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Resposta e prontidão escalonadas. Diretrizes de boas práticas para uso da estrutura de prontidão e resposta escalonadas

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Diretrizes de boas práticas para uso da estrutura

de prontidão e resposta escalonadas

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Relatório 526 da IOGP Data de publicação: 2015

© IPIECA-IOGP 2015 Todos os direitos reservados.

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Diretrizes de boas práticas para uso da estrutura

de prontidão e resposta escalonadas

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Essa publicação faz parte da série Guia de boas práticas da IPIECA-IOGP, que resume as visões atuais sobre boas práticas para diversos temas de prontidão e resposta de derramamentos de óleo. A série visa ajudar a alinhar atividades e práticas de indústria, informar grupos de interesse e atuar como uma ferramenta de comunicação para promover conscientização e educação.

A série atualiza e substitui a bem estabelecida 'Série de relatórios de derramamento de óleo' da IPIECA publicada entre 1990 e 2008. Ela trata de temas que são amplamente aplicáveis aos setores de exploração e produção, além de atividades de navegação e transporte.

As revisões estão sendo realizadas pelo Projeto Conjunto da Indústria para Resposta a Derramamentos de Óleo (JIP) da IOGP-IPIECA. O JIP foi criado em 2011 a fim de implementar oportunidades de aprendizado com relação a prontidão e resposta de derramamentos de óleo após o incidente no Golfo do México ocorrido em 2010.

Observação sobre boas práticas

O termo 'boas práticas' é uma declaração de diretrizes, práticas e procedimentos reconhecidos internacionalmente que permitem que a indústria de petróleo e gás tenha um desempenho aceitável em relação à saúde, segurança e meio ambiente.

As boas práticas para um determinado tópico mudarão ao longo do tempo diante de avanços de tecnologia, experiência prática e compreensão científica, além das mudanças nos ambientes político e social.

(5)

Prefácio

2

Sobre este guia

4

Introdução

5

Uma estrutura de prontidão e resposta 5 de derramamentos de óleo

Elaborar a estrutura 5

Princípios da estrutura 6

A abordagem em níveis

7

Uso de níveis para identificar capacidades 7 de resposta

Gestão de riscos 8

Uso de riscos para definir a capacidade 9

O modelo de prontidão e

10

resposta escalonadas

Modelos históricos 10

O modelo em evoluçãol 12

Tipos de capacidade dentro do modelo evoluído 13 Desenvolvendo a capacidade em níveis 15

Definição de níveis

18

Os três níveis 18

Nível 1: Recursos necessários para lidar com 18 um derramamento local e/ou fornecer

uma resposta inicial

Nível 2: Recursos compartilhados necessários 19 para suplementar uma resposta de nível 1

Nível 3: Recursos globais necessários para 21 derramamentos que exigem uma resposta

externa significativa devido à escala do incidente, complexidade e/ou possível consequência

Avaliação de capacidade de níveis 2 e 3 23 A importância da estrutura de gestão de 24 incidentes em prontidão e resposta escalonadas

Trabalhando em conjunto 24

Planejamento de situação

25

Ilustração 1: Plataforma de produção no setor 25 do Reino Unido no Mar do Norte

Illustration 2: A drilling campaign in a remote area 28 Ilustração 3: Cargueiro - planejamento 31 Ilustração 4: Cargueiro - incidente 34 Ilustração 5: Oleoduto terrestre 35

O futuro de prontidão e

38

resposta escalonadas

Referências e leituras adicionais

40

(6)

Este guia de boas práticas (GPG) substitui o Guia IPIECA para prontidão e resposta escalonadas (Volume 14 da 'Série de relatórios de derramamento de óleo’ da IPIECA, originalmente publicada em 2007). Este novo documento parte dos princípios descritos no volume 14 a fim de ilustrar como o modelo de prontidão e resposta escalonadas mudou para superar os riscos de derramamento de óleo em constante mudança.

Os principais temas foram solidificados e esclarecidos, e novas abordagens são introduzidas para auxiliar o planejador no desenvolvimento de capacidades de resposta a derramamento de óleo de acordo com o risco. As interpretações anteriores de prontidão e resposta escalonadas são questionadas neste documento, promovendo um modelo para definir os três níveis de acordo

com os recursos necessários para responder ao incidente e não à escala do próprio incidente. Esse

modelo permite que o planejador leve em conta um conjunto específico de capacidades, que podem ser sequenciadas pelos níveis segundo os requisitos. Essa abordagem enfatiza que não há limites fixos entre os níveis, e promove o desenvolvimento de capacidades sob medida

correspondentes ao risco.

A abordagem apresentada neste documento permanece alinhada com os princípios da

Convenção Internacional sobre Cooperação, Resposta e Prontidão para Poluição de Óleo (OPRC) a fim de fornecer uma estrutura eficiente para desenvolver capacidades de prontidão e resposta que tratem dos riscos de derramamento de óleo de todos os tipos de operações marítimas, incluindo transporte, instalações de processamento de óleo, portos e instalações offshore.

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Uma estrutura de prontidão e resposta de derramamentos de óleo

A prontidão e resposta escalonadas é reconhecida como a base segundo a qual é elaborada uma robusta estrutura de prontidão e resposta de derramamentos de óleo. A estrutura de três níveis estabelecida permite que aqueles envolvidos na planejamento de contingência descrevam como uma resposta eficaz a qualquer derramamento de óleo pode ser fornecida; de pequenos

derramamentos operacionais até derramamentos drásticos no mar ou em terra. A estrutura proporciona um mecanismo para identificar como elementos individuais da capacidade serão sequenciados. O objetivo é fornecer recursos de resposta adequados no lugar e na hora certa; por isso, a capacidade resultante deve:

l ser proporcional ao risco avaliado;

l incentiva a cooperação, assistência mútua e integração de recursos compartilhados;

l ser totalmente dimensionável por meio de um mecanismo de porte nos três níveis;

l ser testada, mantida e verificada como parte de uma estrutura de prontidão definida; e

l empregar as opções de resposta mais adequadas, refletindo uma análise de benefício ambiental líquido (NEBA).

Esses princípios são compatíveis com a Convenção da OPRC, que obriga os países participantes a desenvolver e manter um sistema de resposta nacional e facilitar a cooperação internacional e assistência mútua ao se preparar e responder a grandes incidentes de poluição de óleo. A Convenção define um conjunto de compromissos para desenvolver os níveis de prontidão de derramamento de óleo, que incluem basicamente:

l elaboração de um sistema nacional para respostas imediatas e eficazes a incidentes de poluição;

l designar uma autoridade nacional competente para ser responsável pela prontidão e resposta, e para agir como um ponto focal para solicitar e prestar assistência;

l desenvolver um plano de emergência para derramamento de óleo nacional e garantir que operadores tenham planos de emergência de poluição de óleo que sejam coordenados com o sistema de resposta nacional;

l estabelecer um nível mínimo de equipamentos de resposta pré-posicionados proporcionais ao risco;

l elaborar um programa de simulações e treinamento; e

l facilitar a cooperação internacional e assistência mútua ao definir, seja individualmente ou por meio de cooperação bilateral ou multilateral, mecanismos para coordenar questões de resposta.

Elaborar a estrutura

Historicamente, medidas internacionais de prontidão e resposta de derramamentos de óleo foram definidas por uma combinação dos principais incidentes: a mudança gradual de riscos ao longo do tempo e o aprimoramento de técnicas de resposta disponíveis por meio de pesquisa e desenvolvimento. Os principais incidentes promoveram uma mudança em áreas específicas de prontidão e resposta, como a implementação do design de cargueiro de casco duplo, ou o desenvolvimento de capacidades de contenção e tamponamento de poços submarinos. Além disso, a mudança gradual no perfil de risco conforme novas rotas se abrem, ou conforme novos campos são explorados, gera uma mudança sistemática nos requisitos de prontidão e resposta. Programas de pesquisa e desenvolvimento ajudaram a definir e ampliar as capacidades de técnicas de resposta, além de compreender suas limitações. A relevância contínua e o legado perseverante da prontidão e resposta escalonadas são uma prova de sua resiliência e flexibilidade.

(8)

Avanços na tecnologia de resposta, capacidade logística e em ferramentas de comunicação melhoraram a capacidade de recursos globais serem sequenciados para o local do incidente, melhorando assim a relevância do modelo em nível, mesmo ao se desenvolver locais cada vez mais remotos e desafiadores. Além disso, uma gestão de riscos mais sólida para diminuir a probabilidade de eventos de alta consequência gerou um aumento na demanda por ferramentas de resposta mais tecnicamente avançadas, além dos requisitos associados por experiência técnica mais especializada. Conforme a complexidade aumenta, devem ser usadas ferramentas que permitem que as capacidades fornecidas pelo modelo em níveis sejam personalizadas para a operação ou para os requisitos específicos do local. Esse modelo em evolução possibilita que um nível superior de detalhes seja ilustrado ao subdividir a capacidade de resposta em funções ou tipos distintos.

Princípios da estrutura

O principal foco para reduzir o risco associado com qualquer operação será a prevenção. O método de prontidão e resposta escalonadas pode proporcionar maior redução de riscos ao definir meios para minimizar as possíveis consequências ambientais associadas com qualquer situação de derramamento, de derramamentos pequenos e localizados até eventos mais complexos de grande escala que podem envolver mais de um país. Um dos princípios mais sólidos da prontidão e resposta escalonadas é a importância da cooperação e da parceria entre os governos e as indústrias de óleo, portuárias e de transporte a fim de desenvolver uma capacidade de resposta integrada. Esse princípio básico pauta o conceito ao permitir que recursos locais, regionais e globais sejam combinados de forma eficiente e eficaz a fim de cuidar de derramamentos de qualquer porte e complexidade. A abordagem definida em três níveis para a prontidão a derramamentos de óleo permite que aqueles envolvidos no planejamento de contingência descrevam como uma resposta eficaz a qualquer derramamento de óleo será realizada.

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Uso de níveis para identificar capacidades de resposta

O método de prontidão e resposta escalonadas fornece uma abordagem estruturada para definir a prontidão de derramamentos de óleo, além de um mecanismo de base para desenvolver o esforço de resposta necessário. Os três estágios, ou 'níveis', proporcionam uma estrutura simplificada a partir da qual as capacidades de resposta a derramamento de óleo podem ser identificadas para minimizar qualquer possível situação de derramamento de óleo. As capacidades de resposta são definidas como os recursos necessários para lidar com o incidente e podem ser consideradas de forma ampla em três categorias:

1. Profissionais de resposta 2. Equipamento

3. Suporte adicional.

Em conjunto, esses recursos se combinam para definir a capacidade de resposta, sendo classificados de acordo com o fato da capacidade ser mantida a níveis local, regional ou

internacional (Tabela 1). Essa distinção geográfica está no centro do modelo em níveis e possibilita que a capacidade seja desenvolvida sobre a possível gravidade do incidente e o cronograma onde os recursos são necessários no local.

Capacidades de nível 1 descrevem os recursos locais do operador usados para minimizar derramamentos normalmente de natureza operacional e que ocorrem em ou perto da própria instalação do operador. Em algumas situações, podem ser necessários recursos extras de fornecedores nacionais ou regionais de nível 2 a fim de aumentar a capacidade de resposta ou para introduzir mais

experiência técnica especializada. Capacidades de nível 3 são recursos disponíveis globalmente q ue complementam ainda mais os níveis 1 e 2. Os recursos mantidos nos três níveis funcionam para complementar e melhorar a capacidade geral ao possibilitar o sequenciamento uniforme de acordo com os requisitos do incidente. Um conceito importante é a natureza cumulativa da resposta escalonada. Os elementos de uma resposta de nível 1 são complementados pela capacidade de nível superior e não são superados nem substituídos por ela.

Os recursos de resposta necessários para cada incidente são influenciados por diversos fatores, como local, tipo de óleo, época do ano e volume derramado. Uma interpretação comum do modelo em níveis costumava utilizar apenas o volume de derramamento para definir limites entre os três níveis, mas tal abordagem é simplista e pode não resultar na definição de uma capacidade adequada para todas as operações. Por exemplo, um derramamento relativamente grande de óleo leve no mar aberto costuma exigir menos recursos de resposta do que um derramamento bem menor de óleo pesado e persistente perto de brejos costeiros sensíveis no momento da migração significativa de aves aquáticas. Esse exemplo indica que uma abordagem mais holística para o planejamento é benéfica. O volume é um fator importante, mas, neste exemplo, o local, a época do ano e o tipo de óleo funcionam para moldar a situação.

Os três níveis só devem ser usados para definir os recursos disponíveis para responder ao incidente, e não a escala do próprio incidente. Remover os limites volumétricos artificiais entre os níveis abre acesso para os recursos fornecidos por todos os três níveis de acordo com as necessidades do incidente e não como uma função de volume de derramamento pré-determinado.

Embora o volume de óleo derramado seja uma consideração importante, o local, a época do ano e o tipo de óleo também são fatores essenciais na hora de determinar a resposta mais adequada, incluindo a seleção de recursos necessários para cada incidente.

Tabela 1 Alcance geográfico de cada capacidade

em nível

Capacidade Alcance geográfico

Nível 1 Local

Nível 2 Regional ou nacional

(10)

Gestão de riscos

Um dos princípios básicos do método de prontidão e resposta escalonadas é que a capacidade deve ser proporcional ao risco avaliado. Uma análise de risco é o processo de definição,

compreensão e elaboração de uma estratégica eficaz e adequada de gestão de riscos. A finalidade principal de uma análise de riscos de derramamento de óleo é fornecer a base para determinar as técnicas de resposta adequadas e os estágios de capacidade em níveis para alcançar um benefício ambiental líquido através de prontidão e resposta estabelecidos (IMO, 2010).

O relatório da IPIECA-IOGP Análise de risco de derramamento de óleo para instalações offshore (IPIECA-IOGP, 2013) oferece à equipe de planejamento de contingência um processo de duas partes para avaliar riscos e determinar o planejamento de resposta (consulte a Figura 1). Este processo fornece ferramentas para desenvolver a capacidade proporcional aos riscos identificados por meio de situações de planejamento, além de incorporar os princípios de prontidão e

resposta escalonadas.

Análise de risco geral da instalação offshore e operações, tratando da segurança de profissionais,

meio ambiente e ativos

Análise geral de risco • treinamento/procedimentos • design de equipamentos • engenharia de poços • tamponamento/contenção • etc. Análises de probabilidade • volumes/taxas de derramamento • durações

• determinar os valores de probabilidade • etc.

Análises de consequências • modelagem de curso e trajetória • classificações de receptores ecológicos e socioeconômicos

• determinar os valores de consequência • etc.

Contexto de análise de risco de derramamento de óleo Identificação de perigos C o m u n ic aç ão e c o n su lt a Definir o risco Avaliação de risco Redução de riscos Situações de derramamento são escolhidas

para o planejamento de resposta

Estrutura legislativa

Estratégia de resposta

Análises de benefício ambiental líquido

Reunião M o n it o ra m e n to , a va lia çã o e a tu al iz aç ão P a rt e I : A n á li se d e r is co d e d e rr a m a m e n to d e ó le o P a rt e I I: P la n e ja m e n to d e r e sp o st a

Identificar e descrever situações de derramamento

• equipamento • profissionais • logística de suporte • considerações de mobilização • limitações práticas • etc. Requisitos de resposta • Níveis 1 e 2 • Integração de nível 3

• Recursos de resposta, incluindo tempos de mobilização e implantação • etc.

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Depois do risco ser compreendido, a equipe de planejamento deve implementar medidas que o reduzam, seja por meio de uma redução na probabilidade (por exemplo, medidas de prevenção) ou por meio da minimização de impactos (por exemplo, medidas de prontidão). A redução da probabilidade de ocorrência de um derramamento por meio da prevenção é o objetivo principal de qualquer operador - apesar das melhores intenções, sempre haverá um risco residual.

Por isso, o desafio para os planejadores é desenvolver uma estratégia sólida de gestão de riscos que mantenha todas as técnicas e recursos de resposta disponíveis (conhecido como kit de ferramentas de resposta). As capacidades nos três níveis são determinadas durante o planejamento com base nas situações avaliadas. Durante um incidente, recursos de resposta estão então disponíveis para serem encaminhados e sequenciados de forma proporcional aos requisitos específicos do incidente, independentemente da designação de nível de planejamento (IPIECA-IOGP, 2013).

Uso de riscos para definir a capacidade

Os três níveis são categorizados para fins de planejamento usando uma avaliação de possível gravidade do incidente, complexidade e porte de resposta. Recomenda-se ter cautela ao comparar operações similares em locais distintos (ou mesmo operações diferentes em locais próximos) dentro da abordagem em níveis. É totalmente viável que definições de níveis contrastantes possam ser estabelecidas para diferentes operações no mesmo local, além do mesmo tipo de operação em diferentes locais. Os fatores influentes vão variar entre diferentes locais e operações, e sua importância pode ser avaliada de modo diferente por operadores, além de autoridades governamentais e outros grupos de interesse.

A aplicação do modelo em níveis é flexível e, em muitos casos, pautada pelas limitações logísticas geradas por questões geográficas ou outros desafios. Por exemplo, uma determinada operação em um local remoto com conexões logísticas fracas provavelmente exigirá uma capacidade de nível 1 e 2 superior em comparação com operações similares em áreas com acesso mais facilitado. Essa abordagem baseada em riscos para a definição de capacidade reconhece as variáveis interativas que trabalham para modelar o perfil de risco de forma que o uso de apenas o volume de derramamento não é capaz de oferecer.

Uma operação em um local remoto com conexões logísticas fracas provavelmente exigirá uma capacidade de nível 1 e 2 superior em comparação com operações similares em áreas com acesso mais facilitado.

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Modelos históricos

A maneira convencional de expressar os três níveis (Figura 2) proporcionava um modelo simples, porém útil, para explicar como os limites entre os níveis são definidos ao levar em conta dois fatores essenciais: porte e localização de derramamento.

Derramamentos de nível 1 foram considerados de natureza operacional em ou perto das instalações do próprio operador, como uma consequência de suas atividades.

Derramamentos de nível 2 foram considerados fora da área de resposta de nível 1 e

possivelmente de maior porte, onde recursos adicionais são necessários de diversas possíveis fontes e um conjunto mais amplo de grupos de interesse pode estar envolvido na resposta.

Derramamentos de nível 3 foram classificados como aqueles que, devido ao seu porte e probabilidade de causar grandes consequências, exigem recursos mais significativos de um conjunto de fontes internacionais e nacionais.

A interpretação atual desenvolveu essa abordagem de duas formas. Primeiro, não é mais recomendado o uso de três níveis para categorizar o próprio derramamento. Uma abordagem preferencial é usar os três níveis para descrever onde são obtidas as capacidades para minimizar o incidente. Segundo, a possível ambiguidade sobre a definição de recursos em níveis foi eliminada, ao fornecer uma definição que classifica de

forma clara os recursos como disponíveis em âmbito local (nível 1), regional ou nacional (nível 2) ou internacional (nível 3).

O modelo relativamente simples e convencional foi então superado pelo modelo de círculo concêntrico (Figura 3), que ofereceu uma representação mais fiel do conjunto completo de fatores de definição e operacionais e como eles interagem para influenciar os limites entre os três níveis.

Os fatores operacionais são aqueles específicos para a operação em questão, como possível fonte de derramamento, tipo de óleo e taxa de liberação ou volume. Os fatores de definição estão ligados grandemente à localização, ou a definição do cenário (situação) usada para o

O modelo de prontidão e resposta escalonadas

Figura 2 A definição convencional de prontidão

e resposta escalonadas

Figura 3 O modelo de círculo concêntrico

local Nível 1 Nível 2 Nível 3 regional proximidade às operações remoto derrama-mento grande derrama-mento médio derrama-mento pequeno

Fatores de definição e operacionais

P o r e xe m p lo : a p ro b ab ili d ad e e a f re q u ê n ci a d e u m e ve n to d e d e rr am am e n to , o v o lu m e e ti p o d e ó le o , o im p ac to s o b re a s o p e ra çõ e s d e n e g ó ci o s, e tc . Na maioria dos casos, será necessário levar em conta um conjunto de fatores

Por exemplo: proximidade às operações, condições operacionais, recursos sensíveis

em risco, etc. fa to re s o p e ra ci o n a is a d e q u a d o s

fatores de definição adequados

Nível 1

Nível 2

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planejamento, como no caso de condições ambientais, socioeconômicas ou climáticas. A consideração mais ampla desses fatores possibilitou que a definição da capacidade em níveis formasse parte de uma estratégia de gestão de riscos considerada de modo mais holístico.

Esse modelo também apresentou o conceito que limites entre os três níveis são flexíveis, com o impacto ou influência de cada um dos fatores variando entre locais ou operações, e com sua importância percebida conforme encarada e classificada de modo diferente entre os diversos grupos de interesse. Uma consideração essencial neste modelo foi a influência dos fatores de capacidade de resposta (consulte a Tabela 2), que acabaram por influenciar onde ficam os limites entre os três níveis. Por fim, também foi reconhecida a influência de fatores legislativos que muitas vezes se sobrepõem a qualquer outro fator para impulsionar o operador em um modelo de conformidade a fim de cumprir com os padrões exigidos.

Tabela 2 Exemplos de fatores que influenciam a capacidade de resposta necessária e onde são definidos limites entre os níveis

O p e ra ci o n a is

l Probabilidade e frequência de um derramamento

de óleo derramamento

l Volume de derramamento

l Tipo de óleo

l Impacto do derramamento sobre as operações

de negócios

l Viabilidade para montar uma resposta segura

e confiável

Ainda que todas as medidas preventivas sejam adotadas, sempre haverá o risco de ocorrer um de óleo. Esse risco precisa ser levado em conta na elaboração e desenvolvimento da prontidão de derramamento de óleo. No entanto, algumas operações têm restrições inerentes sobre a viabilidade das opções de resposta. Por exemplo, a bordo de uma embarcação, a prontidão pode compor principalmente a notificação de um incidente para as autoridades relevantes. Por outro lado, um porto, uma rede de instalações de produção offshore ou uma refinaria única potencialmente apresentariam diferentes níveis de capacidade.

D e fi n ã o

l Proximidade do derramamento às operações

l Clima, tempo ou condições operacionais que

mudem a trajetória e o comportamento do óleo ou afetem as operações de resposta

l Proximidade a recursos sensíveis

l Proximidade a recursos socioeconômicos

Condições gerais que determinam o comportamento/trajetória do óleo, juntamente com o tipo de recursos sensibilidades ambientais e socioeconômicos em possível risco, vão influenciar o tipo e a capacidade dos recursos locais. Por isso, em áreas onde possíveis consequências graves possam ocorrer, as capacidades de resposta em níveis 1 ou 2 podem ser significativamente maiores do que para áreas geográficas similares com risco bem menor atreladas à elas.

C a p a ci d a d d e r e sp u e st

a l Recursos de nível 1 são influenciados por questões orçamentárias, provisão de profissionais

e logística

l Disponibilidade e capacidade de suporte regional

nível 2

l Acesso a suporte nível 3

A presença ou a falta de, por exemplo, preparativos de nível 2 adequados vai influenciar significativamente a capacidade necessária no nível 1 local e a necessidade de contar com acesso imediato a recursos de nível 3. Sendo assim, uma capacidade de nível 1 precisará ser desenvolvida em um local que se pareça mais com a capacidade de nível 2 em outro local. Do mesmo modo, por exemplo, em locais especialmente remotos (onde é extremamente difícil obter assistência externa ou onde o suporte levaria um tempo significativo para ser obtido), pode ser necessária uma capacidade de nível 1 semelhante a recursos de nível 3 de outras áreas.

L e g is la ti v o

l Estabilidade política e cultura do país onde o

evento ocorreu

l Requisitos governamentais para medidas de

resposta específicas ou critérios de desempenho

l Influências de autoridades governamentais em

âmbito nacional, estadual ou local

l Assinatura estipulada para suporte designado

de níveis 2 ou 3

Los controles legislativos y normativos pueden dictar las capacidades de nivel 1 y también arreglos de nivel 2 y 3. En algunos casos, estos requisitos pueden no coincidir con el enfoque basado en riesgos que determinan la preparación y respuesta escalonada.

(14)

O modelo em evolução

Atualmente, esses fatores permanecem integrados na definição de prontidão e resposta

escalonadas, mas o modelo continua a evoluir para capturar a interação complexa que determina a capacidade de resposta adequada em cada nível. Um dos possíveis pontos negativos do modelo de círculo concêntrico é a implicação de que há um limite, ou fronteira, tangível entre os níveis. Essa abordagem, apesar de sua flexibilidade, teve o efeito indesejado de criar algumas concepções indevidas sobre a prontidão e resposta escalonadas:

1. 'Recursos de cada nível só estão acessíveis quando um determinado limite de gravidade é ultrapassado.'

l As capacidades mantidas em cada nível devem estar acessíveis de acordo com o requisito do incidente.

2. 'Incidentes são classificados como eventos de níveis 1, 2 ou 3. Ao designar limites volumétricos a cada um dos limites, os próprios incidentes se tornam eventos em níveis em vez de uma maneira de definir capacidades.'

l Essa suposição muitas vezes leva à relutância de mobilização devido ao medo de elevar o incidente para o próximo nível ao buscar suporte adicional. Tal relutância atrasa o tempo de mobilização, algo que, por sua vez, pode reduzir a eficácia da operação de resposta geral. Os três níveis só devem ser usados para definir os recursos disponíveis para responder ao incidente, e não para definir a escala do próprio incidente.

l Outros atrasos podem ocorrer devido à ideia de que o volume de derramamento deve ser definido e confirmado antes de buscar suporte de níveis superiores. Uma abordagem mais eficaz é mobilizar recursos de modo proativo de acordo com o possível impacto do incidente.

3. 'Capacidades são desenvolvidas de acordo com critérios de desempenho definidos. Ao atribuir um limite volumétrico a cada um dos níveis, a capacidade é muitas vezes elaborada de forma a 'lidar com' derramamentos de tal porte.'

l Isso pode levar a um jogo de números onde, por exemplo, taxas teóricas de recolhimento são usadas para produzir números de recuperação sem levar em conta de forma adequada as questões práticas de contenção e os limites logísticos. Para obter mais informações, consulte o guia de boas práticas IPIECA-IOGP para contenção e recuperação no mar (IPIECA-IOGP, 2015a).

l A identificação e a aquisição de equipamentos são partes importantes da prontidão, mas, quando esse processo é pautado pela conformidade com uma capacidade volumétrica mínima prescrita, pode haver uma tendência de grupos de interesse não se sentirem confiantes de que

o panorama está completo. A diferenciação básica entre os níveis camufla um nível de complexidade que é muitas vezes ignorado ao levar em conta a capacidade de resposta.

Ao reconhecer esses fatores, o modelo de prontidão e resposta escalonadas evoluiu para ilustrar os princípios sólidos e sua aplicação hoje em dia. A Figura 4 apresenta o modelo evoluído de prontidão e resposta escalonadas, que permite que planejadores de contingência representem os grupos específicos de capacidades de resposta necessários para minimizar riscos e identificar as origens das quais essas capacidades são fornecidas. O modelo evoluído usa um círculo segmentado para representar um amplo conjunto de capacidades de resposta. Ele também proporciona um perfil superior para a importância de um sistema de gestão de incidentes (IMS)1ao executar uma

resposta eficaz.

1 SGI (Sistema de Gestão de Incidentes): uma ferramenta sistemática usada para o comando, controle e coordenação de

resposta de emergência. Um SGI permite que organizações trabalhem em conjunto usando terminologia e procedimentos operacionais em comum que controlam profissionais, instalações, equipamentos e comunicações em uma única cena de incidente. Ele facilita uma resposta consistente para qualquer incidente ao empregar uma estrutura organizacional comum que pode ser ampliada e reduzida de forma lógica com base no nível de resposta necessário.

(15)

Tipos de capacidade dentro do modelo evoluído

Cada segmento do círculo no modelo evoluído mostrado na Figura 4 representa um dos 15 elementos específicos de capacidade que, quando combinados graficamente, ilustram o conjunto de ferramentas de resposta completo para a área ou operação. Todos os segmentos possuem o mesmo tamanho e visam proporcionar apenas uma ilustração qualitativa, não representando nenhum nível de importância ou hierarquia de uso. Quando certos tipos de capacidade não são adequados para a situação, os espaços são deixados em branco. Por exemplo, um derramamento terrestre de um oleoduto não exige aplicação de dispersantes offshore, deixando esse segmento em branco. A seção Planejamento de situação deste documento (páginas 25 a 37) fornece algumas ilustrações de como o modelo foi usado para mapear capacidades em relação a uma seleção de possíveis situações de planejamento.

As 15 áreas de capacidade de resposta foram selecionadas como aquelas necessárias com mais frequência para minimizar as consequências de um derramamento de óleo; elas são descritas n a tabela 3, página 14.

A base desse modelo é o reconhecimento de que, a fim de utilizar essas capacidades de forma eficaz, é necessário um SGI sólido. Um SGI garante o comando e o controle de um incidente ao organizar funções, profissionais de resposta e outros recursos conforme necessário em uma estrutura dimensionável com cargos e responsabilidades definidas. Para obter mais informações, consulte o Guia de boas práticas IPIECA-IOGP com o título Sistema de gestão de

incidentes para a indústria de petróleo e gás

(IPIECA-IOGP, 2016).

Figura 4 O modelo de evolução - de um círculo concêntrico para uma representação segmentada da capacidade

com o sistema de gestão de incidentes (SGI) em seu centro

Fatores de definição e operacionais

Modelo em evolução P o r e xe m p lo : a p ro b ab ili d ad e e a f re q u ê n ci a d e u m e ve n to d e d e rr am am e n to , o v o lu m e e t ip o d e ó le o , o im p ac to s o b re a s o p e ra çõ e s d e n e g ó ci o s, e tc . Na maioria dos casos, será necessário levar em conta um conjunto de fatores

Por exemplo: proximidade às operações, condições operacionais, recursos sensíveis em risco, etc.

fa to re s o p e ra ci o n a is a d e q u a d o s

fatores de definição adequados

Nível 1 Nível 2 Nível 3

Nível 1 Nível 2 Nível 3 SGI A resposta à fauna oleada envolvendo profissionais especializados é uma das 15 capacidades de resposta normalmente usadas presentes no modelo em evolução.

(16)

Tabela 3 As quinze áreas de capacidade de resposta mais frequentes para minimizar as consequências

de um derramamento de óleo

Capacidade de resposta Descrição

Vigilância, modelagem e visualização

Coleta de dados importantes de diversas fontes, e sua conversão para informações úteis e bem apresentadas para facilitar a tomada de decisões bem informadas durante uma resposta.

Dispersantes de superfície offshore

Fornecido por plataformas aéreas ou embarcações para combater derramamentos de óleo rapidamente.

Dispersantes submarinos em região offshore

Aplicação de dispersantes na origem de derramamento durante derramamentos submarinos.

Queima in-situ controlada Remoção de óleo de superfície pela queima in-situ controlada,

empregando barreiras flutuantes resistentes ao fogo. Contenção e recolhimento

de óleo no mar

Uso de barreras flotantes y skimmers para reunir y recolectar el hidrocarburo en superficie.

Proteção de recursos sensíveis Proteção de recursos sensíveis específicos de contato com óleo.

Avaliação terrestre e linha costeira (SCAT)

Coleta sistemática de informações sobre o local, natureza e nível de oleamento para formular os métodos mais adequados de limpeza de litoral (ou em terra).

Limpeza de costa Normalmente, equipamentos e mão-de-obra não especializados

para remover o óleo de litorais contaminados.

Resposta terrestre Equipamento e experiência necessários para minimizar o impacto

de derramamentos de óleo em diversas situações terrestres.

Resposta à fauna oleada Equipamento e experiência necessários para localizar, capturar

e reabilitar a fauna oleada.

Gerenciamento de resíduos Instalações e experiência para gerenciar volumes de resíduos

gerados durante a resposta a derramamentos de óleo. Envolvimento e comunicação

o grupo de interesse

Divulgação e comunicação com um amplo conjunto de grupos de interesse, incluindo comunidades locais, profissionais de resposta, agências e autoridades, além de outras partes envolvidas e interessadas em níveis locais, nacionais e internacionais. Avaliação econômica

e compensação

Coleta e análise de dados relevantes para as finalidades de determinar o impacto econômico causado pelo derramamento de óleo.

Avaliação de impacto ambiental (incluindo amostragem)

Coleta e análise de dados relevantes para as finalidades de determinar o impacto ambiental causado pelo derramamento de óleo.

Controle de fonte Técnicas de resgate ou intervenção voltadas para limitar a liberação

(17)

Desenvolvendo a capacidade em níveis

Os três níveis permanecem como um tema central neste modelo evoluído, mas, em vez de representar as capacidades gerais fornecidas por meio de níveis distintos e únicos, os planejadores de contingência são incentivados a ilustrar onde os recursos podem ser obtidos para atender aos objetivos de minimização de riscos. A identificação de 15 capacidades discretas que podem ser necessárias para resposta a derramamento de óleo possibilita uma representação mais específica e personalizada de capacidade de resposta proporcional a cada operação. Dessa forma, a capacidade de resposta necessária é única para todas as operações e locais, com cada situação sendo formada por ambos fatores de definição e operacionais, que não afetam apenas o perfil de risco mas também influenciam como os recursos serão fornecidos. Cada capacidade pode ser considerada de forma independente e pode levar em conta no mínimo os quatro fatores determinantes a seguir:

l riscos específicos para questões operacionais inerentes (por exemplo, o tipo de óleo, inventário e as situações de derramamento relacionadas);

l risco específico do local (por exemplo, a proximidade de receptores ambientais sensíveis ao óleo);

l proximidade relativa e acesso a recursos de suporte e seus requisitos logísticos; e

l requisitos legislativos aplicáveis ou condições normativas estipuladas.

Cada um desses fatores pode influenciar a provisão de recursos de resposta nas 15 áreas de capacidade de resposta, que podem ser apresentadas na forma de um pictograma único para qualquer operação. Depois de concluído, o modelo fornece uma representação visual simples das capacidades de resposta que estão disponíveis e como podem ser combinadas para proporcionar a capacidade necessária para minimizar o risco identificado para cada operação ou local.

Figura 5 O modelo completo

SGI

Nível 1

Nível 2 Nível 3 avaliação de impacto ambiental

(incluindo amostragem) controle de fonte vigilância, modelagem e visualização dispersantes de superfície offshore dispersantes submarinos em região offshore queima in-situ controlada contenção e recolhimento de óleo no mar proteção de recursos sensíveis avaliação terrestre e linha costeira (SCAT) avaliação econômica e compensação envolvimento e comunicação o grupo de interesse gerenciamento de resíduos limpeza de costa resposta terrestre resposta à fauna oleada

(18)

Cada segmento é subdividido para ilustrar como a capacidade de resposta específica será fornecida entre todos os três níveis. Em alguns casos, não haverá capacidade regional ou local específica e, por isso, a operação dependerá totalmente da provisão de recursos de nível 3. Em outros casos, pode haver uma ênfase em fornecer a maioria da capacidade de resposta necessária localmente através do nível 1. Os segmentos são inseridos de forma totalmente qualitativa; o pictograma não possui escala e não foi projetado para ser uma ferramenta prescritiva. Os planejadores de

contingência devem levar em conta os diversos fatores operacionais e de definição como mencionado, além da prioridade relativa colocada nos recursos de níveis 1, 2 e 3.

A Tabela 4, na página 17, proporciona exemplos de como a capacidade de requisitos é

desenvolvida, com cada segmento completo representando a capacidade total necessária para minimizar o pior caso verossímil identificado para essa operação ou local. Nas três situações de exemplo de A até C, o risco de um derramamento de óleo em regiões offshore é planejado para ser parcialmente minimizado por meio da provisão de dispersantes de superfície. Como a capacidade de dispersante de superfície necessária é fornecida pelos três níveis em cada situação, ela é pautada por diversos fatores operacionais e de definição.

A aplicação de dispersante de superfície pode ser levada em conta, juntamente com outras opções, para ajudar a minimizar um derramamento offshore de óleo; como a capacidade em níveis da aplicação de dispersante será desenvolvida dependerá de diversos fatores operacionais e de definição - consulte os exemplos na Tabela 4.

(19)

Nível 1 Nível 2 Nível 3

Tabela 4 Capacidade de provisão de dispersantes de superfície em níveis em quatro situações de resposta de exemplo

Operação A: Essa operação pode ser bem atendida pelo nível 3 devido a sólidas conexões logísticas,

que foram testadas e são robustas o suficiente para minimizar a necessidade por capacidade regional ou local mais sólida.

Operação B: Essa operação é muito remota e a estrutura logística é incerta devido as instabilidades

políticas e climáticas. O suporte a nível 3 está disponível, mas condições locais geraram a necessidade de desenvolver a capacidade de nível 1 local para um nível que possa minimizar a maioria dos riscos.

Outros estoques de dispersantes estão disponíveis junto ao provedor de nível 3, além de um sistema de pulverização de dispersantes aéreo maior. Através de um acordo de ajuda mútua, são fornecidos 10 m3 adicionais de dispersantes. A capacidade de dispersante fornecida localmente através de um grande estoque pré-posicionado e de sistemas de aplicação montados em helicópteros e embarcações.

Operação C: Essa operação está bem servida por uma organização de nível 2 próxima; no entanto,

devido ao risco de oleamento de sistemas de manguezal sensíveis na área, a capacidade de nível 1 de rápida aplicação é reforçada.

Há certa capacidade de dispersantes disponível localmente - neste caso, através de sistemas de pulverização montados em embarcações. Através de um acordo de ajuda mútua, são fornecidos 10 m3 adicionais de dispersantes. A maioria da capacidade de dispersante de superfície é fornecida através do nível 3 - neste caso, através da

capacidade aérea de ampla área e acesso a grandes estoques de dispersantes.

Operação D: Essa operação é terrestre e, por isso, os dispersantes não são uma opção

de resposta adequada. Outros estoques de dispersantes estão disponíveis junto ao provedor de nível 3, além de um grande sistema de pulverização de dispersantes aéreo. Um acordo de ajuda mútua fornece 100 m3de dispersantes e um pequeno sistema aéreo de asa fixa. Sólida capacidade de dispersantes locais através do pré-posicionamento de sistemas de aplicação montados em embarcações no campo. n/a n/a n/a

(20)

Os três níveis

Nível 1: Recursos necessários para lidar com um derramamento local e/ou fornecer uma resposta inicial

O nível 1 é convencionalmente definido pela capacidade de resposta exigida para lidar

imediatamente com derramamentos operacionais. No entanto, é importante reconhecer que todos os derramamentos, independente da causa ou consequência, possuem um componente de nível 1. O nível 1 é, por isso, a base da prontidão e resposta a todos os derramamentos, que podem ou não ser sequenciados além do escopo das ações e capacidades iniciais de nível 1.

Definição de níveis

Exemplo de um incidente localizado para o qual uma resposta de nível 1 normalmente seria suficiente.

Figura 6 Ilustração de uma resposta de nível 1

A capacidade de nível 1 será influenciada pela proximidade e cronogramas de resposta para suporte externo de recursos de níveis 2 e 3. Em alguns ambientes remotos, por exemplo, onde os elementos específicos de capacidade de nível 2 podem ser inviavelmente remotos ou inexistentes, a capacidade de nível 1 correspondente deve contar com recursos suficientes para uma conexão direta ao suporte de nível 3. Essa capacidade aprimorada e autônoma é necessariamente robusta, uma vez que não há uma posição de apoio de suporte intermediário prontamente disponível. Da mesma forma, em um local onde já existe infraestrutura de resposta definida, ou onde possa haver um conjunto de provisão de recursos de nível 2 com local conveniente, alguns aspectos da capacidade de nível 1 podem ter escopo mais limitado sem que isso afete a capacidade de responder de forma eficaz.

Em alguns casos, um fator de influência significativa pode ser a legislação. Há jurisdições em todo o mundo que buscam prescrever um nível mínimo de capacidade de resposta sem referência direta ao risco avaliado. Embora o impacto das regulações possa definir alguns aspectos da

capacidade de resposta (como a provisão de equipamentos), é importante considerar a capacidade de resposta de forma

holística para garantir que não sejam criadas lacunas não controladas na provisão de capacidade geral.

Nível 1 SGI

(21)

Em um ambiente offshore, uma resposta de nível 1 para derramamentos de pequeno volume normalmente envolve o uso de dispersantes de superfície aplicados usando equipamentos de pulverização montados em barcos de suprimentos e embarcações similares. Em outras situações, a provisão de nível 1 pode chegar a um estoque de materiais absorventes, que são usados para limpar derramamentos ocasionais que ocorrem. Esses produtos consumíveis podem ser obtidos facilmente, e exigem treinamento mínimo para seu uso; por isso, são capazes de atender à expectativa básica de ter recursos locais que estão disponíveis para uso imediato. Em todo caso, a capacidade de resposta deve ser vista como um pacote amplo que não inclui apenas hardware (equipamentos), como também o treinamento necessário, simulações, manutenção e logística de suporte para possibilitar a mobilização eficaz onde necessário.

O nível 1 em um ponto tático é muitas vezes focado para limitar a velocidade da contaminação. Isso pode gerar diversas ações projetadas para limitar o impacto do derramamento, incluindo recuperação, armazenamento e prontidão para descarte de resíduos. No entanto, a realidade em muitos locais operacionais é que as dificuldades físicas da recuperação de produto que é perigoso, com fluxo livre e sob a influência de marés, correntes e ventos incentiva uma resposta que é projetada para limitar a dispersão e a extensão do óleo, restringindo assim as consequências para uma área de controle local.

Tabela 5 Resumo de capacidade de nível 1 para uma resposta

Nível 2: Recursos compartilhados necessários para suplementar uma resposta de nível 1

A capacidade de nível 2 inclui uma seleção mais ampla de equipamentos adequados para um conjunto de opções de resposta estratégicas. O mais importante é que o nível 2 oferece mais profissionais e um conjunto maior de especialidades. Embora profissionais de resposta de nível 1 possam estar devidamente treinados e informados, seus deveres de resposta estão invariavelmente subordinados ao seu cargo operacional. Os prestadores de serviços de nível 2 possuem treinamento profissional adequado e possuem conhecimento de práticas domésticas e legislação nacional nos países/regiões nos quais trabalham. No contexto do incidente mais amplo, empreiteiras de nível 2 também podem fornecer acesso a experiência para elementos específicos de resposta a

derramamentos (por exemplo, aeronave, sistemas de comunicação, logística marinha e outros serviços relacionados a emergências), sendo que sua falta pode atrasar ou afetar uma resposta.

Recursos de nível 1 Profissionais de resposta l Equipe de resposta treinada no local e disponível para emergências, além de seus deveres normais.

l Empreiteiras locais

treinadas na resposta a derramamentos de óleo.

Equipamento

l Preparativos disponíveis

localmente ou internos em vigor para mobilização rápida e eficaz.

l Quantidade e tipo de

equipamentos são

proporcionais ao risco, incluindo fatores de localização (por exemplo, clima, sazonalidade ou limitações logísticas devido a locais remotos).

l Tempos e metodologias de

mobilização são muitas vezes pré-determinados.

l Logística de suporte fornecida.

Suporte adicional

l Alguns elementos da capacidade

de nível 1 podem não ser mantidos permanentemente no local, mas estão prontamente disponíveis no momento de necessidade, como:

l equipamentos não

especializados, como caçambas, tanques de armazenamento, profissionais de transporte, etc.;

l elementos de suporte/

infraestrutura, como segurança adicional, acomodações, etc.;

l orientação técnica e/ou recursos

(22)

A provisão de resposta de nível 2 é normalmente de natureza flexível, e pode adotar diversas formas enquanto elimina a lacuna entre a capacidade tangível que muitas vezes existe para níveis 1 e 3. Essa lacuna, que o nível 2 deve eliminar, pode possuir uma dimensão relativamente pequena ou grande, mas é um elemento essencial em qualquer sequenciamento de resposta uniforme, baseando-se na capacidade de nível 1 local imediatamente disponível e na integração de recursos de nível 3 estabelecidos que possuem um tempo mais longo de mobilização para o local.

A natureza sem estrutura definida da provisão de nível 2 possibilitou que diversas soluções inovadoras eliminassem lacunas de nível 2 identificadas mas, como consequência, não há um modelo único que exemplifique a capacidade de nível 2. Em vez disso, diversas manifestações de nível 2 evoluíram para atender a uma necessidade identificada, incluindo:

l acordos mútuos de assistência entre um grupo de operadores do setor;

l cooperativas de resposta de derramamento de óleo financiadas pela indústria;

l serviços de nível 2 especializados;

l operadores comerciais/prestadores de serviços locais; e

l cooperação a nível governamental local/estadual.

O princípio de nível 2 funciona bem em locais desenvolvidos, que muitas vezes se beneficiam de uma infraestrutura sólida e bem desenvolvida (rodovias, portos, aeroportos, sistemas de comunicação e grandes provedores comerciais do setor privado). Outros fatores de sucesso incluem procedimentos de imigração e alfândega eficientes voltados para reduzir possíveis atrasos na transferência de recursos entre diferentes países.

A provisão de nível 2 possui escopo mais amplo do que o nível 1 e é muitas vezes projetada para cobrir diversos operadores junto com um amplo conjunto de seus riscos de derramamento de óleo associados; por isso, as capacidades reais de qualquer prestador de serviço podem não ser personalizadas

precisamente para cada local de risco. Por isso, é importante examinar os requisitos reais de nível 2 para todos os elementos de capacidade aplicáveis, os quais podem precisar ser fornecidos por uma gama de diferentes fontes. Uma resposta de nível 2 normalmente possui natureza flexível, eliminando a lacuna entre a capacidade tangível que muitas vezes existe para níveis 1 e 3.

Figura 7 Ilustração de uma resposta de nível 2

Nível 1 Nível 2 SGI

(23)

No entanto, em alguns países, pode ser obrigatório que operadores demonstrem possuir capacidade de resposta em vigor através de um contrato com um ou mais prestadores de serviços de nível 2 (tal requisito pode não estar diretamente relacionado a uma análise de risco operacional ou à capacidade de incorporar serviços de resposta dentro de uma estrutura em níveis). Em tais casos, deve-se ter cuidado na etapa de planejamento para garantir que nenhum dos elementos de capacidade necessários estejam faltando ou tenham sido ignorados.

Nível 3: Recursos globais necessários para derramamentos que exigem uma resposta externa significativa devido à escala do incidente, complexidade e/ou possível consequência

Da mesma forma que o nível 1 deve se encaixar perfeitamente com a futura resposta de nível 2, o serviço de nível 3 também depende da integração perfeita com os níveis subjacentes a fim de facilitar um sequenciamento uniforme da capacidade de resposta. Onde não existir a capacidade de nível 2, os recursos de nível 3 devem se integrar com os recursos de nível 1 disponíveis localmente.

Figura 8 Ilustração de uma resposta de nível 3

Nível 1 Nível 2 Nível 3

SGI

Tabela 6 Resumo de provisão de nível 2 para uma resposta

Recursos de nível 2 Profissionais de resposta l Equipe de resposta exclusiva e profissionais de resposta adicionais. l A mão-de-obra de

origem local pode ser supervisionada pelo prestador de serviços de nível 2.

Equipamento

l Recursos de nível 1 usados para

montar o kit de resposta da indústria e a resposta inicial, incluindo: l capacidades de dispersantes de superfície; l equipamentos de recuperação e contenção no mar; l barreiras de proteção; l equipamentos de limpeza terrestre e litorânea; l capacidades de armazenamento de óleo recuperado.

l Quantidade e tipo adequado

para possíveis situações.

Suporte adicional

l Cooperativas de resposta de

derramamento de óleo designadas.

l Serviços de nível 3 especializados.

l Cooperação governamental

em esferas local/regional.

l Rede de profissionais de

(24)

A capacidade de nível 3 tende a ser pré-determinada, com estoques de

equipamentos bem estabelecidos e controlados pela indústria e profissionais de resposta em locais estratégicos e áreas geográficas bem definidas. É através de contratos e acordos que indústria e governos podem ter acesso a recursos mantidos de forma cooperativa. Tempos de resposta física a qualquer local de risco podem ser garantidos, e acordos estão em vigor que garantem cronogramas e serviços de resposta especificados para proporcionar maior segurança.

O nível 3 fornece recursos adicionais com destaque em uma resposta mais ampla que aumenta as capacidades de resposta disponíveis nos níveis 1 e 2; este não só dobra a capacidade ao proporcionar mais equipamentos do mesmo tipo. Por exemplo, o nível 3 costuma fornecer capacidade de

dispersante aéreo em altos volumes. Esse equipamento altamente especializado exige uma cadeia de suporte logístico ampla. Essa é também uma capacidade de alto custo que exige acesso com baixa frequência e tempo de resposta curto a aeronaves exclusivas ou adaptadas; o modelo de nível 3 para compartilhamento de custos na indústria é ideal para atender essa necessidade.

Em alguns países, a definição de centros 'nacionais' de nível 3 é altamente procurada. Embora a intenção de ter essa capacidade disponível para mobilização imediata seja compreensível, isso arrisca afetar o princípio de sequenciar recursos e duplica a capacidade que pode ser fornecida em um cronograma adequado a partir de recursos de nível 3 internacionais. Esforços são mais bem empregados quando solidificam conexões logísticas e removem barreiras para receber suporte internacional de nível 3.

O nível 3 fornece recursos adicionais com destaque em uma resposta mais ampla que expande as capacidades de resposta disponíveis nos níveis 1 e 2.

Tabela 7 Resumo de provisão de nível 3 para uma resposta

Recursos de nível 3

Profissionais de resposta

l Equipe de resposta

exclusiva capacitada com habilidades especializadas.

l Profissionais de resposta

de nível 3 integram-se com profissionais de resposta de nível 2 e locais em todos os níveis, incluindo a estrutura de gestão de incidentes.

Equipamento

l Recursos de níveis 1 e 2 usados

para montar o kit de resposta da indústria e a resposta inicial, incluindo: l capacidades de dispersantes de superfície, aplicação submarina e aérea de alto volume; l equipamentos de recuperação

e contenção de grande escala;

l barreiras de proteção;

l capacidades de queima in-situ;

l equipamentos especializados

de limpeza terrestre e litorânea;

l capacidades de logística.

l Quantidade e tipo adequado para

possíveis situações.

Suporte adicional

l Centros de resposta exclusivos

de nível 3 da indústria. l Capacidades de nível 3 de cooperativas ou governos. l Rede de profissionais de resposta especializados adicionais.

(25)

Um equívoco comum sobre o nível 3 é que prestadores de serviços fornecem um grande número de profissionais de resposta treinados. Na realidade, as organizações de nível 3 são medidas mais precisas pelas habilidades e capacidades que seus profissionais podem oferecer em vez do número de profissionais oferecidos. Esses profissionais treinados podem gerenciar e treinar de forma eficaz muitos outros trabalhadores locais e não capacitados, facilitando um sólido efeito multiplicador de força.

Avaliação de capacidade de níveis 2 e 3

Para atender adequadamente aos requisitos do modelo em níveis, a provisão de níveis de serviço 2 e 3 deve ser examinada cuidadosamente a fim de garantir que recursos de apoio, logística e capacidade atendam à provisão (e à disponibilidade) de equipamentos adequados. A ênfase deve então ir além da provisão de equipamentos simples para um serviço de resposta mais amplo que se integre de fato com a provisão de nível 1.

O projeto conjunto da indústria para resposta a derramamentos de óleo da IOGP-IPIECA (JIP) produziu um relatório sobre a eficácia de resposta e distribuição global dos principais recursos de derramamento de óleo, que também inclui uma ferramenta de avaliação e análise de lacunas de organização de resposta a derramamento de óleo global. Isso vai possibilitar que o usuário avalie a provisão de serviços de resposta de níveis 2 e 3, que podem normalmente incluir as

seguintes considerações:

l Situado em um centro politicamente estável que oferece fácil acesso de entrada e saída 24 horas por dia, 365 dias por ano.

l Alto nível de prontidão de logística para mobilizar recursos rapidamente.

l Indivíduos altamente treinados e qualificados com registros comprovados em prontidão e resposta.

l Orientadores técnicos com compreensão ampla de questões relacionadas a respostas e boas habilidades linguísticas.

l Habilidade, por meio da capacidade de recursos, de responder a múltiplos incidentes de uma só vez.

l Equipamentos que:

l não são fixos (isso é, não são contratados mas sempre estão disponíveis); l podem ser prontamente transportados;

l estão preparados para frete; e

l liberados na alfândega para exportação imediata. l Um conjunto de capacidades de resposta, incluindo:

l aplicação de dispersantes em áreas amplas; l recuperação e contenção no mar;

l capacidade de queima in-situ controlada; l capacidade litorânea e perto da costa; e l capacidade de resposta terrestre.

Profissionais treinados localmente podem se beneficiar do alto nível de habilidades e capacidades normalmente fornecido pelas organizações de nível 3, sendo uma grande contribuição para os esforços de resposta.

(26)

A importância da estrutura de gestão de incidentes em prontidão

e resposta escalonadas

A estrutura de gestão de incidentes precisa ser ampliada de forma proporcional com o porte crescente do incidente. Dessa forma, o segredo é possibilitar que todos os recursos dos estágios de níveis identificados, independentemente de onde os recursos necessários sejam obtidos, e integrar esses recursos na resposta local de forma planejada. Isso permitirá que a organização de resposta e a capacidade de resposta correspondente sejam ampliadas de modo uniforme. Por isso, o SGI é essencial para a provisão de um modelo de prontidão e resposta escalonadas eficaz e totalmente dimensionável.

Trabalhando em conjunto

A prontidão e resposta escalonadas subjacentes são a exigência para que toda a capacidade de resposta em níveis seja capaz de funcionar em conjunto para uma meta em comum.

l Cargos e deveres: planos de contingência eficazes garantem o sucesso e a segurança de uma

resposta ao comunicar de forma clara cargos e deveres de todas as organizações e profissionais que possam estar envolvidos. Identificar esses cargos e deveres também significa que a

capacidade de resposta pode ser rapidamente integrada na estrutura de resposta, se mobilizada. Informações adicionais podem ser encontradas no Guia de boas práticas IPIECA-IOGP com o título Sistema de gestão de incidentes para a indústria de petróleo e gás (IPIECA-IOGP, 2016).

l Treinamento e simulações: as capacidades identificadas durante a fase de planejamento de

contingência, incluindo profissionais, equipamentos e serviços de suporte devem ser totalmente integrados, seguidos de treinamento e, por fim, testados por meio de simulações. Informações adicionais podem ser encontradas nos Guias de boas práticas IPIECA-IOGP sobre planejamento de contingência (IPIECA-IOGP, 2015), treinamento de derramamentos de óleo (IPIECA-IOGP, 2014) e simulações de derramamento de óleo (IPIECA-IOGP, 2014b).

l Execução de resposta: preparativos logísticos adequados devem estar em vigor para garantir

que os recursos de resposta necessários possam ser rapidamente sequenciados para a área de derramamento. Por exemplo, preparativos de liberação de importação/exportação pré-definidos podem precisar ser estabelecidos para facilitar a transferência prioritária de equipamentos entre fronteiras.

O modelo também conta com a cooperação bem-sucedida entre diferentes grupos de interesse que possam estar envolvidos na resposta. Por exemplo, em um país que possui uma base de nível 2, profissionais de resposta locais podem ser capazes de facilitar a entrada de recursos de nível 3 para o país ao compartilhar informações sobre requisitos de imigração locais, provisão de infraestrutura ou serviços de tradução. A capacidade de sequenciar adequadamente a ampla variedade de recursos que possam ser necessários para uma resposta é um dos principais fatores que pauta o modelo de prontidão e resposta escalonadas.

(27)

Para ilustrar completamente como a prontidão e resposta escalonadas podem ser aplicadas a situações de planejamento, alguns pictogramas de exemplo foram elaborados. Esses pictogramas visam demonstrar como o encaminhamento e o sequenciamento de recursos de resposta podem ser planejados e como isso pode se concretizar. Eles não visam prescrever requisitos de

planejamento de resposta para nenhuma operação futura ou existente.

Ilustração 1: Plataforma de produção no setor do Reino Unido

no Mar do Norte

SGI avaliação de impacto ambiental

(incluindo amostragem) controle de fonte vigilância, modelagem e visualização dispersantes de superfície offshore dispersantes submarinos em região offshore queima in-situ controlada contenção e recolhimento de óleo no mar proteção de recursos sensíveis avaliação terrestre e linha costeira (SCAT) avaliação econômica e compensação envolvimento e comunicação o grupo de interesse gerenciamento de resíduos limpeza de costa resposta terrestre resposta à fauna oleada

A ilustração acima é uma representação visual dos recursos de resposta que o operador do ativo pode ter em vigor por meio de contratos ou assinaturas pré-definidas.

Neste exemplo, um prestador de serviços de resposta de nível 3 fornece boa parte da capacidade necessária. Situado a 16-18 horas de carro do porto mais próximo ao ativo operacional, o equipamento de resposta de nível 3 pode ser mobilizado e então carregado em embarcações obtidas por contrato com o operador. Suporte adicional necessário para integrar capacidade de nível 3, como o requisito de fretagem de embarcações, deve ser identificado na fase de

planejamento.

Detalhes de cada um dos 15 elementos específicos de capacidade mostrados neste exemplo são fornecidos abaixo.

Nível 1 Nível 2 Nível 3

(28)

Vigilância, modelagem e visualização

Nível 1 A instalação e a embarcação de resgate e resposta de emergência (ERRV) podem ser

utilizadas para obter uma compreensão inicial do porte do incidente e retornar essas informações para a equipe em terra. O gerente de instalação offshore na plataforma passou pelo treinamento legalmente obrigatório, que inclui quantificação e rastreamento de derramamentos de óleo.

Nível 2 O operador assinou um serviço de nível 2 que fornece cobertura de vigilância aérea especializada para a região. Observadores treinados são fornecidos, uma vez que aeronaves equipadas com tecnologia especializada estão situados em bases estratégicas para garantir uma rápida resposta.

Nível 3 Vigilância é complementada com o uso de imagens de satélite e modelagem de derramamento de óleo. Especialistas treinados são necessários para executar o programa de modelagem, fornecido pela organização de resposta de nível 3. Há também acesso a fornecedores de serviços de satélite através de prestadores de serviços de resposta de nível 3.

Dispersantes: superfície

Nível 1 Equipamentos e estoques de dispersantes limitados são pré-carregados na ERRV.

Nível 2 A aeronave de pulverização de dispersantes está disponível com máquinas pulverizadoras e estoques adicionais de dispersantes.

Nível 3 Plataforma de dispersantes aéreos de grande escala e estoques adicionais de dispersantes estão disponíveis.

Dispersante: subsuperfície

Nível 3 Nenhum equipamento é identificado nos níveis 1 ou 2, uma vez que equipamentos são acessados por meio do prestador de serviços de resposta de nível 3, visto que estoques adicionais de alto volume de dispersante seriam necessários no caso dessa capacidade ser utilizada.

Queima in-situ controlada

Nível 3 Assim como com a Contenção e recuperação no mar (consulte abaixo), equipamentos de derramamento de óleo especializados são mobilizados da base de nível 3 e rebocados para o porto marítimo mais próximo. É necessário suporte adicional na forma de embarcações de oportunidade (VOOs), assim como profissionais especializados.

Contenção e recolhimento de óleo no mar

Nível 3 Equipamentos de derramamento de óleo especializados são mobilizados pelo prestador de serviços de nível 3 e levados até o porto marítimo mais próximo para serem

recarregados nas embarcações. Suporte adicional é necessário para obter VOOs, e esses são fornecidos pelo operador através de um contrato de fretagem. Profissionais de resposta especializados são fornecidos pelo prestador de serviços de resposta para auxiliar com o carregamento, descarregamento e mobilização de equipamentos.

Proteção de recursos sensíveis

Nível 1 Equipamentos limitados são mantidos pela autoridade local e podem ser rapidamente

mobilizados para proteção de litorais sensíveis identificados.

Nível 3 Locais de proteção prioritários são identificados por meio de pré-planejamento e SCAT. Modelos de derramamento de óleo executados na fase de planejamento sugerem que haverá no mínimo cinco dias antes de chegar à praia; equipamentos especializados e profissionais podem então ser mobilizados em campo antes do impacto.

Referências

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