnpq.br/1676596307982810 https://orcid.org/0000-0002-8419-9592

Me. Mairla Pereira Pires Costa

Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. http://lattes.cnpq.br/8964505105340990

https://orcid.org/0000-0001-5285-5850

Prof. Dr. Marcos Luchi

Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. http://lattes.cnpq.br/4628524951000332

https://orcid.org/0000-0002-7779-6997

Prof. Dr. Marcus Vinicius Batista Nascimento

Universidade Federal de São Carlos. São Carlos, São Paulo, Brasil. http://lattes.cnpq.br/1893740212695470

https://orcid.org/0000-0003-3057-5828

Profa. Dra. Marileide Dias Esqueda

Universidade Federal de Uberlândia. Uberlândia, Minas Gerais, Brasil. http://lattes.cnpq.br/3341029625579574

https://orcid.org/0000-0002-6941-7926

Profa. Dra. Patricia Gimenez Camargo

Universidade Nove de Julho. São Paulo, São Paulo, Brasil. http://lattes.cnpq.br/3841698335500151

(9)

Dra. Patrícia Rodrigues Costa

Universidade de Brasília. Brasília, Distrito Federal, Brasil. http://lattes.cnpq.br/9546437584230118

https://orcid.org/0000-0002-3254-8914

Prof. Dr. Pedro Henrique Witchs

Universidade Federal do Espírito Santo. Vitória, Espírito Santo, Brasil. http://lattes.cnpq.br/3913436849859138

https://orcid.org/0000-0003-0850-2366

Profa. Me. Raffaella de Filippis Quental

Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.

http://lattes.cnpq.br/1725819160955902 https://orcid.org/0000-0001-9476-7146

Profa. Me. Renata Cristina Vilaça Cruz

Universidade Federal de Goiás. Goiânia, Goiás, Brasil. http://lattes.cnpq.br/6085747608569432

https://orcid.org/0000-0001-6020-5110

Prof. Dr. Ricardo Ernani Sander

Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Campo Mourão, Paraná, Brasil. http://lattes.cnpq.br/3099210375012040

https://orcid.org/0000-0002-6004-7615

Me. Ringo Bez de Jesus

Universidade Federal do Paraná. Curitiba, Paraná, Brasil. http://lattes.cnpq.br/2170555760625380

https://orcid.org/0000-0002-0062-0002

Profa. Dra. Sabine Gorovitz

Universidade de Brasília. Brasília, Distrito Federal, Brasil. http://lattes.cnpq.br/1128682155965179

https://orcid.org/0000-0001-5148-7785

Profa. Dra. Silvana Aguiar dos Santos

Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. http://lattes.cnpq.br/2132093144348796

(10)

Profa. Me. Sofia Oliveira Pereira dos Anjos Coimbra da Silva Universidade Federal de Goiás. Goiânia, Goiás, Brasil.

http://lattes.cnpq.br/2909623027354060 https://orcid.org/0000-0003-2236-5150

Profa. Dra. Teresa Dias Carneiro

Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.

http://lattes.cnpq.br/2583988759143754 https://orcid.org/0000-0002-9774-1176

Prof. Me. Tiago Coimbra Nogueira

Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. http://lattes.cnpq.br/9405741881258053

https://orcid.org/0000-0003-1248-7357

Prof. Dr. Tito Livio Cruz Romão

Universidade Federal do Ceará. Fortaleza, Ceará, Brasil. http://lattes.cnpq.br/7110160857332053

https://orcid.org/0000-0002-3195-3600

Profa. Dra. Vanessa Regina de Oliveira Martins

Universidade Federal de São Carlos. São Carlos, São Paulo, Brasil. http://lattes.cnpq.br/4768682330164550

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COORDENAÇÃO DOS INTÉRPRETES (LÍNGUAS ORAIS)

Profa. Me. Raffaella de Filippis Quental

Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.

http://lattes.cnpq.br/1725819160955902 https://orcid.org/0000-0001-9476-7146

INTÉRPRETES (ESPANHOL / PORTUGUÊS)

Ana Maria Camacho Ruano

https://www.linkedin.com/in/ana-camacho-ruano-52a97410a/

Sandra Neustadtl

https://www.linkedin.com/in/sandra-neustadtl-6195aab6/

INTÉRPRETES (INGLÊS / PORTUGUÊS)

André Couceiro https://www.linkedin.com/in/andrecouceiro/ Carolina Câmara https://www.linkedin.com/in/carolcamara/ Gustavo Vieira https://www.linkedin.com/in/gvieira1/ Raquel Masil https://www.linkedin.com/in/raquel-masil-002101197/ Thomaz Aragão

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COORDENAÇÃO DOS INTÉRPRETES (LÍNGUA DE SINAIS)

Prof. Abymael da Silva Pereira

Universidade Federal do Amapá. Macapá, Amapá, Brasil. http://lattes.cnpq.br/7962202443810103

INTÉRPRETES (DE / PARA LIBRAS)

Prof. Abymael da Silva Pereira

Universidade Federal do Amapá. Macapá, Amapá, Brasil. http://lattes.cnpq.br/7962202443810103

Prof. Dr. Guilherme Lourenço

Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. http://lattes.cnpq.br/5326894531503471

https://orcid.org/0000-0002-4272-1282

Me. Hanna Beer Furtado

Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. http://lattes.cnpq.br/4536268445807938

Me. Luciana Marques Vale

Universidade de Brasília. Brasília, Distrito Federal, Brasil. http://lattes.cnpq.br/1335841621563778

Maykon Carvalho Queiroz

Universidade Federal do Amapá. Macapá, Amapá, Brasil. http://lattes.cnpq.br/8596104558538362

Prof. Me. Quintino Martins de Oliveira

Universidade Federal de Goiás. Goiânia, Goiás, Brasil. http://lattes.cnpq.br/5909887820359825

https://orcid.org/0000-0001-5441-0062

Profa. Me. Sofia Oliveira Pereira dos Anjos Coimbra da Silva Universidade Federal de Goiás. Goiânia, Goiás, Brasil.

http://lattes.cnpq.br/2909623027354060 https://orcid.org/0000-0003-2236-5150

(13)

REVISÃO E PREPARAÇÃO DE ORIGINAIS

Dra. Patrícia Rodrigues Costa

Universidade de Brasília. Brasília, Distrito Federal, Brasil. http://lattes.cnpq.br/9546437584230118

https://orcid.org/0000-0002-3254-8914

Me. Rodrigo D’Avila Braga Silva

Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. http://lattes.cnpq.br/1746993519090773

https://orcid.org/0000-0001-6650-1674

DIAGRAMAÇÃO

Me. Rodrigo D’Avila Braga Silva

Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. http://lattes.cnpq.br/1746993519090773

https://orcid.org/0000-0001-6650-1674

DESENVOLVEDOR DO SITE

Marcelo Lorensi Bertoluci

Universidade Estadual de Santa Catarina. Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. http://lattes.cnpq.br/8545566893815168

(14)
(15)

SUMÁRIO

Apresentação ... 17 Programação ... 21 Palestra de Abertura: Signed Language Interpreting, a treasure trove for Interpreting Studies ... 29 Mesa redonda: A formação e a prática profissional de intérpretes com base no desenvolvimento de competências: duas propostas ... 33 Comunicações ... 39 Palestra: Proficiência e aprendizagem da interpretação: como aprendemos a interpretar? ... 57 Comunicações ... 61 Mesa redonda 2: Intérpretes em tempos de pandemia: formação, prática e suas implicações ... 79 Palestra: Community Interpreting as a Human Right: Professional Practices ... 87

Comunicações ... 91 Mesa redonda: Aspectos para a formação (continuada) de intérpretes .. 111

(16)
(17)

17

Apresentação

Dada à lacuna da área dos Estudos da Interpretação no Brasil, isto é,

a falta de um espaço de discussões, de reflexões e de proposições, e tendo

por objetivo contribuir para a consolidação da área, o

Congresso sobre

Estudos da Interpretação (CONEI) foi proposto, em 2019, pelo professor

doutor Diego Mauricio Barbosa (Universidade Federal de Goiás) como um

evento multi-institucional em parceria com os professores doutores

Guilherme Lourenço (Universidade Federal de Minas Gerais), Silvana Aguiar

dos Santos (Universidade Federal de Santa Catarina), Patrícia Tuxi

(Universidade de Brasília) e os professores mestres Raffaella de Filippis

Quental e Christiano Sanches do Valle (ambos da Pontifícia Universidade

Católica do Rio de Janeiro). Ao buscar uma aproximação dos Estudos da

Interpretação das línguas de sinais e os Estudos da Interpretação das

línguas orais, pode-se afirmar que o CONEI tem no diálogo relacionado aos

estudos sobre a interpretação de diferentes línguas, sem a separação ou a

junção de pares linguísticos e/ou modalidades das línguas, sua principal

característica. Em suma, o CONEI busca ser um evento que agregue

diferentes reflexões sobre a tarefa interpretativa e tudo a que a englobe;

reflexões essas que se iniciaram, em 2019, em sua primeira edição na

Universidade de Brasília (UnB).

Já o

III Colóquio sobre Interpretação de Línguas de Sinais em

Contextos Comunitários: Saúde, Educação & Justiça (CILSC) tem por

objetivo dar continuidade e ampliar as discussões iniciadas nas edições

realizadas, em 2017, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e, em

(18)

18

2019, na Universidade de Brasília (UnB). Assim, essa terceira edição segue

com o propósito de fomentar e promover discussões acerca da atuação de

tradutores e intérpretes de língua de sinais em diferentes espaços sociais

para o acesso das pessoas surdas aos serviços básicos de saúde,

educação e justiça.

Sendo eventos bienais, a Comissão Organizadora chegou a se

questionar sobre o formato do evento em 2021, visto que desde o início de

2020, devido à pandemia da Covid-19 e com vistas à preservação de

nossas vidas e de quem está ao nosso redor, tivemos de nos adaptar ao

mundo remoto e, como consequência, transportar todas as nossas

atividades, antes presenciais, para o formato online. De tal modo, visando

continuar e ampliar as discussões das edições anteriores, o II CONEI e o III

CILSC ocorrerão em formato online entre 26 e 28 de maio de 2021.

A escolha por não postergar os eventos, para que pudessem ser

realizados em formato presencial, nos deu uma rica oportunidade: a do

diálogo com pesquisadores de diferentes partes do globo, referências nos

Estudos da Interpretação. É com alegria que o II CONEI e o III CILSC contarão

a presença dos seguintes convidados, nacionais e internacionais: Denise de

Vasconcelos Araújo (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro),

Anna Ligia Pozzetti (Associação Profissional de Intérpretes de Conferência –

APIC), Maya de Wit (International Association of Conference Interpreters –

AIIC), Raquel Schaitza (International Association of Conference Interpreters

– AIIC), Fernando de Carvalho Parente Junior (Federação Brasileira das

Associações dos Profissionais Tradutores e Intérpretes e Guia-Intérpretes de

Língua de Sinais – Febrapils), Patrizia Cavallo (grupo TERMISUL da

(19)

19

Universidade Federal do Rio Grande do Sul), Teresa Dias Carneiro (Pontifícia

Universidade Católica do Rio de Janeiro), Markus Johannes

Weininger (Universidade Federal de Santa Catarina), Lara Dominguez

Araújo (Universidade de Vigo, Espanha), Debra Russell (Universidade de

Alberta, Canadá) e, nosso convidado de honra, Daniel Gile (Universidade

Sorbonne-Nouvelle – Paris III, França).

Buscamos, por meio das palestras, mesas redondas e comunicações,

continuar as reflexões das edições anteriores, além de proporcionar um

espaço de interação e discussão para pesquisadores, formadores,

profissionais e estudantes da área, principalmente no que tange aos

objetos de estudos que ainda não foram contemplados em trabalhos

científicos. Esse diálogo contribuirá para a aproximação entre os estudos

da interpretação das línguas de sinais e das línguas orais, com o intuito

maior de fortalecer a área dos Estudos da Interpretação no Brasil.

Ademais,

ambos

os

eventos

contemplam

interesses

multidisciplinares, atraindo pesquisadores e profissionais com perfis

diversificados, tais como pesquisadores em Estudos da Interpretação,

Estudos da Tradução, tradutores e intérpretes de línguas orais e de línguas

de sinais, linguistas, além dos próprios usuários dos serviços de

interpretação (sejam surdos ou não-surdos) e interessados na área.

Espera-se, com esses eventos, construir um espaço de interação

multilíngue, já que, embora as línguas oficiais dos eventos sejam o

português e a língua brasileira de sinais (Libras), não há impedimentos para

que sejam realizadas apresentações em inglês e espanhol.

(20)

20

Para o

II Congresso sobre Estudos da Interpretação e o III Colóquio

sobre Interpretação de Línguas de Sinais em Contextos Comunitários:

Saúde, Educação & Justiça, que acontecerão, nos dias 26, 27 e 28 de maio

de 2021, em formato

on-line, em plataforma fechada, foram propostos os

seguintes eixos temáticos:

Interpretação em contextos de conferência;

Interpretação em contextos comunitários;

Interpretação em contextos emergentes;

Interpretação em contexto de pandemia;

Formação de intérpretes: questões metodológicas, teóricas e

práticas.

Agradecemos aos pesquisadores que proferirão palestras ou

comporão as mesas-redondas e que gentilmente aceitaram nosso convite.

Agradecemos também às pessoas que submeteram propostas de

comunicação, ao comitê avaliativo composto por pesquisadores que se

dispuseram a avaliar as propostas recebidas, possibilitando, assim, a

realização de sessões de comunicação, que certamente enriquecerão

ainda mais as nossas reflexões, aos mediadores, aos intérpretes e a todos

aqueles que contribuíram para que os eventos tomassem forma e

acontecessem.

Prof. Dr. Diego Mauricio Barbosa

(Universidade Federal de Goiás)

(21)

21

Programação

26 de maio de 2021 13h30 Mesa de abertura 14h00 Palestra de abertura

Signed Language Interpreting, a treasure trove for Interpreting Studies Daniel Gile (Université Sorbonne-Nouvelle Paris III, França)

Mediação: Prof. Dr. Guilherme Lourenço (UFMG)

15h00

Mesa redonda

A formação e a prática profissional de intérpretes com base no desenvolvimento de competências: duas propostas

Patrizia Cavallo (UFRGS) Teresa Carneiro (PUC-Rio)

Mediação: Sabine Gorovitz (UnB)

16h30 Intervalo

Comunicações orais Mediação: Prof. Dr. Diego Maurício Barbosa (UFG)

16h40

O Perfil profissional do Tradutor/Intérprete de Libras-Português no contexto televisivo brasileiro: a formação específica em questão

Wharlley dos Santos (UFSC)

17h

Interpretação simultânea intermodal direta de nomes de pessoas em conferência acadêmica

Eduardo Andrade Gomes (UFJF; UFMG)

17h20

Estudo de Perfil e Atuação de Intérpretes de Libras-Português em Conferências em Universidades Federais Brasileiras

Joabe Barbosa Pimentel (UFSC) Carlos Henrique Rodrigues (UFSC)

(22)

22

17h40

O intérprete de Libras no âmbito educacional na pandemia da covid-19: atuação, adaptação e os desafios enfrentados

Dhenny Kétully Santos Silva Aguiar (Câmara Municipal de Goiânia)

18h

Políticas de tradução e de interpretação de Libras e Língua portuguesa no Instituto Federal do Espírito Santo

Eliana Firmino Burgarelli Ribeiro (UFES) Pedro Henrique Witchs (UFES)

18h20

Sim-consec: benefícios e desafios da técnica para interpretação consecutiva

Laís da Paixão Pinto (PUC-Rio)

Raffaella de Filippis Quental (PUC-Rio)

18h40

Autoavaliação na prática deliberada de interpretação Cris Silva (setor privado nos EUA)

Marília Vinson (Vinson Interpretation Studio e Colégio Interamericano de Defesa, EUA)

19h Tradução Oral à Prima Vista: pesquisa, contextos e desdobramentos Glória Regina Loreto Sampaio (PUC-SP)

(23)

23

27 de maio de 2021

14h00

Palestra

Proficiência e aprendizagem da interpretação: como aprendemos a interpretar?

Lara Domínguez Araújo (Universidade de Vigo, Espanha)

Mediação: Prof. Dr. Carlos Henrique Rodrigues (UFSC) Comunicações orais

Mediação: Dra. Patrícia Rodrigues Costa (POSTRAD/UnB)

15h00

Um panorama dos estudos em neuroanatomia e neurofisiologia da interpretação simultânea

Guilherme Lourenço (UFMG)

15h20

Produção acadêmica sobre o intérprete educacional em revistas internacionais: contribuições a partir de uma análise bibliométrica

Neiva de Aquino Albres (UFSC) Mairla Pereira Pires Costa (UFSC)

15h40

Formação básica de intérpretes de línguas indígenas de Roraima: o protagonismo indígena em defesa dos direitos linguísticos

Ananda Machado (UFRR) Digmar Jimézez Agrega (UFRR)

16h

A tradução e a interpretação para Libras em tempos de pandemia: políticas de baixo para cima

Neiva de Aquino Albres (UFSC)

Vânia de Aquino Albres Santiago (Instituto Singularidades; PUC-SP)

16h20

O estágio curricular na base de formação do intérprete de língua gestual/de sinais

Susana Barbosa (Escola Superior de Educação, Politécnico do Porto, Portugal)

(24)

24

16h40

O trabalho em equipe na interpretação remota em conferências durante a pandemia de COVID-19: dimensões de uma prática emergente

Tiago Coimbra Nogueira (UFRGS; UFSC) Vinícius Nascimento (UFSCar)

17h

O Modelo de Esforços de Gile aplicado à interpretação simultânea a distância no par português/inglês: o caso do congresso virtual “ABRALIN ao vivo”

Mônica Pires Rodrigues (UNITAU)

17h20

La implementación de la Central de Interpretación y Traducción de Lenguas Indígenas del Perú durante la pandemia de la Covid-19

Gerardo Manuel Garcia Chinchay (Ministério da Cultura do Peru) Claudia Sanchez Tafur (Ministério da Cultura do Peru)

17h50 Intervalo

18h00

Mesa redonda

Intérpretes em tempos de pandemia: formação, prática e suas implicações

Denise de Vasconcelos Araújo – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)

Anna Ligia Pozzetti – Associação Profissional de Intérpretes de Conferência (APIC)

Maya de Wit – International Association of Conference Interpreters (AIIC)

Raquel Schaitza – International Association of Conference Interpreters (AIIC)

(25)

25

Fernando de Carvalho Parente Junior – Federação Brasileira das Associações dos Profissionais Tradutores e Intérpretes e Guia-Intérpretes de Língua de Sinais (Febrapils)

(26)

26

28 de maio de 2021

14h00

Palestra

Community Interpreting as a Human Right: Professional Practices Debra Russell (Universidade de Alberta, Canadá)

Mediação: Me. Hanna Beer Furtado

Comunicações orais Mediação: Prof. Dr. Diego Maurício Barbosa (UFG)

15h00

Formação e competências específicas para tradutores, intérpretes e guia-intérpretes surdos

João Gabriel Duarte Ferreira (UFSC) Guilherme Leopold Silveira (UFSC)

Gabriel Finamore de Oliveira (Instituto Nacional de Educação de Surdos – INES)

15h20

Fichas Terminológicas na Área de Ortodontia: Um material para auxílio na Interpretação

Cristiane Siqueira Pereira (pesquisadora autônoma)

15h40

Critérios de contratação de intérpretes no par linguístico Libras/português em órgãos públicos federais

Francis Lobo Botelho Vilas Monzo (UnB)

16h

A atuação do intérprete de Libras na audiência criminal e questões para além da prática interpretativa

Luana Manini Genari de Souza Ramos (pesquisadora autônoma)

16h20

Do cárcere à ressocialização: Por uma proposta de formação de intérpretes comunitários

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16h40

Interpretação comunitária, interpretação nos serviços públicos, mediação intercultural? disputas acerca de uma nomenclatura para o campo

Daniella Avelaneda Origuela (UFPel)

17h

O delicado equilíbrio entre o desenvolvimento progressivo das habilidades e a formação de um profissional ético na sala de aula de interpretação

Denise de Vasconcelos Araujo (PUC-Rio)

17h20

Mediação linguístico-cultural em contexto universitário: uma experiência de ensino-aprendizagem de técnicas de mediação na UERJ

Anelise Freitas Pereira Gondar (UERJ)

17h40

A interpretação Comunitária em cenários médicos: por um atendimento inclusivo

Patrícia Gimenez Camargo (UNINOVE)

18h Intervalo

18h10

Mesa redonda

Aspectos para a formação (continuada) de intérpretes Markus Johannes Weininger (UFSC)

Diego Maurício Barbosa (UFG)

Mediação: Luciana Carvalho Fonseca (USP)

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Palestra de Abertura:

Signed Language Interpreting, a

treasure trove for Interpreting Studies

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Signed Language Interpreting, a treasure trove for Interpreting Studies

Prof. Dr. Daniel Gile

Université Sorbonne-Nouvelle Paris III, França http://www.cirinandgile.com/ https://orcid.org/0000-0003-4479-7114

daniel.gile@yahoo.com

The academic discipline now known as Interpreting Studies (IS) was set up by (spoken language) conference interpreters, who were interested in and around conference interpreting cognition, but discarded linguistic issues as irrelevant because these were postulated not to be significant when interpreters mastered their working languages fully. Much later, other interpreters started developing and institutionalizing research into community interpreting, where social problems, ethical problems and training problems were much more salient. The spoken language IS community is finally starting to acknowledge the importance of investigations into signed language interpreting, which combines features of the two settings and adds linguistic features and issues of its own, thus widening horizons and challenging some received wisdom. Reading research by signed language interpreting researchers is awareness-raising and inspiring for researchers into spoken language conference interpreting and researchers into spoken language community interpreting, and common projects by interpreters from all these settings has promising potential.

Keywords: Signed language interpreting. Spoken language interpreting. Conference interpreting. Community interpreting. Awareness-raising.

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Mesa redonda: A formação e a prática profissional de

intérpretes com base no desenvolvimento de

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Competência do intérprete ou competência em interpretação? –

Implicações para a formação de intérpretes e a prática profissional

Profa. Dra. Patrizia Cavallo

Universidade Federal do Rio Grande do Sul http://lattes.cnpq.br/5660147278187819 https://orcid.org/0000-0001-6541-1263

patriziacavallo.ita@gmail.com

Esta apresentação se propõe a dois objetivos: o primeiro é apresentar os conceitos de competência do intérprete e competência em interpretação com base na revisão da literatura especializada e na análise de cursos sediados em várias regiões do mundo, pesquisa esta realizada no âmbito do doutorado concluído pela autora em 2019 junto à Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O primeiro conceito seria mais abrangente do que o segundo, pois, quando tratamos de competência do intérprete, referimo-nos a tudo aquilo que um intérprete precisa saber e ser capaz de fazer para realizar com ótima qualidade a sua atividade profissional, conhecendo a si mesmo e às razões pelas quais cumpre as suas funções. O segundo propósito desta apresentação é refletir acerca do impacto que o entendimento destes conceitos pode ter tanto na formação de intérpretes quanto na prática profissional. Neste sentido, uma formação que enfoca mais a competência do intérprete do que aquela em interpretação privilegiaria não somente as habilidades anteriores e internas ao processo, mas também as posteriores, extrínsecas e envolvendo o processo, conforme as cinco dimensões do Modelo de Competência do Intérprete de Conferências apresentado na citada tese (CAVALLO, 2019). Assim, uma formação voltada para o intérprete e para todas as esferas que fazem parte do seu trabalho, e não apenas no processo da interpretação em si, possibilitaria o desenvolvimento de um profissional apto a

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enfrentar os desafios impostos pelo mercado, com alto grau de competência, sensibilidade intercultural e consciência do seu papel.

Palavras-chave: Competência do Intérprete. Competência em Interpretação. Modelo de Competência do Intérprete de Conferências. Formação de Intérpretes. Prática Profissional.

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Proposta de formação de intérpretes comunitários com foco em

competências tradutórias, interpessoais e interculturais

Profa. Dra. Teresa Dias Carneiro

Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro http://lattes.cnpq.br/2583988759143754

https://orcid.org/0000-0002-9774-1176 teresadcarneiro@gmail.com

Partindo do pressuposto de que os cursos tradicionais de formação de intérpretes têm um foco mais direcionado para a interpretação de conferências e que o intérprete comunitário necessita desenvolver habilidades e competências interpessoais e de mediação intercultural diferenciadas em relação ao intérprete de conferências, apresento uma proposta de reflexão para concepção de um curso de formação de intérpretes comunitários, em especial para refugiados, no Brasil. De início, é preciso conceituar interpretação comunitária e suas outras denominações, ressaltando controvérsias nessas conceituações, e definir o seu escopo, bem como o campo de atuação dos intérpretes comunitários. Em seguida, recuperando sucintamente as principais propostas de formação de tradutores/intérpretes por competências (ALBIR, 2015, entre outros) e um modelo de formação para intérpretes comunitários baseado em competências (KACZMAREK, 2010), será feita uma comparação entre propostas de cursos de formação de intérpretes comunitários brasileiros e internacionais, a fim de iniciar uma reflexão sobre uma proposta de um curso de formação de intérpretes comunitários no Brasil, com base na análise dos pontos positivos e negativos do que foi observado na pesquisa desses cursos. Tal proposta de formação será: 1. interinstitucional, envolvendo universidades brasileiras e internacionais; 2. no ensino híbrido, porém, com maior carga horária online, a fim possibilitar a

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participação de alunos(as) de todas as partes do Brasil e do mundo, e 3. com previsão de práticas e estágios em situações reais de interpretação, sejam presenciais sejam remotas.

Palavras-chave: Estudos da Interpretação. Interpretação comunitária. Interpretação para refugiados. Formação de intérpretes.

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O Perfil profissional do Tradutor/Intérprete de Libras-Português no contexto

televisivo brasileiro: a formação específica em questão

Me. Wharlley dos Santos

Universidade Federal de Santa Catarina http://lattes.cnpq.br/8067317905364344 https://orcid.org/0000-0001-5438-0895

professorwharlley@gmail.com

Embora a tradução audiovisual (TAV) tenha se iniciado no começo do século XX, apenas após a virada do milênio a mesma passa a receber atenção dentro da academia (SPOLIDORO, 2017). Quando observada entre línguas de modalidades diferentes, graças às legislações, a inserção do Tradutor/Intérprete de Libras-Português (TILSP) nesse contexto vem aumentando significativamente. A dissertação de mestrado intitulada “A tradução intermodal de Português-Libras em debates políticos televisionados no Brasil: sinalização e competência interpretativa” (DOS SANTOS, 2020) fez um levantamento de dados sobre os profissionais que atuam neste contexto. Como recorte, propomos apresentar a identificação e a análise do perfil profissional TILSP no contexto televisivo brasileiro, no que tange à sua formação. A necessidade de identificar esse perfil está relacionada ao alinhamento da formação acadêmica com as demandas de TAV do mercado de trabalho. Nesse sentido, e em conformidade com a literatura da área (KELLY, 2005), a identificação do perfil possibilitará a criação de cursos que visem a formar o profissional TILSP para atuar nesta demanda específica. Para esta apresentação, consideramos os dados coletados por Dos Santos (2020) por meio da aplicação de questionários on-line no Google Forms, procedimento aprovado pelo Comitê de Ética da UFSC (parecer nº3.200.658, Plataforma Brasil). O perfil típico que emergiu dos dados evidenciou o seguinte quadro referente ao

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grau de escolaridade dos profissionais participantes da pesquisa: (i) nível superior completo, com especialização em tradução/interpretação; (ii) o título de mestre; (iii) estudos complementados em cursos livres; (iv) ausência de formação especializada, em qualquer nível, especificamente para atuar com a TAV, o que nos mostra uma lacuna formativa a ser abordada em pesquisas futuras. Os resultados de nossa análise indicam que, no Brasil, a área de TAV carece do desenvolvimento de propostas formativas, em diversos níveis educacionais.

Palavras-chave: Perfil profissional. Tradução Audiovisual. Tradutor/Intérprete de Libras-Português. Formação. Interpretação simultânea.

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Interpretação simultânea intermodal direta de nomes de pessoas em

conferência acadêmica

Me. Eduardo Andrade Gomes

Universidade Federal de Minas Gerais Universidade Federal de Juiz de Fora http://lattes.cnpq.br/0224712555003228 https://orcid.org/0000-0003-3571-3644 edu.gomes06@gmail.com

A interpretação simultânea é concebida, segundo Setton e Dawrant (2016), como um processamento cognitivo altamente complexo, uma vez que as mensagens de uma língua são transpostas para outra praticamente ao mesmo tempo em que o discurso-fonte está sendo emitido. Para além do fator tempo, Simon (2019) reconhece que, frente à dimensão semântica e fonética dos léxicos, os nomes próprios de pessoas são um dos problemas encontrados por intérpretes nesse modo interpretativo. Nesse sentido, com vistas a identificar os estímulos nominais de pessoas na Libras, proferidos pelos oradores, e verificar como os intérpretes produzem essas marcações em português, quarenta e sete eventos interpretativos, de domínio público, relativos a conferências acadêmicas da área de tradução, interpretação e linguística, foram transcritos, categorizados e analisados, compilando trezentos e quarenta e cinco nomes, entre nacionais/nacionalizados e estrangeiros. Os resultados demonstram que os intérpretes tendem a produzir apenas o nome, o que não seria adequado à esfera de conferência acadêmica, em detrimento de somente o sobrenome ou o nome completo, no momento em que são expostos a sinais-pessoais. Quando os nomes e/ou sobrenomes surgem por meio da datilologia, geralmente a produção em português acompanha exatamente a palavra da língua-fonte. Em situações nas quais há uma locução nominal, composta pelo sinal seguido da datilologia, essa

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soletração manual aparenta ter uma implicação na manifestação da língua-alvo, porém a incidência da produção pelos intérpretes é um pouco similar com o ocorrido quando somente o sinal é expresso na língua-fonte. Nas circunstâncias em que a datilologia precede o sinal em Libras, a resposta dos intérpretes parece ser semelhante à detectada para a datilologia. Este estudo reforça o fato de os nomes próprios de pessoas serem uma dificuldade na interpretação, bem como a diversidade de ocorrências e respostas em um par linguístico intermodal.

Palavras-chave: Conferência acadêmica. Estudos da Interpretação. Interpretação Simultânea. Libras-português. Nomes de pessoas.

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Estudo de Perfil e Atuação de Intérpretes de Libras-Português em

Conferências em Universidades Federais Brasileiras

Joabe Barbosa Pimentel

Universidade Federal de Santa Catarina http://lattes.cnpq.br/5366253763088046

joabe.barbosa@grad.ufsc.br

Prof. Dr. Carlos Henrique Rodrigues

Universidade Federal de Santa Catarina http://lattes.cnpq.br/5540140775795294

https://orcid.org/0000-0002-5726-1485 carlos.rodrigues@ufsc.br

Nessa comunicação, apresentaremos os dados e as reflexões resultantes de uma pesquisa que teve como objetivo descrever o perfil de intérpretes de Libras-português das Universidades Federais brasileiras em relação à sua atuação em contextos de conferências. Na pesquisa, buscou-se obter um panorama quanto à formação, habilidades e competências, destes profissionais, bem como identificar as atitudes adotadas por eles em conferências, em sua atuação em equipe. Após notarmos que, no Brasil, ainda há poucas pesquisas que abordam especificamente o perfil profissional e a atuação dos intérpretes das universidades federais nesses contextos, vimos a possibilidade de coletar dados capazes de minimizar essa lacuna. Portanto, no intuito de construir seu perfil e de compreender sua atuação em conferências, contou-se, além de uma revisão bibliográfica (PAGURA, 2010; NOGUEIRA, 2016; LOURENÇO, 2017; GOMES, 2019), com o suporte dos Estudos da Tradução (PAGURA, 2003; POCHHACKER, 2009; HURTADO ALBIR, 2011; RODRIGUES, 2013; RODRIGUES; BEER, 2015, entre outros) e com a aplicação de um questionário aos servidores das universidades, tradutores e intérpretes de Libras-português, efetivos e temporários através de aplicativos de trocas de

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mensagens e redes sociais. Por fim, os dados, decorrentes das respostas de profissionais de 30 universidades federais, evidenciaram que os tradutores e intérpretes de Libras-português dessas instituições, em sua maioria, seriam mulheres entre 26 e 41 anos, com ProLibras e especialização, que aprenderam Libras após os 16 anos e que estão no cargo como efetivos de nível D. Os dados indicam ainda que tais profissionais buscam formação continuada para seu aperfeiçoamento. Constatou-se também alguns aspectos importantes em relação ao como esses profissionais se comportam antes, durante e após a atividade interpretativa em conferências, com destaque para as buscas terminológicas e/ou bibliográficas, o acesso ao material elaborado pelo palestrante, a atuação em equipe e as reuniões pós-evento. Por fim, temos que os dados oferecem algumas importantes pistas sobre como a atuação em conferências tem sido operacionalizada no contexto acadêmico, mais especificamente em algumas instituições federais de ensino superior.

Palavras-chave: Interpretação de conferência. Perfil de intérpretes. Libras; Universidades Federais. Questionário.

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O intérprete de Libras no âmbito educacional na pandemia da Covid-19:

atuação, adaptação e os desafios enfrentados

Me. Dhenny Kétully Santos Silva Aguiar

Câmara Municipal de Goiânia http://lattes.cnpq.br/4335401841089246

dhennydireito@gmail.com

Diante os inúmeros impactos causados pela Covid-19, observa-se que, além da crise sanitária e de saúde pública, o âmbito educacional também foi afetado. As aulas e os eventos passaram a ser realizados de forma remota por meio de plataformas digitais. Nesse contexto, o profissional intérprete de Libras (ILS), teve que se adaptar, buscando recursos tecnológicos que pudessem auxiliá-lo no exercício de seu ofício. Este trabalho tem por objetivo discutir os desafios enfrentados por esse profissional durante sua atuação no contexto educacional em cenário pandêmico. A priori, a discussão se dará com base na experiência como intérprete educacional em contexto acadêmico de forma remota no período de março/2020 a fevereiro/2021 na Universidade Federal de Goiás (UFG), a partir de uma abordagem qualitativa e fundamentada em Gil (2008), Barbosa (2014; 2020), Gile (2015) e Barbosa (2020). Para Gile, a interpretação requer: audição e análise, produção e memória de curto prazo. Esses esforços perpassam todos os instantes da interpretação, desde a recepção na língua de partida até a produção na língua de chegada. Nesse processo, ele lida com ausência de terminologias na língua de chegada, falhas na recepção na língua de partida, velocidade da fala etc., então utiliza-se estratégias como explicitação, omissão, para superá-los. Além disso, neste trabalho, identificamos que a interpretação remota oferece desafios adicionais, pois o ILS tem que lidar com plataformas digitais, aplicativos, qualidade da rede de internet, iluminação, equipamentos,

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recursos de áudio, dentre outros fatores inerentes ao trabalho remoto. Esses desafios poderão interferir negativamente na produção interpretativa, afinal, interpretar envolve, também, processos cognitivos. Nesse sentido, dispõe-se a contribuir para estudos mais aprofundados sobre o tema, visando melhores condições de trabalho do ILS e garantia de qualidade do serviço, haja vista que, no cenário atual, não se sabe quando/se as atividades deixarão de ser totalmente remotas.

Palavras-chave: Interpretação simultânea. Libras. Intérprete educacional. Pandemia. Interpretação remota.

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Políticas de tradução e de interpretação de Libras e Língua portuguesa no

Instituto Federal do Espírito Santo

Eliana Firmino Burgarelli Ribeiro

Universidade Federal do Espírito Santo http://lattes.cnpq.br/0627498753770164 https://orcid.org/0000-0002-1852-035X elianaburgarelli@gmail.com

Prof. Dr. Pedro Henrique Witchs

Universidade Federal do Espírito Santo http://lattes.cnpq.br/3913436849859138

http://orcid.org/0000-0003-0850-2366 pedro.witchs@ufes.br

Com o avanço de princípios inclusivos no século XXI, a tradução e a interpretação de línguas de sinais se tornaram fundamentais para o acesso, pelas pessoas surdas, aos mais variados contextos sociais. Assim, é possível observar a emergência de políticas de tradução e de interpretação que regulamentam essas atividades e interferem na forma como são oferecidas as práticas tradutórias e interpretativas no contexto comunitário. Este trabalho objetiva identificar políticas de tradução e de interpretação no âmbito do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes). Para tanto, sob a perspectiva de autores que discutem políticas linguísticas e políticas de tradução e de interpretação como Severo (2013), Spolsky (2016), Witchs (2019), Santos e Veras (2020), entre outros, buscou-se por um conjunto de documentos que regulamentam práticas de tradução e de interpretação de língua brasileira de sinais (Libras) e língua portuguesa no Ifes. Até o momento, foi possível identificar dois conjuntos documentais. O primeiro é composto por documentos externos ao Instituto, compreendidos pela legislação federal do período entre 2002 e 2019. Esse conjunto trata do reconhecimento e da

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regulamentação da Libras, bem como da profissão de tradutor e intérprete de língua de sinais; estabelece cotas e ações afirmativas; legisla sobre a inclusão no país e interfere na contratação de tradutores e intérpretes na administração pública federal. O segundo conjunto, composto pelos documentos internos ao Ifes no período entre 2014 e 2020, é constituído pela política de acessibilidade do Instituto; editais de concursos públicos e de contratação; resoluções do conselho superior; portarias; uma cartilha de acessibilidade e inclusão e uma instrução normativa. Com base nesses dois conjuntos, espera-se desenvolver uma discussão sobre os aspectos políticos que constituem a tradução e a interpretação no âmbito institucional que geram efeitos nos processos de inclusão de pessoas surdas.

Palavras-chave: Tradução e interpretação. Interpretação comunitária. Políticas linguísticas. Políticas de tradução. Serviço público.

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Sim-consec: benefícios e desafios da técnica para interpretação

consecutiva

Laís da Paixão Pinto

Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro http://lattes.cnpq.br/5500712863064364

https://orcid.org/0000-0001-5781-5356 laisdpp@gmail.com

Profa. Me. Raffaella de Filippis Quental

Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro http://lattes.cnpq.br/1725819160955902 https://orcid.org/0000-0001-9476-7146 rdfquental@gmail.com

O objetivo do trabalho é mostrar os benefícios e desafios de uma modalidade de interpretação híbrida denominada simultânea-consecutiva, também conhecida como sim-consec. Essa modalidade consiste em usar um gravador digital durante a interpretação consecutiva para gravar os segmentos da fala do orador, para fazer em seguida a interpretação simultânea do segmento, a partir da gravação. Por se tratar da junção da interpretação consecutiva com a simultânea, a sim-consec abraça não só os benefícios das duas modalidades, mas também seus respectivos desafios, além de aumentar o uso de tecnologia na interpretação. Uma das vantagens da sim-consec é permitir que o intérprete ouça duas vezes o segmento da fala do orador, garantindo assim um tempo maior para pensar em boas soluções para sua interpretação. Em contrapartida, a sim-consec exige que o intérprete opere um dispositivo eletrônico, seja um gravador digital ou tablet, durante a interpretação consecutiva, com a mesma segurança com que vira as páginas do bloco para ver suas anotações. Neste trabalho, o Modelo de Esforços de Daniel Gile será usado para analisar os esforços envolvidos na sim-consec. Por

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meio da análise de três trabalhos, publicados pelos autores: Michelle Ferrari (FERRARI, 1999), Erik Camayd-Freixas (CAMAYD-FREIXAS, 2005) e Marc Orlando (ORLANDO, 2010), é possível observar a evolução dessa nova modalidade e suas diferentes aplicações, tanto no mercado de interpretação, quanto na formação de intérpretes. Para comparar o desempenho do intérprete usando o método de sim-consec ou a sim-consecutiva convencional, foi usado como referência um experimento feito por Miriam Hamidi e Franz Pöchhacker (HAMIDI; PÖCHHACKER, 2007, p. 278). Após análise dos resultados, foi possível concluir que, mesmo com os erros associados à interpretação simultânea, a sim-consec apresentou melhor acurácia em comparação com o método de interpretação consecutiva com tomada de notas.

Palavras-chave: Interpretação de conferências. Modalidades de interpretação. Simultânea-consecutiva. Sim-consec. Gravação digital.

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Autoavaliação na prática deliberada de interpretação

Me. Cris Silva

setor privado nos EUA http://allinportuguese.com/ allinportuguese@gmail.com

Me. Marília Vinson

Vinson Interpretation Studio, EUA Colégio Interamericano de Defesa, EUA https://vinsoninterpretationstudio.com/ mariliavinson@gmail.com

Mesmo depois de se formarem, os intérpretes nunca terminam de estudar e praticar. Dois elementos essenciais no desempenho de um intérprete experiente são: prática deliberada e autoavaliação. Esta comunicação apresentará um modelo de autoavaliação de intérpretes como uma maneira de aprimorar o desempenho. Começaremos com um breve panorama das habilidades cognitivas mais importantes que os intérpretes devem adquirir. Após esta visão geral, apresentaremos uma série de exercícios e atividades para ajudar intérpretes a aprimorar as habilidades de interpretação.

Palavras-chave: Prática deliberada de intérpretes. Autoavaliação na interpretação. Formação de intérpretes. Interpretação simultânea. Interpretação consecutiva.

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Tradução Oral à Prima Vista: pesquisa, contextos e desdobramentos

Profa. Dra. Glória Regina Loreto Sampaio

Pontifícia Universidade Católica de São Paulo http://lattes.cnpq.br/4748127296210591 https://orcid.org/0000-0002-7951-923X

gloria_sampaio@hotmail.com

A Tradução Oral à Prima Vista (TrPV), modalidade tradutório-interpretativa híbrida situada na interface tradução/interpretação, constitui um saber operacional inerente ao exercício profissional do intérprete – aqui incluídos os que lidam com línguas orais-auditivas ou visuais-espaciais, donde sua pertinência seja no âmbito dos cursos de formação, seja no campo das pesquisas de variado teor que enriquecem o conhecimento conceitual e pragmático sobre tal modalidade. Nesta comunicação abordaremos, de forma sucinta, os tipos de pesquisa (finalizadas ou em andamento), os contextos em que tais estudos ocorrem e as novas frentes que se descortinam na investigação das múltiplas facetas da TrPV. Se até o final do século XX a pesquisa sobre a TrPV mostrava-se tímida, no século XXI, em particular nesta última década, o interesse investigativo a respeito dessa modalidade desponta com maior vigor e ganha ímpeto de forma paulatina e continuada. Para ilustrar essa marcha positiva, serão referidas, de início, as pesquisas realizadas sob a égide do projeto “A Tradução Oral à Prima Vista: aspectos teóricos, práticos e teórico-práticos e interfaces com o ensino-aprendizagem da tradução e da interpretação”, de autoria da proponente desta comunicação. A seguir, serão mencionadas algumas contribuições mais recentes advindas da comunidade internacional. Por fim, apontaremos os focos de investigação emergentes e os estudos mais recentes, com destaque à confluência entre tradução intermodal (SEGALA; QUADROS. 2015) e a TrPV. O breve panorama

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a ser traçado ao longo da comunicação objetiva realçar a relevância do tema no âmbito da prática profissional e cursos de formação de intérpretes.

Palavras-chave: Tradução Oral à Prima Vista (TrPV). Formação de intérpretes. Pesquisa em TrPV. Contextos e áreas e+mergentes da TrPV. Tradução intermodal e TrPV.

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Palestra: Proficiência e aprendizagem da interpretação:

como aprendemos a interpretar?

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Proficiência e aprendizagem da interpretação: como aprendemos a

interpretar?

Profa. Dra. Lara Domínguez Araújo

Universidade de Vigo, Espanha www.uvigo.gal/es/universidad/administracion-personal/pdi/lara-dominguez-araujo

https://laradoar.wordpress.com/ https://orcid.org/0000-0003-1257-838X

laradoar@gmail.com Nesta palestra faremos uma revisão da evolução da conceção da docência e da aprendizagem da interpretação, desde os seus primórdios no início da interpretação simultânea, até a atualidade. Consideraremos, em primeiro lugar, as mudanças trazidas pela generalização do ensino universitário em interpretação para destacar, a seguir, o impacto na formação do desenvolvimento da pesquisa em interpretação em contextos de conferências. O advento da pesquisa interdisciplinar foi um marco que acabou trazendo conceitos da psicologia cognitiva e da psicologia da aprendizagem para a formação em interpretação, como a metacognição e a autorregulação. De facto, nos últimos anos a pesquisa em interpretação tem-se centrado na aquisição das competências necessárias para interpretar em geral e no desenvolvimento da

expertise em particular, fazendo finca-pé neste alvo como horizonte ao que ambicionar a longo prazo. Pesquisas recentes, assim e todo, põem em dúvida o caráter progressivo da aprendizagem ao longo da vida e surgem vozes que questionam a infalibilidade da deliberate practice para atingir a desejada expertise.

Ao final da palestra, compartilharemos essa discussão e colocaremos perguntas sobre os caminhos a seguir a partir da formação e da pesquisa acadêmicas, bem como da pedagogia.

Palavras-chave: Aprendizagem da interpretação. Expertise. Deliberate practice. Interpretação de conferências.

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Um panorama dos estudos em neuroanatomia e neurofisiologia da

interpretação simultânea

Guilherme Lourenço

Universidade Federal de Minas Gerais http://lattes.cnpq.br/5326894531503471 https://orcid.org/0000-0002-4272-1282

guilhermelourenco@ufmg.br

Tarefas de interpretação simultânea envolvem diferentes processos cognitivos que permitem que o profissional possa compreender a mensagem em uma determinada língua de partida e reformulá-la em uma outra língua de chegada. Uma vez que processos mentais são implementados é possível investigarmos quais são seus respectivos correlatos neuroanatômicos e neurofisiológicos. Nesta apresentação, irei revisar os principais resultados obtidos em pesquisas de neuroimagiologia e o que elas têm revelado sobre o cérebro intérprete. Assim, contemplarei os estudos de imagem funcional (RINNE et al., 2000; ELMER, 2016; AHRENS et al., 2010; HERVAIS-ADELMAN et al., 2015a, 2015b) e de imagem estrutural (ELMER et al., 2011, 2014; BECKER et al., 2016; KLEIN et al., 2018; HERVAIS-ADELMAN et al., 2017; VAN DE PUTTE et al., 2018), de modo a buscar pontos de convergência entre essas investigações. Destaca-se, assim, o envolvimento de diferentes estruturas cerebrais, tais como: o córtex cingulado anterior; o recrutamento sistemático do córtex pré-frontal tanto direito quanto esquerdo; regiões do lobo parietal inferior; o núcleo caudado; e o cerebelo direito. Essas estruturas recrutadas têm sido associadas a diferentes funções cognitivas na tarefa de interpretação, tais como: alternância e seleção de línguas; monitoramento e resolução de conflito; seleção e inibição de resposta; alocação e gerenciamento de atenção; ativação, inibição e controle de língua; e controle de processos articulatórios e da fala. Além de uma

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melhor compreensão das bases neurobiológicas da interpretação, esses estudos nos permitem também compreender melhor as propriedades do cérebro (multi/bilíngue) e também da cognição humana como um todo.

Palavras-chave: Interpretação. Neurobiologia. Neuroimagiologia. Neuroanatomia. Neurofisiologia.

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Produção acadêmica sobre o intérprete educacional em revistas

internacionais: contribuições a partir de uma análise bibliométrica

Profa. Dra. Neiva de Aquino Albres

Universidade Federal de Santa Catarina http://lattes.cnpq.br/1652645656634694

https://orcid.org/0000-0003-1567-297X neivaaquino@yahoo.com.br

Me. Mairla Pereira Pires Costa

Universidade Federal de Santa Catarina http://lattes.cnpq.br/8964505105340990 https://orcid.org/0000-0001-5285-5850 mairla.libras@gmail.com

As pesquisas sobre Línguas de Sinais e seus usos em diferentes esferas, como suas aplicações sociais, têm crescido consideravelmente. O presente trabalho visou analisar o desenvolvimento de pesquisas acadêmicas na área de Interpretação Educacional em Línguas de Sinais, no período de 1990 a 2020 com base em publicações de revistas internacionais que divulgam produções ligadas aos Estudos sobre Educação de Surdos e Linguística das Línguas de Sinais. Adotou-se como metodologia a análise bibliométrica. Essa pesquisa contribui com pesquisadores e tradutores-intérpretes ao disponibilizar uma base de dados e seus achados. O corpus foi composto por cinco revistas acadêmicas publicadas em língua inglesa, no qual contabilizamos 38 publicações sobre tradução e/ou interpretação na esfera educacional (disponíveis em: https://bityli.com/cLCZK). Sobre o nível de ensino, 36% das pesquisas não foram realizadas necessariamente em espaços de sala de aula e os outros 64% focam sobre educação e prática de interpretação em Língua de Sinais. Destacam-se os seguintes assuntos: a interpretação em sala de aula (53%) como mais recorrente, seguido pela inclusão

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escolar (18%), formação de intérprete educacional (18%), e educação de surdos (3%), competências interpretativas (3%) e segurança do trabalho (3%). A partir dos temas levantados, docentes e pesquisadores podem tomar proveito das evidências disponíveis nestas pesquisas. Discutir a formação de intérpretes a partir de pesquisas tem sido uma necessidade do campo (ROY, 2000). Dentre os métodos empregados, constatamos: estudos de caso (63%), estudos experimentais (13%), revisão bibliográfica (13%), pesquisa-ação (8%) e análise documental (3%). Esse levantamento é um passo para qualquer pesquisador que se interesse sobre a interpretação educacional. Compilamos os trabalhos, seus assuntos e as metodologias utilizadas num período de 30 anos para refletir como esse campo de pesquisa se desenvolveu internacionalmente.

Palavras-chave: Pesquisa bibliométrica. Interpretação de língua de sinais. Interpretação educacional. Estudos da Interpretação. Interpretação comunitária.

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Formação básica de intérpretes de línguas indígenas de Roraima: o

protagonismo indígena em defesa dos direitos linguísticos

Profa. Dra. Digmar Jiménez Agreda

Universidade Federal de Roraima http://lattes.cnpq.br/0091246949541422 https://orcid.org/0000-0001-8804-0098

digmarjimenezagreda@gmail.com

Profa. Dra. Ananda Machado

Universidade Federal de Roraima http://lattes.cnpq.br/1012133793187374 https://orcid.org/0000-0002-3363-2587

machado.ananda@gmail.com

Esta comunicação tem por objetivo apresentar uma reflexão sobre a experiência do Curso de Formação Básica de Intérpretes de Línguas Indígenas de Roraima, realizado nos meses de janeiro e fevereiro de 2021, em Boa Vista, com um total de 65 horas. Esta experiência multilíngue, multicultural e transnacional contou com a participação de 122 estudantes de várias comunidades indígenas do estado e de migrantes indígenas venezuelanos. A formação incluiu uma área prática dedicada à aprendizagem das diferentes técnicas de interpretação comunitária e uma parte teórica composta por aulas sobre políticas linguísticas, direitos linguísticos, diversidade linguística indígena brasileira, interpretação e interculturalidade, interpretação em contextos de saúde e justiça. O material didático utilizado tomou como referência o trabalho de Katherine Allen et al (2018) para a formação de intérpretes de línguas indígenas no Estado da Califórnia (EUA), que foi traduzido do inglês para o português por Jaqueline Nordin, por nós adaptado ao contexto indígena de Roraima e traduzido para as línguas Wai Wai, Macuxi, Taurepang, Ingarikó, Ye’kwana, Wapichana, Yanomami, Warao, E’ñepa e

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Espanhol. Os resultados preliminares contribuíram para despertar o interesse pela formação continuada, prestigiando diversas áreas da interpretação comunitária nas línguas indígenas. O engajamento dos tutores linguísticos evidenciou o protagonismo indígena no curso. A iniciativa impulsionou ainda a construção de uma rede em nível nacional e internacional, funcionando como espaço de ativismo coletivo em prol dos direitos linguísticos e humanos. Há perspectivas de organização de experiências semelhantes às de Roraima em outros estados do Brasil para atender às demandas dos falantes de outras línguas indígenas no Brasil. Espera-se que a continuidade dessa formação em Roraima e as demais iniciativas no Brasil contribuam na valorização das línguas indígenas em nosso país. O intérprete comunitário indígena formado poderá garantir um atendimento intercultural e uma mediação linguística qualificada no acesso aos serviços públicos de educação, saúde, justiça e assistência social.

Palavras-chave: Formação de intérpretes. Interpretação comunitária. Línguas indígenas. Intérprete comunitário indígena. Roraima.

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A tradução e a interpretação para Libras em tempos de pandemia:

políticas de baixo para cima

Profa. Dra. Neiva de Aquino Albres

Universidade Federal de Santa Catarina http://lattes.cnpq.br/1652645656634694

https://orcid.org/0000-0003-1567-297X neivaaquino@yahoo.com.br

Profa. Me. Vânia de Aquino Albres Santiago

Instituto Singularidades Pontifícia Universidade Católica de São Paulo http://lattes.cnpq.br/4237219882494900 https://orcid.org/0000-0002-3533-9835 vania.santiago10@yahoo.com.br

Neste estudo, propõe-se uma análise do contexto de política linguística para surdos e o lugar do tradutor intérprete de Libras-Português, refletindo sobre as ações linguísticas institucionais e as práticas cotidianas de tradução e interpretação para a Libras no Brasil. Justifica-se este estudo, dado que, embora exista legislação que se refere aos direitos básicos e direitos de comunicação, informação e atendimento em Libras para as pessoas surdas (BRASIL, 2002, 2005, 2015), os direitos linguísticos dos surdos ainda não estão garantidos e, que, portanto, a condição da diferença linguística combinada com a situação de exclusão social aumenta consideravelmente a condição de vulnerabilidade de diferentes grupos. Pautadas na análise dialógica do discurso de Bakhtin e do Círculo (2010, 2016), utilizamos a pesquisa bibliográfica exploratória e análise qualitativa. Para tanto, selecionamos documentos textuais e visuais no intuito de descrevê-los, analisá-los e compará-los, com base também no conceito de Paisagem Linguística (BEN-RAFAEL et al, 2006) e de Política Linguística (CALVET,

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2007). No sentido top-dow consideramos os pronunciamentos do presidente da república e informes do ministro da Saúde e de sua equipe, também consideramos os pronunciamentos de governadores dos Estados e prefeitos dos municípios. No sentido bottom-up, consideramos discursos e ações circulantes nas redes sociais, atividades realizadas por instituições de ensino e pesquisa (universidades e institutos) e por entidades representativas da comunidade surda, como por exemplo: Feneis, Febrapils e Wasli. Constatamos que, apesar da política no Brasil garantir o acesso às informações em Libras, isso ocorre de fato pela via da tradução proveniente das comunidades de surdos e de intérpretes. Esse fato escancara as desigualdades sociais, principalmente a linguística, considerando que a prevenção ao Covid-19 é a única saída no momento e a informação técnica de higienização e isolamento ou distanciamento social como também de recursos provindos do governo para a subsistência são veiculados majoritariamente pela língua portuguesa oral. As desigualdades são minimizadas pela ação de tradutores e intérpretes de Libras-Português ouvintes e surdos que unidos desenvolvem uma política linguística de baixo para cima essencialmente pela tradução e pela interpretação, comprometidos com o coletivo e fazendo uso na esfera pública, em espaços virtuais promovendo a acessibilidade e inclusão social.

Palavras-chave: Interpretação de língua de sinais. Interpretação comunitária. Discurso. Política linguística. Paisagem Linguística.

Referências

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