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Desempenho das Classificações RIFLE e AKIN na predição da oligúria em pacientes com disfunção renal

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Universidade de Brasília Faculdade de Ceilândia Curso de Enfermagem

Natália Araújo Cunha

Ceilândia - Distrito Federal 2014

Desempenho das Classificações RIFLE e AKIN na predição da

oligúria em pacientes críticos com disfunção renal

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Natália Araújo Cunha

Orientadora: Profª Drª Marcia Cristina da SilvaMagro

Ceilândia - Distrito Federal 2014

Desempenho das Classificações RIFLE e AKIN na predição da oligúria em pacientes com disfunção renal

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à disciplina Trabalho de Conclusão de Curso em Enfermagem 2, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem, Universidade de Brasília - Faculdade de Ceilândia.

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Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte.

CUNHA, NATÁLIA ARAÚJO

Desempenho das Classificações RIFLE e AKIN na predição da oligúria em pacientes críticos com disfunção renal / Natália Araújo Cunha. Brasília: [s.n], 2014.

46p.: il.

Monografia (Graduação). Universidade de Brasília. Faculdade de Ceilândia. Curso de Enfermagem, 2014.

Orientação: Marcia Cristina da Silva Magro

1. lesão renal aguda 2. oligúria 3. avaliação em enfermagem

I. Cunha, Natália Araújo II. Título: Desempenho das Classificações RIFLE e AKIN na predição da oligúria em pacientes críticos com disfunção renal.

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CUNHA, Natália Araújo

Desempenho das Classificações RIFLE e AKIN na predição da oligúria em pacientes críticos com disfunção renal

Monografia apresentada à Faculdade de Ceilândia da Universidade de Brasília como requisito de obtenção do título de enfermeiro.

Aprovado em : _________/_________/__________

Comissão Julgadora

_________________________________________

Prof ª. Dr. ª: Marcia Cristina da Silva Magro Universidade de Brasília / Faculdade de Ceilândia

_________________________________________

Prof ª. Dr. ª: Paula Regina de Souza Hermann Universidade de Brasília / Faculdade de Ceilândia

_________________________________________

Nayara da Silva Lisboa

Enfermeira Mestre da UTI do Hospital Regional da Ceilândia Docente da Escola Superior de Ciências da Saúde

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Dedico este trabalho aos meus pais, minha irmã e amigos.

Dedico também a todos aqueles que conviveram comigo nesses anos de graduação e professores. Em especial à minha orientadora Marcia Magro.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, por ter me dado muita força para superar as dificuldades e pela intercessão da Virgem Maria.

Aos meus pais, Romildo e Marluce, pelo amor incondicional que me proporcionam, por todo apoio, carinho e confiança. Todo esse apoio foi essencial para essa conquista.

À minha irmã Lara, que com seu jeito espontâneo soube me dar atenção, carinho e amor quando eu precisei.

Aos meus amigos que sempre tiveram ao meu lado , vibraram com as minhas conquistas e entendiam minhas ausências quando era necessário e à uma pessoa que durante anos meu apoiou e ajudou.

À minha orientadora Marcia Magro, por toda atenção, carinho e paciência, durante a orientação. Com toda certeza eu não poderia ter escolhido uma orientadora melhor.

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Natália, AC. Desempenho das Classificações RIFLE e AKIN na predição da disfunção renal em pacientes críticos com oligúria. Trabalho de Conclusão de Curso. Distrito Federal. Universidade de Brasília. Faculdade de Ceilândia; 2014.

48 p.

RESUMO

Introdução: A lesão renal aguda tem um grande impacto na sobrevida dos pacientes admitidos nas Unidades de Terapia Intensiva. Objetivo: Comparar o desempenho das Classificações RIFLE e AKIN na predição da oligúria em pacientes críticos com disfunção renal. Método: Estudo longitudinal, prospectivo, quantitativo. Foi desenvolvido na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional de Ceilândia durante o período de um ano. A casuística foi composta de 30 pacientes que evoluíram com lesão renal aguda. Foram incluídos os pacientes com idade superior a 18 anos, que assinarem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, com valor de creatinina sérica até 1,5 mg/dL. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa sob CAAE 17567013.2.0000.5553. Os dados foram expressos em frequência absoluta (n) e frequência relativa (%) e em mediana e percentil 25 e 75. Valores de p < 0,05 foram considerados significativos. Resultados: A idade média dos 30 pacientes foi de 57 anos.

A maioria (53,3%) era do sexo feminino e 56,7% faziam uso de droga vasoativa. 93,3%

dos pacientes evoluíram com disfunção renal pela Classificação AKIN e 90% pela Classificação RIFLE. Dos 26 pacientes com oligúria 81,8% evoluíram para óbito. Pela Classificação AKIN 81,8% e pelo RIFLE 90% dos pacientes com oligúria evoluíram com disfunção renal. O óbito ocorreu em 90,9% dos pacientes com disfunção renal pelo AKIN e em 81,8% pelo RIFLE. Conclusão: Não houve diferença significativa para a identificação de disfunção renal entre as Classificações RIFLE e AKIN, o desempenho entre ambas foi similar.

Descritores: lesão renal aguda, oligúria, avaliação em Enfermagem.

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Natália, AC. RIFLE and AKIN performance ratings in predicting renal dysfunction in critically ill patients with oliguria. Completion of course work (Nursing Course) - University of Brasilia, Undergraduate Nursing, Faculty of Ceilândia, Brasilia, 2014. 48 p.

ABSTRACT

Introduction: Acute kidney injury has a major impact on survival of patients admitted to the Intensive Care Units. Objective: Compare the performance of the RIFLE and AKIN classifications in predicting oliguria in critically ill patients with renal dysfunction. Method: Longitudinal, prospective, quantitative study. Was developed in the Intensive Care Unit of the Regional Hospital of Ceilândia during one year. The casuistry of 30 patients who developed acute kidney injury. Patients aged over 18, who signed the term of free and informed consent and with serum creatinine to 1.5 mg / dL were included. The study was approved by the Ethics and Research under CAAE 17567013.2.0000.5553. Data were expressed as absolute frequency (n) and relative frequency (%) and median and 25 and 75 percentile. Statistical analysis: Data were expressed as absolute frequency (n) and relative frequency (%) and median and 25th and 75th percentile. P values <0.05 were considered significant. Results:The mean age of the 30 patients was 57 years. The majority (53.3%) were female and 56.7% were using vasoactive drugs. 93.3% of patients developed renal dysfunction by AKIN classification and 90% by RIFLE classification. Of the 26 patients with oliguria 11 (81.8%) died. By the AKIN classification 81,8% and by the RIFLE classification 90%

of patients with oliguria developed with renal disfunction. Death occurred in 90.9% of patients with renal dysfunction by AKIN and 81,8% by RIFLE. Conclusion: There was no significant difference for the identification of renal dysfunction between the RIFLE and AKIN Classifications, performance was similar between both.

Descriptors: acute kidney injury, oliguria, nursing assessment.

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LISTA DE TABELAS E GRÁFICO

Tabela 1-Distribuição dos pacientes de acordo com as características clínicas. Distrito Federal, 2014...22 Tabela 2 - Distribuição dos pacientes em estágios de disfunção renal de acordo com as Classificações RIFLE/AKIN. Distrito Federal, 2014………..………....24 Tabela 3 – Relação da ventilação mecânica com o uso de drogas vasoativas e disfunção renal (critério creatinina) pela Classificação AKIN. Distrito Federal, 2014………...…….24 Tabela 4 – Relação da ventilação mecânica com disfunção renal (critério creatinina) pela Classificação AKIN. Distrito Federal, 2014…….………..………...25 Tabela 5 – Relação da idade dos pacientes com a ocorrência de disfunção renal pela Classificação RIFLE. Distrito Federal, 2014...25 Tabela 6 – Relação da idade dos pacientes com a ocorrência de disfunção renal pela Classificação RIFLE. Distrito Federal, 2014...25 Tabela 7 – Associação entre obesidade e ocorrência de hipertensão arterial sistêmica em pacientes internados em UTI. Distrito Federal, 2014...26 Tabela 8 – Distribuição dos pacientes com acidente vascular cerebral que evoluíram ao óbito durante o acompanhamento na UTI. Distrito Federal, 2014...27 Tabela 9 – Relação entre a ocorrência de óbito e o tempo de internação na UTI. Distrito Federal, 2014...27 Tabela 10 – Distribuição dos pacientes que evoluíram com oligúria e óbito durante o período de acompanhamento na UTI. Distrito Federal, 2014...28 Tabela 11 – Distribuição dos pacientes que evoluíram com olíguria e disfunção renal pela Classificação AKIN (critério creatinina) durante internação na UTI. Distrito Federal, 2014...28 Tabela 12 – Distribuição dos pacientes que evoluíram com olíguria e disfunção renal pela Classificação RIFLE (critério creatinina). Distrito Federal, 2014...28 Gráfico 1 - Relação entre o tempo de internação e a idade dos pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva. Distrito Federal, 2014...26

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LISTA DE ABREVIATURAS Bic – Bicarbonato

ADQI - Acute Dialysis Quality Initiative AKIN- Acute Kidney Injury Network

APACHE II - Acute Physiology and Chronic Health Evaluation AVC – Acidente vascular cerebral

Cr – Creatinina

FC – Frequência cardíaca

FEPECS - Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde FiO2 – Fração de oxigênio inspirada

FR – Frequência respiratória Hemat – Hematócrito

IMC – Índice de massa corporal K - Potássio

Leuco – Leucócitos LRA- Lesão renal aguda

PAD – Pressão arterial diastólica PAM – Pressão arterial média

PaO2- Pressão parcial de oxigênio no sangue PAS – Pressão arterial sistólica

RIFLE – Risk, Injury, Failure, Loss and End-Stage SES – Secretaria de Estado de Saúde

TCLE – Termo de consentimento livre e esclarecido

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Temp – Temperatura

TFG - Taxa de filtração glomerular

TGO - Transaminase Glutâmico Oxalacética TGP – Transaminase Glutâmico Pirúvica U – Ureia

UTI – Unidade de Terapia Intensiva VM – Ventilação mecânica

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SUMÁRIO RESUMO

ABSTRACT

1. INTRODUÇÃO ... 13

2. OBJETIVOS ... 18

2.1. Objetivo geral ... 18

2.2. Objetivos específicos ... 18

3. MÉTODO E CASUÍSTICA ... 19

3.1. Tipo de estudo... 19

3.2. Local do estudo... 19

3.3. Período de desenvolvimento do estudo ... 19

3.4. Casuística ... 19

3.5. Critérios de inclusão ... 19

3.6. Critérios de exclusão ... 19

3.7. Considerações éticas ... 19

3.8. Protocolo de coleta de dados ... 20

3.9. Definição ... 21

3.10. Tratamento estatístico ... 21

4. RESULTADOS ... 22

5. DISCUSSÃO ... 29

6. CONCLUSÃO ... 34

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 35

ANEXOS Anexo A – Conquista obtida durante desenvolvimento do estudo ... 40

Anexo B – Aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa... 41

Anexo C – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) ... 43

Anexo D – Escore APACHE II ... 44

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Anexo E – Classificação RIFLE ... 45 Anexo F – Classificação AKIN ... 45 APÊNDICE

Apêndice A – Instrumento de coleta de dados ... 46

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13 1. INTRODUÇÃO

Historicamente, a terminologia de insuficiência renal aguda tem-se modificado e atualmente está uniformizada como Lesão Renal Aguda (LRA). Segundo EKNOYAN et al. (2002), a sua primeira denominação foi ischuria renalis, defendida por Willian Heberden em 1802. Posteriormente, foi denominada como Doença de Bright aguda, conforme consta no livro William Osler‘s Textbook for Medicine, de 1909. Durante a primeira e a segunda guerra mundial, foi denominada como War Nephrits (DAVIES et al., 1917). A denominação acute renal failure (insuficiência renal aguda), foi utilizada no livro de Homer W. Smith, em 1951. Nos últimos anos, o termo lesão renal aguda está sendo adotado, como uma deterioração aguda da função renal (MEHTA et al., 2007).

A lesão renal aguda pode ser definida como perda súbita da função renal, com rápido declínio no ritmo de filtração glomerular, caracterizado por acúmulo de substâncias nitrogenadas como ureia e creatinina, acompanhada ou não da diminuição da diurese (COSTA et al., 1998; CLARKSON, M.; BRENNER, B., 2007), e potencialmente reversível independentemente da etiologia ou dos mecanismos envolvidos.

A lesão renal aguda, quanto à etiologia, possui três classificações: pré-renal, intrínseca e pós-renal. Na LRA pré-renal há vasoconstrição arteriolar aferente, com aumento da fração de filtração e da reabsorção tubular de sódio. Ela é caracterizada essencialmente pela hipoperfusão renal, decorrente da hipovolemia e da hipotensão arterial, geralmente determinadas pela redução do débito cardíaco, perdas gastrointestinais como vômito e diarreia, uso de diuréticos, nefropatias, diurese osmótica, perdas cutâneas como queimaduras, traumatismos. É fundamental o reconhecimento precoce dessa situação, pois a sua manutenção pode resultar em uma lesão renal intrínseca. (HOMSI, E.; PALOMBA, E., 2010).

Na LRA intrínseca incluem-se todas as formas de agressões recentes ao parênquima renal, sinalizadas por alterações hemodinâmicas relacionadas à isquemia (hipotensão, politraumatismos, hemorragias, choque cardiogênico, choque séptico, transfusões, hemorragia pós-parto, pancreatite, gastroenterite), nefrotoxicidade (alguns antibióticos, metais pesados, contrastes radiográficos, solventes orgânicos, venenos, anestésicos, agentes inflamatórios não hormonais, agentes nefrotóxicos endógenos), doenças glomerulares, vasculares (COSTA et al.,1998), exemplificadas por necrose

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14 tubular aguda isquêmica, a necrose tubular aguda nefrotóxica, a nefropatia do mieloma, as glomerulonefrites e a necrose cortical aguda (HOMSI, E.; PALOMBA, E., 2010). A LRA pós-renal é a menos frequente e responsável por menos de 5% dos casos dessa síndrome (CLARKSON, M.; BRENNER, B., 2007). A LRA pós-renal caracteriza-se pela obstrução do trato urinário e tem como causas a obstrução bilateral dos ureteres (ocasionada por tumores da próstata e cérvix, hemorragia retroperitonial, ligadura acidental durante cirurgias pélvicas), obstrução bilateral dos ureteres – intralumial (ocasionada, por cristais de ácido úrico e sulfa, edema, coágulo, cálculos), obstrução da bexiga (causada por hipertrofia da próstata, carcinoma de bexiga, infecção, neuropatia ou bloqueadores ganglionares) e obstrução uretral (ocasionada por válvula congênita, estenose, tumor) (COSTA et al.,1998).

Os fatores de risco para desenvolver a LRA são variados. Segundo NASHER et al. (2002), em um estudo com pacientes admitidos em serviços médicos e cirúrgicos, a idade superior a 80 anos, os elevados níveis de creatinina sérica e o sexo masculino foram relacionados a um maior risco.

Segundo estudo de BUCUVIC et al. (2011), internação em UTI e presença de sepse foram características predominantes nos pacientes com LRA sob regime de internação . Essa relação entre a gravidade da sepse e a LRA pode ser observada segundo SCHIER et al. (2004), em 19% dos pacientes com diagnóstico de sepse moderada, 23% sepse grave e 51% choque séptico.

Com relação às características clínicas da LRA, a redução da diurese está associada com uma maior mortalidade. Há evidências de que a LRA oligúrica apresenta pior prognóstico do que a LRA não oligúrica, considerando que a ausência da diurese está associada à maior agressão renal e assim a uma pior evolução clínica (BUCUVIC et al., 2011).

Vários fatores estão associados a um pior prognóstico e uma maior mortalidade com relação à LRA. HOMSI, PALOMBA, H. (2010), analisaram vários estudos com métodos bivariados de análise estatística, e mostraram que necessidade de ventilação mecânica, idade, icterícia, oligúria, hipotensão, sepse, uso de diálise hipercatabolismo e elevação de excretas nitrogenadas estão relacionadas a uma maior mortalidade.

Hodiernamente, observa-se um aumento na incidência da LRA, possivelmente justificada por alguns motivos, como o aumento da idade média dos pacientes, o maior número de pacientes admitidos na UTI com disfunção renal prévia decorrente da sepse e complicações graves, identificada por meio do emprego de critérios diagnósticos mais

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15 sensíveis como AKIN e RIFLE. Isso possibilita a identificação de casos ―menos graves‖

e do perfil dos pacientes admitidos na UTI (HOMSI, E.; PALOMBA, E., 2010).

Ainda nesse panorama, as Classificações RIFLE/AKIN propõem como um dos critérios para definição de lesão renal aguda a redução do volume urinário para valores abaixo de 0,5 mL por quilo (kg) de peso, por um período superior a 6 horas (SILVA, V.;

YU, L., 2009; PROWLE, 2011).

Nesta perspectiva, a oligúria assume o papel de marcador da função renal e de critério diagnóstico para identificação do estadiamento da lesão renal aguda. Mesmo que seja decorrente de mudanças transitórias no estado de volume de urina ou de influências externas como uso de drogas, a oligúria em pacientes da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um evento frequente, considerado como desfecho final de várias lesões do parênquima renal (MACEDO et al., 2011).

Uma barreira para uso do débito urinário na avaliação da função renal pode ser representado pela dificuldade em se obter os valores do fluxo com exatidão, além da limitação encontrada no rigor das medições, pela necessidade de manipulação mecânica dos dispositivos de mensuração de volume da urina e avaliação visual. Em que pese os muitos avanços técnicos e científicos, essas dificuldades para o monitoramento do fluxo urinário ainda perduram na realidade assistencial e são refletidos no déficit de uma abordagem padronizada para manejo preciso do fluxo urinário (MACEDO et al., 2011).

Segundo MACEDO et al. (2011), evidências de estudos anteriores identificaram a avaliação do fluxo urinário como recurso otimizador da sinalização precoce da lesão renal aguda, em relação ao emprego isolado da creatinina sérica.

Em pacientes críticos e hospitalizados, a lesão renal aguda é uma complicação comum. O uso da terapia intravenosa de fluidos é geralmente utilizada para tratamento e prevenção da lesão renal aguda. Porém, ainda há carência de evidência científica indicativa da administração de fluidos por terapia intravenosa, como estratégia para se obter uma melhor proteção da função renal no paciente crítico. Atualmente, as soluções cristaloides parecem ser a melhor escolha para esses pacientes, entretanto, são necessários mais estudos para determinar o melhor fluido a ser usado na terapia intravenosa em pacientes críticos (BELLOMO, R.; PROWLE, J., 2010).

A lesão renal aguda tem um grande impacto na sobrevida dos pacientes admitidos nas Unidades de Terapia Intensiva. Segundo PALOMBA, H.; HOMSI (2010), a maior incidência de LRA provavelmente é observada na admissão do paciente na UTI, mas na evolução de casos graves de sepse ou choque séptico, a LRA pode surgir durante

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16 o período de estadia do paciente nesse cenário. Analisando-se todos esses fatores é importante que a equipe multiprofissional permaneça alerta para a piora da função renal.

Segundo estudo de OSTERMANN (2007), pacientes com LRA permanecem maior tempo na UTI, com percentual superior de óbitos em relação aos pacientes sem LRA.

Até os dias atuais, há uma grande variação na incidência e na taxa de mortalidade, isso ocorre devido à falta de consenso na definição de lesão renal aguda, pela heterogeneidade de conceitos na literatura. A fim de proporcionar uma padronização dos critérios de classificação e definição de lesão renal aguda, a Acute Dialysis Quality Iniciative (ADQI), em 2002, propôs o RIFLE (Risco de disfunção, Injúria renal, Falência da função renal, Perda da função renal e Estágio final da doença) (SANTOS, 2008).

A classificação RIFLE define três graduações de gravidade de disfunção renal aguda – Risco (classe R), Injúria/lesão (classe I) e Falência (classe F) baseadas na mudança da creatinina sérica e diurese – e duas classes de evolução - Perda - (classe L) - e Estágio Final - (classe E). A Classificação RIFLE possui uma grande importância, pois com a aplicação dos seus critérios, obtém-se a possibilidade de relacionar cada classe do RIFLE com o tempo de internação e com a taxa de letalidade relacionada à LRA. Além disso, a maior uniformização da definição dessa síndrome favoreceu a possibilidade de comparação entre os estudos científicos (SANTOS, M., 2009).

Segundo BAGSHAW (2008), em um estudo multicêntrico com mais de 120.000 pacientes críticos utilizando a Classificação RIFLE identificou-se 36,1% dos pacientes com diagnóstico de LRA na admissão na UTI. Foi observado também que a progressão entre os estágios da Classificação RIFLE foi associado ao aumento da mortalidade. Este estudo mostrou que a Classificação RIFLE representa uma ferramenta robusta, fácil e simples de ser usada, para a detecção e estadiamento da LRA em UTI e, para a identificação de relevantes desfechos clínicos. No estudo de OSTERMANN (2007), constatou-se que a Classificação RIFLE é um método que descreve a LRA e se correlaciona com a mortalidade hospitalar. Analisando-se esses estudos observa-se a importância da aplicação do RIFLE para pacientes críticos na clínica e no ambiente hospitalar. Vários estudos tem demonstrado que a Classificação RIFLE tem relevância clínica para caracterização da LRA, pautada na estratificação da gravidade dessa síndrome, além do poder prognóstico preditivo de mortalidade em pacientes hospitalizados (HOSTE, E. et al., 2006; UCHINO, S. et al., 2006; AHLSTROM, A. et al., 2006; LOPES, J.et al., 2006; KUITUNEN, A. et al., 2006; LIN, C. et al., 2006;

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17 GUITARD, J. et al, 2006; O‘RIORDAN, A. et al., 2007; OSTERMANN, M. et al., 2007; LOPES, J. et al., 2007). Entretanto, mais recentemente em 2007, uma nova classificação denominada AKIN foi proposta, a fim de oferecer maior precocidade para identificação da LRA. Nesta classificação essa patologia é definida como uma redução abrupta da função renal, em uma janela temporal de 48 horas, caracterizada pelo aumento absoluto maior ou igual que 0,3 mg/dL no valor da creatinina sérica ou redução do volume urinário para 0,5mL/kg/hora no intervalo maior de 6 horas (LOPES, et al., 2009).

Assim, considera-se que a LRA está muito frequente no paciente crítico e que a oligúria é um evento frequente que pode agravar o prognóstico. A relevância do emprego das ferramentas atuais (RIFLE e AKIN) na identificação e estratificação precoce da LRA devem ser incorporadas na prática clínica assistencial para monitoramento refinado dessa síndrome, em que pese às limitações incluídas no manejo rigoroso do fluxo urinário.

Seguramente, as Classificações RIFLE e AKIN representam ferramentas adequadas e de fácil aplicação pelos profissionais da área de saúde na identificação da LRA. Nesse contexto, esse estudo justifica-se por acreditar que a associação dessas ferramentas estimularão e possibilitarão a avaliação acurada e precoce da função renal dos pacientes críticos, principalmente com alterações do fluxo urinário pela equipe multiprofissonal, especialmente pelos profissionais de Enfermagem, que possuem uma participação direta no manejo clínico do paciente.

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18

2. OBJETIVOS 2.1 Objetivo geral:

- Comparar o desempenho das Classificações RIFLE e AKIN na predição da oligúria em pacientes críticos com disfunção renal.

2.2 Objetivos específicos:

- Verificar o perfil dos pacientes com lesão renal aguda identificados através das Classificações RIFLE e AKIN;

- Identificar a mortalidade dos pacientes que evoluíram com oligúria e disfunção renal de acordo com as Classificações RIFLE e AKIN;

- Estratificar os estágios mais frequentes de disfunção renal por meio das Classificações RIFLE e AKIN.

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19 3. MÉTODO E CASUÍSTICA

3.1 Tipo de estudo: Estudo longitudinal, prospectivo, quantitativo.

3.2 Local do estudo: Foi desenvolvido na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Regional de Ceilândia.

3.3 Período de desenvolvimento do estudo: Foi desenvolvido em um período de 12 meses.

3.4 Casuística: Foi constituída de 30 pacientes sem história de lesão renal prévia à internação na UTI.

3.5 Critérios de inclusão: Foram incluídos pacientes:

-com idade superior a 18 anos;

- com assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido;

- sem história de doença renal prévia;

- com sérico de creatinina até 1,5 mg/dL.

3.6 Critérios de exclusão: Foram excluídos pacientes:

-crianças;

- com lesão renal aguda prévia à internação de acordo com as Classificações RIFLE/AKIN;

- com história de insuficiência renal crônica (taxa de filtração glomerular <

60mL/min/1.73m2.

3.7 Considerações éticas: De acordo com a Resolução 466/2012, este estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde da SES – FEPECS/SES sob CAAE 17567013.2.0000.5553. Após aprovação foi aplicado o termo de consentimento livre e esclarecido para os pacientes de acordo com os critérios pré-estabelecidos ou aos seus

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20 familiares. Após obtenção da aquiescência iniciou-se o período de desenvolvimento do estudo. Para todos os participantes foram explicadas a finalidade e as etapas da pesquisa e reforçou-se que as informações coletadas seriam obtidas apenas do prontuário. Não havendo, portanto, prejuízos físicos, psicológicos ou mentais aos sujeitos do estudo identificados em evidências científicas até o momento.

Foi garantido aos participantes a manutenção do sigilo ético e confidencialidade dos dados, conforme código de Ética Médica para Pesquisas com Seres Humanos.

Os benefícios esperados foram relacionados com a melhora da qualidade assistencial e aumento da expectativa de vida dos pacientes a longo prazo. Esses fatores têm por meta facilitar a consolidação da segurança e qualidade assistencial.

Os resultados obtidos serão divulgados internamente na Instituição a fim de sugerir as chefias competentes avaliação da assistência visando melhorar a segurança e a sua qualidade assistencial e também para a comunidade científica através da divulgação em congressos e revistas.

3.8 Protocolo da coleta de dados: Após aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa (ANEXO C) e aquiescência do TCLE pelos pacientes ou familiares responsáveis, aquele paciente que evoluiu com lesão renal aguda foi acompanhado durante uma semana na UTI. Nesse período aplicou-se as Classificações RIFLE (ANEXO E) e AKIN (ANEXO F) para avaliação da função renal e identificação precoce da LRA. Além disso, aplicou-se o índice APACHE II (ANEXO D) aos pacientes incluídos no estudo nas primeiras 24 horas, para avaliação prognóstica.

Os dados foram obtidos a partir dos registros no prontuário e armazenados no questionário estruturado (APÊNDICE A) contemplando itens de identificação do paciente (idade, sexo, peso, altura), clínicos (comorbidades, tempo de internação, data de internação, drogas vasoativas, tempo de intubação, fluxo urinário, Escala de coma de Glasgow), hemodinâmicos (pressão arterial, temperatura axilar, frequência respiratória, frequência cardíaca, pressão parcial de oxigênio no sangue, fração de oxigênio inspirada), laboratoriais (leucócitos, hematócrito, sódio, creatinina, ureia, potássio, pH arterial, bicarbonato, transaminase glutâmico oxalacética, transaminase glutâmico pirúvica). Posteriormente, esses dados foram transferidos para banco de dados da planilha excel e analisados estatisticamente.O pesquisador verificou o desfecho na alta

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21 da UTI.

3.9 Definições

Lesão renal aguda: Foi definido com LRA o paciente que apresentou aumento de 50%

na creatinina sérica ou diminuição da TFG de 25% em tempo menor ou igual à uma semana ou ainda redução do fluxo urinário <0,5mL/kg/h por 6 horas de acordo com a Classificação RIFLE (BELLOMO et al, 2004) ou quando o paciente foi estratificado no estágio 1 da Classificação AKIN.

Oligúria: Foi definida como diurese menor do que 0,5 ml/kg/h de acordo com os critérios RIFLE e AKIN (PROWLE et al., 2011).

APACHE II (Acute Physiology and Chronic Health Evaluation): representa um sistema de pontuação para determinar a extensão do comprometimento dos órgãos ou taxa de falha (ANEXO D). A pontuação é baseada em seis variáveis pertinentes aos sistemas respiratório, cardiovascular, hepático, hematopoiético (coagulação), renal e neurológico (KNAUS; DRAPER et al., 1985).

3.10 Tratamento estatístico: Os dados foram expressos em frequência absoluta (n) e frequência relativa (%) e em mediana e percentil 25 e 75. Os pacientes classificados nos estágios risco, lesão ou falência renal foram considerados com

―disfunção‖, contrastando com os pacientes normais. A análise das variáveis categóricas foi feita por meio do teste exato de Fisher. A análise de variáveis contínuas foi realizada por meio do teste não-paramétrico de Mann-Whitney e Spearman. Valores de p < 0,05 foram considerados significativos.

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22 4. RESULTADOS

Nesse estudo foram acompanhados 30 pacientes sob regime de internação na Unidade de Terapia Intensiva com a finalidade de comparar o desempenho das Classificações RIFLE e AKIN na predição de disfunção renal em pacientes críticos e sua relação com a ocorrência da oligúria.

A Tabela 1 mostra que a média de idade dos pacientes acompanhados foi de 57 anos, do índice de massa corpórea foi de 25,6 kg/m2 e do índice APACHE II foi de 18.

Houve uma certa homogeneidade entre o sexo masculino e feminino, com discreta tendência para o sexo feminino (53,3%). A maioria (40,0%) dos pacientes apresentou sobrepeso e 26,7% obesidade. Pouco mais da metade (56,7%) dos pacientes recebeu infusão contínua de drogas vasoativas. Entre as drogas mais administradas houve predomínio da noradrenalina (53,3%) e uma menor parte dos pacientes recebeu dobutamina (6,7%). O tempo mediano de ventilação foi de nove dias, enquanto o de internação compreendeu oito dias.

A Classificação AKIN identificou que 93,3% dos pacientes evoluíram com disfunção renal e a Classificação RIFLE, 90%. A hipertensão arterial sistêmica foi a comorbidade mais frequente (36,7%) entre os pacientes internados. Dentre as complicações durante a internação, o choque séptico esteve presente em 16,7% da amostra estudada. Ressalta-se que 36,7% dos pacientes acompanhados evoluíram ao óbito durante o acompanhamento.

Tabela 1 – Distribuição dos pacientes de acordo com as características clínicas. Distrito Federal, 2014.

Características (n = 30)

Idade (anos)a 57  20

Sexo masculinob 14 (46,7 %)

Sexo feminino 16 (53,3%)

IMC* (kg/m2)a 25,6  6,7

Obesob 8 (26,7 %)

Sobrepesob 12 (40,0 %)

Uso de drogas vasoativasb 17 (56,7 %)

Noradrenalina 16 (53,3 %)

Dobutamina 2 (6,7 %)

(24)

23

APACHE IIa*** 18  5

Tempo de ventilação (dias)c 9 (6 – 12) Tempo de internação (dias)c 8 (5 – 11) Disfunção renal (AKIN)b 28 (93,3 %) Disfunção renal (RIFLE)b 27 (90,0 %) Comorbidadesb**

Hipertensão 11 (36,7 %)

Diabetes 6 (20,0 %)

Cirrose hepática 3 (10,0 %)

Complicações

Choque séptico 5 (16,7 %)

Acidente vascular encefálico 3 (10,0 %) Laparotomia exploradora por

Perfuração por arma de fogo

3 (10,0 %) Infarto agudo do miocárdio 3 (10,0 %)

Óbitos 11 (36,7 %)

amédia ± desvio padrão, bn (%), cmediana (25% - 75%)

*IMC = índice de massa corpórea

** = um ou mais dados por paciente

*** = 14 pacientes com dados

O desempenho das Classificações RIFLE e AKIN foi similar. A maioria (53,3%) dos pacientes evoluíram no estágio 2 da Classificação AKIN ou de lesão renal pela Classificação RIFLE. O critério fluxo urinário apresentou melhor poder discriminatório para identificar disfunção renal do que o critério creatinina em ambas classificações (Tabela 2).

Tabela 2 - Distribuição dos pacientes em estágios de disfunção renal de acordo com as Classificações RIFLE e AKIN. Distrito Federal, 2014.

Estágio Critério Creatinina Critério Fluxo n (%)

RIFLE AKIN RIFLE AKIN RIFLE AKIN

Normal 19 (63,3%) 14 (46,7%) 4 (13,3%) 4 (13,3%) 3 (10,0%) 2 (6,7%) risco/

estágio 1 7 (23,3%) 12 (40,0%) 7 (23,3%) 7 (23,3%) 5 (16,7%) 6 (20,0%) lesão/

estágio 2 3 (10,0%) 3 (10,0%) 14 (46,7%) 14 (46,7%) 16 (53,3%) 16 (53,3%) falência/

estágio 3 1 (3,3%) 1 (3,3%) 5 (16,0%) 5 (16,0%) 6 (20,0%) 6 (20,0%)

continua

(25)

24

Na tabela 3 observou-se uma associação significativa do emprego da ventilação mecânica com o uso de drogas vasoativas (p=0,009). Isso mostrou que pacientes sob ventilação mecânica evoluem com maior necessidade de drogas vasoativas.

Tabela 3 – Relação da ventilação mecânica com o uso de drogas vasoativas e disfunção renal (critério creatinina) pela Classificação AKIN. Distrito Federal, 2014.

Uso de drogas vasoativas Não (n = 13) Sim (n = 17) p*

Ventilação mecânica 8 (61,5%) 17 (28,6%) 0,009

Teste exato de Fisher*

Verificou-se na tabela abaixo (Tabela 4) que os pacientes sob ventilação mecânica evoluíram com disfunção renal pelo critério creatinina da Classificação AKIN, mostrando associação entre o uso de ventilação mecânica e ocorrência de disfunção renal (p=0,0014).

Tabela 4 – Relação da ventilação mecânica com disfunção renal (critério creatinina) pela Classificação AKIN. Distrito Federal, 2014.

Disfunção renal (critério creatinina –

Classificação AKIN) p*

não (n = 14) sim (n = 16)

Ventilação mecânica 9 (64,3%) 16 (100,0%) 0,014

Teste exato de Fisher*

Constatou-se que o paciente idoso tem tendência significativamente maior para evoluir com disfunção renal, segundo a Classificação RIFLE (p=0,03) (Tabela 5).

(26)

25 Tabela 5 – Relação da idade dos pacientes com a ocorrência de disfunção renal pela Classificação RIFLE. Distrito Federal, 2014.

Normal (n = 3) Disfunção renal – Classificação RIFLE

(n = 27)

p*

Idade (anos) 83 (69 - 86) 58 (47 - 71) 0,03

Teste de Mann-Whitney*; Expresso em mediana (percentil 25 e 75).

Observou-se na Tabela 6 uma relação significativa entre a obesidade e a idade dos pacientes internados na UTI (p= 0,04). Pacientes obesos apresentaram um perfil mais idoso.

Tabela 6 – Relação da idade dos pacientes com a ocorrência de disfunção renal pela Classificação RIFLE. Distrito Federal, 2014.

Não obeso (n = 22) Obeso (n = 8) p*

Idade (anos) 51 (33 - 68) 72 (60 - 79) 0,04

Teste de Mann-Whitney*; Expresso em mediana (percentil 25 e 75).

Na Tabela abaixo verificou-se que a obesidade não mostrou associação significativa com a ocorrência de hipertensão arterial sistêmica (p= 0,09).

Tabela 7 – Associação entre obesidade e ocorrência de hipertensão arterial sistêmica em pacientes internados em UTI. Distrito Federal, 2014.

Hipertensão arterial

não (n = 19) sim (n = 11) p*

Obeso 3 (45,5%) 5 (15,8%) 0,09

Teste exato de Fisher*

(27)

26 O gráfico 1 sinalizou que o paciente idoso apresentou maior tendência para evoluir com maior tempo de internação (p=0,03).

Teste de Spearman

Gráfico 1 – Relação entre o tempo de internação e a idade dos pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva. Distrito Federal, 2014.

Verificou-se na Tabela abaixo que os pacientes que evoluíram com acidente vascular cerebral morreram durante o período de acompanhamento e essa relação foi significativa (p=0,04).

Tabela 8 – Distribuição dos pacientes com acidente vascular cerebral que evoluíram ao óbito durante o acompanhamento na UTI. Distrito Federal, 2014.

Óbito

Não (n = 19) Sim (n = 11) p*

Acidente vascular

cerebral 0 (0,0%) 3 (27,3%) 0,04

Teste exato de Fisher*

A Tabela abaixo mostrou relação significativa entre tempo de internação e a ocorrência de óbitos. Dessa forma, os pacientes que tiveram maior tempo de internação apresentaram maior percentual de óbitos (p=0,02).

 = 0,39 p=0,03

(28)

27 Tabela 9 – Relação entre a ocorrência de óbito e o tempo de internação na UTI. Distrito Federal, 2014.

não óbito (n = 22) óbito (n = 8) p*

Tempo de internação (dias)

6 (5 - 9) 11 (6 - 44) 0,02

Teste de Mann-Whitney*

Não foi constatado na Tabela 10 uma relação significativa entre a presença de oligúria e a ocorrência de óbito (p= 0,47).

Tabela 10 – Distribuição dos pacientes que evoluíram com olíguria e óbito durante o período de acompanhamento na UTI. Distrito Federal, 2014.

Óbito

p*

Não (n = 19) Sim (n = 11)

Oligúria (n=26) 17 (89,5%) 9 (81,8%) 0,47

Teste exato de Fisher*

Na tabela 11, observou-se maior tendência do paciente com oligúria evoluir com disfunção renal. Entretanto essa relação não foi significativa (p=0,65).

Tabela 11 – Distribuição dos pacientes que evoluíram com olíguria e disfunção renal pela Classificação AKIN (critério creatinina) durante a internação na UTI. Distrito Federal, 2014.

Disfunção renal (Critério Creatinina – AKIN não (n = 14) sim (n = 16) p*

Oligúria 12 (85,7%) 14 (87,5%) 0,65

Teste exato de Fisher*

A Tabela 12 mostrou que 90,9% dos pacientes com disfunção renal pelo critério

(29)

28 creatinina da Classificação RIFLE era oligúrico. Mas não houve associação significativa entre essas variáveis (p=0,53).

Tabela 12 – Distribuição dos pacientes que evoluíram com olíguria e disfunção renal pelo critério creatinina da Classificação RIFLE. Distrito Federal, 2014.

Disfunção renal (critério creatinina – RIFLE)

p*

não (n = 19) sim (n = 11)

Oligúria 16 (84,2%) 10 (90,9%) 0,53

Teste exato de Fisher*

(30)

29 4. DISCUSSÃO

Vários estudos já validaram os sistemas de Classificação RIFLE e AKIN (ABOSAIF et al., 2005; BAGSHAW; GEORGE; BELLOMO, 2008; RICCI; CRUZ;

RONCO, 2008), demonstrando que a evolução do paciente é progressivamente pior com a gravidade da lesão renal. O volume urinário é incluído como um critério diagnóstico de LRA, adotado nessas classificações. No entanto poucos estudos prospectivos têm validado esse critério (HOSTE, 2006; UCHINO et al., 2006).

Embora se reconheça que o estado de hidratação, uso de diuréticos e estado hemodinâmico influencie no volume urinário e que a LRA grave pode ocorrer mesmo com volume urinário normal, o Grupo Acute Dialysis Quality Initiative (ADQI) decidiu usar o declínio do volume urinário como marcador sensível da disfunção renal (MACEDO et al., 2011).

Na UTI, os métodos atuais para medir a produção de urina não são padronizados. A maneira tradicional de monitorização da produção de urina ocorre por leituras visuais da quantidade de urina que é acumulada em um coletor. Muitas vezes isso é impreciso. A medição da produção de urina a cada hora, é para a equipe de enfermagem afetado pela manipulação imposta pelos dispositivos atuais, impactando em uma avaliação visual e manual de dados. Na maioria das UTIs, as enfermeiras esvaziam o saco coletor de urina a cada 6 horas, para registro do balanço hídrico. As limitações na exatidão da medição, monitoramento e registro preciso da produção de urina resultam na falta de uma abordagem de avaliação padronizada e prejudica a identificação de episódios de oligúria (MACEDO, 2011).

Frente ao exposto, em decorrência aos efeitos deletérios de declínio da função renal, há uma necessidade urgente de impedir o desenvolvimento de LRA. Os indivíduos acometidos por essa patologia no cenário hospitalar possuem características demográficas e clínicas heterogêneas, constatadas em evidências científicas de diferentes cenários (CHENITZ, 2014).

A LRA raramente ocorre de forma isolada no cenário do paciente crítico e usualmente está associada com a disfunção de outros órgãos, e sobretudo tem uma etiologia multifatorial (MENDONÇA et al., 2000).

(31)

30 Um estudo coorte prospectivo realizado em uma UTI, em Salvador, mostrou que 53,3% dos pacientes eram do sexo feminino, com média de idade de 66 anos. As comorbidades mais frequentes foram hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus e 27,5% dos pacientes faziam uso de droga vasoativa (WAHRHAFTIG; CORREIA;

SOUZA, 2012). Resultados similares foram encontrados neste estudo, exceto no que se refere ao uso de drogas vasoativas. Entretanto, estudo de GARCIA et al. (2005), em uma UTI em São José do Rio Preto, diferentemente, mostrou um predomínio do sexo masculino, com uma mortalidade superior.

Diferenças entre os sexos têm sido bem estabelecidas para várias doenças renais, as mulheres tem geralmente proteção comparada aos homens devido à inibição do estrogênio, e ativação de andrógenos, (KANG; MILLER, 2003). Nesse contexto, geralmente as mulheres apresentam menor risco de doença renal crônica (KANG et al., 2004; SILBGER; NEUGARTEN,2008; SILBIGER; NEUGARTEN, 2003; SELIGER;

DAVIS; STHEMAN, 2001). em comparação com os homens. No entanto, nem todas as doenças renais são menos prevalentes em mulheres. Elas tem maior risco para doença renal diabética (YU et al, 2012).

Estudos comparando o desempenho entre as Classificações RIFLE e AKIN, assim como este, verificaram similaridade diagnóstica e prognóstica, ou seja, a Classificação AKIN não mostrou maior sensibilidade e capacidade preditiva sobre o RIFLE (CRUZ; RICCI; RONCO, 2009; BAGSHAW; GEORGE; BELLOMO, 2008;

HAASE et al., 2009).

No estudo de MACEDO, 2010, assim como nesse constatou-se por meio da aplicação das classificações que o critério fluxo urinário identificou maior percentual de pacientes acometidos pela LRA do que o critério creatinina.

Por outro lado, uma coorte prospectiva, observacional e longitudinal de uma UTI de Santa Catarina, mostrou que a LRA de acordo com a Classificação RIFLE e diferentemente deste estudo, foi estratificada predominantemente no estágio de risco (SANTOS, 2009). Neste estudo, a maioria dos pacientes acompanhados foi classificada no estágio de lesão renal por essa mesma classificação.

Devido à baixa sensibilidade e especificidade da creatinina, o uso desse critério pode implicar em diagnóstico e tratamento tardios (DRIES et al.,2000). Atualmente, o fluxo urinário tem sido adotado como ferramenta de avaliação da função renal no cenário de terapia intensiva pela sua precocidade em identificar mínimas alterações na função renal, favorecendo a implementação precoce de medidas terapêuticas. No

(32)

31 presente estudo observou-se que o critério fluxo urinário mostrou superioridade diagnóstica para identificar a lesão renal, como no estudo de MAGRO et al. (2009). O fluxo urinário foi mais sensível do que os marcadores bioquímicos na sinalização de mudanças na hemodinâmica renal (BELLOMO; KELLUM; RONCO, 2004).

Estudo transversal realizado na UTI adulto do Hospital Universitário Alcides Carneiro da Universidade Federal de Campina Grande, assim como este estudo mostraram relação entre o uso de drogas vasoativas e a ventilação mecânica. (SILVA, 2012).

O tempo sob ventilação mecânica foi um dos principais fatores de risco para pacientes que evoluíram com LRA no estudo de MAGRO et al. (2011). Neste estudo foi observado uma correlação significativa entre ventilação mecânica e lesão renal aguda.

Evidências recentes mostraram que a ventilação mecânica pode contribuir para a patogênese da LRA. Vários mecanismos tem sido propostos para explicar essa associação (KUIPER et al., 2005; LEE; SLUTSKY, 2001), como a resposta inflamatória pulmonar caracterizada pela liberação de mediadores inflamatórios e indução de uma resposta inflamatória sistêmica decorrente do biotrauma (KUIPER et al., 2005; PACHT et al., 2003).

Mundialmente, o aumento da população idosa é uma realidade que está ocorrendo desde o início da década de 50, século XX. A transição demográfica também expressa à alteração no perfil de morbimortalidade da população, devido ao fenômeno da transição epidemiológica, ou seja, da substituição das doenças infecto-contagiosas pelas doenças crônicas não-transmissíveis (KUSUMOTA; RODRIGUES; MARQUES, 2004). A função renal é avaliada pela filtração glomerular. A filtração glomerular diminui e varia de acordo com a idade, sexo e massa muscular (BASTOS; BREGMAN;

KIRSNZTAJN, 2010). Esse panorama foi observado no presente estudo, assim como no estudo de BAGSHAW et al., 2007, em que segundo a Classificação RIFLE as chances de se ter LRA são maiores em pacientes idosos. Entretanto, em estudo coorte prospectivo realizado em uma UTI da cidade de Salvador, a idade avançada não se associou à LRA (WAHRHAFTIG; CORREIA; SOUZA, 2012).

Seguramente, o processo de envelhecimento envolve diversas alterações, uma delas é a redistribuição da gordura corporal (NASCIMENTO et al., 2011). No presente estudo obteve-se uma relação significativa entre a obesidade e a idade dos pacientes internados na UTI e essa tendência à obesidade foi maior entre os idosos.

Contrariamente, um estudo realizado no Hospital Geral de Grajaú, mostrou que os

(33)

32 pacientes obesos admitidos na UTI durante 52 meses, tinham média de idade 49,7 anos (ELIA et al., 2010).

Em muitos países industrializados o número de pessoas com sobrepeso ou obesidade tem alcançado níveis alarmantes. A obesidade tem relação com diversas patologias, particularmente com as relacionadas ao sistema cardiovascular (ZAAR;

REIS; SBARDELOTTO, 2014). Fatores como tabagismo, estresse, excessivo consumo de sal e obesidade podem combinar-se com os determinantes genéticos e influenciar a pressão arterial (OSHIRO; FERREIRA; OSHIRO, 2013). Ratificando essas informações, um estudo realizado em Goiânia com delineamento transversal e de base populacional, mostrou forte associação entre o excesso de peso e a ocorrência de hipertensão arterial (JARDIM, et al., 2007). Entretanto neste estudo a obesidade não mostrou relação significativa com a ocorrência de hipertensão arterial sistêmica.

Atualmente, há indagações importantes sobre o risco e acúmulo de mais morbidades na população idosa e consequentemente, elevação dos custos decorrente de frequentes internações. Nesse contexto, RUFINO et al.(2012), assim como este estudo evidenciaram tendência do idoso evoluir com maior tempo de internação hospitalar. A internação é um fator de grande risco para as pessoas idosas, impacta na mudança da qualidade de vida e na diminuição irreversível da capacidade funcional, combinada ao fato de que o repouso prolongado no leito torna esses idosos mais susceptíveis a infecções hospitalares (SIQUEIRA et al., 2004; BÔAS; RUIZ, 2004).

A razão de custo por habitante é mais significativa na população idosa, nessa direção as internações dos idosos são mais onerosas do que aquelas ocorridas entre pessoas de 20 a 59 anos, fato que poderia ser melhorado com maior investimento em ações de promoção, prevenção e tratamento das doenças que mais acometem os idosos (SILVEIRA et al., 2013).

O Acidente Vascular Cerebral (AVC), dentre as doenças cardiovasculares, tornou-se uma das principais incapacidades e causas de morte, como observado por CABRAL (2008) e no presente estudo. Em ambos, os pacientes apresentaram maior ocorrência de óbito. O AVC já é um problema de saúde pública e poderá ser agravado se não ocorrer uma melhora nas condições educativas, socioeconômicas, controle dos fatores de risco e atendimento hospitalar (GARRITANO, 2012).

Nas últimas décadas a mortalidade dos pacientes portadores de LRA permaneceu elevada, mesmo com os avanços terapêuticos e diagnósticos (PALEVSKY, 2006). De acordo com a literatura dentre os fatores de risco associados ao óbito em

(34)

33 pacientes críticos com LRA, tem-se destacado a idade avançada, elevado escore no APACHE II, prolongado tempo de internação, oligúria, presença de comorbidades, acidose metabólica, hipovolemia, politrauma e sepse (PERES et al., 2012). Enfatiza-se que neste estudo o prolongado tempo de internação foi fator de risco para óbito, ponderando que os pacientes com maior tempo de internação hospitalar evoluíram com maior ocorrência de óbito.

Frequentemente ocorrem episódios de oligúria na UTI. Em pacientes críticos a oligúria é reconhecida como um preditor precoce de alta mortalidade (PERES, 2012).

Na análise de um estudo retrospectivo com pacientes da UTI de um hospital em Fortaleza, a oligúria foi um dos fatores de risco para óbito e também mais frequente entre os pacientes não sobreviventes. Portanto a oligúria é um importante preditivo da disfunção renal e também indicador de pior prognóstico (JÚNIOR et al., 2006). Em que pese, este estudo não mostrou associação significativa da oligúria com mortalidade, possivelmente decorrente da multifatoriedade que permeia essa condição clínica.

O monitoramento da vazão de urina é um problema quase universal em pacientes críticos de todo o mundo. Historicamente, a manutenção da vazão da urina está sendo considerada como sinônimo da preservação da função renal e a sua redução impõe a necessidade de uma variedade de intervenções clínicas com o objetivo de prevenir ou atenuar a LRA. De acordo com esse paradigma, a diminuição da produção da urina é considerada um biomarcador clinicamente útil e sinalizador da redução da taxa de filtração glomerular, que ocorre antes do acúmulo detectável de marcadores bioquímicos da função excretora renal (PROWLE, 2011). A oligúria indica um sinal precoce de alerta para disfunção renal iminente e representa um critério para estadiamento da LRA (MACEDO, et al., 2011).

Neste estudo observou-se uma maior tendência do paciente com oligúria evoluir com disfunção renal. Entretanto, a capacidade preditiva do critério creatinina para disfunção renal nos pacientes oligúricos tanto na Classificação RIFLE quanto na AKIN não foi significativa. Por outro lado, um estudo retrospectivo, realizado em uma UTI de São José do Rio Preto verificou que 80,6% dos pacientes cursaram com oligúria (GARCIA, 2005). Todos esses estudos mostram a grande relação entre a LRA e a presença de oligúria nos pacientes críticos.

(35)

34 6. CONCLUSÃO

Os resultados deste estudo possibilitam concluir que não houve diferença significativa para a identificação de disfunção renal entre as Classificações RIFLE e AKIN. O desempenho entre ambas foi similar.

Notou-se que a amostra estudada foi praticamente homogênea, com discreta tendência para o sexo feminino e idade intermediária. O estágio de comprometimento renal mais frequente foi a lesão renal pelas Classificações RIFLE e AKIN.

A oligúria não mostrou associação significativa com a ocorrência de óbito.

Verificou-se que é necessário o investimento de conhecimento científico para os enfermeiros acerca das ferramentas disponíveis para o reconhecimento precoce da lesão renal aguda e a importância da monitorização e medição do débito urinário.

Os resultados decorrentes desta pesquisa poderão subsidiar a elaboração de protocolos seguros e eficazes para as intervenções referentes à prevenção da lesão renal aguda, favorecendo uma prática assistencial qualificada.

(36)

35 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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40 ANEXO A - CONQUISTA OBTIDA DURANTE DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO

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ANEXO B – APROVAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA E PESQUISA

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Referências

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