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BANCO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL S.A. - BANRISUL

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Academic year: 2021

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Base: Set/12

Rating

brAA-

O banco apresenta solidez financeira intrínseca excelente.

São instituições dotadas de negócio seguro e valorizado,

boa situação financeira atual e histórica. O ambiente empresarial e setorial pode variar sem, porém, afetar as condições de funcionamento do banco. O risco é irrisório. Data: 24/jan/2013 Validade: 31/jan/2013 Perspectiva: Estável Observação: - Histórico:

Set/12: Afirmação: brAA -

Afirmação: br A-1 (CP)

Mar/12: Afirmação: A A- (estável) Afirmação: A-1 (CP)

Set/11: Elevação: AA - (estável)

Elevação: A-1 (CP)

Mar/11: Afirmação: A + (positiva) Afirmação: A-2 (CP)

Mar/10: Afirmação: A + (positiva) Jun/09: Afirmação: A + (estável) Dez/08: Afirmação: A + (estável) Dez/07: Elevação: A + (estável) Dez/06: Afirmação: A (estável) Dez/02: Elevação: A (estável) Dez/01: Atribuição: BBB+ (estável)

Analistas:

Luis Miguel Santacreu Tel.: 55 11 3377 0703 luis.santacreu@austin.com.br Persio Nogueira Jr Tel.: 55 11 3377 0713 persio.nogueira@austin.com.br Austin Rating Serviços Financeiros Rua Leopoldo Couto Magalhães, 110 – conj. 73 São Paulo – SP CEP 04542-000 Tel.: 55 11 3377 0707 Fax: 55 11 3377 0739 www.austin.com.br FUNDAMENTOS DO RATING

O Comitê de Classificação de Risco da Austin Rating, em reunião realizada no dia 24 de janeiro de 2013, afirmou os ratings de longo prazo de ‘brAA-’ e de curto prazo ‘brA-1’ do Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. (Banrisul). A perspectiva dos ratings é estável. O Banrisul é um banco público estadual, de finalidade específica, fundado em 1928, com o objetivo de ser um banco comercial, de desenvolvimento e social. Em função da origem e do propósito de sua criação, é beneficiado pela proximidade com o setor público, com forte penetração no sul do Brasil, especificamente no Estado do qual é oriundo. É um banco de grande porte, sendo a 12ª maior instituição financeira do país, de acordo com o Banco Central, segundo o critério de ativos totais, que somam R$ 44,6 bilhões, enquanto o patrimônio líquido montava R$ 4,8 bilhões (base: setembro de 2012). Está presente em quase todo o estado do Rio Grande do Sul por meio de seus 1.291 pontos de atendimento (entre agências, PAB e PAE). Tem como forte característica a capilaridade entre a população gaúcha, reforçando a identidade com seus quase três milhões de clientes.

A classificação se fundamenta em seu amadurecimento como instituição de varejo, refletida na diversificação de suas fontes de captação, na qualidade de seus ativos de crédito e adequados indicadores de capitalização, reportados pela instituição durante o período de monitoramento realizado pela Austin Rating. Reflete também os adequados controles empregados, com vistas à mitigação dos riscos de mercado, liquidez e operacionais, contribuindo para a solvência da instituição. O Banrisul mantém posição de destaque no Estado do Rio Grande do Sul, com grande penetração através de uma ampla rede, o que permite a pulverização em sua estrutura de captação e de concessão de crédito.

A perspectiva estável reflete o entendimento da Austin Rating de que o banco atingiu e tem se mantido em um patamar elevado de qualidade de ativos além de uma estrutura de captação estável e de custos satisfatórios. Ao mesmo tempo em que tem apresentado crescimento, a carteira de crédito tem mantido a qualidade elevada que apresenta em seu histórico, com indicador de inadimplência que gira em torno de 1,3% e 2,5%, patamar considerado satisfatório para uma carteira diversificada como a do Banrisul. Ao mesmo tempo, o banco vem mantendo uma base patrimonial robusta e um índice de Basileia confortável, de 17,2% em set/12. Da mesma forma, contribuiu para a manutenção da classificação, a estrutura estável e pulverizada de captação, com forte presença de depósitos de ticket médio baixo, que contribui para sua estabilidade mesmo em cenários de estresse. Em que pese o vínculo com o setor público estadual e municipal gaúchos, que tem favorecido a sua estrutura de captação, na medida em que o banco é o depositário das contas do governo contribuindo para sua aproximação com potenciais clientes de operações de crédito, a “portabilidade salarial” em vigor a partir de janeiro de 2012 para os servidores públicos federais, estaduais e municipais, representa fator de risco a ser observado pelo banco. Entretanto, acreditamos que o banco possui qualidades para enfrentar a difícil concorrência que deverá se acirrar.

Por outro lado, como fatores limitantes a esta análise, ponderou-se que o Banrisul tem a atuação muito concentrada no Rio Grande do Sul, estando seu desempenho ligado à dinâmica da economia gaúcha. Reconhecem-se os esforços para diversificação da área de atuação, com a abertura de agências no estado de Santa Catarina, e aquisição de 49,90% de Bem-Vindo Promotora de Vendas e Serviços. Entretanto, no curto prazo, a concentração de suas atividades aumenta sua exposição às características da economia do estado do Rio

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Grande do Sul. Com a Bem-Vindo, o Banrisul espera aumentar sua participação no mercado de crédito consignado oriundo de outros estados, diversificando, assim a originação. Além disso, deixará de atuar no mercado de cessão, onde atuava na compra de créditos de outros bancos e a consequente divisão de resultados.

Da mesma forma, a capacidade de suporte de seu controlador, o governo estadual, é vista como limitada no caso de necessidade de aporte de novos recursos, dado seu recente histórico orçamentário. Além disso, embora disponha de uma base de depósitos estável, esta mantém elevada participação no curto prazo, fator que eleva seu risco em caso de crise sistêmica com possibilidade de forte elevação de saques.

A classificação de risco de instituições financeiras realizada pela Austin Rating avalia o risco de crédito de curto e longo prazo da instituição. As notas atribuídas pela Austin Rating obedecem a uma escala de classificação nacional e servem como parâmetro de comparação entre as instituições bancárias que atuam no Brasil e, eventualmente, com atividades no exterior. A escala da Austin não leva em conta e tampouco se limita ao rating soberano do país, este empregado como teto para ratings internacionais. O processo analítico da Austin Rating leva em conta, além dos fatores políticos, macroeconômicos, setoriais e regulatórios aplicados às instituições financeiras, os aspectos quantitativos (análise das demonstrações financeiras e indicadores de desempenho, Capitalização, Ativos, Captação, Resultado e Liquidez) e aspectos qualitativos (Controle Acionário, Suporte, Grupo Econômico, Administração, Estrutura Operacional e Estratégia de Médio e Longo Prazo) intrínsecos à instituição financeira em análise.

Qualidade dos Ativos

No final do terceiro trimestre de 2012, o Banrisul contava com ativos totais da ordem de R$ 44.633 milhões, representando um incremento de 22,1% em relação ao mesmo período de 2011. O indicador de concentração em crédito (créditos/ativos total) tem apresentado regularidade ao longo dos últimos exercícios, sendo de 54,3% em set/11, 54,7% em dez/11 e 53,7% em set/12. O banco tem mantido uma carteira de títulos e valores mobiliários e de aplicações no mercado aberto e em depósitos interfinanceiros que, somadas, montavam R$ 15.525 milhões, respondendo por 34,2% do ativo total em set/12.

A carteira de crédito montava R$ 23.789,2 milhões no final do terceiro trimestre do ano passado, sendo destaques em sua composição, R$ 9.279,9 milhões de crédito comercial para pessoas físicas e R$ 8.105,1 milhões para pessoas jurídicas. A carteira de financiamento de longo prazo (R$ 1.157,1 milhões), imobiliário (R$ 2.132,4 milhões), rural (R$ 1.877,4 milhões), câmbio (R$ 685,2 milhões), entre outras, detinham peso menos representativo em setembro de 2012.

A carteira de crédito consignado montava R$ 6.759,5 milhões no final do terceiro trimestre do ano passado, respondendo por 72,8% do total da carteira comercial pessoa física. Deste montante, R$ 4.086,3 milhões foram originados pela estrutura própria do Banrisul e R$ 2.673,1 milhões adquiridos de outras instituições financeiras. Cumpre mencionar o montante de R$ 365,4 milhões adquiridos do Banco Cruzeiro do Sul, instituição em liquidação extrajudicial, dentro do total de créditos consignados adquiridos. A carteira comercial para pessoas jurídicas tem como destaques as linhas de capital de giro com R$ 6.150,4 milhões e R$ 673,5 milhões de conta garantida.

O indicador de inadimplência do banco (total das parcelas vencidas a partir de 15 dias/total da carteira) alcançou o baixo patamar de 1,8% no final do terceiro trimestre de 2012, nível próximo a 1,5% registrado no encerramento do exercício daquele ano e 1,7% em setembro de 2011. O volume de parcelas em atraso subiu de R$ 329,9 milhões em set/11 para R$ 427,9 milhões em set/12.

Os créditos classificados entre as faixas D a H representavam 11,1% do total da carteira de crédito em setembro de 2012, 10,9% em dez/11 e 11% em setembro de 2011. Predominava na carteira, entretanto, créditos classificados na faixa de risco A (set/12: 49,3%; set/11: 41,1%). Em setembro de 2012, o estoque de provisões montou R$ 1.566,8 milhões, sendo R$ 128 milhões provisões adicionais, o que colabora para a elevada cobertura com relação aos créditos vencidos e ao total da carteira. O saldo destas provisões com relação ao total das parcelas em atraso gerou uma elevada cobertura de 3,7x em setembro de 2012 e 3,9x em set./11, níveis considerados bons pela Austin. Já em relação ao total da carteira era de 6,6% em set/12 e 6,5% em set/11, níveis considerados elevados na comparação

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com a mediana estatística calculada pela Austin Rating para um grupo de bancos atuando no seu segmento de atividade (set/12: 5,7%).

O volume de créditos baixados contra prejuízo (write-off) subiu de R$ 280,6 milhões em setembro de 2011 para R$ 385,4 milhões em setembro do ano passado. A relação write-off/total da carteira subiu de 1,43% em set/11 para 1,62% em set/12, níveis moderados ante a mediana estatística calculada pela Austin Rating (set/12: 1,1%). O nível de perda líquida [(write-off - recuperação)/total de créditos] subiu de 0,97% para 1,19% nos meses comparados acima.

A Austin Rating não dispôs do nível de concentração da carteira de crédito do Banrisul em termos de clientes individuais, segmentos de atividade dentro dos setores econômicos, garantias e distribuição geográfica. Como critério de diversificação, apresentou-se a composição do crédito pessoa jurídica por porte de empresas (conforme faturamento médio mensal definido pelo banco), com a participação de 23,4% das médias empresas, 15,5% das grandes empresas, 4,6% das pequenas empresas e 8,5% das microempresas.

As aplicações financeiras de tesouraria e a carteira de títulos e valores mobiliários são dotadas de baixo risco de crédito, predominando títulos públicos federais, seguidos com menor valor, títulos públicos federais de Compensação das Variações Salariais – CVS, cotas de FIDC, debêntures, letras hipotecárias, dentre outros ativos.

Capitalização

O nível de adequação de capital (indicador da Basileia) do Banrisul atingiu 18,6% em set/12 ante o nível de 15,9% reportado em set/11. Favoreceu o indicador de capitalização do banco, o nível de retenção do lucro líquido reportado no período (jan-set/11: 65,7%; jan-set/12: 63,6%), e a incorporação da emissão de dívida subordinada de US$ 500 milhões que passou a compor o nível II em abril de 2012, contabilizando o montante de R$ 1.149,7 milhões em setembro de 2012.

Pelo grau de alavancagem historicamente reportado pelo banco, a base patrimonial reportada em setembro de 2012, encontra-se compatível com as projeções de crescimento da carteira de crédito para o ano em curso. A administração do Banrisul não estabelece qualquer regra explícita que limite esta alavancagem (carteira total/patrimônio líquido), muito embora este indicador tenha se mantido praticamente estável ao longo dos exercícios, passando de 4,6x em set/11, 4,6x em dez/11 e 5,0x em set/12.

Ao longo dos últimos anos, o Banrisul tem registrado aumento sustentável de sua base patrimonial, advindo da oferta pública em 2007, quando captou R$ 800 milhões, além do crescimento orgânico proporcionado pela estratégia de retenção de parte destacável dos lucros. Colabora para esta tendência o nível de Governança Corporativa adotado pela instituição, visando preservar a capitalização do banco e o interesse de investidores minoritários e clientes, a despeito da participação de 56,97% do capital total e 99,59% do capital votante detida pelo controlador - Estado do Rio Grande do Sul.

Após várias décadas de desequilíbrio fiscal, que fica evidenciado nos sucessivos déficits orçamentários, o Estado do Rio Grande do Sul apresenta desde 2007 superávits orçamentários e primários, obtidos com o ajuste das contas públicas. Embora esteja acima do limite de 200% previsto para a relação entre Dívida Consolidada Líquida e Receita Corrente Líquida, a mesma tem sido reduzida ao longo dos anos. Acrescente-se que, conforme Resolução 41 do Senado Federal, o Estado do Rio Grande do Sul tem até o ano de 2016 para atingir o percentual de 200%. No encerramento do 2º quadrimestre de 2012, esta relação encontrava-se em 215,47% ante uma razão de 295,29% no 3º quadrimestre de 2002. Embora a Austin Rating pondere a evolução na situação fiscal do controlador, considera como limitada a capacidade de suporte do controlador no caso de necessidade do Banrisul. Ressalta-se, em contrapartida, que o Banco tem acesso importante no mercado de capitais, estreitado após a oferta pública realizada em 2007, fator que beneficia o seu relacionamento com os demais acionistas do Banco.

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Captação/Liquidez

Embora a estabilidade de sua captação lhe permita manter posição líquida pouco expressiva diante de seus ativos, o banco mantém um caixa mínimo diário para fazer frente as suas obrigações e perdas potenciais sob um cenário de estresse. A gestão do passivo do banco contempla dentre outros fatores, as características dos produtos de captação, o período de retenção estimado dos aplicadores, a diversificação por tipos de funding, as perspectivas do mercado, com o objetivo de gerenciar eventuais descasamentos entre ativos e passivos da instituição.

A classificação incorpora as características de sua captação, que é favorecida por sua rede pulverizada junto à região sul do país, especialmente o estado do Rio Grande do Sul. Em crédito, o banco manteve a busca por uma carteira mais pulverizada, procurando operar junto às pequenas e médias empresas, porém sem reduzir a exposição a grandes clientes.

O volume de recursos captados totalizou R$ 32.251,5 milhões em setembro de 2012, o que significou um aumento de 24,4% em dozes meses ante R$ 25.921,9 milhões em setembro de 2011. A estrutura de captação se compunha, sobretudo, de depósitos a prazo no valor de R$ 16.537,11 milhões, mantendo a relevância de sua participação entre os recursos captados (set/12: 51,3%; set/11: 51,2%). Dispunha de uma base de depósitos de poupança no valor de R$ 5.639,7 milhões e de R$ 2.623,3 milhões de depósitos à vista e me setembro de 2012. Como destaque em sua estrutura de funding, o banco contava com a presença de um saldo R$ 5.918,2 milhões de recursos em fundos financeiros e de desenvolvimento, regulamentado pelo governo do estado do Rio Grande do Sul, oriundos de depósitos judiciais efetuados por terceiros no Banrisul. Por fim, conforme mencionado, o banco conta com uma emissão de dívida subordinada cujo saldo montava R$ 1.149,7 milhões em setembro de 2012.

Historicamente, o Banrisul mantém convênio com o governo estadual para formalização da manutenção da folha de pagamento dos servidores e prestação de outros serviços, além de acordo com municípios para centralização das finanças e manutenção da folha de servidores. Tais fatos têm contribuído para a estabilidade dos depósitos, mesmo os de curto prazo, o que favorece sua estrutura de custos, principalmente os de captação no mercado, além de beneficiar a gestão do seu risco de liquidez. De qualquer forma, aponta-se como fator de risco a chamada “portabilidade salarial” para os servidores públicos, que teve início em 1º de janeiro de 2012. A portabilidade consiste no direito de o servidor escolher o banco de sua preferência para recebimento de proventos. A medida foi instituída pelas resoluções 3.402 e 3.424, ambas de 2006, e já estava em vigor para o setor privado desde abril de 2007. Considerando a estrutura de vencimento dos ativos e passivos, em setembro de 2012 apresentava casamento no prazo até 90 dias, com cobertura de ativos sobre passivos de 1,02x. No prazo de 3 meses a 1 ano, a cobertura era negativa de 0,59x e, acima de um ano, de 1,57x. O banco encerrou o terceiro trimestre de 2012 com indicador de liquidez corrente de 93,5% (set/11: 81,4%), inferior à mediana estatística calculada pela Austin para segmento de bancos em que o banco atua (set/12: 106,5%). O indicador de liquidez imediata, entretanto, tem ficado em nível superior em relação à mediana (set/12: 59,3%; mediana em set/12: 51,1%). O caixa livre da instituição montou R$ 8.147 milhões em set/12, superior aos R$ 7.564,7 milhões de set/11. O caixa livre mantinha uma ótima relação com respeito ao Patrimônio Líquido (set/12: 169,8%; set/11: 176%). Equivalia a 48,1% do total de depósitos a prazo e, 114,5% do total dos depósitos a prazo com até 360 dias de vencimento, níveis considerados bons na comparação com outras instituições financeiras atuando em seu ramo de atividade.

Ainda que a estrutura de ativos e passivos denote liquidez corrente abaixo da mediana dos seus pares, a Austin Rating julga ser baixa a probabilidade de que os títulos públicos classificados como mantidos até o vencimento sejam necessários para cobertura de eventuais gaps de prazo, uma vez que sua estrutura de depósitos tem como características positivas, a pulverização e a estabilidade. A maior parcela dos depósitos é captada diretamente na rede de agências e pontos de atendimento bancário. Em setembro de 2012, o banco contava com 3.441.249 contas correntes, 1.910.627 contas de poupança e uma rede de 462 agências.

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Risco de Mercado

O risco de mercado é controlado por ferramentas estatísticas, como a metodologia Value at Risk (VaR) e Testes de Sensibilidade. O banco monitora as taxas de oportunidade no mercado financeiro, determinando os patamares superior e inferior pactuados nas operações de captação e aplicação de recursos, mensurando, por meio de simulações, as possíveis perdas às quais o Banrisul está sujeito. Os impactos nos resultados, a partir das mudanças nos indicadores econômico-financeiros estruturais, como taxa básica de juros, inflação, taxa de câmbio, etc., são mapeados ao final de cada dia.

A carteira Trading Book compreende as operações em instrumentos financeiros derivativos detidos com intenção de negociação, destinados para revenda e obtenção de benefícios da flutuação dos preços ou realização de arbitragem. A carteira denominada Banking Book compreende todas as operações do Banrisul não classificadas na carteira de negociação, sem intenção de venda.

A carteira de títulos e valores mobiliários estava composta, em setembro de 2012, principalmente por títulos mantidos até o vencimento (68,8%), que não sofrem impacto da marcação a mercado. O restante da carteira de TVM, disponível para venda e para negociação, estava posicionado preponderantemente em LFTs, não sendo impactada pelo risco pré. A Austin Rating acredita que o banco possui porte e estrutura de capital que lhe permitem a manutenção destes títulos até o vencimento. O banco opera com instrumentos financeiros derivativos como instrumento de proteção (hedge). Em setembro de 2012, possuía operações de swap, destinados a atender as necessidades de administrar a exposição global de riscos de moeda estrangeira decorrentes da captação externa efetuada (dívida subordinada). Pela magnitude das parcelas calculadas para os riscos de juros, câmbio e ações e para a carteira banking que compõem o Patrimônio de Referência Exigido – PRE, a classe de risco de mercado, apresenta reduzido impacto na solidez financeira do Banrisul. Não dispusemos, entretanto, de uma série de medidas de risco de mercado (ex.: VaR global diário) para melhor avaliar o comportamento e medir a variação da exposição ao risco de mercado do banco.

Risco Operacional

A tecnologia tem sido uma das prioridades do banco, com o objetivo de ter uma base operacional eficiente e segura para suportar o crescimento nos próximos anos. Os investimentos em TI realizados, englobando a criação de diretoria especializada, contribuem para redução da exposição ao risco operacional, além de contribuírem para aumento da eficiência dos sistemas utilizados, bem como aprimorarem os serviços disponibilizados aos clientes pelo autoatendimento e Banricompras. O Banricompras é um cartão de bandeira própria que favorece a penetração junto aos potenciais clientes no estado, tanto pessoas físicas, por meio de financiamento, como pessoas jurídicas, pela antecipação de recebíveis.

A estrutura de gerenciamento do risco operacional do Banrisul exerce as atividades de identificação, avaliação, monitoramento, controle e migação dos riscos operacionais do Grupo, inclusive àqueles decorrentes de serviços terceirizados. Inicialmente, a Controladoria foi definida como a área responsável pela coordenação do processo de gestão dos riscos operacionais. Em agosto de 2010, foi criada a Unidade de Gestão de Riscos Corporativos e, dentro dessa, a Gerência de Gestão do Risco Operacional, à qual foi atribuída a responsabilidade anteriormente imputada à Controladoria, no que concerne a riscos operacionais.

As análises qualitativas de Risco Operacional na instituição são realizadas por meio da técnica CSA (Control

Self-Assessment), a qual se baseia na aplicação de questionários (checklists) junto a gestores, para autoavaliação. No

que se refere à análise quantitativa, está em processo de estruturação a Base de Dados de Perdas do Banrisul, que objetivará prover a instituição de informações referentes a eventos de perda e quase perdas ocorridos, de forma a conferir maior efetividade ao gerenciamento de riscos operacionais da organização e atender a as normatizações pertinentes.

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O Banrisul adotou, inicialmente, a metodologia de Abordagem do Indicador Básico (BIA), com o objetivo de apurar a parcela de capital para cobertura de Risco Operacional (Popr), conforme estabelecido pela Circular nº 3.383, de 30.04.2008, e Comunicado nº 16.913, de 20.05.2008, publicada pelo Banco Central do Brasil.

Em setembro de 2012, a parcela de risco operacional montava R$ 475,6 milhões. As instituições financeiras atuando no país elevaram, a cada semestre, desde dezembro de 2008, o fator de ponderação (fator Z) que incide sobre a base de cálculo da parcela de capital a ser alocada para o risco operacional para as linhas de negócio de varejo e comercial. Esse fator se elevou de 0,20 em 2008 para 0,50 no primeiro semestre de 2009, indo para 0,80 no segundo semestre de 2009 e 1,00 a partir do ano 2010. A parcela do risco operacional representava 13,5% do Patrimônio de Referência em setembro de 2012, registrado naquela data, patamar considerado alto pela Austin Rating, se comprado aos bancos de varejo que pertencem ao seu segmento de atuação.

Gestão/Estratégia/Governança Corporativa

A estratégia do acionista controlador contempla a manutenção da posição de liderança do banco no estado do Rio Grande do Sul e crescimento em outros estados, através da expansão da carteira de crédito comercial com foco em pessoas físicas, principalmente na modalidade consignada em folha de pagamento e no crédito às médias empresas com boas garantias. Em linha com a estratégia de diversificação regional, o Banrisul adquiriu 49,90% da Bem-Vindo Promotora de Vendas e Serviços. Com 73 lojas espalhadas pelo país, a Bem-Vindo atua no segmento de crédito consignado, oferecendo empréstimo pessoal com desconto na folha de pagamento para aposentados e pensionistas do INSS e servidores públicos federais, estaduais e municipais. Sua atuação é focada em regiões onde o Banrisul não possui agências, permitindo a expansão dos negócios do banco para o restante do país. Nas outras carteiras, o objetivo é mantê-las no patamar para cumprimento das exigibilidades.

Pelo lado da captação, os depósitos a prazo são o foco do aumento do funding, o que é favorável ao banco, dada sua grande capilaridade no estado do Rio Grande do Sul. O banco contava com 1.299 pontos de atendimento em setembro de 2012, sendo agregados 21 novos pontos até setembro do ano passado, sendo 5 novas agências e 16 pontos transformados em agências. Ademais, opera a rede Banricompras com mais de 100 mil pontos credenciados, habilitada a capturar transações efetuadas com cartões VISA, MasterCard e VerdeCard.

Como nova alternativa de captação, no terceiro trimestre de 2012, o Banrisul coordenou a oferta pública da primeira emissão de cotas do Banrisul Novas Fronteiras Fundo de Investimento Imobiliário - FII. O Fundo tem por objeto a realização de investimentos imobiliários de longo prazo, por meio da aquisição e eventual edificação e/ou adaptação de ativos imobiliários para locação ao Grupo Banrisul. O fundo visa ademais, ampliar e modernizar a rede de agências do banco.

Também está englobada nas metas da instituição, a redução do custo de sua operação, através do aumento da eficiência das áreas de BackOffice, com objetivo de atingir um índice de eficiência inferior a 50%. Para alcançar essa meta, o banco tem imprimido esforços na modernização de processos operacionais e de gestão, além de melhorar os canais de comunicação com os clientes e de distribuição de serviços.

Apesar de ser controlado pelo Governo Estadual, sua gestão mantém caráter independente. O banco tem ações listadas na Bolsa de Valores de São Paulo e aderiu, em 2007, ao Nível I de Governança Corporativa e ao Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada (IGC), o que favorece o perfil de risco da gestão da instituição. O Banrisul mantém em sua gestão os seguintes órgãos que colaboram para o controle da propriedade sobre a gestão: Conselho de Administração, Comitê de Auditoria, Auditoria Independente, Conselho Fiscal, além das Diretorias e Comitês.

Desempenho

Em setembro de 2012 a margem financeira acumulada em nove meses (excluindo provisões para créditos de liquidação duvidosa) montava R$ 2.808,7 milhões, registrando um aumento de 14,1% com relação a igual período em 2011. Contribuíram principalmente para este desempenho, a evolução de 9,3% nas receitas de crédito (influenciado pelo aumento de volumes) e a redução de 16,7% nas despesas com empréstimos e repasses (em

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função da queda nas despesas do fundo de reserva de depósitos judiciais).

O ganho com instrumentos financeiros derivativos oriundos da variação cambial e marcação a mercado dos contratos a termos e swap teve como contrapartida aumento nas despesas de R$ 265,5 milhões com a dívida subordinada em função da marcação a mercado e variação cambial que impactaram o saldo desta captação. Já as despesas com depósitos a prazo e poupança declinaram R$ 40,8 milhões.

A margem financeira, incluindo as PDDs, alcançou R$ 2.149,6 milhões em nove meses de 2012, gerando um aumento de 7,6% na comparação igual período em 2011. As despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa subiram 42,1% com o aumento do volume da carteira de crédito das operações vencidas observado no período.

Embora o banco não tenha poupado esforços no sentido de reduzir os custos operacionais ligados a sua operação a queda nas taxas de juros as operações de crédito, o aumento da PPDD reduziram o crescimento das margens financeiras relativamente ao crescimento das despesas de pessoal e outras administrativas, o que se refletiu em uma ligeira piora no indicador de eficiência (resultado bruto + receita de prestação de serviços/despesas de pessoal e administrativas), de 53% em set/11 para 55,8% em set/12. Tal indicador, entretanto, encontra-se inferior à mediana estatística calculada pela Austin para bancos atuando em seu segmento de negócios (set/12: 62,8%).

O lucro líquido acumulado até setembro de 2012 montou R$ 627,1 milhões, declinando 7,5% na comparação com 9M/11. A rentabilidade anualizada sobre o PL final em set/12 foi de 17,4%, nível inferior aos 21,0% de set/11. A rentabilidade anualizada sobre os ativos caiu de 2,5% em set/12 para 1,9% em set/11.

A carteira de crédito atingiu o montante de R$ 21.303,0 milhões em março de 2012, elevando-se 18,7% em comparação com a carteira de fechamento de mar/11 e 4,5% frente a dez/11. A carteira PJ (pessoa jurídica) alcançou R$ 10.107,0 milhões em mar/12, com crescimento de 21,9% sobre mar/11 e de 1,7% sobre dez/11. No final de setembro de 2012, o Banrisul contava com ativos totais na ordem de R$ 44.633 milhões, representando um incremento de 22,1% em relação ao mesmo período de 2011. O Patrimônio Líquido do banco encerrou o terceiro trimestre em R$ 4.799 milhões, um aumento de 11,7% em doze meses.

Fatores Exógenos

A nova regulação do Acordo de Basileia 3 de capital mínimo poderá requerer dos bancos alocação de capital adicional para adequar-se às novas regras. Os bancos brasileiros deverão fazer maior alocação de capital para determinados tipos de riscos. As operações de compra de crédito e a utilização de créditos tributários são algumas das práticas que poderão sofrer interferência relevante em razão das novas regras.

A pressão governamental para a redução dos spreads bancários no país iniciou-se com as instituições financeiras públicas federais, alcançado os grandes bancos de varejo. O desafio recai sobre a indústria bancária, podendo prejudicar as margens da intermediação financeira e o resultado líquido das instituições caso o aumento da concorrência venha a reduzir a sua participação de mercado nos segmentos em que vêm atuando nos últimos anos. A estratégia de crescimento bastante calcada na região Sul, poderá ser um fator limitante no longo prazo, apesar do potencial de crescimento apresentado pelo estado. No curto prazo, por estar concentrado nesta região, está altamente ligado à economia gaúcha e o desempenho e riscos dos principais setores de atividade locais (ex.: quebra de safra, queda nos preços dos principais grãos, redução das exportações).

Do ponto de vista regulatório, ressaltam-se as mudanças na ponderação de risco para cessões de crédito com coobrigação, que entraram em vigor em 2012, contemplada na Res. 3.533, requerendo uma base patrimonial compatível com a absorção no balanço dos bancos, de operações de crédito consignado bancadas ou cedidas com coobrigação. No caso do Banrisul, tal ponto não teve impacto substantivo em sua atividade, já que o banco, ao contrário era, até meados do ano passado, comprador de cessões de crédito.

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crédito pelos principais compradores. Tal evento afetou indiretamente o Banrisul, pois o banco havia adquirido carteiras de credito originadas pelo banco Cruzeiro do Sul e contava com a prática habitual de compras de crédito sua operação comercial.

As regras prudenciais que vem sendo adotadas (como a Resolução 3.533 do CMN), alinhadas às reduções da taxa de juros básica da economia, têm mudado o cenário de atuação das instituições financeiras. O mercado ainda se ressente da intervenção em uma instituição atuante no segmento de crédito consignado, onde as cessões de crédito praticamente foram paralisadas, dificultando a captação de bancos de médio porte. Esta conjuntura forçou algumas alianças recentemente anunciadas, que, muito provavelmente, deverão se repetir, porém, em menor escala. Além disso, a autoridade monetária tem sido mais rigorosa na provisão para créditos de liquidação duvidosa. Isto tem levado a que muitas instituições procurem se adequar às solicitações da autoridade monetária, influenciando negativamente a rentabilidade de suas operações. Aliado a isto, estas também tem procurado agir de maneira mais seletiva quanto a novos créditos, o que pode inibir sua rentabilidade futura.

PERSPECTIVA

A perspectiva estável reflete o entendimento da Austin Rating de que o banco atingiu e tem se mantido em um patamar elevado de qualidade de ativos além de uma estrutura de captação estável e de custos satisfatórios. Ao mesmo tempo em que tem apresentado crescimento, a carteira de crédito tem mantido a qualidade que apresenta em seu histórico, com indicador de inadimplência que gira em torno de 1,3% e 2,5%, patamar considerado satisfatório para uma carteira diversificada como a do Banrisul. O banco vem mantendo uma base patrimonial robusta, com índice de Basileia confortável. A retenção de parte dos lucros tem contribuído para o fortalecimento de seu PL e é visto como positivo na medida em que seu controlador não demanda a distribuição agressiva dos resultados

O rating do Banrisul incorpora as dificuldades inerentes a um banco concentrado na região sul, particularmente o Estado do Rio Grande do Sul, o que aumenta sua vinculação ao desempenho da economia gaúcha. Além disso, a “portabilidade salarial” dos servidores públicos tende a afetar a antes fiel base de clientes servidores do estado e dos municípios gaúchos, em que pese o seu poder de barganha junto aos servidores públicos. O enfraquecimento da estrutura de capital com o aumento da distribuição dos lucros, a deterioração da qualidade de carteira de crédito, bem como a redução da autonomia de sua gestão podem se materializar em rebaixamento da classificação.

INFORMAÇÕES UTILIZADAS

A classificação fundamenta-se na metodologia da Austin Rating para Instituições Financeiras, disponível no site www.austin.com.br. A classificação se apoiou nas informações contábeis e gerenciais do Banrisul. O grau de abertura das informações contábeis e relatórios disponibilizados no site de relações com investidores são considerados muito bons. As demonstrações financeiras de setembro de 2012 contêm parecer dos auditores independentes, sem ressalvas.

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EXTRATO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

(Base: Demonstrações Financeiras - Consolidado - para os exercícios findos em dezembro de 2010 e 2011 e os trimestrais findos em setembro de 2011 e 2012, auditadas pela Ernest & Young Terco Auditores Independentes, sem ressalvas).

Valores em R$ mil

dez/09 dez/10 set/11 dez/11 set/12

ATIVO CIRCULANTE 17.484.583 17.866.613 19.412.830 19.229.621 25.291.086

DISPONIBILIDADES 411.220 403.321 481.087 624.255 536.019

APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ 5.356.542 2.359.329 3.056.998 2.685.991 4.292.998

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS 3.198.936 4.030.936 3.325.966 2.527.984 5.308.358

RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS 1.380.802 2.470.329 2.767.257 2.918.234 3.411.671

RELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIAS 35.070 80.994 31.438 45.759 32.622

OPERAÇÕES DE CRÉDITO 6.084.542 7.334.317 8.512.485 8.930.536 9.670.599

OPERAÇÕES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL 46.117 37.065 455.224 36.074 479.551

OUTROS CRÉDITOS 948.170 1.129.070 1.149.970 1.438.587 1.783.005

OUTROS VALORES E BENS 23.184 21.252 25.564 22.201 199.715

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 11.241.609 13.913.186 16.843.227 18.076.949 19.077.253

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS-LP 4.209.585 4.494.810 5.822.246 7.197.639 5.653.569

RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS-LP 440.898 604.552 645.742 625.417 666.762

OPERAÇÕES DE CRÉDITO-LP 5.782.477 8.144.575 9.311.869 9.547.147 11.503.364

OPER ARRENDAMENTO MERCANTIL-LP 43.027 37.646 37.721 37.733 36.872

OUTROS CRÉDITOS-LP 742.949 622.983 1.014.962 659.418 1.203.304

OUTROS VALORES E BENS-LP 22.673 8.620 10.687 9.595 13.382

PERMANENTE 357.945 347.854 298.044 279.005 264.626

INVESTIMENTOS 7.758 7.660 7.660 7.514 47.808

IMOBILIZADO DE USO 170.058 168.923 163.170 163.831 158.987

INTANGÍVEL/DIFERIDO 180.129 171.271 127.214 107.660 57.831

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dez/09 dez/10 set/11 dez/11 set/12

PASSIVO CIRCULANTE 21.218.591 23.508.247 23.847.574 23.887.151 27.062.879

DEPÓSITOS 13.072.695 15.600.626 14.011.030 14.645.829 15.381.341

CAPTAÇÃO NO MERCADO ABERTO 2.006.497 1.311.160 1.634.047 13.331.544 1.716.382

RECURSOS DE ACEITES EMISSÃO DE TITULOS - - - 26.755 304.048

RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS 10.739 9.798 295.036 5.823 276.349

RELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIAS 149.932 169.862 242.608 211.069 238.991

OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS 503.167 537.171 830.388 908.123 985.876

REPASSES PAIS - INSTITUIÇÕES OFICIAIS 369.832 309.842 302.631 318.759 403.448

REPASSES DO EXTERIOR 35.768 19.410 1.684 8.674 19.246

INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS 14.515 - - - 3.173

OUTRAS OBRIGAÇÕES 5.055.446 5.550.378 6.530.150 6.430.575 7.734.025

EXIGIVEL A LONGO PRAZO 4.455.429 4.762.488 8.406.800 9.297.299 12.769.027

DEPÓSITOS-LP 3.297.050 3.452.379 6.899.086 7.715.309 9.802.245

RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS-LP - - 11.505 11.832 10.507

OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS-LP - 2.532 3.976 3.893 2.358

REPASSES PAÍS - INSTITUÇÕES OFICIAIS-LP 572.913 747.661 832.862 894.015 1.123.073

REPASSES NO EXTERIOR - LP - 5.823 32.042 21.778 6.410

INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS

LP 32.457 - - -

-OUTRAS OBRIGAÇÕES-LP 553.009 554.093 627.329 650.472 1.824.434

PARTICIPAÇÃO MINORITÁRIA 1.655 1.679 1.582 1.614 1.699

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 3.408.462 3.855.239 4.298.145 4.399.511 4.779.360

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dez/09 dez/10 set/11 dez/11 set/12 RECEITA DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA 4.262.620 4.840.488 4.405.258 5.946.731 4.916.464

Operações de Crédito 2.857.233 3.497.519 3.157.797 4.277.061 3.452.682

Operações de Arrendamento Mercantil 19.651 15.407 11.660 15.988 9.545

Títulos e Valores Mobiliários 1.113.347 1.081.955 930.461 1.250.075 831.358

Instrumentos Financeiros Derivativos 24.018 -1.339 - - 283.375

Aplicações Compulsórias 176.593 192.402 181.597 263.301 230.969

Resultado de Câmbio 71.778 54.544 123.743 140.306 89.553

DESPESA DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA 2.142.893 2.444.146 2.408.038 3.208.195 2.766.891

Captação no Mercado 1.334.526 1.402.666 1.332.210 1.795.233 1.597.719

Empréstimos,Cessões e Repasses 385.728 523.158 611.993 783.452 510.001

Provisões p/ Créd. Liquidação Duvidosa 422.639 518.322 463.835 629.510 659.171

RESULTADO BRUTO INTERM. FINANCEIRA 2.119.727 2.396.342 1.997.220 2.738.536 2.149.573 OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS -1.266.460 -1.248.518 -950.385 -1.366.244 -1.221.878

Receitas de Prestação de Serviços 579.341 641.661 517.370 701.975 576.352

Despesas de Pessoal 901.002 966.492 798.522 1.100.882 897.612

Outras Despesas Administrativas 678.885 743.226 533.928 741.361 623.592

Despesas Tributárias 181.984 203.998 171.259 232.322 191.903

Outras Rec./Desp.Operacionais -83.930 23.537 35.954 6.346 -85.580

RESULTADO OPERACIONAL 853.267 1.147.824 1.046.835 1.372.292 927.695

RESULTADO ANTES IR 853.267 1.147.824 1.046.835 1.372.292 927.695

Imposto de Renda 267.597 357.056 328.478 405.613 243.119

Ativo Fiscal Diferido - - - -

-Participações 44.574 49.526 40.676 62.330 57.455

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12

Valores em R$ mil

dez/09 dez/10 set/11 dez/11 set/12

TOTAL DE CRÉDITO 13.414.211 17.033.161 19.654.679 20.393.174 23.789.249 Risco Nível AA 3.837.863 3.309.272 3.147.382 3.386.724 3.341.690 Risco Nível A 4.859.616 8.027.737 8.983.963 9.178.255 11.720.691 Risco Nível B 2.207.128 2.698.960 3.524.597 3.895.132 4.360.289 Risco Nível C 917.307 1.202.064 1.840.335 1.708.802 1.722.821 Risco Nível D 234.478 361.675 585.080 533.183 651.869 Risco Nível E 173.035 283.381 433.650 500.213 575.299 Risco Nível F 725.163 675.477 522.735 589.142 658.687 Risco Nível G 88.893 78.812 100.268 108.128 133.534 Risco Nível H 370.728 395.783 516.669 493.595 624.369

Total de crédito em atraso 292.358 239.918 329.870 309.377 427.946

Provisão Constituída 944.781 1.013.062 1.172.203 1.203.345 1.438.855

Provisão Adicional 71.973 88.861 112.396 114.334 127.967

Provisão Total 1.016.754 1.101.923 1.284.599 1.317.679 1.566.822

Créditos Renegociados - - - 331.020 420.832

Recuperação de Créditos 87.576 135.439 89.985 126.384 102.956

Créditos baixados (write-offs) 295.919 432.940 280.615 413.106 385.448

Perda Líquida 208.343 297.501 190.630 286.722 282.492

Provisão Total / Créditos em Atraso (x) 3,48 4,59 3,89 4,26 3,66

Provisão Total / Write Offs (x) 3,44 2,55 4,58 3,19 4,06

Provisão Total / Perda líquida (x) 4,88 3,70 6,74 4,60 5,55

Write-offs / Total de Crédito (%) 2,21 2,54 1,43 2,03 1,62

Perda líquida / Total de Crédito (%) 1,55 1,75 0,97 1,41 1,19

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R$ mil

LIQUIDEZ – Balanço Patrimonial por Prazos – 09/12 < 90 dias 90 a 360 dias > 360 dias

Disponibilidades 536.019 - -

Aplicações interfinanceiras de liquidez 4.278.861 - 14.137

Títulos e valores mobiliários 6 3.648.517 6.895.459

Operações de crédito 7.545.120 3.796.091 12.020.092

TOTAL DO ATIVO 12.360.006 7.444.608 18.929.688

Depósitos 10.260.599 5.120.742 9.802.245

Captação no mercado aberto 1.716.382 - -

Recursos de Aceites e Emissão de Títulos - 304.048 -

Empréstimos no exterior - 985.876 2.358

Repasses do país e no exterior 124.430 298.264 1.129.483

Dívida subordinada - - 1.155.754

Fundos Financeiros e de Desenvolvimento

‐ 

5.918.240 -

TOTAL DO PASSIVO 12.101.411 12.627.170 12.089.840

COBERTURA (1)/(2) 1,02 0,59 1,57

R$ milhões

LIQUIDEZ – Caixa Livre e Equivalente Caixa Dez/09 Dez/10 Set/11 Dez/11 Set/11

Disponibilidades 411.220 403.321 481.087 624.255 536.019

Aplicações interfinanceiras de liquidez 5.356.542 2.359.329 3.056.998 2.685.991 4.292.998

Carteira de TVM – títulos disponíveis para venda 1.069.984 1.712.806 1.772.999 1.296.883 1.063.145

Carteira de TVM – títulos para negociação 1.886.134 2.072.460 2.253.636 2.116.540 2.255.166

(-) Captação no mercado aberto – carteira de terceiros - - - - -

Liquidez Total 8.723.880 6.547.916 7.564.720 6.723.669 8.147.328

Liquidez Total/ Depósitos a prazo (CP + LP) 101,20% 67,56% 56,96% 47,92% 48,15%

Liquidez Total/ Depósitos a prazo (CP) 163,87% 104,93% 118,54% 106,48% 114,46%

Liquidez Total/ Patrimônio Líquido 255,95% 169,84% 176,00% 152,83% 169,76%

INDICADORES DE DESEMPENHO

ADEQUAÇÃO DO CAPITAL (%) dez/09 dez/10 set/11 dez/11 set/12

Capitalização 13,4 13,7 13,4 13,3 12,1 Concentração em Crédito 46,8 53,7 54,3 54,7 53,7 Alavancagem em Crédito (x) 3,9 4,4 4,6 4,6 5,0 Índice da Basiléia 17,5 15,5 15,9 17,2 18,6 Imobilização 10,5 9 6,9 6,3 5,5

  

LIQUIDEZ (%) dez/09 dez/10 set/11 dez/11 set/12

Encaixe 19,6 10,7 18,8 19,5 20,4

Liquidez Corrente 82,4 76 81,4 80,5 93,5

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14

  

  

  

QUALIDADE DO ATIVO (%) dez/09 dez/10 set/11 dez/11 set/12

Inadimplência (contratos > 60 dias) 2 1,3 1,5 1,4 1,6

Provisionamento 7,6 6,5 6,5 6,5 6,6

Comprometimento do PL (contratos vencidos > 60

dias) 6 4,4 5,3 4,9 6,1

  

  

  

  

  

CUSTO (%) dez/09 dez/10 set/11 dez/11 set/12

Intermediação 8,4 8,7 10,0 9,7 9,3

Eficiência 58,5 56,3 53,0 53,6 55,8

Custo Total 15,3 15,5 16,3 16,0 15,1

  

  

RENTABILIDADE (%) dez/09 dez/10 set/11 dez/11 set/12

Margem Bruta 43,8 43,7 40,6 41,2 39,1

Rentabilidade sobre PL 15,9 19,2 21,0 20,6 17,4

Retorno sobre Ativo 1,9 2,3 2,5 2,4 1,9

LIQUIDEZ – Caixa Livre e Equivalente Caixa dez/09 dez/10 set/11 dez/11 set12

Disponibilidades 411.220 403.321 481.087 624.255 536.019

Aplicações interfinanceiras de liquidez 5.356.542 2.359.329 3.056.998 2.685.991 4.292.998

Carteira de TVM – títulos disponíveis para venda 1.069.984 1.712.806 1.772.999 1.296.883 1.063.145

Carteira de TVM – títulos para negociação 1.886.134 2.072.460 2.253.636 2.116.540 2.255.166

(-) Captação no mercado aberto – carteira de terceiros - - - -

-Liquidez Total 8.723.880 6.547.916 7.564.720 6.723.669 8.147.328

Liquidez Total/ Depósitos a prazo + interf. (CP + LP) 101,20% 67,56% 56,96% 47,92% 48,15%

Liquidez Total/ Depósitos a prazo + interf. (CP) 163,87% 104,93% 118,54% 106,48% 114,46%

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Classificação da Austin Rating

Solidez Financeira

brAAA O banco apresenta solidez financeira intrínseca excepcional. Normalmente trata-se de grandes instituições, dotadas

de negócio seguro e valorizado, excelente situação financeira atual e histórica. O ambiente empresarial e setorial pode variar sem, contudo, afetar as condições intrínsecas de funcionamento do banco. O risco é quase nulo.

brAA O banco apresenta solidez financeira intrínseca excelente. São instituições dotadas de negócio seguro e valorizado,

boa situação financeira atual e histórica. O ambiente empresarial e setorial pode variar sem, porém, afetar as condições de funcionamento do banco. O risco é irrisório.

brA O banco apresenta solidez financeira intrínseca boa. São instituições dotadas de negócio seguro e valorizado, boa

situação financeira atual e histórica. O ambiente empresarial e setorial pode variar sem, porém, afetar as condições de funcionamento do banco. O risco é muito baixo.

brBBB O banco apresenta solidez financeira intrínseca adequada. Normalmente são instituições com ativos dotados de

cobertura. Tais bancos apresentam situação financeira razoável e estável. O ambiente empresarial e setorial pode ter uma variação mais acentuada do que nas categorias anteriores e apresenta algum risco nas condições intrínsecas de funcionamento do banco. O risco é baixo

brBB O banco apresenta solidez financeira intrínseca regular. Apresenta parâmetros de proteção adequados, mas

vulneráveis às condições econômicas, gerais e setoriais, que podem afetar as condições intrínsecas de funcionamento do banco. O risco é médio.

brB O banco apresenta solidez financeira intrínseca regular. Apresenta parâmetros de proteção adequados, tem uma

vulnerabilidade grande às condições econômicas, gerais e setoriais, que pode afetar as condições intrínsecas de funcionamento do banco. O risco é médio.

brCCC O banco apresenta baixa solidez financeira, exigindo eventual assistência externa, apresenta uma vulnerabilidade

muito grande às condições econômicas, gerais e setoriais, que podem afetar as condições intrínsecas de funcionamento do banco. O risco é alto.

brCC O banco apresenta baixa solidez financeira, exigindo eventual assistência externa, apresenta uma vulnerabilidade

muito grande às condições econômicas, gerais e setoriais, que podem afetar as condições intrínsecas de funcionamento do banco. O risco é muito alto.

brC O banco apresenta péssima solidez financeira, exigindo eventual assistência externa. Tais instituições estão

limitadas por um ou mais dos seguintes elementos: negócio de questionável valor; condições financeiras deficientes; e um ambiente empresarial altamente desfavorável. O risco é altíssimo.

Sinais de (+) mais e (-) menos são utilizados para identificar uma melhor ou pior posição dentro de uma mesma escala de rating.

Rating é uma classificação de risco, por nota ou símbolo. Esta expressa a capacidade do emitente de título de dívida negociável ou

inegociável em honrar seus compromissos de juros e amortização do principal até o vencimento final. O rating pode ser do emitente, refletindo sua capacidade em honrar qualquer compromisso de uma maneira geral, ou de uma emissão específica, onde é considerada apenas a capacidade do emitente em honrar aquela obrigação financeira determinada.

As informações obtidas pela Austin Rating foram consideradas como adequadas e confiáveis. As opiniões e simulações realizadas neste relatório constituem-se no julgamento da Austin Rating acerca do emitente, não se configurando, no entanto, em recomendação de investimento para todos os efeitos.

Para conhecer nossas escalas de rating e metodologias, acesse: www.austin.com.br

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Referências

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