• Nenhum resultado encontrado

Relatório e Contas. Lisboa,

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Relatório e Contas. Lisboa,"

Copied!
66
0
0

Texto

(1)
(2)
(3)
(4)
(5)

Relatório e contas 2017 | 5

I  Relatório Anual

1. Introdução | 9

2. Atividade do FGCAM | 10

3. Informação sobre as caixas do SICAM | 12

4. Análise das contas do FGCAM do exercício de 2017 | 20

5. Síntese do Plano de Atividades do FGCAM para o ano de 2018 | 27

6. Proposta de aplicação do resultado do exercício de 2017 | 27

II Contas do Exercício de 2017

| 29

Anexos

1. Notas às demonstrações financeiras | 37

2. Lista das instituições participantes no FGCAM em 31-12-2017 | 49

3. Alterações no enquadramento jurídico do FGCAM e do Crédito Agrícola Mútuo | 52

Parecer do Conselho de Auditoria do Banco de Portugal

| 57

(6)
(7)

Relatório e contas 2017

Conforme disposto no artigo 21º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de novembro, a Comissão Dire-tiva apresentou ao Senhor Secretário de Estado Adjunto e das Finanças para aprovação o Rela-tório e Contas do Fundo referentes ao exercício de 2017 acompanhados dos pareceres do Con-selho de Auditoria do Banco de Portugal e do auditor externo.

Os referidos Relatório e Contas do Fundo foram aprovados pelo Despacho n.º 318/18-SEAFin do Senhor Secretário de Estado Adjunto e das Finanças, de 30 de abril de 2018.

(8)
(9)

1. Introdução

2. Atividade do FGCAM

3. Informação sobre as Caixas do SICAM

4. Análise das contas do FGCAM

do exercício de 2017

5. Síntese do Plano de Atividades

do FGCAM para o ano de 2018

6. Proposta de aplicação do resultado

do exercício de 2017

(10)
(11)

1. Introdução

O Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (FGCAM) foi criado pelo Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de abril, tendo o seu Regime Jurídico sido redefinido pelo Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de novembro, com as alterações introduzidas pelos Decreto-Lei n.º 126/2008, de 21 de julho, Decreto-Lei n.º 211-A/2008, de 3 de novem-bro, Decreto-Lei n.º 162/2009, de 20 de julho, Decreto-Lei n.º 119/2011, de 26 de dezembro, Decreto-Lei n.º 31-A/2012, de 10 de fevereiro e pela Lei n.º 23-A/2015, de 26 de março. Tem atribuídas como finalidades:

• garantir o reembolso, nos termos e condi-ções legalmente definidos, de depósitos constituídos na Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) participantes no Sis-tema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM), entidades que entregam anual-mente ao FGCAM uma contribuição de valor determinado, no ano 2017, nos termos do Aviso n.º 3/2010 do Banco de Portugal.

• promover e realizar as ações consideradas necessárias para assegurar a liquidez e a sol-vabilidade das Caixas participantes.

O FGCAM funciona no Banco de Portugal, que presta o necessário apoio técnico e material, é dirigido por uma Comissão Diretiva, ten-do como Presidente um membro ten-do Conse-lho de Administração do Banco de Portugal e sendo os dois Vogais nomeados um em repre-sentação do Ministério das Finanças e outro em representação da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo1. Em 2014 foi instituída a figura de Secretário-Geral do FGCAM2.

Ao Conselho de Auditoria do Banco de Portu-gal compete, nos termos legais, as funções de fiscalização do FGCAM. O parecer do Conselho de Auditoria do Banco de Portugal ao Relató-rio e às Contas do FGCAM relativos a 2017 é incluído em anexo ao presente Relatório. Ao Tribunal de Contas, que fiscaliza a atividade do FGCAM, é enviada anualmente toda a infor-mação exigível, de acordo com as disposições legais em vigor.

As demonstrações financeiras do FGCAM foram, ainda, objeto de auditoria externa pela socieda-de socieda-de revisores oficiais socieda-de contas Ernst & Young Audit & Associados-SROC, S. A., cujo parecer se encontra em anexo ao presente Relatório.

(12)

2. Atividade do FGCAM

No exercício de 2017 o FGCAM prosseguiu as ações de acompanhamento e assistência finan-ceira ao SICAM, dando continuidade à política seguida nos anos anteriores.

Em 31 de dezembro de 2017 estavam em vigor Contratos de Assistência Financeira envolven-do empréstimos concedienvolven-dos pelo FGCAM no valor de 85 milhões de euros, bem como aqui-sições de créditos realizadas, em anos ante-riores, através da CREDIVALOR – Sociedade Liquidada em 2011 (adiante designada “CREDI-VALOR”), no montante de 17 milhões de euros. Desde a sua constituição, o FGCAM concedeu ao SICAM empréstimos no montante global de 252,7 milhões de euros: 33,5 milhões à Caixa Central e 219,2 milhões a CCAM, tendo já sido integralmente reembolsados empréstimos por 37 CCAM no valor de 167,8 milhões de euros.

Contratos de Assistência Financeira (CAF) em 31-12-2017 | em milhares de euros

CAF CCAMN.º (Empréstimos FGCAM Subordinados) CREDIVALOR(a) (aquisição créditos e/ou capital) Em vigor 7 84 957 16 971 Terminados 37 167 772 74 075 Total 44 252 728 91 046 (a) Sociedade liquidada em 23-09-2011.

O FGCAM procede, periodicamente, à análise e acompanhamento da evolução das CCAM per-tencentes ao SICAM, com enfoque nas benefi-ciárias da Assistência Financeira do Fundo, no intuito de avaliar o cumprimento dos objetivos fixados nos respetivos Planos de Recuperação, parte integrante dos Contratos de Assistên-cia Financeira que consubstanAssistên-ciam a assistên-cia concedida. O FGCAM analisa ainda outras CCAM cuja situação económica e financeira merece um acompanhamento preventivo. Ao longo do ano de 2017, o FGCAM proce-deu à gestão das aplicações financeiras dos seus recursos, aplicando-os de acordo com as regras e plano de investimento definidos. Anualmente, o FGCAM procede ao apuramen-to e cobrança da contribuição anual das CCAM

participantes no SICAM, em duas prestações (abril e outubro).

No ano de 2017, e de acordo com o Aviso n.º 3/2010 do Banco de Portugal3, que define o regime de contribuições para o FGCAM, o valor da contribuição anual a entregar ao FGCAM foi obtido pela aplicação, ao valor médio dos depósitos elegíveis do SICAM, de uma taxa que resulta do produto da taxa contributiva de base, fixada em 0,0017% para o ano de 2017 (Instrução n.º 23/2016 do Banco de Portugal) por um fator de ajustamento calculado em fun-ção do Rácio Common Equity Tier 1 consolidado do SICAM. Posteriormente, na determinação do valor da contribuição para cada Caixa, foi aplicado um fator multiplicativo ao valor médio dos respetivos depósitos elegíveis. O fator mul-tiplicativo aplicado a cada CCAM e à Caixa Cen-tral é função do respetivo Rácio Common Equity

Tier 1, sendo associado um fator

multiplicati-vo menor às CCAM com Rácio Common Equity

Tier 1 mais elevado. A repartição das CCAM do

SICAM por fator multiplicativo, nos últimos 2 anos, consta do quadro seguinte:

Repartição das CCAM por Fator Multiplicativo (FM)

FM = 11,5/Rácio

Common Equity Tier 1

Médio Ano 2017 Ano 2016

2,00 2 2,4% 2 2,4% 1,50 < FM < 2,00 4 4,8% 4 4,8% 1,40 < FM ≤ 1,50 1 1,2% 1 1,2% 1,30 < FM ≤ 1,40 0 0,0% 4 4,8% 1,20 < FM ≤ 1,30 4 4,8% 0 0,0% 1,10 < FM ≤ 1,20 3 3,6% 2 2,4% 1,00 < FM ≤ 1,10 1 1,2% 2 2,4% 0,90 < FM ≤ 1,00 1 1,2% 3 3,6% 0,80 < FM ≤ 0,90 5 6,0% 4 4,8% 0,80 62 74,7% 61 73,5% Total 83 100% 83 100%

Com referência ao cálculo das contribuições de 2017, a 62 (74,7%) das 83 CCAM do SICAM foi aplicado o fator multiplicativo mínimo 0,8, que corresponde a CCAM que apresentaram

(13)

um Rácio Common Equity Tier 1 médio igual ou superior a 14,29%. Comparativamente ao ano de 2016, constata-se um aumento da percen-tagem de CCAM abrangidas pelo fator multipli-cativo mais baixo (0,8) que, de 73,5% em 2016, passou para 74,7% em 2017. Por oposição, o fator multiplicativo mais elevado (2,00) foi apli-cado a 2 CCAM (2,4%), as quais apresentaram Rácios Common Equity Tier 1 iguais ou inferiores a 5,76%, o mesmo número de CCAM que em 2016. O conjunto das CCAM abrangidas pelos fatores multiplicativos intermédios registou uma diminuição, tendo passado de 24,1% em 2016, para 22,9% das CCAM em 2017.

Com periodicidade semestral, o FGCAM proce-de ao apuramento do montante dos proce- depósi-tos por si garantidos. À semelhança de anos anteriores, no exercício em análise não ocor-reu qualquer situação de indisponibilidade de depósitos4 no SICAM.

Com periodicidade anual, o FGCAM simula, relativamente a uma CCAM do SICAM, uma situação de necessidade de dar cumprimento ao estabelecido na alínea b) do art.º 1.º do Avi-so n.º 5/2011, do Banco de Portugal.

Foram, ainda, desenvolvidos outros estudos técnicos relacionados com o funcionamento do FGCAM, enquanto instrumento de prote-ção dos depositantes.

O FGCAM acompanhou, também, a gestão dos ativos remanescentes provenientes da liquidação da CREDIVALOR que, ao abrigo do art.º 148.º do Código das Sociedades Comer-ciais, transitaram para o Fundo.

Durante o ano de 2017, o Fundo participou, no âmbito do European Forum of Deposit

Insu-rers (EFDI), organismo do qual é membro desde

2006, em diversos projetos com vista à recolha e tratamento de informação sobre Garantia de Depósitos e à cooperação entre organizações similares.

No final do ano de 2017, a página web do FGCAM foi profundamente reformulada, con-tando não só com a atualização dos respeti-vos conteúdos mas também com uma nova imagem e novas funcionalidades, no sentido de facilitar e melhorar a comunicação com o

público que a visita. O grafismo do novo site na internet foi acompanhado, também, de uma alteração do logótipo do FGCAM, que assim viu modernizada a sua identidade gráfica. Anterior logótipo do FGCAM

Fundo de Garantia

do Crédito Agrícola Mútuo

(14)

3. Informação sobre as Caixas do SICAM

Tal como em anos anteriores, à data de

elabo-ração deste relatório não eram ainda conhe-cidas as contas consolidadas do SICAM; por tal razão, a análise foi feita a partir das contas da Caixa Central, por um lado, e das contas do conjunto das CCAM do SICAM, por outro. Em 31 de dezembro de 2017 o SICAM era constituído pela Caixa Central e por 80 Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas5 (menos duas do que no ano anterior, em resul-tado da conclusão, no decorrer do exercício, de dois processos de fusão envolvendo 4 CCAM).

3.1. Caixa Central do Crédito Agrícola

Mútuo

De acordo com as contas apresentadas, a situação da Caixa Central era a seguinte em 31 de dezembro de 2017:

• O Ativo Líquido da Caixa Central ascendia a 8,9 mil milhões de euros, mais 924 milhões de euros do que em 31 de dezembro de 2016, e tinha a seguinte composição:

Caixa central | em 106 euros

Ativo 31-12-2017 31-12-2016 Variação Disponibilidades 329 275 54 Aplicações em I.C. 1177 1057 120 Crédito sobre clientes (V. Líq.) 1337 1265 72 Ativos financeiros 5652 5030 622 Outros ativos 393 337 56 Ativo líquido total 8888 7964 924 Fonte: ProClarity.

– O Crédito sobre Clientes, no valor de 1,3 mil milhões de euros, representava 15% do total do Ativo, sendo o valor do Crédito Vencido de 68 milhões de euros, menos 2 milhões de euros do que em 31 de dezembro de 2016.

– Das Imparidades para Crédito, no valor global de 136 milhões de euros, 51 milhões são Imparidade para Crédito Vencido e correspondem a 74% do valor desse

crédito (em 31 de dezembro de 2016 o valor correspondente era de 91%). – O valor das Aplicações em Instituições

de Crédito, aproximadamente de 1,2 mil milhões de euros, registou um acréscimo de 120 milhões de euros relativamente a 2016. – A rubrica Ativos Financeiros, no valor de

5,7 mil milhões de euros, representava 63,6% do Ativo Líquido Total e registou um aumento de 622 milhões de euros relativamente a 31 de dezembro de 2016.

• Em 31 de dezembro de 2017 o Passivo da Caixa Central correspondia a 96,3% do Ativo, ascendendo a 8,6 mil milhões de euros, valor superior em 826 milhões de euros ao regis-tado em 31 de dezembro de 2016.

Caixa central | em 106 euros

Passivo 31-12-2017 31-12-2016 Variação Recursos de I.C. 7641 7042 599 Recursos de clientes 731 600 131 Passivos subordinados 20 20 0 Provisões 6 15 -9 Outros passivos 162 58 104 Passivo total 8561 7735 826 Fonte: ProClarity.

– Os Recursos de Instituições de Crédito, no valor de 7,6 mil milhões de euros, representavam 89,3% do total do Passivo e correspondiam, na sua maioria, 73%, a Recursos de Caixas associadas.

– A Dívida Subordinada ascendia a 20 milhões de euros, valor idêntico ao de 31 de dezem-bro de 2016.

• O valor do Capital Próprio, 3,7% do Ativo da Caixa Central, ascendia a 327 milhões de euros, mais 98 milhões de euros do que em 31 de dezembro de 2016.

O Capital Social, 304 milhões de euros, aumentou 1 milhão de euros relativamente a 31 de dezembro de 2016.

(15)

Em 31 de dezembro de 2017, os Resultados Transitados eram negativos em 47 milhões de euros.

Caixa central | em 106 euros

Capital próprio 31-12-2017 31-12-2016 Variação

Capital social 304 303 1 Reservas 15 -27 42 Resultados transitados -47 -38 -9 Resultado do exercício 55 -9 64 Capital próprio 327 229 98 Fonte: ProClarity.

• No ano 2017, o Resultado Líquido do Exer-cício foi positivo em 55 milhões de euros, valor superior em 64 milhões de euros ao registado em 2016.

• Análise do Resultado do Exercício da Caixa Central:

Caixa central | em 106 euros

Conta de resultados 2017 2016 Variação

Juros e rendimentos similares 169 152 17

Juros e encargos similares 131 132 -1

Margem financeira 38 20 18

Rendimentos de serviços e comissões líquidos 23 21 2

Resultados de operações financeiras 74 37 37

Outros resultados operacionais 0 0 0

Produto bancário 134 78 56

Custos de funcionamento 47 47 0

Gastos com pessoal 27 26 1

Gastos gerais administrativos 20 21 -1

Amortizações 1 1 0

Variação de provisões, correções de valor e imparidade 8 37 -29

Resultado antes de impostos 79 -7 86

Impostos 24 2 22

Resultado líquido do exercício 55 -9 64

Cash-flow líquido de IRC 64 29 35

Fonte: ProClarity.

No ano 2017, o Produto Bancário ascendeu a 134 milhões de euros, valor superior em 56 milhões de euros ao registado em 2016. A Margem Financeira foi de 38 milhões de euros, determinada por Juros e Rendimentos Similares de 169 milhões de euros e Juros e Encargos Similares da ordem dos 131 milhões de euros.

Os Custos de Funcionamento, 47 milhões de euros, assumiram um valor semelhante ao de 2016, uma vez que o acréscimo de 1 milhão de euros nos Gastos com Pessoal foi compensado

pela redução de 1 milhão de euros nos Gas-tos Gerais Administrativos face ao ano anterior. Em 2017, as Provisões, Correções de Valor e Imparidades foram reforçadas em 8 milhões de euros, montante inferior em 29 milhões de euros ao registado em 2016.

O Resultado Líquido do Exercício de 2017 é positivo em 55 milhões de euros, montante superior em 64 milhões de euros ao do Exer-cício anterior. O Cash-flow Líquido do Exercí-cio foi de 64 milhões de euros, excedendo em 35 milhões de euros o obtido no ano anterior.

(16)

3.2. CCAM do SICAM

A análise da evolução das CCAM do SICAM foi efetuada com base no universo das Caixas Agrícolas pertencentes ao SICAM em 31 de dezembro de 2017.

• Em 31 de dezembro de 2017, o Balanço resultante do somatório não consolidado dos Balanços individuais das CCAM par-ticipantes no SICAM6 ascendia a 14,8 mil milhões de euros, mais 922 milhões de euros do que o valor homólogo de 31 de dezembro de 2016, apresentando o Ativo a seguinte composição:

CCAM do SICAM | em 106 euros

Ativo 31-12-2017 31-12-2016 Variação Disponibilidades 322 386 -64 Aplicações em I.C. 5578 5247 331 Crédito sobre clientes (V. Líq.) 7439 6800 639 Ativos financeiros 363 279 84 Outros ativos 1056 1124 -68 Ativo líquido total 14 758 13 836 922 Fonte: ProClarity.

– O Crédito sobre Clientes ascendia a 7,4 mil milhões de euros, representando 50,4% do Ativo Líquido Total. O valor do Crédi-to Vencido, 457 milhões de euros, dimi-nuiu 20 milhões de euros em relação ao ano anterior e as respetivas Imparidades, 287 milhões de euros, diminuíram 113 milhões de euros relativamente a 2016. O Crédito Vencido encontrava-se, assim, provisionado em 63%, percentagem inferior em 21 p.p. à de dezembro de 2016. – As Aplicações em Instituições de

Crédi-to Crédi-totalizavam 5,6 mil milhões de euros e correspondiam, quase na totalidade, a Aplicações na Caixa Central, as quais representam 38% do total do Ativo das CCAM e cerca de 65% do Passivo total da Caixa Central.

– A rubrica Outros Ativos ascendia a cer-ca de 1,1 mil milhões de euros e repre-sentava 7,2% do Ativo Líquido Total. Esta rubrica agrega Outros Ativos Tangíveis e

Intangíveis, cujo valor bruto era de 460 milhões de euros e as respetivas Amor-tizações Acumuladas de 232 milhões de euros, bem como Investimentos, com valor bruto de 331 milhões de euros, que abrangem, nomeadamente, as participa-ções no Capital Social da Caixa Central, no valor de 304 milhões de euros. A rubrica de Investimentos encontrava-se provisio-nada em 108 mil euros.

– O valor das Disponibilidades era de 322 milhões de euros, representando 2,2% do Ativo.

• O Passivo do conjunto das CCAM do SICAM ascendia a 13,4 mil milhões de euros, mais 811 milhões de euros do que em 31 de dezembro de 2016, e tinha a seguinte composição:

CCAM do SICAM | em 106 euros

Passivo 31-12-2017 31-12-2016 Variação Recursos de I.C. 1193 1062 131 Recursos de clientes 11 905 11 169 736 Passivos subordinados 108 118 -10 Provisões 20 70 -50 Outros passivos 123 120 3 Passivo total 13 350 12 539 811 Fonte: ProClarity.

– Os Recursos de Clientes, que represen-tam 89,2% do total do Passivo, ascen-diam a 11,9 mil milhões de euros, mais 736 milhões de euros do que em 31 de dezembro de 2016.

– O valor dos Passivos Subordinados era de 108 milhões de euros, dos quais 85 milhões respeitam a Empréstimos Subor-dinados concedidos pelo Fundo às CCAM do SICAM.

• O Capital Próprio do conjunto das CCAM do SICAM ascendia, em 31 de dezembro de 2017, a 1,4 mil milhões de euros e a cobertura do Ativo por Capitais Próprios era de 9,5%, mais 0,1 p.p. do que em 31 de Dezembro de 2016. No final do ano 2017, a composição dos Capi-tais Próprios era a seguinte:

(17)

CCAM do SICAM | em 106 euros

Capital próprio 31-12-2017 31-12-2016 Variação

Capital social 1086 1034 52 Reservas 330 294 36 Resultados transitados -98 -111 13 Resultado do exercício 89 81 8 Capital próprio 1408 1297 111 Fonte: ProClarity.

– O montante do Capital Social ascendia a cerca de 1,1 mil milhões de euros e o das Reservas a 330 milhões de euros; – Os Resultados Transitados eram

negati-vos em 98 milhões de euros;

– O Resultado Líquido do Exercício, no montante de 89 milhões de euros, foi superior em 8 milhões de euros ao apu-rado no ano 2016.

Os Capitais Próprios aumentaram 111 milhões de euros em resultado dos acréscimos verifi-cados no Capital Social, nas Reservas, no valor do Resultado Líquido apurado em 2017, bem como pela redução dos Prejuízos Transitados.

• A Conta de Resultados obtida pela agrega-ção das contas de exploraagrega-ção do conjunto das CCAM do SICAM evidencia um Resultado Líquido do Exercício não consolidado de 89 milhões de euros.

CCAM do SICAM | em 106 euros

Conta de resultados 2017 2016 Variação

Juros e rendimentos similares 270 292 -22

Juros e encargos similares 20 37 -17

Margem financeira 250 255 -5

Rendimentos de serviços e comissões líquidos 125 117 8

Resultados de operações financeiras 5 1 4

Outros resultados operacionais 14 21 -7

Produto bancário 394 394 0

Custos de funcionamento 256 254 2

Gastos com pessoal 149 149 0

Gastos gerais administrativos 107 105 2

Amortizações 12 12 0

Variação de provisões, correções de valor e imparidade 7 17 -10

Resultado antes de impostos 119 111 8

Impostos -30 -30 0

Resultado líquido do exercício 89 81 8

Cash-flow líquido de IRC 108 109 -1

Fonte: ProClarity.

O Produto Bancário ascendeu a 394 milhões de euros, valor semelhante ao obtido em 2016. A Margem Financeira, 250 milhões de euros, foi inferior em 5 milhões de euros à do ano ante-rior, tendo sido determinada por Juros e Ren-dimentos Similares de 270 milhões de euros e Juros e Encargos Similares no valor de 20 milhões de euros.

Os Gastos com Pessoal e os Gastos Gerais Administrativos, no montante global de 256

milhões de euros, registaram em 2017 um aumento de 2 milhões de euros, aproximada-mente mais 1%.

As Provisões, Variações de Valor e Imparidades foram reforçadas em 7 milhões de euros (mon-tante inferior em 10 milhões de euros ao regis-tado no ano de 2016), tendo-se verificado um reforço (líquido de reversões), em 5 milhões de euros, nas Imparidades para Crédito.

(18)

O Resultado antes de Impostos, de 119 milhões de euros, registou um acréscimo de 8 milhões de euros relativamente ao do exercício de 2016. O conjunto das CCAM do SICAM registou, em 2017, um Resultado Líquido do Exercício7 de 89 milhões de euros, superior em 8 milhões de euros ao de 2016.

O Cash-flow Líquido do Exercício foi de 108 milhões de euros, valor inferior em 1 milhão de euros ao obtido no ano anterior.

• O quadro seguinte apresenta alguns indi-cadores relativos ao conjunto das 81 CCAM do SICAM (das quais 7 tinham, no final do ano, Contrato de Assistência Financeira com o FGCAM), agrupadas em classes de acordo com o valor do seu Ativo Líquido em 31 de dezembro de 2017.

81 CCAM do SICAM – 31 de dezembro de 2017 | em 106 euros

Valor do ativo líquido

[0;60[ [60;120[ [120;180[ [180;240[ >=240 Total CCAM

N.º de CCAM 8 24 19 14 16 81

N.º de caixas com resultado líquido

exercício < 0 0 0 0 1 0 1

N.º de caixas assistidas 0 1 5 1 0 7

Ativo líquido * (106 euros) 48 88 152 211 402 182

Intervalo de variação máximo 58 120 178 231 573 573

mínimo 29 61 121 182 254 29

Capitais próprios * (106 euros) 8 10 12 21 37 17

Intervalo de variação máximo 11 21 21 52 79 79

mínimo 6 2 -3 0 12 -3

N.º de CCAM (% no total de caixas do

SICAM) 10% 30% 23% 17% 20% 100%

Rec. de clientes/Rec. de clientes

das CCAM do SICAM (%) 2% 14% 20% 20% 44% 100%

Crédito total/Crédito total das CCAM

do SICAM (%) 2% 14% 20% 18% 46% 100%

Crédito vencido/Crédito vencido

das CCAM do SICAM (%) 3% 15% 24% 21% 37% 100%

Crédito total/Recursos de clientes * (%) 63% 64% 69% 60% 70% 67%

Intervalo de variação máximo 83% 88% 86% 91% 86% 91%

mínimo 42% 41% 40% 38% 47% 38%

Crédito total/ativo * (%) 48% 51% 56% 49% 57% 54%

Intervalo de variação máximo 62% 68% 66% 71% 70% 71%

mínimo 35% 33% 34% 32% 37% 32%

Crédito vencido/crédito total * (%) 6% 7% 7% 7% 5% 6%

Intervalo de variação máximo 15% 34% 21% 13% 10% 34%

mínimo 2% 2% 1% 4% 2% 1%

Custos de funcionamento/produto

bancário * (%) 74% 68% 68% 66% 62% 65%

Intervalo de variação máximo 109% 85% 82% 86% 79% 109%

mínimo 57% 52% 56% 39% 40% 39%

(19)

Da informação apresentada destacam-se os seguintes aspetos:

• O valor médio do Ativo das 81 CCAM é de 182 milhões de euros e 8 CCAM, 10% do total, têm Ativo de valor inferior a 60 milhões de euros.

As 8 CCAM com Ativo inferior a 60 milhões de euros representam 10% do número total de CCAM e apenas 2% da captação de Recursos e da concessão de Crédito do SICAM, excluindo a Caixa Central. Este con-junto de CCAM é ainda responsável por 3% do valor do Crédito Vencido do conjunto de CCAM do SICAM.

Nenhuma CCAM deste grupo beneficia da Assistência Financeira do FGCAM.

• As 30 CCAM com Ativo superior a 180 milhões de euros representam 37% do número total de CCAM e detêm 64% dos Recursos de Clientes e da concessão de Cré-dito do conjunto das CCAM do SICAM, bem como 58% do total de Crédito Vencido. Esta classe inclui a CCAM com maior valor de Capital Próprio, 79 milhões de euros. A CCAM que em 2017 apurou Resultado do Exercício negativo, apresenta Ativo entre 180 e 240 milhões de euros, beneficia da Assistência Financeira do FGCAM e detém 2,9% do total de Crédito Vencido do conjun-to das CCAM do SICAM.

• As CCAM com Ativo entre 60 e 180 milhões de euros representam 53% do número total de CCAM do SICAM, detêm 34% dos Recur-sos captados e do Crédito Concedido, assim como 39% do Crédito Vencido do conjunto de CCAM do SICAM. A este grupo pertencem as restantes 6 das 7 CCAM que têm Contrato de Assistência com o FGCAM.

• Em média, a taxa de transformação de Recursos captados em Crédito Concedido foi de 67%.

• Em relação aos indicadores Crédito Total/ Recursos de Clientes, Crédito Total/Ativo e Crédito Vencido/Crédito Total destaca-se a heterogeneidade de valores verificados den-tro de cada classe.

• Os Custos de Funcionamento absorveram em média 65% do Produto Bancário das CCAM. Uma vez mais se verifica grande heterogeneidade dentro de cada classe, sendo na classe de CCAM com Ativo entre 180 e 240 milhões de euros que se encon-tra a Caixa cujos Custos de Funcionamento absorvem a menor percentagem do respeti-vo Produto Bancário. 

• O quadro seguinte apresenta alguns indi-cadores relativos ao conjunto das 81 CCAM do SICAM agrupadas em classes de acordo com o valor do seu Capital Próprio em 31 de dezembro de 2017. 

(20)

81 CCAM do SICAM – 31 de dezembro de 2017 | em 106 euros

Valor do capital próprio

< 0 [0;5[ [5;7,5[ [7,5;10[ [10;25[ >=25 CCAMTotal

N.º de CCAM 3 2 8 18 33 17 81

N.º de caixas com resultado líquido

exercício < 0 1 0 0 0 0 0 1

N.º de caixas assistidas 3 2 0 2 0 0 7

Capitais próprios * (106 euros) -2 3 7 9 16 40 17

Intervalo de variação máximo 0 3 7 10 24 79 79

mínimo -3 2 6 8 10 27 -3

Ativo líquido * (106 euros) 171 119 58 104 165 366 182

Intervalo de variação máximo 231 146 76 211 523 573 573

mínimo 129 93 29 41 58 198 29

N.º de CCAM (% no total de caixas

do SICAM) 4% 2% 10% 22% 41% 21% 100%

Rec. de clientes/Rec. de clientes

das CCAM do SICAM (%) 4% 1% 3% 13% 38% 41% 100%

Crédito total/Crédito total das CCAM

do SICAM (%) 3% 2% 3% 13% 36% 43% 100%

Crédito vencido/Crédito vencido

das CCAM do SICAM (%) 8% 2% 5% 14% 36% 35% 100%

Crédito total/Recursos de clientes * (%) 66% 83% 55% 66% 65% 69% 67% Intervalo de variação máximo 72% 88% 83% 83% 91% 86% 91%

mínimo 57% 80% 42% 43% 38% 47% 38%

Crédito total/ativo * (%) 55% 63% 45% 54% 53% 55% 54% Intervalo de variação máximo 59% 68% 62% 66% 71% 70% 71%

mínimo 49% 60% 35% 36% 32% 37% 32%

Crédito vencido / Crédito total * (%) 13% 5% 11% 6% 6% 5% 6% Intervalo de variação máximo 21% 6% 34% 15% 18% 10% 34%

mínimo 10% 5% 2% 1% 1% 2% 1%

Custos de funcionamento / Produto

bancário * (%) 75% 65% 79% 70% 69% 59% 65%

Intervalo de variação máximo 79% 68% 94% 109% 85% 75% 109%

mínimo 69% 62% 60% 56% 50% 39% 39%

(21)

Da informação apresentada destacam-se os seguintes aspetos:

• O valor médio do Capital Próprio das CCAM é de 17 milhões de euros embora 6% do con-junto das CCAM do SICAM ainda tivesse um Capital Próprio inferior a 5 milhões de euros.

• Do número total de CCAM do SICAM, 3 tinham Capital Próprio Negativo, sendo que estas CCAM beneficiam de Contrato de Assistência com o FGCAM. Destas CCAM uma apurou Resultado Líquido negativo em 2017.

As CCAM com Capital Próprio Negativo deti-nham 8% da carteira de Crédito Vencido do conjunto das CCAM do SICAM, 4% dos Recursos captados e 3% do Crédito Total Concedido.

• As CCAM com Capital Próprio entre 5 e 10 milhões de euros representam 32% do conjunto de CCAM do SICAM, detêm 16% dos Recursos captados e do Crédito Conce-dido, bem como 19% da carteira de Crédito Vencido.

Duas CCAM deste grupo têm Contrato de Assistência com o FGCAM

• As CCAM com Capital Próprio superior a 10 milhões de euros são 50, representando 62% do total, detêm 79% dos Recursos cap-tados e do Crédito Concedido, bem como 71% da carteira de Crédito Vencido. Neste grupo nenhuma CCAM beneficia de Assistên-cia Financeira do FGCAM.

A análise da informação referente a 31 de dezembro 2017 relativa ao conjunto das 81

CCAM do SICAM permite salientar a evolução favorável dos seguintes indicadores, face a 31 de dezembro de 2016:

– aumento do Capital Social em 5%, mais 52 milhões de euros;

– aumento em 13 milhões de euros do valor médio do Ativo, mais 8%;

– redução do Crédito Vencido em 4%, menos 20 milhões de euros;

– redução, em 0,8 p.p., do valor médio do indi-cador Crédito Vencido/Crédito Total, para 5,7%; – maior valor do Resultado do Exercício,

superior em 8 milhões de euros relativa-mente ao de 2016;

– redução, em 3, do número de Caixas com Resultado do Exercício negativo;

– redução em 45 milhões de euros, 8%, do valor dos Créditos Abatidos ao Ativo; – redução, em 4 milhões de euros, do valor

global da insuficiência de Capital Próprio, que ascendia a 25 milhões de euros, em 31 de dezembro de 2017.

Subsistem, porém, rubricas que apresentaram evolução desfavorável, nomeadamente:

– diminuição da cobertura do Crédito Ven-cido por Provisões específicas, menos 21 p.p., para 63%;

– redução do Cash-flow em 1%, menos 1 milhão de euros.

(22)

4. Análise das contas do FGCAM do exercício

de 2017

A contabilidade do FGCAM obedece ao Plano de Contas8 proposto pelo Departamento de Contabilidade e Controlo do Banco de Portugal e aprovado pela Comissão Diretiva do FGCAM.

4.1. Balanço em 31 de dezembro de 2017

Em 31 de dezembro de 2017 e conforme Balanço em anexo:

• O Ativo Líquido do Fundo ascendia a 348 milhões de euros, mais 871 mil euros do que em 31 de dezembro de 2016, e tinha a seguinte composição:

FGCAM | em 103 euros

Ativo 31-12-2017 31-12-2016 Variação

Ativo corrente Aplicações financeiras

Aplicações para garantia de depósitos 199 851 199 787 64

Aplicações livres 62 295 61 593 702

Estado e outros entes públicos 9 9 0

Outras contas a receber e diferimentos 638 694 -56

Ativos não correntes detidos para venda 168 7 161

262 961 262 090 871 Ativo não corrente

Empréstimos concedidos ao SICAM 84 957 84 957 0

Ativo líquido total 347 917 347 046 871

• As Aplicações para Garantia de Depósitos constituídos nas Caixas do SICAM ascendiam a cerca de 199,8 milhões de euros, mais 64 mil euros do que no fim de 2016, sendo que este aumento decorreu maioritariamen-te da especialização de juros a receber no vencimento.

Em 31 de dezembro de 2017, o valor das Aplicações para Garantia de Depósitos cor-respondia a aproximadamente 1,93% do valor dos Depósitos Garantidos9 constituí-dos nas Caixas do SICAM, nessa data. Estas aplicações estão constituídas nos termos e para os efeitos do art.º 11º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de novembro e têm por objetivo permitir que o FGCAM garanta, até 100.000 euros10, por depositante e por ins-tituição de crédito, o reembolso dos depósi-tos constituídos na Caixa Central de Crédito

Agrícola Mútuo e nas Caixas de Crédito Agrí-cola Mútuo suas associadas.

• O valor das Aplicações Livres, 62,3 milhões de euros, está aplicado em Depósitos à ordem e a prazo, bem como em Certificados Especiais de Dívida de Curto Prazo (CEDIC) emitidos pelo Instituto de Gestão da Tesou-raria e do Crédito Público (IGCP).

• O saldo dos Empréstimos ao SICAM atingia o valor global de 85 milhões de euros, montan-te idêntico ao de 31 de dezembro de 2016, uma vez que não foram concedidos novos empréstimos, nem ocorreram reembolsos de empréstimos.

• O saldo das rubricas Estado e Outros Entes Públicos e Outras Contas a Receber e Dife-rimentos era de 647 mil euros, valor infe-rior em 56 mil euros relativamente a 31 de dezembro de 2016.

(23)

• O valor dos Ativos não Correntes Detidos para Venda, correspondente a imóveis na posse do FGCAM em resultado da liquida-ção da CREDIVALOR, era de 168 mil euros, montante superior em 161 mil euros ao de 31 de dezembro de 2016.

O aumento de valor desta rubrica decorreu do reconhecimento de novos ativos em vir-tude da transmissão de propriedade para o FGCAM de duas frações autónomas, em resultado da retificação da escritura de liqui-dação da CREDIVALOR.

FGCAM | em 103 euros

Recursos próprios e passivo 31-12-2017 31-12-2016 Variação

Recursos próprios

Contribuições 295 271 295 128 143

Reservas 51 766 51 395 371

Resultado líquido do exercício 727 371 356

347 763 346 894 869 Passivo

Passivo corrente

Estado e outros entes públicos 13 9 4

Outras contas a pagar e diferimentos 14 41 -27

Passivo não corrente

Passivos por impostos diferidos 127 103 24

154 152 2

Recursos próprios e passivo total 347 917 347 046 871

• Em 31 de dezembro de 2017 os Recursos Próprios do FGCAM ascendiam a 347,8 milhões de euros:

– Contribuições11 de 295,3 milhões de euros, recebidas nos anos 1998 a 2017, dos quais 143 mil euros recebidos no ano de 2017 a título de Contribuição Anual do SICAM.

Nos termos do disposto no art.º 9.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de novem-bro, o valor da contribuição anual é determinado em função do valor médio dos saldos mensais dos depósitos do ano anterior garantidos pelo Fundo, sendo o seu pagamento feito em duas presta-ções, a primeira durante o mês de abril e a segunda durante o mês de outubro do ano a que respeita.

– Reservas no valor de 51,8 milhões de euros.

O acréscimo de 371 mil euros no valor das Reservas no ano de 2017 corres-ponde à transferência do Resultado do

Exercício de 2016, conforme proposta de aplicação de resultados aprovada por Despacho do Senhor Secretário de Esta-do Adjunto e das Finanças.

– Resultado positivo do Exercício de 2017 de 727 mil euros.

O Resultado do Exercício de 2017 cor-responde a um acréscimo de 356 mil euros relativamente ao valor homólogo do Exercício de 2016, conforme expli-citado na análise da Demonstração de Resultados.

• O Passivo, correspondente a Dívidas ao Estado e Outros Entes Públicos, a Outras Contas a Pagar e Diferimentos e a Passivos por Impostos Diferidos, ascendia, em 31 de dezembro de 2017, a 154 mil euros, mais 2 mil euros do que em 31 de dezembro de 2016.

• No exercício de 2017 registou-se, em termos globais:

– aumento do valor dos Recursos Próprios, em 869 mil euros;

(24)

– aumento do valor do Ativo em 871 mil euros:

– fundos afetos à Garantia de Depósi-tos: mais 64 mil euros;

– valor das Aplicações Livres: mais 702 mil euros;

– Outras Contas a Receber e Diferi-mentos e Ativos Não Correntes Deti-dos para Venda: mais 105 mil euros.

Assim, a situação do FGCAM em 31 de dezem-bro de 2017 era, em termos globais, a seguinte:

– Passivo de valor diminuto,

– Recursos Próprios de 347,8 milhões de euros,

– Empréstimos ao SICAM no montante de 85 milhões de euros e

– Aplicações Financeiras de 262,1 milhões de euros.

4.2. Demonstração de resultados do exercício de 2017

FGCAM | em 103 euros

Demonstração de resultados 2017 2016 Variação

Resultado de juros e de rendimentos e gastos equiparados 808 607 200

Juros de aplicações financeiras 352 151 201

Juros de empréstimos ao SICAM 456 457 -1

Ganhos/perdas em aplicações financeiras 50 42 8

Imposto sobre o rendimento 188 179 9

De aplicações financeiras 92 84 8

De empréstimos ao SICAM 96 95 1

Resultado da aplicação dos recursos disponíveis 670 470 200

Gastos com pessoal 49 49 0

Fornecimentos e serviços externos 35 35 0

Outros resultados 152 -26 178

Outros rendimentos e ganhos 172 18 154

Outros gastos e perdas 20 44 -24

Resultado antes de imparidade e provisões 738 360 378

Perdas/Reversões em Imparidade de Ativos 11 -10 22

Resultado líquido do exercício 727 371 356

O Resultado Líquido do Exercício de 2017, positivo em 727 mil euros, foi obtido a partir de um Resultado da Aplicação dos Recursos Disponíveis no valor de 670 mil euros, acresci-do de Outros Resultaacresci-dos positivos e deduziacresci-do das despesas de funcionamento do FGCAM e das Perdas em Imparidade de Ativos.

No exercício de 2017, os Proveitos líquidos do FGCAM ascenderam a 670 mil euros, resultan-tes de rendimentos gerados pelas Aplicações Financeiras (em Depósitos a Prazo, em CEDIC e numa Carteira de Títulos de Dívida) e pelos Empréstimos ao SICAM.

As Despesas de Funcionamento, 84 mil euros, englobam Custos com Pessoal (remuneração de membros da Comissão Diretiva12) de 49 mil euros e Fornecimento e Serviços Externos de 35 mil euros, conforme discriminado no anexo às demonstrações financeiras.

Os Outros Resultados, positivos em 152 mil euros, resultaram, essencialmente, da trans-missão da propriedade, para o FGCAM, de duas frações autónomas, decorrente da reabertura do processo de liquidação e dissolução da CRE-DIVALOR, ganhos parcialmente absorvidos por outras despesas do FGCAM (emolumentos ao

(25)

Tribunal de Contas, quotização anual para o EFDI, despesas com serviços bancários e des-pesas decorrentes da gestão de processos de crédito e de imóveis).

Da análise comparativa das Contas referentes aos exercícios de 2017 e 2016 conclui-se que a diferença entre o Resultado apurado no ano 2017 e o do ano anterior, no montante de 356 mil euros, é explicada por:

• acréscimo no Resultado da Aplicação dos Recursos Disponíveis em 200 mil euros, essencialmente em resultado da recompo-sição das aplicações financeiras e da sua diversificação, decorrente do investimento em CEDIC;

• maior valor dos Outros Resultados, mais 178 mil euros;

• maior valor das Perdas por Imparidade, mais 22 mil euros.

4.3. Aplicações financeiras do FGCAM

em 31 de dezembro de 2017

Em 31 de dezembro de 2017, as Aplicações Financeiras do FGCAM ascendiam a 262,1 milhões de euros, dos quais cerca de 199,8

respeitam a Aplicações destinadas, exclusi-vamente, à Garantia dos Depósitos constituí-dos nas CCAM do SICAM e os restantes 62,3 milhões de euros a Aplicações Livres.

O valor dos Depósitos constituídos nas Caixas do SICAM elegíveis para efeitos da garantia do FGCAM ascendia a 11 926 milhões de euros, em 31 de dezembro de 2017, dos quais 10 333 milhões de euros abrangidos pela garantia do FGCAM, tendo em conta o limite de cobertu-ra de 100 mil euros. Deste modo, o quocien-te entre o valor dos Recursos Financeiros do FGCAM e o valor dos Depósitos Garantidos é de 2,54% (menos 0,16 p.p. face ao período homólogo do ano anterior), excedendo em 1,74 p.p. o mínimo estabelecido no n.º 2, do art.º 7.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de novembro. Nessa data, o quociente entre o valor das Apli-cações para Garantia de Depósitos e o valor dos Depósitos Garantidos é de 1,93% (menos 0,13 p.p. do que no período homólogo do ano anterior).

O Gráfico seguinte apresenta a evolução dos recursos financeiros do FGCAM, bem como dos Depósitos Garantidos do SICAM, entre 2010 e 2017. 0 100 200 300 400 500 0 2000 4000 6000 8000 10 000 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Aplicações Livres Aplicações p/ Garantia Depósitos Depósitos Garantidos

Depósitos (em M€) Recursos do FGCAM (em M€)

Gráfico 1 • Evolução dos depósitos garantidos e dos recursos financeiros do FGCAM

(26)

Do montante das Aplicações para Garan-tia de Depósitos a 31 de dezembro de 2017, 86,413milhões de euros correspondem ao valor de mercado, acrescido dos juros a receber, da carteira de Títulos de Dívida, composta por obri-gações emitidas por estados soberanos da Zona Euro, por bilhetes do tesouro, por dívida privada e por Depósitos à Ordem junto do Banco de Por-tugal14, e os restantes 113,5 milhões de euros a Depósitos a Prazo em Instituições de Crédito e a Certificados Especiais de Dívida de Curto Pra-zo (CEDIC) emitidos pelo Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP).

O valor das Aplicações Livres corresponde a Depósitos a Prazo e à Ordem em Instituições de Crédito e a CEDIC.

O prazo de constituição das aplicações finan-ceiras em Instituições de Crédito, entre 4 e 12 meses, é escolhido com base em considera-ções de liquidez e rentabilidade.

Em 31 de dezembro de 2017 o valor das Apli-cações a Prazo e à Ordem excedia em 40,5 p.p. o mínimo fixado na alínea a) do n.º 1 do artigo 11.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de novem-bro, correspondendo a cerca de 50,5% do valor do Ativo Líquido do FGCAM.

Aplicações Financeiras em Instituições de Crédito e IGCP em 2017

Montante Aplicado (€) a

31-12-2017

Taxa de

renta-bilidade bruta(1)Taxa de rentabi-lidade líquida(1)

175 635 296 0,25% 0,20%

(1) Taxas anualizadas.

A rendibilidade (antes de IRC) das Aplicações em Instituições de Crédito e em CEDIC foi, no ano 2017, de 0,25% (a que corresponde uma rendibilidade líquida de 0,20%). A remuneração destas Aplicações foi, em média, 0,5 p.p. supe-rior à taxa Euribor.

O valor da carteira de Títulos de Dívida registou uma redução de 31,7% face ao valor registado a 31 de dezembro de 2016 (126,4 milhões de euros15). Durante o ano de 2017 foram desin-vestidos 40 milhões de euros da carteira de Títulos de Dívida, os quais foram aplicados em Instituições de Crédito e CEDIC.

A gestão da carteira de Títulos de Dívida do Fundo teve como referência a estrutura da carteira benchmark selecionada pela Comissão Diretiva do FGCAM. A política de investimentos continuou a privilegiar o objetivo de limitação da exposição aos riscos de crédito, de merca-do e de liquidez, em observância merca-dos princí-pios consagrados no “Plano de Aplicações dos Recursos Financeiros do FGCAM”, tendo-se tra-duzido na diversificação da carteira por emi-tente, conforme se pode constatar pelo qua-dro seguinte.

Repartição da carteira de Títulos de dívida por emitente

Países Montantea 31-12-2017(a) (€) na carteiraPeso rentabilidadeTaxa de (b)

Espanha 30 079 949 34,8% -0,02% Itália 30 082 448 34,8% 0,20% Portugal 10 736 663 12,4% 0,06% Dívida privada 806 653 0,9% 0,00% Banco de Portugal (c) 14 503 185 16,8% -0,39% Outros (d) 143 369 0,2% -0,70% Total 86 352 267 100% 0,03% Impacto da Fiscalidade – – -0,01%

Total líquido da carteira – – 0,02%

(a) Valores calculados numa óptica financeira de liquidação. (b) Time weighted rate of return (T.w.r.r.). Taxas anualizadas e brutas de impostos. (c) Depósitos à ordem. (d) Inclui liquidez e impostos a liquidar.

(27)

Como forma de mitigação dos riscos acima referidos e tendo presente a necessidade de preservação do valor dos ativos sob gestão, recorreu-se, ao longo de 2017, à constitui-ção de depósitos junto do Banco de Portugal, nomeadamente sempre que as taxas de ren-tabilidade até à maturidade correspondentes aos emitentes de dívida e aos prazos conside-rados pela política de investimentos apresenta-ram níveis inferiores à remuneração resultante dos referidos depósitos.

O elevado nível de prudência da política de investimentos, ajustado ao objetivo de garan-tia dos depósitos, traduziu-se numa reduzi-da exposição ao risco taxa de juro. A duração modificada média da carteira foi, em 2017, de 1,0. Em 31 de dezembro de 2017, este indica-dor apresentava um nível de 0,7.

O risco de mercado da carteira de Dívida, medi-do pelo VaR (Value-at-Risk) para um horizonte temporal de 1 ano e com um nível de confian-ça de 95%, atingiu, em 2017, um nível médio de cerca de 1,23% do valor da carteira. Em 31 de dezembro de 2017, o nível deste

indicador era de 0,50%, correspondente a 0,43 milhões de euros.

No que respeita ao risco de crédito, a probabi-lidade de default média16 a 6 meses da compo-nente de dívida da carteira fixou-se, em 31 de dezembro de 2017, em 0,14%, tendo apresen-tado um valor médio de 0,28% ao longo do ano de 2017. O Credit Value at Risk para o horizonte temporal de 1 ano e com um nível de confian-ça de 99% da componente de dívida da cartei-ra ecartei-ra, a 31 de dezembro de 2017, de 0,06%, tendo apresentado um nível médio de 0,13% ao longo do ano.

Os níveis muito reduzidos das taxas de juro associadas à generalidade das emissões de dívida observados em 2017 contribuíram para limitar a possibilidade de investimen-to com remuneração líquida de imposinvestimen-tos esperada positiva a aplicações financeiras com prazos progressivamente mais longos e menos consentâneos com a política de investimentos consagrada, atentos os obje-tivos que presidem à gestão da componente de dívida do Fundo.

Repartição da carteira de títulos de dívida por segmento de maturidade

Maturidades de rentabilidade Taxa

anualizada(a) Duração modificada média Peso médio Até 1 mês -0,39% 0,0 14,5% De 1 a 3 meses -0,01% 0,1 1,4% De 3 a 6 meses -0,05% 0,4 8,0% De 6 meses a 1 ano 0,02% 0,8 32,9% De 1 a 3 anos 0,24% 1,6 43,3% Total 0,03% 1,0 100% Impacto da fiscalidade -0,01% – –

Total líquido da carteira 0,02% – –

(a) Time weighted rate of return (T.w.r.r.).Taxas anualizadas e brutas de impostos.

Em 2017, as rentabilidades brutas e líquidas de impostos da carteira de Dívida foram de 0,03% e 0,02%, respetivamente.

A rentabilidade alcançada apresenta, na gene-ralidade, uma relação positiva com o prazo dos investimentos e com o risco de crédito perce-cionado pelo mercado para cada emitente.

A taxa de rentabilidade líquida de impostos da carteira de Dívida (0,02%) foi superior à do ativo de “risco mínimo” (-0,73%) e à dos depósitos à ordem junto do Banco de Portugal, como con-sequência da maior duração dos investimentos e da diversificação do investimento por emiten-tes com diferenemiten-tes qualidades creditícias.

(28)

No final do ano, as taxas de rentabilidade até à maturidade dos emitentes soberanos da área do euro encontravam-se particularmente redu-zidas, sendo negativas para a generalidade dos espetros de maturidade consentâneos com a política de investimentos consagrada. O prazo de investimento mais curto que proporciona taxas de rentabilidade líquidas esperadas posi-tivas era, no final de dezembro de 2017, de cer-ca de 3 anos para emissões de dívida públicer-ca italiana e portuguesa, 4 anos para emissões de dívida pública espanhola, 5 anos para emissões de dívida pública francesa e irlandesa, 6 anos para emissões de dívida pública belga e 7 anos para emissões de dívida pública alemã e holan-desa. Este contexto condicionará a rentabilida-de da carteira rentabilida-de Dívida do FGCAM em 2018.  

4.4. A utilização dos recursos

financei-ros do FGCAM

A análise da evolução do valor dos recursos financeiros do FGCAM e da sua utilização revela que, ao longo dos trinta anos da sua existência:

• o FGCAM recebeu Contribuições, Juros e outros Créditos no valor global de 436 milhões de euros:

– 110,9 milhões de euros de Contribuições entregues pelo Banco de Portugal; – 315 milhões de euros de Contribuições

pagas pelo SICAM, dos quais:

– 32,3 milhões de euros pela Caixa Central – 282,7 milhões de euros pelas CCAM – 8,8 milhões de euros de juros líquidos

pagos pelo SICAM, no âmbito de assis-tência financeira concedida;

– 1,3 milhões de euros no âmbito da recu-peração de créditos relativos a assistên-cias financeiras anteriormente concedi-das a CCAM do SICAM.

• o SICAM recebeu do FGCAM 222 milhões de euros a título de assistência financeira: – 85 milhões de euros de empréstimos

ain-da não reembolsados;

– 91 milhões de euros através de apoio finan-ceiro à CREDIVALOR para compra de crédi-tos e títulos de capital no âmbito de Contra-tos de Assistência Financeira a CCAM; – 46 milhões de euros de subsídios, dos

quais 3 milhões concedidos à Caixa Central.

• o SICAM recebeu ainda do FGCAM, a título de assistência financeira, 167,8 milhões de euros relativos a empréstimos subordinados entretanto reembolsados.

• O valor das Aplicações Financeiras existen-tes, 262 milhões de euros, corresponde: – 110,9 milhões de euros, ao valor total das

Contribuições entregues pelo Banco de Portugal;

– 102,9 milhões de euros, à parte do mon-tante total das Contribuições entregues pelo SICAM (315 milhões de euros) que não foi reaplicada no SICAM;

– A parte remanescente, à criação de valor pelo FGCAM.

(29)

5. Síntese do plano de atividades do FGCAM

para o ano de 2018

No ano 2018, o FGCAM dará continuidade ao acompanhamento da situação económica e financeira das CCAM do SICAM, com especial relevo para as CCAM que beneficiam de assis-tência financeira.

O Fundo continuará a fazer a gestão das Aplica-ções Financeiras dos seus Recursos.

O Fundo procederá ao apuramento e cobrança da Contribuição Anual do SICAM para o FGCAM. Está prevista a realização de um exercício de simulação, relativamente a uma CCAM do SICAM, de uma situação de necessidade de dar cum-primento ao estabelecido na alínea b) do artigo 1.º do Aviso n.º 5/2011 do Banco de Portugal.

O FGCAM prevê, para o ano de 2018, continuar a acompanhar a gestão dos ativos remanes-centes provenientes da liquidação da CREDI-VALOR que, ao abrigo do art.º 148.º do Código das Sociedades Comerciais, transitaram para o Fundo.

O FGCAM continuará adotar as medidas neces-sárias à implementação da Diretiva 2014/49/ UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de abril.

Em 2018 prevê-se, igualmente, continuar a participar nas atividades do European Forum of

Deposit Insurers (EFDI).

6. Proposta de aplicação do resultado

do exercício de 2017

O resultado do exercício de 2017 ascendeu a 726 917,70 euros, propondo a Comissão Dire-tiva que seja transferido na totalidade para Reservas.

Porto, 16 de março de 2018

A Comissão Diretiva

Elisa Maria da Costa Guimarães Ferreira Maria Helena Maio Ferreira de Vasconcelos

(30)

Notas:

1. O Despacho n.º 22346/2008, de 31 de julho, do Secretário de Estado do Tesouro e das Finanças, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 167, de 29 de agosto, nomeou, como vogal da Comissão Diretiva, a Sra. Dr.ª Maria Helena Maio Ferreira de Vasconcelos.

O Despacho n.º 3790/2013, de 4 de março, do Secretário de Estado do Tesouro e das Finanças, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 50, de 12 de março, aceitou a renúncia ao cargo do vogal da Comissão Diretiva em representação da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, Sr. Eng.º Licínio Manuel Prata Pina, nomeando, em substituição, o Dr. Renato Manuel Ferreira Feitor.

A 8 de julho de 2016, o Conselho de Administração do Banco de Portugal designou, nos termos do n.º 2 do art.º 6.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de novembro, a Administradora Prof.ª Doutora Elisa Maria da Costa Guimarães Ferreira para presidir à Comissão Diretiva do Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo. Aguarda-se a publicação do respetivo Despacho Ministerial.

2. Em dezembro de 2014, a Comissão Diretiva designou, Secretária-Geral do FGCAM, a Sra. Dra. Ana Olívia de Morais Pinto Pereira. 3. Na versão consolidada, contemplando as alterações introduzidas pela publicação do Aviso n.º 13/2014 do Banco de Portugal.

4. Situação prevista no n.º 7 do art. 14.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de novembro e da qual decorre o reembolso pelo FGCAM dos depositantes. 5. Apresenta-se, no Anexo II ao presente Relatório, a lista das Caixas pertencentes ao SICAM em 31-12-2017, Instituições que, ao abrigo do n.º 1 do art.º 3.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de novembro, participam obrigatoriamente no FGCAM.

6. No final de 2017 as CCAM participantes no FGCAM eram 80. Porém, relativamente a um dos processos de fusão, o processo de registo definitivo junto do Banco de Portugal só foi concluído em fevereiro de 2018, ainda que produzindo efeitos a 28-12-2017. Contudo, as duas CCAM envolvidas neste processo de fusão apresentaram as suas contas individualmente com referência a 31-12-2017, pelo que, uma vez que a informação apresentada neste Capítulo é de carácter contabilístico, se optou por considerar, para este fim, a existência de 81 CCAM a essa data, fazendo refletir a existência dessa contabilidade individual.

7. Obtido pela agregação do Resultado Líquido do Exercício de cada uma das CCAM do SICAM, dado não serem ainda conhecidas as contas consolidadas do Sistema.

8. O Plano de Contas do FGCAM tem por base as Normas Internacionais de Relato Financeiro (NIRF), endossadas pela Comissão Europeia. 9. Os depósitos garantidos têm em conta o limite de garantia legalmente estabelecido.

10. De acordo com o n.º 1 do art.º 12.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de novembro. 11. O montante das Contribuições é contabilizado, desde 1998, como Recurso Próprio.

12. A remuneração mensal dos membros da Comissão Diretiva do FGCAM foi estabelecida pelo Despacho do Secretário de Estado do Tesouro e das Finanças n.º 7226/2009, de 10 de março, com início de aplicação em abril de 2009.

13. Valor líquido de impostos correntes e diferidos, calculado numa ótica financeira de liquidação.

14. Em 31 de dezembro de 2017 dos 86,4 milhões de euros afetos à Carteira de Títulos, 14,5 milhões correspondem a Depósitos à Ordem junto do Banco de Portugal.

15. Valor líquido de impostos correntes e diferidos, calculado numa ótica financeira de liquidação. 16. Probabilidades de default extraídas das cotações de credit default swaps a 6 meses.

(31)

Contas

do exercício

de 2017

(32)
(33)

Balanço | em milhares de euros

Notas 31-12-2017 31-12-2016

ATIVO Ativo corrente

Aplicações financeiras

Aplicações para garantia de depósitos 3 199 851,4 199 786,7

Outros ativos financeiros 4 19 380,8

-Caixa e depósitos bancários 5 42 914,0 61 593,3

Estado e outros entes públicos 6 9,0 9,0

Outras contas a receber e diferimentos 7 637,9 693,7

Ativos não correntes detidos para venda 8 167,6 7,0

262 960,6 262 089,6 Ativo não corrente

Instituições participantes Empréstimos concedidos 9 84 956,7 84 956,7 84 956,7 84 956,7 Total do ativo 347 917,4 347 046,3 RECURSOS PRÓPRIOS 10 347 763,4 346 893,8 PASSIVO Passivo corrente

Estado e outros entes públicos 6 13,4 8,7

Outras contas a pagar e diferimentos 11 13,9 40,7

27,3 49,5

Passivo não corrente

Passivos por impostos diferidos 12 126,6 103,0

126,6 103,0

Total do passivo 153,9 152,5

Total de recursos próprios e passivo 347 917,4 347 046,3 O Contabilista certificado

(34)

Demonstração de resultados | em milhares de euros

Notas 31-12-2017 31-12-2016

Resultado de juros e de rendimentos e gastos equiparados 13 807,6 607,2

Ganhos/perdas em aplicações financeiras 14 50,1 42,3

Imposto sobre o rendimento 15 187,6 179,2

Resultado da aplicação dos recursos disponíveis 670,1 470,3

Gastos com o pessoal 16 49,4 48,8

Fornecimentos e serviços externos 17 34,8 35,1

Outros rendimentos e ganhos 18 172,0 18,1

Outros gastos e perdas 19 19,6 44,3

Resultado antes de provisões, imparidade,

depreciações e amortizações 738,3 360,2

Perdas/reversões em imparidade de ativos 20 11,4 -10,5

Resultado líquido 726,9 370,7

O Contabilista certificado José Pedro Pinheiro Lopes da Silva Ferreira

(35)

Demonstração de alterações nos recursos próprios |

em milhar

es de eur

os

Contribuições efetuadas por

Reservas Resultado líquido Recursos próprios Banco de Portugal Caixa central CCAM DL n.º 182/87 DL n.º 345/98 Posição em 31 dezembro 2015 4988,0 73 423,4 15 821,1 200 782,2 50 504,7 890,1 346 409,4

Contribuições Contribuições efetuadas pelas instituições participantes 1.ª prestação (abril 2016)

– – 0,4 56,4 – – 56,8 2.ª prestação (outubro 2016) – – 0,4 56,4 – – 56,8 Aplicação de resultados – – – – 890,1 -890,1 – – – 0,8 112,9 890,1 -890,1 113,6

Resultado líquido do período

370,7 370,7 Posição em 31 dezembro 2016 4988,0 73 423,4 15 821,9 200 895,1 51 394,8 370,7 346 893,8

Contribuições Contribuições efetuadas pelas instituições participantes 1.ª prestação (abril 2017)

– – 0,6 70,0 -70,6 2.ª prestação (outubro 2017) – – 0,7 71,5 -72,2 Aplicação de resultados – – – – 370,7 -370,7 – – – 1,3 141,4 370,7 -370,7 142,7

Resultado líquido do período

726,9 726,9 Posição em 31 dezembro 2017 4988,0 73 423,4 15 823,2 201 036,5 51 765,5 726,9 347 763,4 O Contabilista certificado

(36)

Demonstração de fluxos de caixa | em milhares de euros

31-12-2017 31-12-2016

Fluxos de caixa das atividades operacionais Recebimentos de contribuições diretas periódicas

Caixa Central (1.ª prestação) 0,6 0,4

Caixa Central (2.ª prestação) 0,7 0,4

Caixas do Crédito Agrícola Mútuo (1.ª prestação) 70,0 56,4 Caixas do Crédito Agrícola Mútuo (2.ª prestação) 71,5 56,4

Pagamento de imposto sobre o rendimento -7,2 -19,5

Alienação de imóveis detidos para venda - 25,0

Pagamentos no âmbito dos apoios prestados pelo SICAM - -237,5

Outros recebimentos/pagamentos -107,7 -102,5

Fluxos de caixa das atividades operacionais 27,8 -220,9 Fluxos de caixa das atividades de investimento

Pagamentos respeitantes a:

Aplicações para garantia de depósitos

Constituição de depósitos a prazo -102 675,3 -89 021,3 Aquisição de títulos de negociação -174 088,5 -67 806,3 Aquisição de certificados especiais de dívida de curto prazo -15 700,0 -Outras aplicações

Constituição de depósitos a prazo -46 896,0 -69 002,7

Aquisição de certificados especiais de dívida de curto prazo -19 300,0 -Recebimentos provenientes de:

Aplicações para garantia de depósitos

Vencimento de depósitos a prazo 78 375,3 89 021,3

Vencimento/venda de títulos de negociação 146 457,4 78 500,6 Outras aplicações

Vencimento de depósitos a prazo 65 598,7 68 402,7

Juros e rendimentos similares Aplicações para garantia de depósitos

Depósitos a prazo 105,7 170,6

Títulos de negociação 84,0 37,6

Outras aplicações

Depósitos a prazo 106,5 148,0

Empréstimos concedidos a instituições participantes 360,0 359,1

Depósitos à ordem 0,4 0,7

Fluxos de caixa das atividades de investimento -67 571,8 10 810,4 Fluxos de caixa das atividades de financiamento

Pagamentos respeitantes a:

Juros e gastos similares -108,7 -239,2

Fluxos de caixa das atividades de financiamento -108,7 -239,2 Variação de caixa e seus equivalentes -67 652,7 10 350,3 Caixa e seus equivalentes no início do período 82 681,1 72 330,8 Caixa e seus equivalentes no fim do período 15 028,4 82 681,1 dos quais incluídos em aplicações para garantia de depósitos 14 664,5 82 340,5

O Contabilista certificado José Pedro Pinheiro Lopes da Silva Ferreira

(37)

1. Notas às demonstrações financeiras

2. Lista das instituições participantes

no FGCAM em 31-12-2017

3. Alterações no enquadramento jurídico

do FGCAM e do Crédito Agrícola Mútuo

(38)
(39)

1. Notas às Demonstrações Financeiras

Nota 1 – Atividade do FGCAM

O Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo (FGCAM ou Fundo) é uma pessoa coletiva de direito público, dotada de autonomia adminis-trativa e financeira (artigo 1.º do Regime Jurí-dico do FGCAM1), que tem por objeto garan-tir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associa-das, bem como promover e realizar as ações que considere necessárias para assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas institui-ções, com vista à defesa do Sistema Integra-do Integra-do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) (artigo 2.º do Regime Jurídico do FGCAM).

Na sequência da alteração ao Regime Jurídico do FGCAM e ao Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF) em fevereiro de 20122, o objeto do Fundo passou a compreender também a prestação de assistên-cia financeira ao Fundo de Garantia de Depó-sitos, quando os recursos financeiros deste se mostrem insuficientes para o cumprimento das suas obrigações relacionadas com o reembolso

de depósitos, assim como a intervenção no âmbito da execução de medidas de resolu-ção, designadamente a alienação de sitos garantidos ou a transferência de depó-sitos garantidos para um banco de transição (artigo 2.º do Regime Jurídico do FGCAM). A al- teração posterior ao RGICSF e ao Regime Jurídi-co do FGCAM, em março de 20153, determina ainda os montantes máximos para a interven-ção do Fundo no âmbito da execuinterven-ção de medi-das de resolução de instituições participantes. O FGCAM foi criado em 1987 através do Decre-to-Lei n.º 182/87, de 21 de abril e tem a sua sede no Porto, funcionando junto do Banco de Portugal (artigo 1.º do Regime Jurídico do FGCAM), a quem compete assegurar os ser-viços técnicos e administrativos indispensá-veis ao seu bom funcionamento (artigo 17.º do Regime Jurídico do FGCAM).

Em 31 de dezembro de 2017, participam no Fundo 81 Caixas de Crédito Agrícola Mútuo (31 de dezembro de 2016: 83), incluindo a Caixa Central.

Nota 2 – Bases de apresentação e principais políticas contabilísticas

2.1. Bases de apresentação

As bases de apresentação e os princípios con-tabilísticos que orientam a preparação das demonstrações financeiras do Fundo foram estabelecidos em Plano de Contas próprio (artigo 19.º do Regime Jurídico do FGCAM). Este Plano define os modelos das demonstrações financeiras e o conteúdo mínimo de divulga-ções nas notas explicativas. O Plano tem por base as Normas Internacionais de Relato Finan-ceiro (NIRF), endossadas pela Comissão Euro-peia, sem prejuízo de disposições específicas expressamente definidas no referido Plano. Essas disposições específicas encontram-se devidamente assinaladas na Nota 2.2.

2.2. Resumo das principais políticas

contabilísticas

As principais políticas contabilísticas e critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações financeiras relativas ao perío-do de 2017 são os seguintes:

a) Pressupostos contabilísticos e caracte-rísticas qualitativas das demonstrações financeiras

As demonstrações financeiras do FGCAM refletem a realidade económica dos seus ativos e passivos e são elaboradas de acor-do com os pressupostos contabilísticos do Regime do acréscimo (em relação à

(40)

generalidade das rubricas das demonstra-ções financeiras nomeadamente no que se refere aos juros das operações ativas e passivas que são reconhecidos à medida que são devidos, independentemente do momento do seu pagamento ou cobrança) e da Continuidade. As características quali-tativas das demonstrações financeiras são a Compreensibilidade, a Relevância, a Fiabi-lidade e a ComparabiFiabi-lidade.

b) Reconhecimento de ativos e passivos Os ativos são recursos controlados pelo Fundo como resultado de acontecimentos passados e dos quais se espera que fluam benefícios económicos futuros. Os passi-vos são obrigações presentes provenientes de acontecimentos passados, cuja liquida-ção se espera que resulte numa saída ou aplicação de recursos que representem benefícios económicos. Os ativos e passi-vos são geralmente reconhecidos na data de transação.

c) Reconhecimento de resultados

Os ganhos e perdas são reconhecidos em resultados nos períodos em que são gerados.

Os ganhos e perdas em operações ras resultantes de vendas de ativos financei-ros detidos para negociação são reconhe-cidos, na respetiva data de transação, em resultados do Fundo, mais especificamen-te na rubrica “Ganhos/perdas em aplicações financeiras”.

d) Mensuração dos elementos de balanço Os ativos financeiros detidos para negocia-ção são valorizados no final do período aos preços de mercado à data de reporte. Os empréstimos concedidos a instituições participantes, as contas a receber e os depósitos junto de terceiros, assim como todas as restantes posições ativas não refe-ridas anteriormente neste ponto, são reco-nhecidas ao valor nominal, deduzido de eventuais perdas por imparidade. Os finan-ciamentos obtidos, as outras contas a pagar

e as restantes posições passivas são reco-nhecidas pelo seu valor nominal.

e) Recursos Próprios: Contribuições

O reconhecimento contabilístico das contri-buições efetuadas pelas instituições partici-pantes constitui uma disposição específica do Plano de Contas do FGCAM.

As contribuições efetuadas pelas institui-ções participantes constituem a principal componente dos seus recursos próprios. As instituições participantes entregam ao Fundo uma contribuição pelo registo do seu início de atividade e, posteriormente, con-tribuições com periodicidade anual, realiza-das em duas prestações, de acordo com as datas fixadas no artigo 9.º do Regime Jurí-dico do FGCAM. Os valores das contribui-ções são entregues em numerário, sendo calculados em função (i) da taxa contributi-va fixada anualmente pelo Banco de Portu-gal, sob proposta da Comissão Diretiva do Fundo, (ii) do valor médio dos saldos men-sais dos depósitos, elegíveis para o efeito, do ano anterior e (iii) do rácio de Common

Equity Tier 1 das instituições participantes,

ajustado pela percentagem de elegibilida-de elegibilida-de empréstimos subordinados das cai-xas de crédito agrícola mútuo assistidas financeiramente pelo FGCAM, fixada anual-mente por Instrução do Banco de Portugal. Em casos excecionais, as instituições parti-cipantes efetuam contribuições especiais, previstas no artigo 10.º do Regime Jurídico do FGCAM.

f) Ativos financeiros detidos para negociação Os ativos financeiros são classificados como detidos para negociação no momento da sua aquisição quando são adquiridos com o objetivo principal de serem transaciona-dos no curto prazo.

As aquisições e alienações de ativos finan-ceiros detidos para negociação são reco-nhecidas na data da transação, traduzindo o momento em que o Fundo se compro-mete a adquirir ou alienar o ativo. Estes ati-vos financeiros são reconhecidos ao justo valor, sendo os custos de transação direta-mente reconhecidos em resultados. Após o

Referências

Documentos relacionados

Variação do justo valor dos instrumentos de capital próprio mensurados pelo justo valor através de outro rendimento integral Ganhos ou perdas (–) da contabilidade de cobertura

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Ribatejo Norte e Tramagal, CRL adopta o modelo de governação vulgarmente conhecido como “latino reforçado”, constituído pelo Conselho de

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Cantanhede e Mira está inscrita no Instituto de Seguros de Portugal, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o

De forma a combater a pressão deflaccionista, foram anunciadas várias medidas por parte do BCE, em 22 de Janeiro de 2015, de entre as quais: (i) o lançamento de um programa

115º-C do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF), aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, na redacção que lhe foi

Em 30 de Março de 2016 a Assembleia Geral Ordinária da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL apreciou e aprovou a Declaração sobre Política de

1. Estrutura de Governo Societário. A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Lafões, CRL adopta o modelo de governação, vulgarmente conhecido como “latino

O ambiente organizacional pode ser bem detalhado em filmes, séries e desenhos. Partindo disso, este artigo aborda as relações organizacionais presentes no filme Monstros