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Análise de Viabilidade Econômica e Financeira de Projetos

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Academic year: 2021

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Fundador e Presidente do Conselho de Administração:

Janguê Diniz

Diretor-Presidente:

Jânyo Diniz

Diretor de Inovação e Serviços:

Joaldo Diniz

Diretoria Executiva de Ensino:

Adriano Azevedo

Diretoria de Ensino a Distância:

Enzo Moreira

Créditos Institucionais

Todos os direitos reservados 2021 by Telesapiens

Análise de Viabilidade

Econômica e Financeira

(2)

Olá. Meu nome é Daniel Campelo. Sou economista, mestre em Gestão do Desenvolvimento Local Sustentável e especialista em Metodologia do Ensino a Distância. Possuo experiência técnico-profissional na área de economia, gestão e mercado de mais de 15 anos. Há 10 anos atuo na docência do ensino superior nos cursos de graduação e pós-graduação, sendo os últimos 5 anos dedicados ao ensino a distância. Por acreditar que a educação é transformadora e um excelente caminho para uma sociedade mais justa passei a me dedicar transmitindo minha experiência profissional e de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por isso fui convidado pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo!

O AUTOR

(3)

ICONOGRÁFICOS

Esses ícones que irão aparecer em sua trilha de aprendizagem significam:

OBJETIVO Breve descrição do objetivo

de aprendizagem; +

OBSERVAÇÃO Uma nota explicativa

sobre o que acaba de ser dito; CITAÇÃO

Parte retirada de um texto;

RESUMINDO Uma síntese das últimas abordagens; TESTANDO

Sugestão de práticas ou exercícios para fixação do

conteúdo; DEFINIÇÃO Definição de um conceito; IMPORTANTE O conteúdo em destaque precisa ser priorizado;

ACESSE Links úteis para fixação do conteúdo; DICA

Um atalho para resolver algo que foi introduzido no

conteúdo; SAIBA MAIS Informações adicionais sobre o conteúdo e temas afins;

+

+

+ EXPLICANDO DIFERENTE Um jeito diferente e mais simples de explicar o que acaba de ser explicado;

SOLUÇÃO Resolução passo a passo de um problema ou exercício; EXEMPLO Explicação do conteúdo ou conceito partindo de um caso prático; CURIOSIDADE Indicação de curiosidades e fatos para reflexão sobre

o tema em estudo; PALAVRA DO AUTOR

Uma opinião pessoal e particular do autor da obra;

REFLITA O texto destacado deve

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SUMÁRIO

Controle e monitoramento de projetos ...10

A importância do controle e monitoramento ... 10

Controle e monitoramento nas nove áreas de conhecimento ... 12

Qualidade no gerenciamento de projetos ...17

A qualidade no gerenciamento de projetos ... 17

Planejamento da qualidade ... 19

Garantia da qualidade ... 21

Controle de qualidade ... 23

Aquisição em projetos ...28

Processos de aquisição no gerenciamento de projetos. ... 28

Faturamento por tempo e material ... 30

Faturamento de custo fixo ... 32

Custos de projetos ...35

Os custos em gerenciamento de projetos ... 35

Estimando os custos de um projeto ... 38

Técnicas de estimativa de custos ... 39

(5)

UNIDADE

(6)

Agora que passamos da metade da nossa disciplina você já deve ter conhecimento suficiente para entender o que é um projeto e saber como gerenciá-lo. Vimos temas importantes até aqui, mas agora iremos dar um passo e focar agora no objetivo principal da nossa disciplina: a viabilidade econômica e financeira de projetos. Para tanto, iniciaremos nossa unidade tratando sobre o controle e monitoramento de projetos, avançaremos destacando o processo de qualidade no gerenciamento de projetos. Mais adiante, estudaremos a processo de aquisição para projetos e finalizamos a unidade tratando dos custos de um projeto. Todas estas temáticas serão elementares para a viabilidade econômica e financeira do projeto (que será aprofundada na última unidade). Após todo esse conhecimento acredito que você terá amadurecido seu conhecimento e estará cada vez mais qualificado para atuar profissionalmente. Vamos lá?

(7)

Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 3. Nosso objetivo é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o término desta etapa de estudos:

OBJETIVOS

Então, vamos em frente? Estarei com vocês caminhando por todas estas temáticas e ajudando a construir novos conhecimentos. Vamos lá!

Discernir sobre a importância do controle e monitoramento de projetos.

1

Aplicar práticas de qualidade no gerenciamento de projetos.

2

Identificar o processo de aquisição de recursos materiais e serviços em projetos.

3

Interpretar os custos de projetos com foco na viabilidade econômica e financeira.

(8)

Controle e monitoramento de projetos

OBJETIVO

Ao término deste capítulo você compreenderá a importância do controle e monitoramento de projetos. Tudo que é planejado (focaremos no planejamento na próxima unidade) e não é controlado e monitorado tende a não ser realizado conforme previsto. Quando você quer perder peso, por exemplo, é natural que você mude sua alimentação (planeja uma nova dieta), mas deve se pesar rotineiramente, para saber se está obtendo resultado. Da mesma forma um corredor que quer melhorar seu tempo de corrida. Ele irá monitorar constantemente para saber se os treinos realizados conforme planejado estão trazendo os resultados esperados. Para que um projeto seja viável ao longo do tempo é preciso que ele seja controlado e monitorado. É o que estudaremos a partir de agora. Vamos em frente! Avante!

A importância do controle e

monitoramento

O gerenciamento de projetos envolve várias funções que permitem a execução tranquila e organizada do projeto. Essas várias funções agrupadas de acordo com sua finalidade e esses grupos são denominadas áreas de conhecimento.

É importante para garantir a viabilidade econômica e financeira do projeto (e outras viabilidades, como a ambiental, por exemplo) que estas áreas de conhecimento sejam devidamente observadas dentro de um projeto. As áreas de conhecimento são baseadas em recursos comuns, enquanto os grupos de processos de gerenciamento de projetos determinam a ordem das atividades de gerenciamento de projetos.

(9)

Figura 1 - O controle e monitoramento são fundamentais para um projeto Fonte: freepik

O controle e monitoramento do projeto é o grupo de

processos que envolve o rastreamento do progresso do projeto para reconhecer o desvio no plano do projeto. Um plano de projeto (veremos sobre o planejamento de projetos na unidade 4) é a base para monitorar atividades, transmitir status e tomar medidas corretivas.

O monitoramento e controle do projeto permitem que ações corretivas sejam tomadas oportunamente quando o desempenho se desvia significativamente do plano. Um desvio é significativo se o desvio afetar o projeto de atingir seu objetivo.

O monitoramento e controle do projeto é um processo muito importante, pois ajuda a fornecer produtos de qualidade, no menor custo e tempo possível.

Figura 2 - É preciso que o gestor entenda o controle e monitoramentos nas nove áreas de conhecimento.

(10)

Como o monitoramento e controle do projeto rastreiam o projeto com base nas 9 áreas de conhecimento, vamos estudar como funciona todo este processo nestas nove áreas de conhecimento. Vamos lá!

Controle e monitoramento nas nove áreas

de conhecimento

Já entendemos no tópico anterior como o controle monitoramento é importante para o projeto e sua viabilidade. Agora vamos entender como funciona isto em cada uma das nove áreas de conhecimento.

1. Gerenciamento do escopo do projeto

A interação com cliente faz com que o gerente do projeto saiba se eles estão satisfeitos ou não. Nessa interação, o projeto pode obter mudanças informais no seu escopo. Isso significa que tal escopo pode ser alterado sem adicionar cronograma, orçamento ou recursos.

Para isso, o monitoramento e o controle ajudam o gerenciamento do escopo do projeto, comparando periodicamente o escopo e acordando alterações entre as partes interessadas.

A mudança no escopo é corrigida e tratada adicionando o novo elemento ou recurso com a ajuda das partes interessadas. Quando o recurso adicionado tem este processo executado de maneiro formal, o orçamento e o cronograma dos projetos também são alterados.

Daí a importância deste controle e monitoramento para o acompanhamento da viabilidade econômica e financeira do projeto.

2. Gerenciamento de tempo do projeto

Gerenciamento de tempo do projeto é planejar o cronograma do projeto de acordo com o tempo disponível. O monitoramento e controle verifica periodicamente o cronograma

(11)

planejado para conhecer o status do cronograma, influenciar os fatores que causam alterações no cronograma, determinar que o cronograma foi alterado e gerenciar as alterações quando elas ocorrem.

Para monitorar o tempo, a variação do cronograma é calculada e, consequentemente, o atraso pode ser percebido.

Neste caso, o gerente pode fazer o controle do tempo total do projeto em que o existe um caminho crítico mantido, adicionando mais recursos às tarefas deste caminho crítico.

Mais uma vez, o tempo é um fator determinante para a viabilidade e as atividades devem ser fortemente controladas.

3. Gerenciamento de custos do projeto

O gerenciamento de custos é importante para a organização, pois se o projeto é significativamente grande, pode afetar o retorno sobre o investimento da empresa. O monitoramento e controle ajudam a monitorar o orçamento do projeto.

Se algum desvio for observado no custo orçado, as ações corretivas serão tomadas. A ação corretiva garante que apenas as alterações apropriadas do projeto sejam incluídas na base de custos revisada. As alterações são informadas às partes interessadas do projeto sobre alterações autorizadas no projeto que afetam o custo.

4. Gerenciamento da qualidade do projeto

A qualidade dos resultados do trabalho é importante em termos de satisfação do cliente e reputação da organização. A qualidade é monitorada e controlada durante todo o projeto, avaliando os requisitos de qualidade do produto ou serviço especificados para o projeto.

Os requisitos de qualidade incluem os processos do projeto e as metas do produto. Para controlar a qualidade das entregas, são utilizadas várias técnicas, incluindo diagrama de causa

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e efeito, gráfico de Pareto, histograma, gráfico de execução, diagramas de dispersão etc.

Por se tratar de um item importante na viabilidade de um projeto, trataremos sobre a qualidade no gerenciamento de projetos de forma mais detalhada no próximo capítulo.

5. Gerenciamento de recursos humanos do projeto

O gerenciamento de recursos humanos inclui a atribuição da pessoa certa à tarefa certa. Também inclui o número de pessoas necessárias para a execução das atividades.

O monitoramento e controle incluem o monitoramento do desempenho individual, fornecendo feedback oportuno, resolvendo problemas e conflitos e coordenando as mudanças.

A parte de controle inclui a adoção de ações corretivas se alguém não estiver trabalhando ou gerenciando mais pessoas de acordo com o escopo ou o cronograma de desvio do plano.

6. Gerenciamento de comunicação do projeto

A comunicação garante que a expectativa e o entendimento dos resultados sejam iguais. O principal objetivo do monitoramento e controle das comunicações é garantir o fluxo ideal de informações ao longo do ciclo de vida do projeto.

Existem muitos documentos que contêm informações duplicadas e inter-relacionadas no ciclo de vida do projeto. A comunicação de controle garante que as informações de desempenho do trabalho, solicitações de mudança, etc. sejam confiáveis.

As atualizações de documentos e as atualizações de ativos do processo organizacional são atualizadas em qualquer lugar, sem qualquer ambiguidade. Para melhorar a comunicação, muitos especialistas internos e externos são acionados para ajudar.

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7. Gerenciamento de riscos do projeto

O gerenciamento de riscos do projeto não para após a análise inicial dos riscos. Ele precisa de monitoramento contínuo dos riscos identificados, monitoramento de riscos residuais, identificação de novos riscos e avaliação da eficácia do plano de resposta aos riscos.

As mudanças e novos riscos são documentados com um plano de ação para mitigá-los. O monitoramento e controle de riscos incluem reavaliação de riscos, auditorias de riscos, medições de desempenho técnico, análise de reservas e análises periódicas de riscos.

8. Gerenciamento de aquisições de projetos

O gerenciamento de compras envolve os contratos entre fornecedores (vendedores). O monitoramento e controle do projeto apoiam o gerenciamento de compras, revisando periodicamente o desempenho e comparando-o com o plano acordado e as disposições contratuais.

As alterações observadas são gerenciadas através da revisão do contrato, garantindo pagamentos apropriados aos fornecedores e coordenando o trabalho entre os fornecedores e o projeto.

Por se tratar de um item importante na viabilidade de um projeto, trataremos sobre o gerenciamento de aquisições de forma mais detalhada nos capítulos mais adiante.

9. Gerenciamento integrado de projetos

A integração envolve e coordena basicamente todas as outras áreas de conhecimento. Ele garante que todos os elementos do gerenciamento de projetos se reúnam no momento certo.

Portanto, aqui o monitoramento abrange o rastreamento de todo o projeto e o gerenciamento da mudança no trabalho do projeto. A equipe do projeto monitora o desempenho do trabalho do projeto e identifica a área que requer atenção.

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RESUMINDO

O monitoramento e controle do projeto envolvem basicamente o rastreamento de alterações nas atividades acordadas ou planejadas. O principal objetivo do monitoramento e controle do projeto é alertar as partes interessadas relevantes sobre os problemas que estão causando problemas e que podem causar problemas no futuro. A equipe de gerenciamento de projetos monitora e controla continuamente o trabalho do projeto para decidir se são necessárias ações corretivas ou preventivas, qual é o melhor curso de ação e quando agir.

(15)

Qualidade no gerenciamento de projetos

OBJETIVO

Ao término deste capítulo você terá aprendido sobre a qualidade no gerenciamento de projetos. Você sabia que nas organizações alguns gerentes de projetos ignoram a qualidade do projeto e isso acaba prometendo sua viabilidade? Isto mesmo! Então, é importante entendermos sobre a qualidade na gestão de projetos. Começaremos estudando sobre o planejamento da qualidade, depois avançaremos estudando sobre a garantia da qualidade e finalizaremos este capítulo estudando sobre o controle da qualidade. Após aprender todos estes conceitos você irá perceber como é importante que o gestor observe a qualidade do projeto, trabalhe em cima desta qualidade e como ela é capaz de apoiar a viabilidade de um projeto. Então, vamos caminhar neste novo caminho. Vamos em frente!

A qualidade no gerenciamento de projetos

Para a maioria das pessoas, analisar números, lidar com dados e criar gráficos simplesmente não é muito divertido. Provavelmente, os dados que você deseja ou precisa são difíceis de acessar ou inexistentes. Se você realmente pode acessar os dados, obtê-los no formato necessário pode ser outro aborrecimento.

Para piorar a situação, a análise de dados, especialmente grandes conjuntos de dados, pode ser confusa e totalmente monótona. No entanto, poucos argumentariam que ter bons dados de suporte facilita a vida do projeto, principalmente quando se comunica com as partes interessadas e a alta gerência.

(16)

O uso e aplicação adequados de dados e análise de dados podem ajudar praticamente qualquer projeto a ter mais sucesso. Infelizmente, muitas vezes, os gerentes de projeto lutam com o uso eficaz de dados e várias técnicas de análise para tomar decisões melhores e mais informadas. “Gerenciamento de qualidade” é um daqueles tópicos ambíguos que podem ser bastante confuso e talvez um pouco assustador.

Os gerentes de projeto que lutam com o aspecto da qualidade do gerenciamento de projetos precisam de alguns conhecimentos diretos e práticos sobre como aplicar as ferramentas e técnicas de qualidade.

Figura 3 - A qualidade de um projeto pode estar nos detalhes. Fonte: freepik

O que trataremos a seguir tenta oferecer a você várias sugestões e diretrizes sobre a incorporação de conceitos, ferramentas e técnicas de qualidade no gerenciamento bem-sucedido de qualquer projeto.

O gerenciamento da qualidade do projeto é dividido em três processos principais: (1) planejamento da qualidade, (2) garantia da qualidade e (3) controle da qualidade. À primeira vista, cada grupo de processos possui uma lista imponente de entradas, ferramentas e técnicas e saídas.

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Lembre-se de que essas ferramentas não são novas. Eles têm sido usados em ambientes de negócios há décadas. A maioria das técnicas de análise e gráficos pode ser feita em uma planilha básica. A chave para os gerentes de projeto é simplesmente incorporar as ferramentas certas de cada processo durante o curso de um projeto.

ACESSE

Antes de continuar vamos assistir um vídeo. Clique aqui. Nele,

Andriele Ribeiro explica em um vídeo de 7 minutos e 20 sobre a área de qualidade do PMBOK.

Vamos a partir de agora estudar os três processos principais do gerenciamento da qualidade dos projetos:

Planejamento da qualidade

Um dos aspectos mais importantes do planejamento da qualidade é o estabelecimento de métricas de qualidade. Os gerentes de projeto devem ir além das métricas tradicionais de escopo, tempo e custo. É relevante vincular um projeto aos objetivos estratégicos da empresa, organização ou unidade de negócios.

Para obter melhores resultados do projeto os esforços do gerente de projeto em qualquer projeto que ele esteja gerenciando devem resultar em algum tipo de melhoria para os negócios. Por fim, é por isso que existe um projeto - para melhorar uma parte dos negócios.

Se um gerente de projeto deseja interesse, participação e apoio ativos dos principais patrocinadores, é essencial vincular o projeto a alguma métrica de importância para os negócios. Uma

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medida pela qual o patrocinador é responsável é uma maneira fácil de abordar esse vínculo.

Um aspecto fundamental do planejamento da qualidade é o gerente de projetos entender os processos que seu projeto está impactando. O gerente do projeto deve então desenvolver medidas de processo para o projeto, a fim de medir o impacto das alterações recomendadas para os processos impactados.

É bastante comum que as pessoas lutem com métricas. Elas são um desafio, sem dúvida. Uma ótima maneira de pensar em métricas é categorizá-las em três grupos: medidas de negócios, medidas de clientes e medidas de processo.

Vamos ver um exercício prático através de um passo-a-passo de como podemos fazer um planejamento da qualidade:

Passo 1: Como um grupo, a equipe do projeto deve

apresentar um fluxograma do processo em que o projeto toca como é hoje. Durante este exercício, identifique quais etapas são os gargalos, restrições, soluções alternativas ou áreas problemáticas. Todo o exercício de fluxograma não deve demorar mais do que 3 horas.

Passo 2: Em seguida, determine onde os intervalos

lógicos ou transferências estão dentro do processo. Podem ser transferências entre departamentos, registros de data e hora, marcos ou qualquer outra quebra lógica do processo. Reúna dados sobre essas medidas de intervalo ou processo e faça um gráfico delas.

Passo 3: Por fim, vincule cada medida do processo

à medida final do cliente ou da empresa que o projeto deve melhorar. Essas medidas de processo com a melhor ligação ou correlação são onde a equipe do projeto deve se concentrar para melhorar os resultados.

Outras sugestões para os gerentes de projeto a considerar em relação à vinculação de suas métricas ao que é importante

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para a organização têm a ver com as métricas de custo da qualidade.

Se o objetivo de um projeto é reduzir os custos de falhas, como retrabalho, (re)inspeção, sucata, devoluções, reclamações de garantia ou reembolsos, essas métricas devem ser rastreadas e vinculadas às recomendações e alterações de processo finais do projeto.

Existem muitas ferramentas associadas ao planejamento da qualidade. É necessário tomar decisões sobre quais ferramentas e técnicas são necessárias para avançar no projeto.

Todo projeto, no entanto, deve estar em melhor situação se o gerente dedicar algum tempo para vincular seu projeto ao que é importante para a organização, fazer um fluxograma dos processos afetados pelo projeto, estabelecer métricas apropriadas e utilizar ferramentas poderosas de verificação, como o design de experimentos.

Agora que já entendemos como fazer o planejamento da qualidade, vamos estudar sobre a garantia da qualidade.

Garantia da qualidade

O processo de garantia de qualidade está associado à

melhoria contínua e à análise de processos. Antes que os níveis de qualidade possam ser verificados, é importante ter dados precisos. Como diz o velho ditado americano: “lixo dentro, lixo fora”, ou seja, dados de entrada defeituosos geram resultados sem sentido.

Portanto, toda equipe de projeto deve realizar uma análise completa do sistema de medição para verificar a precisão e a integridade do sistema de medição e dos dados. Existem vários componentes para um bom sistema de medição:

Fidelidade: os dados refletem o valor real da propriedade

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Precisão: os dados estão medindo com precisão o que

é medido.

Repetibilidade: medições sucessivas pelo mesmo

avaliador devem ser sempre iguais.

Reprodutibilidade: diferentes avaliadores que medem o

mesmo item obtêm o mesmo resultado.

O gerente e a equipe do projeto devem dedicar tempo e esforço para garantir a precisão e credibilidade do sistema de medição. A credibilidade das decisões futuras é baseada nesta etapa vital da garantia da qualidade.

A análise de processos é outro aspecto essencial da garantia da qualidade. A análise de processo inclui os tópicos de análise de causa raiz e análise de valor agregado. A maioria dos gerentes de projeto está familiarizada com a análise de causa raiz, em particular o uso de uma causa e efeito ou diagrama de espinha de peixe.

O que é importante lembrar sobre a análise de causa raiz é incluir as cinco principais categorias: pessoas, métodos, máquinas, materiais, sistema de medição e ambiente ao investigar as fontes de problemas. É fácil concentrar a maioria dos esforços de melhoria e ações corretivas nas pessoas.

SAIBA MAIS

85% dos problemas nos negócios podem estar associados ao gerenciamento? Como sugeriu o guru da qualidade Edwards Deming, a gerência decide sobre os métodos, procedimentos, materiais, etc.

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A análise de valor agregado é outra abordagem facilmente aplicada, porém eficaz, para a melhoria contínua. A regra geral para determinar se uma etapa agrega valor é se um cliente estaria disposto a pagar por essa etapa específica.

O tempo real de processamento pode ser adicionado a cada etapa do processo e, a partir daí, podem ser feitos cálculos básicos de eficiência do processo. Geralmente, a área de oportunidade para melhoria é o tempo de espera ou espera entre cada etapa.

Garantia de qualidade tem tudo a ver com melhoria contínua de processos. Isso inclui a investigação ou a análise da causa raiz dos problemas nos processos, bem como a avaliação contínua de quais etapas do processo estão agregando valor. Agora que estudamos a garantia da qualidade, vamos para o nosso último processo do gerenciamento da qualidade do projeto: o controle de qualidade.

Controle de qualidade

O último processo sob gerenciamento de qualidade do projeto é o controle de qualidade.

O controle de qualidade tem a ver com o monitoramento das métricas do projeto, identificadas na fase de planejamento da qualidade, para garantir que essas métricas tenham desempenho satisfatório.

O controle de qualidade também inclui a compreensão do conceito de variação, bem como a comunicação eficaz com os dados. As métricas foram identificadas no estágio de planejamento da qualidade, enquanto a coleta de dados precisos para essas métricas fazia parte da garantia da qualidade.

No processo de controle de qualidade, são utilizadas ferramentas de análise gráfica para exibir os dados, para que as decisões possam ser tomadas com facilidade e rapidez em relação à qualidade da saída do processo. É fácil entrar no modo «paralisia da análise» com esta etapa, portanto a chave é manter

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o rastreamento o mais simples possível. Na maioria das vezes, deve-se usar ferramentas simples, como gráficos de execução.

IMPORTANTE

Para saber mais sobre a paralisia da análise, estudamos sobre ela na segunda unidade de nossa disciplina.

Os gráficos de execução, geralmente chamados de gráficos de linhas, respondem à pergunta: “Como estamos indo ao longo do tempo?” Ao analisar os dados ao longo do tempo, a ferramenta apropriada é um gráfico de execução ou gráfico de controle, não um gráfico de barras. Os gráficos de execução são predecessores naturais para controlar gráficos; eles simplesmente não têm limites de controle.

Os gráficos de Pareto são a ferramenta simples e apropriada para categorias de informações como: razões para erros de pedidos de serviço, resultados por região ou tipos de reclamações de clientes. Os gráficos de Pareto respondem à pergunta: “Quais coisas estão afetando a métrica principal?”

Todo gráfico de execução deve ter um conjunto associado de gráficos de Pareto para ajudar a explicar o que está afetando a métrica principal de interesse. O gráfico de execução e o gráfico de Pareto são uma ótima combinação e percorrem um longo caminho em direção a uma comunicação simples, porém eficaz, com grupos de partes interessadas.

Já os gráficos de dispersão são a ferramenta apropriada para mostrar visualmente se existe uma correlação entre duas variáveis. Lembre-se: se é possível colocar duas medidas em um gráfico, implica dizer que há uma relação entre essas medidas.

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Outras sugestões para mapear e monitorar os resultados incluem:

Uma métrica por gráfico é uma boa regra geral.

Evite se tornar um “cartunista”. Mantenha os gráficos o

mais simples possível.

Os gráficos devem falar por si. Se você precisar explicar

o gráfico, ele não está cumprindo sua finalidade.

Evite adicionar linhas de “tendência” aos gráficos. É

muito fácil fazer uma interpretação incorreta de uma “tendência” que, na realidade, pode até não existir.

Tente não usar apenas dados mensais nos gráficos.

A plotagem de dados diários ou semanais facilita muito a identificação do que está acontecendo no processo. As mudanças de processo também são detectadas muito mais rapidamente do que com os dados mensais.

Compreender a diferença entre variação normal e

pontos de dados incomuns é, talvez, a área que poderia ajudar a melhorar a tomada de decisões nos negócios e nos projetos.

Compreender os diferentes tipos de variação é realmente bastante simples, mas é extremamente difícil de aplicar no cenário comercial do cotidiano. As pessoas são solucionadoras de problemas naturais.

Em um ambiente de negócios, os gerentes têm essa necessidade inerente de agir, mesmo que, na realidade, não haja necessidade de agir. Os gerentes de projeto podem percorrer um longo caminho para reduzir as reações instintivas em seus projetos quando diferenciam entre variações de causas comuns e especiais.

O gráfico de controle fará isso por você. O gráfico de controle é uma ferramenta extremamente poderosa que deve ser usada no processo de monitoramento para determinar se os processos estão sob controle.

(24)

Quando apenas uma variação de causa comum está presente, mas os resultados não estão onde precisam estar, talvez um projeto de experimento ajude a determinar como mudar o processo na direção certa.

Se uma medida do processo estiver no controle, ou seja, ela só tem variação de causa comum, mas os resultados não são bons o suficiente, isso indica que o processo deve ser alterado ou aprimorado.

Pedir às pessoas para explicar as diferenças nos dados entre os limites de controle não é apenas frustrante, mas também uma perda de tempo. Uma abordagem melhor é reconhecer que o processo atual não é capaz de se concentrar em melhorar o processo.

A melhor maneira de melhorar os processos é através de uma equipe de projeto de melhoria de processos. Compreender a variação facilita muito a tomada de decisões. Investigue causas especiais, reduza a variação e decida se o processo é bom.

Se o processo não for bom, em vez de continuar tentando corrigir, forme uma equipe de projeto de melhoria de processo para estudar o processo e mudá-lo na direção certa.

O monitoramento de processos é parte integrante do controle de qualidade. As ferramentas de qualidade usadas nesse processo podem ajudar os gerentes de projeto de várias maneiras, incluindo: diferenciação entre ruído normal no processo e algo incomum, comunicação eficaz com análises gráficas fáceis de entender e tomada de decisões melhores e menos emocionais com base em dados e fatos sólidos.

(25)

RESUMINDO

Projetos são quase sempre empreendimentos emocionais uma boa parte dos envolvidos do que de apenas algumas partes interessadas. Para tirar essa emoção da tomada de decisão e se comunicar de maneira mais eficaz com a alta gerência, é essencial incorporar processos de qualidade em cada projeto. Para melhorar com sucesso os resultados a longo prazo, os gerentes de projeto devem desenvolver uma mentalidade de melhoria contínua. Isso pode ser feito, como vimos, familiarizando-se e utilizando as várias ferramentas e técnicas de qualidade em cada projeto. Os gerentes de projeto que tomam tempo para estabelecer boas métricas de projeto, analisar os processos afetados pelo projeto e entender o conceito de variação, devem melhorar significativamente a eficácia do gerenciamento de seus projetos.

(26)

Aquisição em projetos

OBJETIVO

Ao término deste capítulo você terá entendido como realizar a aquisição (compras) em projetos. Além de ser vigilante quanto a qualidade do projeto, o gestor precisa estar atento às práticas utilizadas para aquisições. Iremos aprender sobre o processo de aquisição no gerenciamento de projeto. Após entendermos a definição e os primeiros conceitos, vamos focar em dois tipos de faturamentos bastante utilizados em projetos e que ajudam no processo de aquisição. O primeiro é o faturamento por tempo e material e, o segundo, o faturamento de custo fixo. Entendido estes conceitos, ficará claro como realizar a aquisição em projetos. E é para isso que estamos aqui! Iremos te dar todos estes elementos para que você continue avançando em seu conhecimento. Vamos em frente!

Processos de aquisição no gerenciamento

de projetos.

A arte do gerenciamento de projetos exige um aumento da vigilância sobre a qualidade e os processos relacionados, como acabamos de estudar. O gerente de projeto deve estar ciente das melhores práticas usadas para o projeto e deve garantir que ele as adapte ao uso do gerenciamento de projetos.

Uma área de preocupação hoje em dia é a ausência de processos em compras e pessoal. Essas são áreas de preocupação não apenas para o gerente do projeto, mas também para as organizações.

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É necessário equilibrar os requisitos do ciclo rápido de compras e pessoal com os processos adequados a serem seguidos. Tem havido muito debate em muitas organizações sobre a falta de qualidade no recrutamento e aquisições.

Figura 4 A aquisição é importante para a viabilidade econômica e financeira. Fonte: freepik

Essas áreas afins de qualidade e compras, quando mal gerenciadas, podem arruinar as chances de um projeto ser bem-sucedido e, portanto, o gerente do projeto tem a responsabilidade de orientar o curso e garantir que não haja perda da qualidade.

Existem várias áreas do gerenciamento de projetos que precisam de controle de qualidade e existem vários parâmetros de qualidade que podem ser usados para atender a esses padrões.

Por exemplo, muitas organizações usam processos específicos para orientá-los na arte da qualidade e no atendimento às especificações de qualidade. Essa é apenas uma instância de como a estrutura de qualidade é usada para diferenciar os processos livres de erros e os que precisam de revisão e retrabalho.

O método de amostragem, por exemplo, pode ser usado para melhorar a qualidade dos processos empregados pelas

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organizações. Este método, em particular, se relaciona à melhoria contínua, um tema que encontraria ressonância no mundo supercompetitivo hoje.

Todas as organizações buscam a qualidade e encontram a vantagem que as diferenciaria das demais e, portanto, são essas iniciativas que o gerente de projetos deve esperar e implementá-las em sua organização.

Para resolver os problemas decorrentes de práticas inadequadas de compras e de pessoal, o gerente de projeto deve estar em contato constante com uma parte interessada importante, ou seja, as equipes de compras e de pessoal e é aqui que se espera que o gerente de projeto mostre seu nível de competência gerenciando o ciclo de compras e de pessoal.

ACESSE

Antes de continuar, vamos assistir ao vídeo “Entenda a área de AQUISIÇÕES do PMBOK em tempo recorde”. Nele, Andriele Ribeiro discorre acerca do gerenciamento das aquisições do projeto. Clique aqui.

Uma das competências que o gerente deve ter no controle de aquisição é conhecer as diferenças entre faturamento por tempo e material e faturamento com custo fixo. Vamos entender melhor o que isto significa!

Faturamento por tempo e material

O faturamento por tempo e material refere-se ao processo de faturamento em que o número real de horas trabalhadas e os recursos implantados são faturados como base, com a margem adicionada a ele.

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Figura 5: O faturamento por tempo e material observa alguns aspectos específicos Fonte: freepik

Em outras palavras, o faturamento por tempo e material refere-se ao faturamento feito de acordo com o número real de horas / dias / meses trabalhados pelos recursos (quantas vezes) e multiplicando os dois para chegar ao valor consolidado.

O faturamento de tempo e material é muito popular na indústria de software, pois os horários são geralmente difíceis de gerenciar e, portanto, os gerentes de projeto cobram dos clientes pelo trabalho real e não pelo trabalho estimado.

Além disso, o faturamento por tempo e material tem a vantagem de levar em consideração os excedentes do projeto, o que significa que, mesmo quando o projeto ultrapassa o prazo estimado, o fornecedor é coberto por causa do faturamento real que ocorre.

Por outro lado, os clientes nos últimos tempos relutaram em participar de um faturamento de custos reais e de tempo devido aos riscos envolvidos em termos de saldos e atrasos no orçamento. Em outras palavras, o faturamento de tempo e material pode levar a excedentes de custos e problemas associados.

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Faturamento de custo fixo

Por outro lado, o faturamento de custo fixo introduz um elemento de disciplina tanto para o fornecedor quanto para o cliente, pois o faturamento é feito com base na estimativa de custos e em uma margem adicionada pelo fornecedor.

Nos últimos anos, a indústria de software mudou para o modo de custo fixo devido ao fato de que os atrasos nos projetos se tornaram comuns e os clientes não querem sofrer pelos erros do fornecedor.

Obviamente, os atrasos também podem ser do lado do cliente e essa é a razão pela qual muitos contratos especificam explicitamente as cláusulas de multa e outros detalhes, para que o fornecedor e o cliente estejam protegidos.

O faturamento de custo fixo garante que o fornecedor tenha uma proteção contra excedentes de custos, além de garantir que o fornecedor tenha um incentivo para entregar dentro do prazo. Além disso, o faturamento de custo fixo também garante que os clientes não possam se atrasar porque o fornecedor pode invocar a cláusula de penalidade. É por esses motivos que o faturamento de custo fixo se tornou muito popular nos últimos anos.

Isso não quer dizer que o faturamento de tempo e material seja desprezível ou não esteja sendo usado. Por outro lado, o faturamento de tempo e material é muito importante quando as multinacionais têm suas subsidiárias em locais no exterior como centros de custo.

(31)

EXPLICANDO DIFERENTE

+

+

+

Esses centros de custo são configurados com o objetivo expresso de fornecer serviços às multinacionais e não se espera que sejam orientados para o lucro. Em outras palavras, eles são conhecidos como centros de custo porque precisam mostrar que foram responsáveis por seus custos e retornaram algum lucro à sede.

O faturamento de custo fixo é preferível quando o cliente e o fornecedor estão entrando em um relacionamento pela primeira vez, onde cada um precisa se avaliar quanto à genuinidade e aderência aos termos do contrato.

Figura 6: O faturamento por custos fixo nas aquisições é cada vez mais utilizado nas organizações

Fonte: freepik

Um outro aspecto do gerenciamento de projetos bastante importante é a prática de compras inteligentes de materiais e recursos necessários para o projeto. Todo gerente de projeto é encarregado da seleção de recursos e pessoas para o projeto.

Em um projeto de negócios de “produção limpa”, por exemplo, o gerente de projeto deve garantir que seja feito de

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forma inteligente a aquisição de materiais. O que a aquisição inteligente significa é que o gerente de projeto deve garantir que os contratados e fornecedores selecionados para fornecer recursos estejam em conformidade com as normas ambientais internacionais e que atendam às especificações estabelecidas pela organização para suas práticas de compras

Toda organização precisa instituir um conjunto de diretrizes para compras e no caso de um projeto de produção limpa, o gerente de projeto teria que elevar os recursos no que diz respeito às normas ambientais para compras.

O gerente de projeto precisa convencer o departamento de terceirização a fazer exceções ao seu projeto, pois é um projeto altamente específico em seus objetivos. Em seguida, a seleção de fornecedores e contratados para o fornecimento de recursos deve atender não apenas aos critérios de custo-benefício, mas também às normas ambientais aprimoradas necessárias ao projeto.

O processo de compras inteligentes usa uma combinação de procedimentos existentes para compras, combinada com exceções únicas para o projeto em relação à fonte de recursos e materiais para o projeto. Quando os projetos são considerados de natureza “verde” e, portanto, precisam de bens e serviços específicos e personalizados, o gerente de projetos pode ter que estender sua rede amplamente para alcançar fornecedores e contratados que não são fornecedores tradicionais da organização.

Portanto, são necessárias práticas inteligentes de compras, bem como um processo ágil e eficiente para selecionar fornecedores e contratados para a compra de suprimentos. Um projeto de negócios de produção limpa precisa ter uma verificação em todas as etapas do projeto, para verificar a poluição que está gerando em cada etapa.

Observe que todos estes elementos de aquisições trazem impacto financeiro e orçamentário para a organização.

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Custos de projetos

OBJETIVO

Ao término deste capítulo terá compreendido os custos de projetos como foco na viabilidade econômica e financeira. Iremos entender inicialmente sobre os custos envolvidos nos projetos, tais como: diretos, indiretos, fixos, variáveis. Avançaremos estudando um tema muito importante para quem trabalha com projetos: como podemos estimar os custos do meu projeto? Apresentaremos quatro técnicas utilizadas para fazer a estimativa de custo. Por fim, estudaremos sobre como fazer a análise custo-benefício de um projeto. Este tema é bastante importante para compor a viabilidade econômica e financeira de um projeto. Conhecer bem esta temática é elemento relevante no seu conhecimento e em sua profissão. E então? Motivado para desenvolver este novo conhecimento? Então vamos lá. Avante!

Os custos em gerenciamento de projetos

Neste momento vamos começar a estudar uma temática importante para a viabilidade econômica e financeira de um projeto. Vamos estudar sobre os custos em gerenciamento de projetos e entender os custos associados aos projetos

Inicialmente vamos conhecer os custos associados aos projetos. Vamos lá!

Custos diretos

Quaisquer custos diretamente atribuíveis ao trabalho de um único projeto. Isso pode incluir os salários pagos a equipe, a taxa de cobrança dos recursos e custos do software e hardware usados na criação do projeto.

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Custos indiretos

Esses custos são distribuídos em muitos projetos e não podem ser vinculados a um único projeto. Esses custos incluem aqueles incorridos em serviços compartilhados, como custo de espaço para escritório, impostos pagos pela organização e outros serviços, como secretaria, recepcionista e zelador.

Custos variáveis

Custos que mudam proporcionalmente à quantidade de tempo e material gastos no projeto.

Custos fixos

Custos que não mudam com a linha do tempo ou o progresso do projeto.

Custos acumulados

Os custos cumulativos do projeto são aqueles incorridos até uma fase ou etapa específica do projeto. Ele pode ser medido usando um Índice de Desempenho de Custo, que mede a proporção do valor agregado em relação ao custo real incorrido no projeto. Conforme descrito, todos os custos acumulados até uma determinada fase podem ser chamados de custos cumulativos do projeto. Entendi os custos envolvidos em um projeto, é importante também quem você saiba da importância do orçamento faseado e o controle de custos. Vamos ver o que são estes conceitos agora!

Um orçamento faseado no tempo inclui os custos

incorridos em cada intervalo ou etapa do projeto. Os marcos para este projeto seriam requisitos, design, codificação, teste e implementação. O orçamento para ele seria os custos em cada etapa do projeto.

O orçamento geral do projeto deve ter todos os componentes dos custos incluídos, como custos diretos e indiretos, custos fixos e variáveis, etc., juntamente com o custo em cada fase ou etapa do projeto.

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A variação de custo deve ser medida usando a técnica de valor agregado. Essa técnica permite ao gerente avaliar a conclusão do projeto em cada etapa, de acordo com o custo incorrido e o valor acumulado até então. A variação entre essas duas medidas fornece uma estimativa precisa da saúde do projeto.

Dada a importância do para a viabilidade econômica do projeto, estudaremos na próxima unidade a gestão orçamentária de forma mais detalhada.

O plano de gerenciamento de custos deve incluir o plano

para controle dos custos do projeto. Deve haver uma medida

dos custos envolvidos e suas variações rastreadas, se houver. Qualquer variação no orçamento deve ser controlada pelo controle do impacto das alterações de custo.

Figura 7 - É importante controlar os custos de um projeto Fonte: freepik

Além disso, o controle de custos pode ser feito na área de custos indiretos e despesas gerais e administrativas.

Agora que entendemos os custos, o orçamento faseado e o controle dos custos, vamos estudar sobre como estimar os custos de um projeto.

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Estimando os custos de um projeto

A estimativa de custos é um dos processos mais

importantes no gerenciamento de projetos. Você pode usá-lo para muitos propósitos, como por exemplo se uma organização quiser saber o custo correto ao fazer um lance para um projeto.

Pode ser necessário usar o processo de estimativa de custos no meio do projeto, no caso de grandes mudanças e pode ser repetido a qualquer momento quando houver necessidade.

Mas afinal, objetivamente, o que é estimativa de custos? A estimativa de custos é o processo de previsão do custo do projeto com um escopo definido.

A estimativa de custo é a soma de elementos de custo individuais, usando métodos estabelecidos e dados válidos, para estimar os custos futuros de um projeto, com base no que é conhecido hoje.

O PMBOK (que estudamos na unidade anterior) define o processo de estimativa de custos como “o processo de desenvolvimento de uma aproximação do custo dos recursos necessários para concluir o trabalho do projeto”.

Figura 8 - Estimar um custo de um projeto pode ser peça chave para o sucesso Fonte: freepik

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Em um primeiro momento, você pode achar este processo difícil, mas você tem várias técnicas para realizar essa tarefa. Depois de entendê-las, você pode estimar os custos do projeto facilmente. Vamos estudar algumas ferramentas que auxiliam os envolvidos no projeto a fazerem as estimativas de custos. Vamos lá!

Técnicas de estimativa de custos

Como vimos, o custo do projeto deve incluir os recursos e a reserva de contingência. Para calcular os custos de recursos de um projeto, você pode usar quatro técnicas principais:

Estimativa análoga;

Estimativa paramétrica;

Estimativa de três pontos;

Estimativa de baixo para cima.

Entre todas, a estimativa análoga é a menos precisa e a estimativa de baixo para cima é a mais precisa.

Há uma diferença entre a estimativa de custos e o processo de duração estimado de um projeto, porém, ambos usam as mesmas ferramentas para estimativa. Um é destinado ao dinheiro disponível para gastar e o outro é destinado ao tempo gasto.

Vamos estudar melhor cada uma das quatro técnicas!

Estimativa análoga

Você usa essa técnica quando informações limitadas do projeto estão disponíveis. Essa técnica não fornece uma estimativa confiável. Os benefícios desta técnica são um resultado rápido com menos esforço.

Aqui, você estima o custo do projeto comparando-o com qualquer projeto semelhante no passado. Você analisará os registros históricos da organização. Em seguida, você usará seu julgamento especializado para encontrar a estimativa de custo do seu projeto.

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Se sua organização concluiu muitos projetos semelhantes, você selecionará o que mais se parecer com o seu. Você traçará um paralelo entre os projetos atuais e os anteriores e fará ajustes para obter o custo do projeto.

A estimativa pode ser precisa se a semelhança for alta e os estimadores forem especialistas.

A estimativa análoga também é conhecida como estimativa de cima para baixo.

Pontos importantes desta técnica:

Esta é a técnica mais rápida, mas menos precisa;

Essa técnica é útil quando você tem menos detalhes.

Estimativa paramétrica

Como a estimativa análoga, a estimativa paramétrica usa dados históricos para calcular o custo, porém, ela usa dados estatísticos. Ela pega variáveis de projetos semelhantes e as aplica ao atual.

Por exemplo, você assumirá o custo do concreto por metro cúbico de seus projetos anteriores, encontrará a quantidade de concreto do projeto atual e os multiplicará. Isso fornecerá o custo total do concreto para o seu projeto.

Da mesma forma, você pode calcular o custo de outros parâmetros: recursos humanos, materiais, equipamentos etc.

A estimativa paramétrica é mais precisa que a estimativa análoga.

Pontos importantes desta técnica:

Usa o relacionamento estatístico entre dados históricos

e variáveis.

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Estimativa de três pontos

Essa técnica ajuda a reduzir vieses e incertezas ao estimar suposições. Aqui, você determina três estimativas, em vez de uma, e mede a média delas para reduzir as incertezas, riscos e preconceitos.

Duas comumente usam estimativas de três pontos: beta e triangular.

O PERT (Técnica de Avaliação e Revisão de Programas) é baseado na distribuição beta.

A fórmula de estimativa PERT é:

Ce = (Co + 4Cm + Cp) / 6

Onde:

Ce = Custo Esperado

Cm = Custo mais provável. Considera um caso típico

em que tudo acontece normalmente.

Cp = Custo pessimista, onde quase tudo dá errado.

Co = Custo otimista, onde tudo corre melhor do que se

supõe.

Já a fórmula da estimativa triangular é:

Ce = (Co + Cm + Cp) / 3

Essa técnica minimiza as visualizações tendenciosas dos dados.

Pontos importantes desta técnica:

Essa técnica reduz o viés, o risco e a incerteza da

estimativa.

É mais preciso que as técnicas de estimativa análogas

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Estimativa de baixo para cima

A estimativa de baixo para cima também é chamada de “técnica definitiva”. Essa é a técnica mais precisa, porém mais demorada e cara. Aqui, você calculará o custo de cada atividade com o mais alto nível de detalhe e os agrupará para calcular o custo total do projeto.

Simplificando, você dividirá o trabalho do projeto em seus menores componentes de trabalho. Em seguida, você estimará o custo de cada componente e o agregará para obter o cálculo de custo do projeto.

Pontos importantes desta técnica:

Essa é a técnica mais precisa e fornece resultados

confiáveis;

Você pode usar essa técnica quando tiver todos os

detalhes do projeto;

Essa técnica é cara e consome tempo.

A estimativa de custos é um processo iterativo. Pode ser repetido em diferentes estágios do ciclo de vida do projeto, conforme definido no plano de gerenciamento de custos. Esse processo ajuda a estabelecer a linha de base dos custos.

É importante observar que quanto mais preciso o método, mais caro e demorado ele se torna. Você usará a técnica de estimativa mais adequada à sua situação. Nem sempre é aconselhável usar estimativas de baixo para cima quando você tem pouco tempo ou recursos.

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IMPORTANTE

A estimativa de custo é um processo importante, pois o sucesso do seu projeto depende disso. Se você obtiver um projeto com uma estimativa defeituosa, precisará concluir o projeto do próprio bolso. Isso é ruim para o seu projeto e afeta a credibilidade da sua organização.

Agora que entendemos como realizar a estimativa de custos de um projeto, vamos para o nosso último tópico da nossa terceira unidade. Estudaremos agora sobre como fazer uma análise de custo-benefício de um projeto. Vamos em frente!

Análise de custo-benefício para projetos

Este tópico vai te oferecer orientações para realizar análises de custo-benefício para projetos de rodovias. Assim, estudaremos alguns temais importantes, tais como:

Informações básicas sobre a análise de custo-benefício

e como ele pode se encaixar no processo de desenvolvimento do projeto;

Discussão de termos e princípios econômicos;

Revisão de etapas relevantes na realização de uma

análise de custo-benefício para projetos;

Conselhos sobre o uso de resultados de custo-benefício.

Cabe destacar que a análise de custo-benefício não é a mesma coisa que análise de viabilidade econômica e financeira (embora a análise- custo-benefício compõe a análise de viabilidade econômica e financeira).

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Uma análise de custo-benefício é uma avaliação sistemática das vantagens econômicas (benefícios) e desvantagens (custos) de um conjunto de alternativas de investimento. Normalmente, um “caso base” é comparado a uma ou mais alternativas (que apresentam algumas melhorias significativas em comparação ao caso base).

A análise avalia diferenças incrementais entre o caso base e as alternativas. Em outras palavras, uma análise de custo-benefício tenta responder à pergunta: que custo-benefícios adicionais resultarão se essa alternativa for adotada e quais custos adicionais são necessários para trazê-la?

Figura 9 - A análise custo-benefício é uma excelente ferramenta de viabilidade de um projeto

Fonte: freepik

O objetivo de uma análise de custo-benefício é traduzir os efeitos de um investimento em termos monetários e contabilizar o fato de que os benefícios geralmente se acumulam por um longo período, enquanto os custos de capital são incorridos principalmente nos anos iniciais.

Se formos analisar um projeto de transporte que podem ser monetizados são, por exemplo: custos de tempo de viagem, custos de operação de veículos, custos de segurança, custos de manutenção em andamento e valor restante de capital (uma combinação de gasto de capital e valor residual).

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Para alguns tipos de projetos, como desvios, os tempos de viagem e a segurança podem melhorar, mas os custos operacionais podem aumentar devido a distâncias maiores. Uma análise de custo-benefício adequadamente conduzida indicaria se o tempo de viagem e a economia de segurança excedem os custos de projeto, construção e os custos operacionais em longo prazo.

As análises de custo-benefício são usadas como ferramenta pelos gerentes de projeto para ajudar a avaliar conceitos preliminares durante os primeiros estudos de planejamento, para avaliar alternativas e selecionar uma alternativa preferida como parte da documentação do projeto e para avaliar as possíveis opções de ampliação do projetos.

RESUMINDO

Uma análise de custo-benefício fornece uma medida monetária da conveniência econômica relativa das alternativas do projeto, mas os tomadores de decisão geralmente pesam os resultados em relação a outros efeitos e impactos não monetizados do projeto.

Mas como a análise de custo-benefício pode ser utilizada durante a fase de desenvolvimento de um projeto?

Como vimos, uma análise de custo-benefício é uma ferramenta para auxiliar os gerentes de projeto quando eles estão avaliando e comparando diferentes alternativas. Comparações alternativas são feitas em diferentes pontos do processo de desenvolvimento do projeto, incluindo: desenvolvimento do conceito, documentação ambiental, design e construção.

Os resultados de uma análise de custo-benefício, juntamente com informações públicas e demais documentação do projeto, podem ser usados para avaliar os efeitos e os

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impactos monetizados e não monetizados de alternativas quando uma decisão precisa ser tomada.

Embora a análise de custo-benefício sempre tente responder à pergunta: “Do ponto de vista econômico, os benefícios valem o investimento?” Esta pergunta é feita de diferentes maneiras em diferentes pontos do processo de desenvolvimento do projeto, conforme observamos abaixo:

Planejamento do projeto: Do ponto de vista econômico,

os benefícios de uma nova construção valem os custos do projeto (em comparação com o sistema atual)?

Projeto e estudo ambiental: Do ponto de vista

econômico, os benefícios do local “A” valem os custos do projeto? Como a localização “A” se comparada a “B” ou “C”?

Planejamento da construção: Do ponto de vista

econômico, os benefícios de fechar algumas ou todas as faixas de uma estrada, por exemplo, durante a construção valem o atraso no tráfego e os custos de desvio (em comparação com a manutenção de algumas faixas abertas)?

Em princípio, uma análise ideal de custo-benefício projetaria e avaliaria todas as possibilidades, mas isso não é possível nem prático, pois envolveria grandes incertezas. Então, é preciso focar em um elemento e observar se a relação custo-benefício é positiva.

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REFERÊNCIAS

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MARTINS, Elizeu. Contabilidade de custos. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

MENEZES, Luis Cesar de Moura. Gestão de Projetos, Atlas, 3. ed. 2009.

PADOVEZE, Clovis Luiz. Introdução à administração financeira: texto e exercícios. 2. Ed. São Paulo: Cengage Learning, 2011.

PALADINI, Edson Pacheco. Gestão da qualidade: teoria e prática. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2004.

SOUZA, Bernardo Pimentel. Manual de processo empresarial. 7ed. São Paulo Saraiva, 2011.

VICECONTI, Paulo; NEVES, Silvério das. Contabilidade de custos: um enfoque direto e objetivo. 11.Ed. São Paulo: Saraiva, 2013.

Referências

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