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A MATERIALIDADE EDUCACIONAL EM ANÍSIO TEIXEIRA: A RENOVAÇÃO ESCOLAR BRASILEIRA

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A MATERIALIDADE EDUCACIONAL EM ANÍSIO TEIXEIRA:

A RENOVAÇÃO ESCOLAR BRASILEIRA

Ana Zélia Maria Moreira

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Marlúcia Menezes de Paiva

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Introdução

Em carta escrita a Monteiro Lobato, em janeiro de 1947, Anísio Teixeira, afirma que [...] os sonhos não se realizam sem que primeiro se armem os andaimes. E uma construção em andaimes pede imaginação e amor para ser compreendida. (In: NUNES, 1991). Aproximando essa citação atribuímos a construção das ideias pedagógicas de Anísio Spínola Teixeira (1900-1971) à montagem dos andaimes e o sonho à renovação da escola brasileira, considerando a atuação desse intelectual, educador, politico e gestor publico, em defesa de uma educação para todos os brasileiros, por mais de quatro décadas no século XX.

O percurso de Anísio Teixeira foi marcante, sintetiza Marcos Freitas “[...] um “homem de Estado”, um articulador da vida pública e das esferas governamentais” (2010, p.50). Cronologicamente, Anísio marca entrada na educação brasileira quando assumiu, em 1924, o cargo de Inspetor da Instrução Pública da cidade de Salvador e no ano seguinte a direção da Educação e Saúde da Bahia, a convite do governo Francisco Marques de Góes Calmon (1924-1928). Em 1931, como Diretor Geral da Instrução Pública, no Rio de Janeiro, à época, Distrito Federal, governo Pedro Ernesto (1931-1935) e novamente na Bahia, mais um desafio educacional como Secretário de Educação e Saúde da Bahia, governo Otávio Mangabeira (1947-1951) e diretor do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos – INEP, Órgão do Ministério da Educação e Cultura, governos de Getúlio Dorneles Vargas (1951 a 1954), João Café Filho (1954 a 1955) e Juscelino Kubitschek de Oliveira (1956 a 1961).

Face à impossibilidade de abarcar a totalidade da produção historiográfica pertinente a essas gestões educacionais, incorporamos os estudos de Azevedo (2010), Nunes (1991) e Saviani (2008), dentre outros estudiosos da educação brasileira, os quais evidenciam Anísio

1 Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Educação PPGEd-UFRN. E-Mail:

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Teixeira e demais intelectuais, dentre eles: Sampaio Dória, Carneiro Leão, Lourenço Filho, José Augusto de Medeiros, Lysímaco da Costa, Mário Casassanta, Francisco Campos, Fernando de Azevedo, como educadores, denominados de reformadores da Instrução pública brasileira, por atuarem na difusão dos princípios da Escola Nova, defendendo a crença da escola ser transformadora da sociedade.

Também esses estudos historiográficos apontam a adoção de medidas estratégias por Anísio nessas administrações, tais como diálogo com intelectuais em distintos espaços e níveis diferenciados de articulação; interlocução com parlamentares no trâmite de discursão dos instrumentos legais das reformas de ensino público nos estados; aprofundamento teórico na área educacional e aproximação com distintas realidades da educação, elaboração de sua produção literária, dentre outras estratégias.

Em conferência de abertura do XXIII Reunião Anual da ANPEd, referencia Clarice Nunes,

Anísio não nasceu educador. Tornou-se educador num processo laboriosamente construído, lapidado no diálogo com os diversos educadores que dentro dele transitaram, na intensa experiência dos exercícios espirituais realizados na juventude, nas reflexões suscitadas pelas viagens internacionais, nas fiéis amizades, como a que manteve com Monteiro Lobato e Fernando de Azevedo, na experiência da gestão pública da educação. (NUNES, 2000, p. 5)

Diante disso, compreender a trajetória de Anísio Teixeira, pressupõe situá-lo no conceito de rede de sociabilidade, apontado por Sirinelli (2003, p.246) como o sentimento comum a envolver todo grupo de intelectuais que se organiza a partir de uma sensibilidade ideológica ou cultural comum e de afinidades, que alimentam o desejo e o gosto de conviver.

Este estudo utiliza os Relatórios Administrativos das gestões administrativas, exceto a atuação no INEP (1952-1964) e Livros, do próprio Anísio Teixeira como fonte de pesquisa e como categoria de análise – estratégia no entendimento de Certeau (2013), que é considerada por esse autor como :

“o cálculo (ou manipulação) das relações de forças que se torna possível a partir do momento em que um sujeito de querer e poder (uma empresa, um exercito, uma cidade, uma instituição cientifica) pode ser isolado” (CERTEAU, 2013,p. 93).

Nestes termos, estruturamos este trabalho objetivando compreender a materialidade das ideias pedagógicas do intelectual e gestor público Anísio Teixeira, como parte de uma das etapas de nossa investigação de doutorado em andamento, no contexto do processo de renovação da escola brasileira; explorando os desafios educacionais nessas administrações

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públicas, a constituição de suas ideias pedagógicas, enquanto planejamento do espaço escolar e, a implementação da escola renovada brasileira nos anos 20 e 40. Contudo, aliada a uma concepção pedagógica vinculada a visão de mundo, homem e sociedade.

Anísio Teixeira e os Desafios Educacionais

Anísio Teixeira demostrava inquietação quando assumiu a inspeção educacional na Bahia, diante da extensão do analfabetismo brasileiro, nos anos de 1920 e 1930, uma média em torno de 79,91% entre homens e mulheres3, situação semelhante aos demais estados do

país, apesar da garantia constitucional4. Em termos regionais, os índices mais significativos

de alfabetização encontravam nos estados do sul e sudeste: Distrito Federal (61,30%); Rio Grande do Sul (38,80%); São Paulo (29,80%); Santa Catarina(29,5%); Minas Gerais (20,70%) e nos estados do Nordeste: Bahia (18,40%); Alagoas (14,80%); Piauí (12,00%), conforme recenciamento geral de 1920.

Apesar de dados oficiais apontarem atendimento escolar na Bahia, os melhores índices do país nesses anos, Anísio classificava uma realidade educacional de escassez generalizada, pela pobreza de recursos materiais e humanos, identificada na dispersão e desarticulação dos serviços educativos, despreparo do professor, imoralidade, corrupção e acomodação dos serviços públicos, alimentado pela ineficiência da máquina estatal (TEIXEIRA, 1928b).

Nos anos 1930, no Rio de Janeiro, Anísio se depara com um cenário desolador na capital do país, a educação para uma população escolar mínima – crianças de 6 a 12 anos – em torno de 196.000, só existiam escolas para 45% das crianças. Além desse reduzido atendimento escolar os prédios próprios não ofereciam condições adequadas de funcionamento e, a maioria das escolas era residências particulares disponibilizadas pela Prefeitura Municipal, constituindo em espaços impróprios ou inadequados (TEIXEIRA, 1935).

Constituíam em mecanismos estratégicos para enfrentamento dessas situações educacionais nas reformas dos anos de 1920 e 1930, segundo Azevedo (2010, p. 696) estudos técnicos elaborados por meio de “cadastro” ou de “censo” escolar. Tais estudos demostraram um cenário mais próximo da realidade na educação baiana nos anos 1920, uma reduzida taxa

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de escolarização, em torno de 8,99% da população de 5 a 19 anos5, associada às carências de

professorado, de material escolar e de escolas inexistentes ou em condições físicas inadequadas. O próprio Anísio Teixeira confirma em relatório administrativo “[...] não era somente a cifra reduzida de escolares e de unidades de ensino que era para notar, mas uma constatação de que frequentava a escola, somente 1,3% da população total e 15% da população em idade escolar” (TEIXEIRA, 1928b, p. 12).

Havia uma dispersão de atendimento escolar, por um lado, poucos prédios escolares de ensino primário estadual e municipal, em alguns pontos do Estado da Bahia, um ou outro prédio municipal; por outro, enquanto a Cidade de Salvador em 1923 não possuía sequer uma escola primária pública organizada e em condições de eficiência havia um Ginásio oficial montado com luxuosa liberalidade se o comparassem com as classes elementares, além de vários colégios secundários particulares, uma Faculdade de Direito, uma Escola Politécnica e uma Faculdade de Medicina, considerada como uma das mais notáveis do país.

Esse caráter excludente da educação brasileira é citado por Ribeiro, percebido pelo educador Afrânio Peixoto

[...] o pobre não pode frequentar o Liceu, o ginásio, colégio custam caro. [...] os pobres vão para as fábricas, para as lavouras, para a mão de obra. Os ricos farão exames, depois serão bacharéis, médicos, engenheiros, jornalistas, burocratas, políticos constituirão a elite nacional” (RIBEIRO, 2001, p. 257). Nesse contexto de exclusão social, Anísio Teixeira fazia alusão “[...] efetivamente, nesses adiantados princípios do século vinte, o serviço de educação pública ainda estava jungido à velha orientação colonial de educação para uma classe fina da sociedade” (TEIXEIRA, 1928b, p. 5).

A educação para aqueles que não se enquadravam nessa classe se restringia à alfabetização rudimentar prestado por um elevado número de escolas subvencionadas6,

poucas escolas tinham prédio próprio, a maioria das escolas elementares era antigas residências alugadas que funcionavam em residências de professor e sem condições mínimas de higiene. Segundo Nunes, Anísio em visitas à escolas presenciou em sala de aula “[...] alunos escreverem no chão, estirados de bruços sobre os papéis de jornais ou, então, fazerem seus exercícios de joelhos, ao redor de bancos ou à volta das cadeiras” (NUNES, 2010, p.17).

5 De 12.703.077habitantes a matrícula no ensino primário era de 1.033.421alunos - Fontes: Fundação IBGE, Séries

Estatísticas Retrospectivas, 1970; INEP/MEC; Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, n. 101. Nota: (*) Dados estimados.

6 As escolas particulares foram instituídas nas reformas da instrução pública na maioria dos estados brasileiros.

Participavam na prestação de serviço de educação elementar e compensadas por subvenção financeira concedida pelo poder público.

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Instrumento técnico semelhante de aproximação da realidade no Rio de Janeiro utiliza Anísio Teixeira e equipe do Serviço de Prédios e Aparelhamentos Escolares do Departamento de Educação. Diagnostico situacional proveniente de resultados de inquéritos e levantamentos dos prédios existentes, além de informações e dados quanto à matrícula, frequência, promoção, repetência, unidade administrativa, homogeneidade de processos de ensino, transformado em Relatório apresentado ao executivo estadual, em 1932, refletia o quadro de carência de atendimento quantitativa e qualitativamente da rede física escolar do Estado.

Assim também, na educação baiana em 1949, manteve postura idêntica às gestões anteriores, de elaborar estudos técnicos e expor um balanço da situação dos serviços educacionais do estado. Afirma Anísio:

Resumem-se em um corpo de professores primários aglomerados nas cidades, ou dispersos pelas vilas e povoados, quase todos sem prédios, instalações e assistência técnica, moral ou mesmo administrativa; um corpo de professores secundários distribuídos em três ou quatro pavilhões de um único instituto secundário, e três institutos de formação do magistério primário, somente um com instalações materiais adequadas, mas lamentavelmente transformado numa confusa e congestionada escola secundária. (TEIXEIRA, 1949, p. 52)

Para Dórea (2003) os estudos desenvolvidos evidenciavam esse quadro de criticidade de ensino público, os quais foram estabelecidos em trocas de experiências entre gestores educacionais, dentre eles: Anísio Teixeira, Afrânio Peixoto, Antônio Carneiro Leão, Lourenço Filho, Aluísio de Azevedo e possibilitaram “[...] compreenderem os mecanismos jurídicos e institucionais envolvidos nos processos das reformas educacionais e a identificarem às vantagens oferecidas pela realização de pesquisas sistemáticas sobre a situação do ensino e seus problemas” (DÓREA, 2003, p. 48).

Como referenciado preliminarmente, nesses termos trazemos Sirinelli (2003, p. 246) que identifica entre esses intelectuais-educadores uma articulação a partir de uma sensibilidade ideológica ou cultural comum e de afinidades. Sobre esse aspecto, Câmara referencia o educador Fernando de Azevedo e o projeto da Reforma da Instrução no Rio de Janeiro (1928), quando diz: “[...] pensar esse projeto reformador significa compreender seu idealizador nas injunções do seu tempo e nas redes de sociabilidades constituídas de que o educador em questão participava, comungava e divergia” (CAMARA, 2011, p. 181).

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Nesse sentido, Cavaliere evidencia que antes da viagem de Anísio Teixeira aos EUA em 1927, o projeto de Lei da Reforma da Instrução Pública da Bahia7 se encontrava em

andamento no qual “[...] a influência de ideias renovadoras era perceptível, ainda que predominasse o sentido republicano democratizador” (CAVALIERE, 2010, p. 250).

Dessa forma, o intelectual e gestor Anísio Teixeira se empenhava na montagem dos andaimes em busca do sonho - uma escola pública para todos os brasileiros.

A Construção dos Andaimes Mediante Medidas Estratégicas

O intelectual Anísio Teixeira mantinha diálogos em distintos espaços com intelectuais educadores que integravam os movimentos de renovação da pedagogia e pratica escolar sintonizados com as novas dinâmicas da sociedade, dos finais do século XIX. Defendiam novas ideias e técnicas pedagógicas circulantes na Europa e Estados Unidos, tendo a Escola Nova ou Escola Ativa como novas concepções pedagógicas. Contudo, essas ideias e praticas circulantes entre os intelectuais se estabeleciam numa rede de sociabilidade (DÓREA, 2003).

Dentre os diferentes espaços sociais no qual participava Anísio Teixeira, a Associação Brasileira de Educação( ABE) criada em 1924 e instalada no Rio de Janeiro, contribuía para os diálogos educacionais, sobretudo doutrinas e reformas de ensino. Para Fernando de Azevedo essa sociedade de educadores se configurou como

[...] centro de coordenação e de debates para o estudo e solução dos problemas educacionais, ventilados por todas as formas, em inquéritos, em comunicação à imprensa, em cursos de férias e nos congressos que promoveu nas capitais dos Estados. (AZEVEDO, 2010, p. 696)

Também, essa instituição foi responsável pela organização de conferências ou congressos nacionais de educação até 1937, inclusive palco de divulgação da produção literária de Anísio Teixeira8.

Os permanentes diálogos na ABE resultaram numa das mais significativas contribuições de intelectuais/educadores brasileiros no século XX - o Manifesto dos Educadores da Escola Nova9, carta/documento estabelecido as diretrizes de uma politica

7 Decreto n. 1.846 de 14/08/1925 e Decreto n. 4.218 de 30/12/1925 respectivamente.

8 O livro “Educação não é privilégio”, reuniu duas conferencias, em sua primeira edição publicada em 1957. A

primeira que corresponde ao nome do próprio livro, data de 1953, pronunciada na Escola Brasileira de Administração Pública, da Fundação Getúlio Vargas; e segunda conferencia intitulada “A escola pública, universal e gratuita” de 1956, foi pronunciada no I Congresso Estadual de Educação Primária, em Ribeirão Preto, São Paulo.

9 A Reconstrução Educacional no Brasil, documento apresentado ao povo e ao governo e publicado em 1932, no

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escolar nacional, inspirada em novos ideais pedagógicos e sociais e planejada para uma civilização urbana e industrial.

Os signatários do Manifesto expressava em documento dever do Estado tornar a educação obrigatória, pública e gratuita para todos os níveis de ensino mediante programa de âmbito nacional. Dentre os pontos contidos nas diretrizes propostas, destacamos a organização da educação popular, urbana e rural, concebida por Anísio Teixeira na forma de sistema escolar e empreendida em suas gestões educacionais.

A articulação de Anísio também se constituiu na busca de conhecer novos processos educacionais e aspectos materiais em instituições de ensino de países estrangeiros, após assumir a direção da Instrução da Bahia em sua primeira gestão. Em 1925, numa primeira experiência de poucos dias viajou à Espanha, Itália, França e Bélgica e, dois anos depois, aos Estados Unidos.

A montagem dos andaimes de Anísio continuava em construção e a viagem comissionada aos Estados Unidos constituiu numa oportunidade de realização de curso de especialização com obtenção de título de Master of Arts correspondente a Mestrado em Educação na Universidade de Columbia, em Nova York; aproximação da obra de John Dewey e W. H Kilpatrick, os quais marcaram fortemente sua formação e lhes deram base teórico-filosófica para a construção de um projeto de educação brasileira, alinhando a experiência com instituições públicas e privadas, sobretudo os sistemas escolares de atendimento populacionais diferenciados o que lhe proporcionou uma experiência ímpar. Conciliar teoria educacional com a prática foi entendida pelo próprio Anísio como “[...] viagem especializada, onde fui buscar elementos positivos de informação”(TEIXEIRA, 1928a, p. 205).

Para Anísio as contribuições estrangeiras ampliaram para sua formação educacional, contudo prevaleceram os novos conhecimentos educacionais nos Estados Unidos “[...] os moldes do meu pensamento nesse assunto, se se moldaram na Europa, se aproximam hoje, vivamente, dos americanos” (TEIXEIRA, 1928a, p. 206).

No ano de 1927, em vinte dias Anísio visitou diferentes sistemas de ensino, aproximando-se de métodos de ensino, aparelhamento escolar e organização espacial de Escolas Rurais, Colégios e Escolas Secundárias Normais, tais como, Escola Secundária Normal de Flemington, Colégio Normal de Farmville e Escola Secundária Normal da cidade de Towson e o Instituto de Hampton.

Essa permanência de Anísio Teixeira nos estados americanos fora documentado em diário de bordo na viagem de retorno ao Brasil, cujos registros se transformaram num

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exaustivo relatório, de certa forma prestação de contas ao governo Calmon, com a denominação de Anotações de viagem aos Estados Unidos.

Alguns aspectos educacionais são evidenciados por Anísio Teixeira nesses registros, dentre eles: os sistemas escolares no interior dos estados americanos; a organização escolar, em Cheveland; as atividades práticas do Colégio Normal de Farmille e o funcionamento das escolas rurais. Quanto à organização espacial dos estabelecimentos a implantação dos edifícios entre vastos campos, para Anísio Teixeira as edificações transmitiam “[...] sensação de beleza e de tranquilidade” (TEIXEIRA, 1928a, p. 143).

Estas impressões somam-se as de instalações prediais “luxuosas”, equipamentos e aparelhamento escolar apropriados, inclusive a distribuição interna dos edifícios escolares. Para Anísio, essa visita permitiu estabelecer a diferença com os colégios da Europa, sobretudo os da França, para esse educador denotavam “[...] de uma certa fixidez, de estabilidade, de um equilíbrio conseguido e que se quer manter” (idem. p. 99).

Um outro aspecto de destaque foi o sistema platoon como uma nova organização e de construção escolar fundamentado nos princípios do filósofo Dewey:

É uma escola elementar que funciona simultaneamente em dois grupos, sendo ministrado, em determinado tempo, ensino das matérias fundamentais do curso elementar a um deles, enquanto o outro se ocupa com as matérias especiais (TEIXEIRA, 1928a, p. 179).

Esse sistema americano proposto no Plano de Reconstrução Escolar do Manifesto dos Educadores Brasileiros de 1932, constituiu proposta de organização escolar adaptada e posta em pratica por Anísio Teixeira nas administrações no Rio de Janeiro(1935) e Bahia(1947).

A aproximação de Anísio Teixeira com educação americana resultou seu entendimento de que esta “[...] propõe não a preparar para a vida, mas a ser a própria vida”. Considerando preparação para a vida [...]no sentido em que podemos compreender que os nossos dias passados e os nossos dias presentes nos preparam para os dias que hão de vir”(TEIXEIRA, 1928a, p. 166).

A prática educacional do gestor Anísio Teixeira associada à experiência americana foi contabilizada em críticas gerando a categorização de americanismo de Anísio Teixeira. Acreditava o diretor da Instrução baiana na “excelência da escola americana”, em retorno ao país implementou medidas educacionais, em curso de férias junto ao professorado baiano disponibilizou para aprofundamento a obra do belga Omer Buyse - Métodos Americanos de Educação (ROCHA, 2011).

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Contudo, para Carvalho (2000, p.50) Anísio Teixeira no sentido de transplantar para o solo brasileiro instituições capazes de “catalisar processo de transformação social” o fazia considerando as devidas adaptações. Também nesse entendimento coaduna Saviani

o educador Anísio Teixeira esteve atento às condições brasileiras e admitia a proposição de organização de serviços centralizados de apoio ao ensino e não transportara, simplesmente o sistema americano de Dewey, no qual estavam presente os princípios desse filósofo em direção à pedagogia da Escola Nova. (SAVIANI, 2008, p. 226)

Neste sentido, o intelectual Anísio Teixeira elabora suas ideias pedagógicas, a própria montagem dos andaimes no processo de renovação escolar por meio de redes de sociabilidades e estrategicamente nas administrações educacional públicas buscando formatar um sistema de ensino, condizente com seu sonho – uma escola pública para todos os brasileiros.

A Renovação da Escola: o Sonho Sonhado

As iniciativas e realizações educacionais empreendida por Anísio Teixeira na Bahia (1924-1928) não se restringiu às questões pedagógicas, possibilitou implementar uma organização administrativa centralizada com ênfase no planejamento educacional, em especial a relação com a arquitetura escolar. Consistia numa nova concepção de escola e a efetiva realização de programas de construção escolares com as municipalidades, que para Anísio Teixeira se estabelecia uma aconselhável praticidade (DÓREA, 2000).

Segundo França Rocha (2011, p. 80) foram acrescidos 3.6% prédios próprios escolares de ensino primário baiano ao reduzido número existente e aumento da matrícula em torno de 58%. O atendimento no ensino normal ampliado em mais de 56% com a instalação de duas Escolas no interior e a da capital transformada em modelo para formação do professor primário em quatro anos. Apesar de previsto, a implantação da Escola Normal Superior para a capital não foi instalada, entendida por Anísio “[...] como faculdade de educação do estado, destinada ao aperfeiçoamento pedagógico e literário dos professores” (TEIXEIRA, 1928b, p.62).

Entretanto, para esse gestor a despeito das dificuldades de implementação da reforma em sua totalidade, prevaleceu o predomínio do caráter educativo com ampliação de sete anos de permanência do aluno na escola primária:

[...] dando-lhe um sentido estreitamente condicionado às situações sociais e geográficas de nossa terra, penetrando-o de um largo espírito democrático e universal e fazendo do seu curso a verdadeira pedra angular do sistema de

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Essa proposição de sistema escolar se amplia quando Anísio Teixeira assume a direção educacional no Rio de Janeiro, em 1931. Sua implantação estava condicionada a um plano geral de construções, cuja implantação se daria num prazo de 10 anos, em dois períodos de 5 anos.

O plano mínimo de construção, até o ano de 1938, previa construção 1.956 novas salas de aula; sendo 306 em prédios municipais existentes; 1.431 dos 74 novos prédios do tipo médio de 25 classes e 219 em 25 prédios que poderiam ser aproveitados. Essa meta baseava-se na ocupação de 40 alunos por sala de aula e funcionamento das escolas em dois turnos, para permitir acesso a 156.480 alunos.

No segundo prazo, ano horizonte de 1942, previa 320.000 novas vagas com a construção de mais 82 novos prédios.

O sistema escolar concebido por Anísio incorporava a concepção de duas naturezas de escolas: as escolas nucleares ou “escolas classe” e playground ou “escolas parques”. Estas se alinhavam as experiências vivenciadas aos sistemas de ensino americano, nos anos de 1927, e sua efetivação se apresentava como solução técnica para as áreas de significativas concentrações escolares do Rio de Janeiro, em que se mostravam as carências em relação ao terreno, à localização, à economia e ao programa educacional.

Sendo que nesse “sistema” escolar as crianças frequentariam regularmente as duas escolas e necessariamente deveria funcionar em dois turnos, para cada criança. No primeiro turno, a criança receberia, em prédio adequado e econômico (escola-classe), o ensino propriamente dito; no segundo turno, receberia, em um parque escolar aparelhado e desenvolvido, a sua educação propriamente social, a educação física, a educação musical, a educação sanitária, a assistência alimentar e o uso da leitura.

Os projetos arquitetônicos das novas escolas foram concebidos pelo arquiteto-chefe Enéas Silva, da Divisão de Prédios e Aparelhamentos do Departamento de Educação, de cinco tipos de escolas de acordo com os estudos de expansão escolar:

a) Escola Tipo Mínimo, com 2 salas de aula e uma sala de oficinas, destinava-se a regiões de reduzida população escolar;

b) Escola Tipo Nuclear ou escola-classe: era constituída de 12 salas de aula, ambientes para administração, secretaria e biblioteca de professores, e deveria ser complementada com o parque escolar;

c) Escola Platoon 12 classes (6 salas comuns e 6 salas especiais); d) Escola Platoon 16 classes (12 salas comuns e 4 salas especiais);

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No final da administração de Anísio em 1935, a execução física do plano regulador de edificação escolar, 25 prédios escolares foram construídos,10 correspondendo um pouco mais

de 16% das 1.956 salas de aula estimadas para o ano de 1938. Para Dórea (2003) a oferta prevista no plano mínimo atenderia aproximadamente 80% das crianças em idade escolar. Nestes termos, estaria acumulado déficit de atendimento escolar desde o ano base de 1932, tendo em vista que a população em idade escolar correspondia aproximadamente 195.600 crianças. Entretendo, Oliveira faz a observação ,

[...] embora esse número estivesse ainda distante daquele calculado para cumprir a primeira etapa de edificações (74 prédios para atender 156.480 alunos), a realização podia ser considerada excepcional dado o período de sua execução que compreendeu os anos de 1934 e 1935, logo após a definição da política e dos programas em educação. (OLIVEIRA, 1991,p.167.)

Outro aspecto, Dórea faz referência à implantação da escola do tipo "parque escolar" ou escola-parque, que “[...] não encontrou registro de planta baixa, nem indicação de que tenha sido construído, embora o Relatório Administrativo de 1935, o tenha referenciado” (DÓREA, 2003, p.86).

Sobre as escolas nucleares ou escolas-classes (onze Escolas Tipo Nuclear de doze classes) construídas na proposta concebida por Anísio Teixeira, funcionavam nos antigos moldes impossibilitando, dessa maneira, a permanência da criança na escola durante os dois turnos, como havia sido previsto inicialmente. Diante do exposto conforme os estudos de Dórea, a proposta de educação integral idealizada por Anísio Teixeira para o Rio de Janeiro, na prática, não se efetivou.

Entretanto, aproximando as observações de Oliveira(1991) para Saviani (2008 p. 219) Anísio Teixeira coloca em prática suas ideias renovadoras, de modo especial, no âmbito da formação de professores cria o Instituto de Educação e transforma a Escola Normal em Escola de Professores, integrando Jardim de Infância, Escola Primária e Escola Secundária, as quais funcionavam como campo de experimentação para os cursos de formação de professores. Em 1935, com a criação da Universidade do Rio de Janeiro a Escola de Professores foi integrada com o nome de Escola de Educação. Neste ano, Anísio Teixeira se demite do cargo, em função das circunstâncias políticas do país, assume atividades no ramo empresarial de minério na Bahia e, retorna ao cargo de diretor da educação baiana, novamente em 1949.

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Nesse estado na perspectiva de contrapor o cenário de criticidade da educação, em particular às condições precárias e/ou inexistência dos prédios escolares, Anísio Teixeira elabora conjuntamente com equipe de aparelhamento escolar um plano especifico de expansão escolar para o interior e capital do estado. Prever uma solução progressiva e gradual de implantação de edificações, inclusive de centros populares para criança ao adolescente de 18 anos. Essa proposição estava condicionava aos estudos de planejamento de rede escolar incluindo estabelecimento de parâmetros técnicos, dentre eles: raio de abrangência da escola, localização, condições de terreno, também referenciados na proposta do Rio de Janeiro nos anos de 1930.

Em função da necessidade de cobrir o déficit de prédios escolares o plano regulador de escolas previa quatro tipos: escolas provisórias, escola semiprovisória e escola permanente11.

A escola permanente, com construção definitiva comportando diversos tipos de prédios: a) o mínimo – prédio de pelo menos três salas de aula, além de ambientes para

trabalhos manuais, biblioteca e administração (escola mínima)

b) o nuclear - prédio de pelo menos seis salas, uma biblioteca, um pequeno

auditório, ambientes administrativos, comportando acréscimos (escola nuclear) c) Escola Compreensiva - prédio de pelo menos 12 salas de aula, uma biblioteca,

salas para cursos de adultos, salas para agencias de informação, para professores, para administração, além de instalações para educação física e jogos recreativos. (Grupos escolares) A Escola Compreensiva é desta forma definida pelo educador:

É chamada compreensiva porque incluirá, além do curso elementar integral com pequenas oficinas de artes industriais, o ensino de extensão aos adultos, e a biblioteca e o auditório de aplicação mista. Nela é que a escola primária se desdobrará em todos os seus aspectos e em que se processará o que está aqui denominado de recuperação da escola primária. (TEIXEIRA, 1948, p. 8) As propostas de Anísio estimavam para o interior do estado dois sistemas de ensino: um sistema de educação elementar, incluso zona urbana e rural dos municípios e um sistema de ensino médio ou secundário, com a previsão de construção de Centros Regionais de Educação, a serem localizados em 10 regiões administrativas, nos quais deveriam compreender: jardim de infância, escola elementar modelo, escola normal, escola secundária, parque escolar, centro social e de cultura e internatos. Para Martha Dick(2000) os centros urbanos de mais de cinco mil habitantes incorporariam a concepção de Escola Compreensiva, de certa forma uma primeira ideia dos Centros Educacionais.

11 Segundo (Dórea, 2003) as escolas provisórias seriam implantadas em casos extremos poderia ser, inclusive, ser

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Para a capital, compreendia um sistema de escolas elementares, articulado com um conjunto de escolas secundárias de cultura geral e técnica e da escola de formação de professores em nível de ensino superior. A proposta para Salvador a criação de dez centros de educação popular, dos quais apenas o Centro Educacional Carneiro Ribeiro foi implantado, cuja obra fora concluída quando Anísio Teixeira, então diretor do INEP/MEC.

O sistema de escolas elementares ou Centros de Educação Popular constituía um conjunto de escolas-classe e escolas-parque, a concepção experimentada originalmente no Rio de Janeiro, nos anos 1930. Previstos serem implantados na periferia da cidade, como um núcleo de articulação do bairro, compreendido como integração da escola ao desenvolvimento urbano da área.

O Centro Educacional Carneiro Ribeiro, mais conhecido como "Escola Parque", transformou-se em obra máxima de seu idealizador Anísio Teixeira, notabilizada pela proposta pedagógica/arquitetônica inovadora e experiência pioneira de escola pública de educação integral em meados do século XX. Implantado no bairro da Caixa d'Água em área de 42.292 m2, arborizada e gramada, de arquitetura modernista concebido pelos profissionais brasileiros Paulo Assis Ribeiro, Diógenes Rebouças e Hélio Duarte.

Estabelecia-se o complexo escolar de quatro escolas-classe de nível primário para mil alunos cada, com funcionamento em dois turnos; uma escola parque, com sete pavilhões destinados às práticas educativas, onde os alunos completavam sua educação no turno alternado ao da classe. Em 1958, o Centro Educacional Carneiro Ribeiro recebe a visita de seu idealizador – o sonho se transformara em realidade.

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Considerações Finais

Anísio Teixeira em diferentes níveis de atuação, no pais e fora, por meio de redes de sociabilidades se articulou dialogando com seus pares, teóricos da educação Nova, vivenciando experiências de diferentes instituições de ensino para seu enriquecimento intelectual na área educacional e estrategicamente nas gestões públicas buscou implementar suas ideias pedagogias, sobretudo a concepção de sistemas de ensino que possibilitaria a renovação da escola para todos os brasileiros.

De certa maneira, a analogia que atribuímos a construção das ideias pedagógicas de

Anísio Teixeira à montagem dos andaimes e o sonho à renovação da escola brasileira se

constituíram em encaixes de peças teorias e praticas

educacionais e o olhar a apreciação da

escola sonhada.

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