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RELATÓRIO DAS ATIVIDADES DE CAMPO
Rio de Janeiro
Fevereiro 2018
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PROJETO CAVERNAS DO IBITIPOCA
05 a 14 de janeiro de 2018
PARQUE ESTADUAL DO IBITIPOCA
LIMA DUARTE, MG
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Expedição IbitiProCa 3
Terceira etapa da expedição intergrupos, inserida no projeto “Remapeamento,
documentação e atualização cadastral das cavidades naturais do
Parque Estadual do Ibitipoca, Lima Duarte, MG”, em desenvolvimento
pela Sociedade Carioca de Pesquisas Espeleológicas-SPEC
Relatório das atividades de campo
Introdução
Em cumprimento à proposta enviada pela SPEC e aprovada pela Sociedade Brasileira de
Espeleologia-SBE, com o apoio da Seção de Expedições da Espeleologia-SBE, foram realizadas tarefas técnicas e científicas
relacionadas à consecução do Projeto Cavernas do Ibitipoca-IbitiProCa, em sua terceira versão, no
período de 05 a 14 de janeiro de 2018, no Parque Estadual do Ibitipoca-PEI, localizado no município de
Lima Duarte, MG.
Dando continuidade às propostas do Projeto, o objetivo geral foi o de “executar a espeleometria e a
documentação técnica das cavidades naturais ainda não topografadas e mapeadas no PEI, por meio de
atividades de campo que visaram, além da obtenção dos resultados técnicos e científicos desejados,
promover a integração dos grupos e dos espeleólogos brasileiros, em apoio às propostas de
fortalecimento institucional da SBE”, acompanhado dos objetivos específicos abaixo:
- Produzir os mapas das cavidades naturais localizadas no perímetro do PEI.
- Providenciar a inclusão ou atualização das cavidades naturais do PEI no Cadastro Nacional de Cavernas
da Sociedade Brasileira de Espeleologia - CNC/SBE.
- Produzir as informações quantitativas e qualitativas necessárias à elaboração do Plano de Manejo
Espeleológico do PEI.
- Conferir e reorganizar as informações diversas sobre as cavidades naturais do PEI e as cadastradas no
CNC, uma vez que algumas são incorretas, conflitantes ou podem referir-se às cavernas inexistentes.
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Além do envolvimento da direção do PEI e dos seus funcionários, esta Expedição contou com a
participação de dois grupos de espeleologia associados à SBE e um grupo de arqueologia, representando
três estados brasileiros, tal como exposto a seguir:
Sociedade Carioca de Pesquisas Espeleológicas-SPEC, Rio de Janeiro RJ – 13 participantes:
Andréa Ferreira, Fábio Khaled, Fernanda Pires, Heitor Cintra, Julia Muniz, Magali Módolo,
Marcelo Salomão, Simone Hipólito, Thiago Lemos.
Sociedade Excursionista e Espeleológica-SEE – 14 participantes: Bruno Costa, Bruno Aguiar,
Claudia de Cássia Pessoa, Fabrício Fernandes, Gabriel de Oliveira, José Mota Neto, Lara Guerra,
Marcelo Taylor, Marcos Paulo Araujo, Núria Castro, Paulo Eduardo Lima, Silmar Onofre, Syro
Lacerda, Vitor Hugo.
Núcleo de Pesquisas Arqueológicas Alto Rio Grande, Andrelândia MG – 1 participante: Gilberto
Azevedo (SPEC)
Atividades realizadas
Reunião preparatória para reforçar os objetivos da expedição, estruturação das equipes, agenda,
distribuição e execução das atividades de campo. Foram definidas as cavernas prioritárias para esta fase
do projeto, e as atividades a serem desenvolvidas, que incluíam prospecção, exploração, topografia,
mapeamento e/ou caracterização geológica, observação de espécies da fauna cavernícola, além de
avaliação arqueológica e atividades relacionadas à implantação das trilhas interpretativas com uso das
cavidades naturais do PEI. Os grupos foram definidos e as atividades programadas para os demais dias
da Expedição. Ademais, foi reforçada, ainda, a responsabilidade dos participantes desta Expedição
quanto ao resguardo das informações e resultados obtidos uma vez que os trabalhos técnicos e de
pesquisas é realizado em uma área protegida e em muitos locais e grutas com acesso restrito.
Além das atividades mencionadas no parágrafo acima, foram desenvolvidas, ainda, prospecções para
tentar localizar e esclarecer dúvidas de posicionamento de algumas cavernas com cadastros errados ou
confusos no CNC, entre elas a gruta das Dobras (MG_127), além de verificar, como já descrito em
relatórios anteriores, localizações coincidentes, sinonímias ou mesmo, problemas que afetam muitas
cavidades cadastradas no PEI.
Da mesma forma que na Expedição IbitiProCa 2, no início dessa expedição, as atividades de topografia e
mapeamento foram prejudicadas pela quantidade de chuva na serra do Ibitipoca e o
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consequente aumento do volume da água que percorria interna ou externamente as cavernas. Em
função da manutenção da segurança e redução de riscos, algumas atividades foram adiadas ou
reprogramadas para as próximas expedições.
Associadamente aos trabalhos técnicos e científicos do projeto “Remapeamento, documentação e
atualização cadastral das cavidades naturais do Parque Estadual do Ibitipoca, Lima Duarte, MG”, nos
dias 11 e 12 de janeiro, foram realizadas atividades de levantamento de pontos atrativos e marcação
das coordenadas GPS relacionadas ao projeto “Implantação de trilhas interpretativas com ênfase em
cavernas para o Parque Estadual do Ibitipoca, MG” por integrantes da SPEC e graduandos do curso de
Biologia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro-UERJ e da Pontifícia Universidade Católica do Rio de
Janeiro-PUC/RJ.
A itemização e descrição de todas as atividades e ações realizadas durante a Expedição IbitiProCa 3,
especificadas por caverna topografada ou pesquisada, seus resultados e ações para as fases futuras,
poderão ser conhecidas no Anexo 1 do presente relatório.
Por solicitação da direção do PEI, foram realizadas avaliações a partir da superfície acima da gruta dos
Viajantes, utilizando o método geofísico de Radar de Penetração no Solo (Ground Penetrating Radar) -
GPR, para investigar as características estruturais do solo imediatamente acima da gruta dos Viajantes.
Tal solicitação decorreu da suspeita de um comprometimento estrutural no solo que cobre esta caverna,
uma vez que foi observado um afundamento na topografia local. A descrição das atividades,
metodologia, materiais, resultados e recomendações podem ser encontradas no Anexo 2.
No total foram trabalhadas 25 cavernas nesta expedição. Doze cavernas receberam atividades de
topografia e mapeamento, resultando em um total de 920,90 metros topografados e mapeados (em
projeção horizontal). As demais atividades realizadas durante a Expedição foram: prospecção
espeleológica em 7 cavernas, exploração ne novos desenvolvimentos em 2 cavernas, avaliação
técnico-científica com uso de GPR (Ground Penetrating Radar) em 1 caverna e avaliação arqueológica em 7
cavernas. Foram ainda localizadas 4 cavidades naturais desconhecidas pelo Projeto. Desta maneira, a
Expedição IbitiProCa 3 configurou-se como a mais produtiva entre todas as versões das expedições
IbitiProca realizadas até o presente.
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Considerações finais
Entre outros direcionamentos já mencionados no Projeto que norteia as atividade das Expedições
IbitiProCa, deve ser ressaltado que os resultados e informações obtidas nas atividades de campo e de
escritório serão usados na atualização no CNC e servirão de base para os trabalhos e atividades da
próxima versão da Expedição IbitiProCa.
O material técnico e científico resultante das atividades serão também disponibilizados e entregues ao
IEF-MG assim que finalizadas as análises dos dados coletados e elaborados os mapas e os relatórios.
Em função da repercussão positiva, da consecução plena de seus objetivos, dos bons resultados obtidos,
da confirmação da utilidade deste tipo de evento e da necessidade de se continuar no aceleramento da
obtenção de resultados no projeto, ficou acertada com a direção do PEI a realização de uma nova
Expedição IbitiProCa, quarta versão, já agendada para o período entre 24 e 30 de julho de 2018.
Agradecimentos
A SPEC agradece à direção do PEI, João Carlos Lima de Oliveira e Rose Belcavelo, e aos seus funcionários,
aqui representados por Alcino Campos e Carlos Alonso, pelo apoio irrestrito ao desenvolvimento das
atividades, assim como a cessão da infraestrutura de hospedagem e transporte providenciada para a
adequada execução dos objetivos do projeto “Remapeamento, documentação e atualização cadastral
das cavidades naturais do Parque Estadual do Ibitipoca, Lima Duarte, MG”.
Nossos agradecimentos são estendidos a todos os grupos de espeleologia e espeleólogos participantes,
assim como à Sociedade Brasileira de Espeleologia pelo apoio institucional irrestrito.
PROJETO CAVERNAS DO IBITIPOCA
Equipe de Coordenação
Geral e Atividades de Campo - Heitor Cintra
Informação e Difusão - Marcelo Silvério
Articulação e Integração dos Grupos – Heitor Cintra, Marcelo Silvério
Produção Científica - Marcelo Salomão
Secretaria - Andréa Ferreira
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Anexo 1
NOME DA CAVERNA SBE ATIVIDADE REALIZADA RESULTADO/NOTAS GRUPO RESP. POSIÇÃO/PRÓXIMAS AÇÕES
Bromélias MG_042 Reunião preliminar de planejamento.
Reconhecimento da caverna para definição de estratégias da
espeleotopografia a ser realizada em expedição futura.
Confirmação das coordenadas da caverna, com GPS.
Com o uso do mapa executado pela SPEC em 1994 foram discutidas as estratégias e combinada uma divisão setorial preliminar dos
desenvolvimentos conhecidos, para distribuição do trabalho entre as equipes participantes em expedição futura. Foi ressaltada a necessidade de prospecção para verificar a
possibilidade de novos condutos ou conexão com outras cavernas próximas.
Posição verificada: entrada principal 21,69698 S, 43,89752 W, altitude 1651 manm; entrada secundária 21,69670, 43,89738, altitude 1653 manm
SPEC/SEE Estabelecer estratégia definitiva para
a espeleotopografia.
Topografar e elaborar mapa para cadastro no CNC e entrega ao PEI.
Atualizar CNC
Cruz MG_108 Confirmação das coordenadas da
caverna, com GPS.
Posições verificadas: entrada principal 21,69698 S, 43,89752 W, altitude: 1651 manm; entrada secundária 21,69670, 43,89738, altitude 1653 manm
SPEC Atualizar CNC
Dobras MG_127 Prospecção da caverna a partir das
coordenadas 21 42 04 S, 43 53 58 W referenciadas no mapeamento elaborado por Silva & Benitez (2004) e com ajuda do funcionário Carlos Alonso, do PEI. Após localização da caverna, realização da topografia e mapeamento. Avaliação arqueológica.
Posições verificadas: entrada principal 21,70176, 43,89993, altitude 1557 manm.
Topografia realizada em 10.01.2018 resultando 162,70 metros em projeção horizontal.
Encontrados, nos primeiros metros da segunda entrada, vestígios de
fogueiras e ossos de pequenos mamíferos. Há pouca possibilidade de
SPEC
NPA
Atualizar CNC
Plotar as coordenadas e a altitude da entrada secundária.
Elaborar mapa para cadastro no CNC e entrega ao PEI.
No estágio atual de objetivos e permissões do Projeto, não existem novas ações a serem propostas.
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haver sedimentos mais antigos sob asfogueiras, devido à presença de um curso d’água.
Martimiano MG_246 Avaliação arqueológica Encontrados diversos pontos com
ocorrência de carvão.
NPA/SPEC No estágio atual de objetivos e
permissões do Projeto, não existem novas ações a serem propostas.
Ponte de Pedra MG_325 Execução da topografia e do
mapeamento.
Topografia realizada em 09.01.2018 resultando 48,09 em projeção horizontal
SPEC Atualizar CNC.
Reposicionar algumas bases da topografia e fazer nova topografia, a fim de melhorar a precisão de algumas medidas.
Pião MG_330 Execução da topografia e do
mapeamento.
Avaliação arqueológica
Topografia realizada e concluída em 09.01.2018 resultando de 116 m em desenvolvimento linear.
Encontrados vestígios de fogueiras nas proximidades da entrada. Foram examinadas e fotografadas as “pichações” nas paredes da gruta, supostamente realizadas com carvão ou fuligem. Não foram constatadas evidências importantes de outros usos que não os turísticos e de abrigo para caçadores e similares. Algumas “pichações” despertaram interesse, seja pela relativa antiguidade (ex: “1947”) ou pela simbologia envolvida.
SEE
NPA/SPEC
Atualizar CNC.
Elaborar mapa para cadastro no CNC e entrega ao PEI.
As fotos das “pichações” serão levadas para análise de especialistas, a fim de buscar informações sobre seus significados e possível uso não turístico da gruta do Pião.
Três Arcos MG_403 Execução da topografia e do
mapeamento.
Avaliação arqueológica. Na cavidade, onde se encontra a surgência de um curso d’água, buscou-se localizar novamente um conjunto de objetos que havia sido encontrado em uma visita
Topografia realizada em 09.01.2018 resultando 99,09 metros em projeção horizontal
Encontrados carvões e vestígios de fogueiras na cavidade próxima à saída para a dolina. Existe a possibilidade de haver sedimentos com interesse arqueológico no local.
SPEC
NPA
Atualizar CNC.
Verificar algumas bases da topografia uma vez que é possível melhorar a precisão de algumas medidas. No estágio atual de objetivos e permissões do Projeto, não existem novas ações a serem propostas.
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anterior: talheres já corroídos e orecipiente de combustível de vidro de um lampião a querosene
(possivelmente escondidos no local, para reuso posterior, antes da criação do PEI).
Encontrado um fragmento de porcelana branca, rústica e intemperizada, próximo ao curso d’água. A presença de porcelana leva à possibilidade de o local estar associado a oferendas religiosas. Os objetos observados em expedição anterior não foram localizados, provavelmente devido ao desplacamento do teto ocorrido sobre o local.
Viajantes MG_429 Aplicação do método geofísico de Radar
de Penetração no Solo – Ground
Penetrating Radar – GPR, para investigar
as características estruturais do solo imediatamente acima da caverna, a fim de esclarecer se o relato de suposto afundamento da superfície pode estar relacionado ao comprometimento da estrutura geológica da gruta.
Metodologia, materiais, resultados e conclusões/recomendações são apresentados no Anexo 2 deste relatório.
SPEC Executar nova pesquisa com o uso do
método da Eletrorresistividade, a fim de investigar a presença de água no subsolo, que pode estar associada à fraturas e/ou falhas (já detectadas no método GPR)
Verificar atualização do CNC, uma vez que a topografia já está pronta. Elaborar mapa da caverna para cadastro no CNC e entrega ao PEI
Manequinho MG_443 Continuação da topografia e do
mapeamento.
Foram topografados 175, 91, totalizando 1189,40 metros em desenvolvimento linear. Para concluir a topografia, restam alguns condutos pequenos.
SEE Desativar a gruta Manequinho 2
(MG-1878) do CNC.
Atualizar o CNC. Terminar a topografia na próxima atividade de campo.
Gnomos MG_939 Execução da topografia e do
mapeamento.
Topografia realizada em 06.01.2018 resultando 33,08 metros em projeção horizontal
SPEC Atualizar CNC.
Em função das dificuldades causadas pelo volume de água no interior da caverna, refazer a topografia e o mapeamento, a fim de obter mais qualidade no resultado do trabalho.
Cruzeiro MG_1880 Prospecção para verificar se existe
caverna na posição cadastrada no CNC.
Posição verificada: entrada principal 21,69508 S, 43,89919 W, altitude 1651 manm
SPEC Fazer nova verificação. Como a
cavidade que está cadastrada como Cruzeiro é descrita como um abismo, verificar se a cavidade localizada nas proximidades, com as coordenadas
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21,69530 S; 43,89760 W Alt. 1673,
não seria, na verdade, uma nova gruta localizada pela equipe de prospecção. Uma averiguação minuciosa e com equipamentos de exploração vertical deve ser realizada até mesmo para verificar a existência de uma ou duas cavidades no local.
Martimiano 2 MG_1944 Prosseguimento da topografia.
Avaliação arqueológica
Foram topografados nesta Expedição um total de 317,45 metros em desenvolvimento horizontal, totalizando até o momento um desenvolvimento acima de 4.000 metros.
No salão de entrada foram
encontrados vestígios de fogueiras e ossos, bem como o crânio de um pequeno roedor. As “pichações” observadas anteriormente foram fotografadas, e novas imagens foram encontradas e registradas. O estudo dessas imagens, consideradas relevantes, está em fase inicial. Foi encontrada também uma inscrição a carvão com a data “1894”, associada a palavras ainda não identificadas.
SEE
NPA/SPEC
Atualizar CNC com as coordenadas de entrada. A caverna apresenta, até o momento, aproximadamente 4.000 metros de desenvolvimento em projeção horizontal.
Os registros fotográficos serão levados para análise e avaliação de especialistas e arqueólogos.
Miragens MG_1945 Execução da topografia e do
mapeamento.
Topografia realizada em 09.01.2018 resultando em 11,26 metros na projeção horizontal.
SPEC Atualizar CNC. Verificar algumas bases
da topografia, uma vez que é possível melhorar a precisão de algumas medidas. Desenhar corte transversal para elaboração do mapa.
Bertinho MG_1946 Verificação se a caverna é realmente
uma cavidade independente ou se faz parte da gruta dos Três Arcos.
Foi verificada, por intermédio do mapeamento da gruta dos Três Arcos que a gruta do Bertinho é parte da gruta dos Três Arcos, não se tratando de uma caverna independente.
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Vandinho MG_1961 Exploração com objetivo de localizar
novos desenvolvimentos na caverna.
Foi localizado um novo conduto e realizadas a topografia e o
mapeamento final, totalizando 53,94 metros em projeção horizontal (DL 59,67)
SEE Atualizar CNC com a informação do
novo desenvolvimento total .Atualizar o mapa para cadastro no CNC e entrega ao PEI.
Abelhas (Arco do Arlete)
MG_1888 Prospecção para verificar a existência de caverna nesta posição: 21,6976740 S; 43,8924720 W. Verificar se é a cavidade conhecida inicialmente por Arco do Arlete. Fica próxima à MG-1920
A cavidade foi localizada e descrita. Nota: esta caverna é na verdade uma dolina com entrada horizontal em forma de arco. Nas pesquisas da realizadas anteriormente pela SPEC foi denominada como Arco do Arlete.
SPEC Realizar topografia e mapeamento.
Elaborar o mapa para depósito no CNC entrega para o PEI.
Atualizar CNC fixando o nome anterior para dolina Arco do Arlete e sinonímia de gruta das Abelhas.
Tio Nelson MG_2031 Complementação da exploração,
topografia e mapeamento.
Foi concluída a topografia e o
mapeamento, resultando (nesta etapa) num desenvolvimento horizontal de 59,59 metros em projeção horizontal
SPEC Verificar medidas de algumas bases e
seus raios para saber se fazem parte do desenvolvimento da caverna . Obter coordenadas e altitude da entrada 2. Juntar mapas das topografias da etapa 1 com etapa 2.
Cavernas localizadas do entorno das grutas Matimiano e Martimiano 2 (ver Dolina A no Anexo 1 do Relatório de Campo da IbitiProCa 2)
0k Atividade não planejada Novas cavidades foram localizadas nas
proximidades das Martimiano, uma em 21,71605 S, 43,90103 W, alt. 1371 manm; e outra em 21.71476 S; 43,90178 W, alt. 1344 manm que, aparentemente, não configuram novas entradas da Martimiano 2, apenas localizam-se nas proximidades. A configuração delas apresenta
dimensões que resultam em cavidades com perfil de dolina. Os acessos a estas cavidades são dificultados por inclinação acentuada, sendo recomendada a utilização de ancoragem por corda. Devido à proximidade com a
Martimiano, confirmar ser não seriam algumas de suas entradas, se não, deverão ser consideradas e
cadastradas como “novas” cavernas.
SPEC/NPA Verificar se já existem cavidades
cadastradas nas referidas coordenadas
Verificar se há conexão com a Martimiano 2 ou com outra cavidade localizada nas proximidades. Se
confirmada como uma nova
localização, nomear como dolina do Alonso, realizar cadastro no CNC, realizar exploração, topografia e mapeamento. Fazer o mesmo em
relação às demais cavidades
relacionadas localizadas próximo à Martimiano.
Comparar com o mapa atual da gruta do Martimiano para poder fazer as verificações.
Após verificação e retiradas de todas as dúvidas, se pertinente, cadastrar as “novas” cavernas no CNC.
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Abrigo B ok Confirmação da posição da cavidade
natural localizada em 21,69576 S, 43,89737 W, alt. 1664 manm.
A posição foi confirmada se tratando de uma cavidade ainda não cadastrada no CNC.
SPEC Fazer cadastro no CNC.. Topografar e
mapear.
Martimiano 3 ok Verificação da existência da caverna,
Avaliação arqueológica.
Confirmada a ocorrência de uma cavidade natural, com
aproximadamente 9 metros de desenvolvimento linear, localizado nas coordenadas 21,71592 S, 43,90033 W, alt. 1357 manm.
Encontrados diversos pontos com ocorrência de carvão.
NPA/SPEC Fazer cadastro no CNC. Topografar e
mapear.
No estágio atual de objetivos e permissões do Projeto, não existem novas ações a serem propostas.
Lombada (Ossos)
ok Atividade não programada. Foi realizada a topografia e o
mapeamento, resultando em projeção horizontal de 6,26 metros.
Posição plotada: entrada principal 21,69577 S, 43,89745 W, altitude 1664 manm
SPEC Nomear na caverna, fazer cadastro no
CNC. Elaborar mapa para cadastro no CNC e entrega ao PEI.
Lombada 1 (Parede I)
ok Atividade não programada. Localização
de uma cavidade natural não conhecida pelo Projeto.
Posição plotada: entrada principal – 21,69532 S; 43,89762 W; altitude – 1646 manm
SPEC Nomear na caverna, fazer cadastro no
CNC. Elaborar mapa para cadastro no CNC e entrega ao PEI.
Lombada 2 (Parede II)
ok Atividade não programada. Localização
de uma cavidade natural não conhecida pelo Projeto.
Foi realizada a topografia e o
mapeamento, resultando em projeção horizontal de 7,47 metros.
Posição plotada: entrada principal – 21,69568 S; 43,89751 W, altitude 1660 manm
SPEC Nomear na caverna, fazer cadastro no
CNC. Elaborar mapa para cadastro no CNC e entrega ao PEI.
Lombada 3 (Parede III)
OK Atividade não programada. Informação
de uma cavidade natural não conhecida pelo Projeto.
Informada a ocorrência de mais uma cavidade natural, na sequência do paredão localizado na região da Lombada. Informação do funcionário Carlos Alonso.
SPEC Fazer prospecção no local para
confirmar a posição da caverna.
Nomear e cadastrar no CNC.
Anexo 2
Aplicação do método geofísico de Radar de Penetração no
Solo
– Ground Penetrating Radar – GPR no Parque Estadual
de Ibitipoca - PEI, Minas Gerais, na investigação das
características geológicas estruturais da Gruta dos
Viajantes.
1. Introdução
Na pesquisa realizada por membros da Faculdade de Geologia da Universidade
do Estado do Rio de Janeiro - UERJ, que também integram a Sociedade Carioca
de Pesquisas Espeleológicas - SPEC, durante a 3ª edição do Projeto IbitiProCa,
no Parque Estadual de Ibitipoca - PEI, utilizou-se o método geofísico de Radar
de Penetração no Solo – Ground Penetrating Radar – GPR, para investigar as
características estruturais do solo imediatamente acima da Gruta dos Viajantes
(Figura 1).
Figura 1: Localização da Gruta dos Viajantes.
Esta campanha foi motivada, a pedido dos gestores do PEI, pela suspeita de um
possível comprometimento da estrutura da gruta investigada, onde foi observado
um afundamento na topografia e na vegetação existente no local.
2. Metodologia
Para a atividade de campo foram estabelecidas as seguintes etapas:
- reconhecimento da área a ser investigada;
- definição da localização das seções de GPR, com georreferenciamento (por
GPS) dos pontos inicial e final de cada linha. Foram definidas 3 seções (Figura
2) totalizando 445 metros de aquisição na superfície;
- obtenção das coordenadas UTM, por GPS, das entradas da gruta;
- aquisição, por GPR, das linhas definidas;
- análise preliminar, em campo, dos dados obtidos;
- processamento dos dados eletromagnéticos adquiridos pelo uso do software
Reflex2DQuick;
- integração dos dados eletromagnéticos com as informações topográficas da
gruta em ambiente georreferenciado.
Figura 2: Localização das seções geofísicas da Gruta dos Viajantes.