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Perfil de idosos internados em unidades de terapia intensiva públicas do Distrito Federal

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Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa

Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em

Gerontologia

PERFIL DE IDOSOS INTERNADOS EM UNIDADES

DE TERAPIA INTENSIVA PÚBLICAS DO DISTRITO

FEDERAL

Autor: Saint-Clair Gomes Bernardes Neto

Orientadora : Profa Dra. Karla Helena C. Vilaça

Co-orientadora: Profa Dra. Graziella França B.

Cipriano

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SAINT-CLAIR GOMES BERNARDES NETO

PERFIL DE IDOSOS INTERNADOS EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA PÚBLICAS DO DISTRITO FEDERAL

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Gerontologia da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do Título de Mestre em Gerontologia.

Orientador: Profa Dra. Karla Helena Coelho Vilaça

Co-orientadora: Profa Dra. Graziella França Bernardelli Cipriano

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Ficha elaborada pela Biblioteca Pós-Graduação da UCB

B518p Bernardes Neto, Saint-Clair Gomes.

Perfil de idosos internados em unidades de terapia intensiva públicas do Distrito Federal. / Saint-Clair Gomes Bernardes Neto – 2015.

44 f.; il.: 30 cm

Dissertação (Mestrado) – Universidade Católica de Brasília, 2015. Orientação: Profa. Dra. Karla Helena Coelho Vilaça

Coorientação: Profa. Dra. Graziella França Bernardelli Cipriano 1. Gerontologia. 2. Idoso. 3. Unidade de Terapia Intensiva. 4. Perfil epidemiológico. I. Vilaça, Karla Helena Coelho, orient. II. Cipriano, Graziella França Bernardelli, coorient. III. Título.

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AGRADECIMENTOS

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“Rehabilitation from ICU-acquired weakness is hard. There are significant obstacles, but if one is lucky and tenacious and gets some help from the critical care experts, the outcome can be excellent.”

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RESUMO

BERNARDES NETO, Saint-Clair G. Perfil de idosos internados em unidades de

terapia intensiva públicas do Distrito Federal. 2015. 43 páginas. Dissertação de Mestrado do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Gerontologia – Universidade Católica de Brasília, Brasília-DF, 2015.

O crescimento da população de idosos é um fenômeno mundial e está ocorrendo a um nível sem precedentes. A maior expectativa de vida propicia aumento das internações nas unidades de terapia intensiva (UTI), com gastos equivalentes a

29,4% do total com internações.Por isso o objetivo do presente trabalho foi estudar

o perfil de idosos internados em UTI públicas no Distrito Federal (DF) e correlacionar as características com desfechos encontrados. Realizou-se uma coorte retrospectiva no período de 1º de janeiro de 2012 a 31 de dezembro de 2012 em 3 hospitais públicos do DF (Hospital Regional da Ceilândia, Hospital Regional do Gama e Hospital Regional de Samambaia). Pacientes idosos foram selecionados dos controles de internações das unidades. Todos os dados foram extraídos do sistema

de prontuário eletrônico, Trak Care. As variáveis idade, sexo, procedência, tipo de

paciente, APACHE II, comorbidades, motivo de internação, uso de ventilação mecânica (VM) e de drogas vasoativas (DVA) na admissão e tempo de internação foram coletadas. Comparou-se os dados entre os desfechos alta x óbito, uso de VM x sem VM e uso de DVA x sem DVA. Utilizou-se o teste t para as comparações de médias, correlação de Pearson para o comportamento, análise de variância para

comparação entre grupos etários e Qui-quadrado para variáveis nominais.

Adotou-se como significante o p-valor < 0,05. Foram incluídos, portanto, 248 idosos, de 3 UTI, com idade média 73,64±9,02 anos e maior concentração entre 65 a 84. Predominância do sexo feminino (53,6%), encaminhados de outros serviços (51,2%) com diagnósticos clínicos (81,9%), principalmente do sistema respiratório (45,6%). A maioria utilizava VM (76,2%) e DVA (63,7%) na admissão, possuíam APACHE II de 23,9±6,38 com mortalidade prevista de 38,05% e as principais comorbidades relatadas foram hipertensão arterial sistêmica (32,7%) e insuficiência cardíaca congestiva (19,8%). Destes, 54,8% evoluiu para óbito, porém somente a idade foi significativa para tal desfecho (72,0±8,47 x 774,9±9,2; p=0,014). Concluiu-se que o sistema respiratório é o principal acometido nas causas de internações, assim como principal motivo de óbito nesta população. E apesar da gravidade na admissão, somente a idade foi fator determinante para maior risco de óbito.

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ABSTRACT

The growth of the elderly population is a worldwide phenomenon and is occurring at an unprecedented level. Longer life expectancy provides more hospitalizations in intensive care units (ICU), with expenditures equivalent to 29.4% of total hospital admissions. Based on that the aim of this study was to identify the profile of elderly patients admitted to public ICU in Distrito Federal (DF) and to correlate the characteristics found with the outcomes. It was conducted a retrospective cohort from January 1st through December 31st 2010 in 3 public hospitals of DF (Hospital Regional da Ceilândia, Hospital Regional do Gama and Hospital Regional de Samambaia). Elderly patients were selected from the units admissions controls. All data were extracted from the electronic medical record system, Trak Care. The variables of age, sex, origin, type of patient, APACHE II, comorbidities, reason for hospitalization, use of mechanical ventilation (MV) and vasoactive drugs (VAD) at admission and length of stay were collected. It was compared the data between discharge x death outcomes, with MV x without MV, with VAD x without VAD. It was used the t test for mean comparison, Pearson correlation for the data behavior, analysis of variance to compare age groups and chi-square for nominal variables. It was adopted as significant p-value < 0.05. Therefore, 248 elderly of 3 ICU were included, with mean age 73.64±9.02 years and a greater concentration in the age group of 65 to 84. Predominantly patients were female (53,6%), referred from other hospital (51,2%) with diagnosis particularly of the respiratory system (45,6%). Most of them used MV (76,2%) and VAD (63,7%) on admission, had APACHE II 23.9±6.38 with predicted mortality of 38.05%, and the most common comorbities were hypertension (32,7%) and congestive heart failure (19,8%). Of these, 54.8% progressed to death, but only age was significant for this outcome (72,0±8,47 x

774,9±9,2; p=0,014). It was possible to conclude that the respiratory system is

affected in the main causes of hospitalizations, as well as the main reason of death in this population. And despite the severity on admission, only age was a determinant factor for increased risk of death.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ... 9

2. REFERENCIAL TEÓRICO ... 11

2.1 Envelhecimento ... 11

2.2 Decisão do suporte intensivo para o idoso ... 12

2.3 Unidades de terapia intensiva e os idosos ... 13

2.4 Gastos e admissões nas unidades de terapia intensiva ... 15

2.5 Óbito em Terapia Intensiva ... 16

3. OBJETIVOS ... 18

3.1 Objetivo Geral ... 18

3.2 Objetivos Específicos ... 18

4. ARTIGO ... 19

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 37

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1. INTRODUÇÃO

O crescimento da população de idosos é um fenômeno mundial e que ocorre a um nível sem precedentes (SALDANHA; CALDAS, 2004), assim como observado no Brasil que projeta a duplicação deste grupo nos próximos 35 anos (IBGE, 2010;

SALES et al., 2010). Este processo tem como seus principais fatores responsáveis o

declínio da taxa de mortalidade, o avanço tecnológico da medicina e a diminuição da

taxa de natalidade(KALACHE et al., 1987; FREITAS et al., 2011).

As alterações demográficas causadas pelo processo de envelhecimento da população trazem novos desafios para a sociedade, principalmente para a saúde pública que passa a enfrentar a necessidade de melhora ou manutenção da saúde e da qualidade de vida, sobretudo em países em desenvolvimento (LIMA-COSTA, 2003; OMS, 2005; SCHEIN; CESAR, 2010).

A maior expectativa de vida juntamente com o crescimento do número de idosos propicia aumento das internações nos centros de terapia intensiva (FREITAS

et al., 2011). A quantidade destes pacientes internados nas unidades de terapia

intensiva (UTI) é consideravelmente elevada, como encontrado por Fuchs et al.

(2012), com mais de 45% das admissões.

A evolução tecnológica, científica e a interação da equipe de saúde tem

proporcionado aumento da sobrevida dos pacientes críticos (DANTAS et al., 2012;

FRANÇA et al., 2012). Esse aumento da sobrevida, em contrapartida, gera maior

incidência de complicações, não relacionadas ao motivo inicial da internação, decorrentes dos efeitos deletérios da internação na UTI, contribuindo para o declínio funcional, redução da capacidade de exercício, fraqueza muscular persistente, aumento dos custos assistenciais, redução da qualidade de vida e sobrevida após a

alta (SALES et al., 2010; DANTAS et al., 2012; FRANÇA et al., 2012; ADLER;

MALONE, 2012; PINHEIRO; CHRISTOFOLETTI, 2012).

A realidade brasileira, segundo o DATASUS (BRASIL, 2014|), indicou que em 2009 as internações hospitalares de pacientes com idade igual ou superior a 60 anos correspondiam a 21% do total, equivalente a 29,4% do gasto total com

internações (SALES et al., 2010). Tal tendência alerta para a necessidade de

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de suporte para o idoso, um dos maiores consumidores (NAGAPPAN; PARKIN, 2003).

O desfecho das internações em terapia intensiva dos idosos ainda não é claramente conhecido. Quando considerada, de forma isolada com correção da gravidade das doenças, a idade não é isoladamente um fator de risco aumentado

para óbito (CONTI et al., 2012). Nos idosos, a presença de comorbidades no

momento da admissão na UTI parece ter um grande impacto na mortalidade

hospitalar (GARROUSTE-ORGEAS et al., 2009). Por isso uma forma de se prever a

probabilidade de óbito é o conhecimento da gravidade dos pacientes, com as disfunções prévias à internação e as alterações no momento da admissão.

A probabilidade de óbito para os idosos internados em UTI é alta, alcançando

valores de até 26% (FUCHS et al., 2012). Isso desperta um importante

questionamento dentro da assistência à saúde do idoso: quais são os investimentos e terapêuticas indicados e válidos para essa população na UTI? Ainda não é claro

quanto deve ser gasto nos últimos anos de vida (CONTI et al., 2012). Porém, uma

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2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Envelhecimento

O envelhecimento, dentre outros fatores, é caracterizado como um conjunto de mudanças morfofuncionais que ocorrem ao longo da vida e comprometem a capacidade de resposta funcional dos indivíduos ao estresse ambiental e à

manutenção da homeostasia (KAUFFMAN, 2011; FREITAS et al., 2012).

O ciclo de vida do indivíduo idoso é definido pelo limite etário segundo a Política Nacional do Idoso (BRASIL, 1994) e o Estatuto do Idoso (BRASIL, 2003), sendo determinado como tal o indivíduo com 60 anos ou mais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera como idosa a pessoa com 60 anos ou mais, aquelas que residem em países em desenvolvimento, e com 65 anos ou mais, aquelas que residem em países desenvolvidos (OMS, 2005).

Assim, percebemos que o envelhecimento não se inicia subitamente aos 60 anos, mas sim no acúmulo e na interação dos processos biopsicossociais e culturais durante o curso da vida, fenômeno esse inserido no desenvolvimento, aprendizagem, amadurecimento e aperfeiçoamento humano, que quando alterados contribuem para o surgimento de repercussões que podem levar à dependência nas atividades de vida diária (AVD) (PINHEIRO; LOUREIRO, 2011).

A evidência do envelhecimento da população já havia sido relatada por Kauffman (2011), quando relatou que entre 1960 e 1994 a população de idosos duplicou nos Estados Unidos.

Segundo Terra et al. (2007), desde o final do século XX temos acompanhado

o avanço da medicina, o que tem permitido maior expectativa de vida para a população mundial. Porém, se, de um lado alcançamos maior sobrevida, de outro vemos que a qualidade de vida conquistada não está à altura do ganho obtido.

A população mundial tem apresentado um crescimento significativo

(NATHANSON et al., 2011), principalmente entre os indivíduos idosos, sendo a taxa

de crescimento da população de 1,7% ao ano, versus 2,5% para os idosos

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com expectativas de que o grupo dobre de tamanho em 2050 (BOUMENDIL et al.,

2007).

O cenário brasileiro não se diferencia desse quadro, segundo o Censo Demográfico de 2010 (IBGE, 2010), há cerca de 20,5 milhões de idosos (10,8% da população). E esse crescimento foi maior nos indivíduos com 75 anos ou mais,

segundo Terra et al. (2007). Estima-se que, em 2025, a população idosa brasileira

totalize 32 milhões, o que tornará o Brasil o sexto país com maior número de idosos em todo o mundo (SCHEIN; CESAR, 2010), e em 2050 possuirá aproximadamente 65 milhões de pessoas com mais de 60 anos, o que corresponderia a 24,6% do seu total de habitantes (IBGE, 2010).

2.2 Decisão do suporte intensivo para o idoso

O atendimento ao idoso, na UTI, é talvez um dos maiores testes da habilidade e julgamento clínico de toda a medicina contemporânea. Alguns médicos intensivistas relataram uma menor intensidade de tratamentos nos pacientes idosos, quando comparados aos pacientes mais jovens, e isso pode ser a causa de piores

desfechos nessa população (BOUMENDIL et al., 2005). Também já foi relatado que

os pacientes idosos graves são submetidos a menos procedimentos invasivos e

intervenções onerosas (HAMEL et al., 1999).

A carência de dados sobre a internação de idosos é agravada nos setores como enfermarias com maior risco de morte, uma vez que a preferência de admissão na UTI se dá para os pacientes que já se encontram dependentes de

aminas vasopressoras e/ou ventilação mecânica (YOUNG et al., 2003).

Para a internação na UTI existem diversos fatores de risco, tais como idade, estado funcional, nutricional e cognitivo, e a presença de comorbidades. Mas os principais motivos que levam o idoso a internação em UTI são: pós-operatórios, insuficiência cardíaca, doença coronariana, doenças respiratórias, insuficiência renal aguda, choque séptico, hipovolêmico e cardiogênico, além de traumas. Sendo mais

frequentes as internações por condições clínicas (FUCHS et al., 2012) e quando

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2.3 Unidades de terapia intensiva e os idosos

A terapia intensiva é uma área de atuação hospitalar voltada para avaliação e tratamento de pacientes graves ou de alto risco, potencialmente recuperáveis, necessitados de atenção rigorosa por meio de múltiplas ações simultâneas realizadas por uma equipe de profissionais multidisciplinar especializada, utilizando

equipamentos sofisticados e específicos (GUIMARÃES et al., 2009; SORIANO;

NOGUEIRA, 2010).

A UTI é o ambiente apropriado para o tratamento de pacientes criticamente enfermos. A dinâmica de atendimento é complexa e realizada por uma equipe, envolvendo profissionais como médicos, fisioterapeutas, enfermeiros, técnicos de enfermagem, farmacêuticos, nutricionistas, dentre outros. Essa assistência promovida pelos profissionais de saúde tem como característica recuperar a condição clínica dos pacientes, a fim de que eles possam retornar à realidade em que se inserem, preferencialmente, com qualidade de vida (PINHEIRO; CHRISTOFOLETTI, 2012).

A presença de pacientes idosos em UTI também se apresenta com números

crescentes (NAGAPPAN; PARKIN, 2003; VAHEY et al., 2004; FEIJÓ et al., 2006;

HIGGINS et al., 2007; CONTI et al., 2012; FUCHS et al., 2012), preenchendo entre

42 e 60% das diárias das unidades pelo mundo (ROSENTHAL et al., 2002;

METNITZ et al., 2005; BAGSHAW et al., 2009; SCHEIN; CESAR, 2010),

contrastando com uma taxa de 14% no Brasil, por exemplo, em 1998. Mesmo se tendo conhecimento de que, no cenário da terapia intensiva, o objetivo, pelos pacientes se encontrarem instáveis, com prognóstico grave, e sob alto risco de morte, algumas vezes se concentra unicamente na manutenção da vida do sujeito

(FRANÇA et al., 2012).

Muitos são os pacientes idosos que desenvolvem síndromes geriátricas durante a internação na UTI. Tal termo pode ser definido como condições clínicas comuns em pessoas idosas que não se encaixam em categorias de doenças

específicas (SACANELLA et al., 2011). Dentre as mais comuns é possível citar as

alterações da funcionalidade, incontinência urinária e/ou fecal, instabilidade postural,

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2010). O surgimento de tais síndromes está presente, em duas ou mais, em até 95%

dos pacientes idosos no momento da alta da unidade (SACANELLA et al., 2011).

A ventilação pulmonar passa por alterações características com dilatação alveolar, redução da superfície de troca gasosa, da complacência da caixa torácica e na força da musculatura respiratória. Consequentemente os idosos apresentam redução da pressão arterial de oxigênio (PaO2), principalmente quando colocado na posição supina. Mas, apesar dessas alterações, o sistema respiratório ainda é capaz

de continuar a garantir as trocas gasosas (SALES et al., 2010).

Associadas à imobilidade, dificuldade do clearance pulmonar e aumento da

chance de risco de microaspirações, rebaixamento do nível de consciência, desnutrição e utilização de sonda nasogástrica, os idosos apresentam maior

incidência de pneumonia nosocomial (SALES et al., 2010), que é uma das principais

causas de óbito intra-hospitalar deste grupo etário (BRASIL, 2014).

Outro problema relacionado às complicações geradas durante a internação hospitalar do idoso na UTI é a gama de alterações fisiológicas próprias do processo de senescência, que torna esse grupo mais suscetível a eventos adversos durante a

internação (SALES et al., 2010).

A imobilidade, o descondicionamento físico e a fraqueza muscular são problemas frequentemente encontrados em pacientes sob ventilação mecânica (VM), e associados à idade avançada, sexo feminino e doenças crônicas, são os principais fatores preditores para desenvolvimento da fraqueza muscular adquirida

na UTI e perda de funcionalidade significativa (DANTAS et al., 2012; TROUNG et al.,

2009). Tal perda pode se estender por até 12 meses após a alta, restringindo os

pacientes da execução adequada de suas atividades de vida diária (TROUNG et al.,

2009), com relatos de permanecerem por até cinco anos com tais alterações, segundo Adler e Malone (2012).

A perda da funcionalidade foi relatada entre 25 a 35% dos idosos internados na UTI para tratamento agudo, levando-os a perda da independência em uma ou mais AVD (SAGER, 1996). As complicações funcionais da internação na UTI podem alterar inclusive a capacidade de retorno às atividades laborais, como encontrado no

estudo de Dennis et al. (2011), onde somente 50% dos pacientes adultos avaliados

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2.4 Gastos e admissões nas unidades de terapia intensiva

No campo da saúde há o desenvolvimento de novas demandas para os

serviços e de aumentos consideráveis nos custos (TERRA et al., 2007). As

necessidades na área de saúde apresentam um padrão de distribuição dos problemas segundo a idade, ou seja, no início e, particularmente, no final da vida. A grande diferença é que as doenças mais prevalentes na faixa jovem são mais comumente agudas e, portanto, de custo menor, enquanto aquelas mais prevalentes entre os idosos são crônicas e de alto custo (SALDANHA; CALDAS, 2004).

A parcela dos idosos que se internava anteriormente na terapia intensiva, segundo Abrams e Berkow (1994), utilizava aproximadamente 30% de todos os recursos destinados à saúde, sendo que as projeções indicam que esse valor pode alcançar 50% em 2030. No Brasil, somente em 2001, os idosos nas UTI foram

responsáveis por 38% dos gastos hospitalares (GARROUSTE-ORGEAS et al., 2009;

LIMA-COSTA et al., 2004).

A UTI, não somente por causa da alta tecnologia envolvida, mas também pela necessidade de equipe profissional especializada, é considerada um tipo de suporte

de alto custo e demanda muita atenção (NAGAPPAN; PARKIN, 2003; CONTI et al.,

2012).

É conhecido que a carência de leitos de tratamento intensivo tem se apresentado como grave problema público de assistência à saúde, associada à maior gravidade dos casos, prolongando o tempo de permanência dos pacientes nas UTI e aumentando os custos com cuidados com a saúde (FREITAS, 2010).

A VM é a maior prioridade nas indicações para admissão nas UTI, mesmo sendo encontradas porcentagens elevadas de pacientes ventilados fora do ambiente da terapia intensiva. Dentro da UTI foi encontrada uma frequência de 49% de utilização da terapia nos pacientes idosos, contrastando com 84% dos mais jovens

(LIEBERMAN et al., 2010). Apesar de uma porcentagem reduzida nos idosos, foram

encontrados maiores indicadores de gravidade e taxa de óbito em pacientes idosos submetidos à VM na internação da UTI.

Apesar do imenso gasto e frequentes admissões, o tempo de internação dos

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Um fator determinante para que esse paciente apresente maior chance de permanência prolongada na UTI, pior prognóstico e maior mortalidade é a presença

prévia de comorbidades (FREITAS et al., 2011).

2.5 Óbito em Terapia Intensiva

No geral, fora do ambiente da terapia intensiva, a idade cronológica é o mais robusto preditor do padrão de morbimortalidade entre idosos (ALMEIDA e LOURENÇO, 2007), mas já é conhecido que tal desfecho depende de outros fatores

associados envolvidos na UTI (CONTI et al., 2012; FEIJÓ et al., 2006). Visto a

grande quantidade de comorbidades encontrada nessa população, a maioria dos dias internados na terapia intensiva são exatamente aqueles imediatamente antes de morrer (MARICK, 2006).

Segundo informações do DATASUS, a quantidade de óbitos de idosos no Distrito Federal, independente do ambiente, no ano de 2013 foi de 6.428, o que corresponde a 1,2% dos óbitos totais no período. No Brasil, no ano de 2009 ocorreram 228.876 óbitos de idosos (9,8% dos óbitos gerais), sendo que esta parcela correspondeu a 59,1% dos óbitos hospitalares (BRASIL, 2014).

Uma forma de se avaliar e classificar a gravidade, além de prever a probabilidade de óbito de um paciente internado na UTI é a utilização de índices de gravidade. Tais escores têm como objetivo principal a descrição quantitativa do grau de disfunção orgânica de pacientes gravemente enfermos, traduzido em valor numérico a partir das alterações clínicas e laboratoriais existentes ou do tipo/número

de procedimentos utilizados (LIVIANU et al., 1999; FREITAS, 2010).

Dentre os diversos métodos padronizados e utilizados mundialmente para

este fim, encontra-se o Acute Physiology and Chronic Health Evalution (APACHE),

que foi desenvolvido por Knaus et al, em 1981, e posteriormente revisado e

denominado APACHE II, em 1985 (KNAUS et al., 1985). Em 1991 Knaus et al.

também sugeriram o APACHE III, que englobava o tratamento necessário no momento da admissão na UTI para calcular a gravidade e o risco de óbito para os

pacientes críticos (KNAUS et al., 1991). E Zimmerman et al. realizaram uma

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consideração informações clínicas, idade, condição prévia de saúde e tratamentos necessários nas primeiras 24 horas da admissão do paciente na UTI (ZIMMERMAN

et al., 2006).

No Brasil, O APACHE II foi apresentado pelo Ministério da Saúde como instrumento a ser usado para análise da gravidade dos pacientes adultos, admitidos em UTI, conforme Portaria de número 3432, de 12 de agosto de 1998 (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1998). Sendo este um bom método para predizer a evolução de

pacientes idosos por incluir as comorbidades em sua avaliação (FEIJÓ et al., 2006).

A pontuação do APACHE II é calculada, nas primeiras 24 horas da internação do paciente na UTI, sendo avaliadas 12 variáveis clínicas, fisiológicas e laboratoriais, pontuadas de zero a quatro, sendo maior a pontuação conforme a variável analisada estiver mais fora dos padrões de normalidade; além disso também são atribuídos pontos à idade e à presença de doenças crônicas. A pontuação final geral, que pode variar entre 0 e 71 pontos, permite calcular o risco de óbito previsto para o paciente (Anexo 1) (KNAUS et al., 1985).

O índice APACHE II expressa o valor preditivo de mortalidade em termos percentuais, de modo que um índice APACHE II de 50 pontos reflete o prognóstico

de mortalidade intra-hospitalar de 50% (KNAUS et al., 1985; GONÇALVES et al.,

1999).

No Rio Grande do Sul as principais causas de mortalidade dos idosos são as doenças do aparelho circulatório (35%), as neoplasias (19%) e as doenças do aparelho respiratório (9%) (SCHEIN; CESAR, 2010). O DATASUS revela dados semelhantes, com as mortes por doenças do aparelho respiratório em primeiro lugar, seguidas por doenças do aparelho circulatório e neoplasias (BRASIL, 2014), assim

como Feijó et al. (2006), que demonstraram que as doenças infecciosas aumentam

também com a idade, e são responsáveis por um terço dos óbitos nos pacientes acima de 65 anos.

Esses pacientes possuem uma probabilidade de óbito elevada, em torno de 26% em até 28 dias da admissão na UTI e 25% dos sobreviventes morrem em até 1

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3. OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

Traçar o perfil dos pacientes idosos internados nas UTI públicas do Distrito Federal no ano de 2012.

3.2 Objetivos Específicos

• Identificar as características sócio-demográficas, gravidade (APACHE II) e

comorbidades, motivo de admissão, procedência, tipo de paciente, utilização de VM e/ou DVA;

• Relatar os principais desfechos clínicos da internação na UTI: tempo de

internação, necessidade de utilização de VM e desfecho final (alta ou óbito);

• Comparar as características clínicas entre os idosos que receberam alta e os

que evoluíram para óbito;

• Diferenciar as variáveis entre os idosos admitidos em vigência do uso de VM

e os admitidos sem, e entre os admitidos com necessidade de DVA e sem;

• Correlacionar as características entre si para verificar qual o tipo de

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4. ARTIGO

PERFIL DE IDOSOS INTERNADOS EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA PÚBLICAS DO DISTRITO FEDERAL

Saint-Clair Bernardes Neto1, Arlley Kennedy Oliveira2, Graziella França Bernardelli

Cipriano3,Karla Helena Vilaça Coelho4,

1 – Fisioterapeuta mestrando em Gerontologia – Universidade Católica de Brasília; 2 – Graduando em Fisioterapia – Universidade Católica de Brasília;

3 – Fisioterapeuta doutora – UNIFESP/EPM, Professora adjunta da Universidade de Brasília;

4 – Fisioterapeuta doutora – USP, Professora do mestrado em Gerontologia – Universidade Católica de Brasília.

Universidade Católica de Brasília – UCB. Programa de Pós-Graduação Stricto

Sensu em Gerontologia.

Campus Avançado Asa Norte – SGAN 916, Módulo B, Avenida W5 – CEP: 70790-160 – Brasília-DF.

Telefone: +55.61.34487229 Email: netosam@gmail.com

Resumo

Objetivo: Estudar o perfil de idosos internados em unidades de terapia intensiva

(UTI) públicas no Distrito Federal (DF). Métodos: Coorte retrospectiva no ano de

2012. Pacientes idosos foram selecionados dos livros de controles de admissão e alta das unidades selecionadas, onde são registrados os pacientes internados.

Todos os dados foram extraídos do sistema de prontuário eletrônico, Trak Care. As

variáveis idade, sexo, procedência, tipo de paciente, gravidade, comorbidades, motivo de internação, uso de ventilação mecânica (VM) e de drogas vasoativas (DVA) na admissão e tempo de internação foram coletadas. Comparou-se os dados entre os desfechos alta e óbito. Utilizou-se o teste t para as comparações de médias, correlação de Pearson para o comportamento, análise de variância para

comparação entre grupos etários e Qui-quadrado para variáveis nominais.

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UTI, foram incluídos, com idade média 73,64±9,02 anos e maior concentração entre 65 a 84. Predominância do sexo feminino (n=133; 53,6%), encaminhados de outros serviços (n=127; 51,2%) com diagnósticos clínicos (n=203; 81,9%), principalmente do sistema respiratório (n=113; 45,6%). A maioria utilizava VM (n=189; 76,2%) e DVA (n=158;.63,7%) na admissão, possuíam APACHE II de 23,9±6,38 com mortalidade prevista de 38,05%, e apresentavam 1,38±1,49 comorbidades, principalmente hipertensão arterial sistêmica e insuficiência cardíaca. Deste grupo,

54,8% evoluiu para óbito, porém somente a idade (mais elevada: 74,92±9,29 versus

72,09±8,47) foi significativa para tal desfecho. Conclusão: A principal causa de

internação é por acometimento do sistema respiratório, assim como principal motivo de óbito nesta população. E apesar da gravidade na admissão, somente a idade mais elevada relacionou-se de forma significativa com evolução para óbito.

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Introdução

A população cresce e envelhece, mundialmente, a um nível sem

precedentes1, sendo que no Brasil a parcela de indivíduos idosos é a que mais

aumenta de tamanho2, com projeções de duplicação nos próximos 35 anos3. Os

principais fatores que levam ao processo de envelhecimento, tais como: declínio da taxa de mortalidade, avanço tecnológico da medicina e diminuição da taxa de

natalidade, já são bem conhecidos4.

Uma das principais consequências dessa adaptação da população é o aumento das internações hospitalares em terapia intensiva por pacientes idosos.

Ocupando entre 40 e 60% das admissões5-9. Tal fato desperta uma necessidade de

mudanças na saúde pública, com enfoque para melhora ou manutenção da saúde e

qualidade de vida8,10-11.

A evolução tecnológica, científica e a interação da equipe tem proporcionado

aumento da sobrevida dos pacientes críticos12-13, mas com aumento considerável

dos gastos. Em 2009 as internações hospitalares de pacientes idosos correspondiam a 21% do total, equivalente a 29,4% do gasto total com

internações2,14.

A idade cronológica, por si só, não é um fator de risco aumentado para o óbito

durante a internação na unidade de terapia intensiva (UTI)15. Mas a presença de

comorbidades no momento da admissão parece ter um grande impacto na

mortalidade hospitalar16.

Ainda não é claro quanto deve ser gasto nos últimos anos de vida15, apesar

de os óbitos de idosos corresponderem a 59,1% dos óbitos hospitalares do país,

segundo informações do Datasus14. Isso desperta um importante questionamento

dentro da assistência à saúde do idoso: quais são os investimentos e terapêuticas indicados e válidos para essa população na UTI?

(24)

características e as correlacionando com os desfechos encontrados na tentativa de descobrir quais variáveis tem influência para o desenvolvimento do óbito.

Métodos

Foi realizada uma coorte retrospectiva dos idosos internados em unidades de terapia intensiva públicas da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) no ano de 2012.

Foi realizado contato com 3 UTI: do Hospital Regional da Ceilândia (HRC), com 10 leitos; do Hospital Regional do Gama (HRG), com 20 leitos; e no Hospital Regional de Samambaia (HRSam), com 20 leitos.

Para a coleta obteve-se aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (FEPECS), assegurados os princípios éticos e sigilo das informações sob parecer 574.794/2014.

Os pacientes foram selecionados a partir dos livros de controle de admissões e altas das unidades, disponibilizados após autorização da chefia do setor. Foram identificados e elegíveis todos os pacientes com idade igual ou superior a 60 anos

no momento da admissão hospitalar11,17-18.

Foram excluídos os pacientes que não possuíam evolução no sistema de

prontuário eletrônico, Trak Care, utilizado na SES-DF, os que possuíam evolução

incompleta com ausência de dados relevantes, os que foram transferidos para outras unidades e os que ainda encontravam-se internados na unidade no momento da coleta.

Após a seleção foram analisados os prontuários, no sistema informatizado, de todos os idosos e coletadas informações descritivas: idade, sexo (masculino ou feminino), procedência (externo – ao hospital da UTI estudada; ou interno – de outro

setor do próprio hospital), tipo de paciente (cirúrgico ou clínico), Acute Physiology

and Chronic Health Evalution (APACHE II), mortalidade prevista segundo o APACHE

(25)

Também foram coletadas informações relacionadas ao motivo de internação na unidade: sistemas orgânicos acometidos no motivo de internação e comorbidades apresentadas. Os sistemas foram agrupados em cardiovascular (infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca congestiva (ICC) descompensada, hipertensão arterial sistêmica (HAS), arritmias e parada cardiorrespiratória), gastrointestinal (abdome agudo obstrutivo, abdome agudo perfurativo, pancreatite, apendicite, colangite e peritonite), neurológico (acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico ou hemorrágico, rebaixamento do nível de consciência e trauma crânio-encefálico), respiratório (pneumonia, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) descompensada, crise de asma, tromboembolismo pulmonar e insuficiência respiratória) e outros. E as comorbidades relatadas no momento da admissão foram: AVC, diabetes melito (DM), DPOC, HAS, ICC, Neoplasias e outras.

Além disso foram obtidas características relacionadas aos desfechos ocorridos devido à internação hospitalar na UTI: tipo de alta (alta da unidade ou óbito), motivo de óbito e utilização de VM durante a internação (sim ou não).

Todas as variáveis coletadas foram tabuladas no programa de computação

IBM SPSS Statistics 20.0 for Windows. Média e desvio-padrão foram calculados

para as variáveis quantitativas, e para as variáveis qualitativas nominais foram realizadas as análises de frequência e porcentagem. O teste de normalidade de

Kolmogorov-Smirnov foi aplicado na amostra evidenciando distribuição normal (p =

0,04). Aplicou-se o teste de correlação de Pearson entre as variáveis quantitativas

para verificar a correlação entre elas (idade, tempo de internação e APACHE II).

Os pacientes foram separados, posteriormente, em dois grupos: Alta e Óbito, para comparação das médias das variáveis quantitativas, por meio do teste t para amostras independentes. O mesmo tipo de análise foi realizada separando os pacientes entre um grupo que recebeu VM no momento da admissão e o que não recebeu.

Os idosos também foram analisados separadamente entre os seguintes grupos etários: 60 a 64 anos, 65 a 74 anos, 75 a 84 anos e igual ou superior a 85

anos, segundo divisão de Conti e col.15. Para a análise das variáveis quantitativas

(26)

realizado o teste do Qui-quadrado. Para todas as análises estatísticas o p-valor foi

calculado e assumiu-se como significância estatística quando < 0,05.

Resultados

Um total de 319 pacientes idosos foi incluído no estudo, sendo que 71 (22,2%) foram excluídos pela ausência de informações suficientes no prontuário eletrônico, restando 248 idosos para a mostra. Destes, 41 (16,5%) foram admitidos

no HRC, 95 (38,3%) no HRG e 112 (45,2%) no HRSam (Figura 1).

Figura 1 – Fluxograma de seleção da amostra estudada

Os dados descritivos da população estudada, no momento da admissão,

podem ser observados na Tabela 1, de forma separada pelos grupos etários e no

total da amostra. É possível identificar média de idade de 73,64 ±9,02 anos, sendo a maior parte da amostra compreendida entre 65 e 84 anos. A predominância do sexo feminino foi discreta (53,6%), assim como dos pacientes encaminhados de outros serviços (51,2%), incluindo outros hospitais ou unidades de pronto atendimento externas à regional de saúde correspondente a UTI estudada.

3 UTI

319 idosos

71 excluídos

248 incluídos

HRC 41 (16,5%0

HRG 95 (38,3%)

(27)

A quantidade de pacientes clínicos (81,9%), de pacientes ventilados mecanicamente no momento da admissão (76,2%) e utilizando DVA (63,7%) é bastante elevada. Segundo o APACHE II encontrado (23,9±6,38) a mortalidade prevista para a população foi de 38,05%.

Tabela 1 - Características sócio-demográficas: idade, sexo, procedência, tipo de paciente, APACHE II, necessidade de VM e DVA na admissão Total e por grupos etários

Característica

60-64 n = 52 (21%)

65-74 n = 83 (33,5%)

75-84 n = 80 (32,3%)

> 85 n = 33 (13,3%)

Total n = 248

Idade (anos) 61,79 ±1,33 69,98 ±2,90 78,82 ±2,72 88,97 ±3,65 73,64 ±9,02 Sexo

Feminino 25 (48,1) 44 (53) 44 (55) 20 (60,6) 133 (53,6) Masculino 27 (51,9) 39 (47) 36 (45) 13 (39,4) 115 (46,4) Procedência

Externo 23 (44,2) 46 (55,4) 41 (51,3) 17 (51,5) 127 (51,2) Interno 29 (55,8) 37 (44,6) 39 (48,8) 16 (48,5) 121 (48,8) Tipo de paciente

Cirúrgico 10 (19,2) 17 (20,5) 13 (16,3) 5 (15,2) 45 (18,1) Clínico 42 (80,8) 66 (79,5) 67 (83,8) 28 (84,8) 203 (81,9) APACHE II 23,13 ±27,05 24,15 ±6,32 24,13 ±6,09 23,83 ±8,61 23,9 ±6,38 Mortalidade prevista (%) 38,08% 38,07% 38,13% 38,18% 38,05% VM na admissão

Não 16 (30,8) 18 (21,7) 18 (22,5) 7 (21,2) 59 (23,8)

Sim 36 (69,2) 65 (78,3) 62 (77,5) 26 (78,8) 189 (76,2)

DVA na admissão

Não 25 (48,1) 25 (30,1) 29 (36,3) 11 (33,3) 90 (36,3)

Sim 27 (51,9) 58 (69,9) 51 (63,8) 22 (66,7) 158 (63,7)

(28)

Na avaliação do motivo de internação dos pacientes na UTI foram encontradas as doenças que acometem o sistema respiratório como a principal causa (45,6%), seguidas das doenças do aparelho gastrointestinal (23,4%),

conforme observado na Tabela 2.

Tabela 2 - Sistemas acometidos que motivaram a internação

Sistema acometido Valor

Respiratório 113 (45,6)

Gastrointestinal 58 (23,4)

Cardiovascular 33 (13,3)

Neurológico 25 (10,1)

Outros 19 (7,6)

Dados expressados em frequência (%).

Em relação as comorbidades apresentadas pelos idosos estudados, foram encontradas as seguintes como principais: HAS (32,7%), seguida de ICC (19,8%), DM (17,3%), DPOC (15,3%), AVC (10,9%) e Neoplasias (9,3%).

Os desfechos apresentados estão relatados na Tabela 3, com destaque para

(29)

Tabela 3 - Desfechos da internação (tempo de internação, alta ou óbito, necessidade de VM)

Característica

60-64 n = 52 (21%)

65-74 n = 83 (33,5%)

75-84 n = 80 (32,3%)

> 85 n = 33 (13,3%)

Total n = 248

Tempo de internação (dias) 22,73 ±27,05 18,85 ±19,82 24,3 ±30,78 20,36 ±19,3 21,62 ±9,02 Desfecho final

Alta 26 (50) 43 (51,8) 34 (42,5) 9 (27,3) 112 (45,2)

Óbito 26 (50) 40 (48,2) 46 (57,5) 24 (72,7) 136 (54,8)

VM durante a internação

Não 10 (19,2) 10 (12) 7 (8,8) 3 (9,1) 30 (12,1)

Sim 42 (80,8) 73 (88) 73 (91,3) 30 (90,9) 218 (87,9)

Dados expressados em média±desvio-padrão ou frequência (%).VM = ventilação mecânica.

Ainda com os idosos separados entre alta e óbito, comparou-se as variáveis

contínuas, segundo a Tabela 4, observando-se que somente a idade foi

significantemente maior no grupo que evoluiu para óbito, segundo o teste t.

Tabela 4 - Comparação das variáveis entre pacientes com desfecho Alta x Óbito

Característica

Alta n = 112 (45,2%)

Óbito n = 136 (54,8%)

p-valor

Idade (anos) 72,09 ±8,47 74,92 ±9,29 0,014*

Tempo de internação (dias) 22,56 ±25,53 20,85 ±25,11 0,597

APACHE II 23,19 ±5,64 24,48 ±6,92 0,398

Dados expressados em média±desvio padrão. * p < 0,05. APACHE II = Acute Physiology and Chronic Health Evalution.

Quando comparados os pacientes que foram admitidos em vigência de utilização de VM com os que não utilizaram tal terapia no momento da admissão,

conforme a Tabela 5, observa-se que os ventilados possuíam APACHE II maior

(25,06 ±6,24 versus 20,90 ±5,83) e evoluíram para maior tempo de internação, de

(30)

Tabela 5 - Comparação das variáveis entre pacientes com VM na admissão x sem VM na admissão

Característica

Com VM n = 189 (76,2%)

Sem VM n = 59 (23,8%)

p-valor

Idade (anos) 74,02 ±8,98 72,44 ±9,11 0,243

Tempo de internação (dias) 24,43 ±27,17 12,62 ±14,71 <0,001*

APACHE II 25,06 ±6,24 20,90 ±5,83 0,012*

Dados expressados em média±desvio padrão. VM = ventilação mecânica. * p < 0,05. APACHE II = Acute Physiology and Chronic Health Evalution.

Em relação à necessidade de DVA na admissão a comparação entre os

grupos, conforme demonstrado na Tabela 6, não apresentou diferença.

Tabela 6 - Comparação das variáveis entre pacientes com DVA na admissão x sem DVA na admissão

Característica

Com DVA n = 158 (63,7%)

Sem DVA n = 90 (36,3%)

p-valor

Idade (anos) 74,28 ± 72,51 ± 0,144

Tempo de internação (dias) 22,29 ± 20,45 ± 0,596

APACHE II 22,60 ±6,21 25,14 ±6,37 0,092

Dados expressados em média±desvio padrão. VM = ventilação mecânica. APACHE II = Acute Physiology and Chronic Health Evalution.

Também foi realizada a correlação entre as variáveis contínuas estudadas, porém os resultados encontrados apresentaram fracas correlações, de acordo com a

(31)

Tabela 7 - Correlações* entre Idade, Tempo de internação e APACHE II

Correlação Valor p-valor

Idade x Tempo de internação 0,021 0,73

Idade x APACHE II 0,086 0,47

Tempo de internação x APACHE II 0,177 0,13

* Correlação de Pearson. APACHE II = Acute Physiology and Chronic Health Evalution.

Discussão

A taxa de óbito observada para a população foi semelhante aos valores

encontrados nos resultados de Schein e Cesar8, que apresentaram taxa de óbito

superior a 50%, aos de Lieberman e col.27, que observaram 53% dos pacientes

submetidos à VM evoluíram para óbito. Vosylius e col. 20 encontraram como

desfecho principal o óbito em 47% dos idosos. Freitas23 observou mortalidade

superior, com 58,2% dos idosos falecendo no ambiente da terapia intensiva, ao

contrário de Sacanella e col. 22 que tiveram mortalidade de 30%, Nogueira e col.25

com 29,7% e da mortalidade encontrada para idosos nas UTI em Geneva, Suíça

(12,3%) por Conti e col15.

No presente estudo a idade apresentou ser uma característica importante

para maior chance de óbito. Tal achado contraria Feijó e col. 19 que relataram que a

idade não se associou significativamente com maior mortalidade, nem com maior

tempo de permanência na UTI. Já para Koij e col.28 a idade, de forma isolada, é um

preditor de mortalidade importante, mas fora do ambiente da terapia intensiva.

A idade média observada no estudo é semelhante a encontrada em outros

trabalhos como o de Sacanella e col.22 (74,5 ±5,6) ou Feijó e col. 19 (72,2 ±7,3), que

também traçaram o perfil de idosos internados em UTI em Barcelona (Espanha) e Fortaleza (Brasil), respectivamente, e semelhante a outros estudos epidemiológicos,

segundo Schein e Cesar8.

Os pacientes foram divididos por grupos etários conforme relato de Conti e

col.15 acrescentando-se o grupo entre 60 e 65 anos. A estratificação por grupos

etários comportou-se de forma semelhante a encontrada por Vosylius e col. 20 e Feijó

(32)

grupo entre 65 e 74 anos. Schein e Cesar8 descreveram o maior grupo como o de

pacientes com 60 a 69 anos de idade, mas utiliza agrupamento etário diferenciado (60 a 69; 70 a 79; e > 80 anos), podendo corroborar com os resultados encontrados caso a mesma separação fosse realizada.

O sexo feminino foi mais encontrado entre os pacientes idosos internados

(53,6%), de acordo com os resultados de Feijó e col. 19 e Vosylius col. 20, porém, ao

contrário dos encontrados por Schein e Cesar8 (54,5% sexo masculino) e Drolet e

col.24 (58% sexo masculino). Tal variável não apresentou diferenciação quando

estudados os desfechos selecionados.

Feijó e col. 19 relataram que na sua amostra a maioria dos pacientes era

procedente das enfermarias do próprio hospital (80,8%), diferentemente do encontrado no presente estudo, que obteve 51,2% dos pacientes oriundos de outros serviços. Tal fato se deve, provavelmente, pela distribuição de leitos de UTI na SES-DF ser feita por uma central de regulação de leitos que monitora as vagas disponíveis, de acordo com os tratamentos disponíveis nos hospitais e as necessidades de cada paciente, independente da origem do paciente.

A literatura indica que as principais alterações que levam o idoso a ser internado em ambiente da terapia intensiva são por disfunções cardiovasculares. No presente estudo o principal motivo de internação foi por doenças respiratórias, que

encontra-se em segundo lugar segundo os demais autores14,19,25. Isso pode ser

explicado pelo fato de que, na SES-DF há somente uma única UTI que possui equipe específica de cardiologia, sendo que os pacientes com diagnóstico de problemas do sistema cardiovascular geralmente aguardam para serem encaminhados para esta unidade, que não foi estudada no presente estudo. Em relação ao paciente admitido ser cirúrgico ou clínico houve uma predominância

importante dos clínicos (81,9%), diferentemente de Vosylius e col. 20, que observou

predomínio de pacientes cirúrgicos, mas por conta do perfil da unidade estudada que atendia pacientes clínico-cirúrgicos em contraste com as unidades da SES-DF que nem sempre possuem disponibilidade para o tratamento cirúrgico.

A gravidade no momento da admissão pode ser quantificada por meio da utilização de instrumentos que avaliam a gravidade do paciente, como o APACHE II,

(33)

encontrado é alta. Em alguns estudos os valores do APACHE II chegaram a 18,219 e

o mais próximo encontrado foi de 2023. A mortalidade prevista segundo outros

trabalhos varia entre 30 e 34%19,22-23, sendo que estes estudos realizaram pesquisas

semelhantes, com pacientes em idades médias equivalentes a encontradas nesse estudo.

Outra forma de determinar a gravidade do paciente é a observação da necessidade de VM no momento da admissão, sendo que neste estudo a taxa de

pacientes ventilados na admissão foi muito superior a relatada por Sacanella e col.22,

que encontrou 54% dos pacientes ventilados. Vosylius e col. 20 relataram que 22%

dos idosos apresentavam hipoxemia arterial no momento da admissão, um dos principais motivos de indicação de ventilação mecânica. No presente estudo, foi possível observar que os pacientes chegam às UTI em VM, provavelmente, por aguardarem por longos períodos uma vaga de UTI em outros setores hospitalares, propiciando a uma piora do quadro clínico e maior vulnerabilidade para utilização da VM.

Um grande indicador de gravidade é a presença de situações de choque,

como Vosylius e col.20 observaram em 41% dos idosos admitidos em UTI e

Sacanella e col.22 que relataram choque séptico em 20% dos idosos. A utilização de

drogas vasoativas na admissão indica exatamente tal condição. E, apesar de não haver relatos na literatura sobre tal avaliação de forma isolada para gravidade, neste trabalho foi encontrada na maioria dos casos (63,7%), sendo bem superior aos 26%

encontrados por Fuchs e col.9 na sua amostra de 7625 idosos internados em 7 anos

de estudo. Talvez a diferença tenha ocorrido pelo mesmo motivo da elevada taxa de utilização de VM neste momento.

Porém, quando realizada a comparação entre os pacientes idosos admitidos

com necessidade de DVA versus os pacientes admitidos sem DVA, não foi

observada diferença entre a idade, APACHE II ou tempo de internação. Diferentemente da necessidade de VM que demonstrou ser determinante para maior gravidade (APACHE II) e maior tempo de internação.

Schein e Cesar8 destacam que, geralmente, quanto maior a idade do

(34)

nas unidades, no presente trabalho, não apresentou correlação negativa entre o tempo de internação e a idade dos pacientes da amostra. Alguns trabalhos apresentam tempo de internação na UTI inferiores ao encontrado, variando entre 4 a

12 dias19,22,25.

Outras correlações foram realizadas, porém sem significância estatística, mostrando que, para esta população, não é possível associar idade a tempo de internação ou APACHE II.

Dentre as limitações do estudo podemos identificar a escassez de monitorização e controle dos pacientes idosos admitidos nas UTI públicas do Distrito Federal, além da indisponibilidade de todos os tipos de tratamento intensivo para essa população, como atendimento por equipe de cardiologia ou neurocirurgia. Outro ponto importante, que reflete nos resultados encontrados, é a condição de saúde prévia, não relatada no trabalho e o tempo de internação e atendimento recebido no período de admissão hospitalar até a admissão na UTI. Além ter sido observada uma grande parcela de prontuários preenchidos de forma incompleta.

O conhecimento das características específicas do idoso na terapia intensiva é de suma importância para o planejamento de políticas de saúde para o idoso no âmbito da terapia intensiva e da atenção primária, pois torna possível identificar os principais pontos de destinação de aplicação de recursos e também determinar prioridades, como a internação antes da utilização de VM ou DVA, para a internação dos idosos na UTI.

Conclusão

(35)
(36)

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6. ANEXOS

Anexo 01 – Sistema de classificação da gravidade da doença APACHE II.

SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE GRAVIDADE DA DOENÇA APACHE II

VARIÁVEL FISIOLÓGICA

VARIAÇÃO ANORMAL ALTA VARIAÇÃO ANORMAL BAIXA

+4 +3 +2 +1 0 +1 +2 +3 +4

TEMPERATURA - Retal (°C) ≥ 42°○ 39°-○ 40.9° 38.5°-○ 38.9° ○ 36°-38.4° ○

34°-35.9° 32°-33.9° ○ 30°-31.9° ○ ≤ 29.9°○

PRESSÃO ARTERIAL MÉDIA

– mmHg ≥ 160○ 130-159 ○ 110-129 ○

70-109

50-69 ≤ 49○

FREQUÊNCIA CARDÍACA

(resposta ventricular) ≥ 180○ 140-179 ○ 110-139 ○

70-109

55-69 40-54 ≤ 39

FREQUÊNCIA

RESPIRATÓRIA - (não-ventilado ou ventilado)

≥ 50 35-49 ○ 25-34 ○

12-24

10-11 6-9 ○ ≤ 5○

OXIGENAÇÃO: A-aDO2 ou PaO2 (mmHg)

a. FiO2 ≥ 0.5 registro A-aDO2

350-499 200-349 ○

<

200

b. FiO2 < 0.5 registro

somente da PaO2

○ PO2 > 70 ○ PO2 61-70

PO2 55-○ 60

PO2 < 55

pH ARTERIAL ○

≥ 7.7 7.6-7.69 ○ 7.5-7.59 ○

○ 7.33-7.49 7.25-○ 7.32 ○ 7.15-7.24 ○ < 7.15

SÓDIO SÉRICO (mMol/L) ≥ 180160-179 155-159 150-154 ○ ○

130-149

120-129 111-119 ≤ 110

POTÁSSIO SÉRICO (mMol/L) ○

≥ 7 6-6.9 ○ 5.5-5.9 ○

3.5-5.4

3-3.4 ○

2.5-2.9 < 2.5 ○ CREATININA SÉRICA

(mg/100ml) (Pontos dobrados para insuficiência renal aguda)

≥ 3.5 2-3.4 ○ 1.5-1.9 ○

0.6-1.4

< 0.6

HEMATÓCRITO (%) ○

≥ 60 50-59.9 ○ 46-49.9 ○

30-45.9

20-29.9 < 20

CONTAGEM DE CÉLULAS BRANCAS (total/mm3) (em 1.000s)

≥ 40 20-39.9 ○ 15-19.9 ○

3-14.9

1-2.9 < 1 ○ ESCALA DE COMA DE

GLASGOW (ECG): Escore = 15 menos ECG atual

Imagem

Figura 1 – Fluxograma de seleção da amostra estudada
Tabela 1 - Características sócio-demográficas: idade, sexo, procedência, tipo de paciente, APACHE II,  necessidade de VM e DVA na admissão Total e por grupos etários
Tabela 2 - Sistemas acometidos que motivaram a internação
Tabela 4 - Comparação das variáveis entre pacientes com desfecho Alta x Óbito
+3

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