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O Bibliotecário, a Informática e o Inter dos Profissionais que Operam as Bibliotecas de Hoje :: Brapci ::

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o

Bibliotecário, a inforrnática e o inter-relacionamento dos Profissionais

KJIHGFEDCBA

T e r e zi n e A r a n t e s F e r r a z= s

ra, aumentando o número de bibliotecas à aquisição, reprodução e empréstimo mú-e lmú-eitormú-es. tuo de documentos. Esses programas coope-Com o decorrer dos séculos, as funções rativos exigiram a renúníca voluntária a das bibliotecas aumentaram e, a partir do urna certa parcela de auto-suficiência e de Séc. XVIII, essas entidades passaram a ser- independência. O desenvolvimento dessa vir de suporte a uma variedade de funções interdependência fez surgirem sérios pro-sociais, inclusive de apoio a empreendi- blemas, mas apontou, por outro lado, as mentos econômicos e comerciais, ao sis- possíveis soluções para a superação dos tema educacional em todos os seus níveis, mesmo e criou oportunidade de novas

ex-àcultura popular, àindústria e ao crescente periências de trabalho.

movimento de auto-educação. Assim, essas A par do surgimento dessas bibliote-entidades, originalmente criadas como prí- cas especializadas e do aparecimento, íní-vilégios da realeza e elites eclesiásticas, fo- cialmente tímido de trabalhos em bases co-ram se transformando em agentes da demo- operativas, começaram a ser criados os cen-cracia refletindo atitudes, valores e ambi- tros de documentação, ou serviços de infor-ções das sociedades que as suportavam. mação, como quer que se os denomine .

•Os objetivos fundamentais das bibíío- Assim como as bibliotecas têm reve-tecas eram reunir, catalogar, classificar e ar- lado tradicionalmente urna vocação enci-mazenar as coleções existentes, tendo atítu- clopédica, os centros de documentação sur-de passiva, no que diz respeito à difusão giram para ocuparem-se, fundamentalmen-dos conhecimentos. te, do tratamento de documentos e, por

ex-Ao longo do Séc. XIX apareceram as tensão, de dados científicos e tecnológicos primeiras bibliotecas especializadas ou cien- referentes a um campo ou assunto especí-tíficas e, em algumas bibliotecas ímportan- fiéo, e colocá-los à disposição, rápida e tes, da caráter geral, criaram-se seções ou oportunamente, de seus grupos definidos departamentos científicos, técnicos e tec- de usuários. Situando a atualidade da infor-nológicos. mação num primeiro plano de interesse, os

As bibliotecas cresceram dramatíca- centros de documentação utilizam revistas mente em tamanho, número e complexida- especializadas, relatórios, teses e disserta-de e, ao longo dos anos, criaram um corpo ções, impressos ou reproduzidos e, cada vez de regras razoavelmente normalizado, de- mais, diversas formas de materiais gráficos, senvolveram novas técnicas e padrões para iconográficos, sonoros e audiovisuais. o seu controle administrativo, aumentaram A razão de ser dos centros de doeu-sua clientela, mantendo sempre a sua mís- mentação não reside na simples acumula-são básica de prover a utilização social dos ção de conhecimentos, antes na atualiza-registros gráficos para benefício do indiví- ção, definida em função de necessidades es-duo e, através deste, da sociedade. pecíficas e na facilidade de seu acesso aos

Com o correr dos anos, a tendência à especialistas.

especialização se acentou e as bibliotecas Concomitantemente, a idéia de redes tomaram-se mais e mais especializadas, em e sistemas de informação se cristaliza em química ... medicina ... agricultura. Essa um instrumento de trabalho de grande po-tendência a um maior fraccionamento do ten cial , porque mobiliza todos os recursos conhecimento - que inclusive continua a de muitas bibliotecas e centros de doeu-se acentuar - tem sido compensada em mentação. Essa idéia constitui excitante parte, pela cooperação estabelecida entre as . novidade, e igualmente, um grande desafio bibliotecas, no que se refere principalmente pelas implicações que acarreta.

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o

B ib lio t e c á r io ,

a I n f o r m á t ic a

e

o I n t e r - R e la c io n a m e n t o

d o s

Profissionais

q u e

O p e r a m a s B ib lio t e c a s d e H o j e

*

CDU 681.06

E v o l u ç ã o d a e n t i d a d e b i b l i o t e c a e s u a fu n -ç ã o n a s o c i e d a d e a t u a l c o m o a g e n t e r e s p o n -s á v e l p e l a c o l e t a , t r a t a m e n t o e d i s s e m i n a -ç ã o d e i n fo r m a -ç ã o . A r e s p o n s a b i l i d a d e d e s -s e o r g a n i -s m o n o p r o c e s s o d e t r a n s fe r ê n c i a d e i n fo r m a ç ã o e c o m o g e r a d o r d e i n fo r m a -r ã o A d i v e r s i d a d e d a fo r m a ç ã o d e p r o fi s -s i o n a i -s q u e o p e r a m e g e r e n c i a m e s s a e n t i d a -d e , o i n t e r - r e l a c i o n a m e n t o q u e d e v e p r e v a -l e c e r e n t r e e s s e s p r o fi s s i o n a i s e s u a s r e l a -ç õ e s c o m a Informática. A fo r m a ç ã o p r o -fisstonal (Mb i b l i o t e c á r i o fa c e a o d e s e n v o l -v i m e n t o s ó c i o - e c o n ô m i c o d a s o c i e d a d e a t u a l .

Tão remotamente quanto tem sido possível se averiguar, as bibliotecas surgi-ram como parte integrante dos antigos templos e palácios, evidenciando uma preo-cupação de ordem social de atuar como re-positórios da transcrição da cultura daque-las épocas. Tinham, então, caráter eminen-temente arquivístico, cuja principal preo-cupação era preservar documentos neces-sários ao estado, transações comerciais e transmissão de crenças e rituais religiosos. A invenção da imprensa, com carac-teres móveis, ampliou extraordinariamen-te as coleções bibliográficas e contribuiu para a democratização do ensino e

cultu-* Trabalho apresentado ao XIV Congresso Na-cional de Informática, Seminário de "A Infor-mática e a Biblioteconomia". São Paulo, 16 -23 de outubro de 1981.

•• Diretora da Divisão de Informação e Docu-mentação Científicas do Instituto de Pesqui-sas Energétícas e Nucleares, São Paulo.

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Terezine Arantes Ferraz

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Bibliotecário, a informátiea e o inter-relaeionamento dos Profissionais.

Falar em sistemas, como solução para a obtenção da informação, pressupõe um modelo de informação vertical

híerarquíza-do. Os contatos recíprocos ou não, entre bibliotecas isoladas e tais sistemas, consti-tuem as redes - integração horizontal - e, por conseguinte, a essência da informação, cooperação ou da interdependência.

Durante as décadas de 40 e 50, os trabalhos, atividades, conceitos e idéias ex-pressos por Vannevar Bush, Taube & Perry, Mooers, Luhn e outros, constituíram as ba-ses sobre as quais se desenvolveriam, a par-tir dos anos 60, os trabalhos de concepção de bases de dados bibliográficos, coloquial-mente denominados DBs. Essa década pre-senciou ainda o aparecimento dos primei-ros DBs on fine, em caráter operacional, A década de 70 viu o aparecimento das pri-meiras redes de DBs on fine e o apareci-mento da indústria da informação.

No início da década de 80 estamos presenciando a proliferação desses DBs e de suas redes, atualmente em grande desenvol-vimento na Europa, e em especial, nos EE. Ul.L, e o fortalecimento, cada vez maior, da indústria da informação.

Os centros de análise da informação - de criação relativamente recente - têm experimentado e ainda experimentarão de-senvolvimento facilmente explicável, devi-do ao papel que desempenham na avaliação e síntese da informação.

Ante a avalanche crescente de infor-mações de todos os tipos que invade as bi-bliotecas e centros de documentação, é ne-cessário proceder-se à operações de depura-ção, decantadepura-ção, filtragem e seleção e, pos-teriormente, à sistematização e análise, eta-pa indispensável e que precede à formula-ção de novas hipóteses de trabalho.

O repentino e dramático aparecimen-to de inúmeras bibliotecas técnico-científi-cas e a proliferação de incontáveis centros de documentação, bases e bancos de da-dos de análise da informação, criaram a

ne-cessidade de se orientar previamente os usuários para os serviços mais competentes ou mais bem providos de informação.

Por isso, começaram a surgir, ao re-dor de 1965 no EE.UU., os primeiros cen-tros referenciais, que são comparáveis a um escritório de informação ou uma central te-lefônica que não fornecem, necessariamen-te, documentos ao usuário, antes dá-lhe in-formações, sem ocuparem-se da essência real da informação científica e tecnológica.

Encerrando esta evolução rápida e su-maríssima da "entidade biblioteca" e suas congêneres atuais, há que se mencionar es-tudos prospectivos que estimam que, num prazo relativamente curto, surgirão estrutu-ras parcial ou totalmente inéditas no cam-po da informação, tais como centros espe-cíalízados em documentos ou audiovisuais, ou ainda, centros de inovação, encarrega-dos de centralizar e difundir informações primárias e secundárias, não só sobre in-venções e suas patentes como, também es-pecialmente, sobre idéias, sugestões e insti-tuições voltadas para o futuro. Contudo, tal é a complexidade dos problemas para coletar, analisar, classificar e, finalmente, sintetizar essas noções ainda mal definidas, que a criação desses centros de inovação não deverá se verificar antes dos próximos 20 anos, segundo vários autores.

Esta análise, como disse, constitui um retrospecto sintético e muito incom-pleto da evolução das funções da bibliote-ca e suas entidades-irmãs. Com isto, pre-tendi apenas fazer uma rememoração da tipologia da entidade biblioteca, lembrada que estou, não ser este o objetivo da minha palestra, mas usando-o apenas como preâm-bulo para chegar ao ponto desejado. Assim, "en passant", viu-se a tipologia das bíblio-tecas e agora, não menos sumariamente, enumerarei alguns dados sob o ponto de vista quantitativo.

Com referência a este aspecto, não há números inteiramente confiáveis. Nos EE.

UU., levantamento recente, relacionou 2700 bibliotecas especíalízadas, adminis-tradas pelos serviços do Governo Federal, mas esse número pode facilmente ascender a dezenas ou centenas de milhares, depen-dendo da definição adotada para se caracte-rizar essa entidade.

Por sua vez, o número de DBs exis-tentes no mundo é estimado em cerca de 300, sendo 58% deles gerados nos EE.UU, registrando 89% dos documentos disponí-veis internacionalmente.

No Brasil, levantamento que me foi. acessível, datado de 1969 e promovido pe-lo IBICT, relaciona nesse ano, sob o títupe-lo de "Bibliotecas Especializadas Brasileiras", 808 entidades. Note-se, entretanto, que sob essa rubrica foram, igualmente, incluídas bibliotecas universitárias.

Com referência à geração de DBs na-cionais, o voI. de 1978/80 da "Bibliografia Brasileira de Documentação", igualmente publicação do IBICT, indexa alguns tra-balhos descrevendo projetos e experiências e outros descrevendo geração de DBs,já em fase operacional. Ao todo, esses trabalhos não excedem a casa dos vinte.

Projeções mundiais estimam cresci-mento acelerado do volume de docucresci-mentos científicos, impressos ou não, bem como de observações originais. Os prognósticos prevêem que os serviços de informação científica e tecnológica tenderão a se diver-sificar e se ramificar. Tudo leva a crer que esse processo se acentue nos próximos anos. Especialistas suecos fazem prognósti-cos que, por volta de 1990, as bibliotecas ter-se-ão convertido em centros de entrada de dados nos de sistemas de informação e especializar-se-ão no processamento e análi-se da informação.

Quaisquer que sejam as previsões, a verossimilhanças de atividades desenvolvi-das atualmente por bibliotecas e serviços de informação são facilmente detectáveis me-diante análise comparativa dessas ativida-des.

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O que pretendo fazer em seguida, ao destacar as similaridades de atividades de-senvolvidas pelos serviços de informação e bibliotecas, cumpre dois objetivos:

1~) Demonstrar que as característi-cas e limites de ação entre essas entidades se confundem, sendo irrelevante determi-nar as distinções existentes a partir do mo-mento em que essas entidades se equiparam na tipología e qualidade dos serviços presta-dos. Para fins desta exposição, me referirei, indistintamente, à uma ou outra, indepen-dente de como sejam as mesmas designadas, aqui, nos EE. UU. ou na Europa. O que im-porta, isso sim, é a característica comum de proverem informação de qualidade, àhora e em quantidade certas.

O2ç>objetivo é demonstrar, ao térmi-no da exposição deste capítulo de "verossi-milhanças", que sendo uma mesma entida-de, dinâmica, com prestação de serviços de qualidade, explorando e utilizando todas as facilidades que a moderna tecnologia pode lhe oferecer, essa entidade requer, por ou-tro lado, profissionais com características específicas, voltadas para atender a esse conjunto também específico de condições e exigências.

Assim as atividades de catalogação, indexação, classificação, elaboração de re-sumos, preparo de catálogos, elaboração de buscas retrospectivas, serviços de dissemi-nação seletiva da informação e provísíona-mento de documentos, são atividades co-muns.

Também no que se refere às chama-das operações secundárias, ou seja, elabora-ção de bibliografias selecionadas, Índices de referências bibliográficas, há similaridade de atividades.

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em-Terezine Arantes Ferraz

préstimo, de circulação, de reprodução, constituindo mais um ponto em comum entre as entidades biblioteca e serviços de informação.

Também no que se refere a conceitos e noções que norteiam os procedimentos dessas entidades, há vários deles que são co-muns, por exemplo: preocupação com a clientela a que servem, atendimento da ne-cessidade informacional dos usuários, preo-cupação com conceitos de eficácia e quali-dade. Acessibilidade e economia consti-tuem também alguns dos aspectos que vêm preocupando e nos quais vêm ativamente agindo bibliotecas e serviços de informação. Com relação à evolução que se pro-cessa na tecnología empregada por essas en-tidades, é possível, também, se constatar que a tecnologia de computadores, até há 10 - 15 anos atrás quase que só restrita a áreas que não especificamente àquelas da biblioteca, atingiu e está causando um im-pacto comparável àquele ocasionado pelo advento da imprensa.

A automação encontrou nas tarefas repetitivas dos processos técnicos da biblio-teca campo virgem, a espera de ser desbra-vado. A autornação, quando se deve mani-pular e veicular quantidades de documen-tos e informações, somada à grande capaci-dade das memórias magnéticas e ao custo de armazenagem, transformou a informá-tica numa grande aliada da biblioteca. As memórias holográfícas - baseadas no laser - deverão modificar radicalmente a arma-zenagem das informações relativas à pesqui-sa científica, indústria e administração.

Admite-se, igualmente, rápido desen-. volvimento da técnica vídeo, devido à con-tínua descoberta de novas aplicações. Os próprios telefones estão sendo substituídos por videofones e serão conectados à biblio-tecas, centros de documentação, arquivos, redações de jornais e de revistas.

A tecnologia de terminais - outro instrumento de largo uso comum entre

bi-bliotecas e serviços de informação - toma possível a interface homem/máquina. A fle-xibilidade dos programas de computador estão agilizando o "modo de conversar" e permitirá, cada vez mais, a aproxímaçao en-tre o homeme a máquina.

Também as técnicas de impressão -das quais não prescindem as bibliotecas e serviços de informação e das quais há prog-nósticos que vaticinam seu uso ainda por muitos anos por essas entidades - estão sendo objeto de importante desenvolvimen-to tecnológico. A composição de textos, gráficos e imagens à alta velocidade, é uma realidade da qual bibliotecas e serviços de informação já estão fazendo largo uso.

A tecnologia da telecomunicação também está exercendo papel relevante nas atividades desenvolvidas por essas entidades e as perspectivas são de eminente desenvol-vimento dos meios de telecomunicação ul-tra rápidos, seguros e economicamente acessíveis.

Os microcomputadores, essa nova e promissora tecnologia, aí estão e vão repre-sentar outro grande aliado da biblioteca. O mercado brasileiro é promissor e parece bastante eminente a entrada do país nessa área de competição tão acirrada, interna-cionalmente.

Quantitativamente, é temerário ten-tar-se qualquer extrapolação com referên-. cia ao número e tipos de computadores que

existirão no mundo neste próximos anos. Com referência a suportes materiais da informação, encontra-se novamente grande verossimilhança de variedades entre os materiais usados pela biblioteca e serviço de informação. A 11 Guerra Mundial - à par da hecatombe que significou para o mundo - propiciou o aparecimento do rni-crofilme, material que iria posteriormente ter a maior relevância no processo de trans-ferência da informação. A microficha, por exemplo, é ao mesmo tempo suporte de ar-mazenagem, suporte de dados de entrada,

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Bibliotecário, ainformática e o inter-relacionarnento dos Profissionais.

às vezes de saída e, comumente, de transfe-rência de informação. C desenvolvimento e aplicabilidade da rniniaturização é eviden-te: da microficha que continha 100 foto-gramas, passou-se à supermicroficha com 1000 fotogramas e à ultramicroficha com mais de 3000 fotogramas, equivalente a 7 - 10 livros completos. Ao microfílme, igualmente, está reservado papel muito importante e, as bibliotecas em especial, têm sabido explorar essa tecnologia com in-discutíveis bons resultados. As microfor-mas já estão incorporadas ao dia a dia da biblioteca e, igualmente, da informática.

Nesta análise retrospectiva, sumária e incompleta, conforme faço questão de re-petir, feita exclusivamente com objetivo de descrever e quantificar a tipologia de enti-dades que, isolada ou conjuntamente, ope-ram na área da informação, não teve outro intuito senão o de rememorar a evolução por que passou a entidade biblioteca, sua tradicional posição passiva, depositária de informação, e como a vimos encontrar, ho-je, crescida dramaticamente em número, forma e atividade, agressiva na sua ativida-de informacional, consciente da sua posi-ção na sociedade moderna, inteiramente as-sumida na sua responsabilidade de infor-mar, de informar bem.

Na verdade, o objetivo que pretendo alcançar ao fazer essa caracterização da ti-pología e do processo evolucional dessa moderna entidade de informação, não é outra senão a de levar e predispôr os pre-sentes a se indagarem comigo sobre quem são os profissionais que estão operando es-sa biblioteca dos nossos dias, como os mes-mos se inter-relacionam e se interagem corri a informática.

Assim, permitam-me continuar levan-tando alguns pontos e tecer ma:is algumas considerações sobre outros aspectos para chegar, finalmente, ao ponto central da mi-nha proposição.

Hoje, todos sabem, a

Bibliotecono-mia é uma ciência multidisciplinar. A mo-derna biblioteconomia incorpora aos co-nhecimentos dos seus profissionais méto-dos de qualquer outra ciência. Poucos duvi-.dam que o uso dos registros gráficos da so-ciedade é um conhecimento científico pa-ra o qual todos os pa-ramos do conhecimento humano podem e devem contribuir.

Como a biblioteconomia se relaciona essencialmente com a utilização dos regis-tros gráficos, feitos pelo indivíduo ou cole-.tivamente, a biblioteconomia é

fundamen-talmente uma ciência do comportamento. Entretanto como os métodos e descobertas das ciências físicas e biológicas estão sendo crescentemente aplicados ao estudo do comportamento humano, o bibliotecário deve ser "científico", esse científico entre aspas; "científico", não porque ele possa estar fornecendo ou comunicando literatu-ra científica aos cientistas, mas científico porque a ciência, no seu sentido mais am-plo, é a base do próprio conhecimento do bibliotecário.

A Biblioteca é urna instituição social. Para preencher sua responsabilidade tem que refletir a sociedade da qual é parte e es-pelhar cada mudança significativa ocorrida nessa sociedade. Dentro dos últimos 25 -30 anos, mudanças, tanto significativas co-mo extensivas, têm ocorrido na sociedade com freqüência e conseqüências imprece-dentes.

Nestas últimas décadas, o aumento no número dos registros gráficos tem sido . de tal ordem e afetado igualmente de tal forma a sociedade, e a evolução da tecno-logia tem também progredido tão rapida-mente, que as técnicas de disseminação de informação estão rapidamente se transfor-mando e exigindo profissionais com for-mação voltada para esse novo conjunto de circunstân cias.

Constitui fato igualmente conhecido que as necessidades de informação são tão diversas e tão complexas que uma única

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Terezine Arantes Ferraz

instituição - tal como a biblioteca - não pode, sozinha, carregar essa incumbência, a não ser, e conforme vimos no retrospecto sintético que há pouco fizemos, que ela evolua, dinamize suas atividades, otimize e agilize sua prestação de serviços.

Desde a década de 50, quando os computadores começaram a ser utilizados para fins comerciais, é bem conhecido o impacto social e econômico que causaram nos mais diversos setores e países. A infor-mática alterou os procedimentos comer-ciais, industriais, e suas técnicas tornaram-se instrumentos valiosos fi.pesquisa. A in-formática está envolvida no processo de comunicação e em ampliar, em estender a capacidade da mente humana. A inforrriáti-ca ainda terá muito e muito para contribuir para o desenvolvimento de inúmeros seto-res e, no caso em pauta, para o processa-mehto e transferência da informação. Nós apenas começamos a vislumbrar a sua po-derosa capacidade.

Hoje, serviços que tratam a informa-ção, usam o computador e equipamentos relacionados em dois tipos fundamentais de atividades: processamento de documen-tos e processamento do "conteúdo" desses documentos. De maneira .geral, no Brasil, o processamento de documentos é a área em que as bibliotecas estão começando a se habilitar. A área de "conteúdo" de docu-mentos para ser ainda campo pouco pene-trado pelas bibliotecas do país. Aparente-mente, as bibliotecas brasileiras estão

co-omeçando a usar o computador mais na

par-te referente a processamento e controle dos itens físicos da coleção, em atividades referentes à aquisição, controle bibliográ-fico, manutenção da coleção, emprés-timo, empréstimo inter-bibliotecas e ou-tros aspectos. Ainda assim, a automação empregada nesse conjunto de atividades, genericamente denominado "Automação de Bibliotecas", é feita de maneira incipien-te e sem muito sentido de uma

imprescin-dível e eminente constituição de sistemas nacionais de informação. Na parte de gera-ção de DBs, o número de atividades ainda é pouco significativo.

O uso adequado das técnicas da in-formática requer exatidão no planejamen-to, desenvolvimenplanejamen-to, análise, síntese e or-ganização, características nem sempre pre-sentes na formação profissional do biblio-tecário. O gerente bem sucedido da biblio-teca requer novas modalidades de interação e inter-relacíonamento entre pessoas, equi-pamentos e materiais.

Mencionamos há pouco que a biblio-teca cresceu em complexidade em funcão do próprio estágio de desenvolvimento al-cançado pela sociedade atual. Do antigo ad-ministrador de bibliotecas, passou-se para o gerente de centros de informação, a quem compete selecionar os elementos responsá-veis pelas partes financeira, contábil, de pessoal e de inúmeros outros aspectos ge-renciais. Saber valer-se de elementos com-petentes, capacitados a planejar, implantar, operar o sistema de informação da bibliote-ca requer tomada de decisões e estas, por sua vez, requerem conhecimentos multidis-ciplinares. É fato inconteste que o moder-no conceito de gerenciamento de centros de documentação exige participação de elementos com formação diversificada, com forte sentido de trabalho em grupo.

Finalmente, chego ao ponto nevrál-gico do tema no qual me situaram neste congresso, qual seja, "Biblioteconomia e Informática", e o qual eu gostaria de alte-rar um pouco, dando-lhe uma conotação mais pessoal, mais individual, qual seja: "o Bibliotecário e a Informática e o seu rela-cionamento com outros profissionais que operam as bibliotecas de hoje".

Cóm o que foi comentado até este ponto, espero ter levado os presentes a irem mentalizando não só a verossimilhan-ça de atividades entre biblioteca e serviço de informação mas, sobretudo, o novo

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cia dos bibliotecários quanto à exigência de especificações, ou reluta admitir a necessi-dade da quantidade extraordinária de da-dos bibliográficos e a rigorosa ordem de su-cessão dos mesmos.

Ultimamente, os bibliotecários come-çam a ser reconhecidos como usuários com necessidades peculiares, sobretudo no que diz respeito a tamanho dos arquivos e à complexidade dos dados bibliográficos, Um novo posicionamentodo pessoal de biblio-teca, com finalidade de utilizar técnicas que a informática dispõe e a reagir correta-mente face às falhas, é hoje fato irrefutável. A reação inicial do bibliotecário, frente ao treinamento que se faz necessário e ao re-ceio de que tal tarefa exceda sua capacida-de ou que reduza sua atividade a nível de desqualificação intelectual, é comumente substituída por confiança e crença na in-formática, muitas vezes, com a simples che-gada do computador e equipamentos corre-latos.

As novas técnicas e metodologias de análise e projetos de sistemas fazem com que o bibliotecário seja cada vez mais soli-citado a participar do processo de criação de um sistema de informação. O bibliote-cário não se satisfaz em ser simplesmente um observador. Antes, deve ter uma parti-cipação ativa e capacidade de indicar com precisão as qualidades e os serviços que pre-tende que a informática lhe provenha.

O analista, por sua vez, ao definir um sistema, deve ter em vista a sua flexibilida-de, facilidade de manutenção e compatibi-lidade com outros sistemas, além de se preo-cupar em adequar estas características aos recursos disponíveis na sua instalação, em termos de "hardware" e "software" e, por outro lado, tem ainda que se empenhar na apreensão das necessidades específicas e na terminologia própria da Biblioteconomia.

O problema que então surge, é como utilizar e compatibilizar o conhecimento do bibliotecário e suas necessidades

especí-o

Bibliotecário, a informática e o ínter-relacíonarnento dos Profissionais

ceito no desempenho de atividades dessa biblioteca dos nossos dias e, por analogia, a figura dos novos profissionais, de forma-ção variada, responsáveis pelo gerenciamen-to e operação dessa moderna entidade ín-formacional e do inter-relacíonamento que deve imperar entre esses profíssíonais, so-bretudo com o pessoal da informática, preocupação central deste trabalho.

Assim, chego à pergun ta:

E os profissionais que trabalham nes-sa nova biblioteca-serviço de informação. Quem são? Qual a sua formação? Quais as suas características? Acompanharam, em ra-pidez e amplitude de conhecimentos, a aber-tura do espectro de atividades que a nova entidade biblioteca passou a assumir nestas duas últimas décadas? Então esses profís-sionais capacitados a interagirem com os colegas de formação variada, que por força da própria nova conceituação e da diversi-dade de atividiversi-dades desenvolvidas nessa mo-derna biblioteca, colaboram, cooperam, co-existem?

A linguagem falada por esses elemen-tos, de formação profIssional diversificada, em especial pelo pessoal da área de infor-mática, há que ter uma base' comum para que se obtenha consenso e compreensão e se alcance a racionalização e otimização, características inerentes à biblioteca.

A recente experiência brasileira na aplicação da informática àBiblioteconornia tem demonstrado ser esse inter-relaciona-mento, de início lento e, não raro, até mes-mo penoso para ambas as partes, visto, co-mo disse, ser recente a experiência de tra-balho conjunto desses dois profissionais, Terna-se evidente que cada um desses ele-mentos há que aprofundar mais o seu co-nhecimento da linguagem do outro. Os bi-bliotecários sentem dificuldade em se sub-meter aos compromissos que a informátí-ca exige como paga' pelos seus benefícios. O pessoal da informática, por seu turno, não raro, questiona a aparente

intransígên-Rev. bras, Bibliotec. e Doe. 14 (3/4): 204-214, Jul./Dez. 1981

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Terezine Arantes Ferraz

ficas com a visão também específica do analista, de forma que o resultado desse trabalho conjunto logre alcançar plenamen-te os objetivos planejados.

Alguns problemas têm ocorrido devi-do à carência de maior comunicação entre bibliotecários e pessoal da área da informá-tica, Tal situação, entretanto, desaparece a partir do momento em que os bibliotecá-rios se tornam mais familiares com a tecno-logia computacional, e o pessoal da infor-mática com as pecualiaridades da bibliote-ca. Os computadores oferecem novas e efi-cientes maneiras de se fazer tarefas até en-tão executadas com técnicas tradicionais. Os bibliotecários têm agora muitas escolhas entre as quais selecionar, mas, muitas esco-lhas requerem decisões. E decisões judicio-sas só podem ser feitas com base em conhe-cimento suficiente e experiência para anali-sar problemas e operações de maneira ob-jetiva, independente e esclarecida.

À luz das considerações até aqui fei-tas, algumas noções parecem emergir com referência a conceitos que já estão sendo considerados e que deverão .ser mais forta-. lecidos no processo educacional do

biblio-tecário, por exemplo:

- Compreensão da necessidade da implantação e desenvolvimento de redes e sistemas de informação nos quais as poten-cialidades bibliográficas de uma área ou re-, gião possam ser exploradas na sua total po-tencialidade. Têm-se falado muito sobre cooperação. Agora não mais é possível per-mitirmo-nos um crescimento descoordena-do, uma aquisição não planificada. Numa época em que a informática e a tecnologia da comunicação têm feito avanços impres-sivos, continuar no isolamento é economi-camente inviável e desgastante sob o ponto de vista profissional.

-, A informática, juntamente com o surgimento da ciência da informação .entre nós, está contribuindo de maneira signifi-cativa que tende a aumentar na proporção

em que os bibliotecários aprofundam seus conhecimentos sobre essas áreas. A mudan-ça de biblioteca, criada para o privilégio e exclusividade de elites para bibliotecas que deve servir à necessidade informacional de clientelas específicas, especializadas, res-ponsáveis pelo desenvolvimento sócio-eco-nômico do país, apresenta inúmeros e in-fíndáveis problemas. Tudo indica que não apenas alguns aspectos, mas todo o conjun-to de conceiconjun-tos sobre a formação profissio-nal do bibliotecário está se alterando e am-pliando.

- A idéia da necessidade de uma

sóli-da educação geral, básica, é de fato conhe-cido e dedutível das considerações prece-dentes. A necessidade de especialização numa área determinada é imperativo que o desenvolvimento da própria sociedade im-põe ao bibliotecário. Quando se enfatíza

a necessidade de especialização para o bi-bliotecário, não se pretende que ele seja um técnico de especialização estreita. O que dá amplitude e significado ao conhe-cimento especializado é a educação bási-ca, geral, em cima da qual a especializa-da é calcaespecializa-da e, contínua e permanente-mente derivada. A especialização habili-ta o bibliotecário a se comunicar e enten-der as necessidades informacionais de clien-telas específicas.

- O conhecimento seguro da biblio-grafia da sua área, infonnática, teoria da ' comunicação, conhecimentos sobre ciên-cia da informação - tanto quanto esta se relaciona com a biblioteca - constituem outros aspectos que estão sendo fortaleci-'dos na formação contínua do

bibliotecá-rio.

Formação com tais características, dirão alguns, poderá parecer utópica e eco-nomicamente inacessível ao país e coloca-rá o bibliotecário além do alcance da maior parte das instituições.

Por outro lado, pessoa com forma-ção, digamos, "acadêmica", "tradicional",

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Bibliotecário, a informátiea e o inter-relacionamento dos Profissionais

não é necessariamente a pessoa à qual se sa nova posição. Sem esse redírnensiona-deu apenas bons conhecimentos, mas so- mento, predominará a tendência à situação bretudo, aquela que se mantém em cons- européia, difusa, para não se dizer confusa, tante processo de aprendizado. onde o bibliotecário, ao integrar equipes Georges Anderla, professor do Insti- compostas por indivíduos de formação di-tuto de Estudos Políticos de Paris, comenta versificada, parece estar sendo substituído a formação do pessoal que trabalha em cen- por outros profissionais ou, quando não, tros de documentação, formação essa que é tendo sua participação relegada, a plano caracteristicamente européia, onde os limi- menos relevante.

tes entre as atividades desenvolvidas por bi- Creio ser desnecessário alongar-me bliotecários, especialistas da informação nesta tarefa de enfatizar as razões que estão científica, documentalistas, cientistas da in- ' determinando a necessidade de um contí-formação, são extremamente difusos, englo- nuo melhorar, evoluir, na formação profis-bando desde um simples treinamento, atésional do bibliotecário de hoje.

educação formal e semifonnal. Centrei o meu empenho em ressaltar Pesquisa dó Battelle Institute, sobre as implicações que 'a infonnática trouxe à formação e número de pessoas trabalhando Biblioteconomia. Empenho talvez desne-em serviços americanos de informação, ig- cessário, pois o desenvolvimento da própria norou as divergências de formação profis- sociedade, no todo está cobrando do

bí-sional entre bibliotecários que receberam bliotecário uma postulação compatível formação tradicional, com ou sem especia- com esse desenvolvimento.

lização, e os formados em ciência da infor- Aliada que tem sido, a informática ' mação e agrupou-os, todos, sob a denorni-. constitui para a Biblioteconornia também nação de "Documentalísta Especializado". um desafio. Desafio que trouxe no seu

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inegavel a influência da biblioteca jo um sem número de implicações, de no-americana na biblioteca brasileira e aqui, vas técnicas a serem absorvidas e emprega-conquanto não tenhamos tido acesso a ne- das, algumas mais simples e acessíveis, ou-nhum estudo que classifique e quantifique tros complexas e sofisticadas e de apreen-o pessapreen-oal que está trabalhandapreen-o nos centros são mais difícil. Dentro do seu arcabouço, de documentação - visto não ter sido esse a informática trouxe de roldão necessida-aspecto preocupação da minha palestra - é de da biblioteconornia se articular com pro-de se prever que, a prosseguir essa predomi- fissionais de outras áreas, sobretudo com o nância da influência norte-americana, a ten- pessoal da infonnática. Projetos mais am-dêncía no Brasil será de que os bibliotecá- biciosos, que incluem o emprego de técní-rios aperfeicõem mais e mais sua formação cas da informática dentre as atividades pa-profissional de forma que, na composíção ra o seu desenvolvimento, forçam o biblio-dos quadros de pessoal das modernas bi- tecário a conviver com pessoas que detêm bliotecas, o bibliotecário ocupe lugar

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,n p .-

o poder decisório

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de cujo vere dito depen-quado na equipe de trabalho. Isso é possí- dem o patrocínio e financiamento desses vel sempre que o bibliotecário assume total projetos. TrJlS situações exigem que o bí-conscientização das suas novas responsabi- bliotecário advogue com eficácia e persua-lidades profissionais. Evidente que nesse são a causa da biblioteca. Para tanto, quan-processo de conscientização, o ensino deve- to mais bem preparado, mais bem informa-rá desempenhar papel fundamental. Mas do fôr esse bibliotecário, melhor e do mais acredito que, o desenvolvimento próprio alto nível será o diálogo que se estabelecerá da sociedade cobrará desse profissional es- entre as partes, aumentando as

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Terezine Arantes Ferraz

des de se lograr resultados positivos. A rapidez que a informática imprime a transferência da informação tem estimu-lado os bibliotecários, além de estudar, a observar em países mais avançados, inova-ções que estão sendo desenvolvidas e im-plantadas com sucesso. Esse estudar, esse observar, essa absorção contínua de novas idéias e tecnologias, enfim, esse processo de educação contínua, habilita o bibliotecário a se lançar em novas lutas e na exploração e conquista de novos horizontes.

Por outro lado, para o pessoal da in-formática, que já vem trabalhando em pro-jetos de sistemas aplicados à outras áreas, é estimulante ser solicitado pelos bibliotecá-rios a participarem, com sua experiência, da. solução de problemas afetos à área de biblioteconomia e informação.

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lícito esperar-se que o interesse co-mum existente entre biblioteconomia e in-formática faça com que o problema da co-municação seja superado e, através de uma linguagem comum, que .aos poucos vem sendo construída, o objetivo maior, preten-dido pelo ínter-relacionarnento desses pro-fissionais, seja plenamente alcançado.

Assim, a informática, de ciência alia-da, transformou-se -em mais um elemento que está espicaçando a mente do bibliote-cário, incitando-o a se redimensionar, a se reforrnular, a manter vivo o seu processo de educação contínua, ainda que ela, a ínfor-mática, .não se aperceba da sua contribui-ção no processo evolutivo que hoje se im-põe àformação do bibliotecário.

Aliadas, ciências inter-atuantes, Bi-blioteconomia e Informática estão juntas, colaborando para a disseminação e acessi-bilidade da informação, base indispensá-vel para o desenvolvimento do homem e da sociedade modernos.

Bibliografia Consultada

ANDERLA, G.

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Referências

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