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O papel dos jogos e brinquedos na aprendizagem da matemática

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'APEL DOS JOGOS E BRINQUEDOS NA APRENDIZAGEM DA

TEMÁTICA

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

-:: ROLE OF FUN ANO GAMES lN LEARN1NG MATHEMAT1CS)

RESUMO

TSRQPONMLKJIHGFEDCBA

E s t e a r t i g o r e l a t a a i m p o r t â n c i a d o s j o g o s e

b r i n q u e d o s n o d e s e n v o l v i m e n t o d a c r i a n ç a e d o

a d o l e s c e n t e n u m a p e r s p e c t i v a g l o b a l , e s u a i n f l u ê n c i a

d e c i s i v a n o d e s e n v o l v i m e n t o d e h a b i l i d a d e s d e

o r g a n i z a ç ã o , a t e n ç ã o , c o n c e n t r a ç ã o , l i n g u a g e m ,

c r i a t i v i d a d e e r a c i o c í n i o d e d u t i v o , n e c e s s á r i a s p a r a

a p r e n d i z a d o d a M a t e m á t i c a .

alavras-chave: Jogos, Brinquedos, Desen-lvimento, Criatividade, Formação de Conceitos

• latemáticos.

STRACT

QPONMLKJIHGFEDCBA

.

T h i s a r t i c l e s a y s a b o u t t h e i m p o r t a n c e o f g a m e s

t o y s i n t h e c h i l d d e v e l o p i n g a n d t h e a d o l e s c e n t i n

g l o b a l p e r s p e c t i v e , a n d i t s g l o b a l d e c i s i v e

- _ r s p e c t i v e i n t h e d e v e l o p i n g o f t h e a b i l i t i e s o f

r ' a n i z a t i o n , a t t e n t i o n , c o n c e n t r a t i o n , i d i o m ,

i v i t y a n d d e d u t i v e r a t i o c i n a t i o n , n e e d e d t o t h e

. r e n t i c e s h i p s o f M a t h e m a t i c s .

. ords: Games, Toys, Development, Creativity,

rmation of Mathematics Idea

ODUÇÃO

Os jogos e os brinquedos são coisas sérias. As

ças fazem do brinquedo uma ponte para o seu ginário, e através dele, extemam suas criações e

ANA MARIA ROTIA FERRElRA I

CARLOS TAKAO TERAZAKI 2

CARMEN LÚCIA KOHL MARTINEZ PAZ 3

TEREZA DE JESUS FERRElRA SCHEIDE 4

emoções, e aplicando toda sua sensibilidade, percebem

desde cedo que os dados imediatos representam tão-somente uma das dimensões do real mas não são o

real. A descoberta do real é uma viagem que vai muito

além das aparências. Através do brinquedo a criança

faz sua incursão no mundo, trava contato com desafios

e busca saciar sua curiosidade de tudo conhecer.

Nesse artigo, buscou-se analisar o papel do jogo,

procurando cornpreendê-lo nas suas múltiplas relações

com o processo de desenvolvimento das crianças e

adolescentes, bem como na aprendizagem significativa da Matemática .

A

IMPORTÃNCIA DOS JOGOS E

BRINQUEDOS NO DESENVOLVIMENTO

E NA APRENDIZAGEM DA CRIANÇA E

DO ADOLESCENTE

Do ponto de vista do presente trabalho, infância

e adolescência não devem ser compreendidas como meros recortes temporais na vida de alguém, mas como

resultado do tipo de relações concretas que o indivíduo

estabelece com a família e com o meio em que vive.

O mundo do jogo (ou brinquedo) é uma antecipação

dás ocupações sérias da criança, pois o jogo é um

treinamento involuntário através do qual ela conquista

autonomia e esquemas práticos necessários à vida

adulta. O jogo é uma atividade de significação moral, onde a criança afirma sua personalidade.

A influência do jogo é muito grande no

desenvolvimento da criança, pois ele fornece um estágio

de transição entre o pensamento, os objetos e a ação, que surge das idéias e não das coisas. o brinquedo, a

da em Educação na UNOESTE, Professora da FACLEPP - UNOESTEI Preso Prudente

do em Educação na UNOESTE, Professor da FACLEPP - UNOESTE IPreso Prudente anda em Educação na UNOESTE, Professora da FACLEPP - UNOESTE IPreso Prudente

pela Universidade de São Paulo (USP), Professora e Orientadora credenciada dos cursos de Pós-Graduação na Universida-- ual Paulista (UNESPlMan1ia) e na Universidade do Oeste Paulista - UNOESTE IPreso Prudente

_esenvolvido no âmbito da disciplina "Ensino da Matemática na Formação de Conceitos", ministrada no Programa de Pós-~~- ção da UNOESTE IPres.Prudente, no segundo semestre de 1999.

(2)

criança opera com significados desligados dos objetos e ações aos quais estão habitualmente vinculados; entretanto, ela inclui também, ações reais e objetos reais.

Isso caracteriza a natureza da transição da atividade do brinquedo: é um estágio entre as restrições situacionais

da primeira infância e o pensamento adulto, que pode

ser desvinculado de situações reais.

Para a criança criar autonomia, é preciso que

ela consiga escolher seus próprios caminhos fora das regras tradicionais. Durante a infância, os mais velhos

são para ela, o modelo adotado e por ser próximo e

conhecido, é concreto. Na adolescência, percebe que

as regras são convenções mantidas pela tradição e

passa a protestar escolhendo seus próprios modelos:

heróis, santos, grandes homens, etc.

Nas propostas educativas para crianças e

adolescentes, para o resgate da importância dos jogos

no processo educativo, como uma atividade

psico-pedagógica, mostra-se necessário compreender melhor

seu papel nos processos de aprendizagem.

Na sociedade européia pré-moderna, o jogo era

uma atividade tanto das crianças quanto dos adultos e

tinha um papel essencial na vida da comunidade, constituía-se no principal meio de que dispunha a

sociedade para estreitar seus laços. As brincadeiras e

festas eram fenômenos sociais dos quais todos

participavam.

Com o desenvolvimento da sociedade industrial

moderna e da estrutura social burguesa, dois processos sociais se desenvolveram: a segregação das crianças

em grupos separados dos adultos e a

institu-cionalização da educação infantil, bem como a utilização da atividade lúdica como instrumento

educativo. A educação das crianças e dos adolescentes

passou a ser, a partir daí, uma preocupação da família,

do Estado e da sociedade, nascendo uma nova

sensibilidade voltada à infância, que tornou-se

"pedagogizada" (a preocupação com o adolescente,

porém é bem mais recente).

Paralelamente houve um abandono de algumas

brincadeiras e sua substituição por outras atividades consideradas mais produtivas e, portanto, mais

legítimas, nas classes superiores da sociedade, mas

que persistiram entre as crianças das classes populares.

A brincadeira, considerada um vício por moralistas e

educadores no início da sociedade moderna, foi

gradualmente introduzida nas instituições

edu-cacionais como instrumento para tornar a

apren-dizagem mais prazerosa e eficiente. É o que se chama

de processo de "pedagogização "da atividade lúdica.

As pedagogias novas ou ativas, partiam da

iança como sujeito e de seu modo de expressar-se

nas atividades sensório-rnotoras. Portanto

jogo-trabalho e o jogo-trabalho social do adulto são o cerne de

ação dessas pedagogias. O jogo encarado dessa maneira, transformou-se no trabalho infantil, no qual

o produto passou a ser mais importante que o processo

de desenvolvimento da atividade. Deixou de ser assim, uma atividade livre e espontânea, estruturadora de

ricas interações entre adultos, crianças e das crianças

entre si.

Com o crescimento das cidades e a falta de

segurança, os espaços lúdicos viram-se seriamente

ameaçados. Além disso, houve também uma

signi-ficativa redução no tempo de brincar, em detrimento

a outras atividades consideradas mais "produtivas".

As crianças e os adolescentes das famílias das classes

médias, com o avanço da tecnologia e o aumento da

competitividade da economia, começam, desde bem cedo, a se preparar para alcançar melhores postos no

mercado de trabalho, o que restringe seu tempo de brincar com inúmeras atividades escolares e outras

consideradas complementares às primeiras, como

aulas de línguas estrangeiras, informática, atividades

esportivas e artísticas, etc.

Podemos notar, no entanto, que mesmo assim,

as crianças e adolescentes, nos diferentes grupos

sociais e nos diferentes momentos históricos,

continuam a forjar formas de se expressar e descobrir

o mundo por meio do jogo.

Existe pois, evidentemente, uma necessidade muito importante à qual os jogos estariam atendendo

e que os fazem assim tão persistentes na vida dessas

crianças e adolescentes. A brincadeira infantil constitui

uma situação social onde há, ao mesmo tempo

representações e explorações de outras situações

sociais, formas de relacionamento interpessoal das crianças, bem como eventualmente entre elas e um

adulto, e onde existe o envolvimento de modelos,

regras e também a afetividade, traduzida por desejos,

satisfações, alegria e dor. O jogo representa para o

adolescente e o adulto, momentos de júbilo e

bem-estar, à medida que consiste numa infração às

disciplinas ou tarefas impostas pelas necessidades

práticas da existência.

Nesse sentido, tanto Wallon (1975), como

Leontiev (1988), Vygotsky (1989), Huizinga (1993) e

Marcelino ( 1994 ), definem o jogo pelo seu caráter desinteressado, isto é, não tem "caráter produtivo" em

termos materiais. Segundo Huizinga (1993), a atividade lúdica tem alto poder de fascínio para aqueles

que com ela se envolvem, sendo definida basicamente

pela alegria e pelo prazer de sua vivência. Além disso,

o jogo promove a formação de grupos sociais.QPONMLKJIHGFEDCBA

(3)

Resgatando a relação entre cultura, jogo e educação, Marcelino (op.cit.) propõe uma pedagogia

baseada na crença da importância do lazer e da

atividade lúdica como elemento de atuação no plano cultural e como instrumento de mudança social. Neste

caso, a função do jogo é sempre a representação de

alguma coisa ou a luta pela conquista de algo. Vigotsky

(1989) e Leontiev (1988), porém, acreditam que não

é a existência da imaginação que possibilita o

surgimento do jogo, mas, ao contrário, é na atividade do jogo que a criança e/ou adolescente desenvolve

sua imaginação. O jogo assim como a fala, seria um

instrumento essencial no processo de construção da imaginação, bem como das demais funções

psico-lógicas superiores, como a atenção, a percepção, a

memória e o pensamento. Dentro dessa perspectiva,

podemos concluir com Negrine (1994, p. 46) que: "Ao

atuar, a criança joga e ao jogar, imagina".

Os jogos, tanto aqueles com regras mais fixas e

definidas, quanto aqueles que se baseiam em situações

imaginárias, implicam sempre uma situação de

relações humanas. Os jogos podem, pois, funcionar, dependendo da maneira como forem conduzidos, como

um elemento constituidor e aglutinador do grupo. _-eles pode-se vivenciar papéis sociais, ocorrendo uma

intensa troca de emoções e conhecimentos. Os jogos grupais são, portanto, essenciais no desenvolvimento

ão apenas das funções psíquicas superiores - atenção,

percepção, memória e pensamento - como também a linguagem e da personalidade éomo um todo.

Destacam-se ainda, o papel do jogo na introdução de elementos morais na criança e no adolescente, como

_ capacidade de considerar os interesses do grupo em

etrimento de seus próprios. Ademais, a atividade

údica pode contribuir ainda na construção da

dentidade, à medida que se constitui num importante

momento de auto-avaliação, no qual são testadas todas suas habilidades atuais e potenciais. Wallon (op.cit.)

redita que no jogo e em outras atividades grupais, o

utro pode funcionar para a criança ou o adolescente,

corno um espelho de si próprio e como tal, fonte de

anto-conhecimento.

o

JOGOS E OS BRINQUEDOS NA

APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA

Para a criança ou o adolescente formar um

conceito matemático, eles têm que ser capazes de .;. criminar ou diferenciar entre as propriedades dos

bjetos ou acontecimentos e generalizar suas

constatações. A seqüência é: percepção, abstração e

generalização. Para que adquiram/construam o

pensamento lógico-matemático, eles terão que

coordenar as relações que criaram entre os objetos,

formando conceitos através dos processos mentais de abstração e generalização.

Os jogos, de maneira geral, normalmente envolvem conceitos matemáticos e podem ser

utilizados na construção do pensamento

lógico-matemático. Para isso pode-se criar modificações

conforme o nível dos alunos e o objetivo a ser atingido, baseado em suas experiências ou nas suas sugestões.

Uma vez que o conhecimento

lógico-matemá-tico é construído pela abstração reflexiva, é importante

que o ambiente social incentive a criança/adolescente

a pensar, pois se pensam são capazes de aprender e construir esses conceitos. É no jogo que as crianças e

os adolescentes podem praticar os conceitos.

Agora temos a seguinte indagação: como o

professor pode lançar mão das atividades lúdicas para ensinar Matemática?

O ensino de Matemática vem de longas datas

acumulando queixas que são essencialmente as seguintes:

1 - A forma de ensino é desvinculada da

realidade;

2 - Os assuntos são apresentados de forma

pronta e acabada;

3 - É dada muita ênfase aos cálculos em

detrimento das idéias;

4 - Há pouca ligação com as demais disciplinas (interdisciplinaridade) ;

5 - Estimula-se a memorização em detrimento

da compreensão.

Essas características contribuem para a

formação de "um indivíduo apático, obediente cego,

sem criatividade e iniciativa. Logo forma-se um

cidadão sem autonomia.

Para que o ensino da Matemática possa contribuir na formação de um cidadão competente,

são necessárias entre outras coisas, as seguintes:

1 - Que o educando tenha participação ativa no

processo ensino-aprendizagem;

2 - O lado humano da produção Matemática

fique bem definido;

3 - Que a experiência de vida do educando seja

parâmetro para a adoção de metodologias;

4 - Que a memorização de resultados seja

conseqüência do uso compreensivo dos mesmos.

A Matemática é para a maioria das pessoas,

sinônimo de um infindável processo de fazer contas,

uma abstração que nada tem a ver com o real. Para os

gregos antigos - tidos os pais da Matemática no mundoQPONMLKJIHGFEDCBA

(4)

ocidental- essa ciência era uma forma privilegiada de representar a natureza. Boa parte de seu conhecimento

foi construído através de atividades semelhantes a

quebra cabeças- as demonstrações geométricas.

Dos filósofos gregos da Antigüidade às nossas

salas de aula, muita coisa se perdeu. As demonstrações

algébricas, hoje, têm primazia sobre a linguagem geométrica. A imaginação matemática (o elo entre a

natureza e o mundo dos números e elemento

fundamental para a construção do conhecimento)

cedeu lugar ao aprendizado mecânico de conteúdos

destituídos de sentido. No entanto, pode-se brincar de

quebra-cabeça numa aula de Matemática num 2° grau,

para demonstrar por exemplo, as relações métricas no

triângulo retângulo. Através do jogo, os próprios

alunos podem refazer as provas dos antigos

mate-máticos e recuperar seu método de trabalho centrado na criatividade. A imaginação foi o instrumento

principal de Pitágoras, (sec. VI a.QPONMLKJIHGFEDCBAc . ) para provar que existia uma harmonia básica na natureza, capaz de ser

expressa através das relações entre números inteiros.

O jogo é, pois, importante no ensino de

Matemática. A atividade de jogar, se bem orientada,

tem papel importante no desenvolvimento de

habilidades de raciocínio como organização, atenção e concentração, tão necessárias para o aprendizado,

especialmente da Matemática e para a resolução de

problemas em geral.

Em relação ao ensino de Matemática, dentre as

diversas habilidades que compõe o raciocínio lógico,

os jogos, especialmente os chamados estratégicos, têm

como meta o raciocínio dedutivo. O raciocínio

dedutivo aparece com maior clareza na escolha dos

lances que se baseiam tanto nas jogadas certas quanto

nas erradas e que obriga o jogador a elaborar e a

reelaborar suas hipóteses a todo momento.

Ainda em relação ao raciocínio lógico, as

habilidades de observação, concentração e

gene-ralização, além de importantes para o aprendizado, são

necessárias para o desenvolvimento do raciocínio

indutivo, isto é, o raciocínio que utilizamos para

formular hipóteses gerais a partir da observação de

alguns casos particulares, muito empregado para justificar as propriedades e as regras da Matemática

no ensino elementar.

Outro motivo para a introdução de jogos nas

aulas de Matemática é a possibilidade de diminuir os

bloqueios apresentados por muitos de nossos alunos

que temem a matemática e sentem-se incapacitados

para aprendê-Ia. Dentro da situação de jogo, onde é

impossível uma atitude passiva e a motivação é grande,

notamos que, ao mesmo tempo em que estes alunos

falam de matemática, apresentam também um melhor desempenho e atitudes mais positivas frente a seus

processos de aprendizagem.

No entanto, para atingirmos esses objetivos, é necessário que os jogos sejam escolhidos e trabalhados

com o intuito de fazer o aluno ultrapassar a fase da

mera tentativa e erro, ou de jogar pela diversão apenas. Por isso é essencial a escolha de uma metodologia de

trabalho que permita a exploração do potencial dos

jogos no desenvolvimento de todas as possibilidades citadas. Também é necessário salientar que para

alcançarmos um bom resultado com jogos, é preciso

que os alunos saibam trabalhar em grupo

Ao tratarmos de cada jogo, devemos ir além de

seus objetivos iniciais, transformando-os em várias

situações-problema que podem servir também para a introdução ou aprofundamento de determinado

conteúdo matemático. Na verdade, um determinado

jogo é bom se ele permite várias explorações, no sentido de promover o exercício do pensamento crítico

daqueles que jogam. Caso contrário, ele se caracteriza

como um passatempo que pode ser deixado para os. momentos de lazer, quando os aspectos lúdicos e

sociais são mais importantes.

Ao longo desse artigo, temos falado da importância dos jogos e brinquedos para uma

aprendizagem significativa da matemática. A

geometria é excepcionalmente rica em oportunidades

para que estas metas sejam a1cançadas.

A geometria, que é o ramo da matemática elementar que mais rapidamente encaminha a

educação dos alunos na arte de especular ou

conjecturar, desenvolve importantes habilidades onde são exercidas constantemente as ações de intuir,

abstrair, generalizar e comprovar.

No sentido conotativo "especular" sugere "jogar

e correr riscos", e por trás dessa interpretação

encontra-se o encontra-sentido de buscar a questão "o que acontecerá

se ... "que encerra o ensino hipotético-dedutivo do raciocínio geométrico.

Dessa forma a geometria é um tópico natural

para encorajar a resolução de problemas. Ela

possibilita ao aluno, construir seu próprio

conhe-cimento geométrico, pois é excepcionalmente rica em

oportunidades de explorações, representações,

construções, discussões, investigações, descobertas e

percepção de propriedades. Além disso, o raciocínio

geométrico traz em si um conjunto de certas

habilidades importantes para uma percepção mais

acurada do mundo que cerca o indivíduo, permitindo

uma ação mais refletida deste indivíduo frente às

questões que lhe são colocadas por este mundo.

(5)

Dentro da geometria, existem diversas ativi--~- na forma de jogos e brinquedos, para serem

- senvolvidas. O professor poderá através de estudos

'=:;e

quisas, adequá-Ias à sua sala de aula.

o

SIDERAÇÕES FINAIS

Esperamos que as ponderações aqui registradas

am de subsídios para a elaboração de novos etos que possibilitem ao professor se reportar às

dades lúdicas na educação matemática, consi-do que o conhecimento matemático é como um

to cultural, socialmente construído.

O uso do jogo na aprendizagem matemática,

-~ contribuir para que a formação dos conceitos se

e uma atividade desafiadora, motivadora, num

-~ ente descontraído, onde a criança pode errar sem

. so signifique uma derrota. Simular caminhos

ados, buscar estratégias, desenvolver a lin-QPONMLKJIHGFEDCBA

= · ~ e m ,conviver em grupo, descobrir soluções,

ejar, executar o plano, verificar os resultados, sãoTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

s : dos aspectos informais que a criança e o

- " ente vive durante o decorrer do jogo, o que a

caminhar num processo, cujo fim pode ser o da ;::.::;:xjtuçãoou aplicação de um conceito matemático.

_'esse sentido voltamos a enfatizar o papel

. · 0do jogo na formação da criança e do adolescente

perspectiva de totalidade, visto que essa atividade

.:o ::.:::Jt> u I. no seu desenvolvimento nos aspectos motores,

ivos, afetivos, morais e culturais. Por essa razão,

~os que é muito importante a preocupação dos

_ dirigentes e dos professores universitários, com

volvimento de ações que possibilitem a formação

essor a partir da elaboração de um projeto

- ~'gico, que tenha como referência o papel de

lúdicas na educação matemática. O jogo deve

~ !:X :a n td IOcomo uma opção metodológica que favorece

ii.= ::= :;~ .:ã -Io, o raciocínio, a atenção e concentração, a des-:!ização do seu ponto de vista, o desenvolvimento

guagem, a criatividade e o raciocínio dedutivo e

•. mais nada, ele pode contribuir para que o

professor possa chegar mais perto da realidade do cotidiano de seus alunos, tomando as aulas de matemática

mais interessantes e motivadas.

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