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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES DEPARTAMENTO DE LETRAS

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES

DEPARTAMENTO DE LETRAS

O DISCURSO DO PROFESSOR SOBRE A SUA PRÁTICA NO PROCESSO DE  ALFABETIZAÇÃO INFANTIL                ABRÃO RODRIGUES NETO

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Natal

2008

SUMÁRIO

1­ RESUMO...   03 2 – INTRODUÇÃO...   04 3­ JUSTIFICATIVA­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­     07 4­ QUESTÂO DE PESQUISA ­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­    08 5 – OBJETIVO GERAL  ­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­    08 5.1­ OBJETIVOS ESPECIFICOS ­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­ 08 6­ PERCURSO METODOLÓGICO...  09 7­ RESULTADO...10 8­ CONCLUSÕES/SUGESTÕES...13 9­ REFERÊNCIAS...  14

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RESUMO :    O objetivo desta pesquisa é investigar as coerências / incoerências entre o discurso e  pratica de professores no processo  de alfabetização das crianças, na fase inicial da  aquisição da escrita. É sabido que alguns professores teorizam sobre métodos  e  materiais, porém não os utilizam, de fato, em sala de aulas.   Consideremos importante observar teoria e prática, no que se refere a métodos e  materiais envolvidos nesse processo de aprendizagem, por interferir diretamente no  desenvolvimento do trabalho dos professores e na aquisição de conhecimento por parte  dos alunos.       Para tal, o estudo foi dividido em dois momentos: o primeiro, envolvendo uma  entrevista com uma professora da escola; o segundo, observando a professora em sua  sala de aula composta  por  crianças entre dois e três anos.  Instituição observada foi  uma pré­escola pública, a qual se fundamenta no método construtivista.  Os  resultados indicam que houve total coerência entre o discurso da professora  investigada sobre sua prática de ensino e o papel que ela desempenhou em sua sala de  aula.  PALAVRA CHAVE: Alfabetização, coerências e incoerências

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INTRODUÇÃO    O desenvolvimento mental dos alunos na escola primária é o principal fator no que diz  respeito ao processo de alfabetização.    É preciso lembrar que todas as crianças possuem uma grande potencialidade para  adquirir a escrita e a leitura. Esta capacidade biológica é uma condição necessária, mas  não suficiente, para ler ou escrever um livro. Pensa­se que as crianças, não só possuem  predisposições inatas específicas vinculadas a aprender só a escrever e a ler, como  também para outros domínios cognitivos. O desenvolvimento da escrita é, em si mesmo,  um processo mais dinâmico de interação entre a mente e o meio, pois a escrita não  constitui apenas uma ocasião para pensar, mas um meio para pensar. A escrita funciona  como um acessório para a memória a curto e longo prazo, suprimindo a necessidade da  pessoa conservar todos os dados em sua mente.    É provável que nas salas de aulas iniciais ou do primeiro grau encontremos crianças  com pouca familiaridade na linguagem escrita. Dessa forma, tornam­se importantes a  leitura em família, a história antes de dormir, relatos de situações vividas no momento  da refeição, as quais possibilitam um acesso diferente à palavra. Assim se desperta o  desejo de ler e escrever.     Se a professora puder vivenciar e refletir sobre determinadas situações e conceituar a  sistematização dos conteúdos debatidos e apreendidos, poderá assegurar­se de que tais 

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processos sejam cumpridos cotidianamente com as crianças. E para que tudo isso seja  possível deve haver um projeto educacional.

   A alfabetização é o primeiro passo fundamental para a formação de cidadãos críticos,  para que possam não apenas ter acesso às informações que circulam em quantidade  assustadora   no   mundo   atual   dominado   pela   tecnologia,   mas   também   saber   como  transformá­las em conhecimento. De acordo com Morin (2003), essa transformação  significa integrar as novas informações ao conjunto de informações que cada indivíduo  já possui, auxiliando­os a repensar e a reformular suas concepções e crenças. Segundo  Kramer (2001, p.12) “assegurar alfabetização, leitura e escrita precisa ser parte de um  projeto de sociedade que visa democracia e justiça social”.     Embora a alfabetização seja um processo contínuo que pode prolongar­se por toda a  vida, Soares (1985) diz que é preciso destacar nele um momento inicial, de aquisição,  que,   geralmente,   ocorre   na   escola   por   volta   dos   seis   ou   sete   anos,   e   momentos  posteriores   de  desenvolvimento.   Para   Soares,   a   preocupação   está   voltada   para   esse  momento   inicial   do   processo,   focalizando   aquele   contingente   de   crianças   que   não  conseguem apreender a complicada relação entre a linguagem oral e sua representação  escrita. No contexto escolar atual, a maioria das escolas do ensino fundamental possui  os chamados programas de reforço escolar, geralmente tentativas bem intencionadas de  fazer   com   que   os   alunos   com   dificuldades   consigam   “alcançar”   seus   colegas.   No  entanto, o que ocorre nesses programas de reforço, é o retorno da criança à escola em  outro período para ser exposta a uma repetição da metodologia utilizada no período  regular, que não estava surtindo os efeitos desejados. Ainda de acordo com Soares  (1985), a questão metodológica merece mais algumas considerações, uma vez que nos  parece estar aí uma resposta parcial a algumas das dificuldades encontradas. A maioria  das   escolas   do   ensino   fundamental   procura   alfabetizar   utilizando   uma   metodologia  baseada em parâmetros construtivistas incentivada, de certa forma, pelos Parâmetros  Curriculares Nacionais (1997) que valorizam práticas de alfabetização baseadas nessa  abordagem. Nessa concepção, segundo Coll (1998), o papel do professor é auxiliar o  aluno a integrar novos saberes aos conhecimentos que ele já possui, transformando o  ensino num processo conjunto, compartilhado, de construção do conhecimento.

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     Ainda nessa vertente, é preciso apontar o papel inegável das pesquisas de Ferreiro  (1985), Ferreiro e Teberosky (1991), e Teberosky (1994) entre outros, no sentido de  oferecer   aos   professores   uma   maior   compreensão   do   processo   de   aquisição   da  linguagem escrita, auxiliando­os a entenderem melhor as etapas pelas quais as crianças  passam.      Embora existam algumas obras teóricas­práticas orientando o trabalho do professor  nessa perspectiva, como, por exemplo, as de Grossi (1990) e Pausas (2004), é preciso  apontar alguns problemas na implementação  de propostas construtivistas em nossas  escolas, uma vez que essa abordagem exige do professor um conjunto de conhecimentos  que lhe permita fundamentar a sua intervenção no processo de aprendizagem do aluno,  não havendo muitas certezas nesse caminhar pedagógico.      O valor teórico exagerado atribuído ao construtivismo entre nós e,  sobretudo, à  psicogênese da língua escrita, tornou muitas pessoas cegas para outras alternativas e  preconceituosas em relação às criticas. 

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JUSTIFICATIVA 

   É recente a tomada de consciência sobre a importância da alfabetização inicial como a  única   solução   real   para   o   problema   da   alfabetização   remediativa   de   crianças,  adolescentes e adultos. 

   Tradicionalmente, a alfabetização inicial é considerada em função da relação entre o  método utilizado e o estado de “maturidade“ ou de “prontidão” da criança. Os dois  pólos   do   processo   de   aprendizagem   (quem   ensina   e   quem   aprende)   têm   sido  caracterizados sem que se levar em conta o terceiro elemento da relação: a natureza do  objeto de conhecimento envolvendo esta aprendizagem.    Já que no alfabeto constam 23 letras que nos dão a oportunidade de escrever todas as  palavras da língua portuguesa, é muito importante que a criança aprenda a conhecer o  alfabeto no início da alfabetização porque o aluno precisa conhecer e identificar os  nomes das letras.

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   Outro conhecimento a ser trabalhado é a da regra geral de que o nome de cada letra  tem relação com pelo menos um dos “sons“ da fala que ele pode representar na escrita. 

   A palavra som é sempre usada, porém não é a palavra mais exata para falar daquilo  que   o   alfabeto   representa.   Os   elementos   do   alfabeto   representam   fonemas,   isto   é,  unidades   fonológicas   abstratas   que   não   correspondem,   de   forma   estável,   aos  seguimentos sonoros particulares na fala. Por exemplo, o primeiro (a) da palavra cama  não é igual ao primeiro (a) da palavra lata, ou seja, na palavra cama a letra (a) tem um  som e em outra tem outro som. O fonema (a) não é apenas um som, mas uma “classe de  sons”.         O nome das letras, por exemplo, (bê, cê, dê, ê, efe, etc ) auxilia na leitura e na  compreensão da grafia das letras.        Como as crianças não aprendem espontaneamente, nem por si mesmas, aprendem  reflexivamente porque alguém as põe em situação de pensar. Portanto, o professor é o  protagonista ativo da aprendizagem de seus alunos, e  tem um papel crucial no que diz  respeito à utilização desses métodos e materiais que facilitam de qualquer   forma   a  compreensão   das   crianças   no   inicio   da   alfabetização,   isto   é,   sem   dúvida,  a   razão  principal da pesquisa.

QUESTÃO DE PESQUISA

       Qual o discurso do professor sobre a sua prática no processo de alfabetização  infantil?

OBJETIVO GERAL

Verificar,   no   contexto  educacional   de   uma  sala   de   aula   duma   escola   pública,   as  coerências e incoerências entre o discurso e a prática  do professor no processo de  alfabetização das crianças. 

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OBJETIVOS ESPECÍFICOS

   ­  Descrever, brevemente, o discurso do professor sobre sua prática na sala.

      ­   Fazer   uma   explicitação   do   discurso   e   a   prática   do   professor   (coerências   e  incoerências) na sala de aula.

PERCURSO METODOLOGICO

     Para a concretização dos objetivos propostos recorremos ao percurso metodológico  de natureza qualitativa, buscando investigar a coerência e incoerência entre o discurso e  a   prática   utilizados pelo professor no processo de ensino da alfabetização inicial de  crianças numa escola pública em Natal / RN.

    A escola admite a entrada de crianças a partir de um ano e seis meses e estas só saem  aos sete anos, após concluírem o primeiro ano do ensino fundamental. A organização  das turmas e do espaço visa favorecer a segurança e a construção da autonomia das  crianças. Tal organização implica na estruturação de turmas por faixa etária: T1 ­ de um 

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ano e seis meses a três anos, T2 ­ de três a quatro anos, T3 ­ de quatro e cinco anos, T4 ­  de cinco a seis anos e T5 ­ de seis a sete anos, que corresponde ao primeiro ano do  ensino fundamental. Há, na escola, uma rotina constituída por diferentes momentos ­  rodas de conversa, hora de trabalho, lanche, parque, história, etc. 

        Cada   sala   de   aula   está   constituída   por   22   a   23   crianças,  incluindo   uma   com  deficiência, se for o caso, duas professoras e o período de aula tem uma duração de três  horas (08h às 11h). Em cada uma das salas, os materiais estão disponíveis em locais que  incitam a prática de determinadas atividades: canto de leitura, canto dos jogos, canto de  faz­de­conta, canto de arte, canto da roda, como também espaço delimitado nas paredes  para deposição das produções das crianças – textos coletivos e imagens. É uma escola  pública federal fundada em 1979. Resulta da unificação em janeiro de 1998, das ações  desenvolvidas, até então, pelo núcleo educacional infantil e pela unidade educacional  infantil,   esta   ultima,   criada   em   1990.   É   uma   unidade   suplementar   vinculada  administrativamente  ao centro de ciências  sociais  aplicadas e, pedagogicamente,  ao  departamento de educação da UFRN.         A pesquisa também  envolveu a forma como o professor usa os métodos e os  diferentes materiais para melhorar a compreensão das crianças.       O trabalho foi realizado em dois momentos. No primeiro, foi feita uma entrevista  com a professora da escola sobre a abordagem pedagógica utilizada, bem como aspectos  relacionados ao número de alunos, métodos de avaliação e materiais utilizados. No  segundo momento,  o trabalho  prosseguiu  na sala  de aula  para analisar  tudo  o que  recolhemos na conversa que tivemos com a professora.  RESULTADOS     Os resultados do primeiro momento da pesquisa englobam as observações obtidas a  partir da entrevista feita com uma professora da escola. Segundo a mesma, tendo em  conta as exigências do novo milênio no que diz respeito ao desenvolvimento do setor do  ensino, a escola deixou de utilizar o método tradicional e passou a utilizar um outro  mais moderno que é o da abordagem construtivista. Um dos exemplos desse método é o 

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língua portuguesa, separadas em pedaços de cartolina e na pesquisa que faz a criança  desenvolver a sua mente por si mesmo.  A abordagem trabalha com o papel ativo da  criança   no   processo   de   elaboração   do   conhecimento.   A   escola   dá   a   criança  oportunidades de agir sobre o objeto de conhecimento, daí que o papel do professor é  como um agente facilitador e desafiador dos seus conhecimentos.

        Ainda,   segundo   a   professora,   a   escola   trabalha   com   temas   de   pesquisa   que  possibilitam às crianças, a construção de novas aptidões a partir de interesses do grupo  nas diversas áreas de conhecimento, com uma abordagem interdisciplinar. Cada tema  surge a partir do grupo de crianças, conjuntamente com os professores e passa a ser o  fio condutor de todo o trabalho pedagógico realizado em sala. A fundamentação teórica  segue os pressupostos de Vygotsky, Piaget e Emilia Ferreiro. É a professora quem  afirma:   −   “O   nosso   processo   de   alfabetização   é   fundamentado   na   concepção  pedogenético da escrita, segundo Emilia Ferreiro e Ana Teberosky”. 

       Ela continua a dizer que a avaliação nessa escola se apresenta como processo e  também   enquanto   instrumento   de   regulação   do   olhar   desses   interlocutores   sobre   a  questão da qualidade da escola seja no nível de aprendizagem de cada aluno e da turma  em geral, seja na veiculação de um currículo que atenda às necessidades da criança  inserida numa sociedade urbana e contemporânea.     Os resultados do segundo momento da pesquisa foram obtidos a partir da observação  feita em sala de aula. A escola usa diferentes tipos de materiais com sendo suporte por  estes métodos: quadros, cartazes, mesas, quadros de prega, armários, álcool, TV, radio,  DVD,   lápis,   farinha,   marcadores,   pincéis,   tinta   guache,   pincéis   de   rolo,   tampas   de  garrafas, pratos, copos, fotos, jogo de blocos, quebra­cabeça e jogos de memória, além  de vários brinquedos que despertam o interesse das crianças.         De acordo com o papel orientador das professoras, elas chegam na escola trinta  minutos antes da hora normal da entrada, recebem as crianças no pátio e encaminham­ nas para a sala de aula. Dentro da sala, cada um deles já sabe que antes do inicio das  aulas eles devem fazer um circulo, sentados no chão junto com as professoras. As aulas  começam   sempre   com   o   canto   de   cumprimento   de   bom   dia   para   cada   um   deles,  incluindo as professoras e qualquer visitante. Na nossa observação, depois da canção de 

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cumprimento,   a  professora   pediu  a   quatro  ou  cinco   crianças   que  escolhessem   uma  canção para que elas cantassem em conjunto (– “Quem quer cantar uma música? (−  “Eu, eu, eu, eu...” ). Como todos manifestaram interesse, a professora apontou alguns.  Logo a seguir, a professora começou a levantar placas feitas de cartolina com o nome de  cada   um   deles.   Quando  ela   perguntou:    –   “De  quem   é  esse   nome?”   O  dono   sem  cerimônias respondeu é meu ele levantou pegando na placa e colocando­a no quadro de  prega.  A seguir, a professora pediu que contassem de um a cinco, depois conferiu se os alunos  associaram os conhecimentos deles com a imagem visual da mão dela ao representar  com os dedos uma certa quantidade de algarismos. A professora levantou as mãos,  mostrando cinco, seis ou sete dedos e perguntou às crianças: − “Quantos dedos tem aqui  ?” Algumas responderam corretamente e outras não.

Na   etapa   seguinte,   a   professora   falou   sobre   a   turma   da   Mônica   e   posteriormente  entregou uma folha a cada um, dividida em seis quadros para fazerem o desenho das  personagens da turma de Mônica, informando a eles que o desenho deveria ser feito  dentro do quadro, não fora. Todos fizeram, conforme a professora havia pedido, porém  dois deles não conseguiram atingir o objetivo. Quando terminaram foram todos para  fora de sala lavar as mãos, segundo a orientação da professora. Chegara à hora do  lanche, a distribuição foi boa e bem controlada pela professora. Às nove horas e quinze  minutos, era o momento de intervalo que duraria até nove e trinta. Para despertar­lhes o  interesse em assistir TV, a professora fez uma  motivação  fantástica  que conseguiu  reunir todas as crianças no mesmo lugar, colocando um DVD e, enquanto o filme  passava, ela ficava a explicar­lhes a história da turma da Mônica. 

Quando terminou o intervalo, houve o tempo de repouso. Todos entraram na sala e  deitaram­se no chão.  Depois a professora colocou  músicas para  eles e  em seguida  prosseguiu a história do livro. Após tais procedimentos pedagógicos houve ainda a  utilização de farinha, na qual trabalha a criatividade das crianças. 

Por   último,   a   atividade   final,   que   consistiu   na   entrega   de   folhas   de   papel,   pela  professora, com o nome Mônica escrito, mas de forma recortada para que os alunos 

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CONCLUSÕES E SUGESTÕES

     Levando em conta a importância que a escrita tem no desenvolvimento mental da  criança,   descobrimos   que   ninguém   pode   ser   considerado   inteligente,   em   termos  acadêmicos, sem ter passado pela escrita e pela sala de aula. Aí que entra o grande valor  da alfabetização inicial.

 Houve total coerência entre o discurso  da professora investigada sobre sua prática de  ensino e o papel que ela desempenhou em sua sala de aula.

 A sala de aula investigada apresenta mais de noventa por cento de materiais necessários  ao   desenvolvimento   do   raciocínio   de   uma   criança,   e   conta   com   duas   excelentes  professoras que conhecem a forma e o método de trabalhar com as crianças nas suas  áreas.

  Portanto,   sugeriríamos   ao   MEC   que   redobrasse   o   esforço   no   que   diz   respeito   ao  equipamento   (materiais)   utilizados   em   sala   de   aula   de   alfabetização   inicial   e   no  incentivo às pessoas que se formam nas áreas de educação infantil.

     

        Pelo   que   observamos   em   sala   de   aula,   tanto   as   professoras   como   as   crianças  mostraram  um  desempenho   muito  interessante.   Por isso, achamos   que este  método  construtivista deve merecer o apoio do órgão responsável pela educação de crianças em  nível nacional. 

     

Com base no exposto, concluímos que para eliminar  o  analfabetismo aqui em Natal,  exige­se a responsabilidade de cada um de nós. Responsabilidade  esta que começa  desde   o   governo   estadual   e   municipal,   dos   pais   ou   encarregado   de   educação   das  crianças, dos diretores das escolas, e termina com a do MEC. Todos nós devemos,  assim, nos juntarmos e apoiarmos as crianças que estão em fase inicial de alfabetização,  pois, sem dúvida, elas serão o futuro da sociedade. Esse é o nosso desejo e também  nosso dever como cidadãos.

       

Uma   recomendação   final   refere­se   à   implantação,   a   nível   nacional,   do   método  construtivista, e da utilização de materiais, tais como: livros atualizados que ajudem as 

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inicial), brinquedos de montagem (essenciais para o fomento da criatividade infantil,  por  exemplo, lego etc.) Esses materiais  podem ajudar as crianças maravilhosamente na  escrita.  REFERÊNCIAS COLL, César. O construtivismo na sala de aula. São Paulo: Ática, 1998­2006. CHARMEUX, Eveline. Aprender a ler: Vencendo o fracasso. São Paulo: Cortez,  1994. 

FARIA   Luís   Goulart   de.   Educação   pré­escolar   e   Cultura:   para   uma   pedagogia   da  Educação Infantil: São Paulo : Cortez, 1999.

FERREIRO, Emilia. Reflexões sobre alfabetização. São Paulo: Cortez/1985.

FERREIRO Emilia; TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre:  Artes médicas, 1991.

FERREIRO, Emilia. Com todas as letras. São Paulo: Cortez, 2005.

GAGLIARI,   Gladis   Massini;   CAGLIARI,   Luiz   Carlos.  Diante   das   letras.  Campinas: Mercado das Letras, 2005 GAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e lingüística. São Paulo: Scipione, 2000. GROSSI, Esther Pillar. Didática da alfabetização 3ºv. São Paulo: Paz e Terra, 1990. KRAMER, Sonia,  Infância e educação infantil. Campinas, São Paulo: Papirus,  1999. LINO, Macedo de. Ensino construtivista. São Paulo: casa de psicólogo, 1994. MICHAELIS & DUMAS, Escola primária. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico.  S.A, 1967. OLIVEIRA, Zilma Ramos de. Educação infantil: 2º.ed. – São Paulo : Cortez. 2005. PAUSAS, Ascen Díez de Ulzurun. Aprendizagem  da leitura e da escrita a partir de  uma perspectiva construtivista. Porto Alegre: Artmed, 2004.

SOARES, Magda Becker.  As muitas facetas da alfabetização.  Cadernos de pesquisa.  São Paulo: v.52, p. 19­24, 1985.

TEBEROSKY, Ana. Aprendendo a escrever. São Paulo: Ática, 1994.

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VIGOTSKY, Lev sememovicth. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes,  1993. 

ZORZI, Jaime Luís. Aprender a escrever: A apropriação do sistema ortográfico. Porto  Alegre: Artmed, 1998.

Referências

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