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AVALIAÇÃO DA INFRAESTRUTURA E DOS EQUIPAMENTOS DA PRAÇA PIO XII NA CIDADE DE UBIRATÃ (PR), BRASIL

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AVALIAÇÃO DA INFRAESTRUTURA E DOS EQUIPAMENTOS DA PRAÇA PIO XII NA CIDADE DE UBIRATÃ (PR), BRASIL

Gilberto da Silva Leverentz (IC, CNPq), Unespar – Câmpus de Campo Mourão, gilba_@hotmail.com Marcos Clair Bovo, (OR), Unespar – Câmpus de Campo Mourão, mcbovo@yahoo.com RESUMO: A presente pesquisa buscou caracterizar e analisar a infraestrura da Praça Pio XII localizada na área central de Ubiratã (PR). Para a avaliação dos equipamentos e das infraestruturas da praça, estabelecemos parâmetros fixos de acordo com a metodologia desenvolvida por De Angelis (2000). Também utilizamos a metodologia desenvolvida por Bovo (2009) para avaliar os aspectos qualitativos das infraestruturas e dos equipamentos. A partir da avaliação quantitativa e qualitativa direta, com a identificação e descrição dos equipamentos e mobiliários existentes como bancos, iluminação, monumentos artísticos, pisos (entre outros), segundo a metodologia utilizada por De Angelis et all (2004), que atribui valores que variam de 0,0 (zero) a 4,0 (quatro), na seguinte escala: 0 a 0,4 (péssimo); 0,5 a 1,4 (ruim); 1,5 a 2,4 (regular); 2,5 a 3,4 (bom); 3,5 a 4,0 (ótimo). Por meio dos resultados atingidos a praça foi avaliada, no sentido de diagnosticar o nível de confortabilidade oferecido aos mais variados usuários. Os resultados obtidos na pesquisa sugerem à necessidade de melhoria da quantidade e da qualidade do mobiliário, a melhor distribuição das espécies de árvores, dando preferência às nativas e também do desenvolvimento e de uma política urbana, que cuide das áreas verdes buscando um trabalho integrado entre as mesmas quanto ao uso, a forma e a função desses espaços públicos e a instalação de novos equipamentos.

Palavras-chave: Áreas verdes. Praças. Espaços Públicos.

1 INTRODUÇÃO

Nesta pesquisa buscamos a compreensão das praças não somente como estrutura física, mas também como espaço ocupado pelo homem para uso de diferentes funções, como estética, ecológica e social. Diante disso interessa entender a praça, enquanto espaço público onde se desenvolve parte da vida citadina, porém, não podemos deixar de lado as estruturas os equipamentos e o mobiliário urbano que a compõem, pois, sem essas, não há como se desenvolver a atividade humana nesses espaços.

É neste contexto que a pesquisa apresenta uma análise circunstanciada da Praça Pio XII localizada na cidade de Ubiratã (PR) permitindo dessa forma o planejamento continuado de uma política urbana para as áreas verdes, pois na atualidade vivemos uma relação desigual e/ou combinada da contraposição entre questões socioambientais e econômicas, em que, de modo geral esta última se sobressai, geralmente ficando aquilo que é público em segundo plano ou ainda considerado como problema. Os projetos de construção, intervenção ou reabilitação das áreas verdes públicas de um modo geral vêem-se constantemente envolvidos por polêmicas que somente agravam sua penúria. A tendência é que se não tomarmos uma providência no que diz respeito à reabilitação dessas áreas, não somente suas estruturas físicas, mas, sobretudo, suas funções sociais, geoambientais e estéticas, os únicos espaços de uso coletivo tendem a ser cada vez mais privados.

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Diante das indagações apresentadas nessa introdução a pesquisa tem por objetivo Analisar e compreender a configuração espacial das praças públicas de Ubiratã/PR destacando as categorias estrutura, processo, forma e função desempenada no espaço urbano.

2 A IMPORTÂNCIA DAS ÁREAS VERDES URBANA: A PRAÇA ENQUANTO ESPAÇOS PÚBLICOS

Para iniciarmos a nossa discussão apresentamos o conceito de área verde elaborado por Lima

et al (1994), Cavalheiro (1992) e também já utilizado por Nucci (2001). Esses autores conceituam

áreas verdes como:

[...] espaços livres de construção onde o elemento fundamental de composição da vegetação que juntamente com o solo permeável, deve ocupar no mínimo, 70% da área. Inclui as praças, os jardins públicos e os parques urbanos. Os canteiros centrais de avenidas, os trevos e rotatórias permeáveis das vias públicas e áreas que exercem funções estéticas e ecológicas, são conceituados como área verde (p. 108).

As áreas verdes urbanas desempenham diversas funções essenciais para a qualidade de vida da população, como ecológica, estética, social e recreativa. Funções, estas, indissociáveis. Logo a gestão/manutenção e planejamento dessas áreas pelo poder público são essenciais. Atualmente com a banalização desses espaços pelo poder público, a falta de condições dos mobiliários e estruturas urbanas faz com que as praças percam a sua função, afugentando e excluindo a população de usufruir dessas áreas verdes enquanto espaço para o bem estar social, ambiental e estético.

A função ecológica ocorre na medida em que os elementos naturais que compõem esses espaços minimizam os impactos decorrentes do processo de industrialização. Quanto à estética, esta visa à integração entre os espaços construídos e os destinados a circulação. Já a função social está diretamente relacionada à oferta de espaços para lazer e recriação da população.

A arborização e vegetação contribuem não somente para a estética mais também para a confortabilidade térmica e conforto ambiental, que com o crescimento das cidades e o sitio urbano cada vez mais impermeabilizado faz com que a temperatura e a sensação térmica sejam cada vez mais elevadas. As praças, bosques e outras áreas verdes desempenham um papel fundamental, pois, com a devida arborização e vegetação, isso acarretará na consequente diminuição das temperaturas efetivando a confortabilidade térmica. Para Gomes e Amorim (2003, p. 95):

A importância de se estudar o conforto térmico nas praças públicas reside no fato de que estas, como locais público de lazer mais próximos da população, devem proporcionar condições de bem-estar para quem as frequentam. Estas condições se expressam, sobretudo através da presença de vegetação que é um condicionante fundamental no estudo da temperatura urbana.

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A título de informação nesta pesquisa estaremos estudando a praça como “espaço livre e público cuja principal função é o lazer. Pode não ser uma área verde, quando não tem vegetação e encontra-se impermeabilizada” (LIMA et al 1994). Neste sentido, a praça como espaço público constitui, desde os seus primórdios, em um referencial urbano marcado pela convivência humana. É, portanto, um importante equipamento histórico e cultural urbano que expressa o surgimento e o desenvolvimento de inúmeras cidades, especialmente no Brasil.

Para Segawa (1996, p. 31), “a praça é um espaço ancestral que se confunde com a própria origem do conceito ocidental urbano”.

O termo praça implica inúmeras definições, tanto por parte do poder público, quanto de pesquisadores e técnicos, tendo em vista a amplitude e variedade de ideias de diversos estudiosos. No entanto, o fato de constituir um espaço público é um ponto de convergência entre os que tentam conceituá-las.

Para Robba e Macedo (2002, p. 17), ao realizar o estudo das praças brasileiras, consideram as premissas básicas ao elaborar um conceito para esses espaços: uso e acessibilidade. Corroboram-se com esses autores quando conceituam praças como “espaços livres urbanos destinados ao lazer e ao convívio da população, acessíveis aos cidadãos e livres de veículos”.

É importante salientar que esse conceito foi elaborado tendo em vista as características das praças contemporâneas, embora não desconsidere o caráter de sociabilidade que sempre esteve intrínseco às funções da praça. Desta forma descarta-se a possibilidade de enquadrar como praças, canteiros centrais, rotatórias, pequenos espaços gramados ou qualquer outro espaço público que ofereça condições de lazer ou acessibilidade à população.

No caso do nosso país, as praças surgiram no entorno das igrejas constituindo os primeiros espaços livres públicos urbanos. Assim, atraiam as residências mais luxuosas, os prédios públicos mais importantes e o principal comércio, além de servir como local de convivência da comunidade e como elo entre a paróquia.

É neste contexto que afirma Marx (1980, p. 50):

Logradouro público por excelência, a praça deve sua existência, sobretudo, aos adros das nossas igrejas. Se tradicionalmente essa dívida era válida, mais recentemente a praça tem sido confundida com jardim. A praça como tal, para a reunião de gente e para um sem-número de atividades diferentes, surgiu entre nós, de maneira marcante e típica, diante de capelas ou igrejas, de conventos ou irmandades religiosas. Destacava, aqui e ali, na paisagem urbana estes estabelecimentos de prestígio social. Realçava-lhes os edifícios; acolhia os seus frequentadores.

Neste sentido, as praças brasileiras ao longo da história urbana brasileira, desempenharam papeis diferenciados na sociedade. Ora civicamente, ora militarmente, esses logradouros se destacam

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nas cidades pelas funções que exerciam. “Durante muito tempo, funções como essas deram o significado desses espaços públicos, tidos como símbolos do poderio estatal e religioso, conforme afirma Marx (1980, p. 54), uma igreja, uma praça; regra geral nas nossas povoações antigas”.

Quanto à função militar praticamente desapareceu das praças brasileiras. Atualmente, salvo algumas exceções, essa função foi transferida para grandes eixos de circulação, como as destacadas avenidas, principalmente as grandes aglomerações urbanas. Assim, “no âmbito estreito das cidades, os logradouros públicos mais amplos eram essenciais para exercícios, manobras, desfiles ou ações de defesa” (MARX, 1980, p. 54).

Atualmente as praças públicas perderam, principalmente nos grandes centros urbanos, a atratividade exercida para a população, tendo em vista a disseminação de novos padrões de consumo e lazer representados, sobretudo, pelos shoppings centers e pela televisão. Neste contexto, a substituição da praça como meio de informação da sociedade pela televisão.

Hoje com as possibilidades de lazer oferecidas pela tecnologia à sociedade contemporânea, espaços públicos como as praças se tornam frequentados, uma vez que grandes cidades capitalistas não garantem segurança da população e se estruturam pela divergência entre o público e o privado. Deste modo, para que a praça atraia o homem moderno, seduzido pelo mundo da informação tecnológica e por novas opções de lazer “ela precisa incorporar a musicalidade de antigos coretos e resgatar a alegria das festas ancestrais, reinterpretando com equipamentos de lazer ativo que reproduzam a mesma animação, intensidade e vibração percebidas na televisão” (CASÉ, 2000, p. 63).

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Para a realização da pesquisa na Praça Pio XII, utilizamos os seguintes procedimentos metodológicos: pesquisa bibliográfica, levantamento de campo e análise de resultados. Na primeira etapa da pesquisa realizamos o levantamento bibliográfico de teses, dissertações, livros e artigos científicos relacionados ás áreas verdes e à praça pública, visando à construção de uma fundamentação teórica para a elaboração e sustentação da pesquisa.

Na segunda etapa realizamos o levantamento in loco das estruturas físicas e equipamentos presentes no local, e esse levantamento visava permitir uma maior visão das condições apresentadas pelos equipamentos e estruturas da Praça Pio XII por meio da aplicação de formulários, compreendendo os aspectos quantitativos; a avaliação qualitativa e o quantitativo da vegetação.

Quanto ao formulário de pesquisa 1 é constituído das seguintes informações: nome da área, localização, vegetação existente, porte e densidade da vegetação, cobertura do solo, condições de relevo, aspectos físicos e sanitários da vegetação, tipo de ocupação nas proximidades, qualidade paisagística da Praça Pio XII.

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Dando continuidade na pesquisa in loco, realizamos o levantamento dos equipamentos e estruturas existentes, através do formulário 2. Para impedir que o mesmo equipamento ou estrutura fosse avaliado de diferentes maneiras, estabelecemos parâmetros fixos de avaliação: as condições de conservação, disponibilidade de uso, qualidade do material empregado, manutenção, conforto, funcionalidade, entre outros. Esses parâmetros foram empregados de acordo com a metodologia desenvolvida por De Angelis (2000).

Posteriormente, todas as informações foram analisadas, tanto os referentes aos aspectos quantitativos como qualitativos. Os aspectos qualitativos das estruturas e dos equipamentos foram representados através de símbolos, de acordo com a metodologia desenvolvida por Bovo (2009, p. 36), conforme quadro 1.

Para avaliar os aspectos qualitativos dos equipamentos Bovo (2009) utilizou três cores: verdes, simbolizando as estruturas e equipamentos em bom estado; laranja, representando os regulares; e vermelho, para indicar os equipamentos e estruturas caracterizados como ruins e utilizou a cor preta para indicar as propostas implantação.

Também foi realizado o diagnóstico da situação geral da Praça Pio XII, a partir da avaliação quantitativa e qualitativa direta, com a identificação e descrição dos equipamentos e mobiliários existentes como bancos, iluminação, monumentos artísticos, pisos (entre outros), segundo a metodologia utilizada por De Angelis et all (2004), que atribui valores que variam de 0,0 (zero) a 4,0 (quatro), na seguinte escala: 0 a 0,4 (péssimo); 0,5 a 1,4 (ruim); 1,5 a 2,4 (regular); 2,5 a 3,4 (bom); 3,5 a 4,0 (ótimo). Por meio dos resultados atingidos a praça foi avaliada, no sentido de diagnosticar o nível de confortabilidade oferecido aos mais variados usuários, incluindo idosos, gestantes, deficientes físicos, etc.

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Quadro 01- Símbolos dos equipamentos ou estruturas existentes em praças. Fonte: Organizado por BOVO, M. C., 2009.

4 ANÁLISES DOS RESULTADOS

A Praça Pio XII (imagem 1) ocupa uma quadra com aproximadamente 11700m², localizada na parte central de Ubiratã (PR), sua construção segue o padrão das primeiras praças existentes em nosso país, no entorno das igrejas constituindo os primeiros espaços livres públicos urbanos. Assim, atraiam as residências luxuosas, prédios públicos importantes e um grande número de comércio, além de servir como local de convivência da comunidade e como elo entre a paróquia. A Praça Pio XII já teve esse vínculo muito mais forte devido às festividades que usufruíam do local, porém hoje houve uma diminuição considerável, decorrentes de alguns problemas que serão apresentados nesta pesquisa.

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Imagem 01: Vista parcial da Praça Pio XII de Ubiratã (PR). Foto: Gilberto da Silva Leverentz – 2013.

Diante do levantamento in loco realizado na Praça Pio XII apresentamos a seguir uma análise circunstanciada dos equipamentos e infraestruturas existentes neste logradouro público.

Quanto à identificação da praça esta é feita por meio de uma placa de identificação que se encontra instalada junto ao monumento de inauguração. Esta se encontra mal conservada e é relativamente pequena o que a deixa com pouca visibilidade.

No que se refere à limpeza especificamente as lixeiras, temos uma situação de extrema urgência, pois em toda a pesquisa In loco (quatro visitas para constatar mudanças) não foi encontrada nenhuma lixeira em toda a dependência, o que é no mínimo alarmante, tendo em vista que a Pio XII tem uma área de aproximadamente 11700m² e um fluxo considerável de pessoas se deslocando pelo local em horário de pico, isso faz a praça ter grandes quantidades de lixo por toda a sua área.

Quanto aos banheiros estes se encontram totalmente danificado, com graves problemas em todos os equipamentos necessitando de uma reforma geral.

A falta de segurança juntamente com a iluminação péssima, que conta com postes altos e escassos que entre a arborização espontânea de médio porte acaba proporcionando uma iluminação com diversos pontos cegos e áreas totalmente no escuro. Não há seguranças ou guardas no local, ficando apenas submetidas por rondas randômicas feita pelo polícia militar.

Outro mobiliário importante para o uso do espaço da Pio XII são os bancos que se encontram em 3 modelos mureta de contenção na parte norte da praça outro com pé e acento de concreto e serpenteado com uma distribuição dissonante, onde muitos estão obstruídos por entulhos, depredados ou vandalizados e até mesmo com grandes formigueiros impedindo o uso (imagem 2).

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Quanto à pavimentação é um dos aspectos mais preocupantes, pois, conténs áreas danificadas e áreas destruídas, seja pela ação do tempo, falta de manutenção ou pelas raízes das árvores que crescem desordenadamente. Também constatamos áreas com meios-fios quebrados e isso fez com que o solo eroda para todo o piso pavimentado, causando muita lama nos dias chuvosos, e na estiagem a poeira se torna o problema, em muitos locais.

Imagem 3: Mosaico com problemas referentes aos bancos Praça Pio XII de Ubiratã (PR). Foto: Gilberto da Silva Leverentz – 2013.

Outro elemento é a grama cresce entre os blocos hexagonais da calçada que acaba dificultando a passagem dos usuários. Também a ausência de rampas ou qualquer outro porte para pessoas com necessidades especiais (imagem 3).

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Imagem 4 – Mosaico com problemas referentes à pavimentação Praça Pio XII de Ubiratã (PR) Foto: Gilberto da Silva Leverentz – 2013

Após a análise das estruturas e equipamentos sugerimos a revitalização de toda a área, a reposição dos equipamentos e estruturas que encontram danificados. Também sugerimos a implantação de novos equipamentos dentre eles destacamos: parque infantil, equipamentos para exercícios físicos, academia de terceira idade, quadra esportiva, telefone, bebedouro e ponto d água.

Na sequência apresentamos o quadro síntese que apresenta a avaliação qualitativa de todos os equipamentos e estruturas seguidas das novas propostas de implantação.

Quadro 2 - Síntese qualitativa das estruturas e equipamentos da Praça Pio XII.

■ Bom ■ Regular ■ Ruim ■ Proposta de implantação

Quadro 02 – Síntese qualitativa das estruturas e equipamentos da Praça João XXIII Fonte: Pesquisa de campo realizada pelo autor em 2013.

No quadro 03 apresentamos o levantamento quantitativo e qualitativo dos equipamentos, estruturas e mobiliários urbanos da Praça Pio XII de acordo com a metodologia desenvolvida por De Angelis (2014).

Quadro 03: Quantitativo e qualitativo dos equipamentos, estruturas, e mobiliários urbanos Praça Pio XII.

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Equipamentos, Estruturas e

Mobiliários Urbanos.

Quantidade e Descrição. Nota

Bancos Confeccionado de concretos os 3 modelos encontram-se mau distribuídos e obstruídos por entulhos e com boa parte danificado.

0,5

Iluminação 8 postes centrais e 15 no entorno (iluminação para a rua) não são o suficiente para iluminar toda a área.

0,5

Sanitário Apenas um masculino e um feminino. Um funcionário para limpeza. Encontra-se vandalizado e em alguma parte sujo ou improprio para uso.

1,0

Pavimentação Em bloco hexagonal, e parcialmente danificado, com muitas regiões obstruídas para passagem.

0,5

Canteiros Muito danificado. 0,5

Identificação Deteriorada pela ação do tempo e com pouca visibilidade. 0,5 Edificação

institucional

No local a uma construção da pastoral da criança, porém encontra-se desativada.

0,0

Estacionamento Presente nas laterais e com um bom número de vagas. 3,5

Fonte: Pesquisa de campo organizado pelo autor em 2013.

Após análise geral dos equipamentos, estruturas e mobiliário, podemos considerar que a praça apresenta um nível péssimo isso se deve devido à falta de investimentos por parte do poder público municipal que nos últimos anos não realizou nenhum processo de revitalização dessa área verde que é de grande relevância para os moradores de Ubiratã.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Verificada a situação atual da Praça Pio XII de Ubiratã (PR) concluímos que a condição da praça é alarmante, ao passo que ela se encontra praticamente abandonada pelo poder público, vandalizada e sem exercer as principais funções e características que se espera de um espaço público como a ecológica, estética, social/recreativa. Esta falta de infraestrutura e equipamentos junto à alta porcentagem de seu mobiliário danificado, sem manutenção ou vandalizado e a falta de segurança torna o uso deste espaço inviável para a população, e apenas atraí grupos socialmente excluídos.

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A prioridade dos gestores públicos deve estar relacionada diretamente com as funções com que os diversos espaços públicos exercem. Sua função social se torna nula, pois não possibilita condições de lazer em um espaço onde seus mobiliários se encontram em péssimas condições, a pavimentação parcialmente destruída pela ação do tempo e falta de manutenção, lixeiras inexistentes no local, falta de acesso as pessoas com necessidades especiais que estão praticamente impedidos de usufruir deste espaço público que não conta com rampas de acesso ou qualquer outra adaptação que os favoreça, a falta de segurança e péssima iluminação são pontos chaves para entendermos os motivos os quais não encontramos famílias no local e apenas grupos específicos supracitados a utilização do espaço.

A sua função estética e ecológica foi abandonada há muito tempo, pois, a vegetação é espontânea e dissonante, à vegetação e arborização da praça que correlacionam-se a importância de purificar o ar, propiciar sombra, diminuir a poluição sonora, diminuir impactos das chuvas, etc. Não há cuidados com árvores antigas que podem ocasionar acidentes. A única ressalva a qual deve ser fazer é sobre a confortabilidade térmica, como área verde, essa é uma função vital para os usuários, pois, deixa a estadia no local muito mais apreciável, porém a qualidade paisagística deixa a desejar.

A Praça Pio XII não está inserida na imagem que o Poder Público Municipal difunde, como a que ocorre na Praça Vereador Horácio R.J, isso faz com que ela seja deixada de lado visto que não faz mais parte da constituição da identidade da cidade. E isso pode explicar a precária situação que a praça se encontra.

A revitalização da praça se faz necessário, pois, uma reforma apenas não mudaria a estrutura dos mobiliários como também não aumentaria suas funções a qual a Pio XII necessita isto não solucionaria os problemas, pois ainda assim não traria incentivos ou atrativos para o uso novamente do espaço público. E assim, levamos em consideração na nossa pesquisa alguns pontos que favoreceriam propostas para melhor implantar mobiliários para que aumentassem pontos chaves como segurança, iluminação, saneamento e pontos já supracitados.

A implantação de uma quadra poliesportiva traz não só os benefícios do esporte para o local como também aumenta o fluxo de pessoas, atendendo todas as idades e consequentemente aumentando a segurança, iluminação, bebedouros e banheiros, isto se tornaria basilar para atender a esta nova demanda de frequentadores. A instalação de um parque infantil em conjunto com equipamentos para a terceira idade e aparelhos físicos como já foram instalados em outras áreas verdes com sucesso mostrou uma dinâmica de socialização que revitalizou áreas antes em situação igual ou pior que a Pio XII.

Diante dos dados levantados é necessário que a gestão pública revitalize a Praça Pio XII que conta com uma situação preocupante, ainda que o Poder Público Municipal esteja construindo outras

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praças sem sequer se preocupar com as que já existem e apresentam necessidades reais e urgentes. A Praça Pio XII não acompanhou as transformações que o momento histórico e socioeconômico vivido exige, se materializado em um espaço a margem do uso da população.

REFERENCIAS

BOVO, Marcos Clair. Áreas verdes urbanas, imagem e uso: um estudo geográfico sobre a cidade de Maringá (PR). Tese de doutorado em Geografia. Universidade Estadual Paulista – Presidente Prudente, 2009.

CAVALHEIRO, Felisberto; DEL PICCHIA, P. C. D. Áreas verdes: conceitos, objetivos e diretrizes para o planejamento. In: Congresso Brasileiro Sobre Arborização Urbana. Anais... Vol. I: Vitória, 1992.

CASÉ, Paulo. A cidade desvendada: reflexões e polêmicas sobre o espaço urbano. Rio de Janeiro: Ediouro, 2000.

DE ANGELIS, B. L.D. A Praça no contexto das cidades: o caso de Maringá-PR. Tese Doutorado, Universidade de São Paulo - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humana, São Paulo, 2000. DE ANGELIS, Bruno Luiz Domingues et al. Praças: história, usos e funções. Editora da Universidade de Maringá - Fundamentum (15), 2004.

GOMES, Marcos Antônio Silvestre & AMORIM, Margarete Cristiane de Costa Trindade.

Arborização e conforto térmico no espaço urbano: estudo de caso nas praças públicas de presidente prudente (sp). Caminhos de Geografia - Revista On line, São Paulo, 7(10)94-106, set/2003. Disponível em

<http://www.seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/viewFile/15319/8618.> Acessado em 17 de julho 2014.

LIMA, A. M. L. P.et al. Problemas na utilização na conceituação de termos como espaços livres, áreas verdes e correlatos. In: Congresso Brasileiro de Arborização Urbana, 2. São Luís. Anais... São Luís: Imprensa Emater/MA, 1994.

MARX, Murilo. Cidade brasileira. Melhoramentos. Editora da Universidade de São Paulo, 1980. NUCCI, João Carlos. Qualidade Ambiental e Adensamento Urbano: um estudo da ecologia e do planejamento urbano aplicado ao Distrito de Santa Cecília (MSP), Tese (Doutorado em Geografia Física)-Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, 1996. ROBBA, F; MACEDO, S.S. Praças Brasileiras: public squares in Brazil. São Paulo.

Edusp: Impressa oficial do Estado. 2002.

SANTOS, Milton. Espaço e método. São Paulo. Nobel, 1992.

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